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Histopatologia da Pele e Anexos Dermatoscopia Macroscopia da Lesão de pele é feita pelo dermatologista ou cirurgião geral. Fazendo o uso de lentes que ampliam a lesão para chegar a um diagnóstico. Utilizam softwares e aplicativos que ampliam a imagem da pele. Localiza Descreve Encaminha para análise. Procedimentos: Curetagem Ressecção superficial da lesão. Procedimento de Biópsia por Push. Fixar e girar. Que dará um fragmento em formato de cone. Lesão no epitélio acompanhado de tecido conjuntivo abaixo (pegar um pouco de pele boa). - Usado para diagnóstico -Usado para tratamento. Shaving e Eletrocauterização Ressecção superficial com bisturi. Pouco tecido conjuntivo e com objetivos estéticos. -Necessita ser uma lesão benigna. Se a lesão for benigna podemos eletrocauterizar. Exerese remoção cirúrgica de uma lesão. Pele saudável fica em volta. Em caso de não ser uma lesão benigna: Vai ocorrer uma inflamação da lesão, poucos neutrófilos, ocorre nascimento de vasos para cicatrização. Mediante a revascularização as células restantes irão se multiplicar exaredamente. (Maligna Neoplasias) Reincidência Tumoral Fazer uma Exerese Insicional – Deixando pele sadia ao redor e remover todas as células mutantes. Introdução A pele apresenta camadas de células firmemente aderidas umas às outras, uma porção epitelial de origem ectodérmica, a EPIDERME (+Anexos), e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a DERME, Abaixo da derme encontra-se a Hipoderme ou tecido Subcutâneo. Pele maior órgão em extensão e em contato com o meio externo. (Proteção) Origem embrionária: Ectoderme. Possuímos várias camadas de células para compor a pele. Epitélio Estratificado Plano Queratinizado (carapaça lipoprotéico). Todo o epitélio é montado em cima de uma Membrana Basal é um tipo de tecido conjuntivo, formado de Colágeno Tipo 4 que o corpo monta de forma que criamos uma rede de pequenas fibras proteicas. O epitélio é separado do Tecido conjuntivo, porém ainda assim estes se comunicam. A sustentação das células ocorre pelos filamentos proteicos do citoplasma das células atravessam a MP e se ligam com outros de outras células (Especialização da Membrana Plasmática para formar uma rede, são chamados de desmossomos) Ocorre a passagem de nutrientes para o tecido através da MB. Parte de fibrilas proteicas do citoplasma da célula epitelial que se agarram a MB Especialização chamada de Hemedesmossomo Bactérias patogênicas liberam produtos que desmontam os desmossomos Estas então chegam ao tecido conjuntivo. (Infecção Bacteriana) Todo epitélio precisa de tecido conjuntivo para sobreviver, eles sempre se acompanham. Os epitélios são avascularizados, os nutrientes e O2 são passados pelo tecido conjuntivo. Ancoragem também é realizada pelo Tecido Conjuntivo. Elastina (proteína) permite que a pele seja elástica. Radiação solar quebra a elastina. Junção Dermo-Epidérmica A junção dermo-epidérmica é uma membrana que separa a epiderme da matriz extracelular da Derme. Que está imediatamente abaixo dela. É composta por 2 camadas: lâmina basal e lâmina reticular. As lamininas pertencem a uma família de glicoproteínas que compõem estruturalmente quase todos os tecidos do nosso organismo. Cria aspecto de rede e sustentação. Elas são secretadas e incorporadas pelas células associadas á matriz extracelular. A laminina é vital para a manutenção e sobrevida dos tecidos. Deficiências de Laminina pode causar distrofias musculares, doença bolhosa letal da pele, defeitos na filtração glomerular. Ocorre uma Mutação genética na qual não conseguem montar lamininas, presentes em todas as membranas basais de todos os epitélios. Epidermólise Bolhosa – Lise da epiderme, com desconexão das células, gerando uma resposta inflamatória no tec conjuntivo, gerando inchaços em toda pele. Risco de infecção de M.O. e lesões. Simples: Forma menos grave, principal característica é a formação de bolhas que cicatrizam sem deixar marcas. Distrófica: Há formação de bolhas em quase todo corpo inclusive boa e esôfago, as lesões no tubo digestivo quando cicatrizam podem dificultar a passagem dos alimentos. Juncional: As bolhas se espalham pelo corpo todo, inclusive na mucosa da boca, esôfago e nos intestinos, aumenta a dificuldade de engolir e compromete a absorção. Funções 1. Proteção contra desidratação, atritos, radiação e entrada de M.O, física contra traumas. 