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Processo de Execução

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Processo de Execução:
Execução em geral 
Existem dois tipos de execução por este motivo o código de processo fez uma distinção deles, ficando assim:
1. Execução fundada em titulo judicial denomina-se cumprimento de sentença
Sendo ela apenas mais uma fase dentro do processo de conhecimento
2. Execução fundada em titulo extrajudicial este constitui um novo processo. 
Apenas as sentenças arbitrais, penal condenatória ou estrangeira irá ser uma exceção à regra, pois são cumprimento de sentença mais constitui um novo processo, pelo fato de não existir um processo anterior. 
Instrumentos da sanção executiva 
Quando o credor não cumpre a sua obrigação de forma voluntaria, o judiciário é acionado para forçar com que este devedor paga o que deve entregue ou não faça algo, mas de que forma ele poderia fazer isto? 
Pode ser feito de duas formas: por meio de sub-rogação ou coerção. 
O juiz vai substituir o devedor no cumprimento- ex.: apreende bens suficientes do patrimônio do devedor, e com ele paga o credor.
Quando este não entrega algo ao credor juiz tira da posse do primeiro e entrega ao segundo. 
A de coerção, nesta modalidade o juiz não irá cumprir a obrigação pelo devedor, pelo contrario com os poderes que este mune os usa para coagir que o devedor cumpra de forma espontânea. A ex.: fixar multa diária. 
Este instrumento é mais usado nas obrigações de caráter personalíssimo. Ex.: devedor é um pintor famoso comprometeu-se a pintar um determinado quadro para expor, não tem como o estado- juiz substituir este, dada a natureza pessoal, mas pode multar ele para que o faça. 
Espécies de execução Mediata e imediata
	A primeira se aperfeiçoa com a instauração de um processo o qual o executado deve ser citado;
Já a segunda se realiza sem um novo processo, sendo uma sequencia natural da fase de conhecimento que lhe antecedeu. 
Especifica
	Busca se a satisfação da pretensão do autor como consta no titulo executivo. Quando tem um inadimplemento do devedor, o credor deve conseguir alcançar o resultado mais próximo daquele que iria se obter se fosse comprida de forma espontânea. 
A execução lhe dos meios que vai assegurar o cumprimento especifico da obrigação, reservando lhe o direito a reversão a perdas e dano para hipóteses de cumprimento especifica tornou- se impossível, ou em casos que este preferir assim. 
Art. 497 CPC, 499, 536, parágrafo 1º, 498. 
Por titulo judicial ou extrajudicial 
	Títulos judiciais estão previstos no art. 515 e os extrajudiciais estão no art.784. 
	Para diferenciar estes é pela espécie imediata, sem novo processo é titulo judicial, salvo a exceção já especificada lá em cima. Formação de novo processo autônomo, mediata, sendo titulo extra. 
 Do cumprimento definitivo ou provisório
	O cumprimento de sentença poderá ter hipóteses em que poderá ele ser provisória ou definitiva. E este será provisório quando: 
· Fundada em decisões judiciais não transitadas em julgado (interlocutória de mérito, julgamento antecipado da lide, sentença ou acórdão os quais tem recurso pendente que não tem efeito suspensivo). Art. 520 CPC. 
· E da efetivação de tutela provisória. 
E o cumprimento definitivo:
· Ainda que tenha agravo de instrumento pendente contra decisão que julga impugnação. 
· E as demais decisões.
A execução extrajudicial sempre será definitiva, nos termos da sumula 317 do STJ. Mesmo em casos que tenham recurso que podem extinguir a sentença, o legislador optou por mate-la definitiva. 
Independente de definitiva ou provisória se houver reversão do julgado e disso advierem prejuízos para o devedor, o credor responde objetivamente pelos danos que deverão ser ressarcidos. 
PRINCÍPIOS
· Da autonomia
· Patrimonialidade A execução recaí sobre o patrimônio e bens não sobre a pessoa do devedor. 
· Exato adimplemento Obter o mesmo resultado caso o devedor tivesse cumprindo de forma espontânea. 
· Disponibilidade do processo pelo credor ele pode desistir dela a qualquer tempo, sem necessidade de consentimento do devedor. Art. 775. 
· Utilidade a execução só se justifica se trouxer alguma vantagem para o credor. 
· Da menor onerosidade art. 805
· Contraditório não é principio especifico, mas principio geral do direito civil, mesmo pela mitigação que justifica a natureza da execução, o contraditório há de estar presente. 
ATOS EXECUTIVOS
Mesmo que a condenação seja uma só, desde a PI até a satisfação do julgado é preciso distinguir fase cognitiva da executiva, pois os atos são diferentes em cada fase. 
· Atos de cognição são aqueles realizados com a finalidade de dar elementos ao juiz para proferir ao final uma sentença de mérito, formulando a regra que rege o caso em concreto. 
Quando a obrigação esta consubstanciada em titulo executivo, judicial ou extrajudicial, tem-se o inicio da execução, no primeiro caso é apenas uma fase subsequente à cognitiva e no segundo um novo processo. 
Aqui a finalidade já não é mais uma incerteza, mas um solucionar de uma crise decorrente de um inadimplemento. Com base nisto o juiz não irá dizer o direito, mas dar providencia concretas, materiais para satisfação do credor. 
Incluindo apreensões e avaliações de bens, tomando diversas medidas de coerção ou sub-rogação. 
COMPETÊNCIA
Para saber quem tem a competência específica para promover a execução, existem dois artigos a respeito disto 516 e 781. 
