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MD2 - AULA 01 - TEÓRICA

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Materiais Dentários II – Materiais de Moldagem 
(Aula 01 – Teórica) 
O ato de moldar, a obtenção de molde, faz parte da 
rotina clínica de diversas especialidades dentro da 
odontologia. E é através desse molde que a gente vai 
ter a conexão das informações coletadas da boca do 
paciente com o dentista e o técnico de laboratório. 
▪ Molde é o elo entre os 3 “pilares” da prótese 
(paciente, dentista, técnico de laboratório) 
▪ Na ortodontia – fundamental para passar as 
informações do paciente para o técnico em 
ortodontia. 
▪ Cirurgia – Planejamento cirúrgico 
Moldagem X Molde X Modelo X Troquel 
Moldagem – Ato de moldar, ação de moldar. 
 
Molde – Obtido pela moldagem 
 
Modelo – Obtido após vazar o gesso no molde 
 
Troquel – Modelo de um dente ou grupo pequeno de 
dentes. 
 
 
Os materiais de moldagem eles podem ser de 2 tipos: 
▪ Rígidos ou anelástico 
→ Quando polimerizado nem se mexe. 
▪ Elástico 
→ Polimerizado ainda tem mobilidade. 
Aspecto de borracha. Quando se 
imprime uma força e remove, ele volta 
a posição inicial. 
→ Hidrocoloides 
→ Elastômeros 
Materiais rígidos 
Não podem envolver retenções presentes nos dentes 
ou no osso. Uso restrito a pacientes edêntulos e sem 
retenções ósseas. 
Um paciente edêntulo com rebordo retentivo, no 
momento de remoção da moldeira, pode ferir a boca 
do paciente. 
Materiais elásticos 
Podem envolver retenções e serem usados em 
edêntulos (com ou sem retenção), parcialmente 
dentados e totalmente dentado. São materiais mais 
versáteis do ponto de vista de indicação. 
 
 
Seleção da Moldeira 
Para que a gente obtenha uma moldagem pela técnica 
convencional, a gente necessita do uso de moldeiras. A 
moldeira vai atuar: 
▪ Como reservatório para material de moldagem 
▪ Objetivo: manter a cópia obtida 
dimensionalmente estável, ou seja, vai 
favorecer a estabilidade dimensional do 
material de moldagem. 
A moldeira é muito importante para que o material não 
altere sua forma obtida após a remoção da boca. 
A gente tem diversos tipos de moldeiras no mercado: 
▪ Moldeira de estoque (Comercializadas) 
▪ Moldeiras individuais (Confeccionadas) 
Classificação das moldeiras quanto à aparência: 
▪ Perfuradas 
▪ Lisas 
→ Algumas moldeiras lisas apresentam 
canaletas retentivas para material de 
moldagem. 
Classificação das moldeiras quando ao material que 
são confeccionadas: 
▪ Inox 
▪ Alumínio 
▪ Plástico 
▪ Resina 
A seleção errada, de moldeiras, pode causar defeitos 
nos materiais de moldagem: 
▪ Moldeira sem resistência suficiente: no 
momento em que o molde é comprimido 
contra o dente, pode resultar em 
desadaptações. Acontece muito com 
moldeiras plásticas, que são muito 
flexíveis/moles, gerando muitas distorções. 
O que precisamos considerar na hora de obter um 
molde correto? 
▪ Material de moldagem empregado 
▪ Técnica de moldagem utilizada 
→ Para alguns materiais de moldagens, 
há várias técnicas que podem ser 
empregadas. 
▪ Extensão do caso (múltiplos X unitários X 
desdentados) 
▪ Tipo de trabalho a ser confeccionado 
Na hora de escolher material e técnica, esses fatores 
devem ser analisados e considerados, em conjunto, 
para escolha da moldagem. 
 
