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Os genes da Velha Senhora revivem no ID. Buzz, seu descendente que nós já dirigimos e contamos aqui como foi a experiência O sonho antigo da Fiat, de ter uma picape média na linha, será realizado pela Ram, a marca especialista em picapes no Grupo Stellantis. Mas a plataforma da nova caminhonete virá da Toro A VW Kombi não morreu! ANO 61 EDIÇÃO 756 ABRIl 2022 • P R O M O Ç Ã O V Á l I D A P O R T E M P O l I M I T A D O • VAlOR ESPECIAl 20 h O N D A CITy x TOyO TA yAR IS jEEP R EN EGAD E TR AIlh Aw k CAO A Ch ERy TIGGO 5x PR O FIAT Pu lSE Vw ID . Bu zz AlPIN E A110 S CITR O ëN AM I TOyO TA Bz4x kIA EV6 jEEP GR AN D Ch ER O kEE ed ição 756 ABR IL 2022 SeGredo: ToyoTA bZ4XALPine A110 S Eis o primeiro modelo da submarca de elétricos bz, que a Toyota criou para brigar com os Vw ID Dirigimos a versão esportiva do carro que fez a Renault mudar o nome de sua equipe de F1 HondA CiTy x ToyoTA yAriS Na pista de testes, os sedãs compactos reeditam a rivalidade de Civic e Corolla mini rAm QR_756_CAPA.indd 1 19/03/22 09:37 https://t.me/BrasilRevistas 01 VOLKS.indd 2 18/03/2022 14:01:58 Honda city x toyota yaris 20 A vinda da nova geração do City e a reestilização do Yaris reacendeu a rivalidade entre os sedãs japoneses jeep renegade trailHawk 26 Referência entre os 4x4 diesel, o SUV chega equipado com motor flex. Veja o que isso muda na prática caoa cHery tiggo 5x pro 30 Ele mudou pouco, por fora. Mas, por dentro, ganhou painel inédito e também nova transmissão com câmbio CVT Vw id. Buzz 38 Saudoso da Kombi? Entusiasta de novas tecnologias? Se disse “sim” pelo menos uma vez, veja como é o ID. Buzz alpine a110 s 44 Veja como (e quanto) anda a versão mais nervosa do carro que batizou a nova equipe de Fórmula 1 da Renault citroën ami 50 Simpático até no nome, o Ami é a proposta da Citroën para viagens curtas nos grandes centros urbanos toyota Bz4x 54 Acostume-se a essa nomenclatura. Este SUV é o primeiro de 30 lançamentos que a Toyota fará nos próximos anos kia eV6 58 Os designers da Kia pegaram pesado no estilo do EV6. Mas o elétrico é inovador também na tecnologia museu de minicarros 66 Você já foi a Bento Gonçalves (RS)? Então vá, ou volte, e visite o Cini Microcars Collection. Vale a pena seções 04 carta ao leitor | 06 Viva-Voz | 07 Via expressa | 19 testes | 70 clássicos 74 longa duração | 78 auto-serviço | 90 tabela | 96 opinião | 98 top ten sumário edição 756 | Abril 2022 | www.quatrorodas.com.br City x yAris tiggo 5x pro KiA eV6 id. buzz Cini ColleCtion 20 30 58 38 66 Citroën Ami trAilhAwK flex 26 50 3 quatro rodas abril QR_756_SUMARIO.indd 3 18/03/22 15:44 abril quatro rodas 4 carta ao leitor Paulo campo Grande Redator-chefe pcg@abril.com.br Paulo campo Grande Redator-chefe pcg@abril.com.br A capa deste mês foi uma oportu-nidade de revivermos os tem-pos em que QUATRO RODAS estampava desenhos de carros na primeira página. Eram ilustrações que antecipavam segredos de fábri- ca, como a que apresentamos nesta edição. O período em que mais se usou esse recurso foi nos anos 1970/80. Hoje, essas capas aparecem frequentemente nas mídias sociais de fãs da revista. Antigamente, eram desenhos fei- tos por artistas que contavam apenas com lápis e papel e a ajuda de quem viu os projetos para depois descrevê- -los. Agora existem recursos de com- putação gráfica, que fazem as proje- ções parecerem fotografias de modelos reais. Como se pode ver pela Ram que mostramos este mês, na matéria produzida pelo repórter Eduardo Passos. Outra coisa que mudou de lá para cá foram as picapes. Até os anos 1980, picapes não eram um tema para a re- vista. Pelo menos não a ponto de figu- rarem na capa. Elas eram considera- das carros de trabalho e, portanto, assunto para outro tipo de publica- ção. A primeira picape a aparecer em uma capa foi a Ford Pampa (“a picape Corcel”), na edição de abril de 1982. Depois disso, em abril de 1984, a Chevrolet Chevy 500 ocupou lugar de destaque por ser o principal prê- mio de um concurso cultural promo- vido pela Abril em parceria com a Chevrolet e a Philips. E, entre as grandes, surgiu outra Chevrolet, a D20, em março de 1988. Em setembro de 1996, a Fiat Strada (“Picape Palio”) foi um dos segredos revelados naque- la edição. E, exatamente um ano de- pois, mostramos o primeiro compa- rativo das picapes compactas na capa. À medida que as picapes foram se incorporando à paisagem das cida- des e às garagens dos leitores, elas passaram a ser presença mais fre- quente na revista. Lembro que, em meados dos anos 1990, conversando com um executivo da Toyota, ele se mostrou admirado com consumido- res brasileiros que compravam a Hilux para usar como carro de pas- seio. Anos depois, as próximas gera- ções da Hilux foram ficando cada vez mais confortáveis, dóceis e sofistica- das. Hoje existem picapes para todos por falar em saudade os gostos em quatro tamanhos: com- pacta (Strada, Saveiro), intermediá- ria (Oroch, Toro, Maverick), média (S10, Ranger, Frontier, L200, Hilux) e grande (Ram). Por falar em saudade, não posso deixar de mencionar o ID. Buzz, a Kombi elétrica para nós, íntimos. Ler o texto do correspondente Joaquim Oliveira, editado pelo colaborador Hairton Ponciano Voz, e assistir no- vamente ao vídeo de despedida da “Velha Senhora” (https://www.youtu- be.com/watch?v=nqqRM80W-Gg) me deixou realmente emocionado. Ainda na edição, há outros moti- vos para se emocionar, como a coluna do Charles Marzanasco. Mas não vou dar detalhes aqui. Corra para a pági- na 96 e veja você mesmo. Isto é, se conseguir não parar na 8, 38, 44... Boa leitura! A Kombi foi capa em fevereiro de 1961. Projeções sempre nos ajudaram a antecipar os lançamentos (acima, a capa de fevereiro de 1984). Nesta edição, revivemos o passado de olho no futuro, com a Kombi elétrica e o segredo da nova picape média RAM QR_756_CARTA.indd 4 18/03/22 15:45 1252335-FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA-1_1-1.indd 5 18/03/2022 14:06:05 viva-voz 6 quatro rodas abril “Adorei o novo Renegade! Finalmente com a potência que merecia e ainda mais bonito, sem perder a iconicidade. Gustavo Tigre, Petrolina (PE) City x onix o novo hatch da Honda, City EXL, tem vários atributos, entre eles o câmbio com relações infinitas e o ótimo espaço traseiro com o assoalho mais plano. Mas encarar o Chevrolet onix é uma tarefa difícil, pois ele já é líder de mercado há quase uma década e é a cara do Brasil, além de oferecer mais pelo preço cobrado. Felipe José dos Reis, São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) Chevrolet Cruze Não sei por que a Chevrolet insiste em manter em linha o Cruze. Tantos carros tecnológicos atualmente, é burrice manter projeto antigo em linha. o Monza chinês no México é chamado Cavalier e é um projeto novo muito melhor que o Cruze. Saudades da opel, Monza, vectra, astra. Maurício Silveira Leite, Cotia (SP) longa Duração Parabéns pelo jornalismo sério e por denunciar a concessionária Fiat que cobrou por peças e serviços não realizados. Difícil acreditar que em 2022 ainda estamos sujeitos a esse tipo de falta de honestidade. Igor Jorge de Sant Anna, Rio de Janeiro (RJ) marCas Muito bacana a matéria sobre a origem do nome e logo das marcas (ed. 754, fevereiro). Estive por duas vezes no museu da BMW em Munique, lá me disseram que o logo da BMW é uma estilização do céu azul visto contra uma hélice de helicóptero. Dá pra fazer mais umas cinco matérias sobre o assunto. Muito interessante. Luiz Henrique Penchiari Jr., Vinhedo (SP) empatia já Empatia tem a ver com educação. o educado não só pensa no outro como também nos seus atos e no que eles podem resultar. vocês certamente devem conhecer a cidade de Gramado (RS). Quando lá estive, se não me engano no ano de 2011, notei que, assim como nos cruzamentos, nas faixas para pedestresnão existem semáforos e todo mundo dá a vez. João Borges, Salvador (BA) ” Carros bizarros, placas estranhas ou gambiarras engraçadas... Vale de tudo! – 4rodas.abril@atleitor.com.br Fez o Flagrante? manDe para a gente reino animal ou este carro não anda faz tempo ou o bicho (abelha?) faz casas indestrutíveis, como a que construiu na pinça do freio. Rodnei Ramos, via e-mail tiro Certeiro a câmera tremeu (um carro ficou com rodado duplo na traseira), mas conseguiu enquadrar três Fiat Palio na mesma foto. João Marcos Lemos, Brusque (SC) segurança total Por fora, é um despretensioso Celta. Por dentro, trata-se de um carro de transporte de valores, blindado e cheio de cadeados. Gustavo Mesquita Azevedo, Teresina (PI) QR_756_VIVA VOZ.indd 6 17/03/22 21:13 abril quatro rodas 7 via expressa quatrorodas.com.br /quatrorodas @quatro_rodas estes foram os conteúdos mais vistos em nossas redes sociais no último mês o renegade sport, versão de entrada do suv, custa r$ 123.990, apenas r$ 500 mais caro que o Fiat pulse impetus, que parte dos r$ 123.490 e é a versão mais completa do modelo. No caso do Fiat, o motor é o 1.0 Gse turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, e combinado com câmbio cvt, o Jeep usa um automático de seis marchas ca- sado com a motorização 1.3 Gse turbo de 185 cv e 28,5 kgfm. o Jeep é mais rápido, mas o Fiat é mais econômico, descubra quem se saiu melhor nesse comparativo de preço em nosso site! @quatrorodas/quatro_rodas A Ram 1500 não é exagerada só no tamanho: trata-se da picape mais esportiva do brasil e a única equipada com motor v8. o propulsor v8 Hemi 5.7 de 400 cv e 56,7 kgfm é capaz de fazê-la ir de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. mas não é apenas o desempenho que surpreende, ao todo selecionamos 20 características absurdas. está imperdível! SUV turbinado: testamos o renegade 2022 equipado com o novo motor 1.3 turbo. Meio milhão! será que faz sentido pagar mais de r$ 500.000 pelo defender de duas portas? Conteúdo x imagem /quatrorodas @quatrorodas SUV MÉDIO DA fIAT: Fiat Fastback tem painel do pulse melhorado e mais porta-malas que cronos. Flagras revelam ainda que o freio de estacionamento tem acionamento elétrico. russos usam tanques de mais de 1.000 cv em modelos smart Fortwo contra a ucrânia. tanque flagrado na hidrelétrica de Kakhovka. Leia mais em: https://quatrorodas.abril.com. br/noticias/russos-usam-tanque-de-1-146- cv-e-ate-smart-para-tomar-a-ucrania/ Leia mais em: https://quatrorodas.abril.com. br/noticias/russos-usam-tanque-de-1-146- cv-e-ate-smart-para-tomar-a-ucrania/ a. Armas de guerra @quatro_rodas /quatrorodas QR_756_VIA_Site.indd 7 21/03/22 09:44 Em 2019, a antiga FCA já so-nhava com a ideia de vender uma picape média no Brasil, formando um trio de suces- so junto das Fiat Strada (que logo ganharia nova geração) e Fiat Toro. Para isso, entretanto, era necessário acostumar o consumidor local com a marca Ram, há alguns anos eman- cipada da Dodge e escolhida para identificar essa nova caminhonete, prevista para 2024. Apelidada de “Torona” nos cor- redores da Fiat, as linhas do “pro- jeto 291” são bem mais próximas às da Ram 1500, coroando a iniciativa de trazer a caminhonete grande para o mercado nacional, ignorado pelas concorrentes Ford (F-150) e Chevrolet (Silverado). A 1500 não via expressa segredos, notícias, dicas e curiosidades Maior que a Fiat Toro e menor que a Ram 1500, a nova picape, ainda sem nome oficial, entra no segmento das caminhonetes médias, em 2024, segundo previsão ram compacta por eduardo passos | projeções renato aspromonte QR_756_VIA SEGREDO.indd 8 18/03/22 13:49 Nova picape herda a base da Fiat Toro, revista e ampliada QR_756_VIA SEGREDO.indd 9 18/03/22 13:49 10 quatro rodas abril Via expressa | SEGREDO CONHECE-TE A TI MESMO QUE EU ME CONHEÇO BEM ao contrário da 1500, a nova ram média será mais adequada para os centros urbanos, atraindo um público menos dependente de capacidade off-road extrema. Obviamente, a picape terá tração nas quatro rodas e geometria de suspensão própria, mas a evolução das estradas e da qualidade construtiva tornou viável a opção pelo monobloco, que também é mais leve, o que favorece o consumo. Um flagra realizado no mês passado mostrou uma Ford Maverick e uma Hyundai santa Cruz subindo a Br-381, em pouso alegre (MG), as quais confirmamos, depois, foram compradas pela stellantis. em Betim (MG), as concorrentes serão submetidas a uma espécie de engenharia reversa, a fim de analisar vícios e, sobretudo, virtudes que permitiram a elas quebrar a obsessão norte-americana pelos chassis. a tração integral inteligente, cada vez mais valorizada, tam- bém é um ponto de estudo, assim como os ajustes de suspensão. Via expressa | SEGREDO Stellantis comprou as picapes monobloco da concorrência QR_756_VIA SEGREDO.indd 10 18/03/22 13:49 abril quatro rodas 11 ligou para pandemia ou dólar nas alturas e, a surreais R$ 469.990, acumula filas de espera, enquanto a Ram vem se tornando uma marca objeto de desejo. As margens cada vez mais aper- tadas da indústria, porém, jamais tornariam viável um projeto exclu- sivamente nacional. Posta em xe- que durante a fusão que originou a Stellantis, a picape média também precisava servir aos EUA, que nes- te momento procura como nunca as intermediárias Ford Maverick e Hyundai Santa Cruz. Ainda que ambas tenham dimen- sões mais próximas às da Toro, esse sucesso é um sinal importante por se tratar de dois modelos em monoblo- co. Afinal de contas, fontes ligadas ao projeto 291 nos confirmaram que a novidade será feita sobre a longe- va plataforma Small-Wide 4x4, que já serve de base a Toro, Renegade, Compass e Commander. Em relação aos modelos nacionais, haverá novos motores (ver destaque) e nova geo- metria de suspensão, mas o câmbio automático de nove marchas deve ser reaproveitado, bem como o siste- ma de tração 4x4. ESQUELETO DE TORO, CARA DE RAM Separando suas várias marcas em propósitos distintos, a Stellantis sabe muito bem a importância de encantar o consumidor brasileiro, que está mais próximo do americano no apego material ao carro. O grupo inclusive conta com uma gerente de storytelling e content; ou seja, uma profissional de comunicação dedica- da à construção da imagem de cada fabricante da holding. Caberá à nova Ram o papel de ser um produto de prestígio como a 1500 – missão muito difícil de ser capita- neada pela Fiat, por questão de posi- cionamento. Para facilitar o trabalho do marketing, entretanto, a nova picape monobloco será bem pareci- UMA MULA QUE Diz MUiTO... Durante os testes para o lançamento do Jeep Grand Wagoneer, projetistas utilizaram uma mula que ilustra bem como será a nova picape no mundo real. A 1500 “artesanal” flagrada nos EUA tem entre-eixos mais curto, assim como a caçamba. Em relação ao projeto 291, as diferenças estéticas se concentram na altura, tamanho do capô e retrovisores. Caçamba encurtada terá porta-objetos integrados à parede e tampa bipartida improviso visto nos EUA é um ensaio do que as ruas brasileiras terão em breve QR_756_VIA SEGREDO.indd 11 18/03/22 13:49 12 quatro rodas abril Via expressa | SEGREDO da com a 1500, ainda que aproveite portas dianteiras da Toro. Em relação à intermediária, o projeto 291 prevê entre-eixos maior, com cabine alon- gada. De comprimento na casa dos 5 metros, a nova picape reforçará a “urbanização” desse segmento, com cabine dupla e caçamba menor que a de concorrentes, mas com uma versão interna da Ram Box (porta- -objetos embutido na carroceria) e abertura da tampa para os lados. Os pormenores seguem em deba- te, mas a dianteira terá faróis ao estilo das Ram americanas, junto ao capô bem marcado para dar um aspecto musculoso. Internamente, espere o quadro de instrumentos de 10,25” do Compass Limited com grafismos mais bem trabalhados. A multimídia vertical, também usada na Toro, é outra boa probabilidade, assimcomo o estilo sertanejo off-road, equiva- lente do visual que a Jeep trouxe nos últimos anos. O processo de entrada da Jeep no Brasil também servirá de inspiração à Ram, que repetirá dos “puxadi- nhos” em concessionárias ao inves- timento maciço em propaganda e conteúdo midiático para se tornar parte da cultura nacional. Quanto ao nome da caminhone- te, o portal Autos Segredos crava na aritmética escolha por Ram 1200. Consultores ligados à Stellantis pen- sam diferente e apostam na ressur- reição (com batismo levemente alte- rado) da Ram Dakota, recomeçando a história da extinta picape média que, ainda sob a tutela da Dodge, foi fabricada no Brasil entre 1998 e 2001. Faróis terão recortes que lembram as irmãs maiores Temos certeza quanto ao motor a gasolina 2.0 turbo da família GMe. Também embarcado em carros da Maserati, alfa romeo e Jeep, o quatro-cilindros tem versões que chegam aos 274 cv e 40,8 kgfm, podendo ser flex no Brasil. Tão importante quanto a produção em larga escala, seu projeto permite a eletrificação leve, favorecendo torque em baixas rotações e emissões dentro dos limites cada vez mais rígidos. a grande redução de peso frente ao uso de chassis abre possibilidade para ótimos números de consumo. a versão diesel da nova ram trará o 2.2 Multijet ii, também usado por alfa e Jeep. a tendência é que ele seja aprimorado para ir além dos 200 cv e 45 kgfm, também com possibilidade de eletrificação leve. Com os predicados do 2.0 GMe, entretanto, não se surpreenda se a marca mais uma vez subverter a lógica, agora revivendo as picapes médias flex no Brasil. MOTOR A DIESEL MOtOR a GaSOlina QR_756_VIA SEGREDO.indd 12 18/03/22 13:50 abril quatro rodas 13 Caimento de cupê deixa o sedã mais esportivo O calendário da Nissan estava ajustado para que, com a apo-sentadoria do último Sentra vendido no Brasil, sua nova geração chegasse logo em seguida. A fábrica, porém, atrasou o cronograma, diante de problemas que afetam a indústria, como a falta de componentes. Mas o novo Sentra já está rodando em testes de adaptação pelo Brasil e deverá ser lançado nos próximos me- ses. A Nissan vai só esperar a apre- sentação da nova picape Frontier – entre maio e junho – para então trazer o sedã, que chega ao nosso mercado importado do México. A novidade será como a que ocor- reu nos casos do sedã Versa e do SUV Kicks, que receberam uma renova- ção vigorosa no visual, incluindo a grade em “V” usada pela maioria dos carros da marca. Mudanças do Sentra 2023 ainda incluem maior rigidez torcional da carroceria e sus- pensão multilink em substituição ao eixo de torção, na traseira. Com o Toyota Corolla muito mais vendido que outros concorrentes, o modelo deve formalizar guerra ao conterrâneo investindo em versões mais caras, se distanciando também do Versa, posicionado em faixa de preço inferior. Espera-se que a ver- são de topo SR passe dos R$ 170.000. Ligeiramente maior, o novo sedã será mais espaçoso e tecnológico, ofere- cendo som hi-fi da Bose, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autô- noma de emergência, além de nova central multimídia. Espera-se tam- bém a opção de cores mais chamati- vas que as 50 tradicionais variações de cinza, com o teto pintado de preto. Na cabine, o painel não tem gran- de ousadia, mas o couro deve ser predominante no revestimento. Sem se aventurar pelo mundo da eletrificação, o novo Nissan Sentra virá com um novo (e fraco) motor 2.0, sempre a gasolina, adiantou o portal Autos Segredos. Equipada com câmbio CVT, a unidade aspirada ren- derá 147 cv e 20 kgfm, ameaçando a narrativa esportiva que a japonesa pretende vender. Design do interior segue as linhas atuais da marca FO TO S D IV U LG AÇ ÃO Nissan Sentra: pensou que não vinha mais? Com a produção em dia, Nissan segue com o plano de atualizar seus sedãs no Brasil QR_756_VIA SEGREDO.indd 13 18/03/22 13:50 arquivo privado peugeot 2008 A Stellantis pretende trazer o novo SUV Peugeot 2008 para o Brasil. Com a decisão tomada, resta ao grupo decidir questões como a fabricação do modelo compacto, que pode ser importado da Espanha num primeiro momento, antes de chegar da Argentina. A motorização também será local: com o fim de vida do 1.6 THP, espera-se o uso do 1.0 turboflex do Fiat Pulse e também o 1.3 da mesma família – de Compass, Commander, Toro e cia. – para versões mais caras. mande seu segredo Fotografou um segredo? Mande seu flagra para nós O novo Honda Civic híbrido fez “contato imediato” com o leitor Vinnicius Vieira, que compartilhou seu flagra no interior de São Paulo. Como adiantado globalmente por QUATRO RODAS, o Civic e:HEV usará os mesmos motores do Accord, unindo motor 2.0 turbo ao elétrico, que nunca fornecem tração juntos. Espere 0 a 100 km/h em menos de 7 s. CiviC Híbrido 55 11 99975-9245 Henrique.rodriguez@abril.Com.br O novo velho Tucson Nos Estados Unidos, fãs de Hyundai já têm à disposição o novíssimo Tucson, que se destaca pela grade ousada que também equipa a Santa Cruz. Essa geração foi lançada no ano passado, substituindo o último facelift da era ante- rior do SUV, que reviverá no Brasil. Envolvido na relação tensa de Hyundai e Caoa, o SUV médio não é atualizado há anos por aqui. Antes de chegar à nova ge- ração, porém, o Tucson vendido no Brasil receberá o último tapa no visual, feito nos EUA dois anos atrás. Não será desta vez que a oferta nacional da marca ficará em sincronia com a mun- dial, esperança surgida com a aposenta- doria do ix35, nada mais que o Tucson de uma geração ainda mais antiga. A discreta mudança foi descoberta pelo leitor Adriano Minervino, de Paracatu (MG), que se deparou com uma unidade em testes na cidade. A dica de que segui- remos a receita norte-americana veio do painel, que exibe uma nova central multi- mídia flutuante. Analisando a imagem ex- terna, ainda é possível notar lanternas ar- redondadas e mudanças sutis na tampa do porta-malas, que seguem rigorosamente o velho Tucson americano. Nessa lógica, a frente concentrará a maior renovação. Fontes adiantam que a mecânica se manterá. Desse modo, o “novo” Tucson segue com o motor 1.6 turbo, que rende 177 cv e 27 kgfm, mas que pode perder um pouco de performance para se adequar às normas ambientais mais recentes. FO TO v in n ic iu s vi ei ra ViA ExPRESSA | segredo FO TO S d iv u Lg aÇ Ão 14 quatro rodas abril mudanças vão se concentrar na dianteira QR_756_VIA SEGREDO.indd 14 18/03/22 13:50 1251743-QUATRO RODAS-1_1-1.indd 15 18/03/2022 14:03:41 via expressa Moon sonha pôr suas ideias em prática 16 quatro rodas abril O projeto vencedor do prêmio Top Honor, da revista italiana Auto & Design, faz os carros do dese- nho animado Os Jetsons parecerem coisa do passado. Tudo bem: aqueles carros voavam e podiam assumir a forma de uma pasta 007, quando fora de uso. Mas o projeto Autobiography, do estudante sul-coreano Hwijun Moon, incorpora realidades virtuais que nem os geniais William Hanna e Joseph Barbera conseguiram imagi- nar quando criaram a série, nos anos 1960, nos Estados Unidos. O Autobiography é um carro elé- trico e autônomo que usa recursos do chamado metaverso, ou seja, am- bientes virtuais nos quais é possível viver experiências digitais 3D por meio de avatares. O objetivo é que as pessoas a bordo possam viajar não apenas no mundo físico mas também nos virtuais. Proporcionar aos ocu- pantes dos veículos autônomos o que fazer durante os deslocamentos é uma preocupação antiga dos fabri- cantes de automóveis. Por meio de telas dispostas na ca- bine como em um cinema 180 graus, os ocupantes do conceito, podem ex- perimentar diferentes condições cli- máticas, participar de corridas ou até mesmo dirigir por outros lugares e épocas, como em uma viagem no tempo. Essas telas, aliás, são o que di- fere o interior do Autobiography dos protótipos autônomosque algumas fábricas já apresentaram. O projeto do sul-coreano tem painel, bancos e volante para o caso de o motorista decidir assumir o controle. Externamente, o modelo é bem mais diferente. Ele parece um robô de construção monolítica, com o es- paço quase totalmente destinado à cabine e o restante ocupado pelos ei- xos e as rodas acondicionadas em carenagens quadradas. O júri do prêmio Top Honor é composto por designers e especialis- tas de indústria. E o tema desta edi- ção foi: “Metamobilidade, universo eletrificado”. Esta é apenas uma das premiações de um festival interna- cional de design que tem como des- taque o Auto Design Award, do qual QUATRO RODAS participa do júri, como única representante das Américas Central e do Sul. O Auto Design Award premia o melhor design entre protótipos e modelos recém-lançados e a empre- sa que apresentou a melhor lingua- gem de design, no último ano. Hwijun Moon está no terceiro ano do curso de Design Automotivo e de Transporte, na Coventry University, na Inglaterra. “Minha maior ambição é me tornar um designer-chefe ou modelador digital em uma empresa automobilística”, disse ao receber o prêmio. “Além disso, como designer, quero criar uma obra-prima e um dia elevar o status dos automóveis core- anos”, afirmou. Metaverso a bordo O projeto de carro autônomo propõe o uso de realidade virtual para as pessoas viverem experiências digitais 3D durante as viagens – por Paulo caMPo grande QR_756_VIA AUTO DESIGN AWARDS.indd 16 17/03/22 21:13 1252329-VEJA NACIONAL-1_1-1.indd 17 17/03/2022 14:56:22 abril quatro rodas 17 Com um ano de fundação, a partir da fusão dos grupos PSA e FCA, a Stellantis anunciou seu plano es- tratégico, que valerá até 2030. Isso in- clui desde a redução das emissões de carbono de suas operações até a meta de se tornar líder do mercado de car- ros híbridos no Brasil em três anos. De acordo com o chefão da Stel- lantis, o português Carlos Tavares, a partir de 2026 todo lançamento da Stellantis na Europa será elétrico. A promessa de eletrificação na Europa vale para todas as marcas, incluindo Maserati e as marcas de origem norte- -americana. Prova disso é que Tavares mostrou as primeiras imagens do pri- meiro elétrico da Jeep (foto). Será um SUV compacto menor que o Renegade, um modelo há mui- to tempo prometido. Não tem formas tão quadradas, mas ainda segue à risca o design da marca mesmo com proporções menores. Seu lança- mento será já na primeira metade de 2023, de acordo com o executivo. Tavares afirma que a Jeep terá pelo menos um elétrico em cada um dos segmentos onde atua a partir de 2025. Em relação à América do Sul, ele diz que o objetivo é manter a Stellantis na liderança do mercado e aumentar a rentabilidade. Há 30 grandes lança- mentos previstos para a região nos próximos oito anos, sendo que o pro- cesso de eletrificação local começará efetivamente a partir de 2025. ESTRATÉGIA HÍBRIDA No Brasil, a meta é conseguir mais de 30% do mercado de veículos híbridos. Assim a empresa pretende assumir a liderança (hoje da Toyota), ficando aproximadamente 20% do segmento ao final da década. Seriam híbridos flex, uma tecno- logia que a Stellantis já sinalizou in- teresse em explorar. Além disso, vale lembrar que recentemente a empre- sa lançou um novo motor 1.5 GSE turbo, da família Firefly, que funcio- na em ciclo Miller e foi criado especi- ficamente para ser combinado a um conjunto híbrido. Na Europa, a Fiat também oferece modelos com tecnologia híbrida leve de 12 V. Neste sistema, o motor de partida também pode auxiliar o mo- tor a combustão em algumas situa- ções, melhorando sua eficiência. E o fato de ser 12 V, em vez de 48 V, o tor- na muito mais simples e acessível. Também para antes de 2025 a Stellantis promete uma ofensiva no mercado de picapes e da marca Ram. Serão três novas picapes até 2025, número que não inclui a Peugeot Landtrek, que estreia no Brasil nos próximos meses, mas já está à venda em praticamente toda a América Latina. Estariam incluídas aí a nova picape média monobloco da Ram (veja pág. 8), que será nacional, uma nova geração da Fiat Toro (que com- pletará dez anos de lançada em 2025) e mais um produto. Os planos da Stellantis Grupo quer eletrificar sua linha no Brasil, se tornar líder entre os híbridos e expandir sua oferta de picapes por aqui até 2025 – por HEnRIquE RoDRIGuEz Primeiro Jeep elétrico será menor que o Renegade e estreia em 2023 via expressa fo to d iv u lg aç ão QR_756_VIA STELLANTIS Plans.indd 17 21/03/22 09:41 via expressa | marcha a ré Os destaques de QUATRO RODAS em abril de... 1972 1992 18 quatro rodas abril 2002 Chevrolet Corsa e VW Polo estreavam o segmento de compactos premium. Contamos os planos do americano Preston Tucker de produzir no Brasil, na década de 1950. 