O primeiro trata da competência para cumprimento de sentença, o segundo para o processo de execução, fundada em titulo extra. 
Aqui a competência pode ser absoluta ou relativa, consoante imposta ou não por norma de ordem publica. Somente a violação da primeira pode ser conhecida de oficio. 
Cumprimento de sentença 
	Regra para esta espécie está disposta no art. 516. As duas primeiras hipóteses são competências funcionais, pois sempre estará atrelada a um processo de conhecimento anterior, sendo, portanto desta forma absoluta e não pode ser modificada pelas partes muito menos modificada por foro de eleição. 
Nos casos do II e III o exequente poderá optar pelo juízo do seu atual domicilio, pelo juízo local onde se encontrar os bens a serem executados ou pelo juízo onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer. Onde os autos devem ser solicitados ao juízo de origem. 
Execução de titulo extrajudicial
A competência aqui é relativa e devem ser apuradas as regras dispostas no art. 781. 
· Se há foro de eleição trata-se de competência relativa, as partes podem fixa com o que constar do titulo.
· Se não houver eleição, deverá prevalecer a regra geral de competência do foro de domicilio do executado ou de situação dos bens. 
Das partes
A legitimidade ativa para promover a execução esta enumerada no artigo 778 do CPC. 
a. Credor, a quem a lei confere titulo executivo;
b. O sucessor mortis causa;
c. Cessionário; 
d. MP 
e. O sub-rogado 
f. Fiado sub-rogado 
g. O ofendido, ainda que não figure o titulo executivo; 
h. Advogado; 
Legitimidade passiva esta enumerada no art. 779 do CPC. 
I. Devedor, reconhecido como tal no titulo executivo; 
II. O espolio, os herdeiros ou sucessores do devedor; 
III. O novo devedor que assumiu com o consentimento do credor a obrigação resultante de titulo executivo. 
IV. Fiador do debito constante em titulo extrajudicial; 
V. O responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do debito. 
VI. O responsável tributário; 
VII. Avalista;
Empregador pode ser executado com fundamento em sentença condenatório do empregado? 
O patrão responde objetivamente pelos danos causados pelo empregado, quando no exercido de suas atividades. A vitima de danos pode ajuizar ação de ressarcimento contra o empregado, empregador ou contra ambos em litisconsórcio facultativo. 
Se ajuizada contra o empregado, e condenado este, somente ele pode executa-lo não o empregador. 
Litisconsórcio na execução 
Tanto no cumprimento de sentença quanto na execução por titulo extra. Será possível litisconsórcio, ativo, passivo ou misto, dependendo do que conste do titulo. 
Intervenção de terceiros 
Apenas não se admite a denunciação da lide e o chamamento ao processo.As demais formas são possíveis. 
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
São dois requisitos para que haja interesse do credor na execução: 
1) Inadimplemento do devedor 
2) Titulo executivo, que assegure grau suficiente de certeza da existência da obrigação. 
Na falta de um deles implicará carência da execução. 
SOMENTE A LEI CRIA TÍTULOS EXECUTIVOS
Sendo o titulo um ato-documento, o qual abre as portas da sanção executiva não é dado sem cria ló sem expressa previsão legal. Isto se aplica o principio da tipicidade, não é somente necessário enumerar os títulos a lei deve criar os tipos, modelos legais e padrões. Os quais deveram ser respeitados, por exemplo, um cheque, promissória ou uma sentença. 
Pluralidade de títulos
Poderão ocorrer casos de um cumulo de execuções, onde duas ou mais obrigações, são representadas por títulos distintos mas são objeto do mesmo processo. Para que isto ocorra é necessário que os requisitos gerais da cumulação de pretensões sejam preenchidos. 
Art. 327, parágrafo 1º do CPC, devendo os pedidos serem compatíveis, que o juiz seja competente para ambos os processos, art.780. 
Temos como exemplo as promissórias firmadas como garantia de pagamento de pretensões distintas do mesmo contrato, tendo mais de uma vencida será caso de cumular as execuções. Tendo a pluralidade de execução sendo sumula 27 do STJ. 
Copia de titulo executivo
Será possível a execução ser instruída sem o documento original Mesmo que seja uma copia do original, não é possível, pois em tese o credor poderia ajuizar diversas ações com base no mesmo titulo, sendo cada caso com uma delas. Temos um problema quando o titulo é daqueles que circulam como os de credito bastavam uma copia para ajuizar a execução.
 Por motivos óbvios que somente pode instruir uma execução com titulo original. 
Requisitos do titulo executivo
	Os títulos executivos devem ser;
a) Liquido 
b) Certo 
c) Exigível
Não deve ser o titulo que tem esta característica, mas sim a obrigação a qual ela representa como estabelecido o art. 783.
O art. 803, I é nulo a execução se o titulo extrajudicial não corresponde a características já descritas, a nulidade não será do titulo mas carência de execução por dispositivo. 
Titulo executivo judicial
São previsto em lei no art. 515 e produzidos no exercício da jurisdição, dado o principio da taxatividade onde somente lei cria título executivo. Sendo algumas delas;
1. Decisões proferidas no processo civil que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou entrega coisa Necessário que o juiz condene o réu ao cumprimento da obrigação, sendo elas decisão interlocutória de mérito, sentença e o acórdão condenatório. Para as decisões e sentença civil, não é necessário que tenha o transito em julgado. 
