Direito Falimentar

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Direito Falimentar e Recuperacional
23 de Março
Procedimento comum para a recuperação e a falência.
2.3 Verificação e Habilitação de crédito: (do art. 7º ao 20)
ANTES DE CHEGAR A ESSA ETAPA É PRECISO CONSOLIDAR O QGC (QUADRO GERAL DE CREDORES).
O OBJETIVO COM A VERIFICAÇÃO E HABILITAÇÃO DE CRÉDITO É CONSTRUIR UMA PLANILHA CONTENDO PESSOA E VALOR, PODE PARECER FÁCIL, MAS NÃO.
É JUSTAMENTE AQUI QUE É O BURACO NEGRO DA RECUPERAÇÃO E DA FALÊNCIA, POIS É UM BURACO MACIÇO, QUANTO MAIOR A MASSA, MAIOR A GRAVIDADE, TENDO MUITOS CRÉDITOS.
É AQUI ONDE SE TEM O POLMO DA DISCÓRDIA, AQUI QUE FAZ O PROCESSO PARAR. O OBJETIVO É FAZER COM QUE O PROCESSO NÃO PARE, MAS QUE SE TENHA UM QUADRO GERAL DE CREDORES CONSOLIDADO, SE PREPAROU TUDO PARA O PROCESSO ANDAR. NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL PARA A ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES E NA FALÊNCIA PARA A REPARTIÇÃO DO ATIVO.
O PRIMEIRO PASSO PARA TER UM QUADRO GERAL DE CREDORES CONSOLIDADE É A VERIFICAÇÃO E HABILITAÇÃO DE CRÉDITO QUE NADA MAIS É DO QUE VERIFICAR EM LIVROS E EM DOCUMENTOS (NOTA FISCAL, CONTRATOS, QUALQUER MEIO DE PROVA, COMPROVANTE BANCÁRIO, RECIBOS ASSINADOS), ESSES VALORES. SE TIVER UM CRÉDITO QUE NÃO CONSTA NA RELAÇÃO DO DEVEDOR ESSE CRÉDITO SERÁ INCLUÍDO OU ABATENDO OU COMO UM CRÉDITO A SER DISCUTIDO PARA DESCOBRIR O PORQUE TEM AQUELE VALOR.
Verificação dos créditos = levantamento dos débitos do devedor
Apuração feita com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor, bem como nos documentos apresentados por credores.
Objetivo da falência: reunir credores e arrecadar bens:
	Massa falida subjetiva
	Credores
	Massa falida objetiva
	Bens
OS CRÉDITOS SERÃO PAGOS COM O QUE SOBROU DO ATIVO.
Quem faz a verificação dos créditos?
QUEM FAZ A VERIFICAÇÃO DOS LIVROS, DOS DOCUMENTOS, DAS NOTAS FISCAIS É O ADMINISTRADOR JUDICIAL.
Administrador judicial
Legislação anterior: pelo juiz
NA PRÁTICA AS RECUPERAÇÕES E AS FALÊNCIAS SÃO DE EMPRESAS DE GRANDE PORTE E OS PROCESSOS TEM 10.000 PÁGINAS, 15.000 PÁGINAS, SÓ UM CONTRATO QUE SE JUNTE AO PROCESSO PODE TER 300 PÁGINAS, E O ADMINISTRADOR DEVE VERIFICAR ALI NAS CONDIÇÕES DE PAGAMENTO O QUE É QUE CONSTA, COMO SERÁ PROCESSADO. É UMA QUANTIDADE INFINITA DE DOCUMENTOS QUE O ADMINISTRADOR DEVE ANALISAR.
O ADMINISTRADOR FAZ A ANÁLISE E VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS, ENTRETANTO SE TEM UMA JUDICIALIZAÇÃO DESSA PARTE DO PROCESSO, A ANÁLISE É ADMINISTRATIVO DO PROCESSO, NO ENTANTO CHEGA UM MOMENTO QUE HÁ UMA DIVERGÊNCIA QUE QUEM TEM QUE RESOLVER É O JUIZ, E QUEM TEM QUE FAZER ESSA VERIFICAÇÃO E EVENTUAL HABILITAÇÃO NÃO É MAIS O ADMINISTRADOR, MAS O JUIZ.
