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AD1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO IV - CEDERJ

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
 Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD
 Avaliação a Distância (AD1) – 2022/01
Disciplina: Fundamentos da Educação 4 – Sociologia da Educação 
Coordenadora: Profa. Dra. Rejane Maria de Almeida Amorim
Professores Tutores a Distância:
Profa. Esp. Elane Magalhães
Profa. Esp. Alicia Santana Castro
	CURSO: MATEMÁTICA
	POLO: ANGRA DOS REIS
	ALUNO: LUCI TAVARES GUIMARÃES
	MATRÍCULA: 19213010149
	
	DATA: 27/ 03/ 2022
1. Assista aos vídeos produzidos pela TV UNESP, conteúdo proposto no módulo 1, e apresente questões que chamaram sua atenção com base nas principais ideias, teorias e conceitos vinculados ao pensamento dos sociólogos clássicos (Marx, Durkheim e Weber): ATENÇÃO, SÓ SERÁ CONSIDERADO O QUE ESTIVER NOS VÍDEOS, SOMENTE ESSE MATERIAL DEVE SER USADO NESSA QUESTÃO. (3 pontos)
Separar sua resposta em itens, sendo uma para cada um dos sociólogos.
Resposta: 
Os vídeos contidos no módulo 1 na plataforma inicia com o filme – “Tempos Modernos”, onde o protagonista, Charles Chaplin, manifestou, sem falas, como era a dinâmica de trabalho na época com referências à Revolução Industrial, que retratava como era os afazeres trabalhistas diários, mostrando que cada funcionário exercia funções pré determinadas e imutáveis durante seu tempo na empresa num processo de produção em massa e exaustivo, evidenciando o compromisso com o lucro e a grande produção em detrimento do bem estar dos funcionários, os quais podem ser facilmente substituídos, uma vez que há altas taxas de desempregados ainda nos dias atuais.
KARL MARX (1818 – 1883)
As ideias de Marx, de acordo com a explicação do convidado, Prof. Dr. Gabriel Cohn da USP (Universidade de São Paulo) no vídeo, se voltam para a relação entre patrão e proletário, que através de exploração, da propriedade privada e de Mais-Valia (premissa de que o salário que o trabalhador recebe é inferior à quantidade de horas fixadas em sua jornada de trabalho); proporcionado pela venda da força de trabalho, alienação do trabalhador em relação a esse sistema capitalista e a forma que se dá esse funcionamento para compreender a ideologia por trás de toda essa lógica capitalista que tem a ideia de quem detém os meios de produção, é quem tem o poder de controlar e de comprar a força de trabalho. O empresário compra, e o trabalhador vende a sua força de trabalho. Tendo como altruísta o detentor dos meios de produção.
ÉMILE DURKHEIM (1858 – 1917)
Com depoimentos dos convidados: Prof. Dr. Gabriel Cohn da USP (Universidade de São Paulo), Dr. em Sociologia e a Drª. em Filosofia pela Universidade de São Paulo – Raquel Weiss. Segundo Cohn, Durhkheim se considerava o criador da sociologia e a sociedade se encerra sobre o Fato Social diante às relações de imposição, quase que obrigatória dentro de uma sociedade, quando uma pessoa tende a exercer certos códigos de conduta ao outro. Acrescenta-se ainda, que um Fato Social é tudo aquilo que, de alguma forma, pretende causar efeitos de caráter moral e que envolve, sobretudo, a interação entre indivíduos; isto é, sempre que uma ação nossa propicia algum fenômeno causal em relação às pessoas, enquanto sociedade, pode se configurar como um Fato Social.
A educação na concepção de Durkheim, é importante, por determinar aquilo que a “sociedade” espera que aquele indivíduo se torne – explica Dra. Raquel Weiss – sob a pena de ser expulso do sistema, acrescenta Cohn. A escola, ao longo tempo, organizará o modo de pensar, de agir, de ética, conduta moral, profissão, tipo de família, visão de sociedade, e etc, por ser um lugar onde a criança aprende as primeiras concepções sobre a sociedade com obediência. Partindo desta ideia, a relação que se dá de um indivíduo a outro, do estado à sociedade, é de imposições de leis, concepções, distinções e, principalmente, o que é verdade. O Fato Social beira a um dogmatismo generalizado, um processo sucessivo de fatos em potencial.