2. Decisão homologatória de autocomposição judicial. 
3. Decisões de homologatória de autocomposição de qualquer natureza.
4. Formal e certidão de partilha. 
5. Creditos de auxiliares da justiça aprovados por decisão judicial. 
6. Sentença penal condenatória transitada em julgado. 
7. No curso da ação de indenização civil, que sobrevém sentença penal condenatória. 
8. Sentença no processo criminal for absolutória após previa liquidação, dar ensejo a execução, e no caso das sentenças absolutórias nem sempre se fará coisa julgada na esfera cível, mesmo em casos que o réu foi absolvido na esfera criminal ainda sim poderá ser condenado na esfera civil, sem que tenha uma conflitância de coisas julgadas. 
9. Sentença arbitral.
10. Sentença estrangeira homologada pelo superior tribunal de justiça. 
11. Decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do “exequatur” a carta rogatória pelo SJT. 
12. Outros títulos executivos judiciais Art. 515, 702,4º, 701 e 2º. 
Titulo executivo extrajudicial
Enumerado no art. 784 do CPC, mas existem outros previstos em leis especiais. 
A. Letra de cambio, nota promissória, duplicata, cheque e debênture. 
B. Escritura publica ou outro documento publica assinado pelo devedor. 
C. Documento particular firmado pelo devedor e duas testemunha. 
D. Instrumento de transação referendado pelo MP, defensoria publica, advocacia publica pelos advogados de transatores ou por conciliador ou mediador credenciador por tribunal. 
E. Contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese, ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução. 
F. Seguros de vida em caso de morte. 
G. Foro e laudêmio 
H. Aluguel e encargos acessórios. 
I. Certidão de divida ativa
J. Credito referente as contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício. 
K. Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de e molumentos e demais despesas havidas por atos por ela praticados. 
L. Outros títulos previstos em lei. 
M. Contrato de honorários.
Responsabilidade patrimonial 
Entende-se a sujeição do patrimônio de alguém ao cumprimento de uma obrigação, o responsável é aquele que terá a sua esfera patrimonial invadida para que seja assegurada a satisfação do credor. Existem situações em que a responsabilidade se estenderá a outras pessoas.
Obrigação e responsabilidade elas sugiram em momentos distintos, a primeira é debito contraído (por exemplo, quando o devedor assina o contrato, comprometendo a realizar determinada prestação), se houver adimplemento, não sugira responsabilidade. 
Mas em caso de inadimplemento a responsabilidade se manifestará aqui o próprio responsável é o devedor
Bens sujeitos a execução 
Art. 789 traz a regra geral da responsabilidade patrimonial, ele atribui a responsabilidade de forma geral ao devedor assegurado que todos os seus bens respondam pelo cumprimento das obrigações inadimplidas. 
Bens não sujeitos a execução 
Somente são sujeitos a execução os bens que podem ser penhorados, aqueles corpóreos ou incorpores que tenham valor econômico, lei não tenha tornado impenhorável. 
	Art. 833 é o dispositivo o qual traz os bens impenhoráveis. O art. 833, parágrafo 2º traz as hipóteses onde a impenhorabilidade não poderá ser invocada; 
· Decorrente da natureza da divida 
· Decorrente do montante dos bens
Alegação de impenhorabilidade 
Sendo o de matéria de ordem publica e deve ser conhecida pelo juízo de oficio a qualquer tempo. 
Responsabilidade patrimonial de terceiros 
O responsável primário é o devedor, o qual responde com seus bens pelo cumprimento da obrigação. Mas a lei processual estende a responsabilidade, em certos casos a terceiros, quando o devedor não tiver bens ou estes forem insuficientes. Estas responsabilidades esta prevista no art. 790. 
Responsabilidade do sucessor a titulo singular 
Art. 790, I execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória, é hipótese onde é alienada a coisa litigiosa, é quando o devedor aliena coisa de terceiro a sentença irá se estender a este, nos termos do art. 109, parágrafo 3º. 
Bens dos sócios 
Em algumas situações será admitida execução dirigida contra pessoa jurídica, onde será possível a penhora de bens dos sócios. São os casos onde o debito seja da empresa os sócios tem responsabilidade. Sendo a empresa solvente, os bens dos sócios não serão atingidos, somente quando a empresa não tem saldo suficiente para isto. Sendo esta feita por meio da desconsideração da personalidade jurídica. 
Bens do executado ainda que em poder de terceiros 
Hipótese prevista no art. 790, III, não se trata de responsabilidade patrimonial atribuída a terceiro, a responsabilidade em regra é do devedor, cujos seus bens estão em poder de terceiro. 
Bens do cônjuge ou companheiro 
	São casos em que debito é contraída por ambos os cônjuges ou companheiros, neste caso ambos são devedores e terão responsabilidade pelo pagamento. Em outros casos que apenas um deles contrai a divida e surge a duvida de que na execução qual serão os bens atingidos seja os bens próprios ou de meação do outro. 
	A regra é que um cônjuge ou companheiro só responda por dividas contraídas em proveito do casal ou da família. 
Alienados ou gravados com ônus real em fraude a execução 
No inciso VI do art. 790, traz a sujeiçãode bens cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em uma ação autônoma de fraude contra credores. 
Os atos de fraude contra credores é anulável, o bem retornara ao patrimônio do devedor, da forma que este possa responder por suas obrigações. 
Fraude do devedor
	As chamadas fraudes do devedor são divididas em duas espécies: 
I. Fraude contra credores;
II. Fraude a execução;
Fraude contra credores
	Esta regulamentada por normas previstas no código civil, art. 158 a 165 do CC, para que se configure devem ser preenchidos dois requisitos: 
· Que a alienação tenha conduzido uma diminuição patrimonial do devedor, o qual tenha piorado ou criado um estado de insolvência. 
