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LITERATURA E OUTRAS SÉRIES CULTURAIS ava2

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Place: Sala 4 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA 
Academic: EAD-IL80008-20212A
Candidate: LARISSA DE SEABRA PEREIRA BIANCHI 
Assessment: A2-
Registration: 20211301424 
Date: June 18, 2021 - 8 a.m. Finished
Correto Incorreto Anulada  Discursive  Objective Total: 6.50/10.00
1  Código: 38121 - Enunciado: “Uma leitura desconstrutivista traz à tona a natureza problemática
de todo discurso centrado em conceitos como verdade, origem, sentido. [...] não existe um
significado último, por trás da linguagem, mas um sistema de ʻdiferençaʼ (ʻdi�érence ,̓ em
francês), combinando diferir (o significado das palavras nasce da diferença entre elas) e
prorrogar (o significado é sempre adiado, a interpretação é infinita).”(Fonte: NESTROVSKI, A.
Teoria Literária. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1997. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs130428.htm. Acesso em: 5 maio 2020.) 
De acordo com o autor, da relação entre crítica literária e desconstrução, pode-se inferir que:
 a) Uma função da crítica é oferecer recomendações para a escrita de poemas, romances e
ensaios.
 b) Uma das funções da crítica é “desconstruir” os textos, apontando o que é dito e
silenciado pelo discurso.
 c) A desconstrução já foi superada no século XXI, desde, pelo menos, a morte de Jacques
Derrida, em 2004.
 d) A função principal da crítica é “construir” os textos, ou seja, elaborar uma linguagem
organizada.
 e) A crítica literária, hoje, não apresenta uma tônica predominante, e a desconstrução não a
influenciou.
Alternativa marcada:
b) Uma das funções da crítica é “desconstruir” os textos, apontando o que é dito e silenciado
pelo discurso.
Justification: Resposta correta: Uma das funções da crítica é “desconstruir” os textos,
apontando o que é dito e silenciado pelo discurso. Como observado nos estudos da disciplina,
uma das funções da crítica é desconstruir textos, apontando a problemática de posições que está
por trás da elaboração do discurso literário. Distratores: A função principal da crítica é
“construir” os textos, ou seja, elaborar uma linguagem organizada. Errada, pois o autor Arthur
Nestrovski não aborda a elaboração construtiva da crítica literária, mas o aspecto da
desconstrução ou da interpretação.A crítica literária, hoje, não apresenta uma tônica
predominante, e a desconstrução não a influenciou. Errada, pois, apesar de a crítica literária
apresentar diversos matizes, é fato que a desconstrução influenciou a crítica desde o fim do
século XX até hoje. A desconstrução já foi superada no século XXI, desde, pelo menos, a morte de
Jacques Derrida, em 2004. Errada, pois a morte de Jacques Derrida não determina a superação
da desconstrução, cuja presença é viva no discurso acadêmico.Uma função da crítica é oferecer
recomendações para a escrita de poemas, romances e ensaios. Errada, pois a crítica literária,
hoje, não assume como função fazer recomendações ou sugestões; ela é fundamentalmente
crítica, analítica e negativa.
1.00/ 1.00
2  Código: 38120 - Enunciado: “As vertigens, retratos e deslocamentos reforçam que, seu aparente
ecletismo é, na verdade, fruto de uma estratégia concentrada, mas que não assume um
determinado centro. Sem o centro, o texto, como o próprio autorretrato, assume e confirma a
contradição entre os dois gêneros, optando pela cena da linguagem, a cena do texto [...]. Desse
modo, o leitor aceitando esse ʻpacto ,̓ aceitaria também o texto que escapa do caráter generalista
da ciência no discurso intelectualizado das ideias (gênero ensaístico), bem como as
0.00/ 0.50
características da narrativa ou da rigidez da lógica do biográfico (perfis do romance e da
autobiografia). Pensando assim, é possível entender a escolha por uma forma híbrida, ou
ʻterceira forma ,̓ como o próprio semiólogo nomeou — sempre viabilizada pela inscrição do
romance — ʻo romanesco sem o romance .̓” (Fonte: ARAÚJO, R. C. À beira de espelhos. Roland
Barthes fragmentário. Revista Escrita, n. 10, p. 2, ano 2009. Disponível em:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/14246/14246.PDF. Acesso em: 4 maio 2020.) 