A RELAÇÃO NOMINAL COMPLETA DOS CREDORES QUEM ELABORA É O DEVEDOR. ESTE SABENDO DA SUA SITUAÇÃO DE CRISE PEDE AO JUIZ A SUA RECUPERAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CRISE, ELE ELABORA UMA PETIÇÃO INICIAL AO JUIZ, EXPLICANDO A SUA SITUAÇÃO DE CRISE, JUNTANDO DIVERSOS DOCUMENTOS, COMPROVANDO OS OUTROS REQUISITOS E DEPOIS DEVE JUNTAR UMA PLANILHA NOMINAL DOS CREDORES, CONTENDO NOME E VALOR DE TODOS OS CREDORES. O JUIZ RECEBE ISSO ANALISA E CASO DEFIRA (COMEÇA A CONTAR O PRAZO DE 180 DIAS), ELE VAI NOMEAR O ADMINISTRADOR JUDICIAL, SENDO ESTE UMA PESSOA DE CONFIANÇA DO JUIZ, E IRÁ DETERMINAR A PUBLICAÇÃO DE UM EDITAL PARA DAR CIÊNCIA AO OUTROS CREDORES, A FAZENDA PÚBLICA E AO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO DEFERIMENTO DO PROCESSAMENTO DA RJ E AQUI SERÁ PUBLICADO ESSE QUADRO CONTENDO A PRIMEIRA RELAÇÃO NOMINAL FEITA PELO DEVEDOR. AQUI OS CONTABILISTAS E OS CONTRATADOS DO DEVEDOR FARÃO ESSA RELAÇÃO, EM TESE ESSA RELAÇÃO DEVERIA TER UM GRAU DE CONFIABILIDADE ALTO, MAS NA PRÁTICA NÃO É, ACABA CONTENDO ERROS, AUSÊNCIAS, PESSOAS QUE DEVERIAM ESTAR NO QUADRO GERAL DE CREDORES NÃO ESTÃO, DIVERGÊNCIAS DO VALOR COLOCADO PELO DEVEDOR, DO VALOR ALEGADO PELO CREDOR.
A CONTAR DA PUBLICAÇÃO DO PRIMEIRO EDITAL QUE O JUIZ DETERMINOU A PUBLICAÇÃO, ABRE-SE PRAZO DE 15 DIAS PARA QUE OS CREDORES APRESENTEM AO ADMINISTRADOR JUDICIAL SUAS HABILITAÇÕES OU SUAS DIVERGÊNCIAS. PODE ACONTECER AQUI DUAS SITUAÇÕES, QUANDO O DEVEDOR APRESENTA A RELAÇÃO NOMINAL DE CREDORES, SE PODE TER PESSOAS QUE NÃO ESTÃO ALI INSERIDAS. (EX.: SE SOU CREDORA DE ALGUÉM E EU TOMO CIÊNCIA QUE ESSE CREDOR TEVE O PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DEFERIDO, EU DEVO OLHAR NA RELAÇÃO NOMINAL FEITA POR ELE SE EU ESTOU CONSTANDO NA LISTA, CASO MEU NOME NÃO ESTÁ CONSTANDO NO QUADRO DE CREDORES, EU IREI, ATRAVÉS DE UMA PETIÇÃO SIMPLES, PEDIR " SALVADOR, 23 DE MARÇO DE 2021. SENHOR ADMINISTRADOR JUDICIAL TIVE ACESSO A PRIMEIRA RELAÇÃO DE CREDORES E NÃO IDENTIFIQUEI O MEU NOME NA LISTA, ENTÃO POR FAVOR SOLICITO QUE ME HABILITE COMO CREDOR DE FULANO" EU MANDO ESSA PETIÇÃO SIMPLES PARA O ADMINISTRADOR JUDICIAL ACOMPANHADA DE TODA A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA PROVAR O QUE EU ESTOU ALEGANDO. JUNTADA DE NOTA FISCAL, DE CONTRATO, DE EMAILS, DE ACORDOS QUE FORAM FEITOS DURANTE O PROCESSO), A OUTRA SITUAÇÃO É MEU NOME CONSTAR, MAS CONSTAR ALI UM VALOR DIFERENTE DO VALOR QUE EU TENHO A RECEBER. (EX.: O MEU CRÉDITO É DE 1 MILHÃO, MAS CONSTA LÁ 500 MIL, EU DEVO POR MEIO DE PETIÇÃO SIMPLES APRESENTAR AO ADMINISTRADOR A MINHA DIVERGÊNCIA). ABRE-SE PRAZO DE 15 DIAS PARA QUE OS CREDORES SOLICITEM A SUA HABILITAÇÃO, OU APRESENTEM AS SUAS DIVERGÊNCIAS.
DEPOIS DESSE PRAZO DE 15 DIAS, O ADMINISTRADOR JUDICIAL RECEBEU TODOS OS PEDIDOS DE HABILITAÇÃO, TODAS AS DIVERGÊNCIAS, RECEBEU A PRIMEIRA RELAÇÃO FEITA PELO DEVEDOR, RECEBEU A CÓPIA DE TODAS AS NOTAS FISCAIS, DO LIVRO, DE TODOS OS CONTRATOS, EM 45 DIAS O ADMINISTRADOR ANALISARÁ DO QUADRO E DA DOCUMENTAÇÃO TODA QUE ESTÁ EM SEU PODER E VAI PUBLICAR A 2ª RELAÇÃO DE CREDORES, JÁ AUMENTANDO ASSIM A CONFIABILIDADE. COM BASE NOS DOCUMENTOS DO DEVEDOR E DO CREDOR QUE ESTÁ CONTESTANDO, ELE IRÁ ELABORAR UM SEGUNDO QUADRO. (15+45=60 DIAS).
O OBJETIVO É CONSOLIDAR UM QUADRO GERAL DE CREDORES, POR TANTO TEM DUAS RELAÇÕES, POIS O QUADRO GERAL DE CREDORES PERFEITINHO, NA PRÁTICA NÃO EXISTE, IRÃO HAVER DIVERSAS RELAÇÕES, PORÉM HÁ MECANISMOS PARA DAR UM FREIO NISSO DAÍ, SE CONSOLIDA OS QUE ESTÃO AÍ E DEPOIS IRÁ RESOLVER PONTO A PONTO OS CASOS. POR ISSO QUE OS PROCESSOS SÃO DEMORADOS.
