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DESENVOLVIMENTO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Abordagens ao estudo da Psicologia do Desenvolvimento
Importância da Psicologia: A área da Psicologia que estuda a evolução, vai observar e analisar os seguintes aspectos humanos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social. Estuda o ser humano desde o nascimento até a idade adulta, idade em que os aspectos humanos atingem a segurança e estabilidade.
Abordagens ao estudo da Psicologia do Desenvolvimento: O desenvolvimento humano se dá mental e organicamente.
Mental: construção de estruturas psíquicas (esquemas mentais) que organizam a psiquê humana diante das situações vividas ao longo de sua existência, das circunstâncias e das relações do sujeito consigo.
Cada teoria irá explicar de uma forma própria essas estruturas e em que fase elas ocorrem.
O estudo do desenvolvimento humano pretende identificar as características de cada fase da vida humana.
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano: hereditariedade, crescimento orgânico, maturação neurofisiológica e o meio ambiente.
Hereditariedade: É a carga genética que estabelece o potencial do ser humano. Que pode ou não ser realizado.
Crescimento orgânico: É o aspecto físico. Uma estrutura física plena permite um desenvolvimento pleno. Descreve como se dá a mudança.
Maturação neurofisiológica: Possibilita padrões de comportamento, conforme vai se desenvolvendo. Explica a mudança.
Meio: São as influências e os estímulos ambientais que atuam na composição do comportamento expresso pelo ser humano. Elementos ambientais: Família, escola, local onde mora, país, cultura etc. 
Todos os elementos ambientais existem pela interação do ser humano com o mundo, interação realizada pelas experiências vividas.
Aspectos do desenvolvimento humano
Físico-motor: Ligado crescimento orgânico, maturação neurofisiológica, capacidade de manipular objetos e exercitar o próprio corpo.
Aspecto intelectual: Capacidade de pensamento e raciocínio.
Aspecto afetivo-emocional: É a maneira, própria de cada indivíduo, de integrar suas experiências ao longo da vida.
Aspecto social: É a forma que o ser humano age e reage diante das situações que o cercam.
Evolução Histórica: Tradicionalmente o estudo do desenvolvimento humano privilegiava o estudo da criança e do adolescente, consideradas as etapas de vida onde havia desenvolvimento, que se inicia com a preocupação com os cuidados e com a educação das crianças (Cole&Cole, 2004).
Nas últimas décadas, tal enfoque vem tomando nova direção: o desenvolvimento dos indivíduos ao longo de todo o ciclo vital, ainda que as mudanças são mais marcadas em períodos de transição rápida.
BIAGGIO E MONTEIRO (1991) sistematizam o estudo do desenvolvimento humano englobando três fases. Antes dessas três fases podemos encontrar um período formativo (1882-1912),com pesquisas que envolviam principalmente a psicobiologia, psicologia da personalidade e desenvolvimento cognitivo.
Primeira Fase: Décadas de 1920 – 1930: Realização de estudos descritivos, baseados em observação natural, descrição de fenômenos sem interferência do pesquisador, estabelecimento de normas (Escalas como a de Gesell – EUA e A.Binet – França), técnicas estatísticas descritivas – cálculo de medidas de tendência central e de variabilidade. Para Biaggio (1991), em termos de teoria, o conceito central é o de maturação – rótulo que resume e descreve observações, mas não explica causas.
Segunda fase: Décadas de 1940 – 1950: Concentração das pesquisas no estudo da criança, especialmente no estabelecimento de relações entre as variáveis que afetam o desenvolvimento.
Interesse em explicar relações entre variáveis – inteligência e nível socioeconômico, atitude materna e ajustamento dos filhos. 
Os estudos são basicamente correlacionais, descritivos e são usadas técnicas estatísticas de medidas de correlação. Conceitos teóricos ainda não muito bem sistematizados, embora se observe influência da Psicanálise e da obra de Jean Piaget.
Terceira fase – A partir do início da década de 1960: Apresenta maior preocupação em explicar causas, ir além da descrição, buscar princípios gerais. 
Segundo Cairns (1983), observa-se nesta época uma re-emergência das pesquisas no campo do desenvolvimento. Aparecem estudos experimentais.
Teorias são variadas, incluindo a Epistemologia Genética de Jean Piaget, a teoria de Lev. S. Vygotsky e outras. A revolução cognitiva atinge a psicologia do desenvolvimento.
Após o início da década de 1990, a importância de se discutir e incorporar nas pesquisas os diversos contextos em que o indivíduo se desenvolve, incluindo aí a dimensão histórica, adquire relevância.