Com base no pensamento de Roland Barthes, identifique a alternativa que explicita
adequadamente o conceito relativo à citação descrita.
 a) Intervenção urbana.
 b) As escritas de si.
 c) Transcriação.
 d) Escritura.
 e) Escrevivência.
Alternativa marcada:
c) Transcriação.
Justification: Resposta correta: Escritura. O conceito de “escritura” foi desenvolvido por Roland
Barthes, enfatizando o aspecto criativo, subjetivamente elaborado, sem hierarquias, do texto
literário. 
Distratores:Escrevivência. Errada, pois o conceito de “escrevivência”, de Conceição Evaristo (e
não de Roland Barthes), enfatiza que a literatura pode ser elaborada a partir de experiências
pessoais, efetivamente vividas, e da memória pessoal e coletiva. As escritas de si. Errada, pois o
conceito de “escritas de si”, de Michel Foucault, destaca que textos de natureza subjetiva — como
diários e cartas — criam dispositivos de criação, de elaboração literária.Transcriação. Errada, pois
o processo de “transcriação”, aprimorado e divulgado por Haroldo de Campos, é muito
empregado no campo da tradução literária, de modo a dar relevo ao processo
criativo.Intervenção urbana. Errada, pois as “intervenções urbanas” são manifestações artísticas
realizadas em espaços urbanos na contemporaneidade. O objeto artístico, em geral, interage com
o público.
3  Código: 38203 - Enunciado: “Amo os artistas-etc. Talvez porque me considere um deles. Artistas-
etc. não se moldam facilmente em categorias e tampouco são facilmente embalados para seguir
viagens pelo mundo, devido, na maioria das vezes, a comprometimentos diversos que revelam
não apenas uma agenda cheia, mas sobretudo fortes ligações com os circuitos locais em que
estão inseridos. Vejo o ʻartista-etc.̓ como um desenvolvimento e extensão do ʻartista-multimídiaʼ
que emergiu em meados dos anos 1970, combinando o ʻartista-intermídiaʼ fluxus com o ʻartista-
conceitualʼ — hoje, a maioria dos artistas (digo, aqueles interessantes…) poderia ser considerada
como ʻartistas-multimídia ,̓ embora, por ʻrazões de discurso ,̓ estes sejam referidos somente como
ʻartistasʼ pela mídia e literatura especializada.” (Fonte: BASBAUM, R. R. Você gostaria de participar
de uma experiência artística? 2008. Tese (Doutorado em Poéticas Visuais) – Escola de
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-11052009-
150004/publico/5064856.pdf. Acesso em: 20 maio 2020.) 
Com relação à crítica literária artística, seguindo as premissas do artista multimídia, professor,
curador e crítico Ricardo Basbaum, pode-se concluir que:
 a) A crítica de artista é uma crítica biográfica, com as premissas lançadas desde o século XIX.
 b) A crítica de artista tem laços com a psicologia do sujeito, não com a forma da obra
literária.
 c) A crítica de artista, conforme as palavras de Basbaum, é fundamentalmente histórica.
 d) A crítica de artista liga-se à produção multimidiática e à performatividade
contemporânea.
 e) A crítica de artista é objetivamente compreendida sob o viés da crítica temática e
ideológica.
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Alternativa marcada:
e) A crítica de artista é objetivamente compreendida sob o viés da crítica temática e ideológica.
Justification: Resposta correta: A crítica de artista liga-se à produção multimidiática e à
performatividade contemporânea.As palavras de Basbaum evidenciam que a arte, na
contemporaneidade, tem ligação com a produção multissemiótica, às novas tecnologias, com
possibilidades de movimento e de reinvenção. 