A RETIFICAÇÃO DE CADA CREDOR É UMA RELAÇÃO DISTINTA, MAS CUIDADO COM A PALAVRA RETIFICAÇÃO!.
SE TEM DUAS RELAÇÕES, A PRIMEIRA RELAÇÃO FEITA PELO DEVEDOR, E POR ENQUANTO A SEGUNDA É FEITA PELO ADMINISTRADOR JUDICIAL, NÃO SÓ DUAS, MAS PODE SE TER DIVERSAS OUTRAS RELAÇÕES, MAS A NOSSA LEI TRAZ MECANISMOS PARA DAR FREIO.
O OBJETIVO AQUI É CONSOLIDAR UM QUADRO GERAL DE CREDORES, CONSTRUIR UMA RELAÇÃO FINAL DE CREDORES PARA DEPOIS FAZERMOS NA FALÊNCIA A CLASSIFICAÇÃO E O CONCURSO.
VAMOS PENSAR NA RECUPERAÇÃO (APESAR QUE ISSO VALE TANTO PARA A RECUPERAÇÃO, QUANTO PARA A FALÊNCIA): ESTOU EM CRISE, PEÇO O JUIZ A MINHA RECUPERAÇÃO, O JUIZ DEFERIU, QUANDO O JUIZ DEFERE O PEDIDO, ELE DETERMINA QUE SEJA PUBLICADO UM EDITAL CONTENDO A NOMEAÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL E A PRIMEIRA RELAÇÃO DE CREDORES, ESSA RELAÇÃO É ELABORADA PELO DEVEDOR, ELE ELABORA E NA PETIÇÃO INICIAL JÁ ENTREGA AO JUIZ. NESTE 1º EDITAL ABRE-SE PRAZO DE 15 DIAS PARA QUE OS CREDORES VERIFIQUEM ESSA RELAÇÃO REALIZADA PELO DEVEDOR E CASO HAJA ALGUM PROBLEMA COM ELA, SE MANIFESTE EM DUAS SITUAÇÕES POSSÍVEIS, A SUA AUSÊNCIA NA RELAÇÃO E ENTÃO VOCÊ IRÁ PEDIR PARA SE HABILITAR, OU QUANDO VOCÊ ESTÁ PRESENTE, MAS O SEU CRÉDITO ESTÁ ERRADO, ENTÃO VOCÊ PEDIRÁ PARA CONSERTAR. SE FAZ TODOS ESSES PEDIDOS AO ADMINISTRADOR NO PRAZO DE 15 DIAS. NOS 15 DIAS O ADMINISTRADOR RECEBERÁ A LISTA FEITA PELO DEVEDOR, E TUDO QUE OS CREDORES ELABORARAM E ENTREGARAM A ELE. A PARTIR DAÍ INICIA-SE O TRABALHO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL QUE TERÁ 45 DIAS PARA FAZER TODO O ESTUDO, TODO O LEVANTAMENTO PARA FAZER UM NOVO QUADRO GERAL DE CREDORES. APÓS 45 DIAS, ELE DEVE APRESENTAR UMA 2ª RELAÇÃO NOMINAL DE CREDORES QUE AGORA TEM UM GRAU DE CONFIABILIDADE MAIOR. NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL TEM-SE 180 DIAS PARA PREPARAR TUDO E SÓ AGORA TEM 1/3 DO PRAZO (15+45=60).
NESTA 2ª RELAÇÃO, O DEVEDOR APRESENTOU UM CRÉDITO DE UM DETERMINADO CREDOR 500.000, E O CREDOR DISSE QUE NÃO ERA ESSE VALOR E SIM UM MILHÃO E APRESENTA A NOTA FISCAL, O ADMINISTRADORENCONTROU UM COMPROVANTE DE PAGAMENTO PARA ESSE CREDOR DE CEM MIL, ENTÃO O CRÉDITO NÃO É UM MILHÃO ALEGADO PELO CREDOR, MAS NÃO É DE QUINHENTOS MIL ALEGADO PELO DEVEDOR, PELO LEVANTAMENTO FEITO PELO ADMINISTRADOR, O CRÉDITO É DE 900 MIL, ENTÃO ELE NA 2ª RELAÇÃO COLOCA 900 MIL, E SE O CREDOR OU DEVEDOR DISCORDAREM DESSE VALOR?
DA 2ª RELAÇÃO EM DIANTE, O JUIZ RESOLVERÁ AS SITUAÇÕES DIVERGENTES, ABRE-SE O PRAZO DE 10 DIAS PARA QUALQUER CREDOR, O COMETÊ DE CREDORES, O DEVEDOR OU OS SEUS SÓCIOS, OU O MP APRESENTAR AO JUIZ IMPUGNAÇÕES, ESTA IMPUGNAÇÃO É AUTUADO EM SEPARADO, O JUIZ JULGARÁ CADA IMPUGNAÇÃO SEPARADO, MAS SE TIVER MAIS DE UMA IMPUGNAÇÃO PARA O MESMO CRÉDITO, ELE JULGARÁ TODAS CONJUNTAMENTE, NÃO PRECISA SER DO MESMO CREDOR, É DO MESMO CRÉDITO. O QUE IMPORTA É O CRÉDITO QUE ESTÁ SENDO DISCUTIDO.