Conforme acreditava Durkheim, “o espírito de adesão ao grupo, diz respeito ao indivíduo sentir que faz parte de alguma coisa” – acrescenta Dra Raquel numa idéia baseada no Ser Social. Nesse intento, considera-se que os diversos grupos sociais também são fatos sociais, por ser dentro da sociedade que o indivíduo se molda, conservando valores peculiares e que serão as leis que interiormente lhe regerão.
MARX WEBER (1864 – 1920)
Sociólogo alemão que viveu entre (1864-1920), formado pela Universidade de Humboldt Berlim (1884-1889) e pela Universidade de Heidelberg (1882-1884), conceitua a sociedade diferente das ideias de Karl Marx e Durkheim, este acreditava no Fato Social, onde as relações causais na sociedade se centravam na ideia do coletivo. Para Weber, no tocante a isso, o que explica a dinâmica da sociedade é a: Ação Social. Premissa centrava na ciência dos indivíduos agindo socialmente. 
Na prática, a ação social está em todos os lugares, trata-se da interação dos indivíduos enquanto sociedade, e quando acontece uma interação entre dois grupos sociais, Weber define como Relação Social.
Marx Weber não acreditava que a sociedade poderia ser explicada tão somente por relações econômicas e de produção, como acreditava Karl Marx, mas sim, de forma peculiar concernente à Burguesia, e que a presença da Ação Social nessas relações de poder se dá sistematicamente através de relações sociais em grupos fundamentadas com regras, métodos ou, até mesmo uma ideologia sobre determinado objeto de ação, fazendo desse uma formulação conceitual. Cria-se algo comparado a uma tradição, onde o grupo que detém essa formulação vai criando outros grupos baseado em sua ideologia, já que a Ação Social é sempre constante.
2. Assista ao Vídeo sobre a Escola da Ponte e realize a leitura do texto: A Escola da Ponte de Rubem Alves. Escolha duas crônicas em que o autor fala sobre a visita que realizou nessa escola e explicite os pontos que mais chamaram sua atenção. (Indicar o número das crônicas). (2 Pontos)
Resposta: 
O vídeo e o texto sobre a Escola da Ponte de Rubem Alves expõem um misto de emoções à Escola da Ponte – Portugal e critica o atual ensino das demais escolas e sistemas de educação, principalmente brasileiro. Nas crônicas: A Escola da Ponte – 2 e A Escola da Ponte – 3 são explícitos essas ideias. 
As analogias expostas pelo autor fazem um comparativo entre aprendizado e adestramento, na percepção da estrutura física até a filosofia em si. A Escola da Ponte, que mesmo diferente de todo sistema de ensino no mundo, educa, ensina de forma leve e produtiva, difere do ensino a ser cumprido, aos planos de aulas atuais, que tornam o ensino mecânico, forçado e desinteressado, nas escolas tradicionais.
3. Partindo das leituras do Módulo 2, explicite qual o conceito de habitus e Capital Cultural na teoria de Pierre Bourdieu e explique como a reprodução social pode acontecer na realidade escolar, de acordo com essa teoria, considerando que a qualidade e o acesso à escola não são igualitários para todos. (2 pontos)
Resposta: 
Bourdieu definiu habitus como um “sistema de disposições duráveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionarem como estruturas estruturantes” – BOURDIEU apud ORTIZ, R. Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1994. p.15.
É um sistema compilado de modos de pensar, gostos, comportamentos e estilos de vida, herdada da família e reforçada na escola, sendo articulado pelos capitais econômico, cultural, social e simbólico que confere a determinados grupos a alta posição na hierarquia social. 
Sendo o habitus simultaneamente individual e social, Pierre considerou-o como um mecanismo de mediação entre sociedade e indivíduo, por isso considera a influência que um determinado grupo exerce sobre os demais, fruto da articulação entre o poder de múltiplas fontes de poderes: financeiro, cultural – aglutina o conhecimento formal, ou seja, o saber socialmente reconhecido por meio de diplomas – social e simbólico. Tais poderes representam a capitalização de um ativo importante para ter-se uma posição dedestaque em determinada sociedade e contexto histórico, e a distribuição desigual desses recursos, consolida e reproduz a hierarquia social ao longo do tempo.