Distratores: A crítica de artista é objetivamente compreendida sob o viés da crítica temática e
ideológica. Errada, pois a crítica de artista no mundo contemporâneo reforça sua habilidade para
criação performativa, com destaque para a forma e a movência, não para o assunto, o tema ou
uma ideologia.A crítica de artista, conforme as palavras de Basbaum, é fundamentalmente
histórica.Errada, pois as palavras de Basbaum destacam a constante invenção do artista-
multimídia, nada tendo a ver com uma relação explícita com a história ou com afinidades
temáticas.A crítica de artista é uma crítica biográfica, com as premissas lançadas desde o século
XIX. Errada, pois as premissas de Basbaum nada têm a ver os princípios estéticos e criativos do
século XIX, ou seja, com a biografia em sentido literal e cronológico, ligada ao indivíduo físico.A
crítica de artista tem laços com a psicologia do sujeito, não com a forma da obra literária. Errada,
pois a crítica de artista lida com experiências estéticas múltiplas e performativas, que não
necessariamente são expressão de um sujeito, com questões psicológicas explícitas.
4  Código: 22336 - Enunciado: Inteprete a seguinte imagem: O grafite Luto, da artista Talita
Andrade, funciona como uma escrita/escritura. Analisando a imagem destacada, pode-se inferir: 
 a) Não podemos considerar o grafite como escrita. A escrita diz respeito apenas a textos
escritos facilmente encontrados em escolas, bibliotecas e livrarias.
 b) Não podemos considerar Luto como grafite porque é uma imagem que gera violência.
 c) Não podemos considerar como escrita apenas poemas e narrativas. O grafite é uma
maneira de escrever a cidade e politizar, por exemplo, o corpo da mulher.
 d) Não podemos considerar Luto como arte porque a mulher da imagem não para para
refletir sobre o que Talita propõe como artista. 
 e) Não podemos considerar o grafite como escrita. O grafite traz desordem e sujeira visual
para nossas cidades.
Alternativa marcada:
c) Não podemos considerar como escrita apenas poemas e narrativas. O grafite é uma maneira
de escrever a cidade e politizar, por exemplo, o corpo da mulher.
Justification: Resposta correta: Não podemos considerar como escrita apenas poemas e
narrativas. O grafite é uma maneira de escrever a cidade e politizar, por exemplo, o corpo da
mulher. Correta, pois a imagem – o grafite —, nesse caso, é uma maneira de escrever. Ou seja,
entende-se por escrita e escritura todo gesto político e auto-afirmativo de si diante do mundo. 
Distratores: Não podemos considerar o grafite como escrita. A escrita diz respeito apenas a textos
escritos facilmente encontrados em escolas, bibliotecas e livrarias. Incorreto, pois a escrita,
pensada de maneira expandida, conforme nos ensina Roberto Corrêa dos Santos, “ultrapassa
soluções e sínteses e modelos”, ou seja, a escritura é toda manifestação do si, seja em livros,
paredes ou em qualquer outro suporte. Não podemos considerar o grafite como escrita. O grafite
traz desordem e sujeira visual para nossas cidades. Incorreto, pois Roberto Corrêa dos Santos diz
que “escrever impõem rasgos”. O grafite, pensado como escrita, rasga, reorganiza e politiza as
paisagens cinza das cidades. Não podemos considerar Luto como grafite porque é uma imagem
que gera violência. Incorreto, pois é o contrário: o grafite Luto denuncia a violência que
ocorre diariamente em nossas cidades. Aqui, a palavra 'luto' é ambígua. Esse luto é substantivo e
se refere a alguém que está de luto pela morte de alguém (quantas mulheres são assassinadas
diariamente no Brasil e no mundo apenas por serem mulheres?). Luto também é verbo
conjugado na primeira pessoa do singular — eu luto! Luto e Lutar. Lutar para que mulheres não
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continuem morrendo por serem mulheres, vítimas do machismo, da misoginia e da transfobia.