SAIREMOS DE UMA FASE MERAMENTE ADMINISTRATIVA, PARA UMA PARTE JUDICIAL, EM QUE O JUIZ IRÁ SE MANIFESTAR, PORTANTO HAVERÁ AGORA O INICIO DE OUTRO PROCEDIMENTO QUE É O DE JULGAMENTO DESSAS IMPUGNAÇÕES.
NÃO HAVENDO IMPUGNAÇÕES DEPOIS DO PRAZO DE 10 DIAS O JUIZ HOMOLOGA ESSA 2ª RELAÇÃO COMO O QUADRO GERAL DE CREDORES. ESTE QUADRO JÁ ESTÁ CONSOLIDADO, NA RECUPERAÇÃO SERÁ FEITO A ASSEMBLEIA E SE LEVARÁ A VOTAÇÃO O PLANO E SE FOR DEFERIDO INICIAR A RECUPERAÇÃO, E SE FOR NA FALÊNCIA SE VAI FAZER A CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS QUE ESTÁ NO QUADRO GERAL DE CREDORES, E FAZ O CONCURSO.
HAVENDO IMPUGNAÇÃO SE LEVA PARA O JUIZ UMA DISCUSSÃO, E AÍ INICIA NESTE PROCEDIMENTO, UM OUTRO PROCEDIMENTO QUE É O JULGAMENTO DAS IMPUGNAÇÕES.
EX.: A VASP ERA UMA COMPANHIA ÁREA QUE FALIU EM 2008. E QUANDO FALÊNCIA É DECRETADA A PRIMEIRA COISA QUE SE FAZ É ARRECADAR OS BENS, E O ADMINISTRADOR COM UM OFICIAL DE JUSTIÇA VAI ATÉ O ESTABELECIMENTO E LACRA, DEIXANDO QUE AS PESSOAS SÓ LEVEM OS BENS COMPROVADAMENTE PESSOAIS, O QUE NÃO FOR COMPROVADO, NÃO PODE TIRAR DE LÁ, DESLIGA TUDO E LACRA. NINGUÉM MAIS ENTRA SÓ O ADMINISTRADOR.
ASSISTIR ATÉ O MINUTO 4:10: youtube.com/watch?v=S-pOAtC2Vts
NO VÍDEO DÁ PARA VER CAMINHÕES, COMPUTADORES, EQUIPAMENTOS TUDO SE ACABANDO HÁ MAIS DE 10 ANOS, E TUDO ISSO É POR CONTA DA DEMORA É POR CONTA DESTAS IMPUGNAÇÕES, É ESTE O GRANDE PROBLEMA.
NÃO TEM LIMITE DE TEMPO EXATO PARA O JULGAMENTO DAS IMPUGNAÇÕES, POIS DEPENDE DO CASO CONCRETO, O PRAZO DE 180 DIAS É PARA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL E PENSANDO NISSO A NOSSA LEI TRAZ ALGUMAS TRAVAS, UMA SISTEMÁTICA PARE RESOLVER ESTE PROBLEMA DA IMPUGNAÇÃO NÃO JULGADA, AS VEZES NÃO É PORQUE O JUIZ NÃO QUER JULGAR, ELE NÃO TEM ELEMENTOS PARA JULGAR (PRECISA DE UMA PERÍCIA, AÍ FAZ OUTRA PERÍCIA, DISCUTE OUTRA COISA, PARA O PROCESSO E DISCUTE UMA COISA INCIDENTAL RELACIONADA AO PROCESSO).
A SOLUÇÃO PARA ESSA QUESTÃO, NA FALÊNCIA POR EXEMPLO PARA DAR CELERIDADE AO PROCESSO, É CONSTRUÍDO UM QUADRO GERAL DE CREDORES PARCIALMENTE CONSOLIDADOS E PAGA AOS CREDORES, ÓBVIO QUE MENOS POR QUE AO LADO DESTA CONSOLIDAÇÃO PARCIAL FAREMOS UMA RESERVA DE VALORES.