Materiais rígidos 
Godiva 
Vamos utilizar na clínica, para obtenção de um 
selamento periférico nas moldeiras individuais. 
E o que é a godiva? 
Um material termoplástico, constituído de uma 
combinação de resinas e ceras, alguns plastificadores e 
cargas. 
Quando eu digo que um material é termoplástico, eu 
digo que nenhuma reação química vai ocorrer nesse 
material, ele simplesmente vai se tornar fluido com a 
aplicação de calor. 
Quando aplico calor nos bastões de godiva, eu consigo 
plastificar essa godiva e colocar sobre a borda de uma 
moldeira, que quando levada a boca, vai da 
exatamente esse molde de fundo de vestíbulo. E é essa 
moldagem/cópia que vai garantir as bordas da minha 
futura prótese. 
 
Quando a gente vaza o modelo, a gente vaza usando 
uma técnica chamada de encaixotamento e a gente 
tem que obter nesse modelo, exatamente a cópia, 
dessa borda dessa prótese. 
Então, a grande utilidade, hoje, dessas godivas, é 
exatamente para essa moldagem periféricas de 
arcadas desdentadas. 
GODIVA – MOLDAGEM PERIFÉRICA DE ARCADAS 
DESDENTADAS. 
Pasta Zinco-Enólica 
Um outro material de moldagem, anelástico/rígido, 
que vamos usar na clínica. É também chamado de pasta 
ZOE. 
A pasta ZOE vai ser constituída de: 
▪ Pasta base 
▪ Pasta catalisadora/ativadora 
Pasta base: 
É uma pasta base de cor branca (devido ao maior 
constituinte dela, o óxido de zinco, que é o 
componente reativo) que além do óxido de zinco em 
sua composição, apresenta também traços de água, 
que vai ser responsável por iniciar a reação e eu vou ter 
também o acetato de zinco e óleo de oliva, que vão 
favorecer as características de reação de presa ou de 
manuseio do material. 
Pasta catalisadora: 
Tem como principal componente o eugenol. 
 
A manipulação do material requer uma proporção de 
partes iguais, de pasta base e pasta catalizadora. 
▪ Proporção 1:1 
▪ Tempo de espatulação: 1 minuto 
 
Gruda muito!! → Vaselinar barba/bigode do pct!! 
Então, o que a gente gosta de usar quando vai 
manipular essa pasta? 
▪ Pega uma folha de papel oficio e embala a 
placa de vidro, ou usar bloco de mistura 
▪ Espátula 36 (rígida, espalha bem a pasta) 
Uma coisa que devemos ter cuidado, na manipulação 
de qualquer componente a base de pasta, é o 
empelotamento na hora de proporcionar, tem que 
apertar a bisnaga e já ir puxando, para ficar a tirinha 
retinha. 
Todo material, terá, na sua linha do tempo, desde o 
início da mistura até o endurecimento: 
▪ Tempo de mistura 
→ Tempo necessário para manipular 
▪ Tempo de trabalho 
→ Vai do início da mistura até a inserção 
na boca do paciente. 
▪ Tempo de presa 
→ Vai do início da mistura até o 
endurecimento total 
 