Não podemos considerar Luto como arte porque a mulher da imagem não para para refletir
sobre o que Talita propõe como artista. Incorreto, pois o grafite não pede a mesma contemplação
de galeria e museus. A mulher da imagem confunde-se ao grafite. A ou o transeunte fazem parte
do grafite. O objeto artístico e o sujeito que contempla se confundem. Tanto o grafite quanto
aquele que olha o grafite fazem parte da paisagem urbana e um atravessa o outro
5  Código: 38118 - Enunciado: “Com o advento da tecnologia é inevitável a integração entre as
mídias, logo a integração das artes é um resultado desse processo. [...] A minissérie Capitu, de
Luiz Fernando de Carvalho [...] demonstra alguns procedimentos que resultaram da busca de
equivalências. Na cena em que Escobar morre afogado e logo em seguida se ocorre o enterro, dá-
se ao seguinte narrativa no Capítulo CXXII: ʻQuis que o enterro fosse pomposo, e a afluência dos
amigos foi numerosa. Praia, ruas, praça da Glória, tudo eram carros, muitos deles particulares
[...].”(Fonte: SANTOS, J. R. dos; MARQUES, M. G. Do texto à tela: releitura de Dom Casmurro. In:
ROMANELLI, S. [org.]. Compêndio de Crítica Genética: América Latina. Vinhedo, SP: Horizonte,
2015. p. 297.) 
Considerando o processo abordado anteriormente, podemos identificar a série de televisão
Capitu, de Luiz Fernando Carvalho, como exemplo de:
 a) Tradução intersemiótica.
 b) Processo de estranhamento.
 c) Transcriação literária.
 d) Tradução linguística.
 e) Romance histórico.
Alternativa marcada:
c) Transcriação literária.
Justification: Resposta correta: Tradução intersemiótica.O conceito de “tradução
intersemiótica” está presente na ideia de que há uma integração entre as artes e de que há uma
busca de equivalências entre diferentes sistemas artísticos. Distratores:Tradução
linguística. Errada, pois não se trata de tradução linguística, uma vez que as autoras discorrem
sobre as equivalências entre a literatura de Machado de Assis (como obra de partida) e sua
tradução para outro sistema artístico, a série de TV.Romance histórico. Errada, pois, em primeiro
lugar, o romance de Machado de Assis não é um romance histórico, não apresenta elementos
factuais. Dom Casmurro é um romance fictício realista, transposto para a série de TV na
contemporaneidade.Transcriação literária. Errada, pois o processo de transcriação literária,
trabalhado por Haroldo de Campos, lida com diferentes sistemas literários, baseados em códigos
linguísticos, em especial, no campo de tradução de poesia.Processo de estranhamento. Errada,
pois o processo de estranhamento é um conceito ligado aos formalistas russos, em especial,
Viktor Chklovsky. O conceito está ligado sobretudo à arte moderna, que se distancia de
elementos banais e cotidianos.
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6  Código: 24346 - Enunciado: Texto 1: 
Toda crítica representa uma manifestação da razão crítica. O vocábulo mesmo, não nos
esqueçamos, vem em última análise do grego kritike, isto é, separar, distinguir, julgar, decidir etc.
a ação de separar, distinguir, decidir etc. é chamada de krísis – de onde vem a nossa palavra crise
– e também significa juízo. Criticar é separar ou distinguir. (CÍCERO, 2017, p. 63) Texto 2: Hoje, um
projeto de intervenção crítica que leve em conta os limites da escrita em sua articulação com a
obra de arte, em sentido amplo, haverá de lidar com uma escrita táctil (o agregado obra de arte +
texto) (...). (BASBAUM, 2013, p. 239) O texto 1 é uma citação do poeta e crítico Antônio Cícero e o
texto 2 foi escrito pelo artista plástico e crítico Ricardo Basbaum. Conforme seu conhecimento
sobre o papel da crítica convencional e a produção crítica performativa, é correto dizer que:
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 a) O texto 2 traz uma perspectiva que se formula numa escrita táctil, na qual o autor da
crítica é tão artista quanto o autor da obra criticada. 
 b) O texto 2 traz uma perspectiva contraditória em relação ao texto 1.
 c) O texto 1 considera que a crítica, seja convencional ou performativa, tem como objetivo
manter a dicotomia crítico versus artista.
 d) O texto 1 considera que a palavra “crítica” foi corrompida e passou a ter um sentido
negativo.
 e) O texto 1 considera que o crítico deva julgar a obra sem se preocupar com os critérios
desse julgamento.