2. Comunicação com o ambiente 3. Termorregulação 4. Excreção 5. Formação de Vit. D. 6. Reação Imunológica. 7. Sensorial Retinol: Vitamina A é precurssor do ácido retinóico que junto com hormônios esteroidais e da tireoide estimulam a diferenciação e proliferação celular dos epitélios, como a epiderme. (Renovação do Epitélio, desde que o tecido conjuntivo esteja íntegro) (Hormônios Tireoideanos deixam a pele bonita) Mulheres pós menopausa Pele fina, pele seca, queda de cabelo. Michael Holick – Cacidiol (calcifediol – Dosagem sanguínea) e calciferol. Funções da Vitamina D Homeostase do cálcio (Ajuda na absorção) Homeostase de vários outros processos celulares, entre eles a síntese de antibióticos naturais pelas células de defesa dos mamíferos. Modulação da autoimunidade e síntese de interleucinas inflamatórias. Controle da P.A. Participa da regulação dos processos de multiplicação e diferenciação celular, é atribuído também a ela papel antioncogênico Produção principal vem da radiação (Sol) Ergosterol é o precursor da Vitamina D, a radiação do sol o converte em Policalciferol, no fígado é transformado em 25-Dihidróxicolicalciferol e nos rins ocorre a transformação em 1-25 dihidroxicolecalciferol na forma ativa. Epiderme O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da epiderme é constituído por 4 tipos celulares diferentes: 1- Queratinócitos (Maior número, forma o epitélio) 2- Melanócitos (Menor número, origem da Medula óssea que no período embrionário migram para o ectoderma ) 3- Células de Langerhans (Mais próxima da superfície, origem da medula óssea e migra para o ectoderma se instalando nas camadas superficiais.) 4- Células de Merkel. (Na camada profunda – Base, possui uma conexão com feixes nervosos, servindo como transmissor de sensações) Queratinócitos É o tipo celular predominante na epiderme, essas células se originam da camada basal da epiderme. Ao sair, os queratinócitos adquirem 2 atividades principais: Produzem queratina, a principal proteína estrutural da epiderme, constituindo 85% dos queratinócitos integralmente diferenciados. (Função de proteção física) A produção da queratina ocorre com associação de lipídeos ácidos graxos e colesterol. Corpúsculos de Odland e Grânulos de Queratoialina (precursor) Participam da formação da barreira física e hídrica da pele. Possuem os desmossomos que fazem sustentação. Realiza síntese proteica e sintetiza a partir do colesterol que trabalha a gordura transformando-a em diferentes tipos de gordura como a Ceramida (40%), ácidos graxos (25%) e grânulos de queratoialina. Melanócitos São células dotadas de prolongamentos, localizados no estrato basal de epiderme. Derivada de precurssores que migram da crista neural por volta da 8ª semana de gestação. Apresentam citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa e transferem grânulos de melanina e até 36 queratinócitos. Os melanócitos não formam desmossomos com os queratinócitos, mas se prendem a membrana basal por meio dos Hemidesmossomos.Além da pele células produtoras de melanina no plexo coroide, retina e corpo ciliar do olho. Vitiligo redução no número de melanócitos. (Linfócitos acham os melanócitos estranhos e os destroem, resposta sem explicação clara) Função: Produzem a melanina contida nos melanossomos. O mecanismo de produção ocorre por ação enzimática (Tirosinase) Melanócitos não conseguem produzir melanina Albinismo Por deficiencia enzimática., Albinismo Oculocutâneo OCA-1 : As pessoas apresentam pele e cabelos brancos, além de olhos azuis no nascimento. Alguns, pacientes, com o tempo, passam a produzir melanina durante a primeira infância, exibindo um aumento na pigmentação. Outros, no