1962 Uma regra polêmica (apreensão da carta) foi colocada em discussão – no caso de infração, o motorista poderia ter a habilitação apreendida para o Estado garantir que ela fosse paga? 2012 Mostramos o novo Fiat Siena, o Chevrolet Cruze Sport 6 e, com o lançamento da nova Chevrolet S10, reunimos a picape média com VW Amarok, Nissan Frontier e Toyota Hilux para um pega. 1982 QUATRO RODAS premiou o piloto argentino Juan Manuel Fangio como “O melhor de todos os tempos”. Testamos a picape Ford Pampa e o novo Fiat 147 Racing. No primeiro GP de F1 do Brasil, Emerson Fittipaldi, ao volante do Lotus, bateu o recorde de velocidade da pista com “impressionantes” 184,6 km/h. Ele liderou a corrida até que uma quebra a cinco voltas do final da prova abriu caminho para o argentino Carlos Reutemann e seu Brabham vencerem. A Dodge lançou o Viper R/T 10, um superesportivo dotado de motor central dianteiro V10 8.0 capaz de fazer o carro chegar a 270 km/h de velocidade. No Brasil, a Chevrolet lançou o Chevette Junior. Dotado de um motor 1.0, tentava roubar o mercado do Fiat Uno Mille, líder absoluto do segmento. Houve um empate em nosso comparativo. RECORDE DE FiTTiPALDi EM iNTERLAGOS A VíBORA AMERiCANA E OS 1.0 NO BRASiL QR_756_VIA MARCHA.indd 18 21/03/22 09:42 1252330-SUPERINTERESSANTE-1_1-1.indd 19 17/03/2022 14:57:14 auto-serviço | TESTES quaTro rodaSRANKING DE tEstEs lEvamoS para a piSTa primEiro E dEpoiS você lEva para caSa Aceleração: no 0 a 100 km/h, fazemos seis passagens (três em cada sentido da pista), descartamos a melhor e a pior e publicamos a média dos quatro tempos válidos. Nos esportivos com controle de largada, realizamos todas as medições com o dispositivo ativado. Frenagem: simula situação de pânico, pressionando o pedal com força total. Consumo: há dois ciclos que simulam a condição de rodagem em cidade e estrada. No rodoviário, a velocidade é constante a 100 km/h. No urbano, o carro percorre um circuito com trocas de marcha e velocidades controladas em cada trecho. Há até paradas e saídas para simular um semáforo. os ciclos são exclusivos da Quatro roDas, mas criados com base na norma NBr-7024. ** Consumo urbano (em km/l) *** km/kWh haTchES compacToS 1 ChEvRolEt oNIx Rs 1.0t At 15,4 2 hyuNDAI hb20 EvolutIoN 1.0 Mt 15,0 3 ChEvRolEt oNIx ltz 1.0t Mt 13,9 4 RENAult sANDERo Gt lINE 1.0 Mt 13,9 5 ChEvRolEt oNIx lt 1.0 Mt 13,8 SuvS compacToS 1 NIssAN KICKs sENsE 1.6 Mt 13,1 2 fIAt pulsE DRIvE 1.3 Cvt 13,0 3 fIAt pulsE 1.3 Mt 12,8 4 vW NIvus CoMfoRtlINE 200 tsI 12,6 5 vW t-CRoss hIGhlINE 250 tsI 12,3 EléTricoS 1 JAC E-Js1 10,8 2 bMW I3 bEv 9,3 3 pEuGEot E208 Gt 7,8 4 MINI CoopER s E top 7,7 5 JAC E-Js4 7,5 picapES médiaS diESEl 1 NIssAN fRoNtIER s 2.3 Mt 4x4 11,6 2 foRD RANGER xls 2.2 4x2 11,0 3 toyotA hIlux sRx 2.8 4x4 10,2 4 toyotA hIlux GR spoRt 2.8 4x410,2 5 vW AMARoK ExtREME v6 3.0 4x4 9,4 SuvS médioS 1 JAC t60 tuRbo 12,1 2 toyotA CoRollA CRoss xRE 12,0 3 vW tAos hIGhlINE 250 tsI 11,4 4 CAoA ChERy tIGGo 8 tuRbo GDI 11,0 5 pEuGEot 3008 Gt pACK 10,8 ESporTivoS 1 MERCEDEs-bENz ClAssE A AMG 45s 9,6 2 bMW M3 CoMpEtItIoN tRACK 8,2 3 AuDI Rs q3 spoRtbACK quAttRo 8,2 4 poRsChE 911 CARRERA s CAbRIolEt 8,0 5 poRsChE MACAN Gts 7,4 híbridoS 1 volvo xC90 t8 INsCRIptIoN 34,5 2 poRsChE pANAMERA 4 E-hybRID 28,1 3 bMW 330E M spoRt 25,6 4 volvo xC40 MoMENtuM RE ChARGE 25,0 5 volvo xC40 R-DEsIGN RE ChARGE 24,6 SEdãS médioS 1 hoNDA CIvIC Exl 2.0 12,4 2 toyotA CoRollA GlI 2.0 12,2 3 toyotA CoRollA GR spoRt 2.0 12,0 4 toyotA CoRollA xEI 2.0 11,9 5 ChEvRolEt CRuzE pREMIER 1.4t 11,7 haTchES compacToS 1 hyuNDAI hb20 EvolutIoN 1.0 Mt 52,0 2 ChEvRolEt oNIx ltz 1.0t Mt 52,8 3 vW polo Gts 250 tsI 54,3 4 RENAult sANDERo R.s. 54,7 5 hyuNDAI hb20 DIAMoND plus 1.0t At 55,0 SuvS compacToS 1 fIAt pulsE 1.3 Mt 50,4 2 fIAt pulsE DRIvE 1.3 Cvt 50,5 3 vW NIvus hIGhlINE 200tsI 50,7 4 vW t-CRoss CoMfoRtlINE 200tsI 52,1 5 fIAt pulsE IMpEtus tf200 53,6 EléTricoS 1 poRsChE tAyCAN tuRbo s 51,4 2 AuDI E-tRoN Gt Rs 51,8 3 volvo xC40 RE ChARGE 52,3 4 AuDI E-tRoN quAttRo 52,7 5 AuDI E-tRoN spoRtbACK s quAttRo 53,2 picapES médiaS diESEl 1 vW AMARoK ExtREME v6 3.0 tDI 56,6 2 foRD RANGER lIMItED 3.2 4x4 At 59,7 3 ChEvRolEt s10 hIGh CouNtRy 2.8 61,3 4 MItsubIshI l200 tRItoN spoRt hpE-s 62,6 5 foRD RANGER xls 2.2 4x2 At 63,9 SuvS médioS 1 vW tAos hIGhlINE 250 tsI 54,5 2 pEuGEot 3008 Gt pACK 55,0 3 MERCEDEs bENz GlC 220D ENDuRo 57,1 4 foRD tERRItoRy tItANIuM 57,8 5 ChEvRolEt EquINox pREMIER AWD 58,5 * frenagem de 120 a 0 km/h (em metros) ESporTivoS 1 bMW M3 CoMpEtItIoN tRACK 45,4 2 AuDI Rs q8 48,1 3 poRsChE 911 CARRERA s 48,2 4 poRsChE 911 CARRERA s CAbRIolEt 48,2 5 poRsChE 911 Gt3 48,6 híbridoS 1 poRsChE 918 spyDER 51,4 2 volvo xC60 t8 polEstAR 53,4 3 volvo s90 t8 INsCRIptIoN 54,2 4 bMW 330E M spoRt 55,0 5 volvo xC40 MoMENtuM REChARGE 55,5 SEdãS médioS 1 toyotA CoRollA xEI 54,1 2 vW JEttA GlI 350 tsI 54,5 3 ChEvRolEt CRuzE pREMIER 55,8 4 bMW 330I spoRt 56,0 5 AuDI A4 pERfoRMANCE blACK 56,3 mElhorES FrENaGENSmElhor coNSumo **** 0 a 100 km/h (em segundos) haTchES compacToS 1 vW polo Gts 250 tsI 8,8 2 hyuNDAI hb20 DIAMoND plus 1.0 t 9,7 3 ChEvRolEt oNIx ltz 1.0t Mt 10,0 4 RENAult sANDERo R.s. 10,1 5 ChEvRolEt oNIx pREMIER 1.0t At 10,6 SEdãS médioS 1 AuDI A4 pERfoRMANCE blACK 6,1 2 bMW 330I spoRt 6,2 3 MERCEDEs bENz C300 spoRt 6,4 4 vW JEttA GlI 350 tsI 6,8 5 AuDI A3 sEDAN pERfoRMANCE s-lINE 7,4 SuvS compacToS 1 foRD bRoNCo spoRt WIlDtRAK 7,8 2 hoNDA hR-v touRING 8,3 3 CItRoËN C4 CACtus shINE thp 8,3 4 pEuGEot 2008 GRIffE thp 8,8 5 JEEp RENEGADE loNGItuDE t270 8,9 picapES médiaS diESEl 1 vW AMARoK ExtREME v6 3.0 tDI 8,1 2 ChEvRolEt s10 lt 2.8 tD 10,1 3 ChEvRolEt s10 hIGh CouNtRy 2.8 tD 10,8 4 NIssAN fRoNtIER lE 2.3 tD At 4x4 10,8 5 toyotA hIlux sRx D-4D 2.8 At 10,9 EléTricoS 1 poRsChE tAyCAN tuRbo s 2,9 2 AuDI E-tRoN Gt Rs 3,3 3 byD hAN Ev lux 4,3 4 AuDI E-tRoN spoRtbACK s quAttRo 4,4 5 volvo xC40 REChARGE 4,8 SuvS médioS 1 CAoA ChERy tIGGo 8 tuRbo GDI 8,7 2 CAoA ChERy tIGGo 7 pRo tuRbo GDI 8,8 3 lAND RovER DEfENDER 110 hsE 8,9 4 pEuGEot 3008 Gt pACK 9,9 5 ChEvRolEt EquINox pREMIER AWD 9,9 híbridoS 1 poRsChE 918 spyDER 2,6 2 poRsChE pANAMERA 4 E-hybRID 4,5 3 volvo s90 t8 INsCRIptIoN 5,8 4 volvo xC60 t8 polEstAR 5,8 5 bMW 330E M spoRt 5,9 ESporTivoS 1 bMW M8 GRAN Coupé CoMpEtItIoN 3,3 2 poRsChE 911 CARRERA s CAbRIolEt 3,4 3 AuDI R8 Coupé pERfoRMANCE v10 3,5 4 AuDI Rs6 AvANt pERfoRMANCE 3,5 5 poRsChE 911 CARRERA s 3,5 mElhor acElEração abril quatro rodas 19 QR_756_RANKING TESTES.indd 19 18/03/22 11:10 Será que o Toyota Yaris mudou o suficiente para encarar seu arquirrival, Honda City, que ficou mais potente e moderno? por ISADORA cARVALHO | foToS FeRnAnDO pIReS SupeRAçãO teste comparativo | HOnDA cITY exL x TOYOTA YARIS xLS em buScA DA 20 quatro rodas abril QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 20 18/03/22 12:59 City e Yaris reeditam uma rivalidade histórica entre as marcas japonesas Quem tem um irmão ou primo mais velho sabe que é natural que os mais novos os tomem como modelo e sigam os seus pas- sos. Esse fenômeno também pode acontecer no mundo dos automóveis, onde as referências são os carros con- sagrados pelo mercado. Esse é o caso dos “irmãos mais ve- lhos” Honda Civic e Toyota Corolla, que serviram de base e inspiração para os menores City e Yaris. E a pretensão de seguir os mesmos passos nesses dois casos tem uma ra- zão adicional, que é o fato de os nova- tos chegarem com a missão de substi- tuir as versões de entrada dos irmãos maiores. No caso do Honda ele real- mente ocupa o espaço do Civic, afinal o sedã já não é mais fabricado no Brasil e será oferecido em versão importada, mais cara. Já o Toyota tem a vontade de ser considerado alternativa à ver- são de entrada do Corolla, a GLI. Seguindo a tradição da rivalidade entre Civic e Corolla, City e Yaris são inimigos declarados. O Honda mudou de geração em dezembro do ano pas- sado e já em janeiro o Toyota recebeu um facelift para fazer frente ao con- corrente. Alinhamos aqui as versões topo do Yaris (XLS) e intermediária do City (EXL), que se equiparam em conteúdo e em preço para um duelo. O Toyota renovado recebeu mu- danças estéticas sutis. A frente foi assumidamente inspirada no Corolla, com bastante semelhança nas entra- das decorativas laterais. A grade tam- bém é nova, em formato trapezoidal e acabamento tipo colmeia. Os faróis continuam afilados, mas agora são de led com luzes de rodagem diurna integradas na mesma peça – atributo presente apenas na topo de linha. O City mudou de geração e, por- tanto, o esperado era uma alteração mais significativa em visual, mas não foi bem isso que aconteceu. O design segue a identidade visual da marca, que é mais conservadora. As linhas são predominantemente horizontais e em relação à geração anterior ele está mais baixo e largo. abril quatro rodas 21 QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 21 18/03/22 12:59 Bancos são parcialmente revestidos de couro sintético. Assoalho é plano. Porta-malas tem capacidade de 473 litros Na frente, o destaque é a nova gra- de, que consiste em uma régua cro- mada que, por sua vez, une os faróis, formando uma peça única. E, na ver- são EXL, as lâmpadas são halógenas, enquanto o rival tem faróis de led. Apenas a topo de linha Touring traz faróis com tecnologia full-led. ECONOMIA é PrIOrIdAdE Não é segre- do que ambos os sedãs têm foco na economia de combustível e suas res- pectivas engenharias trabalharam em seus motores para proporcionar o máximo de desempenho possível com o mínimo de consumo. E o objetivo não foi somente pou- par os clientes na hora de abastecer, mas também se adequar às novas regras de emissões de poluentes mais As rodas de 15” têm acabamento em dois tons na versão topo de linha rígidas que entraramem vigor este ano em nosso mercado. Assim, toda a linha Yaris passou a contar com motorização única: 1.5 Dual VVT-i de 110 cv e 14,9 kgfm. Esse motor, que traz duplo comando de válvulas variável, recebeu nova calibração e melhorias no sistema de alimentação, notadamente na cons- trução do tanque de combustível, para reduzir a emissão de poluentes por evaporação. Já a Honda renovou por completo o propulsor do City (que tem o mesmo deslocamento e também é aspirado, assim como o Toyota). O novo 1.5 traz cabeçote com duplo comando de vál- vulas variável e injeção direta, e ga- nhou um incremento de 10 cv. Agora são 126 cv contra 116 cv do antecessor. teste comparativo | CIty EXL x yArIs XLs 22 quatro rodas abril Ambos são motores modernos e que oferecem bom desempenho, porém foi o City que se saiu melhor na nossa pista de testes. Ele fez de 0 a 100 km/h em 10,5 s, enquanto o Yaris cumpriu o ensaio em 13,2 s. Nas reto- madas o Honda também foi superior, em especial na de 80 a 120 km/h, que executou em 7,7 s, enquanto o rival precisou de 9,4 s. Essa diferença pode ser atribuída ao fato de o motor 1.5 do City ser 16 cv mais potente que o do Yaris – uma diferença significativa. E no consumo o Honda continuou sobe- rano com médias de 13 km/l na cidade e 17,4 km/l na estrada, ante 12,9 km/l e 15,4 km/l do Toyota, respectivamente. No dia a dia, os dois sedãs apre- sentam acelerações progressivas e lineares, comportamento que trans- QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 22 18/03/22 13:00 Revestimento imita couro. Túnel central prejudica o conforto. Porta-malas leva 519 l de bagagem mite confiança aos motoristas. E, no que diz respeito à transmissão, graças aos câmbios CVT com sete marchas simuladas nos dois carros, as trocas são suaves e sem trancos. O que in- comoda é o ruído elevado do motor que invade a cabine, principalmente nas acelerações. Esse problema ocorre nos dois sedãs, porém no City o ruído interno é maior. Em rotação máxi- ma do motor, medimos 71,1 dBA no Honda contra 65,5 dBA do Toyota. Os sedãs privilegiam o confor- to e seus conjuntos de suspensão (Mcpherson e eixo de torção) enfren- tam bem as imperfeições do piso. PRós e conTRas Na linha 2023 o Yaris ganhou a central multimídia de 7”, sensível ao toque com acesso a Android Auto e Apple CarPlay com fio. Sua operação é intuitiva, mas os grafismos poderiam ser mais atrati- vos e a sensibilidade ao toque, mais responsiva. A tela poderia ser maior, uma vez que a do City tem 8”. Mas, de todo modo, ela merece um elogio porque sua resolução é superior à do rival e isso pode ser facilmente perce- bido ao acionar a câmera de ré. Já a central do City peca na resolução, ga- nha pontos em todos os outros quesi- tos, além do tamanho. Sua tela é mais responsiva e o espelhamento com smartphones se faz sem fio e, após o primeiro pareamento por Bluetooth, a identificação é automática, o que tor- na a vida a bordo mais confortável. Só uma ressalva: a central do City incor- pora a função de exibir a imagem late- Linhas retas provocam sensação de que o city tem porte maior abril quatro rodas 23 ral do carro quando a seta é acionada para a direita, o que é bom. Mas, se o motorista estiver usando a tela com um recurso como o Waze, a orienta- ção do aplicativo some de vista e só volta após a manobra de mudança de faixa ou conversão ter sido concluída. No acabamento, o Honda pontua mais uma vez. Há variedade de tex- turas e materiais, e mesmo o plástico rígido tem bom tratamento. O quadro de instrumentos traz uma tela em TFT de 7” (mas, curiosamente, o ponteiro do velocímetro é físico!!!). Seus ban- cos são revestidos de material que imita couro, assim como os do Yaris, que têm revestimento parcial de imi- tação de couro. Mas os bancos do City apoiam melhor o corpo porque têm espuma de maior densidade e apoios QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 23 18/03/22 13:00 laterais que cumprem melhor sua função. Já no Toyota, o acabamento não tem tanta qualidade percebida. Nele, predomina plástico rígido es- curo sem texturas e as partes embor- rachadas se resumem aos apoios de braço nas portas e no porta-objetos central. O quadro de instrumentos é analógico com tela digital de 4,2”. A lista de equipamentos dos dois é parecida. A diferença é que o Yaris apresenta sete airbags (contra seis do City), teto solar, sistema pré-colisão (que detecta uma situação de emer- gência e prepara os freios para entrar em ação) e alerta de mudança de fai- xa. Por sua vez o City, em sua versão intermediária EXL, traz o LaneWatch (câmera lateral do lado direito) e co- nexão sem fio para celulares como itens exclusivos. Apenas a versão topo de linha do Honda é equipada com tecnologias semiautônomas como piloto automático adaptativo, monitoramento para saídas involun- tárias de faixa e frenagem autônoma de emergência – mas todos esses itens não estão presentes nem como opcionais no Toyota. No tamanho, o Honda também leva a melhor por oferecer mais espaço interno. Ele é maior em todas as dimensões e pro- porciona 8 cm a mais para as pernas dos ocupantes traseiros em relação ao Yaris. A questão é que seu assoalho tem um ressalto que deixa os pés do passageiro central desconfortavel- mente elevados. E, no Yaris, o assoa- lho é totalmente plano. O porta-ma- las do City leva 519 litros, enquanto o do Yaris carrega 473 litros. O City vence o embate pelo con- junto da obra mesmo em sua versão menos equipada. Afinal, é melhor em desempenho e consumo, bem acabado, maior, mais conectado e mais barato. O City EXL é exatos R$ 3.670 mais em conta que o Yaris XLS. E se considerarmos o City Touring, o placar não muda, mesmo sendo R$ 4.630 mais caro que o Toyota, pois traz de série tecnologias que justifi- cam a diferença de valor. teste comparativo | City EXL x yaris XLs 24 quatro rodas abril resolução da imagem da câmera de ré é superior. ar é digital de apenas uma zona resolução da câmera de ré do City é inferior. ar é digital e automático Plástico rígido predomina. Central tem tela de 7” Painel de instrumentos tem tela de 7” e central, tela de 8” QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 24 18/03/22 13:00 Motor 1.5 aspirado rende até 110 cv e 14,9 kgfm Motor 1.5 gera até 126 cv – 16 cv a mais que o Yaris Painel remete a modelos antigos. Câmbio é CVT com simulação de sete marchas Painel de TFT concentra todas as informações. Transmissão é CVT e tem sete velocidades simuladas TESTE QUATRO RODAS ACelerAção 0 a 100 km/h 0 a 1.000 m VeloCidAde MáxiMA reToMAdAs D 40 a 80 km/h D 60 a 100 km/h D 80 a 120 km/h FrenAgens 60/80/120 km/h a 0 ConsuMo Urbano Rodoviário ruído inTerno Neutro/RPM máx. 80/120 km/h AFerição Velocidade real a 100 km/h Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha Volante seu Bolso Preço Concessionárias Revisões até 50.000 km HondA CiTY 10,5 s 31,8 s - 170,3 km/h n/d 5 s 6 s 7,7 s 14,9/26,6/61,6 m 13 km/l 17,4 km/l 39,5/71,1 dBA 64,1/69,7 dBA 96 km/h 1.800 rpm 2,7 voltas r$ 112.500 212 r$ 4.678 ToYoTA YAris 13,2 s 34,7 s - 156,4 km/h n/d 5,5 s 7,1 s 9,4 s 15/25,4/62 m 12,9 km/l 15,4 km/l 39,8/65,5 dBA 68,2/71,9 dBA 94 km/h 1.750 rpm 3,2 voltas r$ 116.170 216 r$ 3.364 Honda City – Motor: 1.5 DOHC VTEC, flex, diant., transv., 4 cil.; 16V; in- jeção direta, 126 cv a 6.200 rpm, 15,8/15,5 kgfm a 4.600 rpm Câmbio: automático, CVT, 7 marchas simuladas direção: elétrica suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.) Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.) Pneus: 185/55 R16 Peso: 1.167 kg dimensões: comprimento, 454,9 cm; largura, 174,8 cm; altura, 147,7 cm; entre- -eixos, 260 cm; tanque, 44 l; porta-malas, 519 l Toyota Yaris – Motor: 1.5 Dual VVT-i, flex, diant., transv., 4 cil., 16V, 110/105 cv a 5.600 rpm, 14,9/14,3 kgfm a 4.000 rpm Câmbio: automá- tico, CVT, 7 marchas simuladas direção: elétrica suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.) Pneus: 185/60 R15 Peso: 1.150 kg dimensões: comprimento, 425,5 cm; largura, 173 cm; altura, 149 cm; entre-eixos, 255 cm; tan- que, 45 l; porta-malas, 473 l VEREDiCTO FiCHA TÉCNiCA ERGONOMiA o Toyota Yaris teve um facelift leve em visual e equipamentos e essas pequenas mudanças não foram suficientes para se equiparar ao Honda City, que chegou à quinta geração mais moderno, tecnológico, equipado e com motor mais potente e econômico. esses atributos o tornam um dos melhores sedãs compactos do mercado. Condições de TesTe: alt. 660 m; temp., 29/31 °C; umid. relat., 44/67,5%; press., 1.012,5/1.033 mmHg City – A: 146,5 cm (d.) / 143 cm (t.) B: 95,5 cm (d.) / 89 cm (t.) C: 96 cm (d.) / 100 cm (t.) Yaris – A: 145 cm (d.) / 142 cm (t.) B: 89,5 cm (d.) / 89 cm (t.) C: 95 cm (d.) / 92 cm (t) CiTY HHHH YArisHHH abril quatro rodas 25 C C B B A QR_756_CARRO_COMPARA_CITYxYARIS.indd 25 18/03/22 13:00 Motor a diesel deixa de existir no Renegade para dar lugar a uma inédita configuração para o modelo, com motor flex e tração 4x4. Será que convence? Mudança de cuRSo poR Guilherme Fontana | FoToS Fernando pires impressões ao dirigir | jeep reneGade trailhawk mesmo sem grandes alterações visuais o renegade parece estar renovado QR_756_CARRO_RENEGADE TRAILHAWK.indd 26 18/03/22 13:44 Para-choque tem maior ângulo de entrada nas versões 4x4 Cor laranja e faixas são exclusivas do Trailhawk Pneus de perfil mais alto e rodas menores ajudam no off-road ORenegade não é o primeiro Jeep com motor flex e tração 4x4. A primazia pertence ao Compass. No irmão maior, esse conjunto mecâ- nico foi vendido em 2017 como uma edição especial e muita gente pode nem se lembrar mais. Agora, porém, no Renegade, a proposta é diferente: nele a marca pretende alcançar vo- lumes de vendas maiores. E só tem uma coisa que pode atrapalhar esses planos: saudades. Explico: com a chegada do motor flex, a Jeep deixa de oferecer o motor diesel, que antes equipava o menor modelo da linha. Escolhemos a versão Trailhawk para apresentar o inédito Renegade T270 4x4, já que a configuração é a mais off-road que você pode levar para casa. O conjunto também está disponível na Série S, que custa os mesmos R$ 164.136, mas que tem vocação mais urbana. O preço repre- senta uma queda de quase R$ 17.000 em relação à antiga versão a diesel. Os custos de manutenção também caíram: as cinco primeiras revisões do Trailhawk flex saem por R$ 4.626, contra R$ 6.850 do diesel. As exclusividades do Renegade Trailhawk começam na aparência, com detalhes em vermelho na dian- teira e no gancho de reboque da tra- seira, faixas no capô e a tonalidade laranja da carroceria. A cor vermelha também está no interior, nas saídas de ar e de som. Mas não é só perfu- maria: a versão tem rodas menores, de 17 polegadas, com pneus mais par- rudos, na medida 215/60. São carac- terísticas que reforçam as credenciais off-road do SUV e garantem mais conforto no asfalto. Apesar da sutil reestilização, que deu novos ares ao Renegade, o ponto alto do modelo é a mecânica. Agora todas as versões são equipadas com o motor 1.3 turbo flex de 180/185 cv de potência (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm de torque, aposentando assim de uma só vez o defasado 1.8 flex (139 cv e 19,3 kgfm) e o 2.0 turbodiesel (170 cv e 35,7 kgfm), que segue equi- abril quatro rodas 27 QR_756_CARRO_RENEGADE TRAILHAWK.indd 27 18/03/22 13:44 impressões ao dirigir | renegade trailhawk pando o Compass, o Commander e também a Fiat Toro. É a primeira vez que esse motor flex aparece atrelado à tração 4x4 e ao câmbio automático de nove mar- chas, ambos anteriormente exclu- sivos do diesel. O conjunto garante bom desempenho ao Renegade, mesmo com o peso extra da tra- ção nas quatro rodas (são 167 kg a mais em relação ao Longitude 4x2). Segundo a fábrica, o Trailhawk vai de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos com gasolina, contra os 8,9 segundos do Longitude 4x2. Mesmo assim, o tem- po do flex 4x4 é o mesmo do antigo Trailhawk a diesel, apesar de não ser essa a impressão. É fato que o Renegade deixou no passado o desempenho fraco que lhe rendeu má fama. O novo, com mo- tor turbo, tem números exemplares, mas o maior torque e as sensações do motor a diesel fazem falta, ao menos na versão mais voltada ao fora de es- trada. O flex compensa com mais po- tência, mas que vem mais tarde, aos 5.750 rpm (no diesel, o pico era aos 3.750). O torque de ambos chega na mesma rotação. O ponto de maior in- cômodo fica nas acelerações a partir do zero. Assim como nos demais mo- delos equipados com o motor T270, parece haver um considerável esforço para sair da inércia, é possível sentir um aparente peso. Depois disso o SUV deslancha e mostra a que veio, exceto em situações atrapalhadas pelo câmbio, que tem trocas lentas e segura demais as marchas em casos como em um kickdown. Um dos intuitos do câmbio de nove marchas, além do conforto (atingido com êxito), é amenizar o consumo de combustível. Mesmo assim, as médias são ainda piores do que no diesel e do antigo 1.8. De acordo com a Jeep, com gasolina, o Renegade flex 4x4 faz 9,1 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. No die- sel eram, respectivamente, 9,6 e 11,4 km/l, enquanto o 1.8 flex chegava aos 10 e 12,2 km/l. Ou seja, SUV turbina- do anda muito bem, mas consome com a mesma disposição. O modelo oferece cinco modos de condução, além das funções de bloqueio eletrô- nico do diferencial e reduzida. O pacote de equipamentos do Renegade mais caro é bastante satis- fatório. Há quadro de instrumentos digital, multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e 8,4 polegadas, carregador de celulares por indução com ventilação, faróis e lanternas full-led e farol alto automá- tico. A lista segue com itens de auxílio à condução, como frenagem automá- tica de emergência, alertas de pontos cegos, assistente de permanência em faixa, alerta de tráfego cruzado tra- seiro e assistente de estacionamento. O teto solar é o único opcional e custa R$ 8.303. Ficou faltando piloto auto- mático adaptativo e ajustes elétricos, ao menos no banco do motorista. Um problema crônico do modelo, que só será resolvido em uma próxi- ma geração, é o conforto para quem viaja atrás. Nessa posição, o espaço é apenas satisfatório, sem sobras que permitam acomodar pessoas mais altas que a média. Quem for no meio não se incomodará tanto com o túnel central, relativamente baixo e lar- go, mas o problema será no espaço lateral, porque o Renegade carece de uma área que seja suficiente para três pessoas. Há ainda o porta-malas, com poucos 314 litros – 14 a mais do que em um Fiat Argo. Vale lembrar que, nas versões 4x2, são 385 litros. As 4x4 reduzem o volume por terem o estepe com roda de liga leve. O tempo dirá, mas é muito prová- vel que o comprador de carros a die- sel não se encante com a nova confi- guração do Renegade. E talvez a Jeep não se importe com isso. Primeiro, porque o Jeep a diesel mais barato passa a ser o Compass, por volta dos R$ 220.000. Segundo, porque cer- tamente o Renegade ganhará mais público do que perderá. 