Alternativa marcada:
c) O texto 1 considera que a crítica, seja convencional ou performativa, tem como objetivo
manter a dicotomia crítico versus artista.
Justification: Resposta correta: O texto 2 traz uma perspectiva que se formula numa escrita
táctil, na qual o autor da crítica é tão artista quanto oautor da obra criticada. O texto 2 traz a
principal perspectiva da crítica performativa: o crítico é autor de escrita táctil, ou seja, uma
escrita performativa na qual o crítico se coloca como um artista. Distratores: 
O texto 1 considera que o crítico deva julgar a obra sem se preocupar com os critérios desse
julgamento. Errado. O texto 1 apenas traz a origem da palavra crítica.
O texto 1 considera que a crítica, seja convencional ou performativa, tem como objetivo manter a
dicotomia crítico versus artista. Errado. O texto 1, ao trazer a origem da palavra crítica, indica que
o crítico é aquele empenhado em colocar em crise a obra – há, portanto uma dependência
mútua entre o crítico e o artista. 
O texto 1 considera que a palavra “crítica” foi corrompida e passou a ter um sentido negativo.
Errado. O texto, ao trazer a origem da palavra crítica, indica a principal tarefa do crítica: colocar
em crise aquilo que aparentemente está estável. Lembre-se da imagem 1 da aula 1: o crítico é
aquele que lança uma pedra na água parada e é, ao mesmo tempo, a pedra lançada. 
Letra e.O texto 2 traz uma perspectiva contraditória em relação ao texto 1. Errado. Os textos são
complementos. A crítica performátiva ou a crítica de artista pensada por Ricardo Basbaum não
nega a função da crítica: colocar em crise, ouseja, em movimento, a obra criticada.
7  Código: 22334 - Enunciado: A seguir, leia os trechos de uma carta do escritor Graciliano Ramos
ao autor argentino Benjamín de Garay: [...] Se a minha “Baleia” for bem recebida aí, mandar-lhe-
ei, caso você ache conveniente, umas histórias semelhantes, lá para o fim do ano, que é quando
espero concluir o trabalho. Poderemos publicá-las em espanhol; primeiro em jornal, depois em
livro. Antes disso, vamos ver como tratam a cachorra doente. [...] Outra coisa: o Angústia saiu
com grande quantidade de pastéis. Provavelmente você vai encontrar dificuldades na tradução.
Há também expressões nordestinas de São Bernardo, que aqui no Sul ninguém entende. Se você
tiver alguma dúvida, escreva-me. 
Adeus, caro Garay. Um abraço do G. Ramos MAIA, Pedro Moacir. Cartas inéditas de Graciliano
Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro. In: ROCHA PERES,
Fernando (Org.). Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de
Garay e Raúl Navarro. Salvador: Edufba, 2008. Nos trechos da carta, Graciliano Ramos, escritor
de Angústia e de São Bernardo, mostra preocupação com possíveis dificuldades sobre a tradução
de expressões nordestinas que Benjamín Garay terá de fazer. Entendendo a tradução como
transcriação, o tradutor argentino poderá adaptar essas expressões à cultura de seu país?
Justifique sua resposta.
Resposta:
De acordo com a premissa de que a tradução como transcrição tem valor transformativo na obra,
o tradutor argentino poderá adaptar as expressões nordestinas a cultura de seu país. As
traduções portanto podem sofrer adaptações especialmente ao fazer uso de expressões e dizeres
populares, em português por exemplo temos "mamão com açúcar" e esta frase ficaria "a piece of
2.00/ 2.00
cake" em inglês. Podemos por exemplo, trazer em voga as dublagens da Disney, em "Wifi Ralph"
o Ralph lê wifi como uaifi, adaptando a piada em inglês para a cultura brasileira fazendo com que
seu publico alvo do outro país fosse capaz de entender que Ralph não sabe o que é wifi.
