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Afecçoes estrangulativas em equinos

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Clínica de Grandes Animais IV - Equinos 
Afeções estrangulativas do Sistema Digestório

O que são? 
São casos em que, além da obstrução do lúmen, teremos a 
isquemia. São elas: 
- Hérnia inguinal ou inquino escrotal (ID) 
- Encarceramentos no espaço nefro-esplênico (cólon maior) 
ou de ID em forâmen epiplóico e falha mesentérica. 
- Torção de cólon 
- Intussuscepção 
- Volvo 
As células para se manterem vivas, irão realizar metabolismo 
anaeróbico, liberando lactato no organismo, que consequente-
mente entra em acidose metabólica. Em equinos, a evolução é 
muito rápida,, sendo necessário atendimento de emergência 
nestes casos. 
A mensuração do lactato a partir do líquido peritoneal é impor-
tante, pois servirá como marcador de processos isquêmico. O 
organismo tentará compensar a acidose, convertendo o ácido 
lático para lactato e enviando o lactato para o fígado que irá 
converter em bicarbonato. 
A administração do Ringer-Lactato não irá influenciar pois irá 
auxiliar no processo compensatório e caso o animal não precise 
do lactato ele irá eliminar pela urina.. 
Hérnia inguinal ou inquino escrotal 
É um aprisionamento de segmento do intestino delgado, mais 
comumente jejuno e íleo, que são segmentos mais próximos 
do anel inguinal, sendo o jejuno mais comum pois é mais fino e 
mais longo. 
Na grande maioria das vezes não há aumento dos anéis ingui-
nais, não sendo portanto uma alteração morfológica do animal 
acometido. Pensando nisso os nomes aprisionamento ou encar-
ceramento são adequados. 
A estrutura que aprisiona de fato o segmento intestinal é o anel 
vaginal. 
Após passar pelo anel e ficar preso, ocorrerão alterações vas-
culares no escroto, levando a assimetria escrotal. Como regra, 
todo atendimento de cavalo inteiro com cólica, deve-se palpar o 
testiculos desse cavalo, podendo haver dor, assimetria, queda de 
temperatura (pela alteração na perfusão local) e alteração de 
consistência. 
Essa alteração não é comum em cavalos castrados pois estes 
tem redução do canal inguinal, diminuindo as chances de encar-
ceramento. 
Para diagnóstico, além do exame físico, pode-se utilizar o exa-
me ultrassonográfico. Na palpação transretal, o intestino delgada 
fica palpável., dependendo do caso, podendo ser possível sentir 
a alça indo em direção ao anel inguinal. Na abdominocentese o 
liquido peritoneal será sanguinolento. 
Conduta cirúrgica: 
A cirurgia depende de dois acessos cirúrgicos. O acesso inguinal 
é feito associado ao acesso abdominal na linha media ventral. Se 
for um caso recente, é possível exteriorizar mais o ID pelo anel 
inguinal. 
Deve-se avaliar a viabilidade após desfazer o encarceramento, 
normalmente estará alterado sendo necessária enterectomia e 
enteroanastomose termino-terminal, além da castração do tes-
tículo envolvido. (Recomendado castrar também o testículo con-
tralateral). 
Sutura do I.ntestino Delgado: 
- Utilizar dois planos de sutura contínuos, o primeiro sendo 
seromuscular, sem pegar a mucosa, e o segundo plano 
Cushing pegando apenas a serosa, sepultando a primeira 
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sutura. Esse tipo de sutura é feito quando a mucosa está em 
boas condições. 
- Pode-se suturar só a mucosa e posteriormente a seromus-
cular. 
- Ainda pode-se utilizar a sutura em plano único. 
Aprisionamento de cólon no espaço nefro-esplênico 
É um quadro que muda muito do inicio para a evolução. É um 
deslocamento dorsal do cólon (único que acomete cólon maior), 
estrutura difícil de aprisionar por ser bastante grande. 
O espaço nefroesplênico é criado pelo baço, pelo rim esquerdo 
e um ligamento nefroesplênico que une essas duas estruturas. 
Isso tudo está do lado esquerdo do cavalo de forma dorsal. 
Ocorre o deslocamento dorsal do cólon. O baço desloca-se da 
posição original junto ao gradil costal, formando um espaço 
entre o baço e a parede abdominal, isso corre devido a disten-
são gástrica ou esplenomegalia e permite a passagem do cólon 
entre a parede abdominal e o baço. 
Esse quadro tem chances de resolução clínica. Apenas 5% dos 
animais acometidos com essa alteração, tiveram recidiva, po-
rém, se o animal tiver uma segunda vez, a chance de haver um 
terceiro quadro sobe para 50%. Para precaver isso, quando há 
um secundo quadro, além do reposicionamento do cólon, de-
vemos considerar o fechamento do espaço nefroesplênico. 
O diagnóstico pode ser facilmente fechado através da palpação 
transretal, onde se constata a alteração no posicionamento do 
cólon ventral e dorsal. 
Pode-se utilizar medicações simpatomiméticas (adrenalina, efe-
drina) em infusão IV, para causar contração esplênica., acompa-
nhando de fazer o animal trotar Ainda, pode-se anestesiar o 
animal e realizar tombamentos para tentar corrigir o desloca-
mento. A desvantagem é que demora, podendo debilitar mais o 
animal., por isso, não é muito utilizado. 
Se o cólon ja está estendido em quadro estrangulativo, é ne-
cessário encaminhar para o centro cirúrgico. 
Fechamento do espaço esplênico: 
Sutura do peritônio visceral e lateral. 
Intussuscepção: 
São mais comuns em potros, e nestes casos o segmento mais 
acometido é o intestino delgado (jejuno-jejunal; jejuno-duodenal. 
Nos animais adultos, a intussucepção mais comum é a íleo-cecal. 
Pode ser causado por enterite, infestação por vermes e mu-
danças bruscas na dieta. O animal acometido terá dor abdominal, 
perda de peso, febre intermitente e fezes escassas. Para diag-
nóstico, pode ser utilizado o Ultrassom. O tratamento será a 
ressecção cirúrgica do segmento acometido. 
Torção de Cólon: 
Acomete principalmente éguas pós-parto e isso tem a ver com 
o reestabelecimento das vísceras na cavidade abdominal. de 
forma muito abrupta. Essa égua tem diminuição da alimentação 
nos dias que antecedem o parto, podendo ter aumento na 
produções de gás como consequência. 

O animal acometido estará se jogando de dor (dor acentuada), 
sendo um quadro agudo muito grave que evolui rapidamente. 
Algumas torções não tem solução, sendo indicada a eutanásia 
do animal. 
Cólica Tromboembólica: 
Espessamento da parede da artéria conhecido como aneurisma. 
Na verdade, trata-se de um pseudoaneurisma já que a parede 
da artéria não fica mais delgado. Causado pela migração de 
larvas de Strongylus vulgaris. 
Animal tem refluxo e sente muita dor devido ao quadro isquê-
mico. A vascularização da parede das vísceras, pode ser dimi-
nuida apenas pela distensão provocada por gás, líquido ou am-
bos. Vários agentes podem levar a obstrução da luz intestinal 
como parasitas, ingesta, corpo estranho, neoplasia, espessamen-
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to da parede podendo ser causada por diversas etiologias ou 
ainda aderência. 
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