28 quatro rodas abril Freio de estacionamento é elétrico de série Quadro digital é o mesmo de toro e Pulse tração 4x4 tem reduzida e inclui modos de terreno Ficha técnica Veredicto capacidade off- -road: 30°, ângulo de entrada; 32°, ângulo de saída; 22°, ângulo de rampa; altura mínima do solo, 20,2 cm desempenho*: 0 a 100 km/h, 9,9 s; velocidade máxima de 200 km/h; consumo urbano, 9,1 km/l; consumo rodoviário, 10,8 km/l (gas.) (*dados de fábrica) Jeep renegade trailhawk Motor: flex, diant., transv., 1.332 cm³, 4 cil., 16V, turbo, 180/185 cv a 5.750 rpm (gasolina/ etanol), 27,5 kgfm a 1.750 rpm câmbio: automático, 9 marchas, tração 4x4 com reduzida direção: elétrica, 10,8 metros (diâmetro de giro) Suspensão: mcpherson nos dois eixos Freios: discoventilado (diant.) e sólido (tras.) Pneus: 215/60 r17 Peso: 1.643 kg dimensões: comprimento, 426,8 cm; largura, 180,5; altura, 171,2 cm; entre-eixos, 257 cm; tanque, 55 litros; porta-malas, 314 litros a combinação tem bom desempenho e se destaca pela suavidade, mas o torque e as sensações do motor a diesel deixam saudades. HHHH QR_756_CARRO_RENEGADE TRAILHAWK.indd 28 18/03/22 13:45 Interior da versão off-road vem com detalhes em vermelho e central de 8,4 polegadas Espaço traseiro é limitado para pernas e ombros Os bancos são largos e posição de dirigir é alta Extremidades: na dianteira, o potente motor 1.3 turboflex de até 185 cv; na traseira, o acanhado porta-malas de 314 litros QR_756_CARRO_RENEGADE TRAILHAWK.indd 29 18/03/22 13:45 impressões ao dirigir | CAOA CHERY tiggO 5X PRO Mais do que a nova frente, o SUV ganhou novo painel e equipamentos, entre eles câmbio CVT por EDUARDO PASSOS | foToS FERNANDO PiRES para quem sabe ouvir, sessões de análise podem ser oportunida-des ricas para evoluir. A Caoa Chery é dessas, e parece ter ouvido com atenção a voz dos consumido- res para lançar o novo Tiggo 5x Pro. Com margem de manobra limitada, a montadora sino-brasileira não tinha recursos para modificar o SUV na totalidade, mas soube administrar o orçamento nessa mudança de linha. Por fora, o Tiggo 5x Pro é mais um a trazer a grade frontal com aspec- to 3D, parecida com a do Hyundai Creta. Ela é a marca registrada dos facelifts recentes dos SUVs Tiggo, indo do 3x ao 7 Pro, e cumpre bem a missão de maquiar a cara do veícu- lo. Internamente, entretanto, temos um carro novo, com louvável nível de conforto e acabamento e eviden- te evolução tecnológica, incluindo a nova transmissão CVT. O preço? R$ 154.990 (R$ 22.000 mais caro que o seu antecessor). QUEM VÊ CARA… Agora em versão única, o Tiggo 5x Pro se posicio- na como uma opção mais simples ao Tiggo 7 Pro (R$ 193.790), que se diferencia no porte e no motor 1.6 turbo de 187 cv. Externamente, o SUV compacto tem um visual mais datado, se distanciando da moda em aspectos como os volumosos faróis. Mas, ainda que muitas das peças do Tiggo 5x Pro sejam exatamente as mesmas de antes, a iluminação de led se junta à grade para revigorar o visual do carro ao mesmo tempo que ilumina melhor os caminhos. O novo para-choque completa a maquiagem, com linhas mais es- beltas, detalhes em cromado e novo difusor. Funcional, a peça elevou o ângulo de ataque do modelo (23,4o, 0,4o a mais que antes), se equiparando à picape Fiat Strada. Com 31,5o, o ângulo de saída cres- ceu ainda mais (1,5o), mas as mu- danças estéticas traseiras se limitam ao novo difusor, o dispensável par de escapes esportivos e a régua cro- mada que agora adentra os períme- tros das lanternas, também de leds. Quando chegamos próximo ao car- ro, a chave presencial no bolso faz com que o modelo saúde o condutor, BeLeZa iNTerior QR_756_CARRO_TIGGO 5 PRO.indd 30 18/03/22 10:10 Na dianteira, além da nova grade, os faróis ganharam iluminação com leds QR_756_CARRO_TIGGO 5 PRO.indd 31 18/03/22 10:10 impressões ao dirigir | tiggo 5x PRo estendendo os retrovisores e destra- vando a porta. Ainda que mantenha suas dimensões em relação ao ante- cessor, o Tiggo 5x Pro está muito mais confortável, se destacando de cara pelo revestimento que imita couro e o banco do motorista que, além de comandos de ajustes elétricos, tem apoio lombar. MAL NECESSÁRio Faz bem aos olhos ver que o painel totalmente assimé- trico do velho Tiggo 5x deu lugar a um novo conjunto, com saídas de ar bem distribuídas ao redor da central multimídia de 10,25” de ótima inter- face. O quadro de instrumentos tem as mesmas 7” de vários concorrentes, mas qualidade de imagem claramen- te superior à que havia no modelo antecessor e à média do segmento. Completamente revestida de ma- teriais macios, a cabine se permite ir além do esperado ao imitar aço esco- vado na região das portas. O coman- do de ar-condicionado ganhou uma prancheta sensível ao toque, que não é tão prática, mas completa a harmo- nia interna. Também há iluminação de led que muda de cor ao ritmo da música e, mesmo errando o compas- so com frequência, serve de gracinha para os caronas. Outro acerto da Caoa Chery diz respeito ao console central em dois níveis, que traz um joystick de câm- bio bem próximo ao braço direito, assim como os botões de auto-hold e freio de estacionamento. De tão boa, a posição do porta-celular é um con- vite para usá-lo na hora errada, mas a falta de carregamento por indução se torna um mal necessário, me lem- brando de deixá-lo guardado. Com um volumoso baú, o console perde pontos pela falta de iluminação do andar inferior (onde há duas en- tradas USB) e na ausência de ajuste do apoio de braço. Realmente interessada em não deixar pontas soltas, a Caoa Chery chegou a peitar a matriz chinesa para manter o imenso teto solar (que não se abre) e inserir o ajuste de profun- didade do volante. Segundo os execu- tivos brasileiros, os chineses rejeita- vam esses recursos por considerarem que eles encareceriam o produto. Mas, de acordo com os brasileiros, es- ses são equipamentos apreciados pe- los donos do Tiggo da linha anterior e por isso foram mantidos. VERSÃo HÍBRiDA A grande novidade mecânica está no câmbio CVT, que substituiu a polêmica dupla embre- agem. “Para atender os limites de emissões de poluentes”, me explica um executivo da marca. As nove mar- chas simuladas aproximam-no de um câmbio tradicional, mas há trancos incômodos abaixo de 20 km/h. Trazendo os mesmos 150 cv e 21,4 kgfm, o 1.5 turbo está levemente mais ágil, ainda que passe longe de nos colar no banco no modo Sport, que o deixa mais obediente. A boa notícia é que, no modo Eco, é possível chegar à mesma faixa de consumo de antes, com 9,9 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada, ambos com gasolina, con- siderando os números oficiais, uma vez que nós não levamos o caro para a pista, o que faremos oportunamente. 32 quatro rodas abril Na traseira, a maior novidade é o extrator no para-choque QR_756_CARRO_TIGGO 5 PRO.indd 32 18/03/22 10:10 abril quatro rodas 33 Porta-malas leva 340 litros de bagagem. Motor 1.5 gera 150 cv com etanol Revestimento imita couro. Banco do motorista tem comandos elétricos Ficha técnica VeRedicto -eixos, 263,1 cm; peso, 1.452 kg; porta-malas, 340 l; tanque, 51 l desempenho: 0 a 100 km/h, 10,3 s; consumo urbano, 6,9 (A)/9,9 (G) km/l; consumo rodoviário (Inmetro), 8,1 (A)/11,5 (G) km/l Preço: R$ 154.990 Motor: flex, diant., transv., 4 cilindros, 1.498 cm3; turbo- compressor, 150/147 cv a 5.500 rpm, 21,4 kgfm de 1.750 a 4.000 rpm câmbio: CVT, 9 marchas simuladas, tração dianteira direção: elétrica progressiva Suspensão: McPherson (dianteira), multilink (traseira) Freios: disco sólido (diant. e tras.) Pneus: 225/55 R18 dimensões: comprimento, 433,8 cm; largura, 183 cm; altura, 164,5 cm; entre- o tiggo 5x Pro ainda é o mesmo carro, na essência, mas evoluiu muito com as mudanças introduzidas. HHHH Mantendo suspensão independen- te de curso generoso (McPherson, na frente, e multilink, atrás), as ruas bra- sileiras não chegam perto de causar batidas secas no Tiggo 5x Pro, cujo ru- ído sob o capô penetra bem pouco na cabine. O ajuste mais duro do conjun- to, porém, faz com que imperfeições leves do asfalto sejam sentidas um pouco além da conta pelo condutor. Com freios a disco nas quatro ro- das, a frenagem do SUV é sempre obediente e, em ladeiras, é possível ativar um assistente que mantém um ritmo de descida constante, dosado pelo acelerador. Já em vias rápidas, o controle de cruzeiro funciona bem, assim como a direção elétrica com assistência variável. Equipado com câmeras que auxi- liam nas balizas, o Tiggo 5x Pro peca pela falta de controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência. Novidades que já estãoem desenvolvimento e chegarão ain- da este ano, segundo a fábrica, assim como uma versão híbrida, que pro- mete concluir a evolução do carro, na atual geração. De acordo com um executivo, como produto mais ven- dido da linha, o Tiggo 5x tem impor- tância estratégica para a Caoa Chery e suas ambições em nosso mercado. inteiramente novo, o painel é bem acabado Painel de instrumentos e central multimídia têm telas com boa definição QR_756_CARRO_TIGGO 5 PRO.indd 33 18/03/22 10:10 TesTe | fiat pulse drive 1.3 manual maçanetas e retrovisores sem pintura identificam a versão A versão mais barata do Pulse mostra que dá para custar menos sem exigir grandes sacrifícios do consumidor Por GuilHerme fOntana | fotos fernandO pires questão de escolha QR_756_CARRO_Pulse Manual.indd 34 18/03/22 13:35 Pensadores dizem que “é na simplicidade que se encontra o essencial”. Na indústria au-tomobilística esse pensamen- to pode ser contraditório. Porém, ainda há casos em que a frugalidade das versões de entrada ganham um destaque positivo. É o caso do Fiat Pulse equipado com câmbio manu- al, que parte dos R$ 86.056 e mostra que a versão mais barata não é ne- cessariamente a mais espartana ou, como se diz no mercado, a pé de boi. A lista de equipamentos do Pulse de entrada passa longe de ser despo- jada. Ele não tem chave presencial, sistemas semiautônomos, câmera de ré ou quadro de instrumentos digital, mas traz, de série, ar-condicionado digital automático, faróis e lanternas de led (incluindo luz diurna), piloto automático, sensores de estaciona- mento traseiros, ESP, sensores de pressão de pneus, sistema de tração TC+ e quatro airbags. A central mul- timídia de 8,4” tem Android Auto e Apple CarPlay sem fio, e USB dos ti- pos A e C. Não há necessidade de uma tela maior, mas há a opção de 10,1”. Se você gostar do visual, vale consi- derar, já que o upgrade custa apenas R$ 983. Por fora, os únicos detalhes que denunciam que este é o Pulse mais barato são os retrovisores e as maçanetas sem pintura. Também não há faróis de neblina (presentes ape- QR_756_CARRO_Pulse Manual.indd 35 18/03/22 13:35 36 quatro rodas abril nas na configuração topo de linha) e as rodas de 16 polegadas são as mes- mas das outras versões (a exceção fica também com a mais cara). Talvez o Pulse Drive manual tenha como principal problema o acaba- mento simples. No painel, por exem- plo, apenas um friso prateado e os detalhes do mesmo tom no volante quebram o aspecto monocromático do preto. As peças mesclam diferentes texturas, todas de aparência simples, e ficam devendo encaixes e alinha- mentos melhores (o que não é um problema relacionado ao conteúdo). Apesar disso, os comandos do ar- -condicionado são os mesmos do Pulse Impetus, de R$ 121.605, e os bancos são revestidos de tecidos de boa qualidade, com toque e densi- dade agradáveis. O quadro de instru- mentos predominantemente analógi- co tem ótima leitura e fácil manuseio. Ainda por dentro, ele se sai bem no espaço interno, com uma boa acomo- dação para quem vai atrás (que tem à disposição apenas um USB). Já o por- ta-malas de 370 litros fica devendo. A mecânica é a exclusividade des- te Pulse, já que apenas esta versão combina o motor 1.3 flex a um câmbio manual de cinco marchas, enquanto as demais têm uma caixa CVT de sete marchas simuladas. No motor são 98/107 cv (gasolina/etanol) de po- tência e 13,2/13,7 kgfm de torque. As impressões ao dirigir vão totalmente ao encontro dos números obtidos em nossos testes, feitos com gasolina. Ele foi de 0 a 100 km/h em 12,5 segun- dos, contra os 13,9 segundos da ver- são CVT. O Pulse manual é um carro divertido para ser guiado na cidade. Como mandam os picos de potência e torque, o modelo se dá bem com giros altos e, assim, transmite leveza e agilidade nas acelerações, sem a mo- rosidade do CVT. O câmbio tem rela- ções curtas, semelhantes às da Strada, além de engates parecidos, sem muita precisão. Mesmo assim, as marchas TesTe | pulse drive 1.3 manual Faróis de led dão ares sofisticados mesmo ao pulse mais barato da linha espaço interno e de porta-malas são suficientes, sem grandes sobras, enquanto o tecido dos bancos é macio e agradável QR_756_CARRO_Pulse Manual.indd 36 18/03/22 13:35 abril quatro rodas 37 *D ad o de fá br ic a TESTE QUATRO RODAS AcelerAção 0 a 100 km/h 0 a 1.000 m VelocidAde máximA retomAdAs 40 a 80 km/h em 3ª 60 a 100 km/h em 4ª 80 a 120 km/h em 5ª FrenAgens 60/80/120 km/h a 0 consumo Urbano Rodoviário ruído interno Neutro/RPM máx. 80/120 km/h AFerição Velocidade real a 100 km/h Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha Volante seu Bolso Preço básico Garantia 12,5 s 18,5 s - 118,1 km/h 174 km/h* 7,9 s 12,8 s 23,4 s 14,2/25,7/50,5 m 12,8 km/l 17,6 km/l 43/68,5 dBA 67,5/72,9 dBA 93 km/h 1.850 rpm 2,5 voltas r$ 86.056 3 anos motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil., 8V, 1.332 cm³, 98/107 cv a 6.250 rpm, 13,2/13,7 kgfm a 4.250/4.000 rpm câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira dire- ção: elétrica, 10,5 m (diâmetro de giro) suspensão: ind. McPherson (diant.), eixo de torção (tras.) Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.) Pneus: 195/60 R16 rodas: liga leve, 16’’ Peso: 1.187 kg di- mensões: comprimento, 409,9 cm; largura, 177,4 cm; altura, 157,6 cm; entre-eixos, 253,2 cm; porta-malas, 370 l, tanque, 52 l VEREDicTO FicHA TÉcNicA ERGONOMiA ele tem acabamento mais simples, mas compensa na extensa lista de equipamentos e na ótima dirigibilidade. HHHH condições de teste: alt. 660 m; temp., 26 °c; umid. relat., 75%; press., 1.020,5 kPa A: 149 cm (diant.) / 146,5 cm (tras.) B: 97 cm (diant.) / 90 cm (tras.) c: 100,5 cm (diant.) / 89 cm (tras.) C C B B A não parecem empilhadas como na pi- cape. Acima dos 110 km/h uma sexta marcha reduziria os ruídos, mas pre- judicaria o desempenho pela queda na rotação. Ou seja, não há necessida- de. O que também nos faz recordar da Strada é a suspensão, com um senti- mento de invencibilidade diante de buracos, valetas e outras imperfeições do solo. Apesar dos ajustes firmes, a suspensão é confortável, unindo as- sim doses de bem-estar aos ocupan- tes e rigidez ao veículo. O perfil alto dos pneus 195/60 e a altura do carro em relação ao solo também ajudam a absorver os impactos. No consumo, há praticamente um empate técnico com a versão automática. Em nossos testes, o manual registrou as médias de 12,8 km/l na cidade e 17,6 km/l na estrada. No CVT foram, respectiva- mente, 13 km/l e 17,8 km/l. Mesmo sendo o mais barato da linha, o Pulse manual certamente passará longe de ser o mais vendido, dadas as circunstâncias do segmento em que ele se encaixa, onde o câmbio automático é quase que obrigatório. Ainda assim, a configuração mais simples e barata mostra que, quem quiser ou precisar levá-la para casa, não ficará desamparado em espaço, visual e, principalmente, nos equi- pamentos e no prazer ao dirigir. mesmo menor, a central tem bom tamanho, com 8,4” A versão de entrada já tem, de fábrica, rodas de liga leve aro 16 e faróis de led câmbio manual, chave comum e quadro analógico: tudo funciona muito bem QR_756_CARRO_Pulse Manual.indd 37 18/03/22 13:35 O ID. Buzz – Kombi elétrica, para os íntimos – é o primeiro veículo da moderna família ID que faz uma conexão com o passado. As linhas remetem às origens da “Velha Senhora”, mas a tecnologia está espalhada por seus 4,71 metros pOr joaquim oliveira FOTOS DivulGaÇÃo Impressões ao dIrIgIr | volkswaGen iD. BuZZ reinventado Subo para o banco do motorista e noto a posição de dirigir muito vertical, assim como o para-bri- sa. Não há dúvida de que o espírito e as formas da velha Kombi estão ali. Mas agora o motorista não fica tão próximo ao vidro e com as pernas quase no limite da carroceria, como antes. Então, nossa avaliação começa com um agradecimento às exigentes normas de segurança atuais. Estamos ao volante do ID. Buzz– Kombi elé- trica, para os íntimos. A Volkswagen foi buscar ingredientes de um passa- do cheio de emoções para preparar uma receita de sucesso. Do lado de fora, há sempre celu- lares apontados para a novidade. Isso se deve ao fato de que na Europa ela está para chegar, e também porque andamos em uma unidade disfarça- da com uma divertida camuflagem colorida. Nosso test-drive ocorreu ícOne QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 38 18/03/22 14:22 Impressões ao dIrIgIr | Volkswagen ID. BUZZ a camuflagem colorida chama mais a atenção do que disfarça QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 39 18/03/22 14:22 nhora”. Apesar do enorme entre- -eixos (2,99 metros), a capacidade é para cinco ocupantes, em duas filas de bancos. O modelo original transpor- tava nove pessoas em suas três filas de assentos. Portanto, guarde na memó- ria aquelas imagens em que ela levava a criançada para a escola, o time para jogar bola e os amigos para pescar. Trabalhar na feira fritando pastel ou moendo cana, nem pensar. A capaci- dade de carga agora é de 650 kg, bem menos que os 1.000 kg do passado. O design é claramente inspirado no modelo dos anos 1950/60, es- pecialmente a frente. Mas, com 4,71 metros, a nova Kombi é muito maior que a antiga. São cerca de 30 cm a mais na largura e 45 cm no compri- mento. Há sete opções de cores, quase todas bastante vivas (como o Amarelo Lima, o Laranja Enérgico e o Azul Luz de Estrelas). É possível combinar dois tons, como na clássica “saia e blusa”. Em curvas, dá para perceber que o ID. Buzz não é especialmente ágil, e nem poderia ser, tendo em vista suas alguns dias antes da revelação mun- dial, em 9 de março. Algumas das imagens mostradas aqui são desse dia, outras são fotos de divulgação. Logo nas primeiras centenas de metros na zona portuária de Hamburgo, na Alemanha, com es- tradas estreitas e maltratadas, a nova Kombi começa a somar pontos, tanto pelo fato de sua carroceria dar mos- tras de boa rigidez como pelo razoá- vel conforto proporcionado pela sus- pensão. Ou ainda pelo ótimo silêncio de rolamento. Nisso, ela está muito à frente do modelo original, com seu motor boxer a ar, que reverberava seu som metálico por todo o interior. Quando deixou de ser produzida no Brasil, em 2013, a Kombi 1.4 flex tinha 80 cv e 12,7 kgfm (com etanol). Pois agora o motor elétrico gera 204 cv e 31,6 kgfm. E a bateria de 82 kWh tem a promessa de autonomia superior a 400 km. (Em rodovias, já sabemos que ela deverá ficar na faixa de 300 km.) Mas não pense que ela leva van- tagem em tudo sobre a “Velha Se- 40 quatro rodas abril Impressões ao dIrIgIr | ID. BUZZ Na frente, está o maior ponto de identificação com sua antecessora proporções e peso (mais de 2 tonela- das). Mas, como em todos os elétri- cos, qualquer sprint curto é feito com enorme rapidez. É fácil esquecer o pedal da esquer- da e acelerar e frear apenas com o da direita, no nível mais elevado de recu- peração de energia, que também aju- da a ampliar a autonomia. O diâmetro de giro, de apenas 11,1 metros, im- pressiona para um veículo tão longo. Em vias mais rápidas, o desempe- nho perde brilho, especialmente na Alemanha. Se a velocidade máxima de 145 km/h será mais do que sufi- ciente na maior parte do planeta, em seu país natal ela está sendo um pou- co criticada. Isso porque os alemães temem fazer papel de tartaruga quan- do entrarem em uma Autobahn. INterIor persoNalIZável A cabine é versátil. É possível combinar peças e elementos de cores distintas. O ban- co traseiro é bipartido e rebatível em duas partes assimétricas (1/3-2/3), e ele corre longitudinalmente em até 15 QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 40 18/03/22 14:22 novembro quatro rodas 41 Impressões ao dIrIgIr | ID. BUZZ Maior que a Kombi, o ID. Buzz mede 4,71 metros de comprimento A carroceria monovolume tem portas laterais corrediças QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 41 18/03/22 14:23 42 quatro rodas abril Entre os opcionais, há um sistema de iluminação ambiente com 30 co- res (em vez de dez, de série), rodas de 20 polegadas, bancos dianteiros elétricos e aquecidos e até auxiliar de estacionamento. A plataforma é a mesma MEB dos demais Volkswagen ID. A bateria (for- necida pela sul-coreana LG Chem) tem a mesma capacidade da encon- trada nos irmãos (82 kWh brutos e 77 kWh utilizáveis), mas com algu- mas alterações para permitir recarga mais elevada em corrente contínua (CC). Em carregador de 170 kW, a recuperação de 5 a 80% se dá em 30 minutos, segundo a fabricante. O carregamento com corrente alter- nada (CA) continua indo até 11 kW. Futuramente, haverá uma versão 4x4 com mais potência. Na Buzz Cargo a bateria será menor (58 kWh). Por meio do sistema Plug & Charge, o ID. Buzz e a estação de carregamento se reconhecem sem necessidade de acessar aplicativo ou tocar na tela do posto de carga, similar centímetros (para aumentar o espaço para pernas ou o porta-malas). Os encostos podem ser completamen- te rebatidos, elevando a capacidade para bagagem a 2.205 litros. Falando em espaço, haverá ainda uma versão comercial, Cargo. Nesse caso, o banco dianteiro acomoda três ocupantes, e o restante do salão de 3,9 m2 na traseira fica reservado à carga. A instrumentação concentra-se em uma pequena tela de 5,3”, igual à dos outros modelos da família ID. Inicialmente, há apenas um nível de acabamento (Pro), que incluirá de série itens como rodas de liga leve de 19”, duas portas de correr (uma de cada lado), iluminação que projeta no chão o logotipo da marca ao abrir ou fechar o carro, sensores de proximi- dade dianteiros e traseiros, controle climático bizona e sistema multimí- dia com tela de 10”. Espalhadas pela cabine, podem existir até oito entra- das USB, uma delas ao lado do re- trovisor interno (para conectar uma câmera, por exemplo). ao que ocorre com os Tesla. Há tam- bém o carregamento bidirecional, por meio do qual o carro é capaz de “de- volver” eletricidade para a residência. Na Europa, as encomendas podem ser feitas a partir de maio, com en- tregas previstas para o final do ano. O preço estimado é de 60.000 euros. Para os EUA, ela deverá chegar apenas em 2024, com entre-eixos mais longo (capaz de transportar seis ou sete pes- soas) e até um possível nome exclusivo (embora não oficial): ID. California. E o Brasil? Oficialmente, não exis- te nada definido sobre a chegada da perua. Porém, a julgar pelo volume de informações que a marca alemã vem divulgando no país em suas re- des sociais (algo incomum para um produto que não é comercializado localmente), é de se supor que em algum momento ela virá. A Kombi foi o primeiro carro produzido pela Volkswagen no Brasil, em um galpão no bairro do Ipiranga, nos anos 1950. Com a versão elétrica, a história teria uma bela continuação. O banco traseiro é bipartido e corre longitudinalmente QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 42 18/03/22 14:23 abril quatro rodas 43 O sistema de iluminação pode assumir Além da identificação explícita da família, há easter eggs espalhados pelo carro Na cabine, pode-se combinar peças e elementos de cores diferentes FichA técNicA VeredictO desempenho: 0 a 100 km/h, n/d; velocidade máxima, 145 km/h; consumo n/d; autonomia acima de 400 km Preço: 60.000 euros (estimado) Motor: elétrico; 204 cv e 31,6 kgfm; baterias de íons de lítio de 77 kWh; tempo de recarga, 30 min (até 80%, em 170 kW) câmbio: automático, 1 m., tração traseira direção: elétrica; diâmetro de giro, 11,1 m Suspenasão: McPherson (diant.), multilink (tras.) Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.) Pneus: 235/60 R19 (diant.), 255/50 R19 (tras.) dimensões: comprimento, 471,2 cm; largura, 198,5 cm; altura, 193,7 cm; entre- -eixos, 298,8 cm; peso, 2.200 kg; porta-malas, 1.121/2.205 l O id. Buzz agradou no primeiro contato. Mas, se não tivesse agradado, ainda assim seria bem-vindo, por conta do legado deixado por seu antepassado, aVW Kombi. HHHHH IMPRessões ao dIRIgIR | id. BUZZ Quem dirigiu a Kombi reconhece a posição ao volante O comprador pode optar por pintura “saia e blusa” QR_756_CARRO_VW ID.BUZZ.indd 43 18/03/22 14:23 Versão preparada para acelerar em uma pista como a da foto Mais esportivo do que nunca Com as novas versões S e GT, o Alpine A110 salta de 252 para 300 cv e recebe ajustes mais agressivos para rivalizar até com o alemão Porsche 718 Cayman por JoAquim oliveirA / PreSS-inform impressões ao dirigir | renault alpine a110 S QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 44 18/03/22 13:38 Com as novas versões S e GT, o Alpine A110 salta de 252 para 300 cv e recebe ajustes mais agressivos para rivalizar até com o alemão Porsche 718 Cayman FO TO S DI VU LG AÇ ÃO Desde que renasceu das cinzas, em 2018, a Alpine vem ganhan-do espaço nas rodas de conver- sa quando o assunto é esportividade. E isso vale tanto para carros de pas- seio como de competição. No ano passado, a marca passou a ser a nova denominação da escuderia Renault na Fórmula 1. Agora a lendária em- presa francesa preparou duas ver- sões adicionais do cupê A110. Além da “básica”, temos a GT – que mira no conforto e na elegância – e a S – mostrada aqui e desenvolvida para as pistas. O objetivo declarado da fá- brica é encarar nada menos que Audi TT e Porsche Cayman, em configu- rações de preços semelhantes. O motor 1.8 turbo de quatro cilin- dros é o mesmo do 110 original. Ele veio do Mégane RS e rende 252 cv. Mas, para as duas novas versões, foi recalibrado e ganhou 48 cv. Assim, a potência foi arredondada para 300 cv, disponíveis a 6.300 rpm (contra 6.000 rpm no A110 “manso”). Da mesma forma, o torque foi de 32,6 para 34,7 kgfm, em uma faixa de rotação bem mais ampla. Enquanto no A110 ela começa em 2.000 rpm e se estende até 4.800 rpm, na GT e S está disponível em sua plenitude em 2.400 rpm e vai assim até 6.000 rpm. QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 45 18/03/22 13:38 Esportivo acelera de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos 46 quatro rodas abril lateral. O senão é que ele é mais duro do que o das versões 110 e GT. Como nos esportivos puros, não há regulagem nem de inclinação nem de altura. Caso haja necessidade de alterar a medida de fábrica, é preciso desaparafusá-lo das guias e fixá-lo em outra posição. Antes de apertar o botão “start” no console, vale a pena prestar atenção na interessante mistura de materiais nobres, como Alcantara, alumínio e fibra de carbono. Mas nada disso impede a percepção de que a quali- dade final é claramente inferior à do 718 Cayman. No Alpine há plásticos de aspecto mais barato, certas peças montadas com menos exatidão e ain- da comandos emprestados de conhe- cidos modelos da Renault. Os primeiros quilômetros de nosso test-drive são feitos sobre asfalto em trechos urbanos, alguns deles longe da perfeição. Assim, logo de saída nota-se algum ruído de rodagem dos pneus e também que a suspensão é mais dura do que a do Cayman, e sem possibilidade de regulagem. O ajuste, relativo aos modos de dirigir – Normal, Sport e Track –, al- tera a resposta do acelerador, câmbio, direção, sistema de escape e controle de estabilidade. Nesse Alpine mais agressivo as barras estabilizadoras são ocas (menos peso) e 100% mais rígidas; as molas foram recalibra- das (50% mais duras); a geometria dos eixos e os amortecedores foram revistos e a altura do solo foi ligeira- mente diminuída, em 4 mm. divErsão garantida O motor mos- tra-se meio “dormente” até 2.000 rpm, mas responde de forma bem mais agressiva acima desse regime. O câmbio automático Getrag de sete marchas e dupla embreagem tem trocas suaves, e o motorista também pode fazer as trocas por meio das borboletas no volante. Uma novidade: impressões ao dirigir | alpinE a110 s Como se sabe, porém, força não é tudo. O 110 não tem carroceria de plástico, como o modelo original, dos anos 1960, nem pesa apenas os 706 kg da época. Porém, graças à carroceria de alumínio, consegue ficar em ma- gros 1.184 kg (já considerando 75 kg do motorista). Como comparação, o Audi TT pesa 1.345 kg, enquanto o Cayman acusa 1.440 kg na balança. Contribuem para esse regime as pinças de freio de alumínio da Brembo (que ajudam a poupar 8,5 kg), as rodas forjadas de 18 polegadas da Otto Fuchs e os bancos Sabelt, que pesam apenas 13 kg cada um. Com 4,18 m de comprimento e apenas 1,25 m de altura, o A110 é um cupê de dois lugares com motor central-traseiro e tração traseira, tal como o Porsche 718 Cayman, que, no entanto, tem mais 20 cm de compri- mento. O Audi TT é mais próximo em dimensões, mas tem configuração distinta (tração dianteira ou integral). ContorCionismo Há que se ter algu- ma flexibilidade corporal para descer até o banco, bem perto do chão. Mas, após o malabarismo, são só boas no- tícias: há mais espaço do que no 718 Cayman e o banco tem ótimo apoio rodas mais leves reduziram o peso do carro QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 46 18/03/22 13:38 Visual é inspirado no Renault Alpine, gêmeo do brasileiro Willys Interlagos abril quatro rodas 47 QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 47 18/03/22 13:38 Saída central de escapamento é um detalhe no visual esportivo para direcionar o ar para o difusor traseiro. De acordo com a Alpine, em velocidade máxima são gerados 60 kg extras na dianteira e 81 kg atrás. Com os pneus Michelin PS Cup 2 (semi-s- lick) e cintos de segurança de compe- tição (ambos opcionais), o A110 S fica pronto para atacar qualquer pista. Entre os melhoramentos no inte- rior há um novo sistema multimídia com software mais rápido e atualiza- ção remota, compatível com disposi- tivos Android Auto e Apple CarPlay. Mantém a funcionalidade, o Alpine Telemetrics (de série no 110 S e op- cional nas outras duas), que fornece informações como tempo de volta na pista, além de dados como tempera- tura da água e do óleo do motor e do câmbio. A Alpine oferece ainda o pa- cote Racing (só para o 110 S), compos- to de bancos Sabelt Sport com tecido de microfibra. Não há porta-luvas, tampouco profusão de porta-objetos, e os dois porta-malas são minúsculos. O da frente acomoda 100 litros, enquanto o traseiro completa com outros 96 l. É menos do que o Porsche Cayman, que leva 150 l na frente e 130 l atrás. impressões ao dirigir | alpine a11o S quando se usa o Launch Control, um dos cilindros é brevemente desligado (apenas isso) para deixar o som ainda mais instigante. Para motoristas que gostam de viver emoções em circuitos sinuosos, o cupê francês pode ser uma opção mais sedutora que os oponentes ale- mães, porque ele exige bastante “mão de obra” em curvas de altas velocida- des. Há situações em curvas longas e lentas em que se sente um pouco a tendência para alargar a trajetória, mas em outras o cupê tende a sair um pouco de traseira, especialmente em mudanças mais bruscas de direção. A direção é rápida, mas não dei- xa sentir a estrada tanto quanto a do Cayman, em parte por ser um pouco mais leve, em parte porque os ale- mães vêm apurando a dinâmica de seus cupês esportivos há décadas. Os freios Brembo garantem boas frena- gens, com pouca tendência a fadiga. MaiS rápido que porSche Com- parando o Alpine mais potente com o Cayman menos potente (para que fiquem nivelados em preço na Europa, ao redor de 78.000 euros), o cupê francês leva vantagem. Por ser mais leve, o Alpine começa ganhando pontos em termos de relação peso/ potência (3,95 kg/cv contra 4,8 kg/ cv do alemão). O 718 Cayman tem torque um pouco superior (38,7 kgfm ante 34,7 kgfm), disponível em uma faixa de rotação inferior (2.150 contra 2.400 rpm), mas o A110 S dispara até os 100 km/h em 4,2 s, o que significa pelo menos meio segundo mais rá- pido do que o Cayman, mesmo com o pacote Sport Chrono. A velocidade máxima de ambos é a mesma: 275 km/h, mas para isso o Alpine precisa do “aero kit”, pacote que aumenta a carga aerodinâmica.Ele inclui aero- fólio de fibra de carbono e uma lâmina também de carbono na parte inferior emblema na coluna remete à equipe da F1 QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 48 18/03/22 13:38 Os bancos concha não têm ajustes de inclinação e nem de altura O acabamento tem qualidade, mas é inferior à da Porsche Preço: 78.000 euros (estimado) Motor: gas., transv., central traseiro, 4 cil., 16V, inj. direta, turbo, 1.798 cm3; 300 cv a 6.300 rpm, 34,7 kgfm entre 2.400 e 6.000 rpm Câmbio: auto- matizado, 7 m., tração traseira Direção: elétrica, diâmetro de giro, 11,4 m Suspensão: duplo A nos dois eixos Freios: disco ventilado nas quatro rodas Pneus: 215/40 R18 (diant.), 245/40 R19 (tras.) O Alpine fica menos à vontade nas vias públicas do que um Porsche. Mas é diversão garantida em um circuito fechado. HHHH FiChA téCniCA VereDiCtO Dimensões: comprimento, 418 cm; largura, 179,8 cm; altura, 124,8 cm; entre- -eixos, 241,9 cm; peso, 1.184 kg; porta-malas, 196 l; tanque, 45 l Desempenho: 0 a 100 km/h, 4,2 s; veloc. máx. de 275 km/h abril quatro rodas 49 QR_756_CARROS_Renault Alpine.indd 49 18/03/22 13:38 Em versões de passageiros e de carga, pequeno elétrico é solução para pequenas distâncias Impressões ao dIrIgIr | citroën AMi Carros são objetos lúdicos. Deve ser por isso que as pessoas sorriem ao se deparar com o Citroën Ami, um veículo cujas formas lembram um brinquedo infantil. Mês passado, lá es- tava ele entre diversos modelos elétri- cos e híbridos que a Stellantis reuniu para test-drive de jornalistas do mun- do todo, os quais a empresa convidou para anunciar seu plano estratégico para os próximos anos (veja pág. 17). Alinhado a Jeep Compass, Fiat 500, Opel Astra e Peugeot 3008, o Ami chamava atenção. O roteiro de seu test-drive era o mais curto, o que é justificável, afinal suas baterias de 55 kWh são capazes de garantir uma autonomia de apenas 70 km, segundo a fábrica, e havia 40 jornalistas con- vidados. O percurso ao redor do cen- tro de eventos onde foi feita a apre- sentação da Stellantis, na cidade de Zaandam, na Holanda, tinha cerca de 3 quilômetros ida e volta, o que me obrigou a entrar na fila duas vezes. O Ami é um carro urbano para o que se convencionou chamar de “úl- tima milha”, ou seja: pequenas dis- tâncias que pessoas precisam percor- rer para ir a lugares em que os meios de transporte tradicionais não che- gam, por falta de espaço ou circula- ção proibida. É o veículo ideal para serviços de delivery e carsharing. Na Europa, onde já é comercializado, ele é comparado a um scooter, dispen- sando carteira de motorista e paga- mento para estacionar. A Citroën não tem planos de ven- der o Ami no Brasil. Por aqui, ele teria problemas para ser homologado como automóvel, assim como ocorreu com outro elétrico, o Renault Twizy. Na Europa, o Ami é apresentado em duas versões: passeio e trabalho, com preço ao redor de 7.000 euros, cerca de R$ 42.000. A versão de pas- sageiros tem dois lugares e a comercial traz apenas o banco do motorista e, ao lado, um baú de 260 litros (no porta- -malas do VW Up! cabem 285 litros). A capacidade de carga, segundo a fá- brica, é de 140 kg. O Ami mede 2,41 m de comprimento, por 1,39 m de largu- urbano Transporte amigável por pAulo cAMpo grAnde, de Zaandam (Holanda) 50 quatro rodas abril QR_756_CARRO_CITROEN AMI.indd 50 18/03/22 13:31 FO TO S DI VU LG AÇ ÃO Carroceria de plástico azul (e preto no teto) dispensa pintura QR_756_CARRO_CITROEN AMI.indd 51 18/03/22 13:31 Impressões ao dIrIgIr | AMI 52 quatro rodas abril ra e 1,52 m de altura e pesa apenas 485 kg. Esse peso-pena é graças à sua car- roceria de plástico ABS, azulado para não precisar de pintura, e o chassi tu- bular (tubos de perfil quadrado com cerca de 2 cm de diâmetro, que ficam expostos em algumas partes). Tudo foi pensado para reduzir peso (em favor da eficiência energética) e custos de produção. Por isso, as peças da dianteira e da traseira da carroce- ria são iguais. Só mudam as luzes. Até as portas foram feitas pelos mesmos moldes. Assim, enquanto a do mo- torista é do tipo suicida, com abertu- ra dianteira, a do passageiro é do tipo convencional, com abertura traseira. Na versão comercial, a porta do passa- geiro dá acesso ao baú de carga. A bordo, não há ar-condicionado (só aquecimento), sistema de som e nem airbags. O volante não tem ajuste nem de altura nem de profundidade. Os vidros são basculantes e os puxa- dores das portas usam tiras de tecido. O painel de cristal líquido exibe o es- sencial: velocidade, marcha usada, reserva de energia. Há vários compar- timentos à frente do painel que juntos somam 63 litros de capacidade. O teto é de vidro, sem tela para barrar a luz em dias ensolarados. Dirigir o Ami é uma experiência curiosa. A posição do motorista se as- semelha à de um carro comum. Mas o câmbio, com uma marcha à frente e uma ré, é acionado por teclas, locali- zadas ao lado do assento do motoris- ta. A direção não tem assistência, mas não faz falta, porque o carro é leve. E o sistema de freios também dispensa assistência, mas conta com regene- ração de energia. A suspensão é dura. Os pneus 155/65 R14, porém, ajudam a tornar as viagens mais confortáveis. Seu pequeno motor de 6 kW (8,15 cv) se esforça bastante, como se pode notar pelo seu nível de ruído a bordo, quando se pisa fundo no acelerador. Quem diz que carro elétrico é silen- cioso é porque sempre viajou em cabi- nes com isolamento acústico eficiente de modelos mais caros, recurso ine- xistente no Ami. Apesar do esforço e do barulho, a velocidade máxima é de 45 km/h, o que aconselha o motoris- ta a não se aventurar em avenidas de grande movimento. O motor de corrente contínua fica instalado na dianteira, entre as rodas de tração. E as baterias de íons de lítio podem ser recarregadas em uma to- mada doméstica comum. Segundo a fábrica, em uma tensão de 220 volts, a recarga leva três horas. O Ami é simpático até no nome, que vem do Citroën Ami 6, um mo- delo lançado em 1961, e que quer dizer “amigo”, em francês. A abertura diferente permite que as portas sejam iguais FIchA técnIcA VeredIcto dimensões: comprimento 241 cm; largura, 139 cm; altura, 152 cm; entre- -eixos, n/d; peso, 485 kg; porta- -malas, 260 l desempenho: velocidade máxima de 45 km/h Preço: 7.390 euros Motor: diant.; corrente contínua, 6 kW (8,15 cv); baterias de 5,5 kWh; autonomia, 70 km; tempo de recarga, 3 horas (220 V) câmbio: aut., 1 m., tração dianteira direção: pinhão e cremalheira; diâmetro de giro 7 m Suspensão: n/d Freios: regenerativos Pneus: 155/65 r14 carroceria: chassi tubular de aço e carroceria de plástico aBs é uma solução para pequenas distâncias, na cidade, com conforto e segurança superiores aos de um scooter. HHHHH QR_756_CARRO_CITROEN AMI.indd 52 18/03/22 13:32 Impressões ao dIrIgIr | AMI Interior simples: sem airbags, mas cheio de porta-objetos Na Europa pode ser dirigido sem carteira de motorista Baterias de 5,5 kWh garantem autonomia de 70 km e levam três horas para serem carregadas. Plugue fica na coluna da porta QR_756_CARRO_CITROEN AMI.indd 53 18/03/22 13:32 IMPRESSÕES ao dIRIgIR | ToyoTa BZ4x Novo crossover estreia na Europa no meio deste ano A Toyota foi pioneira na tecnologia híbrida e agora quer se tornar referência entre os elétricos puros, com a submarca Beyond Zero. A estreia será com o crossover bZ4X, o primeiro de 30 carros que a empresa pretende lançar até 2030 – por Joaquim olivEira/PrEss- iNform ChavE girada dE QR_756_CARRO_Toyota BZ4.indd 54 18/03/22 13:29 FO TO S DI VU LG AÇ ÃO A Toyota terminou 2021 como a montadora de automóveis nº 1 do mundo e mais de 10 milhões de veículos vendidos. Além disso, pela primeira vez em nove déca- das liderou o mercado dos Estados Unidos, no ano passado. Mas parece que não bastou: a maior fabricantede automóveis do planeta sofre crí- ticas por estar atrasada no programa de carros elétricos. A boa notícia é que isso está mudando. Comece por se acostumar com a sigla bZ. Ela identifica a nova submarca da Toyota e representa as iniciais de Beyond Zero – “além da emissão zero”, em tradução livre. A nova família está para a Toyota assim como a nomenclatura ID está para a Volkswagen, e simboliza uma ofensi- va elétrica da gigante japonesa. No fim do ano passado, a empre- sa informou que pretende produzir 3,5 milhões de automóveis elétricos até 2030. No total, serão 30 modelos, sendo que sete deverão estar rodan- do até 2025. E o primeiro é este bZ4X, que chega à Europa no meio do ano, como linha 2023, com preço estima- do em 47.000 euros. Sua base é a arquitetura e-TN- GA. O “4” representa o tamanho (semelhante ao RAV4) e indica que, a exemplo da família VW ID, have- rá bZ2, 3, 5 etc. O “X” sinaliza que estamos falando de um crossover. Seus principais rivais serão o VW ID.4, o Kia EV6, o Hyundai Ioniq 5 e o Ford Mustang Mach-E. Mas isso na Europa. No Brasil, a linha bZ não está nos planos da Toyota. A empre- sa informou que segue apostando na tecnologia híbrida flex “como a mais adequada para a realidade brasileira”. TesTe camuflado Esta primeira oportunidade de experimentar o carro foi feita em um exemplar de pré-produção ainda camuflado, na região de Barcelona, na Espanha. O bZ4X se caracteriza pelas li- nhas retas e pela carroceria repleta de arestas. A frente cheia de perso- nalidade tem a forma de “cabeça de martelo”. Os arcos das caixas de ro- das são bem largos e as lanternas tra- seiras são proeminentes, preenchen- do a largura generosa do veículo. Haverá opção de tração dianteira (204 cv) e nas quatro rodas (218 cv provenientes de dois motores de 109 cv, um em cada eixo), como a que di- rigimos. A bateria de íons de lítio de 71,4 kWh é refrigerada a água. O longo entre-eixos (2,85 m, ou 16 cm mais que o RAV4) abre espaço para um interior generoso, que você nota ao se sentar no banco traseiro. A ampla largura também irá beneficiar o passageiro central. Além disso, não há túnel interferindo nos pés e nas QR_756_CARRO_Toyota BZ4.indd 55 18/03/22 13:29 IMPRESSÕES ao dIRIgIR | BZ4x Os ângulos de ataque e saída são modestos, mas o crossover tem a invejável capacidade de imersão de 50 cm. São dois motores elétricos, um para cada eixo, que juntos geram 218 cv e levam o bZ4x de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos pernas. O teto alto acolhe sem restri- ções passageiros de até 1,90 metro de altura. Já o volume do porta-malas é de 452 litros (incluindo a área abaixo do assoalho), claramente inferior ao do RAV4 (520 l a 580 l), e também menor do que a maioria de concor- rentes como Mustang Mach-E (502 l) e VW ID.4 (543 l). energia SOlar O enorme teto solar enche a cabine de luz e é capaz de captar a energia que alimenta a bate- ria. Em países mais ensolarados, pode fornecer até “1.800 km de autonomia em um ano”, segundo os engenheiros da Toyota. Faltou explicar qual a irra- diação necessária para que um país seja considerado “mais ensolarado”. O painel de instrumentos de 7” acima do volante está em posição semelhante à que a Peugeot definiu como i-cockpit, que visa dar à tela a função de head-up display. O pro- blema é que o aro superior do volante pode cobrir parte das informações para alguns motoristas. A tela central tátil de 12,3” é nova, mostrando me- lhores gráficos e proporcionando uma operação geral mais intuitiva em rela- ção aos Toyota atuais. O botão giratório no console cen- tral controla a transmissão da única marcha. À direita você encontra o comutador para o Modo Eco, que visa a autonomia. E há ainda a opção do Modo X, que emprega tecnologia da Subaru para terrenos com ade- rência limitada. A Toyota é dona de 20% da Subaru, e a marca, que tem muita tradição em terrenos off-road, contribuiu com o desenvolvimento do bZ4X principalmente nessa área. Além do painel intuitivo, o mode- lo oferece tecnologia de reconheci- mento de voz e integração sem fio de dispositivos Android e Apple. O que incomoda é que o motorista precisa focar e refocar a visão mais do que gostaria, a partir de três áreas de visão distintas: o exterior, através do para- -brisa; o painel de instrumentos, com aspirações a ser head-up display; e a grande tela central. Outra solução com evidente mar- gem para melhorar é a qualidade dos materiais. Há excesso de plástico duro e barato. Para completar o lado negativo, o motorista fica um pouco “preso” entre o painel da porta ex- cessivamente largo e o console cen- tral intrusivo. O desempenho é satisfatório, con- siderando que estamos em um carro de 2 toneladas. Os 36,7 kgfm de tor- que instantâneo garantem aceleração de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos, de acordo com a Toyota. A máxima é li- mitada estrategicamente a 160 km/h. QR_756_CARRO_Toyota BZ4.indd 56 18/03/22 13:30 abril quatro rodas 57 Baterias sob o piso, plano, liberam espaço para bagagem e pessoas e favorecem a dinâmica do carro em qualquer tipo de terreno, com a colaboração da plataforma rígida. O câmbio tem uma marcha apenas, acionada via seletor rotatório, no console Ficha técnica VeredictO dimensões: comprimento, 469 cm; largura, 186 cm; altura, 160 cm; entre-eixos, 285 cm; peso, 2.000 kg (estimado); porta- -malas, 452 l desempenho: 0 a 100 km/h, 6,9 s; velocidade máxima, 160 km/h; consumo 6,26 km/ kWh (estimado) Preço: 47.000 euros (estimado) Motor: dois motores elétricos (um em cada eixo); 218 cv e 36,7 kgfm; baterias de íons de lítio de 71,4 kWh; tempo de recarga, 30 min (até 80%, em 150 kW); autonomia, até 410 km câmbio: automático, 1 m., tração integral direção: elétrica Suspensão: duplo A (diant.), multibraços (tras.) Freios: disco ventilado (diant.) / disco sólido (tras.) Pneus: 225/60 R18 a toyota está atrasada para lançar uma linha de veículos elétricos puros. Mas o primeiro SUV da série bZ mostra que vem coisa boa por aí. HHHHH Multimídia tem uso mais intuitivo que a dos toyota da linha atual O bZ4 agradou em termos de di- rigibilidade e rigidez torcional do chassi. A arquitetura TNGA já pro- vou seus méritos no Corolla, RAV4 e Prius. Agora com o prefixo “e” a sensação é ainda melhor, graças à instalação da bateria no assoalho, que reduz o centro de gravidade. eM caSa na trilha Os movimentos laterais da carroceria são muito bem controlados, sem comprometer o conforto em estradas ruins. E a fre- nagem se mostrou muito competen- te, incluindo a progressividade do pedal do freio, um dos calcanhares de aquiles de muitos carros elétricos. Na maioria deles, nos primeiros 30% do curso do pedal quase não se sente desaceleração. O pequeno volante ajuda a tornar a experiência de dirigir o bZ4 como algo bastante envolvente. A Toyota vai lançar futuramente um sistema steer-by-wire (sem ligação mecânica entre a direção e as rodas), com um volante futurista e que promete res- posta mais rápida e direta e ângulo máximo de rotação de 150 graus. Na trilha off-road, o bZ4X mos- trou estar em casa. A aderência é excelente sobre cascalho e, à medi- da que as condições do pavimento se deterioraram, o bZ4X continuou como se nada estivesse acontecen- do, mesmo sobre lama profunda. Tudo o que o motorista precisa fazer é alternar entre os dois modos de condução do sistema XMode: Neve- Terra e Neve profunda/Lama. A generosa articulação dos eixos, (duplo A, na frente, e multibraços, atrás) a elevada distância do solo (30 cm) e a capacidade de enfrentar trechos com até 50 cm de água aju- daram ainda mais o primeiro bZ da Toyota a passar por todos os obstácu- los sem uma gota de suor. A Toyota estima autonomia de 450 km para o carro de tração dianteira e 410 km para o 4x4, mas esses núme- ros ainda precisam ser homologados oficialmente. Com o carregador rápi- do de até 150 kW, a montadora infor- ma que é possível recuperar80% de energia em 30 minutos. QR_756_CARRO_Toyota BZ4.indd 57 18/03/22 13:30 Kia EV6 chegará em breve com a proposta de ser um elétrico com estilo elaborado, mais tecnologia e bom comportamento dinâmico por eduardo PaSSoS | fotos Fernando PireS impressões ao dirigir | kia ev6 GT-Line de uma Nova perspectiva Pioneira dos carros puramente a bateria, o sucesso precoce Tesla acabou ditando muitos aspec- tos da primeira onda de elétricos, como se a receita de Elon Musk acer- tasse em tudo. Passados alguns anos, porém, já há muita gente que ques- tiona sua longevidade e, sobretudo, suas escolhas estéticas simples e por vezes preguiçosas. Com experiência incomparável na parte de criação e design, as montadoras tradicionais se encaixam nesse grupo questiona- dor, e agora quase todas buscam ser uma “Apple dos elétricos”, definindo padrões estéticos dos EVs da mesma forma que a Maçã fez, há 15 anos, com os smartphones. Os conglomerados automotivos têm ainda mais vantagem na corri- da, espalhando diferentes ideias pe- las suas marcas a fim de filtrar o que agrada ou não. Essa estratégia parece ser adotada pelo grupo Hyundai, que recentemente lançou dois modelos baseados na mesma arquitetura, o Hyundai Ioniq 5 e o Kia EV6. O segundo, mostrado aqui, já está em processo de homologação no Brasil, com vendas previstas para a virada do ano. Ele integra um pla- no ousado de renovação da marca no país, que ainda trará o Sportage MHEV e já estuda a importação do novo Sorento. Construído sobre a plataforma E-GMP – exclusiva para elétricos –, o EV6 aproveita a mecânica mais com- pacta da tração elétrica para redefi- nir as suas proporções. Ele é 7,4 cm mais curto que o Jeep Commander, por exemplo, ao mesmo tempo que tem entre-eixos 10,6 cm maior. Seu vão livre, por outro lado, é equiva- lente ao de um Toyota Corolla (cerca de 15 cm), em um somatório de me- didas que faz do veículo sul-coreano um crossover perfeito, misturando conceitos de perua e SUV. O sol forte do verão brasileiro des- taca a pintura curiosa do EV6, do tipo mate, como se a carroceria tivesse sido lixada, mas não polida. Uma vez que a camada fosca não forma reflexos, é como se não houvesse dis- trações ao encará-la nas ruas, desta- cando o modelo. Mas cuidar de uma pintura desse tipo é bem mais com- plicado, com detergente, lava-jatos e polimento estritamente proibidos. Desse modo, a versão GT-Line, diri- gida, conta com outras oito opções de cores, em tintas convencionais. Desenhado com o intuito de “unir opostos”, o EV6 é fiel à proposta: atrás, há bastante ousadia na tampa côncava do porta-malas e nas lan- ternas – projetadas para o chão, mas bem visíveis. As setas ficam ao con- trário, viradas para o céu, e ajudam a criar uma identidade visual bem marcante e luminosa. Já o motor, tra- seiro, não compromete o bom porta- -malas de 490 litros. A dianteira vai pela modéstia, mais preocupada em reinventar o Nariz de Tigre da Kia através do de- senho dos faróis e uma fina barra preta onde ficaria a grade. Dado que apenas a parte inferior do para-cho- que tem entradas de ar (dedicadas ao arrefecimento das baterias), o capô em concha ocupa mais espaço, es- condendo em si um divertido porta- -objetos de 52 litros, cuja tampa imita a capa de um motor a combustão. saLa de estar A cabine do Kia EV6 reforça minha impressão de que ja- poneses e coreanos apostam em uma tecnologia mais “humana”, sem ape- go às telas gigantescas. Seria um pecado pensar diferen- te, afinal de contas um dos grandes benefícios da plataforma E-GMP é o aproveitamento de espaço graças ao assoalho plano do carro. Disso vêm boas ideias como o console central semelhante à boca de um jacaré, com porta-objetos sob o disco seletor de marcha e chão sem divisões, aumen- tando o espaço dos pés. Nada é tão legal quanto o banco “zero-gravidade”; mais fino e, ainda assim, extremamente confortável. QR_756_CARRO_KIA EV6.indd 58 18/03/22 15:03 Pintura fosca realça a identidade luminosa do novo Kia EV6 QR_756_CARRO_KIA EV6.indd 59 18/03/22 15:03 Pegar estrada com o Kia EV6 é uma experiência relaxante e divertida Goste ou não, é impossível ficar indiferente à traseira do carro A ideia é distribuir o peso do corpo conforme a estrutura biológica huma- na e, na prática, quando ajusto o as- sento, o encosto se move junto. As co- xas ficam mais levantadas e as costas mais deitadas, de um modo um pouco estranho, mas ideal para a lombar. REALIDADE AUMENTADA Com design minimalista, o painel do EV6 acaba sendo pouco criativo para um mo- delo que, mesmo sem preço oficial, deve exceder os R$ 400.000. As telas curvas que servem de central mul- timídia e quadro de instrumentos são belas e funcionais, mas idênticas às do Sportage que será lançado nos próximos meses, um modelo bem mais barato e que serve de referência. O SUV híbrido leve também apro- veita o arrojado comando de áudio, projetado sobre uma placa que, me- diante toque, se transforma no sele- tor do ar-condicionado. Sem brechas para que sua mode- rada automação veicular falhe, o EV6 depende até de dados de topografia que simulam a forma da Terra. Essa referência varia conforme o país, e é necessário para o uso da realidade aumentada que projeta, pelo head- -up display, informações de GPS so- bre a pista. Sem a devida calibração necessária para o Brasil, essa função ainda não pôde ser testada, assim como a capacidade de o carro sair e entrar de vagas sozinho. Os futuros donos brasileiros se divertirão bastante com o centro de gravidade do carro bem próximo ao solo. Os 228 cv do motor são mais do que suficientes para qualquer si- tuação cotidiana, mas não chegam perto de acelerar de maneira assus- tadora. Não que faça falta: o torque instantâneo, a eficiente suspensão e uma alta rigidez torcional – favore- cida pelo uso estrutural do compar- timento de baterias – fazem os 1.930 kg colarem no chão como se houves- se aerofólios esportivos exercendo uma downforce considerável. Agilizando as retomadas, há borboletas no volante que dosam a Bancos são muito confortáveis. Porta-malas, de 490 litros, vem com kit de reparo emergencial no lugar do estepe impressões ao dirigir | EV6 GT-LINE 60 quatro rodas abril QR_756_CARRO_KIA EV6.indd 60 18/03/22 15:04 Painel é bem prático, e tecnológico, mas menos ousado que o resto do carro regeneração de frenagem. Em ação máxima, a recuperação de energia cinética permite o uso exclusivo do acelerador, com um forte freio motor logo que se tira o pé. Ele também é intenso no modo econômico, ne- cessário para que o crossover atinja os 522 km de alcance, declarados. Na hora da recarga, segundo a Kia, um sistema de 800 V leva apenas 18 minutos para suprir 70% das baterias (difícil é achar um eletroposto desses em nosso país). O EV6 deve chegar ao merca- do no segundo semestre de 2023. Seguindo uma proposta descolada de carros a combustão, o modelo da Kia tende a dialogar melhor com quem já namora um veículo a bate- rias, naturalmente em busca de van- guarda tecnológica. À frente do console, touch screen elegante opera ar-condicionado ou multimídia Rodas são quase fechadas para melhorar aerodinâmica. Sob o capô, um “motorzão” de mentira esconde o porta-malas dianteiro, de 52 l abril quatro rodas 61 Ficha técnica VeRedicto desempenho: 0 a 100 km/h, 7,3 s; velocidade máxima de 183,5 km/h Preço: US$ 51.200 (EUA) Motor: traseiro; ímãs permanentes, 228 cv; 35,7 kgfm; baterias de 77,4 kWh; autonomia, 522 km (WLTP) câmbio: aut., 1 m., tração traseira Suspensão: McPherson (diant.); Multilink (tras.) Freios: disco ventilado (diant. e tras.) Pneus: 235/55 R19 dimensões: compr. 