Para Bourdieu a variedade de gostos e de hábitos era profundamente marcada pela trajetória social dos indivíduos, ou seja, pela experiência de educação e socialização que recebem e são integrados resulta no gosto por determinado tipo de manifestação artística não é inato ou fruto exclusivo de sensibilidade individual, mas sim, conseqüência de um processo educativo encabeçado pela família e pela escola.
4. Apoiado nos materiais, vídeo aula “Pierre Bourdieu & Jean-Claude Passeron em diálogo com Bernard Lahire: Compreendendo melhor: críticas, aproximações e contribuições” Entre o minuto 4 à 30 do vídeo, Profa. Rejane Amorim e do texto, Trajetória acadêmica e pensamento sociológico: entrevista com Bernard Lahire, postados no módulo 2, aponte no mínimo três questões destaques sobre a teoria de Bernard Lahire. (3 pontos)
Resposta: 
Encontra-se a marca dos efeitos do sistema escolar sobre os perfis culturais individuais à sociologia da cultura. Não se pode trabalhar sobre os usos da cultura fazendo abstração da grande ligação existente nas sociedades fortemente escolarizadas entre capital cultural, econômico e social. O volume e a natureza (literária versus científica) do capital escolar adquirido determinam em grande parte os gostos e disposições culturais.
Bernard Lahire começa sua trajetória como sociólogo da cultura e da educação, e se utiliza recorrentemente de exemplos da prática da escrita e também das práticas escolares em suas explanações. Os campos educacionais e culturais possuem destaque quanto do esforço de se compreender a incorporação do social, reaproximando psicologia e sociologia.
A ideia de singularidade não implica em unicidade ou irrepetibilidade, argumenta, Bernard Lahire, que não é pertinente em sua obra por se tratar de um método individualizante ou generalizante. A sociologia do ator plural visa responder uma necessidade presente, fruto do processo de individualização a que estamos sujeitados. Objetiva mostrar que a oposição indivíduo e sociedade é falsa e faz isso construindo uma narrativa sobre a produção dos indivíduos, evidenciando que o social não se reduz ao coletivo ou ao geral, mas que se faz presente mesmo no indivíduo (LAHIRE, 2002ª, p. 174). Sendo mais provável encontrar atores individuais com disposições heterogêneas e contraditórias, do que atores com coerência e homogeneidade dos esquemas que compõe seu patrimônio de disposições.
A crítica que Lahire aplica sobre Bourdieu é principalmente empírica. Segundo Lahire (2012a), “o que Bourdieu designava por habitus era um caso muito particular (e talvez mesmo excepcional nas sociedades diferenciadas) de patrimônio individual de disposições” (p. 206). Um conceito retórico deduzido das práticas sociais, mas que vivenciou raso confronto com a realidade histórica e empírica. De certa forma a sociologia à escala individual buscaria trabalhar empiricamente com tal conceito.
O entendimento de Lahire é de que a teoria dos campos sociais resolve uma série de problemas científicos, mas gera outros: ignora as passagens operadas pelos agentes de um campo a outro (que pode fazer com que disposições avessas ao campo presente possam ser ativadas, bem como há também a distinção dos campos onde somos produtores dos que somos consumidores, espectadores, etc); negligencia aqueles que se definem socialmente fora de toda atividade de um determinado campo (mulheres no lar, sem atividade profissional nem pública, por exemplo); e considera fora do campo “os sem-grau”, as pessoas que se encontram à margem no campo (os funcionários que trabalham na portaria, nas cantinas, na limpeza, são exemplos, e, diga-se de passagem, indivíduos já subalternizados). É como se uma parte considerável do mundo social estivesse fora do campo de análise.
Referências:
Materiais disponíveis nos módulos 1 e 2 da disciplina Fundamentos da Educação IV em https://graduacao.cederj.edu.br/ava/;
UNESPTV. Marx, Dukheim e Weber – Clássicos da Sociologia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=eQzR7PuWvcU>;
BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001;
MARX, KARL; ENGELS, FRIEDRICH. O manifesto comunista . Boitempo -Editora. São Paulo, 2010;
OSHO. Sublime Vazio. Editora Cultrix. São Paulo, 2014; 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/pierre-bourdieu.htm;
https://periodicos.ufes.br/index.php/sinais/article/view/18654/13922.
NOTA: 90

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