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1 RATREAMENTO NUTRICIONAL (DAN 2009) O risco aumentado de morbidade e mortalidade é medido pelo risco nutricional, que é avaliado por questionário incluindo perguntas sobre o estado nutricional atual e gravidade de doença. Variáveis avaliadas: IMC, percentual de perda de peso (ocorrido nos últimos 3 e 6 meses) e ingestão de alimentos na semana anterior à admissão do hospital. O IMC não detecta o percentual de perda de peso corporal e não prediz isoladamente risco nutricional. Perda de peso maior que 2% em uma semana pode ser considerada grave, mesmo em indivíduos com IMC normal ou em excesso de peso. CLASSIFICAÇÃO DA PERDA DE PESO PONDERAL CONFORME O PERÍODO, segundo DAN (2009) PERÍODO PERDA MODERADA (%) PERDA GRAVE (%) 1 semana <2% >2% 1 mês <5% >5% 3 meses <7,5% >7,5% 6 meses <10% >10% HISTÓRICO DE RASTREAMENTO NUTRICIONAL Em 1993, a BAPEN formou um conselho composto por nutricionista e enfermagem, com o objetivo de prevenir a incidência de úlceras de pressão em pacientes hospitalizados. Conforme pontuação, o paciente receberia suplementos alimentares a fim de impedir o risco de desnutrição. A definição de rastreamento nutricional ou triagem baseia- se na seleção prévia e encaminhamento do paciente em risco nutricional para avaliações nutricionais mais sensíveis que possam classificar seu estado nutricional e direcionar o planejamento da terapia nutricional. Dados objetivos de triagem: altura, peso corporal atual e habitual, alteração de peso nos últimos 3 a 6 meses, doença e presença de comorbidade. Triagem (até 72h após admissão) detecta o Risco Nutricional cuidados nutricionais adequados e acompanhamento nutricional pelo nutricionista impedem a desnutrição. Para escolha da ferramenta de triagem deve-se considerar: Se houve validação previa na população a que se destina; Escolha da ferramenta que se destina ao publico em que será aplicada; Treinamento da equipe multiprofissional; Preferência por ferramenta de triagem de baixo custo e de rápida aplicação; Capacidade em detectar percentual de perda de peso, baixo peso corpóreo e sobrepeso, inclusão de doentes com distúrbios de fluidos e que não possam ser pesados ou medidos. A triagem permite selecionar indivíduos a serem submetidos a avaliação nutricional (completa e detalhada). FERRAMENTAS DE TRIAGEM NUTRICIONAL a.MUST (FERRAMENTA UNIVERSAL DE TRIAGEM DE DESNUTRIÇÃO) Pode ser aplicada em diferentes pacientes adultos, como idosos, cirúrgicos, ortopédicos, em cuidados intensivos, podendo ser adaptada até mesmo em gestantes e lactantes. Recomendada para uso na nutrição clínica e em saúde pública. Variáveis: IMC; percentual de perda de peso de 3 a 6 meses e interrupção da ingestão alimentar. Não leva em conta o estresse metabólico. Vantagem: rápida e engloba todos os pacientes. RASTREAMENTO NUTRICIONAL Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br 2 b.NRS 2002 (TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL) Foi desenvolvida para uso hospitalar. Utiliza as variáveis: IMC, percentual de perda de peso, apetite, habilidade na ingestão e absorção de alimentos e doença. Idade acima de 70 anos é risco adicional. 3 c.MNA-SF (MINI AVALIAÇÀO NUTRICIONAL REDUZIDA) Desenvolvida inicialmente para idosos, mas atualmente é amplamente utilizada em adultos. Preenche critérios de triagem e avaliação nutricional, fornecendo informações necessárias à terapia nutricional. Assim como a MUST, considera o IMC isoladamente como fator de risco nutricional. d.MST (FERRAMENTA DE TRIAGEM DE DESNUTRIÇÃO) Foi desenvolvida para adultos em sua admissão hospitalar. Utiliza dados subjetivos de perda de peso, alteração na ingestão alimentar e apetite, não sendo necessárias medidas objetivas. Pode ser respondida pelo paciente ou pelo seu acompanhante, se torna inespecífica e pouco abrangente quanto ã doença e estado geral do paciente. 4 e.URS (ÍNDICE DE RISCO DE DESNUTRIÇÃO) Objetiva identificar pacientes cirúrgicos em risco de desnutrição no momento de sua admissão. Conta com exames que talvez não estejam disponíveis no prontuário do paciente ou de difícil realização pela necessidade de recursos específicos. 5 f.NRS (PONTUAÇÃO DE RISCO NUTRICIONAL) Foi desenvolvida para determinar o risco nutricional de pacientes hospitalizados. Utiliza critérios de perda de peso dos últimos 3 meses, IMC, ingestão alimentar (apetite e capacidade de se alimentar) e estresse metabólico de doença. g.NSI DETERMINE – IDOSOS Desenvolvida com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover saúde. Não envolve dados laboratoriais ou antropométricos. 