Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Materiais Dentários II – Materiais de Moldagem (Aula 01 – Teórica) O ato de moldar, a obtenção de molde, faz parte da rotina clínica de diversas especialidades dentro da odontologia. E é através desse molde que a gente vai ter a conexão das informações coletadas da boca do paciente com o dentista e o técnico de laboratório. ▪ Molde é o elo entre os 3 “pilares” da prótese (paciente, dentista, técnico de laboratório) ▪ Na ortodontia – fundamental para passar as informações do paciente para o técnico em ortodontia. ▪ Cirurgia – Planejamento cirúrgico Moldagem X Molde X Modelo X Troquel Moldagem – Ato de moldar, ação de moldar. Molde – Obtido pela moldagem Modelo – Obtido após vazar o gesso no molde Troquel – Modelo de um dente ou grupo pequeno de dentes. Os materiais de moldagem eles podem ser de 2 tipos: ▪ Rígidos ou anelástico → Quando polimerizado nem se mexe. ▪ Elástico → Polimerizado ainda tem mobilidade. Aspecto de borracha. Quando se imprime uma força e remove, ele volta a posição inicial. → Hidrocoloides → Elastômeros Materiais rígidos Não podem envolver retenções presentes nos dentes ou no osso. Uso restrito a pacientes edêntulos e sem retenções ósseas. Um paciente edêntulo com rebordo retentivo, no momento de remoção da moldeira, pode ferir a boca do paciente. Materiais elásticos Podem envolver retenções e serem usados em edêntulos (com ou sem retenção), parcialmente dentados e totalmente dentado. São materiais mais versáteis do ponto de vista de indicação. Seleção da Moldeira Para que a gente obtenha uma moldagem pela técnica convencional, a gente necessita do uso de moldeiras. A moldeira vai atuar: ▪ Como reservatório para material de moldagem ▪ Objetivo: manter a cópia obtida dimensionalmente estável, ou seja, vai favorecer a estabilidade dimensional do material de moldagem. A moldeira é muito importante para que o material não altere sua forma obtida após a remoção da boca. A gente tem diversos tipos de moldeiras no mercado: ▪ Moldeira de estoque (Comercializadas) ▪ Moldeiras individuais (Confeccionadas) Classificação das moldeiras quanto à aparência: ▪ Perfuradas ▪ Lisas → Algumas moldeiras lisas apresentam canaletas retentivas para material de moldagem. Classificação das moldeiras quando ao material que são confeccionadas: ▪ Inox ▪ Alumínio ▪ Plástico ▪ Resina A seleção errada, de moldeiras, pode causar defeitos nos materiais de moldagem: ▪ Moldeira sem resistência suficiente: no momento em que o molde é comprimido contra o dente, pode resultar em desadaptações. Acontece muito com moldeiras plásticas, que são muito flexíveis/moles, gerando muitas distorções. O que precisamos considerar na hora de obter um molde correto? ▪ Material de moldagem empregado ▪ Técnica de moldagem utilizada → Para alguns materiais de moldagens, há várias técnicas que podem ser empregadas. ▪ Extensão do caso (múltiplos X unitários X desdentados) ▪ Tipo de trabalho a ser confeccionado Na hora de escolher material e técnica, esses fatores devem ser analisados e considerados, em conjunto, para escolha da moldagem. Materiais rígidos Godiva Vamos utilizar na clínica, para obtenção de um selamento periférico nas moldeiras individuais. E o que é a godiva? Um material termoplástico, constituído de uma combinação de resinas e ceras, alguns plastificadores e cargas. Quando eu digo que um material é termoplástico, eu digo que nenhuma reação química vai ocorrer nesse material, ele simplesmente vai se tornar fluido com a aplicação de calor. Quando aplico calor nos bastões de godiva, eu consigo plastificar essa godiva e colocar sobre a borda de uma moldeira, que quando levada a boca, vai da exatamente esse molde de fundo de vestíbulo. E é essa moldagem/cópia que vai garantir