469,5 cm; largura, 189 cm; altura, 155 cm; entre- -eixos, 290 cm; peso, 1.930 kg; porta-malas, 490 l (tras.); 52 l (diant.) o eV6 é um bom in- dício de como tec- nologia e luxo con- versarão no futuro. tendo bom preço, cairá no gostodos geeks. HHHHH QR_756_CARRO_KIA EV6.indd 61 18/03/22 15:04 impressões ao dirigir | JEEP grand chErokEE L De volta ao topo apagado nos últimos anos, o Jeep Grand Cherokee renasce mais capaz dentro e fora da estrada, mais luxuoso e com inédita opção de sete lugares – por rodrigo mora, da Cidade do México (México) Fo To s DI vU lG aÇ Ão QR_756_CARRO_GRAND CHEROKEE.indd 62 17/03/22 18:52 Qualidade do acabamento externo e interno causa boa impressão Um Jeep Grand Cherokee L espe-rava por mim no estacionamen-to do Aeroporto Internacional Benito Juárez, na Cidade do México, México. Apinhado sobretudo de mo- delos americanos (portanto, nada compactos), o lugar mais parecia uma versão de Onde Está Wally? da vida real. Pois o tal “L” no sobreno- me foi o que nos permitiu encontrar o carro, lá longe. “L” vem de LWB, Long Wheel Base (em tradução livre do in- glês, entre-eixos longo). Pintado na cor Velvet Red, o SUV era o único na extensa fileira de carros em 45 graus a ultrapassar o território da vaga. Pela primeira vez em quase 30 anos o Grand Cherokee chega em dois tamanhos, standard e longo, este equipado com dois bancos extras. Essa ousadia poderia até ser um movimento arriscado para um ícone com papel tão bem definido no mer- cado. Mas, para quem se apresentou ao mundo estilhaçando uma parede de vidro em pleno Salão de Detroit, levar dois ocupantes a mais é moleza. Esta quinta geração talvez marque a maior ruptura de um Grand Che- rokee. Baseada na arquitetura WL, a nova encarnação do SUV tem apenas 29% de sua estrutura monobloco de aço convencional, servindo-se mais de aços de alta resistência e alumínio. Resultado: o Grand Cherokee L é apenas 31 kg mais pesado que o Grand Cherokee de duas fileiras da geração anterior. O modelo ficou maior. Sobrepondo o atual e o antigo, ambos com cinco lugares, o novo tem 4,91 metros de comprimento, 2,96 m de entre-eixos e 1,80 m de altura, ante 4,82 m, 2,91 m e 1,76 m, respectivamente. Quando a comparação é com o L, então... Aí são 5,20 m de comprimento e 3,09 m na distância entre-eixos, espaço sufi- ciente para estacionar um Fiat Mobi, que mede 3,60 m. E ainda assim a carroceria está 13% mais resistente a torções, de acordo com a fábrica. QR_756_CARRO_GRAND CHEROKEE.indd 63 17/03/22 18:52 Apenas os motores conhecidos há tempos – o Pentastar 3.6 V6 de 297 cv e o Hemi 5.7 V8 de 362 cv – parecem intrusos num carro que praticamente manteve apenas o nome do anterior. Ninguém desce de um voo de qua- se nove horas e atormentado por in- cessantes turbulências impune. Cansado e ainda tenso, fui acolhido pelo SUV com altas doses de conforto e luxo. A tal ruptura da quarta para a quinta geração não se limita a ques- tões de tamanho: sair do antigo e en- trar no novo é como fazer check-out em um hotel três-estrelas e em segui- da check-in num de cinco. A versão avaliada foi a versão Summit (uma antes do topo da pirâ- mide de seis opções: Laredo, Altitude, Limited, Overland, Summit e Summit Reserve). A bordo, havia frenagem autônoma de emergência, assistente de manutenção de faixa, airbags fron- tais inteligentes (a força da explosão varia de acordo com a intensidade do impacto), piloto automático adaptati- vo, câmera 360o, câmera de visão no- turna, Apple CarPlay e Android Auto sem fio e tela multimídia de 10,1”, e sistema de som McIntosh, com seus 19 alto-falantes e 835 watts de potência. Massagem? Sim, de quatro tipos, para motorista e passageiro da frente, os quais ainda contam com bancos aquecidos e ventilados. O acabamento é impecável, mistu- rando materiais que imitam metal, couro e madeira. Sobra, claro, espaço para todos. Para o motorista a ergono- mia é irretocável. A segunda fileira pode receber três ou dois ocupantes (estes em bancos individuais, opcio- nais). E a terceira acomoda dois adul- tos. O sistema de acesso para os fun- dos é simples, mas exige esforço. Com tanto luxo a bordo, poderiam ter pro- videnciado acionamento elétrico. Terminei o primeiro dia de convi- vência com o Grand Cherokee L cren- te que sob o capô estava o motor V6. A frente leve (para um carro dessas pro- porções) e a suavidade no rodar me enganaram. No dia seguinte, recupe- rado do voo, fui destrinchar o carro e então descobri que se tratava do V8. A transmissão é sempre automáti- ca de oito marchas, cujas trocas são aveludadas desde que o acelerador seja tratado com carinho. Se o moto- rista for mais enérgico, as passadas mostram que o câmbio responde à al- tura. A tração é 4x4 sob demanda, do tipo AWD (All-Wheel Drive). Há o sis- tema Quadra-Trac II com caixa de transferência de duas velocidades e o Quadra-Drive II com reduzida e dife- rencial traseiro de deslizamento limi- tado controlado eletronicamente. Com esse conjunto mecânico, só não se pode esperar um rendimento econômico: segundo a agência res- ponsável pela aferição de consumo dos EUA, a EPA, a média do Grand Cherokee L é de 7,2 km/l. A suspensão a ar e a direção leve e precisa são os arremates de uma diri- gibilidade que pode ser extremamen- te confortável numa tocada mais se- rena, ou mais empolgante quando não há ninguém por perto nas sinuo- sas e bem pavimentadas estradas me- xicanas. Mas e no Brasil? “Não temos previsão de chegada do Grand Cherokee L”, diz a Jeep. Faz sentido: ele enfrentaria o fogo amigo do recém-lançado Commander, com o qual se parece bastante. Mas, quanto ao modelo de cinco lugares, a fábrica informa que está avaliando a importa- ção. É uma resposta protocolar, pois vale lembrar que oficialmente o mo- delo atual ainda está à venda no país. E se desde a primeira geração o Grand Cherokee faz sucesso em nosso mer- cado, por que então a Jeep não traria o SUV em sua melhor edição? impressões ao dirigir | grand cherokee L 64 quatro rodas abril deste ângulo ele se parece muito com o commander QR_756_CARRO_GRAND CHEROKEE.indd 64 17/03/22 18:52 abril quatro rodas 65 Grand Cherokee mede 5,2 m de comprimento, 2,1 m de largura, 1,8 m de altura e tem 3,1 m na distância entre-eixos O painel tem estilo próprio e acabamento de alto luxo Painel é digital. Segunda fila pode ter assentos individuais. Com os bancos traseiros rebatidos, o porta-malas chega a 2.395 litros FiCha téCniCa VerediCtO dimensões: comprimento, 520,4 cm; largura, 214,9; altura, 181,6 cm; entre-eixos, 309,1 cm; tanque, 87 litros; porta- -malas, 1.328 litros (duas fileiras) / 487 (três fileiras) desempenho: consumo urbano, 5,9 km/l, rodoviário, 9,3 km/l, misto, 7,2 km/l (EPA) Jeep Grand Cherokee L Summit Preço: 56.995 dólares Motor: gasolina, dianteiro, V8, longitudinal, 32V, 362 cv a 5.150 rpm, 53,9 kgfm a 4.250 rpm Câmbio: automático, 8 marchas, tração 4x4 AWD direção: elétrica Suspensão: multilink nos dois eixos Freios: disco ventilado nas quatro rodas Pneus: 275/45 R21 Peso: 2.395 kg nunca um Jeep Grand Cherokee foi tão bom de dirigir, tão luxuoso, tão espaçoso e tão equipado. HHHHH QR_756_CARRO_GRAND CHEROKEE.indd 65 17/03/22 18:52 reportagem | museu de minicarros Kr200: impedida de fazer aviões, depois da guerra a messerschmitt fabricou minicarros QR_756_REPORTAGEM MUSEU MICRO CARROS.indd 66 18/03/22 13:26 Um museu em Bento Gonçalves (RS) se dedica aos menores veículos do mundo que ficaram marcados por grandes histórias poR WALDEZ Amorim i fotoS DivuLgAção NoTÁvEiS PEQuENoS No Rio Grande do Sul, as ci-dades da chamada Serra Gaúcha são famosas pelas diversas atrações turísticas. Na industrializada Caxias do Sul, existe a Festa da Uva, que se realiza a cada dois anos, geralmente no iní- cio do ano. Na estância de Gramado, todos os anos acontece o Natal Luz, que atrai crianças e adultos de todo o Brasil dispostos a celebrar as festas de final de ano como era antigamen- te. O que pouca gente sabe é que na cidade de Bento Gonçalves está lo- calizado um museu de automóveis de nível internacionalque, além de guardar raridades como fazem ou- tros museus do mundo, é especiali- zado em um tipo específico de veícu- los, os denominados minicarros. Segundo seu idealizador, o em- presário César Cini, o Cini Microcars Collection é “o maior museu da América Latina com as menores maravilhas do mundo”. César conta que seu acervo exibe 40 modelos ga- rimpados durante 20 anos pelos qua- tro cantos da Terra, por ele mesmo QR_756_REPORTAGEM MUSEU MICRO CARROS.indd 67 18/03/22 13:26 na companhia de sua esposa, Catia Giacomello, falecida em 2018. “Os requisitos para estar no mu- seu são simples, basta ser compacto, simples e ter um design funcional à frente do seu tempo”, diz o empre- sário. Dessa forma, cada solução de design ou engenharia, desde os anos 1930 até a década de 1990, é uma pequena viagem no tempo. Eles são pequenos por fora, mas imensos de histórias e boas lembranças. “Lembro quando eu morava na Itália e via aqueles pequeninos Cinquecento transportando famílias inteiras pelas ruas tão estreitas que mal cabiam um carro normal”, conta o colecionador. “Naquele momento, eu não queria só conhecer a história dos carros, mas também fazer parte dela”, relembra. No museu, que tem mais de 600 metros quadrados de área, estão expostas raridades como o Austin Seven 1931, primeiro modelo produ- zido pela BMW na Alemanha. Entre os carros italianos que to- caram o coração de César quando menino e foram os responsáveis pela popularização do automóvel naquele país estão o Fiat Topolino, um dos menores e mais baratos carros fabri- cados pela montadora italiana entre 1936 e 1955, e o chamado “carro do povo” o Fiat Cinquecento. No Cini Microcars Collection tam- bém está exposto o Fiat Multipla, uma simpática van de seis lugares com uma carroceria de apenas 3,20 metros de comprimento por 1,38 m de largura que ficou conhecida como o carro mais feio do mundo (assim como sua reedição de 1998). E alguns exemplares do Isetta, um minicarro pós-Segunda Guerra que, embora seja um projeto italiano, teve exemplares construídos em diver- sos países como Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Inglaterra e até no Brasil, a famosa Romi-Isetta. Entre os alemães, o destaque é o Messerschmitt KR200, modelo que foi produzido entre 1950 e 1960, ca- pota em forma de bolha como nos aviões, motor de dois tempos e man- che no lugar do volante. Há ainda um exemplar do lendário modelo inglês Mini Cooper ano 2000, um dos últimos da primeira geração, que durou de 1959 até 2000 (a segun- da só veio depois de a BMW assumir a marca); um Zündapp Janus, veí- culo desenvolvido pela fabricante de motocicletas alemã Zündapp, repre- sentado no filme Carros 2 pelo vilão Professor Z, Zündapp, com a peculiar simetria entre as portas dianteira e traseira e um Scootacar Mark I, um carro de três rodas com chassi de aço Mais um Messerschmitt, uma moto BMW e diferentes versões da Isetta, incluindo uma réplica em miniatura 68 quatro rodas abril QR_756_REPORTAGEM MUSEU MICRO CARROS.indd 68 18/03/22 13:26 e carroceria toda em fiberglass fabri- cado pela Hunslet Engine Company, de Leeds, Inglaterra, uma empresa especializada em locomotivas e que, segundo a lenda, foi construído para a esposa de um dos donos da com- panhia, que tinha dificuldades para estacionar o seu enorme Jaguar. “São verdadeiros testemunhos de época, muitos ainda estavam em uso pelos seus proprietários e foram mantidos no estado em que se en- contravam quando comprados”, revela César, que faz questão de divi- dir essas histórias com o público que visita o museu. O espaço é aberto ao público e funciona de quinta a domingo, das 10 às 18 horas. O endereço é Rodovia ERS 444, km 19,2 , Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS). Para mais informações, acesse: www.cinimicrocars.com.br. Modelos ingleses, alemães e italianos de diferentes épocas expostos no mesmo ambiente do museu abril quatro rodas 69 Sonho em família: acima, César, encostado no Zündapp; abaixo, suas filhas aprendem a história dos modelos brincando com as miniaturas QR_756_REPORTAGEM MUSEU MICRO CARROS.indd 69 18/03/22 13:26 70 quatro rodas abril clássicos | ford maverick O Ford Maverick foi uma das maiores atrações do 8o Salão do Automóvel de São Paulo, reali- zado no fim de 1972. Presente no mer- cado americano desde 1969, ele foi idealizado para ser um automóvel ba- rato, confiável e fácil de manter (como seu antecessor, o Ford Falcon). Aqui, ele ficaria posicionado entre o popularíssimo Ford Corcel e o sofis- ticado Ford Galaxie. O objetivo era ingressar na faixa de mercado que o Chevrolet Opala dominava. O lançamento só aconteceu em ju- nho de 1973 devido a alterações como a adoção do motor de seis ci- lindros, 3 litros e 112 cv. Derivado de um antigo projeto Willys, esse motor nada tinha a ver com o do Maverick norte-americano, pois ainda usava válvulas de escapamento no bloco. Seu rendimento estava abaixo do es- perado: 0 a 100 km/h em 20,8 segun- dos, com máxima de 150 km/h e consumo médio de 7,7 km/l. Percorrendo 7,2 km com 1 litro, o motor V8 era uma opção para as ver- sões Super e Super Luxo: importado, chegou a 257 cv, suficientes para o Maverick acelerar de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e alcançar os 200 km/h. Avaliado em julho de 1974, o Maverick Quadrijet exigia habilidade nas arrancadas para evitar que os pneus perdessem tração. A taxa de compressão mais alta exigia o uso de gasolina azul: o consumo variava de 2,2 a 6,5 km/l. Seu comportamento dinâmico es- tava no padrão da época, com sus- pensão de braços duplos sobrepostos na dianteira e eixo rígido com molas semielípticas na traseira. A direção é lenta, com muitas voltas de batente a batente e os freios exigem cautela. O domínio nas pistas não se refletiu tinha 5 litros de cilindrada e 197 cv. Vinha de série na versão esportiva GT, que ia de 0 a 100 km/h em 11,6 se- gundos, com máxima de 175,6 km/h. Foi com esse V8 que o Maverick es- treou nas pistas com uma vitória so- bre o Chevrolet Opala nas 25 horas de Interlagos de 1973. Equipado com o novo motor 250-S, o Opala deu o tro- co nas 25 horas de Interlagos de 1974. Mas, para superá-lo, o chefe de equi- pe Luiz Antônio Greco desenvolveu o lendário Maverick Quadrijet. O V8 recebeu carburador Holley de corpo quádruplo, coletor Edelbrock, comando de válvulas Iskenderian, cabeçotes com tuchos sólidos, molas duplas e juntas mais finas. A potência Aniquilado pela crise energética dos anos 1970, ele hoje desfruta o prestígio de ser um dos representantes da escola norte-americana no Brasil – Por felipe bitu | fotos fernando pires Valorizado pelo destino linhas do maverick são creditadas ao designer tom tjaarda caimento da linha de teto até o porta- -malas caracteriza o estilo fastback QR_756_CLASSICOS_Ford Maverick.indd 70 17/03/22 18:47 Agosto de 1974 0 A 100 Km/h: 7,9 segundos VELOCIDADE máx.: 200 km/h CONSUmO méDIO: 2,2 km/l cidade / 6,5 km/l estrada PREÇO: Cz$ 76.500 (maio/1975) Atualizado R$ 287.161 (IGP-DI) Ford maverick GT Quadrijet 1975 motor: gas.; diant.; long.; V8, 4.950 cm³, comando de válvulas simples no bloco, carburador de corpo quádruplo. Potência: 257cv a 4.600 rpm Torque: 41,6 kgfm a 2.400 rpm Câmbio: manual, 4 m., tração traseira Carroceria: aço estampado, cupê, 2 portas, 5 lugares Pneus: diagonais D70-14 Dimensões: comprimento, 458 cm; largura, 179 cm; altura, 136 cm; entre-eixos, 261 cm; peso, 1.400 kg FIChA TéCNICA EDIÇÃO O kit Quadrijet custava quase 15% do valor de um maverick GT abril quatro rodas 71 no mercado: o Maverick foi afetado pela crise petrolífera de 1973, apenas quatro meses após seu lançamento e em uma época em que o Brasil impor- tava 80% do petróleo consumido. A Ford bem que tentou provar que o motor de 6 cilindros era econômi- co. Mas, em junho de 1975, lançou o Ford OHC, de 4 cilindros, com co- mando de válvulas no cabeçote e flu- xo cruzado degases. Seus 2,3 litros de cilindrada resultavam em 99 cv de- clarados. Produzido na nova fábrica de motores de Taubaté, esse motor deixou o Maverick mais rápido e ve- loz: o 0 a 100 km/h caía para 15,3 se- gundos e a máxima subia para 155 km/h. O consumo era de 9,1 km/l. O menor peso sobre o eixo diantei- ro melhorou até a sua estabilidade. Mas era tarde demais para salvar a imagem do Maverick. Baseado no ale- mão do Opel Rekord, o Opala oferecia maior espaço interno e pesava cerca de 150 kg a menos, com reflexos ób- vios no consumo e desempenho. A segunda fase do Maverick no Brasil começou em 1977, com diversas alterações técnicas e estéticas, mas o prego no seu caixão foi martelado pela própria Ford: o Corcel II, lançado em 1978. Mais leve e eficiente, o novo car- ro exibia linhas retilíneas, que enve- lheceram ainda mais o estilo do Maverick. A Ford chegou a considerar uma reestilização completa do Ma- verick, mas o cenário incerto da eco- nomia mundial decretou seu fim em 1979. Pouco mais de 108.000 unida- des foram produzidas e uma parcela considerável acabou sucateada ao longo das década de 1980 e 90. Estima-se que, hoje, apenas 7% dos Maverick produzidos no Brasil estejam em condição de rodagem. É o motivo pelo qual as unidades rema- nescentes figuram entre os modelos mais valorizados no mercado de anti- gos: um GT com motor V8 original tem valor aproximado de R$ 250.000, ao passo que os raríssimos Quadrijet superam os R$ 300.00. Compacto nos EUA, no Brasil era considerado carro de porte médio Versão GT trazia conta-giros na coluna da direção e o volante original era de três raios QR_756_CLASSICOS_Ford Maverick.indd 71 17/03/22 18:47 72 quatro rodas abril clássicos | LOTUS EUROPA Sete vezes campeã mundial de F1, a Team Lotus era uma das equipes mais renomadas na dé- cada de 1960. Fundada e chefiada pelo engenheiro Colin Chapman, a equipe colaborou para consolidar a confi- guração do motor central-traseiro na solução técnica que seria aplicada com êxito no Lotus Europa, em 1966. Sua história começa em 1963, épo- ca em que o diretor Ron Hickman apresentou a proposta da Lotus para o que viria a ser o Ford GT40. As nego- ciações não prosperaram e a Ford fir- mou parceria com a concorrente Lola Cars. Denominado Lotus 46, o projeto foi batizado como Europa devido à pretensão de Chapman de comercia- lizá-lo em todo o mercado europeu. A independência foi reforçada pela substituição do motor Lotus- -Ford Twin Cam pelo francês A1K do Renault 16: com bloco de alumínio, o era colada ao chassi para aumentar ainda mais sua rigidez torcional. O estilo peculiar assinado por John Frayling era bem funcional: as laterais traseiras altas e a tampa do motor ele- vada resultavam em um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,29. Pesando 610 kg, o Europa S1 era muito rápido e veloz para a época: acelerava de 0 a 96 km/h em 9,3 se- gundos e chegava aos 195 km/h. Freios a disco e suspensões indepen- dentes nas quatro rodas proporciona- vam um comportamento dinâmico notável, mesmo com os estreitos pneus com 155 mm de largura: a im- prensa especializada afirmava que o Europa S1 era o automóvel de rua que mais se aproximava de um Fórmula 1. Os primeiros exemplares tinham janelas laterais fixas e um interior mi- nimalista, sem maçanetas ou forra- ções nas portas. A ergonomia não era quatro-cilindros, de 1,5 litro, desen- volvia 82 cv, enviados às rodas trasei- ras por um câmbio manual de quatro marchas. Custando pouco mais de 1.000 libras, o Europa S1 era um es- portivo acessível e logo superou a po- pularidade de precursores como René Bonnet Djet e De Tomaso Vallelunga. Leve e resistente, o chassi man- tinha o mesmo esquema de espinha dorsal do Lotus Elan, formado por chapas de aço dobradas e soldadas. Extremamente baixa, a carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro O estilo controverso do esportivo inglês escondia soluções simples e eficientes para extrair o máximo de pequenos motores de quatro cilindros - pOr fELiPE biTU | fOtOs chRiSTiAn cASTAnhO Foco no resultado Motor central-traseiro vindo das pistas Modelo tinha chassi de chapas de aço e carroceria de plástico QR_756_CLASSICOS_LOTUS EUROPA.indd 72 18/03/22 09:40 das melhores, com o espaço interno limitado, o único ajuste permitido ao motorista era o da pedaleira. Foram produzidas menos de 650 unidades do Europa S1 até 1968, todas desti- nadas ao mercado europeu, como Chapman havia planejado. O Europa S1 originou uma versão de pista denominada Lotus 47: além de uma carroceria ainda mais leve, o esportivo era impulsionado por um motor Cosworth de 165 cv baseado no Lotus-Ford Twin Cam acoplado a um câmbio Hewland com cinco marchas e diferencial autoblocante. Estima- -se que menos de 70 unidades te- nham sido produzidas, quase todas destinadas a equipes privadas. No segundo trimestre de 1968, foi apresentado o Europa S2 (Lotus 54): além dos novos indicadores de dire- ção, seu interior era bem mais civili- zado, com bancos ajustáveis, vidros com acionamento elétrico e revesti- mento imitando madeira no painel. A carroceria passou a ser parafusada ao chassi para facilitar reparos, e a versão de exportação para o mercado norte-americano (Lotus 65) recebia o motor Renault A2L de 1,6 litro. A Lotus produziu pouco mais de 3.600 unidades do Europa S2. Em 1971 surgiu o Europa Twin Cam (Lotus 74), impulsionado pelo tradicional mo- tor Lotus-Ford de 1,6 litro com duplo comando de válvulas, dois carbura- dores horizontais e potência de 105 cv a 6.000 rpm. O habitáculo ficou um pouco mais espaçoso com a adoção de bancos redimensionados e a visi- bilidade traseira melhorou bastante com o rebaixamento das laterais. abril quatro rodas 73 Lotus Europa S2 1969 Motor: longitudinal, 4 cilindros em linha, 1.470 cm3, alimentação por carburador Potência: 82 cv a 6.500 rpm Torque: 11 kgfm a 4.000 rpm Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira Carroceria: fechada, 2 portas, 2 lugares Pneus: 155 HR 13 Dimensões: comprimento, 399 cm; largura, 163 cm; altura, 108 cm; entre- -eixos, 231 cm; Peso: 662 kg fiCha téCniCa Versão S2 era equipada com motor 1.5 de 82 cv e pesava 662 kg. a relação peso/potência era de 8 cv/kg O último exemplar da linhagem foi o Lotus Europa Special, equipado com o cabeçote Big Valve desenvol- vido pelo engenheiro Tony Rudd: a potência chegava a 126 cv a 6.500 rpm (113 cv no mercado norte-america- no). Seu opcional mais interessante era o câmbio Renault de cinco mar- chas: o Europa Special acelerava de 0 a 96 km/h em 6,6 segundos, com máxima de 198 km/h. Quase 5.000 unidades do Twin Cam e Special deixaram a fábrica de Hethel até 1975. No total foram produzidas mais de 9.200 unidades do Europa em dez anos, um grande feito para um pequeno fabricante de esportivos artesanais. O carisma do nome Europa foi resgatado entre 2006 e 2010, período em que batizou uma versão do Lotus Elise. Painel de madeira chegou em 1968. O espaço interno era limitado e único ajuste era o das pedaleiras QR_756_CLASSICOS_LOTUS EUROPA.indd 73 18/03/22 09:40 longa duração | Chevrolet onix plus Fazia tempo que o editor de arte Fabio Black não passava um tempo com o Chevrolet Onix Plus. Os registros no diário de bordo ajudam a ser mais exato: os dois não se viam há exatamente 30.000 km. Coisa dos novos tempos, com o tra- balho remoto e pelo fato de o Fabio ter preferido viver no interior. Foi uma boa oportunidade para saber como o sedã está avançando a quilo- metragem