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Licenciamento Ambiental e Princípio do Poluidor-Pagador

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- -1
GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Analisar o princípio do poluidor-pagador.
2. Verificar os conceitos e aplicações do licenciamento ambiental.
3. Reconhecer as etapas e competências do desse licenciamento.
1 Introdução
Na visão ecologista, a questão econômica estava agredindo o meio ambiente brasileiro.
Na visão econômica, a questão ecológica estava dificultando o desenvolvimento do país.
Ambas as visões se julgando corretas nos seus direitos. Ora, é sabido que, cada vez que o direito de um se
contrapõe ao do outro, a pendência se decide pela força ou por algum tipo de compromisso recíproco (Philippi
Junior & Bruna, 2009).
Segundo os mesmos autores, não se pode esquecer, entretanto, que ambas as questões – retrato de uma causa
econômica e de uma causa ecológica – têm sua importância na base do significado desses dois vocábulos:
Figura 1 - Oikos, em grego, significa “casa”.
Trata-se, pois, de proteger em última instância essa casa, o planeta Terra. Indistintamente.
Conforme Braga et al. (2005), no Brasil e em muitos outros países, durante um longo período de tempo, a
poluição era vista como um indicativo de progresso. Essa percepção foi mantida até que os problemas
relacionados à degradação do meio ambiente, contaminação do ar, da água e do solo – com efeitos diretos sobre
os seres humanos – se intensificaram.
Nesse momento surge a necessidade de regulação das atividades das empresas, desde seu projeto até a sua
operação: o licenciamento ambiental!
- -3
2 Princípio do poluidor-pagador
A cobrança de tributos ambientais objetiva internalizar os custos ambientais produzidos pelos particulares. Nas
economias de mercado, as decisões sobre o que, como, quanto e onde produzir são feitas considerando:
Os preços dos bens que serão produzidos e seus custos internos de produção e distribuição.
Para o empresário, os custos incorridos pela empresa devem ser os mínimos possíveis para que ele possa
maximizar os lucros. Além desses custos de produção e distribuição, as atividades produtivas também geram
outros custos, que se não forem pagos pela empresa, recaem sobre a sociedade, daí porque são denominados
custos externos ou sociais (Barbieri, 2010).
Um desses custos refere-se à perda da qualidade do meio ambiente, seja decorrente do uso de recursos naturais,
seja da poluição resultante de processos da produção, distribuição e utilização dos bens produzidos pela
empresa.
A poluição de um rio causada por um processo produtivo representa custos reais desse processo, porém, é a
sociedade que paga por eles, constituindo-se dessa forma, em custos externos à empresa poluidora. Os custos
totais da produção dos bens e serviços são, portanto, constituídos pelos custos internos e externos: os primeiros
são aqueles que a empresa paga para poder produzir e comercializar, o segundo é pago por todas as pessoas
desta e das futuras gerações (Barbieri, 2010).
O Princípio do Poluidor-Pagador é o conceito mais utilizado na formulação de instrumentos econômicos de
políticas ambientais. É estabelecido como instrumento de política ambiental aplicado como diretriz pelos países-
membros da OECD, é entendido com a seguinte definição:
Princípio a ser aplicado para a imputação de custos das medidas de prevenção e de controle da
poluição, que favorecem o emprego racional de recursos limitados do meio ambiente, evitando-se as
distorções do comércio internacional (Barbe, 1991; Bernstein, 1993).
Nesse caso, a aplicação do princípio atribui ao poluidor a responsabilidade pelas despesas relativas aos
serviços públicos executados pelo Estado para que as condições do meio ambiente permaneçam
 Assim, o custo das medidas deverá repercutir sobre os custos dos bens e serviços que estão naaceitáveis.
origem da poluição, gerados na produção ou no consumo (Philippi Junior e Maglio, 2009).
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Figura 2 - Vazamento de petróleo da British Petroleum no Golfo do México em 2010
Fonte: 1.bp.blogspot.com/_4iYIC5y1pl4/TALeEo_ieeI/AAAAAAAAADE/s_1JF4XLDj4/s1600/get.jpg
Segundo os mesmos autores, no PPP, o poluidor deve arcar com o ônus financeiro proporcional às alterações que
provoca no ambiente.
Já no Princípio Usuário-Pagador, o usuário deve pagar o custo social total decorrente de seu consumo, incluindo
a diminuição da oferta e os custos de tratamentos eventualmente necessários, ou mesmo incluindo os custos
indiretos como as taxas que recaem sobre o uso de produtos (combustíveis fósseis).
Você sabe quais são as modalidades de instrumentos econômicos adotadas nos países desenvolvidos?
