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Melanoma Epidemiologia ● Constitui apenas cerca de 4% dos tumores de pele, porém, representa mais de 79% das mortes por câncer de pele ● Incidência vem aumentando com os anos ● Incidência no Brasil: 4 casos/100.000 hab (Austrália é o país com maior incidência) ● Sobrevida média em 5 anos ○ Países desenvolvidos: 73% ○ Países em desenvolvimento: 56% ○ Média mundial estimada: 69% Fatores de risco ● Fatores de risco constitucionais e ambientais ○ Pele com fototipos mais claros (tipos de pele 1 e 2 de Fitzpatrick) ○ Presença quantitativa (mais de 50 nevos adquiridos) e qualitativa (presença de nevos atípicos) de nevos ○ História familiar ○ Predomínio: ■ Em jovens: mulheres ■ Meia-idade/idosos: homens ■ De forma geral: leve predomínio em mulheres, mas em homens é mais letal ○ Maior incidência da quarta a sexta décadas de vida ○ Exposição solar na infância e fotoexposição intermitente levando à queimadura são mais importantes que exposição contínua sem queimadura (ao contrário do CEC, que depende dessa exposição cumulativa) Fototipos de Pele Classificação de Fitzpatrick 1. Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol; 2. Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao sol; 3. Pele morena clara – queima (moderadamente)– bronzeia (moderadamente) – sensibilidade normal ao sol; 4. Pele morena moderada – queima (pouco) – sempre bronzeia – sensibilidade normal ao Sol; 5. Pele morena escura – queima (raramente) – sempre bronzeia – pouco sensível ao sol; 6. Pele negra – nunca queima – totalmente pigmentada – insensível ao sol. Fisiopatologia ● Ainda é desconhecida, mas parece ser multifatorial, com a exposição aguda aos raios UV (queimaduras solares) no período da infância como o maior vilão ● É também conhecida a capacidade de transformação maligna de nevos atípicos preexistentes ou nevos congênitos, havendo, nesses casos, maior participação genética familiar Quadro clínico Classicamente, há quatro tipos fundamentais: ● Melanoma disseminativo superficial ○ Tipo mais comum: 60-65% das apresentações ○ Aparece principalmente entre a quarta e quinta décadas de vida, preferencialmente no tronco dos homens e membros inferiores das mulheres ○ Normalmente associado à lesão (nevo) pré existente ○ Crescimento radial presente por período de tempo relativamente longo - invasão da derme e metástases mais tardias ○ Diagnóstico precoce ○ Apresentação que mais se ajusta a regra do ABCD ○ Tratamento adequado é compatível com cura Quadro clínico Classicamente, há quatro tipos fundamentais: ● Melanoma nodular ○ Segundo tipo mais comum: 15-20% das apresentações ○ Mais frequente nas quinta e sexta décadas de vida e no sexo masculo (proporção 2:1) ○ É agressivo - não possui fase de crescimento radial ○ Invade desde inicialmente as camadas dérmicas - alto poder de metastatização ○ Lesão papulosa ou nodular, elevada, de cor castanha, negra ou azulada ○ São frequentes a ulceração e o sangramento ○ Existe a variante amelanótica, com superfície critematosa Quadro clínico Classicamente, há quatro tipos fundamentais: ● Melanoma acral lentiginoso ○ Mais comum em indivíduos não caucasianos (35-65%) ○ Não tem predileção por sexo ○ Mais comum na sétima década de vida ○ Superfícies palmo-plantares, extremidades digitais, mucosas e semimucosas ○ Nas extremidades digitais pode-se apresentar como: ■ lesão tumoral acastanhada subungueal ■ melanoníquia estriada ■ fragmentação longitudinal da lâmina ungueal ■ paroníquia crônica e persistente ○ É o tipo histológico mais agressivo dentre os melanomas Quadro clínico Classicamente, há quatro tipos fundamentais: ● Melanoma lentigo malígno ○ Forma clínica menos agressiva ○ Fase de crescimento radial mais longa de todos os subtipos clínicos ○ Surge em área de fotoexposição crônica ○ Comum na face das pessoas idosas ○ 2-5% dos casos ○ Apresenta-se como mancha acastanhada ou enegrecida, de limites nítidos e irregulares, alcançando vários centímetros de diâmetro Diagnóstico ● Deve ser suspeitado em toda lesão melanocítica que apresentar alteração de cor, tamanho ou forma. ● ABCD ● Diagnóstico histológico ○ Biópsia excisional - se anatomia/extensão da lesão impedir faz-se a incisional na parte mais espessa da lesão suspeita ○ É primordial a retirada de toda a lesão assim que há suspeita clínica (exceção: lesão muito extensa e lesão de face) ○ Avaliação da espessura do tumor por meio da avaliação dos níveis de Clark e Breslow ● Cerca de 90% dos melanomas são diagnosticados como tumores primários, sem qualquer evidência de metástase. Tratamento ● Cirurgia é o único tratamento eficaz para melanoma não metastizado ● Ampliação da margem só pode ser realizada após pesquisa de linfonodo-sentinela ● Se houver metástase linfonodal ou orgânica: quimioterapia ○ Sobrevida em 5 anos é de apenas 10% Tratamento ● É menos comum, mas pode haver metástase de longa distância ○ Sítios mais comuns: a pele e tecido celular subcutâneo, pulmão, fígado e cérebro ● Esses apresentam prognóstico ruim, com sobrevida média de 6 meses, e o tratamento paliativo (quimioterapia e radioterapia) para doença disseminada não apresenta aumento na sobrevida ● Recentemente, foi demonstrado que o uso de interferon pode prolongar a sobrevida em 5 anos - Assunto controverso Prognóstico ● Melhor para os subtipos lentigo maligno e disseminação superficial ● O pior prognóstico está associado à: ○ idade superior a 60 anos ○ pacientes do sexo masculino ○ lesões localizadas no tronco ○ tumores de maior espessura ○ indivíduos de padrão socioeconômico mais baixo Bibliografia https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Ely/publication/343838295_Skin_melanoma_in_brazil/links/60a7b f75a6fdcc6d6263b3de/Skin-melanoma-in-brazil.pdf Medcurso https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Ely/publication/343838295_Skin_melanoma_in_brazil/links/60a7bf75a6fdcc6d6263b3de/Skin-melanoma-in-brazil.pdf https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Ely/publication/343838295_Skin_melanoma_in_brazil/links/60a7bf75a6fdcc6d6263b3de/Skin-melanoma-in-brazil.pdf