Nesse sentido, uma das abordagens gerais contemporâneas ao estudo do desenvolvimento é denominada de perspectiva de Life Span (Curso de Vida). Consiste no olhar sobre o processo de desenvolvimento como um todo, um fluxo contínuo de transformações, da concepção até a morte.
Cada vez mais o desenvolvimento é estudado ao longo do ciclo vital, observando-se um maior interesse por estudos no curso da vida e por abordagens contextuais e sistêmicas.
A abordagem do curso da vida considera quatro princípios paradigmáticos que geram, a partir deles, quatro temas principais a serem estudados: o entrelaçamento das vidas humanas e as mudanças históricas e ambientais, as organizações humanas e as tomadas de decisões e as restrições sociais, o senso de oportunidade das vidas e, por fim, as vidas em relação.
Adotar essa abordagem significa focalizar as mudanças nos padrões de vida, levando em conta seus contextos específicos, enfatizando o papel das mudanças sociais no processo de desenvolvimento do indivíduo.
Aspectos e Influências no Desenvolvimento: O Desenvolvimento humano é muito complexo. Necessário entender os fenômenos relacionados com o desenvolvimento humano, englobando as áreas social, psicológica e biocomportamentais.
Áreas de desenvolvimento em cada período da vida:
› desenvolvimento físico;
› desenvolvimento cognitivo;
› desenvolvimento psicossocial.
Desenvolvimento físico: crescimento do corpo e do cérebro, das capacidades sensoriais, das habilidades motoras e da saúde.
Desenvolvimento cognitivo: memória, aprendizagem, linguagem, pensamento, julgamento moral e criatividade.
Desenvolvimento psicossocial: mudança e estabilidade na personalidade e nos relacionamentos sociais.
PERSONALIDADE: Maneira peculiar e relativamente consistente e estável de uma pessoa sentir, reagir e se comportar. 
Allport: psicólogo norte americano, definiu a personalidade como sendo a organização dinâmica dos sistemas psicofísicos que determina uma forma de pensar e de agir. 
Esta organização é única em cada sujeito no seu processo de adaptação ao ambiente. Embora as pessoas passem por uma mesma sequência geral de desenvolvimento, podemos constatar uma vasta série de diferenças individuais. Existem processos de desenvolvimento que influenciam toda pessoa normal e também as diferenças individuais:
Maturação: pode ser definida como um fenômeno biológico qualitativo, relacionando-se com o amadurecimento das funções de diferentes órgãos e sistemas. (Papalia e Olds, 200);
Hereditariedade: herança genética inata recebida dos pais biológicos;
Ambiente: tudo o que faz parte do meio em que vive o ser humano.
Vale lembrar que os indivíduos mudam seu mundo simultaneamente enquanto são influenciados por ele.
INFLUÊNCIAS Normativas e Não normativas:
Evento normativo: característica de um evento que ocorre de modo semelhante para a maioria das pessoas de um grupo (etária, histórica).
Evento não normativo: evento incomum que tem grande impacto sobre vidas individuais (lutos, situações circunstanciais).
Período Crítico: momento específico em que um determinado evento ou sua ausência tem maior impacto sobre o desenvolvimento.
Ciclos da Vida: A psicologia do desenvolvimento humano deve focar o desenvolvimento dos indivíduos ao longo de todo o ciclo vital.
O conceito de período do ciclo de vida é uma construção social. De acordo com Papalia (2010), o desenvolvimento humano pode ser compreendido a partirde uma sequência de oito períodos.
A divisão é baseada em referências sociais ou físicas distintas.
Certas necessidades básicas de desenvolvimento devem ser satisfeitas e certas tarefas do desenvolvimento devem ser dominadas dentro de cada período para que o processo possa ocorrer.
	Pré-natal 
(concepção ao nascimento)
	Genética e ambiente; fisiologia básica; crescimento rápido.
	As capacidades de aprender e lembrar estão presentes durante a etapa fetal.
	O feto responde à voz da mãe e desenvolve 
uma preferência por ela.
	Primeira Infância 
(nascimento aos 3 anos)
	Aumento da complexidade do cérebro; influência ambiental; crescimento e des. de habilidades motoras.
	O uso de símbolos e a capacidade de resolver problemas desenvolvem-se ao final do segundo ano; compreensão e uso da linguagem.
	Des. apego a pais e outras pessoas; 
autoconsciência; autonomia; interesse por 
outras crianças.
	Segunda Infância 
(3 aos 6 anos)
	Crescimento constante; corpo mais proporcional; des. de habilidades motoras finas e gerais; aumento da força.
	Egocentrismo; ideias ilógicas sobre o mundo; memória e linguagem se aperfeiçoam.