rumo aos 100.000 km. “Minha primeira impressão foi a de que o Onix está encarando bem essa rodagem maior conosco. Não há tanto desgaste nos pedais nem nas peças de acabamento com as quais temos mais contato, como botões e maçanetas, que carros usados até com menos idade apresentam. Mas o volante de couro já está liso e bri- lhante, como os de taxistas”, conta o editor de arte. Nós tentamos imitar o uso cotidiano de um carro, masUma análise sobre como o Chevrolet Onix Plus está envelhecendo por quem não teve contato com o sedã nos últimos 30.000 km momento de reencontro também é verdade que zelamos pelo acervo do Longa Duração. Por sinal, já limpamos o aro do volante algumas vezes. Não adianta, pois em pouco tempo ele absorve suor e resíduos de pele e volta a tentar imitar o brilho dos antigos volantes de baquelite. Quem é muito usada e já apresen- ta sinais de desgaste é a chave pre- sencial do nosso Onix Plus. Uma ca- mada plástica que reveste os botões aparenta estar descolando, mas só no 74 quatro rodas abril QR_756_LONGA DURAÇÃO.indd 74 17/03/22 18:15 Também há barulhos vindos do acabamento interno como um todo, mas em especial do painel e das co- lunas centrais. São grilos e rangidos ouvidos especialmente ao passar por irregularidades no asfalto, que sinali- zam que presilhas e isoladores entre as peças já não atuam como antes. Entre as idas e vindas para São Paulo, Fabio Black também repetiu os elogios de outros tempos para o comportamento do Onix na estrada. “Ele continua perfeito em curvas, econômico, seguro, confortável e com boa autonomia.” Uma caracte- rística interessante é que o tanque de combustível do Onix Plus é pequeno para o segmento, tem só 44 litros, e que os abastecimentos da reserva à primeira parada na bomba de com- bustível são de, em média, 36 litros. E, por conta do bom consumo (es- pecialmente na estrada), os usuários nunca reclamaram da autonomia. “Eu fico triste quando não consigo manter a média de consumo acima dos 20 km/l em rodovia”, confessa o fotógrafo Alexandre Battibugli. O que causa incômodo em longas viagens são os bancos. “Parece que o conforto do banco piorou. Era duro, mas tive a impressão de que isso se agravou com o passar do tempo, ape- sar de ser ergonômico. É bom para lembrar que o Onix Plus não é um Cruze”, conclui o editor de arte. consumo abril quatro rodas 75 botão de abertura e no que destrava o porta-malas (e precisa ser apertado duas vezes para isso, diga-se). Parece que a primeira impres- são do reencontro foi boa, mas não muito duradoura. “Na cidade, você percebe a quilometragem do carro pela suspensão, que, apesar de ple- namente funcional, já começa a fazer aqueles barulhos que sinalizam al- gum ressecamento de buchas e co- xins, e isso acaba por incomodar um pouco, fazendo até com que você re- duza a velocidade em algumas ruas”, relata Black. Outro Fabio, o Fukuda, técnico da Fukuda Motorcenter que acompanha os carros do Longa Duração, foi o primeiro a sinalizar no diário de bordo que a suspensão traseira também começou a ficar ba- rulhenta. É o efeito de 83.300 km por vias nem sempre no melhor estado de conservação ao qual qualquer carro está sujeito e vale lembrar que não houve nenhuma intervenção nas suspensões ao longo do teste. ficha técnica Onix plus 83.316 km Versão: Premier 1.0 12V Turbo motor: 3 cil., 999 cm3, 12V, tur- bo, 116/116 cv 16,8/16,3 kgfm câmbio: aut., 6 m., tração dianteira reVisões até 100.000 km R$ 7.252 no mês: 13,1 km/l com 13,4% de rodagem na cidade Desde dez/19: 14,6 km/l com 29,9% de rodagem na cidade combustível: flex (gasolina) gastos no mês combustível: R$ 1.607 seguro R$ 1.112* *P eR fi l q u aT R o R o d as Bom rendimento na estrada disfarça bem o tanque pequeno enquanto o volante está cada vez mais brilhante, a chave começou a dar sinais de desgaste fo To s H En Ri Qu E RO D Ri Gu EZ E F ER n an D O pi RE s QR_756_LONGA DURAÇÃO.indd 75 17/03/22 18:15 Não há vidro para quebrar ou sirene para tocar. Mas, se for atolamento, também falta indicação do local por onde a Fiat Strada pode ser puxada EM CASO DE EMErgênCiA 76 quatro rodas abril longa duração | fiAt StrADA E JEEp COMpASS Não faz muito tempo, testamos a vocação da Fiat Strada Volcano para lidar com estradas de terra e seus obstáculos usando seus sistemas de auxílio eletrônico. Por sorte, não havia lama e passou longe de um atolamento. Porque pode não ser fácil tirar a Strada de uma situa- ção como essa, ou rebocá-la. Diferentemente da antiga Strada Adventure, a nova Strada Volcano (assim como as demais versões) não tem preparação para a instalação de um gancho de reboque. Se ganchos fixos dianteiros estão se tornando raridade por serem um risco para os pedestres em atropelamentos, a presença de um local para rosquear o gancho de reboque também de- pende da existência de um ponto es- trutural forte para lidar com a força exercida no veículo sendo puxado. O proprietário que recorrer ao manual para saber como lidar com essa falta pode ficar com ainda mais dúvidas. Na parte com recomenda- ções para situações de emergência há indicações sobre como dar uma carga auxiliar e tirar e colocar o este- pe, instalado sob a caçamba. Porém, não há uma recomendação clara sobre o procedimento de reboque. Indica-se o uso de uma barra de re- boque rígida e que ela (ou o gancho usado por caminhões reboque) não pode ser fixada em componentes da suspensão, o que está corretíssimo. Mas não mostra onde a barra de re- boque deve ser fixada. Para o caso de desatolamento, o manual ainda adverte que deve ser usado um veículo apropriado (re- boque) e que o procedimento só seja feito com o caminho desobstruído e com o próprio veículo auxiliando em primeira marcha ou ré. Mantiveram os mesmos textos do manual da Strada antiga, mas no caso desta a explicação era seguida pela indica- ção do gancho fixado ao carro. Fo To H EN RI QU E RO D RI GU EZ Via de regra, na falta de um lo- cal apropriado para reboque de emergência, a solução é colocar um gancho ou fita fixada em um ponto de apoio no monobloco, como uma longarina. Difícil é acessar uma peça como essa driblando a suspensão e o para-choque. O ideal, mesmo, é não colocar a Fiat Strada em situações das quais ela não possa sair sozinha. O problema não é a terra, mas atolar com a Strada fiChA téCniCA FIAT STRADA 44.979 km Versão: Volcano Cabine dupla 1.3 Motor: 4 cil., diant., transv., 1.332 cm3, 8V, aspirado, 109/101 cv a 6.250 rpm, 14,2/13,2 kgfm a 3.500 rpm Câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira rEViSõES Até 100.000 km r$ 5.752 COnSuMO no mês: 12,7 km/l com 39,1% de rodagem na cidade Desde fev/21: 12,6 km/l com 34,2% de rodagem na cidade Combustível: flex (gasolina) gAStOS nO MêS Combustível: r$ 960,57 SEgurO r$ 2.700* *P er Fi l q u aT r o r o d as QR_756_LONGA DURAÇÃO.indd 76 17/03/22 18:15 Entre barulhos e falhas, motoristas que se revezam na direção do Jeep Compass apontam o que não está normal no carro às vésperas da segunda revisão TOME NOTA Éapós a frenagem, depois que a frente afunda e está voltando à posição original, que se mani- festa um dos barulhos mais incômo- dos do nosso Jeep Compass. É um som agudo que vem sendo relatado por todos os motoristas. “Também já ouvi esse barulho no Jeep Renegade”, lembra o repórter Guilherme Fon- tana, que ainda anotou no diário de bordo que percebeu os pneus mais barulhentos nas desacelerações. Fato é que, com as chuvas de ve- rão, se faz necessário ter um con- trole maior da pressão no pedal do acelerador. A entrega de força pode ser tão imediata, fazendo os pneus destracionarem com facilidade no asfalto molhado. É um incômodo relativamente bom, mas o motor não está incólume. “Esse 1.3 turbo pare- ceu engasgar ou falhar durante uma subida, quando estava a 60 km/h”, relatou Guilherme. Também há mo- mentos em que o motor demora a responder e em locais pouco íngre- mes vem acontecendo de o start- -stop não religar o motor rapida- mente nas saídas e o Compass descer antes de começar a acelerar. Melhor não confiar muito nas percepções do carro, pelo menos por enquanto. “Os sensores de es- tacionamento parecem estar desre- gulados, emitem o alerta de objetos ou obstáculos quando eles ainda estão muito longe”,conta a repórter Isadora Carvalho. São todos pontos que serão rela- tados na segunda revisão, aos 24.000 km ou pouco antes disso. Porque o consumo de óleo do motor é o que mais nos preocupa e, embora o pou- co que restava no cárter continue resistindo bravamente, gera insegu- rança em viagens. abril quatro rodas 77 FO TO H EN RI QU E RO D RI GU EZ fichA TécNicA JEEp COmpass 22.964 km Versão: Longitude 80 anos 1.3 Turbo Motor: 4 cil., diant., transv., 1.332 cm3, 16V, turbo, inj. dir., 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm câmbio: automá- tico, 6 marchas, tração dianteira rEVisõEs Até 96.000 km R$ 5.819 cONsuMO No mês: 10,8 km/l com 50,9% de rodagem na cidade Desde agosto/21: 9,8 km/l com 29,4% de rodagem na cidade combustível: flex (gasolina) gAsTOs NO Mês combustível: R$ 1.109 sEgurO R$ 1.740* *P eR Fi L q u aT R O R O d as um barulho agudo vem da roda dianteira esquerda se pisar forte, as rodas patinam QR_756_LONGA DURAÇÃO.indd 77 17/03/22 18:16 78 quatro rodas abril Mercado de usados começa a oferecer garantias maiores, de um ano ou mais, porém comprador deve estar atento à manutenção – Por FERNANDO MIRAGAYA Cobertor... longo! “Três meses para motor e cai-xa.” Quem compra carro seminovo ou usado já ouviu esse mantra de lojistas e concessio- nárias. O padrão do mercado sempre foi esse: conceder 90 dias de garantia previstos por lei para esses itens. A entrada de startups no mercado de segunda mão, contudo, já adota outra postura, diferente dessa das antigas. Diversas companhias novatas nes- se segmento viram que precisavam ter um diferencial. Uma das estraté- gias foi investir justamente na cober- tura para o carro negociado. Garantia de um ano ou mais, e até cobertura vitalícia, faz parte do modelo de ne- gócio dessas empresas. Mas o cliente também tem de fazer sua parte. O consumidor Carlos Felipe Phi– lippson Quintas foi atraído justa- auto-serviço | reportagem mente por essa garantia estendida. Morador de São Paulo, o especialista em segurança cibernética de 36 anos sempre teve um pé atrás em comprar modelos usados. Em dezembro de 2021, contudo, optou por adquirir um Ford Focus 2013 com a Kavak, uma das novas startups de seminovos. “Meu receio em comprar carro usado começou em 2017, quando comprei um Citroën Aircross que me deixou na mão e a concessionária não queria arrumar alegando que o problema na embreagem não estava no pacote de três meses de garantia”, relembra Felipe, que foi atraído pela cobertura de dois anos para qualquer usado oferecido pela Kavak. “Depois de avaliar carro por assi- natura, fazer financiamento e com- prar um carro zero, eu e minha esposa resolvemos ir à empresa e depois do bom atendimento e das explicações quanto à garantia do veículo, opta- mos por seguir com a compra de um usado”, completa. Outras empresas também mira- ram nessa estratégia de atrair con- sumidores. A Karvi, por exemplo, acena com cobertura de um ano. Já a Creditas vai além, com garantia vita- lícia. “Essa garantia tem valor para o cliente, pois ele está comprando um carro usado em uma condição dife- rente do padrão do mercado”, de- fende Fabio Zveibil, vice-presidente de Soluções para Consumidores da Creditas. manutenção preventiva Obvia- mente, para se valer da cobertura é preciso cumprir obrigações. Por con- QR_756_AS_REPORTAGEM_USADOS GARANTIA.indd 78 17/03/22 18:21 abril quatro rodas 79 trato, o cliente deve seguir as especi- ficações do fabricante no Manual do Proprietário – ou seja, obedecer os ti- pos de óleos e fluidos – e tem de fazer as revisões dentro do prazo estabele- cido –, mesma regra quando se com- pra um zero-km. Seja em oficinas próprias, como é o caso da Creditas, ou em rede com oficinas parceiras. Na Creditas e na Kavak, por exem- plo, a manutenção deve ser feita a cada 10.000 km ou em intervalos de seis meses. Na Karvi, a recomenda- ção é a cada 7.000 km ou seis meses. Ou seja, não dá para o consumidor se livrar do “três meses para motor e caixa” e achar que pode seguir aquele estereótipo de motorista que “só bota gasolina e roda”. Na Karvi, a manutenção pode ser realizada em qualquer oficina, porém é necessário solicitar a nota fiscal ele- trônica como forma de comprovação. Na Creditas, as revisões devem ser fei- tas nas próprias instalações – na Vila Leopoldina, em São Paulo capital, ou em Barueri (SP) – ou em oficinas par- ceiras da Bosch e da Porto Seguro. Revisão detalhada Do lado das companhias, essa oferta de cobertura maior é possível graças ao trabalho de revisão dos carros. Todas elas ga- rantem que cada um dos seminovos e usados à venda passa por uma vis- toria que inclui mais de 250 itens. Na Karvi, por exemplo, o veículo que for aprovado em todas as etapas recebe um selo e um certificado impresso que funciona como garantia. “Por que a garantia de um ano começa pela caixa e motor? Porque fazemos a vistoria detalhada com 280 itens e os componentes mais difíceis são justamente a caixa e o motor. Os demais conseguimos detectar na inspeção”, explica Matías Fernandez Barrio, CEO e fundador da Karvi. Mas como fecha a conta? Pri- meiro, segundo os executivos do setor, a questão da inspeção previne problemas e despesas futuras. Ao mesmo tempo, as startups que atuam nesta venda de carros usados conse- guem praticar preços mais valori- zados dos veículos de segunda mão, uma vez que atraem um consumidor que busca justamente segurança na negociação. “O cliente, na média, está dis- posto a pagar por essa tranquilidade. Interessa a ele não ter problema com esse carro. E também é uma forma de reter o cliente para uma futura com- pra. Para um lojista, manter uma ga- rantia estendida é uma forma de criar negócios para o futuro”, acredita Matias, da Karvi. O motorista Carlos Felipe Quintas, que comprou um Focus 2011, já é um destes clientes “conquistados”. Ele conta que logo depois da compra do carro teve um problema que foi ime- diatamente sanado e acredita que a experiência mudou sua relação com carros usados. “Tive um problema com a vedação do tanque de com- bustível. Entrei em contato, agendei o conserto e em três dias o problema foi resolvido sem custos. Os receios que eu tinha antes não tenho mais. E se agora tivesse de trocar por outro usado, eu iria à mesma empresa, cer- tamente”, reconhece. “Sem dúvida, trouxe um cliente novo. Mas o desafio do carro usado é que cada carro é um carro e cada cliente é um cliente. Temos um perfil de consumidor disposto a pagar um pouco mais, fazer test-drive, saber a procedência e a qualidade do veícu- lo, e de ter controle sobre o carro e o custo total de posse do bem”, explica Flávio, da Creditas. startups adotam nova postura diante dos consumidores de usados FO TO D IV UL GA Çà O QR_756_AS_REPORTAGEM_USADOS GARANTIA.indd 79 17/03/22 18:22 auto-serviço | usado do mês 80 quatro rodas abril Eis um carro sem problemas crônicos. A maior parte das queixas recai sobre o acabamento, com peças simples que se soltam e geram ruídos – por alexandre ule ramos VolkswAgEn polo (6a gErAção) nessa nova geração, notada pelos mais exigentes, como alças no teto, ausência de maçaneta na tampa do porta-malas e de luz traseira de ne- blina, o fog lamp, o acabamento era bem mais simples e com menos so- fisticação, quando comparado ao antigo Polo, com extenso uso de plásticos rígidos e pouco texturiza- dos. E, nos carros equipados com painel digital, este não exibia mapas de aplicativos. O Polo não é um carro com graves problemas crônicos e a maior parte deles se refere aos veículos de produ- ções iniciais. Fazem parte desse le- que ruídos internos e dos freios, por exemplo, como se pode ver na página ao lado. A maior parte das críticas se refere ao projeto, como versões de entrada pobres demais pelo preço cobrado, espaço traseiro pequeno ou excesso de ruídos internos, por causa dos já citados plásticosrígidos. O Polo foi lançado no Brasil em maio de 2002, como modelo 2003, na quarta geração (nesse caso não estamos considerando o Polo Classic, que veio da Argentina em 1997). Deixou de ser produzido em fins de 2014, para voltar em se- tembro de 2017, já como modelo 2018, na sexta geração, usando a nova plataforma da VW, MQB (Modularer Querbaukasten, ou Matriz Modular Transversal). Quando surgiu nessa nova roupa- gem, era um carro totalmente novo e permanece em linha até hoje, prestes a receber um facelift. As versões eram a Polo, MSI, Comfortline e Highline. Todas com ar-condiciona- do, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas e ABS. A de entrada tinha motor 1.0 de 84 cv. A MSI vinha equipada com motor 1.6 de EA211 de 117 cv. A Comfortline 200 TSI auto- mática de seis marchas, com motor 1.0 de 128 cv. E a Highline 200 TSI trazia a mesma motorização, mas um pacote bem mais generoso de itens de série, como faróis com led na luz diurna, faróis de neblina com função de curva, rebatimento no encosto dianteiro, além do pacote High Tech opcional, com multimídia, faróis com ajuste de altura, sensor de esta- cionamento e câmera de ré, coman- dos de voz, retrovisor interno foto- crômico e sensores de chuva, fadiga e pressão dos pneus. Não podemos esquecer da série especial Beats, de agosto de 2018, com amplificador, subwoofer e deta- lhes exclusivos, disponível nas ver- sões Comfortline e Highline. E do mais interessante ainda Polo GTS, equipado com motor 1.4 de 150 cv, câmbio de seis marchas automático, lançado em janeiro de 2020. Mesmo sendo um carro mais mo- derno que o anterior, houve perdas A pArtir dE r$ 54.539 (2018) Polo: na sexta geração, hatch usa a nova plataforma modular mQB, da VW QR_756_AS_USADO_VW POLO.indd 80 18/03/22 13:24 Fo to S st ev e xi ao abril quatro rodas 81 Aviso fAlso de fAlhA nA boiA Uma mensagem no painel indica falha na boia do tanque de combustível. isso ocorre por causa de mau funcionamento do sensor, que deve ser trocado. Ruídos inteRnos são frequentes, intensos, variados e em diversas partes do carro, devido aos materiais e à própria montagem. Para resolver, só com uso de revestimentos extras e reaperto de componentes. fARóis embAçAdos Falhas nas vedações dos faróis fazem com que a água entre e, com o aquecimento das lâmpadas quando acessas, evapore e embace os faróis. infiltRAção de águA Há casos de entrada de água no interior do veículo, aparecendo principalmente na parte traseira do assoalho. a maior ocorrência está em carros fabricados entre 2018 e 2020. ReseRvAtóRio de expAnsão vazamentos nos reservatórios de expansão de vários veículos motivou a fábrica a editar um boletim de serviço para as concessionárias. a troca desse reservatório é a solução, mas se não for tratado com cuidado, ou não observado, esse defeito pode levar à quebra do motor, por aquecimento excessivo. Preço médio dos Usados* (tabela Kbb brasil) setembRo de 2017 “assim como o argo, o Polo também é maior do que o Hb20, acomodando cinco adultos com mais conforto. o painel horizontal é menos encorpado que o do argo, dá uma sensação de maior espaço para o motorista. No acabamento, os três hatches são equivalentes, com plástico duro nas partes superiores.” hondA fit de 2019 em diante todos vão ter luz diurna de led. todas as versões têm direção elétrica, ar-condicionado, airbag e abs com válvula ebd. o porta- -malas é bem razoável para um carro desse tamanho, com 363 litros de capacidade e a enorme quantidade de possibilidades nas configurações dos bancos faz com que ele seja um verdadeiro furgãozinho de carga. modelo 2018 2019 2020 2021 polo 1.0 54.539 57.086 60.416 65.817 polo 1.6 msi 61.226 65.780 66.746 72.671 polo ComfoRtline 70.581 73.797 78384 84.162 polo highline 75.431 79.580 87.584 94.162 Preço das Peças * ValoreS em reaiS calculadoS pela kbb braSil para a compra pelo particular peçAs oRiginAl pARAlelo pARA-Choque diAnteiRo R$ 1.271 R$ 282 fARol (esquerdo) R$ 950 R$ 499 pAstilhAs de fReio (jogo dianteiro) R$ 315 R$ 75 disCo de fReio (par) R$ 590 R$ 290 AmoRteCedoRes (cada) R$ 735 R$ 383 lAnteRnA R$ 660 R$ 200 “o carro está com quase três anos e ainda é atual. Gosto muito das linhas da carroceria. anda bem e é econômico. cabe em qualquer vaga. me sinto segura nele. o sensor de pneus já foi bem útil para mim.” “ah, essa é fácil: os barulhos! desde zero-quilômetro. as portas rangem, o painel também, até mesmo a tampa do porta-luvas tem um nhec-nhec que me irrita. o tampão traseiro eu tirei, pois cansei de tentar calçá-lo.” o qUe eU adoro o qUe eU odeio nome: Selma bianchi romano idAde: 38 anos pRofissão: administradora de empresas CidAde: rio de Janeiro (rJ) Nós dissemos PeNse também em Um...a voz do doNo oNde o bicHo Pega A versão highline 200 tsi é a mais equipada da linha QR_756_AS_USADO_VW POLO.indd 81 18/03/22 13:24 PESO DE OURO Os pedaços de fibra que se soltarem durante a corrida serão coletados e reaproveitados. Ao contrário da decomposição por calor (pirólise), o carbono será dissolvido em solvente (solvólise). Esse novo processo gasta menos energia e, assim, emite menos carbono. 476 CV É 1,68 kg para cada cavalo-vapor, permitindo velocidade máxima de 320 km/h 800 KG COmO Um RAiO auto-serviço | NOVAS tECNOlOGiAS Novo carro da Fórmula E explora peculiaridades dos carros elétricos para se tornar mais emocionante sem perder a sustentabilidade – por EDUARDO PASSOS energia desenfreada A eletrificação mais radical da Fórmula 1 está marcada para 2026, mas, para bem antes dis- so, a Fórmula E prepara um novo pa- cote técnico que promete elevar o ní- vel dos monopostos movidos a bateria e tornar a competição mais atraente. Chamada de Gen3, a terceira ge- ração dos elétricos não mudará tanto esteticamente, mas fará com que eles sejam mais rápidos do que os bólidos da F1. A promessa é da Fórmula E, que quer lançar os carros de corrida mais eficientes do mundo, com 40% da energia de uma prova gerada a partir da frenagem regenerativa (os outros 60% vêm da bateria). A principal novidade do regula- mento, um motor gerador será insta- lado exclusivamente para essa função, permitindo que os carros dispensem os freios traseiros. Desse modo, a ca- tegoria também busca atender a uma velha cobrança de mais emoção, exi- gindo mais “instinto” do piloto. Além de saber equilibrar freio fí- sico e eletromagnético, o competi- dor terá um carro muito mais leve e bem mais potente, com torque ins- tantâneo e relação peso/potência de Bugatti Veyron: 1,68 kg/cv. Segundo a FIA, a Fórmula E é o primeiro esporte neutro em carbono do mundo – um esforço que envolve até cardápio 30% vegetariano nas arquibancadas. Para manter o status e desenvolver tecnologias que chegarão às ruas, a próxima temporada estreará pneus com 26% de compostos recicláveis. Ainda haverá um novo processo de reúso da fibra de carbono, importado da indústria aeroespacial, que vai re- aproveitar os pedacinhos do material que se soltarem nas batidas. QR_756_AS_NOVAS_TECNOLOGIAS.indd 82 17/03/22 18:23 VISÃO DE FUTURO Com menos metais raros na construção, as baterias são feitas pela belga Umicore, empresa que detém tecnologia de reaproveitamento do lítio das células e de desmonte mecanizado, evitando riscos à saúde humana. EM BUSCA DE EMOÇÃO Novos Fórmula E estreiam no ano que vem. Ainda que a estética não mude tanto, espera-se desempenho de Fórmula 1 nas retas e mais competitividade RODA A RODA Com o gerador no eixo dianteiro, o excesso de toques entre os carros deverá diminuir. As rodas serão abertas, a fim de reduzir a proteção mecânica ao “contato tático”. ELÉTRICO DE CAÇA Por fora, as mudanças se concentrarão nas rodas abertas e nos aerofólios ao estilo “estabilizador vertical”de caças, como o F-22 Raptor, dos EUA. QR_756_AS_NOVAS_TECNOLOGIAS.indd 83 17/03/22 18:23 auto-serviço | correio técnico - Por Leonardo barboza na hora de parar, pare tem alguma dúvida? Mande sua pergunta para: 4rodas.abril@atleitor.com.br existe diferença de custo ou é por motivo técnico, a opção pelo freio a disco nas quatro rodas? – Valter Jorge Postal, Bento gonçalVes (rs) Em carros de passeio os freios do eixo dianteiro são responsáveis pela maior parte da força de frena- gem, o que justifica a utilização de freios a disco, que suportam tempe- raturas mais elevadas. Mas, segundo a engenheira Silvia Iombriller, da SAE Brasil, há dois principais fatores que levam alguns modelos a usarem o freio a tambor na traseira: um deles é de fato o custo e o outro é a facilidade da instalação do sistema de freio de 84 quatro rodas abril Fo to f er n an do P ir es pneus de uso misto (at) são melhores no asfalto molhado do que pneus convencionais (ht)? Bruno fernandes, CamPos dos goytaCazes (rJ) Q uem responde é o especialista Fabio Magliano, gerente da Pirelli. Segundo ele, aplicação do produto não necessariamente determina a ca- pacidade de cada modelo quanto à drenagem da água. Tanto os pneus convencionais (HT) como os de uso misto (AT) são produzidos a fim de proporcionar a maior área possível de contato com o solo, em todas as con- dições, garantindo a perfeita drena- gem e evitando a aquaplanagem. Fo to C h ri s Ca st an h o estacionamento, que no caso do dis- co tem uma complexidade maior – o que acaba influenciando no custo fi- nal do projeto. “É preciso usar um mecanismo adicional acoplado à pin- ça de freio”, afirma a especialista. Freios: todo benefício tem um custo pneus garantem a drenagem da água Fo to d iV ul ga çà o QR_756_AS_CORREIO TECNICO.indd 84 18/03/22 13:21 O que é melhor para economizar combustível: rodar na cidade com o tanque cheio (menos evaporação) ou com meio tanque (menos peso)? – João Alfredo de MendonçA Junior, fortAlezA (Ce) Tanto faz! Como a evaporação se processa pela área e não pelo volume, ela será a mesma com o tanque cheio ou com pou- co combustível. O peso do tanque cheio também não faz diferença: um alívio de cerca de 40 kg, por exemplo, é equivalente ao peso de uma criança. Portanto, 40 kg a mais ou a menos não interferem significativamente no rendimen- to do carro, que foi projetado para carregar entre 400 e 600 kg. As luzes de freio acendem em uma frenagem regenerativa dos veículos elétricos? – luiz Alberto, nAvegAntes (sC) As fábricas ainda adotam sistemas de frenagem regenerativa de for- ma independente e não padronizada, de acordo com o engenheiro Ricardo Takahira, da