as bordas da minha futura prótese. Quando a gente vaza o modelo, a gente vaza usando uma técnica chamada de encaixotamento e a gente tem que obter nesse modelo, exatamente a cópia, dessa borda dessa prótese. Então, a grande utilidade, hoje, dessas godivas, é exatamente para essa moldagem periféricas de arcadas desdentadas. GODIVA – MOLDAGEM PERIFÉRICA DE ARCADAS DESDENTADAS. Pasta Zinco-Enólica Um outro material de moldagem, anelástico/rígido, que vamos usar na clínica. É também chamado de pasta ZOE. A pasta ZOE vai ser constituída de: ▪ Pasta base ▪ Pasta catalisadora/ativadora Pasta base: É uma pasta base de cor branca (devido ao maior constituinte dela, o óxido de zinco, que é o componente reativo) que além do óxido de zinco em sua composição, apresenta também traços de água, que vai ser responsável por iniciar a reação e eu vou ter também o acetato de zinco e óleo de oliva, que vão favorecer as características de reação de presa ou de manuseio do material. Pasta catalisadora: Tem como principal componente o eugenol. A manipulação do material requer uma proporção de partes iguais, de pasta base e pasta catalizadora. ▪ Proporção 1:1 ▪ Tempo de espatulação: 1 minuto Gruda muito!! → Vaselinar barba/bigode do pct!! Então, o que a gente gosta de usar quando vai manipular essa pasta? ▪ Pega uma folha de papel oficio e embala a placa de vidro, ou usar bloco de mistura ▪ Espátula 36 (rígida, espalha bem a pasta) Uma coisa que devemos ter cuidado, na manipulação de qualquer componente a base de pasta, é o empelotamento na hora de proporcionar, tem que apertar a bisnaga e já ir puxando, para ficar a tirinha retinha. Todo material, terá, na sua linha do tempo, desde o início da mistura até o endurecimento: ▪ Tempo de mistura → Tempo necessário para manipular ▪ Tempo de trabalho → Vai do início da mistura até a inserção na boca do paciente. ▪ Tempo de presa → Vai do início da mistura até o endurecimento total Ao final da espatulação de obtém uma mistura fluida e homogênea. A gente consegue colocar um material com essa fluidez numa moldeira perfurada? NÃO! Vai escoar e vazar. Recomenda-se: Moldeira lisa e Individualizada. Por que individualizada? Porque vamos ter uma moldeira de espessura uniforme de alívio e aí vamos ter uma camada uniforme do material de moldagem. Como tudo em materiais, existem aqueles que querem reduzir o tempo de presa ou prolongar o tempo de presa. Ou seja, retardar ou acelerar a reação. Para acelerar a reação/reduzir tempo de presa: → Adicionar água → Aumentar tempo de espatulação (gera mais calor – acelera a reação) Para retardar a reação/prolongar tempo de presa: → Resfriar espátula e placa (LENDA) É mais interessante treinar o uso do material, até se familiarizar. A gente mora num lugar super úmido e quente, quando tirar a placa da geladeira, vai formar gotículas de água na placa e acelerar a reação, reduzindo o tempo de presa. De um modo geral a reação de presa da pasta ZOE é compatível com o posicionamento da moldeira na boca do paciente sem causar maiores transtornos. Propriedades da pasta ZOE ▪ Baixa viscosidade → Boa fluidez ▪ Mucoestático → Durante a moldagem não vai comprimir a mucosa; → Síndrome da combinação/síndrome de kelly (desdentado anterosuperior e dentado anteroinferior → reabsorção intensa → rebordo “balança”, fica muito mole). Nesses casos, o uso de um material muito denso, muito rígido, quando a moldeira entrar na boca do paciente, vai amassar essa mucosa amolecida e não vai permitir uma cópia fiel dessa região. ▪ Material a base de água (hidrofílico) vai ter afinidade pelos tecidos moles/saliva. ▪ Boa reprodução do detalhamento superficial ▪ Alta rigidez (contraindicado para pacientes dentados; evitar áreas retentivas) ▪ Estabilidade dimensional satisfatória → Sua estabilidade dimensional está bem relacionada a moldeiraindividual. Mesmo que eu use moldeiras individuais, eu preciso ter moldeiras com espessura tal que me permitam essa rigidez e não distorça. Quando fica fina demais, distorce quando aplica força maior em determinada região. ▪ Baixa contração de presa (<0,1%) Por ser um material muito rígido, depois que faz o vazamento do gesso, preciso facilitar a separação do modelo do molde. → Imergir o molde em água quente para amolecer esse material e conseguir fazer essa separação. Pode tentar separar sem aquecer? Pode. Mas corre o risco de quebrar algum rebordo mais fino ou alguma área que tenha um pouco de retentividade. Na hora de puxar pode quebrar. A presença do eugenol da uma sensação de queimação na boca, tem gosto persistente de cravo e pode aderir a pele (vaselinar a boca do paciente antes de moldar o paciente) Desinfecção ▪ Imersão em gluteraldeído 2% - 10 minutos ▪ Produtos a base de quaternário de amônia Aplicações ▪ Moldagem de trabalho de arcada desdentada Temos uma moldeira individual, em que foi feita uma moldagem funcional com pasta ZOE, obtido um modelo de trabalho. E sobre o modelo de trabalho, foi feito um plano de cera e em seguida a montagem dos dentes. ▪ Registro oclusal de planos de cera Ex: Prótese total superior com prótese removível inferior. É como se a gente colasse os planos de cera, uns nos outros, para transferir isso para o modelo e o técnico então seguir com a montagem dos dentes. Plano de cera é o plano de orientação. Determina a dimensão vertical de oclusão – Cola os planos de cera com pasta ZOE. Materiais elásticos Características desejáveis dos materiais elásticos: ▪ Hidrofilia ▪ Elasticidade e resistência ao rasgamento ▪ Viscosidade ▪ Estabilidade dimensional Hidrofilia Afinidade que o material de moldagem vai ter por líquidos. Por que é importante ter essa característica? Porque eu tenho fluido gengival, e esse material precisa copiar essa região de fluido gengival. Além disso esse material precisa ser vazado com gesso e o gesso tem água como seus constituintes principais. Então é importante que esse material não seja repelente de água, é importante que ele consiga receber esse material molhado e que o gesso consiga copiar todo molde obtido. ↑ hidrofílico ↓ ângulo de contato superfície-liquido Superfícies muito hidrofóbicas ou líquidos com alto ângulo de contato não permite um molhamento eficiente. A gente quer características que a gente tenha capacidade que o material molhe totalmente a superfície do dente e que o gesso seja bem recebido também por esse material de moldagem. Elasticidade e resistência ao rasgamento Capacidade que o material exibe de ser removido de áreas retentivas, sem que haja rasgamento ou alterações dimensionais permanentes. ▪ Facilitar remoção de áreas retentivas Deformação que ocorre durante a obtenção de um molde: Azul claro → material de moldagem O dente (coroa clínica) entra dentro do material de moldagem, que é a parte que a gente vai moldar. Quando eu vou remover esse molde da boca do paciente, o que vai acontecer? Eu tenho que os dentes vão ter essa constrição cervical; então na hora que eu remover esse dente do molde, eu tenho que expandir/deformar esse molde, nessa região, para que a área maior saia. Uma vez esse dente saindo da região que foi copiada, esse material deve voltar e recuperar totalmente essa deformação que ele sofreu. Clinicamente: ▪ Volume razoável de material entre moldeira e dente. Para que essa deformação seja totalmente recuperada é importante que eu tenha um volume razoável de material entre a moldeira e os dentes. Não adianta então, pegar uma moldeira muito pequena, porque se ela tiver muito encostada no dente, eu não vou ter espessura de material