6 h.NRI (ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL) – PACIENTES CIRÚRGICOS E CLINICOS Aplica valores de albumina sérica e percentual de perda de peso em uma equação de risco nutricional. Validada para pacientes idosos cirúrgicos, e pacientes clínicos e cirúrgicos em geral. NRI = 1,519 x albumina + 0,417 x (peso atual/peso usual) x 100 Escore NRI: >100 = sem risco; 100 – 97,5 = limite; 97,5 – 83,5 = risco leve; <83,5 = risco grave i.NNST (FERRAMENTA DE TRIAGEM NUTRICIONAL DE ENFERMAGEM) – IDOSOS Foi desenvolvida para ser aplicada por enfermeiros na primeira semana de internação de idosos. Considera variáveis de peso, apetite, ingestão de alimentos e líquidos e condição clinica. j.NRAS (ESCALA DE AVALIAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL) – IDOSOS A escala consiste de avaliação de desordens GI, doença crônicas, mobilidade, alterações de peso corporal, apetite, dificuldade de alimentação, problemas cognitivos ou emocionais, medicações, habito de fumar ou bebida alcoólica e situação social. k.SRM (MODELO SIMPLIFICADO DE DESNUTRIÇÃO) Facilmente aplicado e menos propenso a erro quando comparada com a Mini Avaliação Nutricional original. SRM = IMC + 15 x Perda de peso – 10 x cirurgia – 6 x perda de apetite Valores para cada situação: Perda de peso (sim = 0; não = 1) Cirurgia recente (sim = 1; não = 2) Perda de apetite (sim = 1; não = 2) SRM <35 risco de desnutrição 7 A.INQUÉRITOS ALIMENTARES Os inquéritos dietéticos podem ser destinados a todos os estágios de vida, devendo ser consideradas as especificidades de cada paciente. Dentre os principais empecilhos encontrados para a avaliação do consumo alimentar, destacam-se: - falta de conhecimento sobre os alimentos e as medidas normalmente utilizadas para o consumo desses; - inexperiência com o preparo de alimentos; - pouca familiaridade com os ingredientes de preparações que incluem diversos alimentos; - desinteresse pelos aspectos da própria alimentação; - falta de tempo e atenção ao responder o inquérito; - baixa escolaridade. A escolha de determinado inquérito alimentar deve levar em consideração os seguintes aspectos: - gênero e idade do paciente; - nível socioeconômico; - tempo disponível para aplicação do método; - estado clínico do paciente (ambulatorial, consultório ou internação); - variabilidade do consumo alimentar. Objetivo da avaliação do consumo alimentar avaliação de consumo habitual ou atual. Consumo habitual questionário de frequência de consumo ou diário habitual; Consumo atual recordatório de 24h ou registro alimentar de 3 dias; Observar a relação entre dieta e doença questionário de frequência de consumo alimentar. Métodos quantitativos: como o nome sugere se prestam a avaliar a QUANTIDADE de calorias, macro e micronutrientes (recordatório de 24h e registro alimentar) Métodos qualitativos: objetivam avaliar não a quantidade especificamente, mas a qualidade e freqüência dos alimentos consumidos (freqüência alimentar e anamnese) MÉTODOS RETROSPECTIVOS A.1 RECORDATÓRIO ALIMENTAR DE 24H Método rápido, fácil de ser administrado e de baixo custo. Objetiva quantificar o consumo de todos os ALIMENTOS E BEBIDAS nas últimas 24h. Não reflete a ingestão habitual ou as diferenças entre dias de semana e dias de final de semana se realizado apenas 1 vez. Para se obter um consumo habitual recomenda-se: Para indivíduos: pelo menos 2 recordatórios 24h (incluindo 1 dia de final desemana) Para grupos: 2 vezes em um período de 6 meses a 1 ano. Recomenda-se iniciar o questionário da última refeição para primeira. Um único recordatório pode ser utilizado para estimativa média da ingestão de nutrientes de grupos, mas não de indivíduos. Depende da memória do entrevistado (DAN e CHEMIN&MURA), ocorrendo sub-relatos de ingestão, em especial de lanches e bebidas. Fatores que se apresentam associados com sub-relato de consumo: massa corporal, sexo, qualidade social desejada, restrição alimentar, nível educacional, percepção do estado de saúde, raça e etnia. A.2 QUESTIONÁRIO DE FREQÜÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR (QFCA) Permite obter estimativas de ingestão usual. Consistem em listas de alimentos (100 a 150 ítens) ou grupos para os quais o entrevistado (auto-administrado) ou o entrevistador deve anotar a freqüência com que o alimento é consumido em unidades de tempo,(diário, semanal, mensal, quinzenal ou anual). A porção do alimento utilizada pode ser padronizada (mais comum) ou em aberto. A porção e a freqüência permitem a estimativa da ingestão de nutrientes ou o consumo de alimentos específicos. Ë um método de baixo custo e rápido. É um excelente método para obtenção de padrões de ingestão ou para identificação de consumo de nutrientes ou alimento específico além de fornecer resultados padronizados. Pode ocorrer superestimação de consumo ou tédio (listas muito grandes > 100 alimentos) ou subestimação (se os alimentos de consumo habitual não estiverem na lista ou se a lista for muito pequena <50 alimentos). A precisão do método é maior quando: perguntas foram feitas separadas de cada alimento selecionado; alimentos do mesmo tipo forem agrupados; nenhuma das formas sobre adição mostrou maior precisão (adição de açúcar ao café, por exemplo). ATENÇÃO: Seu uso não é recomendado para avaliar a adequação de ingestão de NUTRIENTES de indivíduos ou grupos, já que a lista por ser pré-definida, pode não contemplar todos os alimentos ingeridos pelo indivíduo/grupo. A.3 HISTÓRICO DIETÉTICO Associa vários métodos incluindo recordatório de 24h e QFCA associado a outras informações como preferências, hábitos, aversões, intolerâncias, crenças e tabus, apetite, padrão das refeições e hábitos de atividade física, condição socioeconômica, mudanças recentes de peso, uso de medicamentos/suplementos, sintomas no TGI e saúde oral e dental. MÉTODOS PROSPECTIVOS A.4 REGISTRO ALIMENTAR Consiste no registro diário de todos os ALIMENTOS E BEBIDAS ao longo do dia, realizado pelo próprio avaliado ou representante por 1 a 7 dias. Recomenda-se a utilização de 3 dias alternados incluindo um dia de final de semana. Desde que aplicado várias vezes é o método de escolha para estimar a ingestão inadequada de nutrientes por indivíduos ou grupos. Requer a participação ativa do entrevistado que, obrigatoriamente deve saber ler e escrever. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br 8 Requer tempo e treinamento do entrevistado, principalmente sobre o modo de preparo dos alimentos e medidas caseiras utilizadas. A.5 REGISTRO ALIMENTAR PESADO Semelhante ao registro alimentar, entretanto tem-se a pesagem direta dos alimentos e gêneros. Fornece informações bastante precisas. Fig. 1: VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS INQUÉRITOS (DAN WAITZBERG 2009) B.ANTROPOMETRIA Método diagnóstico que se fundamenta na investigação das variações nas dimensões físicas e na composição do corpo humano, visando à predição do estado nutricional e/ou doenças nutricionais, de acordo com a natureza e gravidade. Vantagens: - simplicidades do uso de instrumentos; - facilidade e rapidez da coleta e interpretação dos dados; - facilidade de padronização da técnica; - não-invasiva; - boa aceitabilidade; - aplicabilidade nos ciclos de vida; - baixo custo; - maior cobertura populacional e reprodutibilidade; - níveis adequados de sensibilidade e especificidade. Medidas mais utilizadas: peso, estatura (comprimento ou altura), perímetro cefálico, perímetro braquial e medidas de segmentos corporais (em indivíduos com limitações físicas). Essas medidas permitem a construção de índices antropométricos: - estatura para idade (E/I); - peso para a idade (P/I); - peso para a estatura (P/E ou P/A); - perímetro cefálico para a idade; e -perímetro braquial para a idade. A partir dos índices antropométricos são construídos indicadores, definindo-se níveis de corte que permitam situar o indivíduo dentro de uma faixa aceita como normal, de acordo com a referência de crescimento utilizada. Classificação proposta pelo Ministério da Saúde para crianças até 6 anos de idade Peso/Idade onde tem-se a distribuição da curva nos percentis que seguem: •<p0,1 = muito baixo peso para idade; •p0,1 |– 3 = baixo peso para idade; •p3 |– 10 = situação de risco ou alerta nutricional; •p10 |– p97 = peso adequado para idade; •p≥97 = risco para sobrepeso. Índice estatura para a idade percentil 3 como limite abaixo do qual a criança pode ser considerada como de baixa estatura (stunting/nanismo). O índice peso para a estatura é importante na detecção de desnutrição aguda ou wasting/emaciação (< p3) e sobrepeso (>p97). Expressa a proporcionalidade ou harmonia das dimensões do corpo ou a harmonia do processo de crescimento. A limitação reside no fato de classificar como eutrófico o indivíduo de baixo peso, mas que teve anormalidade de crescimento em altura. CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PELA OMS – ESCORE Z Por essa classificação, são consideradas desnutridas ou obesas as crianças que estiverem dois desvios-padrão acima ou abaixo do percentil 50 (mediana) para o índice peso para a estatura, sendo consideradas desnutridas 9 graves aquelas situadas três desvios-padrão abaixo do percentil 50. Essa medida é mais precisa, pois leva em consideração medidas de tendência central e de dispersão das população. B.1 PESO - medida facilmente obtida; - muito eficaz; - medida de adequação nutricional mais sensível que a altura; - reflete a ingestão nutricional recente. Tipos de Peso em avaliação nutricional: Peso atual (PA) encontrado no momento da avaliação; Deve ser avaliado em uma balança antropométrica, em geral pela manhã após esvaziamento da bexiga. Deve ser realizado com roupas de hospital ou comuns, nesse caso desconta-se o peso delas. Peso Usual (PU) considerado normal, quando o indivíduo está hígido e mantendo suas atividades usuais; Deve ser considerado como referência na impossibilidade de medir o atual. Peso Ideal (PI) calculado de acordo com o sexo, altura e estrutura óssea do indivíduo e obtido através de tabelas. Ou pela fórmula abaixo: PI = IMC médio x estatura² Peso ajustado (PA) usado quando a adequação do peso for < 95% ou > 115% PA = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual GRAVIDADE DE PERDA DE PESO A gravidade da perda de peso pode ser avaliada de acordo com Blackburn et al. (1977) em que o percentual de perda de peso é comparado ao tempo em que ocorreu essa alteração ponderal. Classificação da gravidade da perda de peso relativa ao tempo. Tempo Perda significativa de peso % Perda de peso grave % 1 semana 1-2 > 2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 O peso mínimo para sobrevivência é 48 a 55% do peso habitual. Pacientes com peso de 85 a 90% do peso habitual possuem desnutrição leve; com peso entre 75 e 84% desnutrição moderada e pacientes com peso <74% possuem desnutrição grave. Outro método para determinar a porcentagem