entanto, permanecem como estão. OCA-2: O subtipo mais comum em habitantes da áfrica subsaariana, em afro americanos e nativos americanos também. A pessoa pode apresentar cabelo loiro, ruivo, cor de gengibre ou vermelho – vivo. Os olhos tendem a ser azuis ou castanhos bem claros. A pele, branca ao nascimento, pode desenvolver sardas e pintas ao longo dos anos conforme a pessoa é exposta ao sol. OCA-3: Este subtipo é mais comum em negros sul-africanos, que tem cor de pele avermelhada e um pouco morena, cor de cabelo ruiva e olhos da cor de avelã. OCA-4 : É bastante semelhante ao subtipo 2 e é mais frequentemente encontrado em pessoas de ascendência do leste asiático. Albinismo Variantes Albunismo ocular ligado ao Cromossomo X A causa deste tipo de albinismo está relacionada a uma mutação genética no cromossomo X. Este tipo ocorre quase EXCLUSIVAMENTE em pessoas do Sexo Masculino, é caracterizado principalmente por problemas de visão – pele, cabelo e cor dos olhos estão geralmente dentro do padrão de pessoas da mesma família – as vezes estão geralmente dentro do padrão das pessoas da mesma família – as vezes, um pouco mais claro no máximo. Síndrome Hermansky -Pudlak A síndrome de Hermansky -Pudlak é um tipo raro albinismo, causado por uma mutação em pelo menos um de oito genes diferentes. Curiosamente, a doença é muito mais comum em países como Porto Rico, e é caracterizada oculocutâneo, mas também pode haver ocorrência de por sinais e sintomas muito semelhantes aos de pessoas com albinismo doenças pulmonares e intestinais ou, ainda, um distúrbio hemorrágico. Síndrome de Chediak -Higashi A síndrome de Chediak -Higashi também é uma forma muito rara de albinismo, associada a uma mutação no gene LYST, responsável pelo transporte de enzimas aos lisossomos. essa síndrome apresentam um defeito nos prateado e a pele é geralmente branca ou acinzentada. As pessoas com. Além disso, o cabelo é geralmente castanho ou loiro com um forte brilho. Apresenta sinais e sintomas semelhantes ao albinismo oculocutâneo. glóbulos brancos do sangue, o que aumenta o risco de infecções Sardas ou Efélides: Aumento na produção e acúmulo de melanina. Surgem em local de maior exposição de sol. Melasma Estímulo hormonal que tem influência sobre os melanócitos. Lentígo Excesso de produção de melanina por excesso de exposição solar. Melanócito transporta os melanossomos para as camadas acima da pele. Tirosinase Quebra Dopaquinona O hormônio Melanocortina influencia a produção da Eumelanina Dando ao indivíduo uma coloração mais escura. Por condições genéticas ocorre a reação com cisteina que produz uma molécula de melanina diferente “Feomelanina” dando uma pigmentação mais dourada/clarinha Indivíduo branco Eumelanicos: Indivíduos hiperpigmentados (Indivíduos negros). Possuem uma proteína que reflete a radiação, portanto podem pegar sol sem se preocupar. Feomelanicos : Passam a produzir uma proteína menos pigmentados (Loirinho, olho claro e pele clara) proteína mais fina, podendo a radiação lesar a pele. Ambos possuem melanócitos e produzem melanina, o que muda é o tipo de melanina produzida. Sardas ou efélides: Aumento na produção e acúmulo de melanina. Quanto mais perto da região norte do mundo mais feomelanicos são pela falta de radiação. Epiderme – Células de Langerhans Células Dendríticas: Derivadas de precurssor mielóide da medula óssea, que atuam como células apresentadoras de antígenos, interagindo com as células T, correspondem de 3-6% das células da epiderme. Interagem com os queratinócitos através das E-caderinas. As células dendriticas expressam MHC I, MHC II, Fc IgG e Fc IgE grânulos de Bierbeck – contêm as proteínas langerina e CD1 envolvidas na captura e apresentação de antígenos (endocitose). Captura bactérias/vírus atravessa a membrana basal do tecido conjuntivo e leva o agressor até um aglomerado de células de defesa mais próximo (Linfonodo) , realiza apresentação do antígeno. O Antígeno ficam aprisionados nos grânulos de bierbeck. Histiocitose das Células de Langerhans