	Autoconceito e compreensão das emoções; aumenta a 
independência, a iniciativa, o autocontrole e os cuidados 
consigo mesmo; identidade de gênero; brincar imaginativo; 
	Terceira Infância
(6 aos 11 anos)
	O crescimento diminui; força e habilidades atléticas aumentam; saúde é geralmente melhor. 
	Diminui o egocentrismo; uso da lógica de maneira concreta; memória e linguagem aumentam.
	O autoconceito torna-se mais complexo, influenciando a 
auto-estima.
	Adolescência (11 aos 20 anos)
	Crescimento físico e mudanças são rápidas; maturidade reprodutiva.
	Des. cognitivo favorece a escolarização; pensamento abstrato e raciocínio científico.
	Transferência de controle dos pais para as crianças; 
amigos se tornam mais importantes; busca de identidade.
	Jovem Adulto (20 aos 40 anos)
	A condição física atinge o máximo e começa a diminuir; escolha de estilo de vida influencia a saúde.
	Capacidade cognitiva e julgamentos morais mais complexos; escolhas educacionais e profissionais.
	Personalidade se torna estável; casamento e filhos.
	Meia Idade (40 aos 65 anos)
	Deterioração da capacidade sensorial, da saúde, do vigor e da destreza; menopausa para as mulheres. 
	A capacidade mental atinge o máximo; rendimento criativo diminui; mudança profissional.
	O senso de identidade continua a se desenvolver; 
cuidar de filho e pais; síndrome do ninho vazio.
	Terceira Idade
	Pessoas saudáveis são ativas, a saúde e capacidade física diminui; tempo de reação lento.
	Mentalmente alerta; inteligência e memória deterioram.
	Aposentadoria; perdas pessoais e morte iminente; 
busca de significado na vida.
O conceito de um processo vitalício de desenvolvimento que pode ser estudado cientificamente é conhecido como desenvolvimento no ciclo vital: 
· O desenvolvimento é vitalício: cada período do tempo de vida é influenciado pelo que aconteceu antes e irá afetar o que está por vir.
· O desenvolvimento depende de história e contexto: os seres humanos influenciam seu contexto histórico e social e são influenciados por eles.
· O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional: o desenvolvimento durante toda a vida envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio. 
· O desenvolvimento é flexível ou plástico: capacidade de modificação do desempenho.
Abordagens ao Estudo do Desenvolvimento: Existem diferentes enfoques teóricos em desenvolvimento humano que possibilitam entender os fenômenos sob diferentes prismas, abarcando desde sistemas genéticos e biológicos até os sistemas sociais e culturais.
Teoria – Conjunto coerente de conceitos relacionados que procura organizar e explicar dados e informações obtidas por meio de observação e pesquisa.
Concepções do Desenvolvimento Humano
1- Inatista-Maturacionista: Hereditariedade(código genético); Fases de maturação biológica.
2- Ambientalista: Estímulos do ambiente; Comportamento aprendido.
3- Interacionista: Biologia e ambiente; Estruturas e processos cognitivos.
4- Sociointeracionista: Ambiente social; Processos mentais superiores.
Algumas das principais perspectivas:
· Psicanalítica
· Psicossocial
· Da Aprendizagem
· Cognitiva
· Etológica
Teoria Psicanalítica: Surge no final do século XIX – Viena, Áustria, Sigmund Freud.
Relaciona-se com forças inconscientes que orientam conduta humana. 
Encontramos como uma de suas principais contribuições o conceito de inconsciente e de libido – energia sexual.
Propõe uma teoria do desenvolvimento psicossexual da personalidade. 
Fases do desenvolvimento da sexualidade: oral, anal, fálica, período de latência e genital.
Teoria Psicossocial: ERIK ERIKSON, nascido Alemanha, muda-se para EUA devido ao nazismo em torno da década de 1930.
Propõe alterações na teoria psicanalítica buscando enfatizar o quanto a sociedade influencia o desenvolvimento da personalidade do indivíduo.
Para Erikson o desenvolvimento ocorre em estágios sequenciais e bastante definidos. Apresenta 8 estágios de desenvolvimento.
Cada um é caracterizado por um dilema, uma crise central naquele período de vida, uma crise a ser resolvida.
Teorias da Aprendizagem: Interessam-se pelo comportamento que pode ser observado e estudado objetiva e cientificamente.
Os teóricos da aprendizagem enfatizam o papel predominante da experiência/meio ambiente.
Todo desenvolvimento resulta da aprendizagem, uma mudança de longa duração no comportamento baseada na experiência ou adaptação ao meio ambiente.
Conceitos importantes: condicionamento clássico, condicionamento operante, reforçamento.