de perda de peso é determinar o peso atual do indivíduo como a porcentagem de peso habitual. O peso mínimo para sobrevivência é 48 a 55% do peso habitual. Pacientes com peso de 85 a 90% do peso habitual possuem desnutrição leve; com peso entre 75 e 84% desnutrição moderada e pacientes com peso <74% possuem desnutrição grave. SITUAÇÕES ESPECIAIS Existem situações especiais onde deve ser realizado o ajuste de peso. Um exemplo é para indivíduos amputados, que devemos considerar a parte amputada (% amputação) no cálculo do peso corpóreo corrigido, conforme figura abaixo:Fig. 2:Percentual de amputação Para pacientes acamados, na impossibilidade de verificação do peso e na ausência de cama-balança, estima-se o peso corpóreo de acordo com o preconizado por Chumlea (1985): Fig. 3: Peso corpóreo de acordo com o preconizado por Chumlea Em pacientes edemaciados, deve-se descontar do peso atual valor referente a água acumulada de acordo com o grau a localização do edema, conforme a tabela abaixo: 10 Fig. 4: Desconto em kg de massa corpórea por retenção hídrica (DAN WAITZBERG 2009). MÉTODOS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO DE MASSA CORPÓREA TOTAL - Pesagem hidrostática (princípio de Arquimedes) ou hidrodensitometria: É baseada na força do empuxo e considera padrão-ouro para pesagem. Está relacionada à diferença entre o peso corporal fora e submerso. Deve ser colocado cinto de mergulhador em pessoas muito obesas para evitar flutuação. Temperatura da água de 27 a 32ºC. Anota-se a temperatura da água. Após submersão interrompe-se a respiração por 5 a 10 segundos em expiração máxima forçada. Repete-se de 8 a 12 vezes o procedimento, com média das três pesagens semelhantes. Desvantagens: erros no procedimento, alterações na hidratação e peso corporal, como no período pré- menstrual, horário do dia, prática de atividade física, doenças e medicamento sem uso, aversão à imersão em água e alterações de densidade. - Pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD): Considera mais acessível que a hidrodensitometria. Estão relacionados ao volume e pressão na câmara, antes e depois da entrada do indivíduo. Sua validação ainda apresenta contradições. B.2 ALTURA Métodos de verificação: - direto o indivíduo deve ficar de pé, descalço, com calcanhares juntos, costas retas e braços estendidos ao longo do corpo. Deve inspirar profundamente e neste momento o examinador baixar a haste do estadiômetro. - indiretos envergadura do braço, altura deitado (recumbente), altura do joelho são opções para aqueles que não conseguem ficar de pé, como indivíduos com escoliose, paralisia cerebral, distrofia muscular, contraturas ou paralisias. Fórmula para estimar a altura a partir da altura do joelho Homem Mulher 64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho) 84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho) ESTIMATIVA DA ESTATURA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM LIMITAÇÕES FÍSICAS Existe a estimativa de altura de crianças e adolescentes com limitações físicas uso das medidas de membros superiores (CSB), do membro inferior a partir do joelho (CJ) e do comprimento tibial (CT). MEDIDA DO SEGMENTO ESTATURA ESTIMADA (cm) DP (cm) CSB E = (4,35 X CSB) + 21,8 +1,7 CT E = (3,26 X CT) + 30,8 +1,4 CJ E = (2,69 X CJ) + 24,2 +1,1 B. 3 IMC Nos últimos anos tem sido bastante utilizado o IMC como critério de diagnóstico nutricional. Seu uso tem sido observado em todas as faixas etárias dos distintos ciclos de vida, da infância à senilidade, com exceção nos menores de 2 anos. È um indicador de estado nutricional atual. Vantagens: - não-invasivo; - fácil obtenção; - boa precisão e confiabilidade; - alta correlação com estatura, DCT, DCSE, DCSI e somatório das dobras, área de gordura braquial e CB. IMC = Peso corporal (kg) Altura2 (m2) O IMC ou índice de Quetelet será classificado da seguinte forma: Desnutrição Grave = IMC< 16; Desnutrição Moderada = IMC entre 16|– 16,99; Desnutrição Leve = IMC entre 17|– 18,49. Adequado = IMC entre 18,5 |– 24,99; Sobrepeso = IMC entre 25,0 |– 29,99; Obesidade leve = IMC entre 30,0 |– 34,99; Obesidade moderada = IMC entre 35,0 |– 39,99; Obesidade grave = IMC ≥40,0. B. 4 ÍNDICES DERIVADOS DE CIRCUNFERÊNCIAS Circunferência braquial (CB) Bom indicador de desnutrição atual, por expressar a massa muscular do braço e que está relacionada com a massa muscular total. Grande limitação do uso da CB padrões de referência e pontos de corte específicos e sensíveis para os distintos grupos etários e sexos. Guia para interpretação dos parâmetros do braço Percentil Tecido adiposo Tecido muscular <5 Magro/baixa reserva 5 a 15 Abaixo da média 16 a 85 Média 86 a 95 Acima da média ≥95 Excesso de gordura Boa nutrição Circunferência muscular do braço (CMB) É um índice antropométrico derivado das medidas corporais CB e dobra cutânea tricipital (DCT). Expressa a quantidade de massa muscular do braço e uma aproximação a massa muscular total. A OMS recomenda seu uso apenas para adultos. Outros índices seriam a área muscular do braço e área adiposa do braço, embora seu uso seja considerado apenas para avaliar desnutrição entre adultos. CMB = CB – (DCT x 