suficiente, para que haja recuperação elástica total e imediata. ▪ Retenção apropriada do material na moldeira Eu preciso também ter uma retenção apropriada do material na moldeira. Se vai utilizar uma moldeira lisa, eu preciso garantir que há a aplicação de um adesivo, por exemplo, na moldeira, para o molde não sair da moldeira. ▪ Rápida demoção do molde da boca → resposta elástica Esse molde deve ser removido de forma rápida. Quanto mais força imprime mais deformação imprime no molde. A remoção deve ser rápida e em movimento único. Viscosidade É a capacidade que um material não reagido vai ter de escoar sobre as superfícies. A gente vai ter materiais elásticos de diversas viscosidades. Nesse desenho esquemático a gente vê um material de fluidez regular, material de fluidez leve e extra leve. O regular é mais encorpado, mas em termos de viscosidade é mais ou menos igual ao leve. Geralmente a gente usa o regular, quando quer fazer moldagem de prótese sob implante. E leve moldagem sobre dente, por exemplo, ele tem maior capacidade de escoar nas superfícies. Materiais Densos (Putty) Partículas de cargas maiores e em menor quantidade Materiais Fluidos Particulares de carga menores e em maior quantidade Estabilidade dimensional A estabilidade dimensional é determinada pelo tempo em que esse molde consegue permanecer com dimensões inalteradas ou alteradas de modo não significante para o uso final. Como é avaliada? É feita uma cópia com essas linhas de material de moldagem e vai medindo a distância entre essas linhas ao longo do tempo. Com isso a gente consegue observar se essas dimensões são ou não alteradas ao longo do tempo. E porque é importante essa questão de estabilidade dimensional? Permite o que? ▪ Retardar a necessidade um vazamento imediato ▪ Vazamento de mais de uma moldeira (segundas e terceiras moldeiras) Elastômeros Surgiram após a 2ª guerra mundial. Houve um grande desenvolvimento da tecnologia dos polímeros e introdução de materiais a base de borracha sintética. Polímero – união de várias unidades chamadas de monômeros. União de cadeias poliméricas → ligações cruzadas Conversão de monômero em polímero → polimerização Polimerização por Condensação Reação entre monômeros com grupos funcionais diferentes e ativos, em que ocorre eliminação de moléculas pequenas (H2O, HCL, NH3) Essa conversão de monômero em polímero, recebe o nome de Reação de polimerização. E quando essa reação envolver moléculas de grupos funcionais diferentes vão reagir entre si através de uma reação de condensação, com eliminação de uma nova molécula pequena. Polimerização por Adição ▪ Adição sequencial de monômeros ▪ Exige monômeros insaturados ▪ Ocorre adição à insaturação Nessa polimerização teremos a adição de sequenciais monômeros. Moléculas iguais, sequenciais, que serão unidas através da quebra de ligação. Não há formação de subprodutos. Os elastômeros, na odontologia, referem-se a um grupo de polímeros borrachóides, que apresentam ligações cruzadas de origem química ou física. Esses materiais podem ser estirados e rapidamente recuperam suas dimensões originais, quando a tensão é liberada, sem nenhuma deformação plástica. (p. ex. lembra uma liga de dinheiro) Materiais elastoméricos ▪ Polissulfetos (mercaptana) ▪ Silicona polimerizada por condensação ▪ Silicona polimerizada por adição ▪ Poliéter ▪ Vinil Poliéter Silicone (VPES) O VPES ainda não chegou no Brasil, é o elastômero mais recente. Surgiu da mistura dos silicones de adição com os poliéteres. Siliconas de condensação/ Silicone de condensação (C-silicone) Apresentação: ▪ Pasta base: massa densa (putty) + Pasta ativadora ▪ Pasta base: pasta leve + Pasta ativadora Esse é um exemplo de uma marca comercial, se vários tipos de siliconas de condensação com fluidez variadas. ▪ 