Histiocitose das células de langerhans (HCL) é uma proliferação das células mononucleares dendríticas com infiltração local ou difusa nos órgãos. A maioria dos casos ocorre em crianças. As manifestações podem incluir infiltrações nos pulmões, lesões ósseas, exantemas e disfunções hepáticas, hematopoéticas e endócrinas. Diagnóstico baseado na biópsia Os indicadores de mau prognóstico são idade < 2 anos e doença disseminada, particularmente comprometendo sistema hematopoiético, fígado, baço ou sua combinação. Os tratamentos compreendem medidas de apoio e quimioterapia ou tratamento local com cirurgia ou radioterapia, conforme indicado pela extensão da doença. A prevalência de HCL estimada varia bastante . Lesões ósseas, dentes... Histiocitose das Células de Langerhans SUBTIPOS Síndromes Clínicas Granuloma Eosinofílico (doença de um único sistema) O granuloma eosinofílico unifocal ou multifocal (60 a 80% dos casos de histiocitose de células de langerhans) ocorre predominantemente em crianças mais velhas e adultos jovens, geralmente por volta dos 30 anos de idade, incidência é mais elevada entre 5 a 10 anos de idade. Além do número elevado de células de langerhans ocorre também proliferação de eosinófilos. Lesão frequentemente envolve ossos. Doença de Hand-Schuller-Christian – Doença multissistemica sem comprometimento de órgãos de risco Ocorre geralmente em crianças com 2-5 anos. Nessa doença sistêmica há envolvimento dos ossos: chatos do crânio, arcos costais, pelve, escápula ou uma combinação. Os ossos longos e as vértebras lombossacrais são envolvidos em menor frequência , punhos, mãos, joelhos são menos envolvidos. Casos clássicos pacientes apresentam proptose causada por massa tumoral orbital. Perda da visão ou estrabismo provocado pelo envolvimento do nervo óptico ou musculo orbital ocorre raramente. Perda de dentes ocasionada por infiltração apical e gengival é comum em pacientes mais velhos. Otite média crônica e otite externa decorrentes do envolvimento do mastoide e porções petrosas do osso temporal, com obstrução temporal do canal auditivo são comuns. Diabetes insipido, o ultimo componente da tríade clássica inclui envolvimento de osso chato e proptose, afeta 5 a 50% dos pacientes. Tríade Clássica: Diabetes Insiído + envolvimento de osso chato + proptose. Doença de Letterer –Siwe (Doença multisistêmica com comprimetimento de órgãos de risco) Forma mais grave de HCL Tipicamente em crianças com menos de 2 anos de idade com seborreia descamativa, eczematoide, algumas vezes com rash purpúreo envolvendo couro cabeludo, canais auditivos, abdome e áreas intertriginosas do pescoço e da face. Pele nua tende a facilitar a invasão microbiana causando sepsis. Há frequentemente corrimento no ouvido,linfadenopatia. Hepatosplenomegalia em casos graves, disfunção hepática com hipoproteínemia e diminuição da síntese de fatores da coagulação. Anorexia, irritabilidade, falha de desenvolvimento e sintomas pulmonares (tosse, taquipneia, pneumotórax) Anemia significativa e , as vezes, neutropenia ocorrem, trombocitopenia é de grave significado prognóstico. Diagnóstico Suspeitar de histiocitose de células de Langerhans nos pacientes (jovens) com: 1- Infiltrados pulmonares criptogênicos. 2- Lesões ósseas 3- Anomalias oculares ou craniofaciais. 4- Crianças com menos de 2 anos de idade e exantema típico ou doença grave em vários órgãos sem outro diagnóstico. Sempre através da biópsia. Epiderme – Células de Merkel Originadas da crista neural. Localizam-se na parte profunda da epiderme em contato com a lâmina basal, presas aos queratinócitos por desmossomos. São encontradas em maior quantidade na pele espessa. Apresentam pequenos grânulos citoplasmáticos elétron-densos. Células de Merkel são mecanorreceptores (sensibilidade tátil) Patologias das Células de Merkel Carcinoma de Células de Merkel é um tipo raro de câncer de pele que começa quando as células de merkel crescem fora de controle. Como as células são um tipo de células neuroendócrinas, as vezes é denominado carcinoma neuroendócrino