0,314) 11 Circunferência de cintura (CC) e relação cintura-quadril (RCQ) Essas medidas possibilitam estimativas do acúmulo de gordura abdominal, a qual está relacionada à quantidade de tecido adiposo visceral e intra-abdominal. Está associada ao aumento do risco de doenças associadas à obesidade (DCV, dislipidemias, HAS, DM2 etc). OMS RCQ ≥1,0 para homens e RCQ ≥0,85 para mulheres risco de DCV. Em relação à circunferência de cintura, a OMS recomenda os seguintes pontos de corte: Risco aumentado CC ≥94cm para homens e CC ≥80cm para mulheres. Risco muito aumentado CC >102cm para homens e CC >88cm para mulheres. Circunferência de panturrilha (CP) É uma medida corporal recomendada pela OMS para o diagnóstico nutricional de desnutrição entre gestantes e idosos. As vantagens estão associadas às condições onde não é possível a obtenção das variáveis peso e altura. Área Muscular do Braço (AMB) Apresenta maiores mudanças com a idade do que CMB AMB = [CB (mm) - DCT (mm)]² 4 = 3,14 Área adiposa do braço (AAB) AB (mm²) = /4 x d² d = CB (mm)/ AAB (mm²) = AB - AMB B.5 DOBRAS CUTÂNEAS Dobra triciptal (DCT) mais usada na prática clínica, pois a região do tríceps é a mais representativa da gordura corporal subcutânea. Deve ser medida no ponto médio entre o acrômio e olecrano, na parte posterior do braço. Dobra biciptal (DCT) Deve ser medida 1 cm acima do local marcado para DCT, na parte anterior do braço. Dobra do peitoral (DCP) Deve ser medido 1 cm abaixo da dobra axilar. Dobra abdominal (DCA) medida 3cm lateral e 1cm inferior à cicatriz umbilical Dobra subescapular (DCSE) É medida logo abaixo do ângulo inferior da escápula. Dobra supra-ilíaca (DCSI) logo acima da crista ilíaca em diagonal Dobra coxa (DCC) medida na parte anterior da coxa, no ponto médio entre linha inguinal e borda proximal da patela, com a perna levemente flexionada e relaxada. A precisão das dobras diminui com o aumento da obesidade. Aplicabilidade das dobras cutâneas Aplicabilidade Dobras Usada em equações de predição de gordura corporal DCC, DCB, DCP Indicador de % gordura corporal DCT, DCSE, DCSI Acompanhamento de perda de peso DCA B.7 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA) Definições: - BIA – mede passagem de corrente elétrica de baixa intensidade (800NA), freqüência fixa (50kHz) determinando valores de resistência (R), reactância (Xc) e impedância (Z). - Resistência: sofre influência da água corporal total, gordura corporal e massa magra. - Reactância: é a fonte de oposição ao fluxo elétrico. Ângulo de fase = Arco tangente [Xc /R] x [180/π] Varia de 5º. a 15º. Quando aumentado é sinal de boa saúde e a Xc é alta, quando diminuído associa-se a existência ou agravamento de doença e a Xc é baixa (ASSOCIA-SE COM MORTE CELULAR). Principais fatores que alteram os valores de resistência e reactância Resistência (R): Grau de hidratação (quanto maior, menor a resistência); Gordura corporal (quanto maior, maior a resistência); Tecido muscular (quanto maior, menor a resistência). Reactância (Xc): Celularidade e integridade de membrana celular (quanto maior a integridade celular, maior a reactância). Indica a quantidade de massa intracelular ou celular corporal. CONDIÇÕES R CONDIÇÕES Xc Atrofia muscular ↑ Crescimento celular ↑ Hipertrofia muscular ↓ Gestação ↑ Obesidade ↑ Inflamação ↓ Edema ↓ Lesão celular ↓ Desidratação ↑ Sepse ↓ Caquexia ↑ Infecção ↓ Fig. 5: Alterações em variáveisde BIA. Aplicabilidade: o método não é indicado para avaliar composição corporal nas seguintes situações: - vigência de alterações metabólicas e estados críticos; - presença de doença degenerativa; - presença de quadro inflamatório; - indivíduos em crescimento. Realização da BIA: - evitar ingestão de alimentos e bebidas 4h antes - não fazer exercício físico 12h antes - urinar 30min antes - não consumir álcool 24h ante - não usar diuréticos por 7 dias antes. Condições ideais para avaliação de BIA: - Jejum absoluto >8h; - Esvaziar a bexiga antes do exame; - ausência de atividade física por pelo menos 8h; - anotar horário de avaliação; - anotar ciclo menstrual; 12 - temperatura ambiente; - higienização de pelo com álcool. OBS.: eletrodos colocados nos mesmos lados e sempre nos mesmos pontos Existem condições clínicas que algumas considerações devem ser observadas: - Insuficiência cardíaca: edema interfere na avaliação; - Insuficiência hepática: ascite/edema interferem na avaliação; - Insuficiência renal: edema/alterações hidroeletrolíticas interferem na avaliação – a avaliação deve ser realizada 20 – 30min após diálise. C.1 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG) Método simples, de baixo custo e com boa reprodutibilidade e confiabilidade, inicialmente desenvolvido para avaliação do estado nutricional de paciente hospitalizado no pré-operatório e que vem sendo utilizado em diversas condições clínicas. Considera-se a história clínica e o exame físico, contemplando: - Alteração no peso corporal: o percentual de perda de peso nos 6 meses precedentes é caracterizado como suave (<5%), moderado (5-10%) e grave (>10%). Questiona-se também a perda de peso nas últimas 2 semanas; - Alteração na ingestão alimentar: avalia-se