Autores importantes: Watson, Skinner e Bandura (Aprendizagem social).
Teorias Cognitivas: O principal foco refere-se à estrutura e desenvolvimento dos processo de pensamento do indivíduo e como tais processos influenciam a compreensão do mundo.
Enfatizam um papel ativo, de curiosidade, do indivíduo na busca do conhecimento. Não se pode esquecer o papel da sociedade no desenvolvimento cognitivo.
Importância das teorias cognitivas construtivista e sociointeracionista.
Principais teóricos: Jean Piaget e Lev Vygotsky. 
Teoria Etológica: Relaciona-se às bases biológicas e evolutivas do comportamento.
Etologia – estudo do comportamento de espécies animais em seus ambientes naturais ou em laboratório.
Cada espécie apresenta uma variedade de comportamentos inatos e específicos desenvolvidos que, para além do valor imediato de adaptação, possibilitam aumentar as probabilidades de sobrevivência. 
Pesquisadores: Lorenz e Tinbergen (década 1930)
Posteriormente o psicólogo Bowlby estendeu alguns princípios da etologia para o estudo da relação mãe-bebê. 
Resiliência e Modelo Ecológico do Desenvolvimento
Conceituação: As origens históricas do termo resiliência remetem ao ano de 1807 e às áreas da Física e da Engenharia, tendo essa característica sido atribuída originalmente por Thomas Young a matérias altamente resistentes a deformações oriundas do meio.
O termo resiliência significa a propriedade de um corpo que foi deformado voltar ao estado original quando cessam as fontes de tensão. Portanto refere-se à capacidade de um material absorver energia sem sofrer deformação plástica ou permanente (Easley, Easley & Rolfe, 1983).
Na língua portuguesa, a palavra resiliência aplicada às Ciências Sociais e Humanas vem sendo utilizada há poucos anos. Resiliência é um conceito dinâmico e tem sido estudado na Psicologia há pouco mais de 20 anos. 
Na Psicologia, este conceito tem sido aplicado para estudar a capacidade humana de reorganização depois das adversidades. 
Resiliência é frequentemente referida por processos que explicam a “superação” de crises e adversidades em indivíduos, grupos e organizações (Yunes & Szymanski, 2001; Yunes, 2001; Tavares, 2001). 
Para Silva (2003), a resiliência refere-se a capacidade dos seres humanos de enfrentar e responder de forma positiva às experiências que possuem elevado potencial de risco para a saúde e o desenvolvimento do indivíduo. 
Junqueira e Deslandes (2003) vislumbrama resiliência como a capacidade do sujeito de, em determinados momentos e de acordo com as circunstâncias, lidar com a adversidade não sucumbindo a ela, tendo a possibilidade de superar e construir novos caminhos, re-significando o problema.
Resiliência é definida como a capacidade humana de recomposição, de renascer das adversidades e vir fortalecido, com mais recursos e seguir em um curso de vida saudável.
Fatores de Risco e de Proteção: A sociedade atual é marcada por uma série de condições com elevado potencial de risco para a saúde do indivíduo que são, em geral, determinadas por problemas de natureza variada.
Resiliência encontra-se associada a risco.
Fatores de risco:
»Transtornos mentais;
»Pobreza extrema;
»Consumo de drogas e outras substâncias;
»Violência;
»Eventos de vida estressantes;
»Ausência de apoio de rede social ;
»Baixo nível socioeconômico. 
Embora essas condições arroladas como potencialmente de risco sejam capazes de influenciar negativamente a saúde e o desenvolvimento dos indivíduos, diversos estudiosos chamam a atenção para o fato de que uma proporção significativa de pessoas, mesmo convivendo com experiências adversas, não manifestam sequelas graves ou danos em seu desenvolvimento.
São pessoas que demonstram uma capacidade extraordinária de produzir saúde, mesmo em ambientes adversos, evidenciando, desta forma, 
a complexidade de seu viver. (Silva, Lunardi, Lunardi Filho & Tavares, 2005) 
Nem todas as pessoas submetidas a situações de risco desenvolvem doenças ou sofrimentos de diversos tipos, mas ao contrário, superam a situação e saem fortalecidas dela. 
São capazes de lidar no seu cotidiano com adversidades, mas que contam com a proteção e os recursos de seu ambiente e suas próprias potencialidades para seguir suas trajetórias de vida. Pessoas que crescem, amadurecem e aprendem, essencialmente por suas capacidades e características positivas do que pelas suas pelas limitações e possibilidade de adoecimento (Polleto & Koller, 2006). 
Importante identificar um conjunto de fatores, recursos pessoais e contextuais que podem ser usados para as adversidades.