da pele. Inicia com mais frequência em partes do corpo expostas ao sol como face (local mais comum), pescoço e braços. -- Exposição à radiação solar. Nódulos ou edema firme, rosa, vermelho ou roxo na pele, geralmente são dolorosos, mas podem crescer rapidamente e as vezes formar úlceras ou feridas. Mais de 70 anos e mais prevalente em homens, brancos. Pacientes com sistemas imunológicos debilitados (transplante de órgãos, HIV) Poucas estatísticas por ser raro, em geral tem uma sobrevida de 10 anos. Epiderme – Estratos Os queratinócitos estão organizados em 5 camadas ou estratos de acordo com o seu grau de diferenciação: Estrato Basal : Com células cuboides, rica em células tronco (germinativa) e com filamentos intermediários de queratina. Se multiplicam e dão origem as células das outras camadas. Estrato espinhoso: formada por células cuboides, citoplasma com curtas expansões que contem filamentos de queratina. Expansões mantem unidas as células vizinhas pelos desmossomos. Mais evidente os desmossomos aqui. Estrato granuloso: Possui cerca de 3-5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma com grânulos basófilos. Estrato lúcida: Constituida por delgada camada de células achatadas eosinofílicas e translúcidas, os núcleos e organelas foram digeridos por enzimas. Citoplasma com numerosos filamentos de queratina, e os desmossomos podem ser visíveis entre as células. (Células prontas para descamar) Estrato córneo: Constituida por células achatadas mortas e sem núcleo, apresentam citoplasma repleto de queratina , os tonofilamentos se aglutinam e são transformados em placas sem vida, descamando facilmente. Derme Função de sustentação e nutrição. Espessura variável (máx. 3mm) Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas. É formada por duas camadas sem limite distintos: 1- Camada Reticular: Delgada espessa, constituída por tecido conjuntivo denso, são encontrados vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, além de estruturas derivadas da epiderme como os folículos pilosos, glândulas sebáceas e Sudoríparas. 2- Camada Papilar: É delgada constituída por tecido conjuntivo frouxo, possui fibrilas especiais de colágeno e pequenos vasos sanguíneos que são responsáveis pela nutrição da epiderme. Hipoderme Formada por tecido conjuntivo frouxo e adipócitos, sendo responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia, isolamento térmico, proteção contra choques e o armazenamento de energia metabólica. Dependendo da região a hipoderme pode ter uma camada maior de tecido adiposo associada, constituindo o panículo adiposo. A hipoderme contém músculos na cabeça e no pescoço (o platisma) e nenhum tecido adiposo é encontrado na porção subcutânea das pálpebras, do clitóris e pênis. Depósito de energia. Suprimento Sanguíneo e Linfático Da Pele O suprimento vascular cutâneo tem uma função primária: termorregulação e uma função secundária: nutrição da pele e dos anexos cutâneos. Três redes interconectadas são encontradas na pele: Plexo Subpapilar: Correndo ao longo da camada papilar. Plexo Cutâneo: Observado no limite das camadas papilar e reticular. Plexo hipodérmico ou subcutâneo (na hipderme) Vasoconstrição ; Retém calor Vasodilatação: Perde calor. Os vasos arteriais formam dois plexos, o cutâneo e o subcutâneo. Cada papila tem uma única alça vascular, com um ramo arterial ascendente e um ramo venoso descendente. Existem três plexos venosos na pele O sistema linfático inicia-se nas papilas dérmicas como capilares de fundo cego, que convergem para um plexo entre as camadas papilar e reticular, e deste para outro plexo na hipoderme. Receptores Sensoriais da Pele A pele é dotada de receptores sensoriais de diversos tipos, que são terminais periféricos de nervos sensoriais. É bem suprida de terminações nervosas motoras para os vasos, músculos eretores dos pelos e glândulas. As terminações nervosas livres são os receptores neuronais mais numerosos na epiderme. Essas terminações servem a múltiplas modalidades incluindo o tato, calor e frio. Outras terminações nervosas da pele são envoltas por tecido conjuntivo (Corpúsculos de Ruffini, Vater-Paccini, Meissner e Krause.) Anexos da Pele Mesma origem do epitélio, sendo que este prolifera e mergulha no tecido conjuntivo formando-os Origem ectoderma. Gerando Pelos, unhas e Glandulas sudoríparas Pelos Fases do crescimento: 1. Anágena (crescimento) e proliferação das células do pelo. 2. Telógena (repouso) pausa da proliferação celular. 