· Intenção do devedor de provocar sua redução patrimonial até o estado de insolvência. 
Quando é feito de forma gratuita se presume que o ato é absoluto na intenção de fraudar, a fraude só se realiza após o inadimplemento da obrigação. 
O STJ, entretanto entende que a fraude pode ser reconhecida mesmo antes do inadimplemento, relativização da anterioridade do credito quando ela se mostra predeterminada em detrimento de futuros credores. 
Fraude a execução
	É instituto de direito processual civil que constitui ato atentatório a dignidade da justiça e se distingue da fraude contra credores, defeito dos negócios jurídicos, tratada no art. 158 do CC. 
A fraude contra credores atenta contra o direito dos credores; e a fraude a execução atenta contra o bom funcionamento do poder judiciário. 
Em ambos os casos o devedor se desfaz de seus bens tornando-se insolvente, no primeiro caso ainda não temos ação e a fraude será antes do curso da ação, ao passo de que no segundo a fraude é feita quando já temos uma ação em andamento. 
O art. 792 do CPC traz as disposições de quando acontece a fraude a execução, e na forma do art. 828. Ela somente poderá ser reconhecida em embargos contra terceiros.
Requisitos 
1. Processo pendente.
2. Art. 828 do CPC. 
3. Coisa litigiosa ou insolvente do devedor
4. Má- fé do adquirente
5. A necessidade de intimação do terceiro adquirente. 
6. Ineficácia da alienação
Liquidação de sentença
Para qualquer execução é indispensável que o titulo seja liquido e permita a identificação do quatum debeatuar. Quando se tratar de titulo extrajudicial ele deverá sempre ser líquido, não é possível ter a liquidação de um titulo extrajudicial. 
Quando temos uma sentença na fase cognitiva condenatória mais ilíquida, antes que tiver inicio a fase de cumprimento haverá uma etapa intermediaria a qual se denomina liquidação. 
Das diversas espécies de liquidação 
São espécies de liquidação no atual código de processo, o arbitramento e de procedimento comum. E temos três formas de liquidação que persistem em nosso ordenamento jurídico. 
Fase de liquidação: não constitui um novo processo, mas apenas uma nova fase do processo já antes existente, regulamentada nos arts. 509 a 512, não há citação e sim intimação. 
Legitimidade para liquidação: poderá ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor, a legitimidade deriva do interesse de pagar, onde deseja obter a extinção da obrigação quando for necessária apuração do quatum. Quando for uma ação civil publica apenas o credor tem a legitimidade, pois o devedor não conhece as vitimas. 
Natureza da liquidação: 
Liquidação provisória: caso em que a sentença não seja liquida, em enquanto há em recurso pendente desprovido de efeito suspensivo o credor poderá propor a execução e se a sentença for ilíquida primeira procede-se a previa liquidação. 
O art. 512 prevê hipótese de que possa ser promovida a liquidação mesmo quando houver recurso de efeito suspensivo. 
Vedação de sentença ilíquida: apenas títulos judiciais são ilíquidos, temos casos que o legislador os veda expressamente, o art. 491 traz quando não é possível ter uma sentença ilíquida. E os demais arts. 324,§1 e 491, I e II e também a sumula 318 do STJ. 
Sentença em parte liquida e em parte ilíquida: art. 509, §1º traz as hipóteses em que haverá sentença em sua parte liquida e ilíquida. 
Calculo do cantado: não se faz necessário liquidar o quatum debeatur, se puder ser apurado por um simples calculo aritmético, de acordo com art. 524. 
Liquidação por arbitramento: se presta apuração do valor de um bem ou serviço, a única tarefa é apuração deste valor, demanda de pareceres e documentos e se não for suficiente a nomeação de um perito, aqui não temos a necessidade de provar os fatos novos, mas apenas uma simples apuração do valor do bem ou serviço, o art. 509, I, dispõe sobre a liquidação do arbitramento. 
Liquidação pelo procedimento comum: Aqui temos a necessidade de provar os fatos novos ligados ao quantum debeatur, como dispõe o art.509, II entende-se por fato novo é o que corre depois da sentença, mas os quais não foram apreciados quando do julgamento. 
Liquidação é julgada pó decisão interlocutória: é apenas uma fase intermediaria entre condenatória e executiva o que julga a liquidação não se enquadra em nenhuma dessas categorias é decisão interlocutória. 
Se as provas produzidas forem suficientes o juiz irá declarar a liquidação da obrigação, caso forem insuficientes e se o juiz não puder indicar o valor, irá julgar extinta a liquidação.
 O que faz com que o requerente não possa mais discutir o assunto. 
Liquidação de sentença genérica em ação civil publica: 
	Sendo um terceiro tipo de liquidação, é ajuizada para a defesa de interesses individuais homogêneos, a lei nº 8.078/90 atribuiu legitimidade extraordinária a determinados entes para a ação civil publica, mas não afasta a legitimidade ordinária das próprias vitimas para ajuizar ação individual de reparação de danos. 
	Esta ação não se sabe quem são as vítimas, nem qual a extensão do dano, no caso do juiz dar procedência proferir sentença genérica, que irá condenar o réu a pagar a indenização a todas as pessoas que comprovem se enquadrar na condição de vitima. 
	A decisão final não é meramente declaratória, mas constitutiva pois só a partir dela cada vitima obterá titulo executivo. 
