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Gonorreia (pingadeira), Clamídia, Tricomoníase, Candidíase e Hepatites ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Gonorreia · Pode causar oftalmia neonatal, junto da clamídia · Dentre as mulheres com infecções não tratadas por gonorreia e/ou clamídia, 10 a 40% desenvolvem: Doença inflamatória pélvica. · As causas mais comuns e importantes de Doença Inflamatória Pélvica (DIP) são: Gonorreia e Clamídia Diagnóstico: Coloração de Gram e cultura e Testes à base de ácido nucleico · Gonorreia é diagnosticada quando gonococos são detectados via exame microscópico com utilização de coloração de Gram, cultura, ou NAAT de líquidos genitais, sangue, ou líquidos de articulações (obtidos por aspiração com agulha). A Ofloxacina é uma das drogas que fazem parte do protocolo de tratamento da gonorreia, porém, é contraindicada no tratamento de pacientes gestantes A gonorreia é uma DST comum e acomete homens e mulheres, causando cervicite nas mulheres e uretrite nos homens, tendo como principal agente etiológico Neisseria gonorrhoeae. Não é doença de notificação compulsória nacional Para evitar o uso concomitante de diversas medicações, que poderia levar a intolerância gástrica e baixa adesão, deve -se optar preferencialmente pela via parenteral para administração dos antibióticos, os quais devem ser administrados no primeiro dia de atendimento. Caso seja feita a opção por medicações orais, recomenda-se realizar a profilaxia para as DST em, no máximo, duas semanas após a violência sexual. A gonorreia pode causar complicações na gravidez como: 1. Parto prematuro 2. Atraso do desenvolvimento do feto 3. Inflamação nos pulmões, brônquios ou ouvido do bebê após o parto 4. Corioamnionite 5. Descolamento prematuro das membranas 6. Endometrite pós-parto. Os sintomas aparecem poucos dias depois do contato sexual desprotegido. M.A.S, de 23 anos, procura o pronto-socorro relatando ter sido vítima de violência sexual. Como profilaxia são utilizadas as medicações penicilina benzatina, ceftriaxona e azitromicina. Assinale a alternativa que relaciona as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não virais que estas medicações têm ação profilática. R: Gonorreia, tricomonas, linfogranuloma venéreo, clamídia, sífilis. · Cancro mole = causado por Haemophilus ducreyi (bactéria) · Donovanose = Klebsiella granulomatis (bactéria) · Monilíase (sapinho, candidíase) = Candida albicans (fungo) · Tricomoníase: protozoário Trichomonas vaginalis) No tratamento de gonorreia, tricomoníase e clamídia todos os parceiros devem ser tratados com dose única (única injeção do antibiótico ceftriaxona no músculo, mais uma dose única de azitromicina para tomar por via oral) Gonorreia: doença infecciosa do trato genital, de transmissão sexual, que pode determinar desde infecção assintomática até doença manifesta, com alta morbidade. · Clinicamente, apresenta-se de forma completamente diferente no homem e na mulher. · Nesta, cerca de 70 a 80% dos casos femininos, a doença é assintomática. · Há maior proporção de casos em homens. Transmitida quase que exclusivamente por atividade sexual. A doença pode ser transmitida ao recém-nascido sob a forma de oftalmia neonatal durante o parto, por meio do contato direto com gonococos na cérvice. A cervicite é o principal sintoma nas infecções por Gonorreia e Clamídia, e, quando acompanhada de dor acentuada após o coito, pode ser indicativa de doença inflamatória pélvica (DIP). ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Clamídia Clamídia não é notificação compulsória A conjuntivite (oftalmia) por clamídia é menos severa que a provocada por Neisseria gonohrroeae Clamídia na gravidez: partos pré-termo, ruptura prematura de membrana e endometrite puerperal, além de conjuntivite e pneumonia do RN Sintomas: corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. Diagnóstico: exame de sangue utilizado busca a presença de anticorpos específicos para a bactéria. Desde o momento da contaminação é possível observar atividade do sistema imune. Clamídia: · IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis · Difícil de ser detectada, o que implica problemas para as mulheres, em virtude das consequências crônicas da infecção não tratada. · Nas mulheres, a infecção por clamídia está associada a cervicite, síndrome uretral aguda, salpingite, doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade. Tratamento: Antibiótico (Azitromicina ou Doxiciclina) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Candidíase Micose que atinge a superfície cutânea e/ou membranas mucosas, resultando em Candidíase oral, Candidíase vaginal, intertrigo, paroníquia e onicomicose. O intertrigo atinge mais frequentemente as dobras cutâneas, nuca, virilha e regiões axilares. A Candidíase invasiva, geralmente por disseminação hematogênica, candidemia, constituise em evento importante entre as infecções hospitalares. A Candidíase invasiva é comum em indivíduos com diabetes mellitus, aqueles que fazem uso prolongado de nutrição parenteral total, de antibiótico de amplo espectro e de cateter venoso central, bem como aqueles submetidos à cirurgia recente, particularmente do intestino grosso. A forma mais comum de candidíase oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral. Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole. A candidíase vulvovaginal é uma das etiologias mais comuns de corrimento vaginal. Também é conhecida como infecção por leveduras, monilíase ou micose. Não é considerada uma IST, pois seu agente etiológico faz parte da flora vaginal e se torna patológica somente quando ocorre uma modificação do meio vaginal. A candidíase recorrente (quatro ou mais episódios em um ano) necessita de cultura para cândida, visando à identificação de cepas não albicans, que são resistentes aos tratamentos habituais. Deve-se também reforçar medidas higiênicas e investigar doenças imunossupressoras. O tratamento das parcerias sexuais não está recomendado no caso de vaginoses bacterianas e candidíase. Causa corrimento vaginal em mulheres: 1. Corrimento espesso 2. Grumoso 3. Esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local. É uma infecção causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, que se desenvolve quando o meio se torna favorável. Antes da menarca e pós-menopausa a candidíase vulvovaginal é rara e ocorre em maior frequência em mulheres em idade reprodutiva (20-40 anos) Acomete mulheres e homens e se refere a manifestações superficiais mucocutâneas Os organismos do reino Fungi podem causar doenças conhecidas por micoses, infecções muitas vezes crônicas, como, por exemplo, a esporotricose e a candidíase. Existem fatores que predispõem à infecção vaginal por Candida sp., dentre os quais pode-se destacar, EXCETO URETRITE Em se tratando de funcionários que exercem atividades de limpeza, lavanderia e cozinha, considera-se a candidíase uma doença laboral caracterizada, por meio da história ocupacional dessas pessoas e da inspeção no ambiente de trabalho, a exposição laboral. “A candidíase relacionada ao trabalho poderá ser verificada em trabalhadores que exercem atividades que requerem longas imersões das mãos em água e irritação mecânica das mãos, tais como trabalhadores de limpeza, lavadeiras, cozinheiras, entre outros. Nesses casos, a candidíase poderá ser considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.” Utilizada para doenças ocupacionais. Em 1984, Richard Schilling agrupou as doenças ocupacionais em 3 grupos: · Schilling I: Doenças que têm o trabalho como causa necessária. Ex.: silicose. · Schilling II: Doenças que têm o trabalho como fator contributivo, mas não necessário. Ex.:a maioria das doenças do grupo das “LER/DORTs”. · Schilling III: Doenças que têm o trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida. Ex.: dermatites de contato. Sinais e sintomas: Prurido vulvar e Teste do KOH (Hidróxido de potássio) positivo Tratamento: antifúngicos orais, tópicos e óvulos vaginais ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Hepatites Hepatite A Como pega? · Fecal-Oral Sintomatologia: · Geralmente, não apresenta. · Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras Hepatite B Classificada como uma infecção sexualmente transmissível · Fluidos corporais infectados · Sintomas: icterícia dos olhos, dor abdominal e urina escura · Algumas pessoas, especialmente crianças, não apresentam sintomas. · Nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de feridas. Hepatite C · Comumente envolvido na transmissão ocupacional (perfurocortantes, principalmente) · Hepatite C não é considerada DST Todas as gestantes devem ser rastreadas para HIV, Sífilis e Hepatite B. DST de notificação compulsória: HIV/AIDS e Sífilis, Hep. B e C ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Tricomoníase O pH vaginal é considerado saudável quando o seu valor se situa entre 3,8 e 4,5 O pH vaginal da paciente estava > 4,5 Corrimento vaginal amarelo-esverdeado, bolhoso, fétido, framboesa, edema de vulva, e pH vaginal maior que 4,5: tricomoníase (protozoário Trichomonas vaginalis) Ao acompanhar o tratamento medicamentoso para tricomoníase e vaginose bacteriana, deve-se orientar a não ingestão de bebida alcoólica antes, durante e após o tratamento devido ao efeito antabuse. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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