3 tipos de siliconas denso (putty) ▪ 4 tipos de siliconas fluido (leve) Zetaflow – Misturamais simples e mais hidrofílico. Na tabelo, podemos observar que o próprio fabricante diz a capacidade de reproduzir detalhes. Como é a reação de presa das siliconas de condensação? Catalizador → Octoato de estanho Subproduto → Álcool etílico Essa foto mostra um molde que foi guardado num recipiente hermeticamente fechado e úmido. Observa- se as gotículas de álcool, na superfície do molde, que não foram totalmente evaporada e ficaram na superfície. Se eu tenho um material, que quando armazenado libera álcool e esse álcool evapora rapidamente, esse material tem alta ou baixa estabilidade dimensional? Baixa estabilidade dimensional. Quando o álcool é evaporado, o molde sofre contração, com redução do volume inicial. Os siliconas de condensação NÃO têm boa estabilidade dimensional. O que isso significa clinicamente para o dentista? Tem que vazar rápido. Os vazamentos com siliconas de condensação tem que ocorrer nos primeiros 30 minutos. Manipulação do silicone de condensação Massa densa (putty) ▪ Preenche a conchinha ▪ Abrir massa densa na palma da mão ▪ Fazer marcação com a chocha ▪ Proporcionar pasta catalizadora ▪ Mistura das pastas (base + catalizadora) ▪ Faz uma bolinha ▪ Assenta na moldeira (parcial ou total) ▪ Segura o conjunto (moldeira + molde) na boca do paciente ▪ Mistura manual e sem luvas Para esse fabricante (ex. da foto), para cada comprimento da conchinha, são 2 traços da pasta catalizadora. O ideal é começar a mistura das pastas pela palma da mão (ao invés das pontas dos dedos) Estudos: Luvas de látex e em algumas situações luvas nitrílicas (resquícios de enxofre) podem inibir a reação de polimerização dos materiais. As únicas luvas que não inibiram as reações de polimerização foram as LUVAS DE VINIL. Essas inibições, é um problema quando eu quero um molde com precisão, como por exemplo na prótese fixa. Então, em casos que se deseja muito precisão, não usar luva ou usar luva de vinil. Manipulação da pasta leve ▪ Proporcionar partes iguais da pasta leve e pasta catalisadora ▪ Carrega a espátula com a pasta mais fácil de ser carregada, para incorporar na outra pasta. ▪ Faz a mistura ▪ Carrega a seringa para elastômero ▪ Injeta dentro da boca A pasta leve sempre vai ter uma fluidez bem interessante. No caso de moldagem para PF, a gente usa seringa para elastômero, carrega com a mistura e injeta na boca. Deve-se ter muito cuidado com as alterações de proporcionamento. ▪ Podem afetar propriedades mecânicas ▪ Não econômico Técnica de moldagem para silicone de condensação: Técnica de duplas viscosidade ou mistura / 2 etapas/ reembasamento/ pesado-leve (viscosidade densa + leve/regular) ▪ Inicialmente se faz uma moldagem com a massa densa (patty + pasta catalisadora) ▪ Faz um alívio das áreas retentivas ▪ Faz moldagem com pasta leve Lembrando que, se eu vou avaliar a presa do material, devo evitar o uso de materiais pontiagudos. Se quiser conferir com instrumental, usar o cabo de um odontoscópio (ponta romba), por exemplo. O ideal e correto é ler na bula, o tempo de presa final do material. Siliconas de adição/ silicone de adição (polivinilssiloxano ou vinilpolissiloxano) - VPS Apresentação: ▪ Massa – massa → Massa densa + massa ativadora (ambos de mesma consistência) ▪ Pasta – pasta → Pasta leve + pasta ativadora (ambos de mesma consistência) ▪ Cartuchos (pasta base + pasta ativadora) ▪ Cartuchos para misturador automático Técnicas de moldagem para silicone de adição: ▪ Técnica de duplas viscosidade ou mistura / 2 etapas/ reembasamento/ pesado-leve (viscosidade densa + leve/regular) ▪ Simultânea/ etapa única (viscosidade densa e leve/regular juntas) ▪ Monofásica/ etapa única (material de viscosidade média) → psudoplásticidade. 