SAE Brasil. Segundo ele, essa é uma das atualizações necessá- rias com a evolução e proliferação dos HEVs. O chaveamento da lâmpada de freio deixa de ser por atuador mecâni- co e passa a ser por software. Em veí- culos mais modernos a intensidade de potência da luz pode ser proporcional à desaceleração ou até piscar em fre- quência. O modo de acendimento da luz de freio por frenagem regenerativa vem de normas internacionais. E no Brasil a legislação ainda não adotou nenhuma especificação sobre isso. abril quatro rodas 85 Fo to M Ar Co d e bA ri Fo to M Ar Co d e bA ri O compressor do ar-condicionado trabalha conforme a temperatura Elétricos: ainda falta padronizar muita coisa Verdades e mitos sobre a economia de combustível QR_756_AS_CORREIO TECNICO.indd 85 18/03/22 13:21 fo to a ce rv o pe ss oa l auto-serviço | autodefesa Nenhum proprietário quer que o cheiro de carro novo se transfor-me em mau cheiro por causa do ar-condicionado, mas é isso que está ocorrendo com donos de Onix e Tracker. Entre eles está o funcionário público Leandro Sales, de Vitória (ES), dono de um Tracker LT 2021. “Com 3.000 km rodados começou o problema. Levei o carro até a conces- sionária, mas o cheiro voltou menos de dois meses depois”, afirma. Outra vítima desse tipo de situação é o de- signer gráfico Eldon dos Santos Quintas, de Manaus (AM), dono de um Onix LT 2020. “Vinha cheiro forte de comida azeda, chulé”, conta o motorista. Seu carro é novo, tinha 500 km rodados, na ocasião em que voltou à concessionária. Foi feita a hi- gienização do sistema, mas não resol- veu. “Disseram que não havia solução”, lembra. “Mas, depois de 55 dias, trocaram a caixa evaporadora e o problema desapareceu”, diz. A solução está descrita na Instrução Técnica de Serviço, IT- No lugar do cheiro de carro novo, alguns proprietários de chevrolet onix e Tracker estão sentindo mau cheiro, vindo do ar-condicionado – por waldez carmo amorim atmosfera pesada 005G-22, Espuma de vedação do evaporador – Substituição, distribuí- da às concessionárias Chevrolet no dia 4 de fevereiro deste ano. Nele, a fábrica alerta que os “Onix HB, Onix Plus e Tracker, modelos 2020/2020 até 2022/2022 com o código de chassi entre LG100299 e LB900022, e NG113596 até NB132894, eventual- mente em alguns casos pode ocorrer odor excessivo no sistema (HVAC) ocasionado por mofo ou bolor”. Ainda segundo o boletim, “o proble- ma ocorre devido ao fato de que em regiões com alta umidade e baixo uso do ar-condicionado, a espuma do evaporador do sistema pode permitir maior acúmulo de água interna na caixa evaporadora, devido sua densi- dade”. A orientação prescrita no bo- letim é “efetuar a substituição da es- puma de vedação do evaporador da caixa de ar”, como ocorreu no carro do designer gráfico. Questionada sobre a falha, a Chevrolet respondeu que não locali- zou reclamações dos proprietários citados relacionadas ao tema em sua central de atendimento ao consumi- dor, e ressaltou a importância da ma- nutenção. “Conforme orienta o Manual do Proprietário, é importante que seja realizada a manutenção pe- riódica do sistema do ar-condiciona- do”, afirmou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa. Em rela- ção ao boletim, nada foi falado. “o mecânico aplicou um spray que durou apenas alguns dias. Por se tratar de desmontagem de painel, não levarei novamente, pois prefiro o mau cheiro do que um eterno barulho no painel.” José wilson mota santos, corretor, são paulo (sp), tracker 2020 “a situação é pior para quem sofre de rinite, como eu e as crianças. Para o povo reclaMa evitar o problema, ligo o ar quente por cinco minutos antes de ligar o ar- condicionado.” marcelo lopes, analista de ti, salvador (Ba), onix 2020 “Na concessionária, a higienização com ozônio foi feita, mas não resolveu.” antônio aristóteles rocha Neto, farmacêutico, sobral (ce), onix lt 1.0 2020 86 quatro rodas abril leandro: concessionária resolveu o problema, mas ele voltou QR_756_AS_AUTODEFESA.indd 86 17/03/22 18:29 Sede de administração: Rua Cerro Corá, nº 2175, lojas 101 a 105 localizadas no 1º e 2º andares, Vila Romana, São Paulo, SP, CEP 05061-450 Texto: Eduardo Passos, Guilherme Fontana, Henrique Rodriguez, Isadora Carvalho, João Vitor Ferreira da Silva Arte: Fábio Paiva e Fernando Pires Piloto de Teste: Leonardo Barboza www.quatrorodas.com.br IMPRESSA NA PLURAL INDÚSTRIA GRÁFICA LTDA Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 700 - CEP: 06543-001 - Tamboré – Santana de Parnaíba – SP Serviço ao Assinante: Grande São Paulo: (11) 5087-2112 Demais localidades: 0800-775-2112 www.abrilsac.com Para assinar: Grande São Paulo: (11) 3347-2145 Demais localidades: 0800-775-2145 www.assineabril.com.br VICtoR CIVIta (1907-1990) RoBERto CIVIta (1936-2013) Fun da da em 1950 Publisher: Fabio Carvalho Redator-chefe: Paulo Campo Grande DIRETORIA EXECUTIVA DE PUBLICIDADE Jack Blanc DIRETORIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO EDITORIAL E E AUDIÊNCIA Andrea Abelleira DIRETORIA EXECUTIVA DE OPERAÇÕES Lucas Caulliraux DIRETORIA EXECUTIVA DE TECNOLOGIA Guilherme Valente DIRETORIA DE MONETIZAÇÃO E RELACIONAMENTO COM CLENTES ErikCarvalho REDAÇãO (Dúvidas, sugestões, elogios, mensagens e flagrantes para a seção Viva-Voz e perguntas para as seções Correio Técnico) Tels.: 011 3347-2145 e 0800-7752112 E-mail: 4rodas.abril@atleitor.com.br As mensagens devem trazer o nome e a cidade de quem escreve. PARA ASSINAR www.assineabril.com SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE (SAC) Autoatendimento: http://www.abrilsac.com WhatsApp: (11) 4200-2006 e-mail: atendimento@abril.com.br Tels.: (11) 5087-2112 (Grande São Paulo) ou 0800-775 2112 (demais regiões) Horários de atendimento: em dias úteis, das 9h às 18h https://quatrorodas.abril.com. br/fale-conosco/ REPRINT EDITORIAL (Compra de cópias de reportagens – pedidos mínimos de 1.000 cópias da mesma material) elizandra.paiva@abril.com.br VISITE NA INTERNET www.quatro-rodas.com.br PUBLICIDADE ABRIL Tel. 11 3037-2608 www.publiabril.com.br LICENCIAMENTO DE CONTEúDO (Para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens, envie um e-mail para:) licenciamentodeconteudo@ abril.com.br TRABALHE CONOSCO www.abril.com.br/ trabalheconosco FAle com A genTe QUA TRO RODAS 747 (ISSN 0033-5908), ano 60, é uma publi ca ção men sal da Edi to ra abril. Edições anteriores: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição em banca mais despesa de remessa. Distribuída em todo o país pela Dinap S.a. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. QUA TRO RODAS não admi te publi ci da de reda cio nal. QR_756_EXPEDIENTE.indd 87 17/03/22 18:16 88 quatro rodas abril auto-serviço | mercado Os automóveis e comerciais leves mais vendidos do mês ranking de FeVereirO Pesquisa: Fenabrave +2 Posições em relação ao mês anterior -2 Posições em relação ao mês anterior = Mesma posição em relação ao mês anterior * Primeira vez a aparecer no ranking 1 Fiat Strada 7.314 = 2 CHeVrOLet OniX 6.541 +1 3 Hyundai Hb20 6.161 -1 4 Vw t-CrOSS 5.118 +3 5 JeeP COMPaSS 4.503 = 6 CHeVrOLet OniX PLuS 4.489 +3 7 Fiat argO 4.321 +7 8 renauLt kwid 4.262 +4 9 Hyundai Creta 4.163 -3 10 Fiat MObi 4.162 +5 11 COrOLLa CrOSS 3.732 +9 12 CHeVrOLet traCker 3.419 +6 13 Fiat tOrO 3.178 -3 14 tOyOta COrOLLa 2.729 +2 15 Fiat Siena 2.637 * 16 tOyOta HiLuX 2.558 -3 17 Vw niVuS 2.417 * 18 HOnda City 2.326 * 19 JeeP renegade 2.229 -15 20 CHeVrOLet S10 2.225 * 21 tOyOta yariS 2.067 * 22 Hyundai Hb20S 2.055 -4 23 PeugeOt 208 1.847 -2 24 Fiat PuLSe 1.843 -13 25 VOLkSwagen gOL 1.710 -17 colocação UNIdadeS VarIação O s aumentos de preço dos carros no Brasil têm sido constantes, a ponto de haver modelos com dois reajustes no mesmo mês. Um dos reflexos dessa alta é a queda nas vendas, como se observa neste iní- cio de ano. A boa notícia é que, com o objetivo de incentivar a economia do país, o governo federal publicou no dia 25 de fevereiro um decreto que reduz as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A maior parte dos produtos tive- ram redução de 25%, mas no caso dos automóveis a amortização na alí- quota foi menor, 18,5%. Alguns fabricantes já anuncia- ram redução nos preços, mas esse desconto pode durar pouco tempo, porque a queda percentual não é sig- nificativa. Entre os dez modelos mais vendidos, a redução de preço varia de R$ 800 a R$ 2.000 – o maior descon- to seria de apenas 1,3%. Os reajustes de preço têm sido ao redor de 1 e 2,5%, portanto a medida pode conter a alta no preço dos carros novos por mais alguns meses. No dia 8 de março, porém, o go- verno publicou um novo decreto que autoriza a devolução dos carros que foram faturados para a rede de concessionários antes da vigência da redução do IPI. E cerca de 80.000 unidades poderão ser beneficiadas. A primeira marca a divulgar nova tabe- la foi a Kia. Entre os que ficaram mais baratos, o novo híbrido Stonic foi de R$ 149.990 para R$ 146.990 e o preço do Sportage caiu R$ 3.400. A Ford informou que repassou a redução de forma integral. Os descontos para todas as versões de Ranger podem chegar a 2%, uma di- ferença de R$ 6.000 na Limited, que foi para R$ 313.950. Já o Mustang foi o modelo que teve a maior queda: R$ 25.210. O Mach 1 sai por R$ 519.790. Curiosamente, alguns preços ao invés de serem reduzidos, foram aumentados. Caso dos Volkswagen T-Cross, Nivus e Taos. Os aumentos variam de R$ 250 a R$ 930. A Renault também anunciou aumento para Kwid e Captur – de R$ 900 e de cerca de R$ 3.000, respectivamente. algumas marcas repassam a amortização do iPi e reduzem valores de todos os modelos – POr ISadora carValho PreÇOS eM Queda QueM CHega BraBUS 800 adVeNtUre a brabus traz mais um de seus supercarros para o brasil. a bola da vez é o brabus 800 adventure XLP Superblack, uma modificação do Mercedes-aMg g63, que chega por meio da Strasse por r$ 13,5 milhões. na comparação com o aMg original, tem para-choque mais reforçado, guincho “de alta capacidade”, novas entradas de ar no capô e para-lamas mais pronunciados. fo to d iV u Lg aÇ ãO fo to s Fe rn an d O Pi re S, P ed rO b iC u d O e d iV u Lg aÇ ãO mustang mach 1 teve o maior desconto: mais de r$ 25.000 QR_756_AS_MERCADO.indd 88 18/03/22 13:18 quem sai Fo to s Fe RN aN D O Pi Re s abril quatro rodas 89 raio x: ReNault DusteR icONic r$ 133.990 o Renault Duster enfim passou a ser equipado com o motor 1.3 tur-bo já presente no Captur. A aguardada configuração chega ape- nas na versão topo de linha Iconic. o novo conjunto mecânico combi- na o 1.3 turbo flex de até 170 cv e 27,5 kgfm a um câmbio CVt que simula oito marchas. Ele não é nem mais rápido e nem mais econô- mico que o rival Renegade com o mesmo motor, mas tem fôlego para encarar o dia a dia e é barato de fazer a manutenção preventiva. aMorTECEDorES DiaNT. R$ 841 Farol ESquErDo R$ 1.530 quaNtO custa PaRa maNteR? rETroviSor ESquErDo R$ 1.573 rEviSõES aTé 60.000 kM r$ 4.347 SEguro r$ 3.307 rEDE DE CoNCESSioNáriaS 295 DESvalorização - para-briSa R$ 1.080 laNTErNa TraSEira DirEiTa R$ 806 paSTilHaS DE FrEio R$ 350 bMw i3 uNiquE ForEvEr limitado a 30 unidades no Brasil e a 2.000 em todo o mundo, o modelo chega por R$ 353.950. Dentre os diferenciais estão a cor da carroceria, que vem no tom exclusivo cinza storm Bay, grade frontal bicolor, bancos com o emblema unique Forever e a plaqueta “One of 2000”, que evidencia a tiragem limitada. O conjunto elétrico é o mesmo, com motor de 170 cv. HyuNDai ix35 lançado no Brasil em 2010 e nacionalizado em 2013, teve sua produção encerrada e as lojas terão até junho para vender as unidades remanescentes, como manda a lei – afinal, ele não se adéqua às novas exigências de emissões. O suV foi reestilizado em 2015 e ganhou start-stop e monitor de pressão dos pneus em 2017, última vez que teve mudanças. seu motor é um 2.0 flex aspirado de 167 cv. CHEvrolET TraCkEr E SpiN MaNuaiS O suV e a minivan perderam as versões com câmbio manual de seis marchas. a decisão está relacionada com as normas do Proconve l7, que passam a vigorar em janeiro de 2022 e ficaram mais rígidas. assim, a configuração de entrada do suV, que hoje sai por R$ 104.290, deixará de existir. O modelo também deixará de oferecer o sistema start-stop. para-CHoquE DiaNT. R$ 741 QR_756_AS_MERCADO.indd 89 18/03/22 13:18 AgrAle 35 Concessionárias (54) 32388000 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB Marruá 2.8 AM 4X4 CD 150cv (BRA) 428.705 - MT5 - - - O Marruá 2.8 AM 4X4 300 150cv (BRA) 378.045 - MT5 - - - 0 AuDi 42 Concessionárias 08007772834 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB A3 Sedan 1.4 S line limited 150cv (Ale) 243.990 - AT8 - 6 A3 Sedan 2.0 S. line 190cv (Ale) 263.990 - DCT7 - 6 A3 Sedan 2.0 Performance Black 190cv (Ale) 278.990 - DCT7 - 6 A3 Sportback 1.4 S line limited 150cv (Ale) 243.990 - AT8 - 6 A3 Sportback 2.0 S. line190cv (Ale) 263.990- DCT7 - 6 A3 Sportback 2.0 Performance Black 190cv (Ale) 278.990 - DCT7 - 6 A4 Sedan 2.0 Prestige 240cv (Ale) 294.990 - DCT7 - 6 A4 Sedan 2.0 S line 240cv (Ale) 317.990 - DCT7 - 6 A5 2.0 Sportback S line 240cv (Ale) 351.990 - DCT7 - 6 A6 Sedan Prestige Plus 2.0 190cv (Ale) 468.990 - DCT7 6 A6 Sedan Perform. V6 3.0 340cv (Ale) 562.990 -17,32% DCT7 6 e-Tron Perform. Black 408 cv (Bel) 632.990 -5,77% AT1 10 e-Tron Perform. Sportback 408 cv (Bel) 623.990 - AT1 10 e-Tron Perform. Sportback Black 408 cv (Bel) 662.990 - AT1 10 e-Tron Sportback S 408 cv (Bel) 817.990 - AT1 10 Q3 1.4 Prestige 150cv (HuN) 243.990 -0,45% DCT6 - - 6 Q3 1.4 Prestige Plus 150cv (HuN) 261.990 +5,24% DCT6 - 6 Q3 1.4 Black 150cv (HuN) 282.990 +18,98% DCT6 - 6 Q5 2.0 Prestige 252cv (MeX) 369.990 -11,94% DCT7 - 6 Q5 2.0 S-line 252cv (MeX) 404.990 -10,52% DCT7 - 6 Q5 S-line Black 252cv (MeX) 429.990 - DCT7 - 6 Q5 Sportback S-line 252cv (MeX) 411.990 - DCT7 - 6 Q5 Sportback S-line Black 252cv (MeX) 437.990 - DCT7 - 6 Q7 3.0 S line TFSi Tiptronic quattro 340cv (eSl) 566.990 - AT8 - 6 Q8 V6 3.0 Performance 340cv (eSl) 621.990 -4,98% AT8 8 Q8 V6 3.0 Performance Black 340cv (eSl) 664.990 -4,98% AT8 8 rS4 Avant 450cv (Ale) 709.990 - AT8 - 6 rS5 Sportback 2.9 Turbo 450cv (Ale) 729.990 - AT8 - 6 rS6 Avant V8 4.0 TFSi 600cv (Ale) 1.009.990 - AT8 6 rS Q3 Sportback 2.5 400cv (Ale) 605.990 - DCT7 - 6 rS e-tron gT quattro 598cv (Ale) 999.990 - AT2 10 BMw 51 Concessionárias 08007073578 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB 118i Sport gP 140cv (Ale) 290.950 -4,51% DCT7 - 6 218i gran Coupé 140cv (Ale) 300.950 -8,32% DCT7 - 6 M235i XDrive grand Coupé 306cv (Ale) 398.950 -14,39% AT8 6 320i gP 184cv (BrA) 296.950 -8,18% AT8 - 6 320i Sport gP 184cv (BrA) 316.950 -11,25% AT8 - 6 320i M Sport 184cv (BrA) 336.950 -11,82% AT8 - 6 330e M Sport Plug-in Hyb. 252cv (Ale) 374.950 +6,6% AT8 6 M340i xDrive 387cv (Ale) 569.950 +11,48% AT8 6 420i Cabrio Sport 252cv (Ale) 425.950 -6,58% AT8 - 4 M440i Coupé 387cv (Ale) 604.950 - AT8 4 530e M Sport 292cv (Ale) 446.950 -14,66% AT8 6 i3 BeV Full 170cv (Ale) 337.950 -2,31% AT1 6 M3 Competition 510cv (Ale) 790.950 - AT8 6 M3 Competition (M Carbon C B) 510cv (Ale) 845.950 - AT8 6 M8 Competition 625cv (Ale) 1.320.950 - AT8 6 X6 M Competition 625cv (Ale) 1.055.950 - AT8 6 X1 sDrive 20i gP Plus 192cv (BrA) 285.950 -3,13% AT8 - 6 X1 sDrive 20i X line Plua 192cv (BrA) 305.950 -6,82% AT8 - 6 X1 sDrive 20i M Sport 192cv (BrA) 325.950 - AT8 - 6 X3 xDrive 30e X line 292cv (BrA) 399.950 - AT8 6 X3 xDrive 30e M Sport 292cv (BrA) 436.950 - AT8 6 X3 M40i 388cv (BrA) 573.950 +4,71% AT8 6 X4 xDrive 30i M Sport 252cv (BrA) 472.950 -1,54% AT8 6 X4 M40i 360cv (BrA) 596.950 -3,15% AT8 6 X5 xDrive 45e M Sport 394cv (euA) 630.950 - AT8 6 X6 xDrive 40i M Sport 340cv (euA) 691.950 - AT8 6 X7 M50i 530cv (euA) 1.122.950 +1,72% AT8 6 CAOA CHery 119 Concessionárias 0800 77 243 79 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB Arrizo 5 1.5 rXS CVT 113cv (BrA) 91.790 - CVT9 - - 6 Arrizo 6 1.5T 150cv (BrA) 128.490 - CVT9 - - 6 Arrizo 6 1.5T Pro 150cv (BrA) 144.990 - CVT9 - - 6 Tiggo 2 look 1.5 MT 115cv (BrA) 86.290 +5,33% MT5 - - 2 EntEndA nossA tABElA tabela Preço sugerido pela fábrica para o pacote básico daquela versão, válido para o Brasil, exceto São Paulo • desv. variação entre os preços de tabela do modelo novo e do seminovo anunciado por lojistas doze meses depois (valores com sinal +, indicam valorização) • Câmbio tipo e número de marchas do câmbio que equipa a versão • AEB frenagem autônoma de emergência • s&s sistema start-stop • MM central multimídia • AB número de airbags de série na versão • item de série • o item opcional • - item não disponível • entre parênteses, país de fabricação do veículo AUTo-serviço | tabela de preçOs 90 quatro rodas abril QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 90 18/03/22 10:55 Tiggo 2 Look 1.5 AT 115cv (BRA) 92.290 -0,97% AT4 - - 2 Tiggo 2 Act 1.5 115cv (BRA) 98.290 -0,48% AT4 - - 2 Tiggo 3X Turbo Plus 1.0 102cv (BRA) 105.490 - CVT9 - - 2 Tiggo 3X Turbo Pro 1.0 102cv (BRA) 113.490 - CVT9 - - 2 Tiggo 5X TXS 1.5 150cv (BRA) 146.990 +3,86% DCT6 - - 6 Tiggo 5X Pro 1.5 150cv (BRA) 154.990 - CVT9 - - 6 Tiggo 7 TXS 1.5 150cv (BRA) 193.790 - DCT6 - 5 Tiggo 7 Pro 1.6 187cv (BRA) 193.990 - DCT7 - 6 Tiggo 8 TXS 1.6 TGDI 187cv (BRA) 203.990 - DCT7 - - 6 CheVRoLeT 553 Concessionárias 08007024200 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB Camaro Cupê 6.2 461cv (CAN) 475.890 +7,11% AT10 - 6 Camaro Cabriolet 6.2 461cv (CAN) 522.500 +4,47% AT10 - 6 Cruze Sport6 1.4 Turbo LT 153cv (ARG) 133.710 +1,80% AT6 5 Cruze Sport6 1.4 Turbo LTZ 153cv (ARG) 149.670 -0,08% AT6 6 Cruze Sport6 1.4 Turbo Premier 153cv (ARG) 162.780 -6,18% AT6 6 Cruze Sport6 1.4 RS 153cv (ARG) 156.280 - AT6 6 Cruze Sedan 1.4 Turbo Midnight 153cv (ARG) 137.350 - AT6 5 Cruze Sedan 1.4 Turbo LTZ 153cv (ARG) 149.110 -0,08% AT6 6 Cruze Sedan 1.4 Turbo Premier 153cv (ARG) 161.430 -6,18% AT6 6 equinox 1.5 Premier 4X2 172cv (MeX) 215.770 +14,96% AT6 - 6 onix 1.0 MT 80cv (BRA) 73.820 - MT6 - - - 6 onix 1.0 LT 80cv (BRA) 76.460 -0,31% MT6 - - - 6 onix 1.0 Turbo AT 116cv (BRA) 84.800 -3,08% AT6 - - 6 onix 1.0 Turbo LT 116cv (BRA) 84.200 -2,22% AT6 - - 6 onix 1.0 Turbo LTZ 116cv (BRA) 86.680 -1,23% AT6 - - 6 onix 1.0 Turbo RS 116cv (BRA) 95.290 - AT6 - - 6 onix Premier Turbo 116cv (BRA) 99.650 +0,08% AT6 - - 6 onix Plus 1.0 LT 80cv (BRA) 80.610 +6,30% MT5 - - - 6 onix Plus 1.0 Turbo AT 116cv (BRA) 90.330 +0,90% AT6 - - - 6 onix Plus 1.0 Turbo LT 116cv (BRA) 89.670 +5,91% MT6 - - 6 onix Plus 1.0 Turbo LTZ 116cv (BRA) 92.210 +5,49% MT6 - - 6 onix Plus 1.0 Turbo Midnight 116cv (BRA) 103.100 - AT6 - - 6 onix Plus 1.0 Turbo Premier 116cv (BRA) 105.160 +5,64% AT6 - - 6 Spin 1.8 LS A 111cv (BRA) 94.060 -9,19% AT6 - - - 2 Spin 1.8 LT 111cv (BRA) 100.200 -1,79% AT6 - - 2 Spin 1.8 Premier 111cv (BRA) 115.270 -11,75% AT6 - - 2 Spin 1.8 Activ 111cv (BRA) 118.310 -0,90% AT6 - - 2 Spin 1.8 Activ 7 111cv (BRA) 122.940 -16,16% AT6 - - 2 S10 Chassi 2.8 Die. 4X4 200cv (BRA) 219.240 +24,3% MT6 - - - 2 S10 CS LS 2.8 Die. 4X4 200cv (BRA) 228.790 -4,04% MT6 - - - 2 S10 CD LS 2.8 Die. 4X4 200cv (BRA) 231.340 -1,36% MT6 - - - 2 S10 CD LT 2.8 4X4 Die. 200cv (BRA) 260.090 -2,19% AT6 - - 2 S10 CD LTZ 2.8 4X4 Die. At 200cv (BRA) 283.030 -4,49% AT6 - 2 S10 CD Z71 2.8 4X4 Die. 200cv (BRA) 271.910 - AT6 - - 6 S10 CD high Country 2.8 4X4 Die. 200cv (BRA) 294.050 +0,61% AT6 - 6 Tracker 1.0 Turbo AT 116cv (BRA) 113.490 - AT6 - - 6 Tracker 1.0 Turbo LT 116cv (BRA) 118.060 +9,96% AT6 - 6 Tracker 1.0 Turbo LTZ 116cv (BRA) 127.990 +3,79% AT6 - 6 Tracker 1.0 Turbo Premier 116cv (BRA) 138.580 +5,11% AT6 - 6 Tracker 1.2 Turbo Premier 133cv (BRA) 147.410 -1,65% AT6 6 Trailblazer Premier Diesel 2.8 200cv (BRA) 357.600 -4,66% AT6 - 6 CITRoëN 122 Concessionárias 08000118088 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB C4 Cactus Live 1.6 AT 118cv (BRA) 106.990 -5,49% AT6 - - 2 C4 Cactus X-Series 1.6 118cv (BRA) 114.990 - AT6 - - 2 C4 Cactus Feel 1.6 AT 118cv (BRA) 121.990 +0,84% AT6 - - 2 C4 Cactus Feel Pack 1.6 118cv (BRA) 122.990-2,38% AT6 - 4 C4 Cactus Shine P. ThP 1.6 173cv (BRA) 124.990 - AT6 - 6 C4 Cactus Shine P. ThP 1.6 173cv (BRA) 135.590 -10,52% AT6 - 6 FeRRARI 1 Concessionária (11) 30870199 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB F8 Spider 3.9 720cv (ITA) 5.300.000 - DCT7 - 4 SF90 Spider 1000cv (ITA) 8.400.000 - DCT7 - - 4 FIAT 520 Concessionárias 08007071000 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB 500e ICoN 118cv (BRA) 258.675 - AT1 - 6 Argo 1.0 MT 75cv (BRA) 70.477 +8,44% MT5 - - - 2 Argo Drive 1.0 75cv (BRA) 75.335 +3,34% MT5 - - - 2 Argo Drive 1.3 107cv (BRA) 78.744 +6,01% MT5 - - - 2 Argo Trekking 1.3 107cv (BRA) 79.903 - MT5 - - 2 Cronos 1.3 109cv (ARG) 80.325 -3,89% MT5 - - - 2 Cronos Drive 1.3 109cv (ARG) 85.643 +2,33% MT5 - - 2 Fiorino endurance eVo 1.4 88cv (BRA) 100.869 -0,46% MT5 - - - 2 Mobi 1.0 Like 73cv (BRA) 60.163 +7,73% MT5 - - - 2 Mobi 1.0 Trekking 73cv (BRA) 63.089 - MT5 - - - 2 Strada 1.4 endurance CP 86cv (BRA) 89.298 - MT5 - - - 2 Strada 1.4 endurance CD 86cv (BRA) 97.042 - MT5 - - - 2 Strada 1.3 Freedom CP 107cv (BRA) 95.089 -7,45% MT5 - - - 2 Strada 1.3 Freedom CD 107cv (BRA) 100.939 -10,63% MT5 - - - 2 Strada 1.3 Volcano CD 107cv (BRA) 103.634 +11,25% MT5 - - 2 Strada 1.3 CVT Volcano CD 107cv (BRA) 109.501 - CVT7 - - 2 Strada 1.3 Ranch CD 107cv (BRA) 114.514 - CVT7 - - 2 Pulse Drive 1.3 107cv (BRA) 86.056 - MT5 - - 4 Pulse Drive CVT 1.3 107cv (BRA) 94.804 - CVT7 - - 4 Pulse Drive Turbo 200 130cv (BRA) 103.446 - CVT7 - - 4 Pulse Audace Turbo 200 130cv (BRA) 110.969 - CVT7 o - 4 Pulse Impetus Turbo 200 130cv (BRA) 121.605 - CVT7 - 4 Toro 1.3 end. Turbo Flex 185cv (BRA) 135.019 - AT6 - - 2 Toro 1.3 Fr. Turbo Flex 185cv (BRA) 146.005 - AT6 - - 2 Toro 1.3 Volcano Turbo Flex 185cv (BRA) 159.764 - AT9 - - 2 Toro 2.0 Fr. D. 170cv (BRA) 179.844 - AT9 - - 2 Toro 2.0 Volc. D. 170cv (BRA) 193.648 -0,62% AT9 - - 2 Toro 2.0 Ranch D. 170cv (BRA) 200.894 -3,71% AT9 - - 7 Toro 2.0 Ultra 4x4 D. 170cv (BRA) 203.012 - AT9 - - 7 FoRD 322 Concessionárias 08007033673 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AeB S&S MM AB Bronco Sport Wildtrak 2.0 240cv (MeX) 266.090 - AT8 9 abril quatro rodas 91 QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 91 18/03/22 10:55 AUTo-serviço | tabela de preços Mustang Mach 1 483cv (EUA) 519.790 - AT10 - 6 Maverick Lariat FX4 2.3 253cv (MEX) 235.190 - AT8 - 7 Ranger Black 2.2 4X2 D. 160cv (ARG) 218.240 - AT6 - 7 Ranger XL 2.2 4X4 CD D. 160cv (ARG) 229.700 +11,35% AT6 - 3 Ranger Storm 3.2 4X4 CD 200cv (ARG) 252.440 +17,30% AT6 - 7 Ranger XLS 2.2 4X2 D. 160cv (ARG) 209.320 +11,20% AT6 - - - 3 Ranger XL 2.2 4X4 CS D. 160cv (ARG) 215.980 +5,99% AT6 - - - 3 Ranger XLS 2.2 4X4 AT D. 160cv (ARG) 249.010 +4,67% AT6 - 7 Ranger XLT 3.2 4X4 D. 200cv (ARG) 288.990 +3,72% AT6 - 7 Ranger XLT 3.2 4X4 D. 200cv (ARG) 288.990 - AT6 - 7 Ranger Ltd. 3.2 4X4 D. 200cv (ARG) 313.590 +11,01% AT6 - 7 Terrritory Titanium 150cv (CHN) 214.700 - CVT8 - 6 HoNDA 212 Concessionárias 0800 70134 32 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB City Hatchback 1.5 Flex EXL 126cv (BRA) 112.100 - CVT7 - - 6 City Hatchback 1.5 Flex Touring 126cv (BRA) 120.300 - CVT7 - 6 City Sedan 1.5 Flex EX 126v (BRA) 106.300 - CVT7 - - 6 City Sedan 1.5 Flex EXL 126cv (BRA) 112.500 - CVT7 - - 6 City Sedan 1.5 Flex Touring 126cv (BRA) 120.800 - CVT7 - 6 Civic 2.0 Flex EX 155cv (BRA) 131.000 +8,95% CVT7 - - 6 Civic 2.0 Flex EXL 155cv (BRA) 137.600 +7,70% CVT7 - - 6 HR-V 1.8 Flex EX 139cv (BRA) 124.500 +3,90% CVT - - 6 HR-V 1.8 Flex EXL 139cv (BRA) 137.800 +0,28% CVT7 - - 6 HyUNDAi 224 Concessionárias 0800559545 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Azera V6 3.0 261cv (CoR) 287.990 +4,20% AT8 7 Creta 1.0 Comfort 120cv (BRA) 116.990 - AT6 - 6 Creta 1.0 Limited 120cv (BRA) 131.490 - AT6 - 6 Creta 1.0 Platinum 120cv (BRA) 148.490 - AT6 - 6 Creta 2.0 Ultimate 167cv (BRA) 163.990 - AT6 - 6 HB20 1.0 Sense 80cv (BRA) 70.690 +12,32% MT5 - - - 2 HB20 1.0 Vision 80cv (BRA) 73.790 +11,90% MT5 - - 2 HB20 1.0 Evolution 80cv (BRA) 78.090 +10,74% MT5 - - 2 HB20 1.0T Platinum 120cv MT (BRA) 91.290 - MT6 - 2 HB20 1.0T Platinum 120cv AT (BRA) 96.590 - AT6 - 2 HB20 1.0T Sport 120cv (BRA) 100.190 - AT6 - - 2 HB20 1.0T Platinum Plus 120cv (BRA) 104.690 - AT6 4 HB20S 1.0 Vision 80cv (BRA) 78.390 +9,35% MT5 - - 2 HB20S 1.0 Evolution 80cv (BRA) 82.490 +10,50% MT5 - - 2 HB20S 1.0T Platinum 120cv MT (BRA) 95.090 - MT6 2 HB20S 1.0T Platinum 120cv AT (BRA) 100.590 - AT6 2 HB20S 1.0T Platinum Plus 120cv (BRA) 108.090 - AT6 2 iX35 2.0 FLEX AUT. GL 167CV (BRA) 154.990 +3,11% AT6 - - 2 New Tucson 1.6 GLS 177cv (BRA) 201.990 +3,21% DCT7 - - 6 New Tucson 1.6 Limited 177cv (BRA) 223.990 +3,13% DCT7 - - 6 JAC 41 Concessionárias 08005228888 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB i EV 40 115cv (CHN) 189.900 -7,96% AT1 - - 2 E-JS4 150cv (CHN) 264.900 - AT1 - - 2 E-JS1 62cv (CHN) 164.900 - AT1 - - 2 E-JS1 EXT 62cv (CHN) 179.900 - AT1 - - 2 i EV 330P 150cv (CHN) 369.900 -13,48% AT1 - - 2 E-J7 193cv (CHN) 264.900 - AT1 - - 5 T40 Plus 1.5 127cv (CHN) 98.990 -7,38% MT5 - - 2 T40 Plus 1.6 136cv (CHN) 110.990 -16,15% CVT6 - - 2 T50 Plus 1.6 138cv (CHN) 129.990 -10,60% CVT6 - 2 T60 Plus 1.5 168cv (CHN) 148.990 -6,41% CVT6 - - 2 T80 2.0 210cv (CHN) 159.990 -7,28% DCT6 - - 6 JAGUAR 39 Concessionárias (11) 30611322 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB F-Pace S 3.0 340cv (iNG) 494.950 -14,03% AT8 6 F-Pace R-Dynamic S 3.0 340cv (iNG) 514.950 - AT8 6 F-Pace R-Dynamic SE 340cv (iNG) 545.950 - AT8 6 F-Type R-Dynamic Coupé 2.0 300cv (iNG) 556.950 -6,18% AT8 - 6 F-Type R-Dynamic 2.0 Cabrio 300cv (iNG) 557.950 -8,19% AT8 - 4 i-Pace SE EV400 400cv (AUT) 678.950 - AT1 - 6 i-Pace SE EV400 Black 400cv (AUT) 628.950 - AT1 - 6 XE R-Dynamic S 2.0 250 cv (AUT) 371.950 -3,83% AT8 - 6 E-Pace R-Dynamic 2.0 250 cv (AUT) 383.950 - AT8 - 6 JEEP 202 Concessionárias 08007037150 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Compass Sport 1.3 turbo Flex 185cv (BRA) 161.472 AT6 - 2 Compass Longi. 1.3 turbo Flex 185cv (BRA) 171.327 - AT6 - 2 Compass Longi. 