3. Catágena (regressão). Degradação da base que mantém o pelo e ele cai. Lanugo finos são pigmentados e espassados. (Pelo do nascimento) Velo sob influência hormonal – pelo grosso. (Na adolescência) Alopécia – Perda de pelos, pode estar relacionada com a dieta, quimioterapia. Possuem eixos de fibras musculares que por contração e relaxamento fazem ereção ou relaxamento dos pelos. A glândula sebácea está diretamente relacionada com os pelos. Unhas São placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos. A porção proximal é chamada de raiz e nela ocorre proliferação e diferenciação das células epiteliais, que se queratinizam, formando a placa córnea. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas; Eponíquio: Prega ungueal proximal. (No início) Cutícula: camada córnea espessa do eponíquio – protege a base da placa ungueal. Hiponíquio: união entre o leito ungueal e a placa ungueal na ponta do dedo. A placa ungueal consiste de corneócitos, sais de cálcio e proteínas fibrilares contendo enxofre. Onicomicoses: Fungos que se fixam na unha. Meloníquia – proliferação de melanócitos excessiva muda a cor da unha, diferente do trauma que gera um hematoma ou sangue seco ali. GLÂNDULAS DA PELE Glândula sudorípara – Tubular Glândula Sebácea – Acinosa simples. Mecanismo de Secreção Apócrina: Uma porção pequena do pólo apical é liberada juntamente com o produto de secreção. Ex: glândula mamária e sudorípara. Merócrina ou Écrinas: Liberam porexocitose, sem liberar nenhum conteúdo citoplasmático próprio. É a glândula sudorípara. Holócrinas: A célula amadurece, morre e torna-se o produto de secreção. Como exemplo é a glândula sebácea. Glândulas Sebáceas São glândulas acinosas simples holócrinas, que se distribuem por toda a pele exceto na palma das mãos e planta dos pés. A porção secretora da glândula se encontra na derme e o ducto excretor se abre no colo do folículo piloso. Essas glândulas podem ser independentes dos folículos pilosos e se abrem diretamente na superfície dos lábios, nos cantos da boca, glande e nos lábios menores e mamilos. Ácinos apresentam-se formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre uma cada basal. Camada basal – células em mitoses. Glândulas Sudoríparas Écrinas ou merócrinas: Secretam suor líquido e salino (Envolvidas com a termorregulação) Não estão envolvidas com pelos. São muito numerosas e encontram-se em toda a pele (exceto glande) são tubulosas enoveladas simples, com função de controle da temperatura corporal. Porção secretora: Células claras, células escuras e células mioepiteliais. 1. Células Claras: São separadas por canalículos intercelulares, apresentam domínio basal com invaginações e muitas mitocôndrias, secretam a maior parte de água e dos eletrólitos do suor. 2. Células Escuras: estão apoiadas sobre as células claras e secretam glicoproteínas. 3. Células Mioepiteliais: encontradas entre a lamina basal e as células claras. Apócrinas: ducto excretor desemboca num folículo piloso. Predominam em órgãos odoríferos de animais. Glândulas Sudoríparas Apócrinas: São enoveladas e ocorrem nas axilas, no púbis, região perianal e na aréola mamária, são de maior tamanho do que a anterior e a porção secretora é encontrada na derme e hipoderme. O ducto secretor se abre no folículo piloso (ao contrário das écrinas que se abrem na epiderme) se tornam funcionais após a puberdade e são inervadas por fibras nervosas adrenérgicas. Tipos de Colágeno PATOLOGIAS DA PELE Envelhecimento Alterações na pele. Possui uma tendência de sofrer modificações ao longo dos anos. Os bebês possuem o Vérnix (camada lipídica a partir do 3 