Ao final da espatulação de obtém uma mistura fluida e 
homogênea. 
A gente consegue colocar um material com essa fluidez 
numa moldeira perfurada? 
NÃO! Vai escoar e vazar. 
Recomenda-se: Moldeira lisa e Individualizada. 
Por que individualizada? 
Porque vamos ter uma moldeira de espessura 
uniforme de alívio e aí vamos ter uma camada 
uniforme do material de moldagem. 
Como tudo em materiais, existem aqueles que querem 
reduzir o tempo de presa ou prolongar o tempo de 
presa. Ou seja, retardar ou acelerar a reação. 
Para acelerar a reação/reduzir tempo de presa: 
→ Adicionar água 
→ Aumentar tempo de espatulação (gera mais 
calor – acelera a reação) 
Para retardar a reação/prolongar tempo de presa: 
→ Resfriar espátula e placa (LENDA) 
É mais interessante treinar o uso do material, até se 
familiarizar. A gente mora num lugar super úmido e 
quente, quando tirar a placa da geladeira, vai formar 
gotículas de água na placa e acelerar a reação, 
reduzindo o tempo de presa. 
De um modo geral a reação de presa da pasta ZOE é 
compatível com o posicionamento da moldeira na boca 
do paciente sem causar maiores transtornos. 
Propriedades da pasta ZOE 
▪ Baixa viscosidade 
→ Boa fluidez 
▪ Mucoestático 
→ Durante a moldagem não vai comprimir a 
mucosa; 
→ Síndrome da combinação/síndrome de 
kelly (desdentado anterosuperior e 
dentado anteroinferior → reabsorção 
intensa → rebordo “balança”, fica muito 
mole). Nesses casos, o uso de um material 
muito denso, muito rígido, quando a 
moldeira entrar na boca do paciente, vai 
amassar essa mucosa amolecida e não vai 
permitir uma cópia fiel dessa região. 
▪ Material a base de água (hidrofílico) vai ter 
afinidade pelos tecidos moles/saliva. 
▪ Boa reprodução do detalhamento superficial 
▪ Alta rigidez (contraindicado para pacientes 
dentados; evitar áreas retentivas) 
▪ Estabilidade dimensional satisfatória 
→ Sua estabilidade dimensional está bem 
relacionada a moldeiraindividual. Mesmo 
que eu use moldeiras individuais, eu 
preciso ter moldeiras com espessura tal 
que me permitam essa rigidez e não 
distorça. Quando fica fina demais, distorce 
quando aplica força maior em 
determinada região. 
▪ Baixa contração de presa (<0,1%) 
Por ser um material muito rígido, depois que faz o 
vazamento do gesso, preciso facilitar a separação do 
modelo do molde. 
→ Imergir o molde em água quente para 
amolecer esse material e conseguir fazer essa 
separação. 
Pode tentar separar sem aquecer? 
Pode. Mas corre o risco de quebrar algum rebordo mais 
fino ou alguma área que tenha um pouco de 
retentividade. Na hora de puxar pode quebrar. 
A presença do eugenol da uma sensação de queimação 
na boca, tem gosto persistente de cravo e pode aderir 
a pele (vaselinar a boca do paciente antes de moldar o 
paciente) 
Desinfecção 
▪ Imersão em gluteraldeído 2% - 10 minutos 
▪ Produtos a base de quaternário de amônia 
Aplicações 
▪ Moldagem de trabalho de arcada desdentada 
Temos uma moldeira individual, em que foi feita uma 
moldagem funcional com pasta ZOE, obtido um 
modelo de trabalho. E sobre o modelo de trabalho, foi 
feito um plano de cera e em seguida a montagem dos 
dentes. 
 
▪ Registro oclusal de planos de cera 
Ex: Prótese total superior com prótese removível 
inferior. 
É como se a gente colasse os planos de cera, uns nos 
outros, para transferir isso para o modelo e o técnico 
então seguir com a montagem dos dentes. 
Plano de cera é o plano de orientação. 
Determina a dimensão vertical de oclusão – Cola os 
planos de cera com pasta ZOE. 
 