tanto a duração quanto o tipo de modificação, que pode ser qualitativa ou quantitativa; - Presença de sintomas gastrointestinais: anorexia, náusea, vômitos, diarréia, que somente serão significativos caso ocorram por mais de 2 semanas; - Capacidade funcional: relata alterações nas atividades diárias, que devem ser avaliadas por sua duração e pelo grau de comprometimento da atividade física; - Demandas metabólicas: doenças de alto estresse (queimaduras, sepse e neoplasias) - No exame físico: avaliar perda de gordura subcutânea, perda de massa muscular, presença de edema e ascite, dor óssea e fraturas e alterações da pele. De posse destas informações na história e no exame físico, os pacientes são classificados como: (A) – bem nutrido, (B) – desnutrido moderadamente ou com suspeita e (C)- gravemente desnutrido. Segundo Detsky, a ASG no pré-operatório foi o melhor índice de prognóstico para complicações infecciosas pós- operatórias. Assim, a ASG seria um instrumento tanto para o prognóstico quanto para o diagnóstico, através do qual demonstrou-se maior número de complicações e mortalidade e custos hospitalares associados aos pacientes identificados como desnutridos graves. 13 D.AVALIAÇÃO DO ESTADO IMUNOLÓGICO D.1Linfocitometria global ou contagem total de linfócitos periféricos (CTLP) - indicador de mecanismo de defesa celular Contra-indicado para pacientes em uso de esteróides, RT, QT ou doença autoimune. CTL = leucócitos x % linfócitos 100 800 a 1199/ mm³: depleção moderada < 800/ mm³: depleção grave Valor mínimo aceitável (CHEMIN & MURA): 1200/mm³ D.2 Testes de hipersensibilidade cutânea tardia (HCT ou RHR) - Injeção de antígenos de memória - tuberculina (PPD), estreptoquinase-estreptodornase (SK/ SD), tricofitina e candidina e leitura em 24-48 horas Interpretação >5mm de enduração- RESPOSTA POSITIVA < 5mm de enduração- depleção grave Obs.: como sofre influencia da doença de base, constitui parâmetro questionável para a avaliação do estado nutricional. - Anergia cutânea total = sem resposta imunológica, freqüente em desnutridos grave. E.EXAMES LABORATORIAIS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Proteínas do Plasma - a avaliação da síntese protéica ou da “reserva” protéica visceral é realizada através desta dosagem. Albumina Síntese hepática e meia-vida de 18-20 dias O uso da albumina total na avaliação do estado nutricional é questionável, pois sua produção hepática pode ser influenciada por inúmeros fatores adicionais ao estado nutricional, como função hepática, perda de proteínas, hidratação prejudicada com grande troca de fluídos, infecção e inflamação. Porém, a albumina sérica é um excelente fator prognóstico em várias situações clínicas, pois a baixa concentração de albumina sérica está relacionada com aumento da morbimortalidade em várias condições clínicas como doença crítica, renais, linfoma, HIV entre outras. O uso da albumina na avaliação nutricional baseia-se na sua correlação com mudanças na circunferência muscular braquial, na facilidade de dosagem e no baixo custo. Baixas concentrações de albumina não estão envolvidas a gênese da desnutrição protéico-calórica, podendo apenas indicar que a ingestão dietética de proteínas não adequada para manter a síntese protéica. Transferrina Proteína de síntese hepática relacionada com o transporte sérico de ferro; Vida média 7-8 dias; Mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no controle de intervenções dietoterápicas do que a albumina; Aumenta: carência de ferro, gravidez, fase precoce das hepatites agudas e por perdas hemáticas crônicas; Reduz: várias anemias, nas infecções crônicas, doenças hepáticas crônicas, nas neoplasias e na sobrecarga de ferro. Nestes casos, não deve ser utilizada para avaliação nutricional. Transtiretina ou Pré-albumina Transporta a tiroxina; Vida média 2-3 dias; Sintetizada no fígado e com níveis de reserva muito pequenas no organismo Diminui rapidamente quando a ingestão de calorias e/ou proteínas é insuficiente. É um indicador sensível de deficiência proteéica e retorna rapidamente seus níveis quando a terapia nutricional é adequada. Infecções, traumatismo - quando há demanda súbita de síntese protéica, deprimem-se os níveis séricos pré- albumina; É melhor indicador de estado de proteína visceral e balanço nitrogenado positivo do que a albumina ou a transferrina 14 Proteína transportadora de retinol Proteína específica para o transporte da vitamina A do tecido hepático para outros tecidos-alvo de seu papel fisiológico Metabolizada pelo rim; Elevada nas nefropatias; Baixas concentrações: pacientes com fibrose cística, desordens hepáticas, hipertireoidismo e deficiência de zinco. Vida média = 10 a 12 horas - reflete melhor as alterações agudas na desnutrição protéica. Fig. 6: Características e pontos de corte e proteínas plasmáticas segundo CHEMINA & MURA. Avaliação do Compartimento Protéico Somático a. Índice creatinina-altura - Utilizada para medir a massa magra corporal ou tecido metabolicamente ativo dos pacientes, acreditando-se que a excreção urinária - Maior parte da creatinina está armazenada no músculo sob a forma de creatina-fosfato, constituindo um depósito