Pode-se entender como características que diminuem a probabilidade de um resultado negativo na readaptação.
Fatores de Proteção:
»Coesão do grupo familiar; 
»Apoio social;
»Autoconfiança;
»Flexibilidade;
»Boa autoestima e outros.
Aspectos do Desenvolvimento: Sobreviver a eventos traumáticos não necessariamente significa ser resiliente. 
Resiliência e invulnerabilidade não são termos equivalentes (Zimmerman e Arunkumar, 1994).
Resiliência não significa invulnerabilidade, não significa ser autossuficiente, não significa tampouco não sofrer com a dor e as adversidades. As pessoas resilientes não são intocadas pela experiência dolorosa, já que a vivência da dor, da perda, das adversidades é necessária para sua superação.
A resiliência se produz em função de processos sociais e intrapsíquicos. Não se nasce resiliente e nem se adquire a resiliência naturalmente no decorrer do desenvolvimento, depende de certas qualidades do processo interativo do sujeito com outros seres humanos, responsável pela construção do sistema psíquico (Placco, 2001). 
A resiliência também não é uma característica imutável: Isto significa dizer que as pessoas podem mostrar níveis diferenciados de resiliência ao longo da vida, em diferentes momentos ou situações de vida.
A resiliência se produz em função de processos sociais e intrapsíquicos. Não se nasce resiliente e nem se adquire a resiliência naturalmente no decorrer do desenvolvimento, depende de certas qualidades do processo interativo do sujeito com outros seres humanos, responsável pela construção do sistema psíquico (Placco, 2001). 
A resiliência também não é uma característica imutável: Isto significa dizer que as pessoas podem mostrar níveis diferenciados de resiliência ao longo da vida, em diferentes momentos ou situações de vida.
Muitos pesquisadores do desenvolvimento humano estudam os padrões de adaptação individual da criança associados ao ajustamento apresentado na idade adulta, ou seja, “procuram compreender como adaptações prévias deixam a criança protegida ou sem defesa quando exposta a eventos estressores” (Hawley e DeHann, 1996), e estudam também como os “padrões particulares de adaptação, em diferentes fases de desenvolvimento, interagem com mudanças ambientais externas” (Sroufer & Rutter, 1984).
Das pesquisas sobre a resiliência no indivíduo, somente a partir do final da década de 1980, têm sido consideradas, explicitamente, as contribuições da família (Rutter, 1985; Werner & Smith, 1982).
Os autores estavam interessados em investigar características, dimensões e propriedades de famílias que as ajudariam a lidar com situações de crise ou simples transições no ciclo de vida e os efeitos na dinâmica familiar.
» McCubbin e McCubbin(1988) sobre a “tipologia de famílias resilientes”; 
» Walsh (1993 a 1999) “o foco da resiliência em família deve procurar identificar e implementar os processos-chave que possibilitam que famílias não só lidem mais eficientemente com situações de crise ou estresse permanente, mas saiam delas fortalecidas, não importando se a fonte de estresse é interna ou externa à família”.
URIE BRONFENBRENNER nasceu em 29 de abril de 1917, em um momento de profundas transformações sociais e políticas – início da revolução comunista.
Desenvolve sua teoria apontando que “as condições sob as quais os seres humanos vivem têm um poderoso impacto no seu desenvolvimento”. 
Urie é um pesquisador vivo, com intensa atividade científica e acadêmica. Nesse sentido sua abordagem permanece em processo de construção e reconstrução.
DESENVOLVIMENTO da criança acontece no interjogo entre seu potencial genético de crescimento, as características dos diversos contextos e as relações.
Falar em Modelo Ecológico do Desenvolvimento é enfatizar que o ser humano se desenvolve contextualmente, apoiado em quatro níveis dinâmicos e inter-relacionados:
– a Pessoa – o Processo – o Contexto – o Tempo
Privilegia os aspectos saudáveis do desenvolvimento, analisando a participação da pessoa focalizada no maior número possível de ambientes e em contato com diferentes pessoas.
Conceitos fundamentais: 
1) Elementos do ambiente (relações, sistemas e papéis)
2) Cronossistema (Sistemas ecológicos, esquemas interacionais): microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema
3) Ambiente não prediz comportamento, mas a interpretação que o indivíduo faz do ambiente
4) Características das relações: reciprocidade, equilíbrio e poder, afeto
Microssistema: São os contextos mais imediatos e de maior proximidade em que os indivíduos participam diretamente. São os mais importantes no desenvolvimento do indivíduo. 
Padrões de atividades, papéis, relações interpessoais e experiências vividas pela pessoa em desenvolvimento em um dado cenário, que possui determinadas características físicas e materiais.
