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TEMA 42 – TRABALHO TEMPORÁRIO E AS MODIFICAÇÕES PROMOVIDAS PELA LEI NO 13.429/2017
	Trabalho temporário é uma modalidade de contratação para que possa atender uma demanda de substituição de pessoal permanente, que está muitas das vezes afastado por férias, licenças entre outras demandas. 
	Esse tipo de contratação só pode ser feita por intermédio de uma empresa especializada ETT- empresa de trabalho temporário, tendo que ser homologado pelo ministério do trabalho e emprego, assim fazendo diferença entre a relação de trabalhos efetivos.
	O trabalho temporário teve uma mudança significativa em março de 2017 por meio da lei Lei 13.429/17 que alterou a lei Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, a Lei do Trabalho Temporário.
	Ainda em 2017 com objetivo de tapar lacunas da lei de 13.419/17 veio a reforma trabalhista através da lei 13.467/17 que possibilitou, a possibilidade de terceirização de quaisquer das atividades, sendo que as suas atividades- meio ou finalísticas poderiam ser terceirizadas.
	Segundo o Art. art. 2º, Lei 6.019 trabalho temporário era prestado por pessoa natural a uma empresa, para atender à necessidade de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços
	Com a nova redação do Art. 2° ficou assim, trabalho temporário é o prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
	De acordo com a redação antiga do Art 4° da lei 6.019 e empresa era pessoa natural ou jurídica urbana que se colocava a disposição de outras empresas em caráter temporário, trabalhadores qualificados sendo remunerados e assistidos por elas. Antes o trabalho temporário se dava somente em atividades econômicas urbanas, tratando o trabalhador rural por equiparação como sendo a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.
	 Com a mudança a empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica que deve ser registrada no ministério do trabalho, a empresa só pode ser de jurídica agora atuando nas relações urbanas e rurais.
 	Em relação ao ARt.5° da lei 6.019 que dizia que a empresa so poderia funcionar com o registro no departamento nacional de mâo de obra do ministério do trabalho e previdência social essa exigência foi mantida pela redação do Art 4°.
	Para que haja o funcionamento da empresa de trabalhos temporários deve ser seguidos os seguintes critérios com a antiga redação do Art 6°:
· Prova de constituição da firma e de nacionalidade brasileira de seus sócios, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;
· Prova de possuir capital social de no mínimo 500 vezes o valor do maior salário-mínimo vigente no país;
· Prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 360 da CLT, bem como apresentação do Certificado de Regularidade de Situação, fornecido pelo Instituto Nacional de Previdência Social; 
· Prova de recolhimento da Contribuição Sindical; 
· Prova da propriedade do imóvel-sede ou recibo referente ao último mês, relativo ao contrato de locação;
· Prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda.
Com a nova redação do Art. 6 ° I, III são exigíveis:
· Prova de inscrição no Cadastro nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no Ministério da Fazenda; 
· Prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;
· Prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00.
	Trabalhador temporário com a redação do art. 16, Decreto 73.841 era aquele contratado por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outra empresa.
	Agora com a nova redação do art. 16, Decreto 73.841 é trabalhador temporário é o contratado por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
	A redação do Art. 9° da lei 6.019 dizia que o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente tinha que ser obrigatoriamente escrito constando de forma expressa o motivo justificador da demanda do trabalho temporário e também as modalidades de remuneração da prestação de serviço
	Agora com a nova redação do Art. 9° da lei 6.019 o contrato continua escrito porém, agora como requisitos: 
· Qualificação das partes; 
· Motivo justificador da demanda de trabalho temporário; 
· Prazo da prestação de serviços; 
· Valor da prestação de serviços;
· Disposição sobre a segurança e à saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho (art. 9º, caput, I a V).
	No prazo no Art. 10 o prazo do contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderia passar de 3 anos, porém, poderia passa se caso fosse autorizado pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego.
	Agora com a nova redação do Art. 10 ° o prazo não pode passar de 180 dias, ele poderá ser prorrogado por 90 dias contendo nos dois termo inicial e termo final e não é mais possível o encadeamento sucessivo de vários contratos de trabalho temporário.
	Em relação aos direito dos trabalhadores temporários a lei não foi alterada.
Referencias
· https://employer.com.br/o-que-e-trabalho-temporario/
· https://jus.com.br/artigos/74232/os-impactos-da-lei-n-13-429-2017-lei-da-terceirizacao-evolucao-ou-precarizacao
· https://genjuridico.jusbrasil.com.br/artigos/502983684/o-trabalho-temporario-o-direito-do-trabalho-e-a-lei-13429-2017
· https://www.oitchau.com.br/blog/contrato-de-trabalho-temporario-como-funciona/

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