energético solicitado durante a gliconeogênese e cujo produto de degredação é a creatinina - Considerando-se que a creatinina é 100% excretada na urina, a medição de creatinina excretada na urina de 24h (de 3 dias consecutivos) reflete diretamente a concentração de creatinina corporal total e, indiretamente a massa muscular total - Atenção: esta medida só é válida se a função renal estiver preservada - Excreção média para o sexo feminino me 18 mg/kg e para o sexo masculino 23 mg/kg ICA = Volume urinário 24h x [Creatinina urinária] Excreção de creatinina esperada na urina 24h Valor Interpretação Normal >80% Depleção leve 60 – 80% Depleção moderada 40 – 60% Depleção grave <40% Valores menores de 60% apontam depleção grave de massa muscular. b.Balanço Nitrogenado (BN) - Pode avaliar a necessidade de aumento de oferta energética e avaliar a conduta nutricional empregada - Convém avaliar se o paciente não tem doença renal nem perdas anormais de nitrogênio como nos quadros de queimaduras e fístula. BN= g proteína ingerida/ 6,25- (Uréia Urinária +4)/2,14 - Classificação do BN e sua associação metabólica: Positivo anabolismo Igual a zero equilíbrio Negativo catabolismo - Limitações do BN: Poderá ocorrer coleta de urina de 24h incompleta subestimando o nitrogênio urinário e o catabolismo e o catabolismo protéico, por isso, torna-se necessária a coleta de 3 dias consecutivos, fazendo a média dos valores a fim de minimizar o problema. Doenças – a IR pode promover retenção de uréia e subestimar o nitrogênio urinário e o catabolismo protéico; as hepatopatias graves podem promover prejuízo na transformação de amônia em uréia, subestimando as perdas de nitrogênio; a doenças intestinais inflamatórias podem provocar perdas intestinais de nitrogênio por mal absorção, presença de fístulas intestinais e/ou enteropatia provocam perda de proteína; os casos de acidose metabólica a medida que provocam aumento da excreção de amônia, com conseqüente diminuição do percentual de nitrogênio urinário, produzem subestimação do BN. 15 EXERCÍCIOS DE RASTREAMENTO E AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1) A avaliação subjetiva global é feita por meio da aplicação de um questionário em que contam anamnese e exame físico. A anamnese contempla o seguinte dado: (Residência HUPE) (A) porcentagem de perda de peso (B) registro alimentar de 24h (C) IMC (D) balanço nitrogenado (E) relação peso-altura 2) A avaliação retrospectiva do consumo de alimentos através do questionário de freqüência de consumo alimentar tem como principal desvantagem: (Residência HUPE - 2004) (A) gerar resultados padronizados (B) requer nutricionista treinado (C) depender da memória do entrevistado (D) não fornecer informações quantitativas 3) A avaliação bioquímica pode ser utilizada na determinação da reserva protéica corporal. Meia vida de dois dias são características de seguinte proteína visceral: (Residência HUPE - 2003) (A) albumina (B) transferrina (C) pré-albumina (D) proteína ligada ao retinol 4) A circunferência muscular do braço é a medida do seguinte compartimento corporal (CEPERJ 2011): (A) adiposo (B) proteico somático (C) proteico visceral (D) proteico adiposo 5) A ASG é feita por meio da aplicação de um questionário em que consta anamnese clínica, alimentar e exame físico. Considera-se fator de risco para desnutrição perda ponderal involuntária na seguinte situação: (Residência HUPE) (A) >5% PI, com ganho nas últimas duas semanas (B) >10% do peso habitual em 6 meses (C) <5% do peso habitual em 6 meses (D) >10% do peso ideal em 24 meses (E) <5% do peso ideal em 6 meses 6) Na avaliação nutricional por impedância bioelétrica, os valores de reactância são indicadores: (Residência HUPE - 2004) (A) massa corporal total (B) tecido adiposo (C) massa magra (D) tecido ósseo 7)Dentre as medidas de prega cutânea, as que podem conjuntamente definir gordura corporal são: (NutMed) (A) Biciptal, triciptal, subescapular, supra-ilíaca (B) Panturilha, subescapular, supra-ilíaca, supra-umbilical (C) Biciptal, supra-umbilical, panturilha, coxa (D) Subescapular, supra-umbilical, biciptal, coxa 8) (EAOT 2010) É a medida do tamanho corporal e de suas proporções. Trata-se de um dos indicadores diretos do estado nutricional, sendo as medidas mais utilizadas nesta avaliação: o peso, a estatura, as pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca) e as circunferências (braço, cintura e quadril). Considerando a avaliação do estado nutricional, assinale a única alternativa correta, correspondente ao método de avaliação citado na descrição acima. (A) Exame físico. (B) Avaliação global subjetiva. (C) Composição corporal. (D) Antropometria. 9)Na Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) adaptada de Detsky e cols.