trimestre) que protege e hidrata a pele nas primeiras horas de vida, o bebê possui uma camada fina de queratina protetora. Com a idade os tecidos acabam sofrendo modificações . A derme e a epiderme tornam-se mais finas. Perde a gordura do estrato subcutâneo, a irrigação sanguínea também diminui. Alterações dermatológicas do Envelhecimento: Fatores hormonais (diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona) Fatores genéticos (envelhecimento cronológico – idade) Fatores ambientais (Sol – fotoenvelhecimento) Hábitos do paciente (fumo, álcool atividade física e alimentação.) Condições gerais (hepatite e aterosclerose) Doenças cutâneas ou sistêmicas associadas (Diabetes, hipotireoidismo, melanoma e câncer) Diminuição do estrógeno: 1- Diminuição da atividade mitótica (capacidade de regeneração da pele) 2- Diminuição da síntese de colágeno (flacidez e rugas) 3- Pele mais fina, diminuindo a resistência aos choques mecânicos (hematomas) 4- Áreas com maior quantidade de queratina (espessamento da sola dos pés, joelhos e cotovelos) Nos primeiros 5 anos de privação estrogênica (climatério) a mulher perde cerda de 30ª 40% do colágeno. (Terapia de reposição hormonal) Após esse período a mulher passa a perde 2% de colágeno , sendo o envelhecimento mais lento. Diminuição da Progesterona Aumento da ação de hormônios masculinos nas glândulas sebáceas, pelos do corpo e couro cabeludo. Queda de cabelo e oleosidade do cabelo. Ocorre um desvio metabólito para produção de testosterona e isso acaba dando características de masculinidade. -Alopécia. Alterações dermatológicas do Envelhecimento Epiderme: torna-se fina diminui proliferação, aumento da queratina. Derme: diminuição de fibras colágenas, desidrataão da pele, e diminuição de mastócitos (infecções). Glândulas Sebáceas: Número normal, diminuição da secreção, pele mais seca. Unhas: crescem mais devagar, sem brilho e quebradiças. O mais amarelada e opaca. Pigmentação: Manchas escuras e ou esbranquiçadas Orgãos terminais (meissner, vater paccini e merkel) tem diminuição em número e volume que leva a diminuição Ictiose É uma doença da epiderme (falha na maturação epidérmica) com espessamento do estrato córneo. Mutação genica com alteração na queratinização e alteração na camada córnea com estimulo que desenvolve maior na epiderme. Aspecto de escama de peixe, parece ressecada. Quatro tipos: ictiose vulgar, ictiose ligada ao X, ictiose lamelar e hiperceratose epidermolítica. Patogênese Coesão aumentada (descamação defeituosa) Queratinização anormal (hiperceratose) Proliferação aumentada de células basais Variações na espessura da epiderme e do estrato granuloso, assim como a clínica subclassifica a ictiose. Bebes suscetíveis a infecções por conta das rachaduras na pele. Esfoliam a pele expõe a epiderme e derme (passam cremes a base de ureia para proteção da pele). Hiperceratose epidermolítica Além do excesso da produção de queratina, estes queratinócitos perdem a coesão perante aos desmossomos (Problema estrutural) -Lise da epiderme. Psoríase É uma doença da derme e da epiderme, caracterizada por hiperplasia epidérmica persistente. É um distúrbio crônico, frequentemente familiar, que se manifesta por placas escamosas nas superfícies extensoras. Patogenia: Pouco compreendida e multifatorial. Fatores genéticos Ambientais Proliferação celular anormal Alterações microcirculatórias Fatores imunológicos. Mediante resposta inflamatória ocorre o eritema é um característica com proliferação em excesso da epiderme com descamação acentuada; Primeiramente manchas avermelhadas, acomete regiões da nuca, joelhos, nádegas, mãos. Ocorre um estimulo que gera uma resposta inflamatória com eritema, com vasodilatação e migração de células de defesa, ocorrendo uma proliferação da epiderme e descamação abrupta (núcleo de queratinócitos que maturam e descamam gerando super resposta.) Inata inicialmente e depois adaptativa. Células envolvidas: inicialmente neutrófilos que migram e formam até microabssecos após isso ocorre proliferação de queratinócitos, macrófagos