EX.: EU DEVO A JOÃO (15 MIL), LÚCIA(10 MIL), MARIA(30 MIL). MAS MARIA DISCORDA ALEGANDO QUE EU DEVO 50 MIL, E EU NÃO TENHO DINHEIRO PARA PAGAR JOÃO, LÚCIA E MUITO MENOS MARIA, SERÁ FEITA UMA REPARTIÇÃO DO QUE EU TENHO PARA QUE, EM CONCURSO, SE PAGUE ESSES CREDORES. OU EU PARO TUDO, FINALIZO AS DISCUSSÕES E PAGO UM POUQUINHO PARA CADA UM E CUMPRINDO A ORDEM QUE A LEI DETERMINAR, OU O QUE EU NÃO TIVER DÚVIDA, EU PAGO, COMO NÃO SABEREI O QUANTUM , SE FAZ UM CÁLCULO DE PROJEÇÃO, SE PROJETA LÁ NA FRENTE, NA PIOR DAS HIPÓTESES, QUANTO EU PAGARIA A CADA UM, CONSIDERANDO OS 50 MIL QUE MARIA ESTÁ ALEGANDO, SE OS 50 MIL FOREM VERDADEIROS, QUANTO EU ESTARIA HOJE PAGANDO A JOÃO, LÚCIA E MARIA? ATRAVÉS DISSO FAÇO UMA CONSOLIDAÇÃO DO QUADRO GERAL DE CREDORES, O QUE SOBROU EU DEIXO RESERVADO E ESTE VALOR QUE AINDA NÃO ESTÁ BATIDO O MARTELO EU DEIXO ALI, E LÁ NA FRENTE TEMOS DUAS POSSIBILIDADES, O DEFERIMENTO A MARIA E AÍ EU PAGO A ELA COM O QUE ESTÁ GUARDADO NA CONTA NO BANCO OU SE ESTE FOR INDEFERIDO, EU COMPLEMENTO A LÚCIA E A JOÃO O QUE ELES RECEBERIAM SE FOSSE AO INVÉS DE 50, 30 MIL. DESTA FORMA É UMA NOVIDADE INSERIDA PELA 14.112.
Na falência: Novidade para dar celeridade.
Havendo habilitações ainda não julgadas, promove-se a reserva do valor para fins de rateio, ou seja, projeta-se a existência do crédito pendente em sua respectiva classe, a fim e que fique retido o valor do pagamento depois de certificada a procedência da habilitação; por outro lado, os créditos incontroversos são pagos, ainda que não julgada a habilitação.
Art. 16
Para fins de rateio na falência, deverá ser formado quadro-geral de credores, composto pelos créditos não impugnados constantes do edital de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei, pelo julgamento de todas as impugnações apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei e pelo julgamento realizado até então das habilitações de crédito recebidas como retardatárias.
O PRAZO PARA A IMPUGNAÇÃO SÃO DE 10 DIAS PARA TODAS AS IMPUGNAÇÕES.
§ 2º Ainda que o quadro-geral de credores não esteja formado, o rateio de pagamentos na falência poderá ser realizado desde que a classe de credores a ser satisfeita já tenha tido todas as impugnações judiciais apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei, ressalvada a reserva dos créditos controvertidos em função das habilitações retardatárias de créditos distribuídas até então e ainda não julgadas.” (NR)
COM ISSO A GENTE PODE SEPARAR E CONSTRUIR UMA ESPÉCIE DE QUADRO PARCIALMENTE CONSOLIDADE, RESERVANDO DINHEIRO PARA RATEIOS FUTUROS (ISSO É USADO NA FALÊNCIA PARA EVITAR A PERDA DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR). O PRAZO DE 180 DIAS É APENAS PARA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, NA FALÊNCIA FICA SUSPENSA ATÉ O PAGAMENTO.
JÁ ENTENDEMOS A DIFICULDADE, DE DEMORA E DE ATRASO AQUI NO PROCESSO, MAS E SE HOUVER LÁ NA FRENTE, UM FATO NOVO?
SE SURGIR UM FATO NOVO NESSE MEIO CAMPO, O CREDOR DEVE ENTRAR COM UMA AÇÃO DE RETIFICAÇÃO.
IMAGINE QUE SE TEM IMPUGNAÇÕES JÁ JULGADAS, POR TANTO JÁ SE TEM UM QUADRO CONSOLIDADO. SE TEM IMPUGNAÇÕES RECEBIDAS E O JUIZ JULGOU, CONSOLIDANDO O QUADRO GERAL DE CREDORES (3ª RELAÇÃO POIS FOI O JUIZ QUE FEZ EM JULGAMENTO), E PODE SER QUE NÃO HAJA IMPUGNAÇÕES, CONSOLIDA O QUADRO GERAL DE CREDORES (UMA 2ª RELAÇÃO QUE FOI CONSOLIDADA, POIS FOI O QUADRO GERAL DE CREDORES QUE O ADMINISTRADOR FEZ). HAVENDO ISSO.
DEPOIS DAQUI SE HOUVER UM FATO NOVO, SE TEM UM PROCESSO AUTÔNOMO QUE SERÁ REGIDO PELO CPC, E TEM-SE UMA POSSIBILIDADE DE AÇÃO DE RETIFICAÇÃO. AQUI RETIFICAÇÃO SIGNIFICA UM FATO NOVO QUE SURGIU DEPOIS DAQUELE MOMENTO DE 15 DIAS EM QUE O CREDOR TINHA O PRAZO PARA APRESENTAR AS SUAS DIVERGÊNCIAS OU A SUA HABILITAÇÃO.
NÃO HAVENDO IMPUGNAÇÃO O JUIZ HOMOLOGA A 2ª RELAÇÃO E TEMOS UM QUADRO CONSOLIDADO, MAS ELE PODE SER ALTERADO CASO SURJA UM DOCUMENTO NOVO, SE DESCUBRA FRAUDE, ETC. HAVENDO IMPUGNAÇÃO O JUIZ TERÁ QUE JULGAR E TEMOS UM PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA QUE O JUIZ JULGUE.