1. Técnicas de duplas viscosidades ou misturas/ 2 etapas/ reembasamento/ pesado-leve (viscosidade densa + leve/regular Regular, leve, ultraleve. ▪ Acopla na pistola e são misturados na ponteira. ▪ Inicialmente se faz uma moldagem com a massa densa (patty + pasta catalisadora) ▪ Faz um alívio das áreas retentivas ▪ Faz moldagem com pasta leve 2. Técnica Simultânea (etapa única): viscosidade densa e regular/leve (juntos) ▪ Denso e leve/regular são inseridos na boca de forma simultânea. ▪ Denso e leve/regular vão tomar presa, polimerizar, ao mesmo tempo. ▪ Coloca o leve no dente e um pouco do leve também em cima do denso e leva para boca. ▪ Quando o dois polimerizarem, remove. 3. Monofásica (etapa única): viscosidade média (pseudoplasticidade) Essa técnica usa apenas um material de viscosidade intermediária. Essa técnica é possível, devido a propriedade de psudoplásticidade inerente a esses materiais. O que seria essa psudoplásticidade? Ou seja, ele tem uma viscosidade e quando se aplica uma tensão, tensão de cisalhamento, ele fica mais fluido. Técnica: ▪ Moldeira lisa (não pode ser perfurada por causa da fluidez do material; ele escoaria) ▪ Adesivo (para o material aderir à moldeira) Quando pressionado ↓ viscosidade, favorecendo a cópia. Uma comparação entre técnica simultânea e técnica de reembasamento (2 etapas) Técnica simultânea ▪ A gente observa que tem áreas copiadas pelo denso. ▪ O denso tem partículas de carga, grandes. Tem menor fidelidade de cópia. ▪ A camada mais superficial não é uniforme. Técnica do reembasamento A gente observa uma camada uniforme de material leve. E isso é o ideal, visto que, o material leve, que tem partículas de carga menores, tem maior fidelidade e capacidade de cópia. Não pode ter excesso de material leve na camada mais superficial, sem suporte de material denso, pois rapidamente se deforma. As vezes até o próprio gesso deforma, no momento do vazamento. Então, como é a reação? ▪ Catalisador: Sal de platina ▪ Subproduto: não há formação de subproduto (Reação de adição) As siliconas de adição, são mais estáveis dimensionalmente, quando comparadas as de condensação. Manipulação Massa Densa + Massa ativadora Proporciona-se partes iguais de massas base e massa ativadora e como não tem consistência diferente, pode começar manipulando pelas pontas dos dedos (Manual e sem luva): O látex tem também uma influência muito grande, na inibição de polimerização das siliconas de adição. Inibição da formação de Polímeros Contaminação por luvas de látex (ENXOFRE – DIETIL DITOCARBAMATO – VULCANIZAÇÃO DA BORRACHA) O enxofre se liga a platina (catalizadora) → Distorção importante. O Simples toque com luva de látex no fio retrator, pode ocasionar a não polimerização do material nessa região de sulco gengival. Manipulação Pasta + Pasta ▪ Levado para moldeira ou usar seringa para elastômero ▪ Formato cartucho + ponteira + pistola Há diversos tipos de ponteira nos mercados, para uso não somente em silicones de adição, como também cimentos e outros materiais poliméricos que vão necessitar dessas pontas misturadoras. ▪ Formato cartucho para misturador mecânico O material denso vai na moldeira e o leve na boca, polimerizam juntos. Mais recente foram desenvolvidas seringas que tornam o uso mais econômico, em até 84 %. No caso dos silicones de adição, não há formação de subprodutos, desde que haja: ▪ Correto proporcionamento ▪ Ausência de impurezas (mãos, boca do paciente) - Tirou a luva, tem que lavar a mão. Reação secundária Existe uma reação secundária que pode ocorre nesse material: Na presença de umidade pode ocorrer produção de gás hidrogênio e esse gás hidrogênio que pode ocorrer nessa reação secundária, ele pode resultar em porosidades do gesso. Imagine um