2.0 TD. 170cv (BRA) 214.137 +2,72% AT9 - - 2 Compass Lim. 2.0 TD. 170cv (BRA) 233.200 -4,27% AT9 - - 7 Compass Lim. 1.3 turbo Flex 185cv (BRA) 188.767 - AT6 - 7 Compass Trailhawk 2.0 TD. 170cv (BRA) 233.200 +0,69% AT9 - - 7 Compass S 1.3 turbo Flex 185cv (BRA) 210.537 - AT6 - 8 Commander Limited 1.3 Turbo 185cv (BRA) 215.018 - AT6 - 7 Commander overland 1.3 Turbo 185cv (BRA) 242.384 - AT6 - 7 Commander Limited 2.0 Turbo 170cv (BRA) 267.209 - AT9 - 7 Commander overland 2.0 Turbo 170cv (BRA) 395.020 - AT9 - 7 G. Cherokee Ed. Esp. 80 anos 241cv (EUA) 480.039 +1,26% AT8 - 7 G. Cherokee L. D. 241cv (EUA) 480.039 - AT8 - 7 Renegade Sport 1.3 Turbo 185 cv (BRA) 123.908 - AT6 6 Renegade Longitude 1.3 Turbo 185 cv (BRA) 138.410 - AT6 6 Renegade S 4X4 1.3 Turbo 185 cv (BRA) 164.136 - AT9 7 Renegade Trailhawk 1.3 Turbo 185 cv (BRA) 164.136+3,46% AT9 7 Wrangler Rubicon 2.0T Gas. 272cv (EUA) 430.338 -14,73% AT8 - - 2 Wrangler Sahara 2.0 Gas. 271cv (EUA) 350.661 -5,17% AT8 - - 2 Wrangler Sahara Unlimited 2.0 271cv(EUA) 383.652 -8,71% AT8 - - 2 Wrangler Unlimited Ed. Especial 2.0 271cv(EUA) 378.531 -8,71% AT8 - - 2 KiA 130 Concessionárias 08007711011 Nome/origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Cerato 2.0 EX AT 167cv (MEX) 130.490 -13% AT6 - - 6 Cerato 2.0 SX AT 167cv (MEX) 146.190 -9,85% AT6 - - 6 Sportage 2.0 16V EX P.252 Flex 167cv (MEX) 179.590 -3,74% AT6 - - 2 Sportage 2.0 16V EX P.264 Flex 167cv (MEX) 196.290 -3,74% AT6 - - 2 Sportage 2.0 16V EX P.265 Flex 167cv (MEX) 201.190 -3,74% AT6 - - 2 92 quatro rodas abril QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 92 18/03/22 10:55 Carnival 3.5 V6 EX 272cv (COR) 514.990 - AT8 7 Stonic 1.0 120cv (COR) 146.990 - DCT7 - - 6 KEyTOn 0 Concessionárias (27) 3232-2315 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB EX7 81cv (CHn) 263.890 - AT1 - - 2 LAMBORgHini 1 Concessionária (11) 30613300 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Aventador SVJ 770cv (iTA) 8.200.000 - DCT - - 6 LAnD ROVER 39 Concessionárias 0800122733 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Defender 110 SE 2.0 300cv (ing) 561.950 - AT8 - 2 Defender 110 HSE 2.0 300cv (ing) 586.950 - AT8 - 2 Defender SE 90 2.0 300cv (ing) 547.950 - AT8 - 2 Discovery 3.0 Td SE 300cv (ing) 641.950 AT8 - 6 Discovery 3.0 Td HSE Lux. 300cv (ing) 667.950 AT8 - 6 Discovery Sport S 2.0 Si4 250cv (BRA) 323.950 +1,69% AT9 - 6 Discovery Sport SE 2.0 Si4 250cv (BRA) 346.950 -0,78% AT9 - 6 Discovery Sport R-Dyn. SE 2.0 Si4 250cv (BRA) 369.950 -3,84% AT9 6 Discovery Sport S 2.0 D. 180cv (BRA) 353.950 +7,38% AT9 - 6 Discovery Sport SE D. 180cv (BRA) 383.950 +9,10% AT9 - - 6 Discovery Sport R-Dyn. SE D. 180cv (BRA) 407.950 - AT9 - 6 R. Rover Evoque R-Dyn. HSE 250cv (BRA) 413.950 +14,52% AT9 7 R. Rover Evoque SE 250cv (BRA) 383.950 +14,52% AT9 7 R. Rover Velar RD SE 3.0 340cv (ing) 594.950 -2,47% AT7 6 R. Rover Velar RD HSE 3.0 340cv (ing) 645.950 -7,54% AT7 6 R. Rover Sport SE Di. 3.0 300cv (ing) 622.950 +1,58% AT8 - 8 R. Rover Sport HSE 3.0 Di 300cv (ing) 687.950 -4,19% AT8 - 8 R. Rover Sport HSE Dy 3.0 Di 300cv (ing) 728.950 - AT8 - 8 R. Rover Sport PHEV HSE 404cv (ing) 657.950 -5,92% AT8 - 8 R. Rover Sport PHEV HSE Dy 404cv (ing) 701.950 -11,15% AT8 - 8 R. Rover Sport SVR 575cv (ing) 1.017.950 -8,72% AT8 - 8 R. Rover Sport SVR Carbon Ed. 575cv (ing) 1.049.950 - AT8 - 8 R. Rover Vogue V6 3.0 D 258cv (ing) 792.950 +1,92% AT8 - 8 R. Rover Vogue SE V8 4.4 D 339cv (ing) 930.950 +0,80% AT8 - 8 R. Rover Vogue PHEV SE 404cv (ing) 827.950 +1,67% AT8 8 R. Rover Autobiography V8 4.4 339cv (ing) 987.950 +0,91% AT8 - 8 R. Rover Autobiography PHEV 404cv (ing) 893.950 +0,02% AT8 8 LEXuS 9 Concessionária 08007030206 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Es 300H 2.5 218cv (JAP) 337.990 +4,75% AT6 10 nx 300H Dynamic 195cv (JAP) 318.990 -6,84% AT6 - 8 nx 300H F-Sport 195cv (JAP) 375.990 +20,49% AT6 8 nx 300H Luxury 200cv (JAP) 340.990 +20,10% AT6 8 Rx 450H L Luxury 313cv (JAP) 502.990 +13,93% AT6 10 Rx 450H F-Sport 313cv (JAP) 512.990 +13,18% AT6 10 ux 250H Dynamic 181cv (JAP) 258.990 - AT8 8 ux 250H Luxury 181cv (JAP) 299.990 - AT8 8 MASERATi 1 Concessionária (11) 30870199 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Levante Sport 3.0 V6 436cv (iTA) 900.000 - AT6 6 Levante Trofeo 3.8 V8 590cv (iTA) 2.800.000 - AT8 6 MCLAREn 1 Concessionária (11) 34114999 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB 720 S Coupé 720cv (ing) 4.400.000 - DCT7 - - 4 720 S Spider 720cv (ing) 4.800.000 - DCT7 - - 4 gT Coupé 620cv (ing) 3.400.000 - DCT7 - - 4 MERCEDES-BEnz 55 Concessionárias 08007772834 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB A 200 Sedan Advance 163cv (ALE) 292.900 +0,54% DCT7 - 6 A 250 247cv (ALE) 332.900 - DCT7 - 6 C 200 AMg Line 204cv (ALE) 363.900 - AT9 6 C 300 AMg Line 258cv (ALE) 411.900 - AT9 6 CLA 250 163cv (ALE) 336.900 -3,78% DCT7 - 6 E 300 Exclusive 258cv (ALE) 549.900 - AT9 6 EQC 400 4Matic 408cv (ALE) 648.900 +36,88% AT1 6 gLA 200 AMg Line 165cv (BRA) 332.900 - DCT7 - 6 gLB 200 Advance 165cv (ALE) 283.900 - DCT7 - 6 gLB 200 Progressive 165cv (ALE) 308.900 - DCT7 - 6 gLC 220D Enduro 4Matic 194cv (ALE) 507.900 +5,59% AT9 - 6 gLC 220 d 4MATiC Off-road 194cv (ALE) 417.900 +11,01% AT9 - 6 gLC 300 4Matic Coupé AMg Line 258cv (ALE) 537.900 - AT9 - 6 gLE 400 d 4Matic Coupé 333cv (ALE) 746.900 -0,70% DCT9 6 gLE 400 d 4Matic 333cv (ALE) 696.900 +11,8% DCT9 6 gLS 450 4Matic 367cv (ALE) 912.900 - DCT9 6 AMg A 35 4MATiC 306cv (ALE) 421.900 -9,57% DCT7 6 AMg A 35 Sedan 4MATiC 306cv (ALE) 439.900 -9,86% DCT7 6 AMg A 45 S 4MATiC 421cv (ALE) 530.900 - DCT7 6 AMg CLA 35 4MATiC 306cv (ALE) 444.900 -12,96% DCT7 6 AMg CLA 45 S 4MATiC 421cv (ALE) 547.900 - DCT7 6 AMg gLC 43 4M 3.0 390cv (ALE) 600.900 -1,70% AT9 6 AMg gLC 43 3.0 4Matic Coupé 390cv (ALE) 641.900 - AT9 6 AMg gLE 53 4M+ 441cv (ALE) 798.900 +17,32% AT9 6 AMg gLC 63 S 4Matic+ Coupé 4.0 510cv (ALE) 861.900 +4,32% AT9 6 AMg gT 63 Black Series 730cv (ALE) 3.999.900 - DCT7 6 AMg gT 63 Black Series One Ed. 730cv (ALE) 4.299.900 - DCT7 6 AMg gT R 585cv (ALE) 2.241.900 -2,25% DCT7 6 Mini 22 Concessionárias 08007073578 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Cooper S Exclusive 3P 192cv (ing) 228.290 - DCT7 - 6 Cooper S Top 3P 192cv (ing) 257.990 -15% DCT7 - 6 Cooper S E 3P (BEV) Exclusive 184cv (ing) 248.590 - DCT7 - 6 Cooper S E 3P (BEV) Top 184cv (ing) 278.490 - DCT7 - 6 Cooper S E 3P (BEV) Top Collection 184cv (ing) 283.390 - DCT7 - 6 Cooper S 5P Exclusive 192cv (ing) 238.190 -13,8% DCT7 - 6 Cooper S 5P Top 192cv (ing) 267.890 -13,8% DCT7 - 6 Cooper SE Count. All4 (PHEV) Exclusive 192cv (ing) 272.990 - AT8 - 6 Cooper SE Count. All4 (PHEV) Top 192cv (ing) 302.790 +10,2% AT8 - 6 abril quatro rodas 93 QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 93 18/03/22 10:55 94 quatro rodas abril Cooper SE Count. All4 (PHEV) Shad.Edt. 192cv (ING) 312.790 - AT8 - 6 Cooper JCW 231cv (ING) 287.790 -2% AT8 - - 6 Cooper JCW Anniversary Edt. 231cv (ING) 317.790 - AT8 - - 6 Cooper JCW Countryman All4 225cv (ING) 347.290 - AT8 - 6 MITSubISHI 121 Concessionárias 08007020404 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEb S&S MM Ab Eclipse Cross GLS 165cv (bRA) 171.480 -0,35% CVT - 6 Eclipse Cross HPE 165cv (bRA) 189.990 +1,90% CVT 6 Eclipse Cross HPE-S 165cv (JAP) 209.990 +4,01% CVT 6 Eclipse Cross HPE-S AWC 165cv (JAP) 220.990 - CVT - 6 Eclipse Cross HPE-S Sport 165cv (JAP) 218.990 - CVT - 6 Eclipse Cross HPE-S AWC Sport 165cv (JAP) 226.990 - CVT - 6 L200 Triton 2.4 GL 190cv (bRA) 215.990 - MT6 - - - 2 L200 Triton GLS AT 190 cv (bRA) 222.990 - AT5 - - - 2 L200 Triton 2.4 GLX Outdoor 190cv(bRA) 217.990 - MT6 - - 2 L200 Triton 2.4 GLS Outdoor 4X4 190cv (bRA) 236.990 +6,94% AT5 - - 2 L200 Triton 2.4 Savana 4X4 190cv (bRA) 237.990 +6,94% AT5 - - 2 L200 Triton Sport 2.4 GLS 190cv (bRA) 250.990 +2,96% AT6 - - 2 L200 Triton Sport 2.4 HPE 4x4 190cv (bRA) 274.990 +4,81% AT6 - - 7 L200 Triton Sport 2.4 HPE-S 4x4 190cv (bRA) 301.990 -1,77% AT6 - 7 ASX GLS 2.0 170cv (bRA) 136.990 - CVT6 - - 7 Outlander Sport 2.0 GLS 2WD 170cv (bRA) 151.990 - CVT6 - - 7 Outlander Sport 2.0 HPE 2WD 170cv (bRA) 164.990 - CVT6 - - 7 Outlander Sport 2.0 HPE AWD 170cv (bRA) 174.990 - CVT6 - - 7 Outlander Sport HPE b. Edition 240cv (bRA) 171.990 - CVT6 - - 7 Outlander Sport HPE b. Edition AWD 240cv (bRA) 178.990 - CVT6 - - 7 Outlander HPE 2.0 160cv (JAP) 225.990 +5,99% CVT6 - 7 Outlander HPE-S V6 3.0 240cv (JAP) 272.990 +16,91% AT6 7 Outlander HPE-S 2.2 Diesel 160cv (JAP) 303.990 +2,31% AT6 7 Pajero Sport HPE 2.4 7P 190cv (TAI) 359.990 +4,50% AT8 - - 7 Pajero Sport HPE-S 2.4 7P 190cv (TAI) 393.990 +3,91% AT8 - 7 NISSAN 180 Concessionárias 08000111090 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEb S&S MM Ab Frontier S 4X4 Mt D. 160cv (ARG) 230.197 +1,32% MT6 - - 2 Frontier Attack 4X4 At D. 190cv (ARG) 263.648 +0,36% AT7 - - 2 Frontier XE 4X4 At D. 190cv (ARG) 278.942 +1,30% AT7 - - 2 Frontier LE 4X4 At D. 190cv (ARG) 308.544 -1,64% AT7 - - 6 Frontier X-Gear 4X4 At D. 190cv (ARG) 280.620 - AT7 - - 6 Kicks 1.6 Sense MT 114cv (bRA) 109.225 - CVT - - - 2 Kicks 1.6 Sense CVT 114cv (bRA) 119.182 - CVT - - - 2 Kicks 1.6 Advance CVT 114cv (bRA) 128.154 - CVT - - 2 Kicks 1.6 Advance Pack Plus 114cv (bRA) 130.154 - CVT - - 2 Kicks 1.6 Exclusive CVT 114cv (bRA) 139.491 - CVT - - 6 Kicks 1.6 Excl. Pack CVT 114cv (bRA) 143.991 - CVT - - 6 Leaf EV 149cv (JAP) 293.707 -1,33% CVT - 6 Versa 1.6 Sense MT 114cv (bRA) 94.803 - MT5 - - - 6 Versa 1.6 Sense CVT 114cv (bRA) 102.005 - CVT - - - 6 Versa 1.6 Advance 114cv (bRA) 110.095 - CVT - - 6 Versa 1.6 Exclusive 114cv (bRA) 122.427 - CVT - - 6 PEuGEOT 118 Concessionárias 08007032424 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEb S&S MM Ab 208 Like 1.6 MT 116cv (ARG) 85.490 - MT5 - - 4 208 Active 1.6 118cv (ARG) 99.990 - AT6 - - 4 208 Allure 1.6 118cv (ARG) 107.890 - AT6 - - 6 208 Griffe 1.6 118cv (ARG) 112.790 - AT6 - 6 e-208 GT 136cv (ELV) 265.990 - AT1 - 6 2008 1.6 Allure Pack AT 1.6 118cv (bRA) 116.690 -5,12% AT6 - - 4 2008 1.6 Griffe THP 173cv (bRA) 124.490 -7,71% AT6 - - 6 3008 1.6 Griffe THP 165cv (bRA) 254.190 - AT6 - 6 3008 1.6 GT Pack THP 165cv (bRA) 273.790 - AT6 - 6 Expert Cargo 1.5 D. 120 cv 115cv (ARG) 187.490 - MT6 - - 2 Expert Vitré 1.5 D. 120 cv 115cv (ARG) 192.490 - MT6 - - 2 PORSCHE 11 Concessionárias (11) 30619544 Nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEb S&S MM Ab 911 Carrera 3.0 AuT. 385cv (ALE) 709.000 -27,17% DCT7 6 911 Carrera 3.0 Cabr. AuT. 385cv (ALE) 759.000 - DCT7 6 911 Carrera S (992) 450cv (ALE) 859.000 -13,11% DCT7 6 911 Carrera S Cabr. (992) 450cv (ALE) 909.000 -11,37% DCT7 6 911 Carrera GTS 480 cv (ALE) 919.000 -2,04% PDK8 6 911 Carrera GTS Cabrio 480 cv (ALE) 969.000 -10,45% PDK8 6 911 Carrera 4 GTS 480 cv (ALE) 959.000 -3,69% PDK8 6 911 Carrera 4 GTS Cabrio 480 cv (ALE) 1.009.000 -10,65% PDK8 6 911 Targa 4 GTS 480 cv (ALE) 1.009.000 -8,37% PDK8 6 911 Turbo Coupé (992) 580 cv (ALE) 1.249.000 -4,43% PDK8 6 911 Turbo Cabrio (992) 580 cv (ALE) 1.299.000 -9,29% PDK8 6 911 Turbo S (992) 650 cv (ALE) 1.509.000 - PDK8 6 911 Turbo S Cabrio (992) 580 cv (ALE) 1.559.000 - PDK8 6 Cayenne E-Hybrid 462cv (ESL) 589.000 -6,55% AT8 6 Cayenne E-Hybrid Platinum Edt. 462cv (ESL) 629.000 - AT8 6 Cayenne Coupé E-Hybrid 462cv (ESL) 619.000 -6,55% AT8 6 Cayenne Coupé E-Hybrid Plat. Edt. 462cv (ESL) 659.000 - AT8 6 Cayenne Turbo V8 4.8 550cv (ESL) 889.000 -4,56% AT8 6 Cayenne Turbo S E Hybrid 680cv (ESL) 1.061.031 - AT8 6 Cayenne Turbo Coupé V8 4.8 550cv (ESL) 909.000 -15,48% AT8 6 Cayenne Turbo S E Hybrid Coupé 680cv (ESL) 1.081.031 -16,31% AT8 6 Cayenne Turbo GT 640cv (ESL) 1.199.141 - AT8 6 Macan 2.0 252cv (ALE) 415.000 -11,75% DCT7 6 Macan T 2.0 265cv (ALE) 479.000 - PDK7 6 Macan S 3.0 340 cv (ALE) 539.000 -8,60% DCT7 6 Macan GTS 380cv (ALE) 635.000 -10,24% DCT7 6 Panamera 4 E-Hybrid 462cv (ALE) 649.000 +13,69% PDK8 8 Panamera 4 E-Hybrid Plat. Edit. 462cv (ALE) 655.000 - PDK8 8 Panamera 4S E-Hybrid 560cv (ALE) 749.000 - PDK8 8 Panamera Turbo S E-Hybrid 700cv (ALE) 1.139.000 - PDK8 8 Panamera 4S E-Hybrid Sport Turismo 462cv (ALE) 659.000 - PDK8 8 Taycan 408cv (ALE) 615.000 - AT1 8 Taycan 4 Cross Turismo 476cv (ALE) 685.000 - AT1 8 Taycan GTS 598cv (ALE) 805.000 - AT1 8 Taycan Turbo 625cv (ALE) 909.000 - AT1 8 Taycan Turbo S 761cv (ALE) 1.079.000 - AT1 8 Taycan 4S 530cv (ALE) 699.000 - AT1 8 RAM 50 Concessionárias 08007037140 Nome/Origem Tabela Desv. Câmbio AEb S&S MM Ab AUTo-serviço | tabela de preços QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 94 18/03/22 10:55 abril quatro rodas 95 1500 Rebel 5.7 4X4 400cv (USA) 460.990 - AT8 - 6 2500 Laramie 6.7 4X4D. 365cv (MEX) 460.990 +11,77% AT6 - - 8 REnAULT 295 Concessionárias 08000555615 nome/Origem Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Captur Zen 1.3 CVT. 170cv (BRA) 138.890 -1,96% CVT8 4 Captur Intense 1.3 CVT. 170cv (BRA) 143.890 +0,32% CVT8 4 Captur Iconic 1.3 CVT. 170cv (BRA) 152.190 - CVT8 4 Duster 1.6 Zen 120cv (BRA) 97.990 +3,33% MT5 - - 2 Duster 1.6 Zen CVT 120cv (BRA) 105.890 +3,01% CVT6 - - 2 Duster 1.6 Intense 120cv (BRA) 112.890 +2,69% CVT6 - 2 Duster 1.6 Iconic 120cv (BRA) 119.590 +4,64% CVT6 - 2 Duster 1.3 Turbo Iconic 170cv (BRA) 133.990 - CVT6 - 2 Kwid 1.0 Zen 71cv (BRA) 59.090 +11% MT5 - - 4 Kwid 1.0 Intense 71cv (BRA) 63.390 +5,99% MT5 - 4 Kwid 1.0 Outsider 71cv (BRA) 66.790 +3,58% MT5 - 4 Logan 1.0 Life 82cv (BRA) 82.590 +3,76% MT5 - - - 4 Logan 1.0 Zen 82cv (BRA) 85.590 +2,87% MT5 - - 4 Sandero S Edition 1.0 82cv (BRA) 80.590 +5,26% MT5 - - 4 Stepway Zen 1.6 118cv (BRA) 92.890 -9,46% MT5 - 4 Stepway Iconic 118cv (BRA) 105.090 -2,93% CVT - 4 ROLLS-ROyCE 1 Concessionária (11) 30785252 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Ghost 571cv (InG) 6.800.000 - AT8 - - 6 SUBARU 12 Concessionárias 0800551271 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Forester 2.0 16V 150cv (JAP) 198.900 -3,97% CVT 6 XV S 150cv (JAP) 174.900 -5% CVT - - 7 WRX STI 310cv (JAP) 308.900 -9,39% MT6 - - 6 SUZUKI 61 Concessionárias 08007703380 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Jimny 1.3 4X4 4ALL MT 85cv (BRA) 114.990 +1,11% MT5 - - - 2 Jimny 1.3 4X4 4Work MT 85cv (BRA) 110.990 +8,84% MT5 - - - 2 Jimny 1.3 4X4 4Sport MT 85cv (BRA) 124.990 -2,91% MT5 - - - 2 Jimny 1.3 4X4 4Sport Forest MT 85cv (BRA) 136.990 - MT5 - - - 2 Jimny Sierra 4X4 4you AllGrip MT 108cv (JAP) 149.990 +17,44% MT5 - - 2 Jimny Sierra 4X4 4you AllGrip AT 108cv (JAP) 157.990 - AT4 - - 2 Jimny Sierra 4X4 4Style AllGrip AT 108cv (JAP) 170.990 +14,53% AT4 - - 2 TOyOTA 216 Concessionárias 08007030206 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Corolla 2.0 Gli 177cv (BRA) 145.350 +6,47% CVT - 7 Corolla 2.0 GR-S 177cv (BRA) 175.350 - CVT 7 Corolla 2.0 Xei 177cv (BRA) 151.630 +6,84% CVT - 7 Corolla 2.0 Altis Premium 177cv (BRA) 174.070 +1,56% CVT7 Corolla 2.0 Hybrid Altis 101cv (BRA) 174.070 - CVT - 7 Corolla Hybrid Altis Prem 101cv (BRA) 183.370 - CVT 7 Corolla Cross XR 177cv (BRA) 158.780 - CVT - 7 Corolla Cross XRE 177cv (BRA) 170.270 - CVT - 7 Corolla Cross XRV Hybrid 101cv (BRA) 192.380 - CVT - 7 Corolla Cross XRX Hybrid 101cv (BRA) 200.160 - CVT - 7 Hilux Cd SR 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 268.520 - AT6 - - 7 Hilux Cd SRV 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 285.780 - AT6 - - 7 Hilux Cd SRX 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 320.090 - AT6 - - 7 Hilux STD Power Pack 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 240.380 - AT6 - - 7 Hilux Cs 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 224.700 - MT6 - - 3 Hilux Chassi 2.8 D. 4X4 204cv (ARG) 217.050 - MT6 - - 3 RAV4 SX Connect Hybrid (JAP) 301.990 +1,65% CVT 7 Sw4 2.7 GR-S 4X4 7 Lug. flex 177cv (ARG) 420.900 - AT6 - - 7 Sw4 2.7 Diamond 4X4 7 Lug. flex 177cv (ARG) 411.770 - AT6 - - 7 Sw4 2.8 SRX 4X4 5 Lug. D. 177cv (ARG) 380.340 +1,90% AT6 - - 7 Sw4 2.8 SRX 4X4 7 Lug. D. 177cv (ARG) 386.870 +0,99% AT6 - - 7 yaris 1.5 XLS CVT 110cv (BRA) 111.870 +6,94% CVT - 7 yaris 1.5 XS CVT 110cv (BRA) 100.790 +8,15% CVT - - 2 yaris 1.5 XL Plus CVT 110cv (BRA) 91.570 +5,36% CVT - - 2 yaris Sedã 1.5 XL 110cv (BRA) 95.680 +3,91% CVT - - 2 yaris Sedã 1.5 XLS 110cv (BRA) 116.170 +8,09% CVT - 7 yaris Sedã 1.5 XS 110cv (BRA) 104.210 -0,28% CVT - - 2 VOLKSWAGEn 500 Concessionárias 08001952775 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB Amarok High. V6 3.0 Cd 257cv (ARG) 310.160 +8,28% AT8 - - 2 Amarok Extreme. V6 3.0 Cd 257cv (ARG) 326.640 +2,77% AT8 - - 2 Amarok 2.0 Comfortline 180cv (ARG) 278.010 -8,02% AT8 - - 2 Amarok 2.0 Highline 180cv (ARG) 302.330 +6,01% AT8 - - 2 Gol 1.0 MT 84cv (BRA) 72.690 +10,86% MT5 - - - 2 Jetta GLi 231cv (MEX) 205.810 +10,41% AT6 6 nivus 200 TSi Comfortline 128cv (BRA) 118.350 +12,35% AT6 - 6 nivus 200 TSi Highline 128cv (BRA) 134.920 +12,48% AT6 6 Polo 1.0 MPi MT 84cv (BRA) 75.700 +2,57% MT5 - - - 4 Polo 200 TSi Comfortline 128cv (BRA) 107.220 +3,45% AT6 - - 4 Polo 200 TSi Highline 128cv (BRA) 115.190 +9,46% AT6 - - 4 Polo GTS AT 150cv (BRA) 140.430 +5,66% AT6 - - 4 Saveiro Cross 1.6 16V Cd 116cv (BRA) 119.350 +5,49% MT5 - - 2 Taos Comfortline 250 TSi 150cv (BRA) 175.700 - AT6 - 6 Taos Highline 250 TSi 150cv (BRA) 204.900 - AT6 6 T-Cross Sense TSi 116cv (BRA) 109.590 -14,35% AT6 - - - 6 T-Cross 200 TSi AT. 128cv (BRA) 131.650 -2,77% AT6 - - 6 T-Cross Comf. 200 TSi 128cv (BRA) 148.190 -9,38% AT6 - - 6 T-Cross High. 250 TSi 150cv (BRA) 158.550 +2,60% AT6 - 6 Virtus Comf. 200 TSi 128cv (BRA) 112.120 -3.08% AT6 - - 4 Virtus Highline 200 TSi 128cv (BRA) 128.130 +0,09% AT6 - - 4 Virtus GTS 150cv (BRA) 147.090 +5,39% AT6 - - 4 Voyage 1.0 84cv (BRA) 84.090 +4,10% MT5 - - - 2 VOLVO 39 Concessionárias 08007077590 nome/Origem/Potência Tabela Desv. Câmbio AEB S&S MM AB S90 T8 Recharge Inscription 407cv (CHn) 399.950 -6,07% AT8 7 C40 Recharge Pure Electric 408cv (CHn) 419.950 - AT1 7 XC40 Recharge Pure Eletric P8 408cv (BEL) 399.950 - AT1 7 XC60 Recharge Inscription Exp. 407cv (CHn) 389.950 - AT8 7 XC60 Recharge Inscription 407cv (CHn) 419.950 - AT8 7 XC60 Recharge R-Design 407cv (CHn) 429.950 -1,20% AT8 7 XC60 T8 Polestar Eng. 407cv (CHn) 456.950 -5,18% AT8 7 XC90 Recharge R-Design 407cv (SUE) 553.950 +1,21% AT8 8 XC90 Recharge Inscription Exp. 407cv (SUE) 484.950 - AT8 8 QR_756_AS_TABELA DE PREÇOS.indd 95 18/03/22 10:55 ta-feira que antecedeu a corrida, o Ayrton Senna tinha dado umas vol- tas na pista de Interlagos, em com- panhia do repórter de esportes da Globo naquela época, que era o Er- nesto Paglia. Detalhe: o Senna foi no banco do passageiro e quem dirigiu o carro, um Ford Verona utilizado como Pace Car daquela prova, foi o jornalista. Aquela reportagem, que também foi ao ar no mesmo progra- ma Fantástico, no domigno à noite, ficou engraçada demais. Começa pelo fato de que o Er- nesto Paglia não tinha formação de piloto, como muitos jornalistas es- pecializados têm. E, quando levou o Ayrton, em 1994, a pista ainda não estava liberada para treinos, por isso, como se pode ver pela matéria, há veículos de manutenção rodando no sentido contrário ao do carro do repórter. Além disso, logo nos pri- meiros metros, o Ayrton percebeu dia 1o de maio, os 25 anos da morte do piloto. Eu, divulgando a marca Senna e ciente de que o recém-lan- çado McLaren Senna seria uma das principais atrações na pista naque- le dia, criei uma pauta especial do superesportivo para o programa Fantástico, da TV Globo – no qual o carro acabou aparecendo por cerca de cinco minutos. A ideia surgiu quando me lem- brei que, na véspera do GP do Bra- sil disputado no dia 27 de março de 1994, mais precisamente na quin- Jornalista, trabalhou nove anos como repórter na QUATRO RODAS, dez anos como assessor do piloto Ayrton Senna e 25 anos na Audi Charles MarzanasCo Minha ideia era mostrar o carro. Mas o que saiu no Fantástico emocionou a mim, o repórter e, com certeza, a quem assistiu Fortes emoções 96 quatro rodas abril Há exatamente um ano, em abril de 2021, contei aqui nesta co-luna que o tricampeão Ayr- ton Senna foi contra a decisão de a McLaren fabricar carros de rua. O motivo era porque o piloto achava que a McLaren (que queria fazer es- portivos, assim como a rival Ferrari) perderia o foco nas corridas. E, de fato, isso aconteceu. O primeiro car- ro da McLaren Cars, o F1, lançado em 1993, fez sucesso, mas a equipe de F1 teve os piores anos nas temporadas de 1992, quando o carro de rua es- tava em desenvolvimento, em 1993. Se Ron Dennis, o chefão da McLaren, tivesse ouvido o Senna, porém, agora eu não estaria fazendo esta coluna justamente para contar outra história. Esta aconteceu em 2019, quando o Instituto Ayrton Senna organizou um evento, o Sen- na Day, no Autódromo de Interla- gos, em São Paulo, para celebrar no opinião Mclaren senna: a principal atração na pista QR_756_Charlinho.indd 96 18/03/22 13:12 abril quatro rodas 97 que o jornalista era meio que braço duro para aquela missão e, ao invés de ficar preocupado, resolveu brin- car com a situação. A volta começou com o Ayrton falando que, com aquela largada, o Paglia seria o último na pista em uma corrida. E, logo depois, pediu para o Paglia tomar cuidado quando encontraram uma VW Kombi para- da na pista. O piloto até registrou o “tan tan tan” do seu hino de vitória quando o repórter chegou ao final da reta dos boxes, se aproximando do S. “S de quem?”, perguntou an- tes de cantarolar o refrão. De volta a 2019, com o apoio do saudoso amigo jornalista Henrique Neves, que faleceu de Covid-19 no dia 4 de abril de 2021, que tinha o contato da diretora do Fantástico, Roberta Belluomini, consegui con- vencê-la de que o atual repórter do programa poderia pilotar no- vamente, em Interlagos, depois de exatos 25 anos, o carro que levava o nome do tricampeão mundial para divulgar exatamente alguns dias antes do Senna Day. E assim se fez, sem esquecer de mencionar a colaboração do diretor da marca Senna, Alejandro Pinedo, que conseguiu incluir o protótipo número 000 do McLaren Senna no evento. O carro era lindo e havia fi- cado ainda mais bonito com a pin- tura nas cores laranja e branca, e o grafismo idêntico aos McLaren de corrida, que o Brasil inteiro se acos- tumou a ver nos finais de semana, com o Ayrton ao volante. No dia combinado, lá estávamos no autódromo para gravar a ma- téria. Minha ideia era conseguir o maior espaço possível para o carro no programa. Tinha certeza de que o Ernesto Paglia iria gostar de ser o primeiro jornalista brasileiro a pilo- tar o McLaren Senna na pista pau- listana, mas confesso que não ima- ginava que ele fosse se emocionar tanto. Quando nos reencontramos, depois deexatos 25 anos, ele me disse, quase chorando, que a maté- ria idealizada agora por mim seria um dos momentos mais empolgan- tes de sua carreira, mesmo porque ele jamais tinha esquecido de que havia sido a última pessoa a dirigir um carro de rua na pista tendo o tri- campeão como acompanhante. Com motor de 800 cavalos, – mais potente inclusive do que o próprio F1 do piloto –, câmbio de sete marchas e de dupla embreagem com tração traseira e uma incrível aerodinâmica, o McLaren Senna – que teve apenas 500 unidades pro- duzidas, ao custo de US$ 1 milhão, na Europa, e cerca de R$ 8 milhões no Brasil – realmente impressiona demais numa pista, mesmo rodando meio que devagar como foi condu- zido pelo repórter. Uma curiosidade que o público não viu é que, mesmo sendo bem mais lento que um piloto profissio- nal, o Paglia ainda conseguiu esca- par numa das curvas do circuito, nas duas ocasiões: com o Verona, em 1994, e com o McLaren, em 2019. Se quiser ver a matéria com- pleta exibida no Fantástico, aces- se o link: https://globoplay.globo. com/v/7575101/ Paglia ao volante do McLaren: momento emocionante da carreira Senna trocou de lugar com o repórter a bordo do Pace Car Fo to d iv ul ga çã o RE PR oD UÇ Ão QR_756_Charlinho.indd 97 18/03/22 13:12 top ten Fisker karma Plug-in a Fisker foi uma das primeiras a lançar um carro híbrido. O karma tem motor Chevrolet de quatro cilindros e um elétrico, que juntos geram 406 cv. O exemplar que roda no Brasil é branco, mas adesivado na cor roxa. sPyker C8 laviOlette a holandesa spyker chegou ao Brasil em 2010. a única unidade que permanece em solo tupiniquim é um C8 laviolette equipado com motor audi v8 4.2 litros de 400 cv e câmbio manual de seis marchas. mansOry grOnOs esta é uma versão ainda mais exclusiva do mercedes g63 amg preparada pela inglesa mansory com kit aerodinâmico, interior requintado e aumento de potência de 585 cv para 850 cv. Há dez unidades no mundo. lamBOrgHini aventadOr svBugatti eB110 Há muitos lamborghini aventador no Brasil. mas na versão sv (super veloce), pelo que se saiba, só existe um e é branco. seu v12 6.5 gera 760 cv. Faz de 0 a 100 km/h em 2,8 s e atinge 350 km/h. apresentado no salão de são Paulo de 1994 (junto com lamborghini diablo, Jaguar XJ 220 e Bentley turbo r), conta com um v12 3.5 de 560 cv. acelera de 0 a 100 km/h em 3,3 s e chega a 355 km/h de velocidade. co la bo ra çã o Pa it O m Ot Or s e @ eX Cl u si vO sn OB ra si l 98 quatro rodas abril Joias raras la Ferrari Com apenas 500 unidades produzidas, entre 2013 a 2016, este italiano é equipado com motor v12 6.3 e um elétrico, que juntos entregam 963 cv e 91,6 kgfm. ele pertence à categoria dos hipercarros, assim como Pagani Zonda, mercedes-amg Clk gtr, mclaren P1, Porsche 918 e Bugatti veyron. astOn martin vantage v600 a versão vantage v600 traz um pacote de performance instalado em um aston virage v8, que o transforma em um puro- -sangue visceral. sobrealimentado com dois superchargers, seu v8 5.2 gera 600 cv de potência e 83 kgfm de torque. lister stOrm O exemplar de 1995 ficou conhecido por fazer a pole nas mil milhas de interlagos em 2002 (parou antes do final por falta de pneus). trazia motor Jaguar v12 de 7.0 litros e 570 cv. atualmente, está guardado na garagem de um colecionador. Os carros desta página são para poucos em qualquer parte do mundo. E, até onde se tem notícia, são exemplares únicos no Brasil tvr tusCan sPeed siX 2000 a inglesa tvr anunciou em 1998 a intenção de fabricar no Brasil, mas não foi em frente. O único tvr por aqui é um tuscan verde com direção do lado esquerdo. equipado com motor 3.6 de seis cilindros, se tornou famoso pelo filme A Senha: Swordfish. mClaren senna gtr a única unidade do senna gtr nas américas é na verdade um dos protótipos de teste que a mclaren produziu do modelo que foi reconstruído e vendido. ele faz parte do acervo de uma coleção particular. QR_756_TOP TEN_.indd 98 17/03/22 18:11 1252329-VEJA NACIONAL-1_1-1.indd 99 18/03/2022 14:04:29 1252334-EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA-1_1-1.indd 100 18/03/2022 15:11:25 https://t.me/BRASILJORNAIS