Liquidação no curso da fase de execução:
Em algumas das vezes a liquidação é desnecessária antes da execução, torna-se indispensável no seu curso, havendo uma liquidação incidente. 
Sempre que houver a necessidade de possibilidade desta execução terá conversão em perdas e danos (ou quando desta forma preferir o credor). 
A obrigação até então era liquida e se tornou ilíquida, pois será necessário apurar o valor das perdas e danos. Cabendo de esta forma o exequente demonstrar quais os danos deve ser ressarcido e o juiz determina as provas cabíveis, ao findo terá a decisão interlocutória indicando o quantum debeatur e a execução prosseguira. 
Execução especifica
Objetiva fazer com que o devedor cumpra exatamente aquilo que foi convencionado sem conversão em perdas e danos. Fazendo assim sentindo nas obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa, art. 497 do CPC e art. 498. 
Este processo será eficiente quando der ao credor satisfação mais próxima daquilo que o credor teria se o devedor cumprisse de forma espontânea, valendo se de duas maneiras para isto a sub-rogação e a coerção. 
	Quando fungível, pode usar as duas técnicas, e quando a obrigação for infungível só poderá fazer o uso da coerção. Pois não existe a possibilidade do devedor ser substituído no cumprimento da obrigação. 
Providencias que assegurem resultado pratico equivalente 
O art. 497 dos poderes determinados ao juiz, ações que tenham por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, é uma providencia que assegura a obtenção da tutela pelo resultado pratico equivalente ao inadimplemento. 
Há casos que não tem como compelir o devedor a cumprir a obrigação na forma convencional, mas é possível determinar outra medida que alcance o resultado equivalente. 
Quando não foi possível atender ao pedido especifico o juiz verificar a possibilidade de conversão em perdas e danos. 
Conversão em perdas e danos 
	Cabe para apenas duas hipóteses enumeradas no art. 499 do CPC: 
A. Quando éimpossível a execução especifica (quando o bem a ser restituído perdeu-se ou quando a obrigação de fazer é infungível). 
B. Quando o credor requeira a conversão, porque o devedor não cumpre especificamente a obrigação. 
Mecanismos para compelir o devedor a cumprir a obrigação 
Art. 536, §1º enumera alguns meios de que o juiz pode se valer para alcançar o cumprimento especifico ou um resultado pratica equivalente. Entre outras medidas o juiz pode impor a multa, a busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas. 
Execução por quantia certa contra devedor solvente (extrajudicial)
O credor pretende que o devedor não mais entregue algo, nem faça ou desfaça algo, mas sim pague determinada quantia em dinheiro. Em regra a técnica usada neste tipo de execução é a de sub-rogação, embora excepcionalmente admite-se a coerção, quando o devedor não paga o Estado-Juiz toma o patrimônio do devedor sendo suficiente até que se faça frente ao debito. 
De maneira geral a execução por quantia fundada em titulo extrajudicial compreende os seguintes atos: 
Petição inicial
 Neste processo de execução além dos requisitos do arts. 319 e 320, o credor deve instruir com memória discriminada do calculo, indicando credito e seus acréscimos. Este memorial deve permitir ao juiz e o réu que verifique o valor devido, data de vencimento e acréscimo e as deduções, devendo conter todas as informações exigidas no art. 798, parágrafo único. 
Fica a critério do credor já indicar o bem a ser penhorado, sendo dele a indicação da propriedade. 
Despacho 
Depois de o juiz examinar a inicial, se houver falhas este concede quinze dias ao exequente para sana-lás, se estiver tudo certo, determina a citação do réu para que pague no prazo de três dias, sobre pena de penhora, sendo fixado também o valor de 10% do honorário devidos ao credor que serão reduzidos a metade, quando pago no prazo fixado. 
Citação 
A citação é para que o executado pague em três dias, sobre pena de penhora e tome ciência do prazo de quinze dias para se opuser aos embargos de devedor. Os prazos não correm juntos, após a citação começa a correr o prazo de três dias e quando o mandado for juntado aos autos começa correr o de quinze dias. 
Se não ocorrer o pagamento fará a penhora de preferência àqueles bens indicados pelo credor, quando não houver indicação daqueles deve ser feito uma diligencia para localizar, caso não sejam localizados, o juiz determina que o devedor os indiquem se este não fizer haverá um ato atentatório a dignidade da justiça, art. 774, IV os quais sujeito as penas do art. 774, parágrafo único. 
Arresto 
Art. 830 trata das hipóteses de quando o oficial de justiça não localizar o devedor, mas encontrar os bens, para que estes não se percam nem desapareçam manda que os arreste. É um arresto executivo, que se realiza antes do devedor ser devidamente citado, ou quando este não é localizado, mas os bens sim. 
Este se converte em penhora quando a citação for efetivada, para que se aperfeiçoe o ato o oficial lavra um termo e nomeie depositário.
Curador especial 
Quando ficta a citação, devedor não comparece será necessário nomear curador especial (sumula 196 do STJ). 
Pagamento 
Esta será extinta quando devedor fizer o pagamento integral do débito, sendo este reduzido a metade se pago no prazo. 
Execução Por Quantia Certa (Judicial)
Também chamada de “execução por expropriação”, é a modalidade executória que incide nas circunstâncias em que há uma obrigação do devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título executivo judicial, podendo dirigir-se a devedores solventes (cujo patrimônio é suficiente para o pagamento da dívida). 