gás que tá liberando gás hidrogênio e vocêcolocou gesso em cima, vai criar bolhas. Pra evitar isso, houve a adição de alguns metais nobres (platina, paládio) para agirem como captadores de hidrogênio. Recomenda-se: AGUARDAR NO MÍNIMO 30 MINUTOS ANTES DE VAZAR O GESSO NO MOLDE. PORQUE ASSIM DA TEMPO DO MATERIAL SER TOTALMENTE ELIMINADO. Natureza hidrófoba ▪ Adição de surfactantes não iônico, para tentar deixar a superfície hidrofílica. Outras aplicabilidades dos VPS ▪ Reprodução gengival → Vazar uma gengiva artificial → Muito útil para implante. Porque como os implantes estão bem dentro da gengiva, se a gente coloca gesso, na hora de separar algum componente protético, pode fraturar. Então, se vaza dentro do molde com gengiva, com essa silicona de adição que tem essa cor de gengiva. ▪ Registro de mordidas → Scan Bite → Coloca em cima da superfície oclusal e pede para o paciente morder e assim, registra-se a oclusão. ▪ Confecção de modelos → Scan Die → Faz-se o molde com siliona de adição, aplica dentro do molde o isolante (frasco) e vaza com esse silicona de adição DIE, que é para modelo. → Modelo flexível; pode confeccionar restauração nesse modelo. ▪ Silicone de adição translucido → Scan Translux → Interessantes para uso quando você tem um enceramento que você fez e você quer copiar aquilo para boca. Existem ainda no mercado alguns materiais, a base de VPS, que tem a tentativa de serem substitutos do alginato. Ou seja, serem materiais a base de silicona de adição, mas materiais mais simples, para que a gente posso obter aquela moldagem preliminar. Apresentação: ▪ Cartucho manual ▪ Cartucho para misturador automático Exemplos: ▪ Alginot ▪ Algin ultra Indicação: ▪ Moldagem preliminar ▪ Modelos de estudo com precisão ▪ Modelos de antagonistas Não é muito usual aqui no Brasil. Poliéter Primeiro material desenvolvido, para moldagem em odontologia (1690), diferentemente dos outros que foram adaptados de outras aplicações industriais. As siliconas foram adaptadas de materiais já existentes na indústria. Apresentação: ▪ Pasta-pasta ▪ Cartucho seringa ▪ Cartucho pentamix Variadas consistências (leve, média, pesada) Manipulação pasta-pasta ▪ Moldeiras lisas e com adesivo. ▪ Não há formação de subproduto Por que lançar novos produtos de moldagem, já na era da odontologia digital? A odontologia digital não substitui tudo. Há casos em que mesmo escaneando há a necessidade de obtenção de algum molde. ▪ Preparo subgengival ▪ Sangramento VPES VPES – mistura do silicone de adição que tem alta estabilidade dimensional + poliéter que tem alta hidrofilia. Características: ▪ Alta hidrofilia sem presença de surfactantes ▪ Manipulação da silicona de adição com detalhamento do poliéter. ▪ Alta resistência ao rasgamento. ▪ Escoamento no tecido subgengival mais previsível ▪ Gosto mais adequado Desinfecção dos moldes 1. Água corrente (restos de saliva, sangue, alimentos) 2. Remoção do excesso de umidade (dependendo do material pode ser com jato de ar ou tirar realmente balançando) 3. Borrifar com hipoclorito de sódio 1%/ quaternário de amônio/ ácido peracético → 1 colher de sopa de água sanitária para 200 ml de água. 4. Guardar num saquinho por 10 minutos (100% de umidade) 5. Lava em água corrente 6. Remove o excesso de umidade Como evitar infecção cruzada (CFO- imagem) – final. “Assepsia” do molde ▪ Remover excesso ▪ Fazer a língua (inferior), com alginato ou até massinha de modelar. COMPATIBILIDADE COM O GESSO Quando a gente tem um molde de alginato, precisamos ficar atentos a sua compatibilidade com o gesso. Características ideais do molde ▪ Superfície lisa e brilhante ▪ Ausência de bolhas ou porosidade ▪ Ausência de corpos estranhos ou restos de alimentos ▪ União firme do material na moldeira ▪ Centralizado
Compartilhar