Materiais elásticos 
Características desejáveis dos materiais elásticos: 
▪ Hidrofilia 
▪ Elasticidade e resistência ao rasgamento 
▪ Viscosidade 
▪ Estabilidade dimensional 
Hidrofilia 
Afinidade que o material de moldagem vai ter por 
líquidos. 
Por que é importante ter essa característica? 
Porque eu tenho fluido gengival, e esse material 
precisa copiar essa região de fluido gengival. Além 
disso esse material precisa ser vazado com gesso e o 
gesso tem água como seus constituintes principais. 
Então é importante que esse material não seja 
repelente de água, é importante que ele consiga 
receber esse material molhado e que o gesso consiga 
copiar todo molde obtido. 
↑ hidrofílico ↓ ângulo de contato superfície-liquido 
Superfícies muito hidrofóbicas ou líquidos com alto 
ângulo de contato não permite um molhamento 
eficiente. 
A gente quer características que a gente tenha 
capacidade que o material molhe totalmente a 
superfície do dente e que o gesso seja bem recebido 
também por esse material de moldagem. 
Elasticidade e resistência ao rasgamento 
Capacidade que o material exibe de ser removido de 
áreas retentivas, sem que haja rasgamento ou 
alterações dimensionais permanentes. 
▪ Facilitar remoção de áreas retentivas 
Deformação que ocorre durante a obtenção de um 
molde: 
Azul claro → material de moldagem 
O dente (coroa clínica) entra dentro do material de 
moldagem, que é a parte que a gente vai moldar. 
Quando eu vou remover esse molde da boca do 
paciente, o que vai acontecer? 
Eu tenho que os dentes vão ter essa constrição cervical; 
então na hora que eu remover esse dente do molde, eu 
tenho que expandir/deformar esse molde, nessa 
região, para que a área maior saia. Uma vez esse dente 
saindo da região que foi copiada, esse material deve 
voltar e recuperar totalmente essa deformação que ele 
sofreu. 
Clinicamente: 
▪ Volume razoável de material entre moldeira e 
dente. 
Para que essa deformação seja totalmente recuperada 
é importante que eu tenha um volume razoável de 
material entre a moldeira e os dentes. Não adianta 
então, pegar uma moldeira muito pequena, porque se 
ela tiver muito encostada no dente, eu não vou ter 
espessura de material suficiente, para que haja 
recuperação elástica total e imediata. 
▪ Retenção apropriada do material na moldeira 
Eu preciso também ter uma retenção apropriada do 
material na moldeira. 
Se vai utilizar uma moldeira lisa, eu preciso garantir que 
há a aplicação de um adesivo, por exemplo, na 
moldeira, para o molde não sair da moldeira. 
▪ Rápida demoção do molde da boca → resposta 
elástica 
Esse molde deve ser removido de forma rápida. 
Quanto mais força imprime mais deformação imprime 
no molde. A remoção deve ser rápida e em movimento 
único. 
 
Viscosidade 
É a capacidade que um material não reagido vai ter de 
escoar sobre as superfícies. 
A gente vai ter materiais elásticos de diversas 
viscosidades. 
Nesse desenho esquemático a gente vê um material de 
fluidez regular, material de fluidez leve e extra leve. 
O regular é mais encorpado, mas em termos de 
viscosidade é mais ou menos igual ao leve. 
Geralmente a gente usa o regular, quando quer fazer 
moldagem de prótese sob implante. E leve moldagem 
sobre dente, por exemplo, ele tem maior capacidade 
de escoar nas superfícies. 
 
Materiais Densos (Putty) 
Partículas de cargas maiores e em menor quantidade 
Materiais Fluidos 
Particulares de carga menores e em maior quantidade 
 
 
Estabilidade dimensional 
A estabilidade dimensional é determinada pelo tempo 
em que esse molde consegue permanecer com 
dimensões inalteradas ou alteradas de modo não 
significante para o uso final. 
Como é avaliada? 
É feita uma cópia com essas linhas de material de 
moldagem e vai medindo a distância entre essas linhas 
ao longo do tempo. Com isso a gente consegue 
observar se essas dimensões são ou não alteradas ao 
longo do tempo. 
 
E porque é importante essa questão de estabilidade 
dimensional? Permite o que? 
▪ Retardar a necessidade um vazamento 
imediato 
▪ Vazamento de mais de uma moldeira 
(segundas e terceiras moldeiras) 
Elastômeros 
Surgiram após a 2ª guerra mundial. Houve um grande 
desenvolvimento da tecnologia dos polímeros e 
introdução de materiais a base de borracha sintética. 
Polímero – união de várias unidades chamadas de 
monômeros. 
 
