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Teorias Comportamentais da Aprendizagem

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Teorias Comportamentais da Aprendizagem
ORIGEM DA TEORIA
 O Behaviorismo desenvolveu-se num contexto em que a Psicologia buscava sua identidade como ciência, enfatizando o comportamento em sua relação com o meio. 
 Com isso, se estabeleceu como unidades básicas para uma análise descritiva nesta ciência, os conceitos de “Estímulo” e “Resposta”. 
 A partir da definição dessa base conceitual o ser humano passou a ser estudado como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre os estímulos do meio e as respostas que são manifestadas pelo comportamento.
Origem da Teoria
 A abordagem comportamentalista analisa o processo de aprendizagem, desconsiderando os aspectos internos que ocorrem na mente do agente social, centrando-se no comportamento observável. 
Essa abordagem teve como grande precursor o norte-americano John B. Watson, sendo difundida e mais conhecida pelo termo Behaviorismo.
Origem da Teoria
 A ideia principal do comportamentalismo é de que a aprendizagem ocorre como uma mudança de comportamento. São estudadas as respostas dadas pelo sujeito aos estímulos fornecidos pelo ambiente externo, não levando em consideração o que ocorre em sua mente durante o processo de aprendizagem.
Origem da Teoria
 Watson afirmava que a Psicologia Científica não deve tentar compreender o ser humano por meio de introspecção e nem conceituar aquilo que não pode ser apreendido; a ciência deve ter como objetivo de estudo apenas aquilo que pode ser observado e descrito em termos elementares, dispensando a subjetividade.
Origem da Teoria
 O homem só pode ser de fato conhecido no seu interior por meio do seu comportamento, que é a expressão visível de uma organismo. É uma resposta do organismo a algo que o impressiona a partir do exterior; a isso se deu o nome de Estímulo-Resposta (E-R). 
 A partir disso o comportamentalismo tornou-se conhecido por ver o ser humano como uma “caixa preta”, sobre a qual nada podemos afirmar.
Concepção de Educação
 A educação está intimamente ligada à transmissão cultural, assim como comportamentos éticos, práticas sociais, habilidades consideradas básicas para a manipulação e controle do mundo /ambiente.
A escola
 A escola nessa teoria tem a função de manter e conservar os padrões de comportamento aceito e uteis para uma determinada sociedade. Ela é considerada uma agencia educadora que adota formas de controle de acordo com os comportamentos esperados pelos alunos. 
 O comportamento é modelado a partir de estímulos externos (professor ou dirigente) e mantidos através de reforço, elogios, notas e prêmios. 
Ensino-Aprendizagem
 Baseia-se em uma cadeia: 
Estimulo-Resposta-Reforço, onde o ambiente fornece estímulos, a criança fornece a resposta a essa condição com sua compreensão e é recompensado ou reforçado de sua produção pelos adultos com elogios, notas, prêmios. 
Avaliação
Está diretamente ligada aos objetivos estabelecidos pelo professor, sendo avaliado no decorrer do processo. A avaliação consiste, nesta abordagem, em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada.
B. F. Skinner e a Educação
 Apesar de Watson ter sido o grande precursor do Behaviorismo, B. F. Skinner foi um dos psicólogos behavioristas que teve seus estudos amplamente divulgados, inclusive no Brasil, havendo um grau de aplicabilidade muito forte na educação.
B. F. Skinner e a Educação
 Skinner, apresenta o que chamamos de Behaviorismo Radical. 
 Ele inclui fatores internos no âmbito das possibilidades de estudo de uma ciência do comportamento, considera fenômenos não diretamente observáveis – “eventos privados” – considerando-os, também, comportamentos, vindo daí a radicalidade dessa vertente.
 Observando elementos até então desprezados pelo comportamentalismo, Skinner não deu abertura à introspecção, mas admitiu o estudo de pensamentos e sentimentos, desde que estes sejam abordados por intermédio de sua manifestações exteriores.
Skinner considera que todas as crianças nascem com três características congênitas:
1) Competências genéticas;
2) Capacidade para responder aos reforços;
3) Repertório de comportamentos respondentes.* 
*Resposta é emanada imediatamente após a apresentação do estímulo).
No entanto, para que este fosse compreendido, Skinner fez uma distinção entre dois tipos de comportamento: o “reflexo” e o “operante”. 
O comportamento reflexo 
 É o tipo de resposta não voluntária do organismo a um estímulo do ambiente como, por exemplo, o arrepio da pele ao ser atingida por um ar frio. Nesse caso, ar frio seria um “estímulo incondicionado” que ocasiona o “comportamento reflexo”. 