Fazem parte dos microssistemas a família, os colegas, a escola, o grupo religioso, a vizinhança...
Este sistema não tem existência própria, isolado. 
É constituído pelas interações entre os microssistemas.
Relações e processos que ocorrem entre cenários que contêm a pessoa em desenvolvimento.
As possibilidades entre contextos são inúmeras para cada pessoa, e conduzem ao estabelecimento de relações e comunicações.
Constitui o sistema mais alargado.
Dele fazem parte os padrões socioculturais e as instituições políticas e sociais, os valores, as crenças e os estilos de vida.
São as variáveis econômicas, crenças, valores e ideologias de uma dada sociedade e época.
Todos estes aspectos têm influência no Macrossistema e influenciam-nos.
Cronossistema: Este sistema permite incorporar no contexto da vida uma dimensão temporal. Nesse sentido, pode influenciar, modificar, pelas alterações decorridas ao longo do tempo, historicamente ou ao longo da vida de uma pessoa.
As mudanças podem ser graduais ou abruptas; podem ser centradas no ambiente ou na pessoa em desenvolvimento e em variados graus de consistência.
Contexto: Ummeio situacional em que a pessoa vive, ao qual está ligado e que influencia sua vida.
As mudanças que ocorrem influenciam continuamente o que se passa nos outros lugares, elementos e subsistemas.
Diferentes e sucessivas interações acontecem entre os contextos de vida. 
Um conjunto de influências se sucedem, a todo momento, e os indivíduos agem e reagem em acordo com suas próprias características e possibilidades.
Para se compreender as trajetórias de desenvolvimento dos seres humanos precisamos levar em consideração:
· O contexto de vida de cada um;
· O conjunto de seus sistemas;
· As relações que se estabelecem entre eles.
Teoria do APEGO – John Bowlby - Biografia
Nasceu em Londres em fevereiro de 1927 e Faleceu em setembro de 1990
Psiquiatra infantil e Psicanalista
Iniciou seus estudos de Medicina e interessou-se posteriormente pelo movimento de educação progressista.
Em 1929, iniciou sua formação analítica na Sociedade de Psicanálise Inglesa, acompanhado de análise com Joan Riviere, uma seguidora de M. Klein. Em 1933, iniciou seu treinamento em psiquiatria e tornou-se membro associado da Sociedade de Psicanálise em1937.
Bowlby considerava importante dedicar-se às primeiras experiências infantis negativas em relação ao seu ambiente e as consequentes desordens psicológicas que ocorriam, dedicando-se mais diretamente à observação direta das crianças em situação de sofrimento mental. 
Em sua primeira publicação 
"Quarenta e Quatro Ladrões Juvenis: seu Caráter e sua vida Doméstica", em 1940, Bowlby traz a tona dois fatores ambientais de grande importância: a morte ou separação prolongada da mãe e a atitude emocional da mãe para com a criança nos primeiros anos de vida.
Dedicou-se à compreensão das condições do ambiente que cercam a criança e à qualidade emocional da vida infantil.
A curiosidade e o estudo da construção das relações interpessoais, principalmente quando se pensa na relação mãe-bebê é recente, iniciando-se no século XX.
A ideia de que o vínculo formado entre adulto e criança tinha como base a alimentação acaba por ser descartada. No início dos anos 1950, Bowlby entrou em contato com as ideias da etologia, ao conhecer o conceito de "imprinting" (ou estampagem), desenvolvido por Lorenz (1935, apud Karen, 1998). 
IMPRINTING – Processo pelo qual uma intensa ligação se formava entre as mães e seus filhotes, não relacionado à alimentação, mas à questão da sobrevivência da espécie e defesa da prole. 
Os etologistas, em especial Lorenz, estavam estudando e estabelecendo as inter-relações entre padrão de comportamento instintivo e eventos do ambiente no reino animal em muitas espécies.
Outros experimentos feitos com macacos rhesus por HARLOW, na década de 1950, mostraram que o apego não surgia por causa das satisfações alimentares (isso ocorria em um modelo de macaco confeccionado com arame) mas sim em razão de um aconchego encontrado em um modelo de tecido.
Conclui, então, que o vínculo mãe-filhote é essencial para a saúde mental e para o desenvolvimento normal dos primatas.
Esse vínculo inicial se transformará na base de todos os outros laços sociais que vierem a ser construídos.
Apego: Introduzindo aos estudos da psicanálise a etologia e a psicologia cognitiva, Bowlby observou que, desde o nascimento, a criança necessita do cuidador para a sobrevivência, alguém mais forte e mais sábio a quem possa se agarrar. 