União de cadeias poliméricas → ligações cruzadas 
Conversão de monômero em polímero → 
polimerização 
Polimerização por Condensação 
Reação entre monômeros com grupos funcionais 
diferentes e ativos, em que ocorre eliminação de 
moléculas pequenas (H2O, HCL, NH3) 
Essa conversão de monômero em polímero, recebe o 
nome de Reação de polimerização. E quando essa 
reação envolver moléculas de grupos funcionais 
diferentes vão reagir entre si através de uma reação de 
condensação, com eliminação de uma nova molécula 
pequena. 
 
Polimerização por Adição 
▪ Adição sequencial de monômeros 
▪ Exige monômeros insaturados 
▪ Ocorre adição à insaturação 
 
Nessa polimerização teremos a adição de sequenciais 
monômeros. Moléculas iguais, sequenciais, que serão 
unidas através da quebra de ligação. Não há formação 
de subprodutos. 
Os elastômeros, na odontologia, referem-se a um 
grupo de polímeros borrachóides, que apresentam 
ligações cruzadas de origem química ou física. 
Esses materiais podem ser estirados e rapidamente 
recuperam suas dimensões originais, quando a tensão 
é liberada, sem nenhuma deformação plástica. (p. ex. 
lembra uma liga de dinheiro) 
Materiais elastoméricos 
▪ Polissulfetos (mercaptana) 
▪ Silicona polimerizada por condensação 
▪ Silicona polimerizada por adição 
▪ Poliéter 
▪ Vinil Poliéter Silicone (VPES) 
O VPES ainda não chegou no Brasil, é o elastômero 
mais recente. Surgiu da mistura dos silicones de adição 
com os poliéteres. 
Siliconas de condensação/ Silicone de condensação 
(C-silicone) 
Apresentação: 
▪ Pasta base: massa densa (putty) + Pasta 
ativadora 
▪ Pasta base: pasta leve + Pasta ativadora 
 
 
 
 
Esse é um exemplo de uma marca comercial, se vários 
tipos de siliconas de condensação com fluidez variadas. 
▪ 3 tipos de siliconas denso (putty) 
▪ 4 tipos de siliconas fluido (leve) 
Zetaflow – Misturamais simples e mais hidrofílico. 
Na tabelo, podemos observar que o próprio fabricante 
diz a capacidade de reproduzir detalhes. 
Como é a reação de presa das siliconas de 
condensação? 
 
Catalizador → Octoato de estanho 
Subproduto → Álcool etílico 
Essa foto mostra um molde que foi guardado num 
recipiente hermeticamente fechado e úmido. Observa-
se as gotículas de álcool, na superfície do molde, que 
não foram totalmente evaporada e ficaram na 
superfície. 
 
Se eu tenho um material, que quando armazenado 
libera álcool e esse álcool evapora rapidamente, esse 
material tem alta ou baixa estabilidade dimensional? 
Baixa estabilidade dimensional. Quando o álcool é 
evaporado, o molde sofre contração, com redução do 
volume inicial. 
Os siliconas de condensação NÃO têm boa estabilidade 
dimensional. 
O que isso significa clinicamente para o dentista? 
Tem que vazar rápido. 
Os vazamentos com siliconas de condensação tem que 
ocorrer nos primeiros 30 minutos. 
Manipulação do silicone de condensação 
Massa densa (putty) 
▪ Preenche a conchinha 
▪ Abrir massa densa na palma da mão 
▪ Fazer marcação com a chocha 
▪ Proporcionar pasta catalizadora 
▪ Mistura das pastas (base + catalizadora) 
▪ Faz uma bolinha 
▪ Assenta na moldeira (parcial ou total) 
▪ Segura o conjunto (moldeira + molde) na boca 
do paciente 
▪ Mistura manual e sem luvas 
 