Em como finalidade a execução por quantia certa expropriar do patrimônio do executado (sendo eles bens tanto presentes quanto futuros) quantia suficiente para saldar seu débito
Do procedimento
Por quantia certa contra o devedor solvente divide-se em três fases: penhora, arrematação e pagamento. 
· Penhora trata-se da “apreensão dos bens do devedor”.
· A arrematação da “sua transformação em dinheiro mediante desapropriação”.
· E o pagamento da “entrega do produto ao exequente”.
Como de praxe, a ação inicia-se através de petição inicial por parte do credor, onde deverá constar a fundamentação do pedido (a menção do título executivo e o não pagamento por parte do devedor), bem como o demonstrativo de débito e a prova que aponte a verificação da condição ou ocorrência do termo.
 Nela, o credor solicitará ao juiz competente a citação do devedor afim que ele pague o valor devido ou, dentro do prazo de 24 horas após a citação, que ofereça bens à penhora, sob pena de ter os seus penhorados compulsoriamente.
Caso o devedor pague seu valor devido dentro do prazo, a execução se extingue e o processo dá-se por encerrado; caso não o faça, deverá ele nomear bens para a penhora.           
Nomeando ou não seus bens à penhora, a execução tomará prosseguimento, no segundo caso, penhorando-se os bens que forem encontrados. Poderá o devedor remir a execução de seus bens penhorados, através do pagamento ou consignação do valor da dívida, acrescidos juros, custas e honorários advocatícios, conforme o previsto no artigo 651 do Código de Processo Civil.
Penhora 
Ato de constrição tendo a finalidade individualizar os bens do patrimônio do devedor que ficarão afetados ao pagamento do debito e que serão excutidos oportunamente. 
Os bens do devedor serão apreendidos e deixados sob a guarda de um depositário, quanto não houver o deposito a penhora não esta perfeita e acabada. 
Avaliação 
Quando o oficial realizar a penhora, deverá promover a avaliação do bem, valendo-se de todos os elementos ao seu alcance, quando não houver condições de fazer por exigir conhecimentos técnicos informara o juiz para nomear um perito avaliador. 
Adjudicação 
É a forma indireta de satisfação do credor, que se da pela transferência a ele ou a terceiros legitimados da propriedade dos bens penhoráveis. 
É uma forma de expropriação forçada, pode ter objeto bens moveis ou imóveis e só pode ser feita pelo valor de avaliação. , após a avaliação os legitimados poderão requerer adjudicação a qualquer tempo, enquanto não tiver sido realizados a alienação particular ou o leilão judicial. 
Alienação iniciativa particular 
É feita pelo próprio credor, ou por meio de corretores que deverão ser credenciados perante a autoridade judiciária, o juiz deve estabelecer regras para a venda da coisa de forma publica e o preço mínimo, formas de pagamento e as garantias e caso da comissão de corretagem. 
Alienação em leilão judicial 
	Não havendo interesse na adjudicação, nem requerimento do credor para alienação particular, a expropriação será feita por leilão, realizado por leiloeiro publico, em exceção da alienação a cargo de corretagem de bolsa de valores , quando possível será por meio eletrônico, quando não possível é presencial. 
Suspensão
A suspensão pode ser própria ou imprópria. É própria quando nenhum ato pode ser realizado no andamento do processo suspenso; e imprópria quando se incidem atos processuais durante a suspensão.
Sobre o momento em que o processo sofre suspensão, vale citar especialmente alguns como o 313, 315 e 921, havendo outros que também incluem em seu bojo o trato com a Suspensão do processo.
Todo o tempo que perdura a suspensão do processo nenhum ato processual é praticado há não ser aqueles atos urgentes e necessários a fim de preservar os direitos das partes, pois assim, evitam-se quaisquer danos irreparáveis. A única exceção é para o caso do inciso III do artigo 313, em que na suspensão do processo pela arguição de impedimento ou de suspeição, podem-se praticar atos processuais. 
Eficácia
Ocorre a suspensão do processo quando um acontecimento voluntário ou não provoca, temporariamente, a paralisação da marcha dos atos processuais.
Ao contrário dos fatos extintos, no caso de simples suspensão, tão logo cesse o efeito do evento extraordinário que deu causa a suspensão, a movimentação do processo se restabelece normalmente.
Assim, nenhum prejuízo sofreos atos processuais anteriormente praticados que permanecem íntegros e válidos à espera da superação da crise. 
Art. 221– CPC: Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art.313, devendo o prazo ser restituído por igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. “Suspende-se os prazos durante a execução de programas instituída pelo Poder Judiciário para promover a auto composição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos”.
Suspensão convencional 
Permite o art.313 do CPC, que as partes convencionem a suspensão do processo, as partes devem comunicar o acordo ao juiz, para que este decrete a suspensão ajustada. A suspensão convencional não pode ultrapassar o prazo de seis meses (art. 265, § 2º - CPC), finda o prazo convencionado, a retomada do curso do processo não depende de provocação da parte. 
Extinção 
Se o devedor, atendendo ao preceito executório, efetua o pagamento, entregando coisa, prestando ou emitindo fato, ou consignando a importância cobrada, deverá o juiz julgar satisfeita a obrigação e extinta a execução. 
Remissão 
 O artigo 651 do CPC prevê a remição da execução, ao dispor que "antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.”
Embargos à execução
Os embargos à execução constituem uma ação autônoma de conhecimento prevista no Novo CPC, que serve com opção de defesa para quem suporta um processo de execução forçada. 