O comportamento do APEGO é uma classe especial de comportamento, com dinâmica distinta do comportamento alimentar ou sexual.
É uma conduta universal. O comportamento de apego, em acordo com Bowlby (1984, 1985), consiste em uma resposta desencadeada pela necessidade de sobrevivência da espécie e se estabelece a partir do contato entre mãe e bebê, em torno do sentido de proximidade e segurança.
É condição para a vida do bebê a existência de um adulto para cuidar e responder a ele – um cuidador. O bebê reage a essa atenção com interesse especial, em uma troca social, de forte conteúdo emocional permitindo que se desenvolva o apego com a pessoa que lhe responde com aprovação, gratificação e proteção.
Os comportamentos de apego se referem a um conjunto de condutas inatas exibidas pelo bebê, que promovem a manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados, a figura materna, na maioria das vezes. 
O repertório comportamental do comportamento de apego inclui chorar, estabelecer contato visual, agarrar-se, aconchegar-se, sorrir... (Bowlby, 1990).
Segundo Weiss (1993), o comportamento de apego apresenta três características distintas e universais:
1. Busca constante de proximidade com seu objeto de ligação, podendo tolerar afastamentos temporários;
2. Estabelecimento de maior ou menor segurança, segundo o padrão de confiabilidade e previsibilidade do objeto; 
3. Reação de protesto pela separação ou perda e a consequente busca de recuperação da figura de apego.
Os comportamentos de pais e filhos são específicos, recíprocos e envolvem o reconhecimento individual e comportamento diferenciado. Essas respostas são disparadas a partir da própria interação experimentada por pais e filhos desde o início da vida. 
Considerando que só pode ser definido como comportamento de apego quando existe evidência do reconhecimento e da resposta específica de busca de proximidade e que o bebê humano é muito imaturo no nascimento, a expressão do apego vai surgir gradualmente, conforme o desenvolvimento do bebê lhe permita.
Principais características do comportamento de apego: 
· Especificidade
· Duração
· Envolvimento afetivo e emocional
· Ontogenia
· Aprendizagem
· Organização
· Função Biológica
Os Trabalhos de Mary Ainsworth: Ainsworth, discípula e assistente de pesquisa de Bowlby, esboçou o conceito de padrões de apego na infância, que seriam refinados mais tarde com o experimento realizado em Baltimore, conhecido como Situação Estranha.
Em seu experimento, Ainsworth percebeu a importância da percepção e avaliação que a criança tinha da disponibilidade materna, muito mais do que a separação em si. 
Categorias de apego de Ainsworth:
Os padrões de apego foram classificados como: 
· Apego seguro;
· Inseguro-evitativo; 
· Inseguro-ambivalente. 
Teoria Winnicottiana - Donald Woods Winnicott - 1896 1971
Ao entrar na Medicina, foi convocado para servir como enfermeiro na Primeira Guerra Mundial, na qual fez observações sobre o comportamento humano em situações traumáticas. Trabalhou como consultor psiquiátrico do governo, tratando de crianças afastadas dos pais na Segunda Guerra Mundial. Especializou-se em pediatria e psicanálise. Foi presidente da Sociedade Britânica de Psicanálise. Nasceu e morreu em Londres.
A teoria Winnicottiana refere-se à compreensão dos estágios mais primitivos do desenvolvimento emocional do ser humano.
Para Winnicott cada ser humano traz um potencial inato para amadurecer, para se integrar. 
O ambiente tem uma influência decisiva na determinação do psiquismo precoce. E nesse sentido o autor foi um dos primeiros a hierarquizar o papel da mãe no funcionamento mental da criança. Ele considerou que a mãe intervém como ativa construtora do espaço mental da criança.
Uma das frases famosas de Winnicott é "não existe essa coisa chamada bebê", querendo dizer que não há criança sem uma mãe (ou alguém que cumpra essa função). Ele é parte de uma relação. O bebê, para existir, precisa do cuidado e atenção de outro ser humano. 
A mãe participa de uma verdadeira unidade com o seu filho, ajudando a formar sua mente, fazendo com que este processo seja bem feito. “Ao lhe dar amor, fornece-lhe uma espécie de “energia vital”. (Bleichemar e Bleichemar,1992)
Vínculo recém-nascido e mãe: 
· A base da estabilidade mental depende das experiências iniciais com a mãe e, principalmente, de seu estado emocional.
· Sempre que encontramos um bebê encontramos...
MATERNAGEM: é a atitude em relação aos bebês 
e o cuidado a eles dispensado. Hoje sabemos que é importante o modo pelo qual se promove o “segurar” e o manuseio do bebê.