Para esse fabricante (ex. da foto), para cada 
comprimento da conchinha, são 2 traços da pasta 
catalizadora. 
O ideal é começar a mistura das pastas pela palma da 
mão (ao invés das pontas dos dedos) 
Estudos: Luvas de látex e em algumas situações luvas 
nitrílicas (resquícios de enxofre) podem inibir a reação 
de polimerização dos materiais. 
As únicas luvas que não inibiram as reações de 
polimerização foram as LUVAS DE VINIL. 
Essas inibições, é um problema quando eu quero um 
molde com precisão, como por exemplo na prótese 
fixa. 
Então, em casos que se deseja muito precisão, não usar 
luva ou usar luva de vinil. 
Manipulação da pasta leve 
▪ Proporcionar partes iguais da pasta leve e 
pasta catalisadora 
▪ Carrega a espátula com a pasta mais fácil de ser 
carregada, para incorporar na outra pasta. 
▪ Faz a mistura 
▪ Carrega a seringa para elastômero 
▪ Injeta dentro da boca 
 
A pasta leve sempre vai ter uma fluidez bem 
interessante. 
No caso de moldagem para PF, a gente usa seringa para 
elastômero, carrega com a mistura e injeta na boca. 
Deve-se ter muito cuidado com as alterações de 
proporcionamento. 
▪ Podem afetar propriedades mecânicas 
▪ Não econômico 
 
Técnica de moldagem para silicone de condensação: 
Técnica de duplas viscosidade ou mistura / 2 etapas/ 
reembasamento/ pesado-leve (viscosidade densa + 
leve/regular) 
▪ Inicialmente se faz uma moldagem com a 
massa densa (patty + pasta catalisadora) 
▪ Faz um alívio das áreas retentivas 
▪ Faz moldagem com pasta leve 
 
 
 
 
Lembrando que, se eu vou avaliar a presa do material, 
devo evitar o uso de materiais pontiagudos. Se quiser 
conferir com instrumental, usar o cabo de um 
odontoscópio (ponta romba), por exemplo. 
O ideal e correto é ler na bula, o tempo de presa final 
do material. 
 
Siliconas de adição/ silicone de adição 
(polivinilssiloxano ou vinilpolissiloxano) - VPS 
Apresentação: 
▪ Massa – massa 
→ Massa densa + massa ativadora 
(ambos de mesma consistência) 
 
▪ Pasta – pasta 
→ Pasta leve + pasta ativadora (ambos de 
mesma consistência) 
 
▪ Cartuchos (pasta base + pasta 
ativadora) 
 
▪ Cartuchos para misturador automático 
 
 
 
Técnicas de moldagem para silicone de adição: 
▪ Técnica de duplas viscosidade ou mistura / 2 
etapas/ reembasamento/ pesado-leve 
(viscosidade densa + leve/regular) 
▪ Simultânea/ etapa única (viscosidade densa e 
leve/regular juntas) 
▪ Monofásica/ etapa única (material de 
viscosidade média) → psudoplásticidade. 
 
1. Técnicas de duplas viscosidades ou misturas/ 2 
etapas/ reembasamento/ pesado-leve 
(viscosidade densa + leve/regular 
Regular, leve, ultraleve. 
▪ Acopla na pistola e 
são misturados na 
ponteira. 
 
▪ Inicialmente se faz uma moldagem com a 
massa densa (patty + pasta catalisadora) 
▪ Faz um alívio das áreas retentivas 
▪ Faz moldagem com pasta leve 
 
 
 
2. Técnica Simultânea (etapa única): viscosidade 
densa e regular/leve (juntos) 
▪ Denso e leve/regular são inseridos na boca 
de forma simultânea. 
▪ Denso e leve/regular vão tomar presa, 
polimerizar, ao mesmo tempo. 
▪ Coloca o leve no dente e um pouco do leve 
também em cima do denso e leva para 
boca. 
▪ Quando o dois polimerizarem, remove. 
 