As modalidades são:
Cobranças Variáveis
Mercados de licenças negociáveis
Subsídios
Sistemas de depósito-restituição (caução)
Incentivos de enforcement (sanção)
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3 O Licenciamento Ambiental no Controle das Atividades 
Poluidoras
Licenciamento de atividades poluidoras
É constituído de um conjunto de leis e decretos, normas técnicas e administrativas que consubstanciam as
obrigações e responsabilidades dos empresários, de Poder Público ou de outros agentes promotores de projetos,
com vistas à autorização para implantação de qualquer empreendimento, seja potencial, seja efetivamente capaz
de alterar as condições do meio ambiente (Philippi Junior e Maglio, 2009).
É o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,
ampliação e operação de empreendimentos e atividades que utilizam os recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso
(Funiber, 2009).
Figura 3 - Exemplo de documento de Licença Ambiental
Segundo no mesmo autor, a licença ambiental é ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades que utilizam os recursos ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
- -6
A Constituição Federal de 1988, determinou que para a instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, deverá ser exigido na forma da lei, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade (artigo 225, 1º., II), recepcionando, assim: 3º. do art. 10 da lei n.
6.803/80, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição: in
verbis:
“Além de estudos normalmente exigíveis para o estabelecimento de zoneamento urbano, a
aprovação das zonas a que se refere o parágrafo, será precedida de estudos especiais de alternativas
e de avaliações de impacto, que permitam estabelecer a confiabilidade da solução a ser adotada”.
O licenciamento é uma exigência contida no art. 10 da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo
Decreto n. 99.274/90, que dispõe:
“A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades que utilizam
os recursos naturais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes, sob
qualquer forma de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão
estadual competente, integrante do SISNAMA, e do IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de
outras licenças exigíveis”.
Nos termos do caput do artigo 10 da Lei n. 6.938/81, e do artigo 17 do Decreto 99.274/90, a competência para o
licenciamento ambiental é dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente, integrante do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA) e do IBAMA em caráter supletivo. Esses são órgãos e entidades da União, Estados, Distrito
Federal, Territórios, Municípios e as Fundações instituídas pelo Poder Público para a proteção e melhoriada
qualidade ambiental.
O artigo 4º. comanda que é de competência privativa do IBAMA, o licenciamento ambiental de
empreendimentos, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional e
regional. Exemplo dessas atividades de competência do IBAMA são as relacionadas a atividades nucleares e
radiativas (Funiber, 2009).
As licenças previstas, estabelecidas pela Lei n. 6.938/81, conforme Philippi Junior e Maglio (2009) são:
• Licença Prévia (LP)
A ser expedida na fase de planejamento e concepção de um novo empreendimento; deve conter os
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação da atividade. Sua
•
- -7
concessão depende das informações sobre o estágio de concepção do projeto, sua caracterização e
justificativa, a análise dos possíveis impactos sobre o ambiente, e as medidas que serão adotadas para o
controle e mitigação desses impactos ou dos riscos ambientais. Dessa forma, estabelece as condições
para a viabilidade do empreendimento do ponto de vista da proteção ambiental. Em projetos de maior
complexidade e com possíveis impactos ambientais relevantes, os órgãos de controle poderão exigir a
realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA), como
condição para obter a licença prévia. Esse instrumento foi normatizado pela Resolução n. 001/86 do
CONAMA.
• Licença de Instalação (LI)
A ser emitida de acordo com as especificações do projeto executivo; deve conter o plano de controle
ambiental do empreendimento. Requer também a apresentação de informações detalhadas do projeto
por meio de plantas, layouts, unidades que o compõem, métodos construtivos, processos e tecnologias,
sistemas de tratamento e disposição de efluentes, corpos receptores etc. A concessão da licença de
instalação autoriza o início da implantação do empreendimento.
• Licença de Operação (LO)
a ser expedida em fase anterior à operação; após o atendimento dos requisitos necessários, autoriza o
início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle ambiental, de acordo
com o previsto na Licença Prévia e na Licença de Instalação. Autoriza a operação do empreendimento.
Todas as licenças ambientais são válidas por tempo determinado. A Resolução Conama 237/1997 estabelece
para cada tipo de licença um prazo de validade mínimo e um máximo.
O prazo de prorrogação não pode ultrapassar o prazo máximo estabelecido para a modalidade de licença. No
caso da licença de operação, o órgão ambiental, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou do
empreendimento, poderá aumentar ou diminuir o prazo de validade da licença, respeitando os prazos mínimos e
máximos dessa modalidade. A prorrogação da licença de operação deve ser requerida com antecedência mínima
de 120 dias do término do seu prazo de validade, ficando esta automaticamente prorrogada até manifestação
definitiva do órgão ambiental.
•
•
- -8
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (RIMA).
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Analisou o princípio do poluidor-pagador.
• Verificou os conceitos e aplicações do licenciamento ambiental.
• Reconheceu as etapas e competências do desse licenciamento.
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