JÁ ESTAMOS EM 70 DIAS (15+45+10), AÍ AGORA TEMOS MAIS 20, SOMANDO TUDO 90 DIAS.
ESSES PRAZOS SÃO TEÓRICOS, NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL SE TEM 180 DIAS, TEM QUE ACONTECER TUDO EM ATÉ 180 DIAS, MAS JÁ VIMOS QUE TEMOS A POSSIBILIDADE DE PRORROGAR POR UMA ÚNICA VEZ QUANDO O DEVEDOR NÃO DER CAUSA. NA PRÁTICA NÃO SE OBEDECE ESSES PRAZOS.
OS 5 DIAS QUE O JUIZ TEM PARA JULGAR É UM PRAZO IMPRÓPRIO.
HAVENDO CONSTESTAÇÃO OS CREDORES SÃO INTIMADOS PARA APRESENTAR EM 5 DIAS AS SUAS CONTESTAÇÕES, DEPOIS DISSO O DEVEDOR E O COMITÊ DE CREDORES SÃO INTIMADOS PARA SE MANIFESTAR SOBRE A CONSTESTAÇÃO NO PRAZO DE 5 DIAS (O DIRETOR IRÁ MANDAR PARA ELES A CONTESTAÇÃO DOS CREDORES ATRAVÉS DA INTIMIAÇÃO). ACABOU O PRAZO, O ADMINISTRADOR JUDICIAL SERÁ INTIMADO, MANDARÁ PARA O ADMINISTRADOR A IMPUGNAÇÃO, A CONTESTAÇÃO E DEPOIS A MANIFESTAÇÃO, OU SEJA ESSES TRÊS DOCUMENTOS SERÃO MANDADOS PARA O ADMINISTRADOR JUDICIAL PARA QUE ELE EMITA UM PARECER.
E ENTÃO TODOS ESSES DOCUMENTOS, A IMPUGNAÇÃO, CONTESTAÇÃO, MANIFESTAÇÃO E PARECER SERÃO ENVIADOS PARA O JUIZ PARA QUE ELE SENTENCIE.
É POSSÍVEL DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS, ANTES DA SENTENÇA, ACONTEÇAM, POIS É POSSÍVEL QUE ESSA DISCUSSÃO DA IMPUGNAÇÃO DEMORE BASTANTE TEMPO E TERÁ QUE DISTRIBUIR,FAZER PAGAMENTOS, PARA QUE NÃO ATRASE TODO MUNDO O JUIZ RESERVA O VALOR DAQUELA IMPUGNAÇÃO PARA UM PAGAMENTO FUTURO.
COMO A IMPUGNAÇÃO PODE DEMORAR, O OUTRO QUADRO PARCIAL SEGUE, RESERVA O VALOR A SER PAGO DESTE CRÉDITO, PARA ESSES CREDORES ENVOLVIDOS E LÁ NA FRENTE SE PAGA. SE O RESULTADO DA IMPUGNAÇÃO FOR POSITIVO PARA O CREDOR QUE ESTÁ QUESTIONANDO PEGA O VALOR QUE ESTÁ SENDO RESERVADO, PAGA E PONTO FINAL, SE FOR NEGATIVO, SE CHAMA TODOS OS OUTROS QUE JÁ RECEBERAM E COMPLEMENTA O VAOR QUE ELES RECEBERAM DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO.
TENDO O JUIZ RECEBIDO TODOS ESSES DOCUMENTOS, ELE DEVE NUM PRAZO IMPRÓPRIO, SENTENCIAR NO PRAZO DE 5 DIAS.
OCORREU A PETIÇÃO INICIAL, O JUIZ DEFERIU O PROCESSAMENTO DA RJ, O NOSSO OBJETIVO É CHEGAR NA ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES, O PLANO SENDO DEFERIDO O JUIZ POR SENTENÇA HOMOLOGA ESSE PLANO QUE FOI DEFERIDO, E AÍ INICIA-SE A RECUPERAÇÃO, E LÁ NO FINAL, FINDANDO O PRAZO DE 2 ANOS O JUIZ ENCERRA A RECUPERAÇÃO. E O JUIZ POR SENTENÇA JULGA AS IMPUGNAÇÕES.
Cabe recurso da sentença?
Se sim, qual?
ESSA SENTENÇA NÃO É TERMINATIVA, NÃO TEM NATUREZA DE SENTENÇA, ELA RESOLVEU UMA IMPUGNAÇÃO INCIDENTAL QUE SURGIU NO PROCESSO, PORTANTO NÃO CABE APELAÇÃO, CABE Agravo de Instrumento.
DA SENTENÇA QUE JULGA AS IMPUGNAÇÕES CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO.