 
3. Monofásica (etapa única): viscosidade média 
(pseudoplasticidade) 
Essa técnica usa apenas um material de viscosidade 
intermediária. Essa técnica é possível, devido a 
propriedade de psudoplásticidade inerente a esses 
materiais. 
O que seria essa psudoplásticidade? 
Ou seja, ele tem uma viscosidade e quando se aplica 
uma tensão, tensão de cisalhamento, ele fica mais 
fluido. 
Técnica: 
▪ Moldeira lisa (não pode ser perfurada por 
causa da fluidez do material; ele escoaria) 
▪ Adesivo (para o material aderir à moldeira) 
Quando pressionado ↓ viscosidade, favorecendo a 
cópia. 
Uma comparação entre técnica simultânea e técnica de 
reembasamento (2 etapas) 
Técnica simultânea 
▪ A gente observa que tem áreas copiadas pelo 
denso. 
▪ O denso tem partículas de carga, grandes. Tem 
menor fidelidade de cópia. 
▪ A camada mais superficial não é uniforme. 
 
Técnica do reembasamento 
A gente observa uma camada uniforme de material 
leve. E isso é o ideal, visto que, o material leve, que tem 
partículas de carga menores, tem maior fidelidade e 
capacidade de cópia. 
 
Não pode ter excesso de material leve na camada mais 
superficial, sem suporte de material denso, pois 
rapidamente se deforma. As vezes até o próprio gesso 
deforma, no momento do vazamento. 
 
Então, como é a reação? 
 
▪ Catalisador: Sal de platina 
▪ Subproduto: não há formação de subproduto 
(Reação de adição) 
As siliconas de adição, são mais estáveis 
dimensionalmente, quando comparadas as de 
condensação. 
Manipulação Massa Densa + Massa ativadora 
Proporciona-se partes iguais de massas base e massa 
ativadora e como não tem consistência diferente, pode 
começar manipulando pelas pontas dos dedos (Manual 
e sem luva): 
 
 
O látex tem também uma influência muito grande, na 
inibição de polimerização das siliconas de adição. 
Inibição da formação de Polímeros 
Contaminação por luvas de látex (ENXOFRE – DIETIL 
DITOCARBAMATO – VULCANIZAÇÃO DA BORRACHA) 
O enxofre se liga a platina (catalizadora) → Distorção 
importante. 
O Simples toque com luva de látex no fio retrator, pode 
ocasionar a não polimerização do material nessa região 
de sulco gengival. 
Manipulação Pasta + Pasta 
▪ Levado para moldeira ou usar seringa para 
elastômero 
 
▪ Formato cartucho + ponteira + pistola 
 
Há diversos tipos de ponteira nos mercados, para uso 
não somente em silicones de adição, como também 
cimentos e outros materiais poliméricos que vão 
necessitar dessas pontas misturadoras. 
 
▪ Formato cartucho para misturador mecânico 
O material denso vai na moldeira e o leve na boca, 
polimerizam juntos. 
Mais recente foram desenvolvidas seringas que tornam 
o uso mais econômico, em até 84 %. 
No caso dos silicones de adição, não há formação de 
subprodutos, desde que haja: 
▪ Correto proporcionamento 
▪ Ausência de impurezas (mãos, boca do 
paciente) - Tirou a luva, tem que lavar a mão. 
Reação secundária 
Existe uma reação secundária que pode ocorre nesse 
material: 
Na presença de umidade pode ocorrer produção de gás 
hidrogênio e esse gás hidrogênio que pode ocorrer 
nessa reação secundária, ele pode resultar em 
porosidades do gesso. 
Imagine um gás que tá liberando gás hidrogênio e vocêcolocou gesso em cima, vai criar bolhas. 
Pra evitar isso, houve a adição de alguns metais nobres 
(platina, paládio) para agirem como captadores de 
hidrogênio. 
Recomenda-se: AGUARDAR NO MÍNIMO 30 MINUTOS 
ANTES DE VAZAR O GESSO NO MOLDE. PORQUE ASSIM 
DA TEMPO DO MATERIAL SER TOTALMENTE 
ELIMINADO. 
 
Natureza hidrófoba 
▪ Adição de surfactantes não iônico, para tentar 
deixar a superfície hidrofílica. 
Outras aplicabilidades dos VPS 
▪ Reprodução gengival 
→ Vazar uma gengiva artificial 
→ Muito útil para implante. Porque como 
os implantes estão bem dentro da 
gengiva, se a gente coloca gesso, na 
hora de separar algum componente 
protético, pode fraturar. Então, se 
vaza dentro do molde com gengiva, 
com essa silicona de adição que tem 
essa cor de gengiva. 
 