Dependência absoluta: Refere-se a um estadode não separação inicial da mãe e do bebê. Para começar a existir, o bebê necessita de uma mãe absolutamente identificada com ele e capaz de atender prontamente todas as suas necessidades.
Com o cuidado recebido ---continuidade da linha de vida do bebê se mantêm ---experiência de “uma continuidade do ser” (Winnicott).
Preocupação materna primária: 
· Perfeita adaptação. Caracteriza-se como um verdadeiro estado fusional mãe bebê.
· Mãe se adapta às necessidades do bebê, iniciando o processo de elaboração psíquica das funções corporais, no ritmo próprio do bebê. 
· O apoio materno funciona como uma concha protetora, que aos poucos é retirada, formando um ser de dentro para fora.
Mãe suficientemente boa ou Mãe devotada comum:“A mãe suficientemente boa (não necessariamente a própria mãe do bebê) é aquela que efetua uma adaptação ativa às necessidades do bebê, uma adaptação que diminui gradativamente, segundo a crescente capacidade deste em aquilatar o fracasso da adaptação e em tolerar os resultados da frustração. 
O êxito no cuidado infantil depende da devoção, e não de instinto ou de conhecimento intelectual” (Winnicott)
A mãe suficientemente boa é aquela que permite ao bebê a ilusão de que o mundo é criado por ele.
Onipotência primária – base do fazer-criativo. 
· A percepção criativa da realidade é uma experiência do self, núcleo singular de cada indivíduo. 
· A mãe depois vai gradualmente desiludindo seu bebê, que vai ocupando um espaço separado dela e personalizado.
Funções da Maternagem:
· Holding 
· Handling 
· Apresentação dos Objetos
Holding
· Manter, segurar, guardar, sustentar; 
· Na psicanálise trata-se de uma função de “sustentação” corporal e psíquica da mãe com a criança; 
· Uma experiência física e simbólica significando a firmeza com que é amado e desejado como filho
· Winnicott coloca que a mãe, ao tocar seu bebê, manipulá-lo, aconchegá-lo, falar com ele, acaba promovendo um arranjo entre soma (organismo) e psique e, principalmente, ao olhá-lo, ela se oferece como espelho no qual o bebê pode se ver. 
· O modo como a mãe coloca o bebê no colo e o carrega é fundamental na constituição do self. 
Handling: 
· Experiência de entrar em contato com as diversas partes do corpo através das mãos cuidadosas da mãe. 
· Maneira como o bebê é tratado, manipulado. “No segurar-manejar devem estar incluídas todas as experiências sensórias necessárias: ser envolvido, por todos os lados, em um abraço vivo, que tem temperatura e ritmo e que faz o bebê sentir tanto o corpo da mãe quanto o seu corpo” (Dias).
· Uma coesão psicossomática precisa ser alcançada, corpo e psique se constituindo como unidade.
Apresentação dos Objetos: 
· O bebê, ao alcançar sua integridade por períodos mais longos, e ter sua psique inserida no corpo, se vê frente a um novo fenômeno – a realidade externa.
· Em um primeiro momento a “ilusão”, “onipotência” e depois a “desilusão”.
· A mãe começa a se mostrar substituível e a apresentar objetos mais adequados ao seu estado atual de desenvolvimento, possibilitando sua capacidade de usufruir do mundo.
Objeto transicional:
· Tem correlação com a passagem da dependência absoluta para a dependência relativa – passagem de um estado de fusão 
com a mãe para uma experiência de separação.
· Da ilusão à desilusão gradual.
· O objeto transicional vai se localizar na zona intermediária entre a mãe e o bebê e vai permitir que este processo de separação seja tolerado, uma vez que este objeto é ao mesmo tempo parte da mãe e parte do bebê. 
· Efeito tranquilizador na hora do sono e ausências da mãe – angústia da separação. 
Verdadeiro Self: O papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita integrar suas sensações corporais, os estímulos ambientais e suas capacidades motoras nascentes. A mãe suficientemente boa, protege o ego frágil do bebê, ao se adequar às necessidades do mesmo e assim não interfere no desenvolvimento da criança. 
Falso Self: O falso self surge pela incapacidade materna de interpretar as necessidades da criança. A inabilidade da mãe de sentir as necessidades do bebê que a leva a impor ao mesmo as suas próprias necessidades. 
O bebê é seduzido à submissão e, ao submeter-se à mãe, inicia a formação do falso self. Desaparece a espontaneidade, e aparece a submissão e a imitação, e o bebê constrói um conjunto de relacionamentos falsos. 
Um aspecto bastante relevante é a forma como a mãe responde à onipotência infantil revelada na comunicação gestual inicial do bebê.

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