TIVEMOS UMA 1ª RELAÇÃO APRESENTADA PELO DEVEDOR, UMA 2ª RELAÇÃO APRESENTADA PELO ADMINISTRADOR JUDICIAL, SE NÃO HOUVER IMPUGNAÇÃO NÓS TEMOS UMA CONSOLIDAÇÃO DA 2ª RELAÇÃO (QUADRO GERAL DE CREDORES), SE HOUVER IMPUGNAÇÃO NÓS VAMOS TER UMA SENTENÇA E TEREMOS UMA 3ª RELAÇÃO E CONSOLIDAR O QUADRO GERAL DE CREDORES COM ESTA 3ª RELAÇÃO, É POSSÍVEL QUE HAJA O RECURSO DO AGRAVO E QUANDO O TRIBUNAL JULGAR ENTRAGARÁ O ACÓRDÃO COM O SEU ENTENDIMENTO DA SENTENÇA DO JUIZ, A DEPENDER TEREMOS JÁ AQUI UMA 4ª RELAÇÃO QUE É JUSTAMENTE A DO AGRAVO DE INSTRUMENTO E SE MODIFICA NOVAMENTE O QUADRO PARA CONSOLIDAR UM NOVO QUADRO. ALÉM DISSO JÁ SABEMOS TAMBÉM QUE É POSSÍVEL COM BASE NO ART. 19 HAVENDO FRAUDE, ATRAVÉS DE UMA AÇÃO PRÓPRIA ORDINÁRIA, UMA AÇÃO DE RETIFICAÇÃO TER TAMBÉM UMA OUTRA RELAÇÃO, SE JÁ TIVER UMA 4ª RELAÇÃO, SE TERÁ UMA 5ª RELAÇÃO.
Ação de Retificação - Art. 19, Lei 11.101/2005
Art. 19. O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do Ministério Público poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, pedir a exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados na época do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores.
É POSSÍVEL DEPOIS DA CONSOLIDAÇÃO DO QUADRO GERAL DE CREDORES, HAVENDO ELEMENTO NOVO UMA 4ª RELAÇÃO, OU UMA 3ª SE TRATANDO DE NÃO HAVER UMA IMPUGNAÇÃO.
ATÉ O FINAL DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU DA FALÊNCIA É POSSÍVEL QUE VOCÊ ALEGUE A SIMULAÇÃO, ESTE ERRO, ESTE FATO NOVO. OUTRO MOMENTO DE ALTERAÇÃO DA RELAÇÃO NOMINAL, HAVERÁ UMA NOVA RELAÇÃO DO QUADRO. ISSO SÓ SE HAVER FATO NOVO APÓS A CONSOLIDAÇÃO DO QUADRO, SE FOR ANTES ENTRA COMO IMPUGNAÇÃO E QUE NÃO SEJA NA PARTE DE JUNTAR DOCUMENTO PORQUE ENTRA COMO HABILITAÇÃO OU MODIFICAÇÃO NA PARTE DO ADMINISTRADOR JUDICIAL.
DEPOIS DISSO AINDA É POSSÍVEL ALTERAR.
E SE UM CREDOR PERDER O PRAZO DE 15 DIAS?
Ocorre preclusão, no caso de os credores não habilitarem seus créditos no prazo de 15 dias? 
È possível habilitação após o prazo de 15 dias?
LEI DIZ QUE DEPOIS DO PRIMEIRO EDITAL ABRE-SE UM PRAZO DE 15 DIAS PARA HABILITAÇÃO, CASO O CREDOR NÃO O FAÇA, O QUE ACONTECE?
ESTAMOS FALANDO DE UMA TENTATIVA DE SOERGUER A EMPRESA, COLOCAR O DEVEDOR DE VOLTA AO MERCADO, POR ISSO TEM QUE RESOLVER TODAS AS PENDÊNCIAS, NÃO PODE DEIXAR UM CRÉDITO A SER RESOLVIDO, E SERIA UM PROBLEMA ISSO, POIS SE O CRÉDITO NÃO ENTRA NA RECUPERAÇÃO, O CREDOR TERÁ QUE RECEBER O CRÉDITO EM ALGUM MOMENTO, POIS ELE NÃO PERDE ESSE DIREITO, MAS SE ELE NÃO ENTRA NA RECUPERAÇÃO E PRESSUPONDO QUE A RECUPERAÇÃO FOI FINDADA E SE CONSIGA REERGUER ESSE DEVEDOR, CASO AINDA NÃO TENHA PRESCRITO ESSE CREDOR RECEBERÁ O CRÉDITO CHEIO? SENDO QUE OS OUTROS CREDORES RECEBERAM SEUS CRÉDITOS COM DESÁGIO? POR ISSO EXISTE AS HABILITAÇÕES RETARDATÁRIAS QUE ESTÃO PREVISTAS NO ART. 10. CLARO QUE HAVERÁ SANÇÕES, POIS O CREDOR CHEGOU ATRASO EM RELAÇÕE AOS OUTROS, HAVERÁ SANÇÃO NA RECUPERAÇÃO E NA FALÊNCIA.
HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA
NA FALÊNCIA, COM EXCEÇÃO DOS CREDORES TRABALHISTAS, SE PERDE O DIREITO A VOTO NA ASSEMBLEIA, SALVO SE JÁ TIVER CONSOLIDADO O QUADRO GERAL DE CREDORES NO MOMENTO DA ASSEMBLEIA, NA FALÊNCIA APENAS. SE JÁ TIVER TIDO PAGAMENTO, VAI DEPENDER DO MOMENTO EM QUE ESTE RETARDATÁRIO ESTARÁ ENTRANDO NO PROCESSO MAIS RISCO ELE CORRE, SE JÁ TIVER TIDO PAGOS, SE JÁ TIVER TIDO RATEIOS, ELE VAI PERDER. E ELE VAI PEDIR PARA A SUA HABILITAÇÃO ENTRAR, CASO SEJA INDEFERIDA, ELE PODE PEDIR RESERVA DE VALOR DEPOIS QUE DISCUTIR O DEFERIMENTO OU INDEFERIMENTO, ELE RECEBER, MAS O QUE JÁ TIVER SIDO FEITO, ELE VAI PERDER.