Comments: Ótimo, Larissa!
Justification: Expectativa de resposta: Sim, é possível que o tradutor argentino Benjamín Garay,
em seu processo de tradução, faça ajustes e adaptações não somente em relação a expressões
nordestinas, mas também a outros elementos do texto que considere importante sofreram
ajustes na medida em que a tradução é recriação e não reprodução do texto de partida. E
Gracialiano Ramos entende, de acordo com a carta, que a cultura local interfere na recepção de
um texto, tanto assim que aguarda notícias de como o público argentino receberá sua história de
Baleia antes de enviar outras semelhantes.
8  Código: 38124 - Enunciado: “Sendo as mulheres negras invibilizadas, não só pelas páginas da
história oficial brasileira, mas também pela literatura, e quando se tornam objetos de segunda,
na maioria das vezes, surgem ficcionalizadas a partir de estereótipos vários, para as escritoras
negras cabem vários cuidados. Assenhoreando-se ʻda pena ,̓ objeto representativo do poder
falocêntrico branco, as escritoras negras buscam inscrever no corpus literário brasileiro imagens
de uma autorrepresentação. Surge a fala e um corpo que não é apenas descrito, mas antes de
tudo vivido. A escre(vivência) das mulheres negras explicita as aventuras e as desventuras de
quem conhece uma dupla condição, que a sociedade teima em querer inferiorizada, mulher e
negra.”(Fonte: EVARISTO, C. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, N.;
SCHNEIDER, L. [Org.]. Mulheres no mundo: etnia, marginalidade, diáspora. João Pessoa: Ideia:
Editora Universitária - UFPB, 2005. p. 205.) 
 Com base no excerto descrito, da escritora Conceição Evaristo, apresente argumentos a favor da
produção literária que conecte os conceitos de:Escritura.Escritas de si.Escrevivência.
Resposta:
Toda produçao literaria é feita a partir de algum tipo de vivencia ou conhecimento por parte do
autor. Quando se trata de obras de mulheres negras, estas também se levam a escrever sobre
suas vivencias. Um texto autentico e pessoal é capaz de tocar e chocar leitores gerando interesse
e burburinho sobre o assunto. Portanto, quando mulheres negras fazem uso da "escrevivencia" e
falam sobre coisas pessoais que passaram, sao capazes de mostrar para outras pessoas a
dificuldade que encontram no dia a dia. É importante portanto que mulheres escrevam sobre
assédio, sobre lutas pessoais, sobre machismo, impunidade e superação para assim entao, poder
expor a realidade para pessoas que não a vivem. Textos sobre escritas de si auxiliam a população
á entender o problema, apoiar essas mulheres e ajudar superar essa desigualdade existente no
mundo.
Comments: Ótimo! lembrnado ainda a “escritura”, desenvolvido por Roland Barthes, como
linguagem subjetiva carregada de potência, certo? leia "Aula" do autor. Disponívle na internet.
Bjs
Justification: Expectativa de resposta:O excerto da escritora Conceição Evaristo apresenta a
defesa de uma poética que trabalha com elementos da vida pessoal e coletiva, na contramão de
uma história oficial que exclui a população afrodescendente e marginalizada, bem como
combate as narrativas estereotipadas e as perspectivas hegemônicas. A autora defende
elementos que dialogam com o conceito de “escritas de si”, trabalhado por Michel Foucault. Mais
ainda, pode ser relacionado com o conceito de “escritura”, desenvolvido por Roland Barthes,
como linguagem subjetiva carregada de potência. Pode-se, ainda, falar do poder da escritura
como vivência do ponto de vista da resistência aos discursos autoritários, marcados pela
violência e pelo patriarcalismo, presentes na formação do Brasil.
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