(1987), bastante utilizada no Brasil, a perda de peso investigada é considerada significativa quando for, nos últimos 6 meses, maior que: (NutMed) (A) 2% (B) 5% (C) 8% (D) 10% 10)(Residência HUPE 2011) Em rotina de avaliação nutricional em pré-operatório pode ser utilizada a BIA e sabe-se que neste método de avaliação, existe associação entre valores das medidas de reactância com o comprometimento da função celular e que a medida de resistência varia inversamente com a quantidade de: (A)Massa celular e gordura (B)Gordura e eletrólitos (C)Tecido ósseo e água (D)Água e eletrólitos 11) Qual a proteína a seguir tem menor tempo de vida média ? (Nutmed) (A) albumina (B) pré-albumina (C) proteína transportadora de retinol (D) transferrina 12) Considera-se para a realização da ANSG (Avaliação Nutricional Subjetiva Global) (NutMed) (A) alteração no peso do paciente e dobras cutâneas (B) alteração na ingestão alimentar e balanço nitrogenado (C) capacidade funcional física e sintomas gastrointestinais (D) exame físico e balanço nitrogenado 13) A perda de peso considerada como significância clínica corresponde a: (Nutmed) (A) 5% em 1 mês (B) >7% em 6 meses (C) 10% em 1 ano (D) 5% em 3 meses 14) Deficiências calóricas e protéicas podem levar à perda de peso, refletindo mudanças na massa corporal magra e gorda. Para discriminar mudanças nestes dois compartimentos são utilizadas, respectivamente, as seguintes medidas: (Nutmed) (A) peso e altura (B) peso e circunferência muscular do braço (C) peso e índice creatinina-altura (D) índice creatinina-altura e pregas cutâneas 15) A precisão das medidas de espessura e pregas cutâneas: (NutMed) (A) diminui com diminuição da obesidade (B) aumenta com a diminuição da obesidade (C) aumenta com o aumento da obesidade (D) diminui com o aumento da obesidade 16) (IABAS 2010) O ICA reflete a massa muscular corporal, sendo usado com marcador de depleção: (A)Leve, entre 60-80% (B)Leve, entre 45-65% (C)Moderada, entre 30-55% (D)Moderada, entre 60-80% 16 17)Classifique, em ordem decrescente, os indicadores para análise de proteína visceral, considerando os de maior precisão (EAOT 2002). (A) Pré-albumina, albumina, transferrina. (B) Albumina, fibronectina, pré-albumina. (C) Proteína carreadora de retinol, transferrina, albumina. (D) Transferrina, proteína carreadora do retinol, somatomedina. 18)Assinale a alternativa que apresenta o método antropométrico utilizado para obter uma mensuração da quantidade e da taxa de variação da proteína muscular esquelética (EAOT 2003) (A) Medida de pregas cutâneas. (B) Medidas musculares dos membros. (C) Índice de massa corporal. (D) Peso e altura. 19)O Índice de Quetelet, ou Índice de Massa Corporal (IMC), é um método simples de se mensurar e se classificar a obesidade. Considerando-se o estado nutricional de um indivíduo adulto com IMC de 29 kg/m2, é CORRETO afirmar que seu estado nutricional é de (EAOT 2006) (A) desnutrição moderada. (B) eutrofia. (C) obesidade mórbida. (D) sobrepeso, ou pré-obesidade. 20)As medidas mais utilizados na avaliação antropométrica de adultos são: (UFRJ 2009) (A) Peso, dobras cutâneas e Relação Cintura Quadril (RCQ); (B) Índice de Massa Corporal (IMC) e Dobra Cutânea Suprailíaca; (C) Dobra Cutânea Tricipital, circunferência do braço e circunferência da cintura; (D) Índice de Massa Corporal (IMC); Circunferência da Cintura 21)A proteína sérica de vida média curta que é um bom indicador de restrição protéica ou energética é a (INCA 2009): (A)Pré-albumina (B)Albumina (C)Caseína (D)Transferrina 22)Considerando os parâmetros bioquímicos na Avaliação Nutricional, assinale verdadeiro (V) ou falso(F) para as assertivas abaixo (INCA 2009): ( )A pré-albumina que possui vida média curta é um índice bastante sensível para identificação da restrição proteica ou energética ( )A dosagem da creatinina urinária de 24 horas identifica as concentrações da massa muscular do organismo ( ) A albuminemia com valores entre 3-3,5g/dl indica depleção moderada ( ) A contagem total de linfócitos auxilia a identificação de alterações nutricionais Assinale a alternativa CORRETA: (A)V, F, V, F (B)F, V, V, F (C)V, V, F, V (D)F, F, F, V 23)Coloque V ou F nas afirmativas abaixo, em relação aos métodos de Avaliação Nutricional, assinalando a seguir a opção correta (CSM 2004). () DC podem ser úteis para avaliar mudanças a longo prazo nas reservas de tecido adiposo subcutâneo em pacientes que recebem Terapia Nutricional. ( ) a utilização de DC é bastante confiável como método de Avaliação Nutricional em pacientes graves internados em CTI. ( ) a albumina sérica é padrão-ouro em pacientes politrauma (na primeira semana do trauma) uma vez que possui meia vida de 20 dias. ( ) os testes cutâneos permitem avaliar a imunidade celular por meio da hipersensibildade cutânea tardia à antígenos específicos. (A)V; F; F; V (B)V; V; F; V (C)F; V; V; V (D)F; F; V; V (E)F; F; F; V 24)Assinale a opção que apresenta o parâmetro antropométrico mais utilizado para avaliação da depleção de massa magra. (CSM 2005). (A)DCT (B)BN (C)Proteínas totais e frações (D)CB (E)CMB 25) O principal fator que altera o valor da reactância no método de bioimpedância elétrica (BIA) é o (a) (Residência HUPE 2009): (A) tipo de tecido muscular (B) nível de hidratação e eletrólitos (C) localização da gordura corporal (D) integridade das membranas celulares 1 – A 2 – D 3 – C 4 – B 5 – B 6 – C 7 – A 8 – D 9 – D 10 – D 11 – C 12 – C 13 – A 14 – D 15 - D 16 – A 17 – C 18 – B 19 – D 20 – D 21 - A 22 - C 23 – A 24 – E 25 – D
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