Não ocorre preclusão;
È possível habilitação após o prazo de 15 dias.
SE A EMPRESA NÃO SE RECUPERAR HÁ UMA CONVOLAÇÃO DO PROCESSO EM FALÊNCIA, E AÍ SIM HAVERÁ O PAGAMENTO DO QUE SOBROU PARA OS CREDORES.
Após o encerramento da RJ, é possível habilitar crédito?
Mas, a fim de promover a celeridade:
Art. 10.
§ 9º A recuperação judicial poderá ser encerrada ainda que não tenha havido a consolidação definitiva do quadro-geral de credores, hipótese em que as ações incidentais de habilitação e de impugnação retardatárias serão redistribuídas ao juízo da recuperação judicial como ações autônomas e observarão o rito comum. 
VOLTA COMO HABILITAÇÃO DA RECUPERAÇÃO POR TANTO PARA O JUÍZO DA RECUPERAÇÃO
§ 7º O quadro-geral de credores será formado com o julgamento das impugnações tempestivas (AQUELAS NO PRAZO LEGAL DE 10 DIAS) e com as habilitações e as impugnações retardatárias decididas até o momento da sua formação. 
O NOSSO OBJETIVO É CONSOLIDAR O QUADRO GERAL DE CREDORES, O QUE SE TEM ATÉ AQUELE MOMENTO SE ANALISA PARA CONSOLIDAR O QUADRO GERAL DE CREDORES.
E mais:
Art. 16. Para fins de rateio na falência, deverá ser formado quadro-geral de credores, composto pelos créditos não impugnados constantes do edital de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei, pelo julgamento de todas as impugnações apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei e pelo julgamento realizado até então das habilitações de crédito recebidas como retardatárias.    
E AÍ PÕE FIM AO QUADRO GERAL DE CREDORES.
O PENSAMENTO DE ALGUMAS PESSOAS DA DOUTRINA É SE A GENTE DÁ CELERIDADE, SERÁ QUE NÃO PODEMOS EM ALGUNS CASOS FAZER O QUE A GENTE NÃO QUER QUE ACONTEÇA QUE É FAZER COM QUE A DEVEDORA NÃO SE RECUPERA? POIS TEREMOS ALI ALGUNS CRÉDITOS, NÃO TODOS. MAS SERÁ QUE NÃO SE COMPROMETE O CONTRADITÓRIO? POIS ALGUNS CREDORES NÃO ENTRARÃO LOGO NO PROCESSO, ENTRARÃO DEPOIS. A SOLUÇÃO É ESSA, PARAR E RESOLVER O QUE TEM DE RESOLVER E IR DISCUTINDO A MEDIDA QUE AS COISAS FOREM CHEGANDO. O QUE A EMPRESA ELABOROU E SEPAROU PARA CONSEGUIR SE RECUPERAR, PODE SER QUE NÃO SEJA SUFICIENTE EM UM DETERMINADO MOMENTO.
Assim:
	Durante todo o procedimento, admite-se a habilitação retardatária, cujo meio de processamento depende do momento da intervenção:
	Se antes da consolidação do quadro geral de credores:
	Processa-se como impugnação (Com aqueles prazos)
	Se depois:
	Como ação autônoma (Art.19)
ESTA HABILITAÇÃO NA RECUPERAÇÃO PODE OCORRER ATÉ APÓS O ENCERRAMENTO DA RECUPERAÇÃO, SE HOUVER PRAZO PRESCRICIONAL, SE JÁ HAVER PRESCRITO NÃO PODE ENTRAR, PORÉM NA FALÊNCIA A LEI TROUXE UM PRAZO DECADENCIAL PARA SE HABILITAR.
O QGC, portanto, sempre pode ser aditado, a cada nova decisão sobre crédito que deva ser alterado, incluído ou excluído. Mas, a 14.112/2020 incluiu um prazo decadencial:
Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7º , § 1º , desta Lei, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias.
§ 10. O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito em,no máximo, 3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência, sob pena de decadência. 
O PRAZO DA SUSPENSÃO NÃO INICIA NA DATA DE PUBLICAÇÃO E SIM DA DECISÃO, OU SEJA, UM POUCO ANTES, JÁ ESTE PRAZO DECADENCIAL COMEÇA A CONTAR DA DATA DE PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA.
POR TANTO, NA FALÊNCIA AS HABILITAÇÕES RETARDATÁRIAS TEM UM PRAZO DECADENCIAL DE 3 ANOS E NA RECUPERAÇÃO NÃO HÁ ESTE PRAZO, É ATÉ ONDE HAJA CRÉDITOS PRESCRICIONAIS.