Sua propositura ensejará a formação de novo processo desde a fase de conhecimento, na qual o executado – autor dos embargos – será chamado de embargante e o exequente – réu nos embargos – de embargado. 
Art. 914. “O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.”
Importa destacar que os embargos somente serão cabíveis em ações autônomas de execução.
Exceção de pré-executividade
A exceção de pré-executividade consiste na alegação pelo devedor de nulidade absoluta, ou seja, vício relevante e que pode ser acolhido de- ofício pelo juiz, empregando-se o mesmo procedimento aplicável à impugnação.
Esse meio de defesa empregado em qualquer procedimento executivo é de criação jurisprudencial e acolhido também pela doutrina, Não há previsão legal deste instituto, no entanto, se aceita o artigo 618 do CPC como fundamento para sua existência.
Será de grande utilidade à exceção de pré-executividade para alegar à existência de um vício não sujeito a preclusão, mas que não fora alegado em sede de impugnação.
Cumprimento de Sentença
O reconhecimento do direito na fase de conhecimento não satisfaz, necessariamente, os anseios do autor. Assim, diante da decisão judicial que determina o cumprimento de uma obrigação por parte do réu. Se a obrigação estabelecida na sentença não for cumprida de forma voluntária, o autor deve informar ao juízo que a decisão judicial não fora respeitada, dando início à fase de cumprimento de sentença. 
Executado tem a possibilidade de elaborar uma defesa incidental à fase de cumprimento de sentença: a impugnação ao cumprimento de sentença.
Impugnação
A impugnação ao cumprimento de sentença é a defesa conferida ao executado na fase de cumprimento de sentença. Trata-se de defesa típica e incidental ao procedimento, de modo que não constitui uma ação autônoma. Está prevista no artigo 525 CPC. A mencionada defesa processual pode, por vezes, reduzir o valor a ser executado e até mesmo extinguir completamente a execução que se voltava contra a parte executada. 
Ao ser informado do descumprimento da decisão judicial, o juízo intimará o réu para que cumpra a decisão no prazo de 15 dias. Decorrido este prazo sem que a obrigação seja cumprida, inicia-se, automaticamente, novo prazo de 15 dias para que o executado apresente impugnação ao cumprimento de sentença. 
As matérias alegáveis em sede de impugnação ao cumprimento de sentença estão disciplinadas nos incisos do §1º do artigo 525 do CPC. 
Execução de entrega de coisa certa extra judicial 
A “coisa certa” que a lei alude é a individualizada, determinada no momento da propositura as execução, com a citação começa a contar prazo de quinze dias para que seja feita da forma prevista no art. 231 que o devedor tem para satisfazer a obrigação entregando a coisa, caso não seja satisfeita o devedor poderá: 
1. Entregar a coisa satisfaz a obrigação, lavrado o termo bem como o pagamento dos honorários é extinta a execução, caso haja que ressarcir eventuais danos, segui a execução por quantia. 
2. Não entrega a coisa, caso que a ordem de imissão na posse de bem imóvel ou busca e apreensão de bem móvel, que consta no mandado da citação, pode ainda se valer de multa. Se o bem não pode ser entregue por deterioração, perecimento ou qualquer outra razão converte-se em perdas e danos. 
Qualquer que seja a conduta adotada irá fluir o prazo de quinze dias para oposição de embargos pelo devedor, na forma do art. 231 não depende da entrega. 
Entrega de coisa incerta
É determinada pelo gênero e pela quantidade art. 243 do CC, a única particularidade nesta execução é a necessidade de individualização da coisa, art. 244. 
De acordo com o dispositivo do art. 811 CPC o devedor será citado e no prazo de quinze dias devera entregar a coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, caso a escolha seja deste, se for do credor será indicada na inicial. Cabe em 15 dias a impugnação. 
Obrigação de fazer ou não fazer
Vem tratada no art. 814 e SS. Obrigação de fazer é quando o devedor se compromete a realizar uma prestação, sendo um ato ou serviços de natureza material ou imaterial. 
Podem elas ser fungíveis ou infungíveis, a primeira é quando o devedor pode ser cumprir por qualquer pessoa, pois não levam em conta as qualidades pessoais. Já a segunda é aquela que só o devedor pode cumprir. 
Obrigação de fazer fungível 
Tratada no art. 815 do CPC, juiz determina a citação, para que no prazo estabelecido satisfaça a obrigação, se não houver prazo do titulo o juiz fixa o mesmo. O coma citação correrão dois prazos de acordo com o art. 231 do CPC. 
Quando o devedor não faz o credor poderá requerer que outro faça à custa do devedor. 
Obrigação de fazer infungível 
Não há possibilidade dos meios de sub-rogação, o juiz se utiliza dos meios coercitivos, previsto no ar. 536, §1º do CPC. Se os resultado forem ineficazes o devedor persistir na recusa resta a conversão de perdas e danos. 
Obrigação de não fazer 
Quando o devedor pratica ato do qual por força de um título executivo estava obrigado a não fazer, e se o devedor fizer será obrigado a desfazer aquilo que fez e por forçado titulo não deveria ter feito. 
O juiz cita o devedor para no prazo fixado desfaça o que foi feito indevidamente, sobre pena de multa, se puder ser feito por terceiro o exequente requerer o juiz usara a sub-rogação, quando não for mais possível o desfazimento terá a conversão de perdas e danos. 
Obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa (judicial) 
O CPC versa sobre o cumprimento destas sentenças nos seguintes dispositivos:
· Art. 497 trata do cumprimento de sentença que reconhece a obrigação de fazer ou não fazer;
· Art. 498 trata do cumprimento de sentença que reconhece a obrigação de entrega de coisa; 
· Arts. 523 e SS. tratam do cumprimento de sentença que reconhece a obrigação de pagar;
· Arts. 528 e SS. tratam do cumprimento de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos. 
· Arts. 534 e SS. tratam do cumprimento de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa contra a fazenda publica. 
Execução contra fazenda publica trata 
Art. 910 do CPC traz a execução por titulo extrajudicial contra a fazenda Pub. Sendo o devedor citado para opor embargos no prazo de 30 dias podendo alegar qualquer defesa licita que posso apresentar no processo de conhecimento. Se valendo das regras relativas ao cumprimentode sentença, meio de defesa é embargos. 
Execução de alimentos 
É uma execução especial tem o aspecto de dar efetividade a um título, seja ele judicial ou extrajudicial. A execução de alimentos, portanto, refere-se à possibilidade de levar a juízo uma demanda que vise o pagamento de alimentos, o caso em que o devedor é citado para em até três dias pagar o debito das parcelas vencidas e as que venceram no curso, provando o que fez ou justificar porque não o fez. Segue as regras relativas ao cumprimento de sentença, defesa feita por embargos. 
Execução fiscal
	Procedimento no qual a Fazenda Pública cobra suposta quantia do contribuinte devedor, Para que isso seja possível, a fazenda pública deve estar munida da Certidão da Dívida Ativa para fundamentar a cobrança, cumpre destacar que a Execução Fiscal é regulamentada pela Lei 6.830/1980, conhecida como LEF.
Após a Fazenda Pública lançar uma dívida, ela torna-se titular de um direito a prestação. Caso não adimplido pelo devedor e não havendo hipóteses de extinção desse crédito lançado, a Fazenda precisa que o Judiciário assegure o adimplemento por parte do contribuinte devedor. LEF estabelece como entrar com a ação, de que forma a dívida pode ser cobrada e até mesmo, qual a ordem de prioridade entre os bens penhorados.
A Execução Fiscal tem início quando a Fazenda Pública não consegue receber os valores pelas vias administrativas, depois que passados 60 dias da emissão da CDA. Assim que houver o recebimento da petição inicial, o devedor tem 5 (cinco) dias para pagar o débito. Além disso, pode nomear bens a penhorar bens que tenham valor equivalente à dívida, que inclui os juros e moras.
Se acaso não houver pagamento ou indicação de bens à penhora, a Lei de Execução Fiscal define que a penhora pode acontecer com qualquer bem do devedor. Nesse caso, existe uma ordem a ser seguida: dinheiro; título de dívida pública ou de crédito, com cotação na bolsa; pedra e metais preciosos; imóveis; navios e aeronaves; veículos; móveis e direito e ações, conforme art. 11 da LEF. O devedor, por sua vez, discordando com a Execução Fiscal, poderá entrar com a ação de embargos à execução.
Execução por quantia certa contra devedor insolvente
É um processo autônomo e resulta de uma previa declaração de insolvência do devedor, requerida por um ou mais credores, não tem a possibilidade de conversão de execução contra devedor solvente em uma contra devedor insolvente. 
Procedimento as duas fases
Pressupõe sempre uma fase previa, cuja a finalidade é obter a declaração de insolvência do devedor, tendo esta uma natureza cognitiva e não executiva. 
A primeira fase tem o cunho cognitivo, conclui-se com a sentença, quando for de procedência, com a declaração de insolvência permite o inicio da execução. 
Primeira Fase Requerida pelo credor:
	Qualquer credor quirografário pode requerer a declaração de insolvência, fundada em titulo executivo judicial ou extrajudicial. Ao preferencial não se reconhece interesse em postular a declaração de insolvência, por ele ter garantia de prioridade no recebimento, mas este poderá renunciar a preferência caso deseje formular o requerimento. 
Mesmo que o devedor esteja insolvente, qualquer credor quirografário ou preferencial pode preferir se valer da execução por quantia certa de devedor solvente. Quando requerida a insolvência o juiz cita o devedor para no prazo de dez dias oporem embargos, mesmo a lei usando a expressão embargos estes tem a natureza de defesa, não de ação autônoma. (segue o mesmo rito do processo de conhecimento). 
Insolvência requerida pelo devedor ou seu espolio
Da mesma forma que a falência, esta também pode ser decretada a requerimento do devedor, bastando que apresente uma inicial ao juiz, indicando os credores e seus bens, acompanhado de um relatório do estado patrimonial, fazendo a indicação das causas que determinam a insolvência. 
Declaração judicial de insolvência
Nos termos do art. 761, do CPC de 73, a mesma será declarada por sentença onde juiz. 
· Nomeará, dentre os credores os maiores, um administrador da massa. 
· Mandará expedir edital, convocando os credores para apresentarem no prazo de vinte dias a declaração de credito, acompanhados do respectivo titulo. 
Esta sentença acarreta no vencimento antecipado de todos as dividas do devedor e ao juízo da insolvência correra contra todos os credores. Se houver qualquer execução individual contra este devedor serão todas remetidas ao mesmo juízo. As atribuições do adm. Estão dispostas nos arts. 763 a 767 do CPC de 73. 
Na segunda fase, é uma execução coletiva, que arrecada os bens, verifica os mesmo e classifica os creditos, seguindo a preferência e por fim serão alienados judicialmente e os credores pagos observando as respectivas prelações.

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