Comportamento Operante
 Temos determinados estímulos do ambiente que atuam como reforçadores de um tipo de comportamento operante e estes são responsáveis pelas nossas ações; sendo assim, agimos e operamos sobre o mundo em função das respostas (consequências) que nossas ações criam.
 De acordo com a teoria do condicionamento operante, o comportamento humano não é fruto de tendências inatas, mas sim de condicionamentos constituídos por circunstâncias reforçadoras, podendo, por isso, ser modificado por influência externa. 
 O condicionamento operante induz à aprendizagem operante, a qual se baseia nos seguintes princípios:
1) A frequência de uma conduta aumenta quando acompanhada de reforços positivos;
2) A frequência de uma conduta diminui quando não é acompanhada de reforços positivos;
3) A frequência de uma conduta diminui quando é acompanhada de castigos.
Reforço Positivo e Reforço Negativo
reforço positivo 
Fortalece um comportamento que ocasiona um estímulo agradável - Os reforços positivos tendem a aumentar a frequência da resposta. 
reforço negativo
Um comportamento é instalado com o intuito de evitar um estímulo desagradável. A punição conduz à extinção de uma resposta indesejada, mas não tem qualquer relação direta com o aumento da frequência das respostas desejáveis. 
A partir desse viés, Skinner desenvolveu o conceito de reforço, relacionando ao comportamento. Podemos distinguir dois tipos de reforço – o “positivo” e o “negativo” – que têm em comum a manutenção de um determinado comportamento. 
Generalização e Discriminação
 É nos conceitos de “generalização” e “discriminação” que a Teoria do Reforço de Skinner será compreendida como uma Teoria da Aprendizagem. 
 A generalização é a capacidade de darmos respostas semelhantes a situações semelhantes. 
 A discriminação consiste na capacidade de percebemos diferenças entre estímulos, dando respostas diferentes a cada um deles.
Generalização e Discriminação
 No caso da aprendizagem escolar, ambos os conceitos são fundamentais, pois em algumas situações o educando precisa generalizar, ou seja, transferir uma aprendizagem a diversas situações; ou discriminar, dar uma resposta específica a um determinado estímulo. 
Metodologia de Ensino
A Teoria Behaviorista de Skinner teve uma grande aplicabilidade na educação, sendo consubstanciada pela “tendência tecnicista” traduzida pelos métodos de ensino programado, o controle e organização das situações de aprendizagem e da tecnologia de ensino.
 Nessa abordagem, se incluem tanto a aplicação da tecnologia educacional e estratégias de ensino, quantas formas de reforço no relacionamento professor-aluno. 
Técnicas de Ensino
 Exercícios de repetidos;
 Ensino individualizado, tipo programado;
 Memorização.
 Demonstrações para imitação;
A aprendizagem por imitação é tanto mais eficaz quanto melhor conseguir assegurar as seguintes condições: 
 Amabilidade e competência do modelo; 
 Capacidade de observar, processar e reter informação por parte do aluno; 
 Frequência e intensidade do modelo. O modelo tem uma capacidade tanto maior para estimular a imitação quanto mais prestígio tiver, melhores relações afetivas estabelecer com o observador, mais continuada e intensa for a presença do modelo e mais informação conseguir transmitirao observador.
Princípios Psicopedagógicos 
 Definir com maior exatidão possível os objetivos finais da aprendizagem;
 Análise cuidada da estrutura das tarefas, de modo a determinar os objetivos do percurso;
 Apresentação da matéria em sequências curtas de forma a permitir um melhor condicionamento do aluno, conduzindo-o através de experiências positivas de aprendizagem;
 Apresentar estímulos capazes de suscitar as reações adequadas às aprendizagens desejadas;
Princípios Psicopedagógicos
Reforçar as reações desejadas;
 Proporcionar o conhecimento dos resultados da aprendizagem como forma de retroalimentação do processo;
 Recompensar, retirar a recompensa ou punir, em função da relação entre o comportamento expresso e a aprendizagem desejada;
 Exercitar os comportamentos aprendidos.
Resumindo...
Educação = Intervenção externa no comportamento
 Provocar comportamentos desejáveis
 Ensino = estímulo externo = educação (relação direta entre ensino e aprendizagem)
 Ensino = plano e execução pelo modelo científico
 Detalhamento de objetivos (comportamentais)
 Detalhamentos do procedimentos de ensino
 Avalição = verificação da consecução dos comportamentos

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