▪ Registro de mordidas 
→ Scan Bite 
→ Coloca em cima da superfície oclusal e 
pede para o paciente morder e assim, 
registra-se a oclusão. 
 
▪ Confecção de modelos 
→ Scan Die 
→ Faz-se o molde com siliona de adição, 
aplica dentro do molde o isolante 
(frasco) e vaza com esse silicona de 
adição DIE, que é para modelo. 
→ Modelo flexível; pode confeccionar 
restauração nesse modelo. 
 
▪ Silicone de adição translucido 
→ Scan Translux 
→ Interessantes para uso quando você 
tem um enceramento que você fez e 
você quer copiar aquilo para boca. 
 
Existem ainda no mercado alguns materiais, a base de 
VPS, que tem a tentativa de serem substitutos do 
alginato. Ou seja, serem materiais a base de silicona de 
adição, mas materiais mais simples, para que a gente 
posso obter aquela moldagem preliminar. 
Apresentação: 
▪ Cartucho manual 
▪ Cartucho para misturador automático 
Exemplos: 
▪ Alginot 
▪ Algin ultra 
Indicação: 
▪ Moldagem preliminar 
▪ Modelos de estudo com precisão 
▪ Modelos de antagonistas 
Não é muito usual aqui no Brasil. 
Poliéter 
Primeiro material desenvolvido, para moldagem em 
odontologia (1690), diferentemente dos outros que 
foram adaptados de outras aplicações industriais. As 
siliconas foram adaptadas de materiais já existentes na 
indústria. 
Apresentação: 
▪ Pasta-pasta 
▪ Cartucho seringa 
▪ Cartucho pentamix 
Variadas consistências (leve, média, pesada) 
Manipulação pasta-pasta 
▪ Moldeiras lisas e com adesivo. 
▪ Não há formação de subproduto 
 
 
 
Por que lançar novos produtos de moldagem, já na era 
da odontologia digital? 
A odontologia digital não substitui tudo. Há casos em 
que mesmo escaneando há a necessidade de obtenção 
de algum molde. 
▪ Preparo subgengival 
▪ Sangramento 
VPES 
VPES – mistura do silicone de adição que tem alta 
estabilidade dimensional + poliéter que tem alta 
hidrofilia. 
Características: 
▪ Alta hidrofilia sem presença de surfactantes 
▪ Manipulação da silicona de adição com 
detalhamento do poliéter. 
▪ Alta resistência ao rasgamento. 
▪ Escoamento no tecido subgengival mais 
previsível 
▪ Gosto mais adequado 
Desinfecção dos moldes 
1. Água corrente (restos de saliva, sangue, alimentos) 
2. Remoção do excesso de umidade (dependendo do 
material pode ser com jato de ar ou tirar realmente 
balançando) 
3. Borrifar com hipoclorito de sódio 1%/ quaternário 
de amônio/ ácido peracético 
→ 1 colher de sopa de água sanitária para 200 
ml de água. 
4. Guardar num saquinho por 10 minutos (100% de 
umidade) 
5. Lava em água corrente 
6. Remove o excesso de umidade 
Como evitar infecção cruzada (CFO- imagem) – final. 
 
 
 
“Assepsia” do molde 
 
▪ Remover excesso 
▪ Fazer a língua (inferior), com alginato ou até 
massinha de modelar. 
COMPATIBILIDADE COM O GESSO 
Quando a gente tem um molde de alginato, precisamos 
ficar atentos a sua compatibilidade com o gesso. 
 
Características ideais do molde 
▪ Superfície lisa e brilhante 
▪ Ausência de bolhas ou porosidade 
▪ Ausência de corpos estranhos ou restos de 
alimentos 
▪ União firme do material na moldeira 
▪ Centralizado

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