e células de langerhans, também linfócitos T. Dão lesão em pústula. Sinais clínicos: Sinal da vela (passar lâmina de bisturi sobre a lesão o aspecto da desmação é igual a cera da vela.) Sinal do orvalho sangrento: Descamação da placa gera pingos de sangue. Halo de Woronoff (VASOCONSTRICÇÃO NA PERIFERIA DA PLACA) Coloração de placa (Psoríase vulgar) Pode acometer unhas e trazer deformidades. Artrite psoriatíca . Linfócito T CD8 principal célula envolvida. Ocorre alargamento da epiderme (microscopia / Acantose) Dermatite Seborreica Inflamação da pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo e orelhas. É uma doença de caráter crônica, com períodos de melhora e piora dos sintomas. Causa não é totalmente conhecida, a inflamação pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, como alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, baixa temperatura, álcool, medicamentos e excesso de oleosidade. Fungo Pityrosporum ovale também pode provocar a doença. A dermatite seborreica em RN conhecida como Crosta Láctea, é uma condição inofensivae temporária, na qual aparecem camadas grossas e amareladas ou marrons sobre o couro cabeludo da criança Escamas semelhantes também podem ser encontradas nas pálpebras nas orelhas ao redor do nariz e na virilha. Tanto em adultos quanto em crianças a doença não é contagiosa e não e por falta de higiene. Pênfigo Distúrbio na coesão celular, são doenças cutâneas nas quais a formação de bolhas é secundária a menor coesão dos queratinócitos epidérmicos. Patogenia: Doença auto imune, anticorpos IgG circulantes contra o antígeno desmogleína 3 da superfície celular (proteínas desmossômica) Ocorre soltura dos queratinócitos ocorrendo inflamação e formação do edema (bolha) Linfócito B produz anticorpos contra desmogleína (AFETANDO A FORMAÇÃO DO DESMOSSOMO) Localização da Bolha na Epiderme. Queratinócitos que se desprendem Acantócitos. Ocorre acima da camada basal. Bolha Intraepidérmica interior. Bolha subepidérmica Penfígoide bolhoso( com eosinófilos rompem os hemidesmossomos mediante complemento, deposição de igG e ), dermatite herpidermoide (com neutrófilos Bolha subepidérmica), porfiria cutânea (sem inflamação). Doenças da Zona da Membrana Basal (interface dermo-epidérmica) Epidermólise bolhosa: epidermolítica, juncional e dermolítica Tendência a formar bolhas em sítios de traumas pequenos problemas na membranas basais. Pênfigo Bolhoso: Semelhante ao pênfigo porém sem acantólise. Dermatite herpetiforme: Associada a hipersensibilidade ao glúten. A ingestão do glúten em contato com o epitélio do intestino delgado ativa o sistema imune (IgA) que ira para a circulação sanguínea para a membrana basal e irá desencadear a resposta imune. Bolha Subepidérmica. Eritema Multiforme: reação a uma droga ou agente infeccioso – herpes simples (SSJ) –Antibióticos e Sulfas. A bolha rompe na junção dermo epidérmica. Lúpus Eritematoso Sistêmico: autoimune, hiperatividade de células B. Sem desencadeante conhecido, fotodesencadeante Edema da derme papilar vascuolização da camada basal, infiltrado de linfócitos podendo formar bolhas. Líquen plano: Reação de hipersensibilidade. Não forma bolhas. Infiltrado linfocitário em faixa, hiperplasia da camada granulosa e hiperceratose. Doenças Inflamatórias do Leito vascular Superficial Profundo Urticária e angioedema (reações anafiláticas) Vasculite necrosante cutânea. Dermatite de contato alérgica: fitodermatose (ocorre em contato com um vegetal / aruera, célula de langerhans apresenta corpo estranho aos linfócitos T que desencadeia uma resposta) Dermatite granulomatosa Doenças do tecido conjuntivo dérmico Esclerodermia: fibrose da derme (rigidez da pele por deposição anômala de colágeno e fibrose) Distúrbios inflamatórios do panículo (paniculites) - Hipoderme Eritema nodoso: relacionado a agentes tóxicos e infecciosos. Faringite streptocócica. Eritema indurado: associado ao M. tuberculosis. (Membros inferiores, granuloma) Acne Vulgar Distúrbio inflamatório autolimitado dos folículos pilo-sebáceo que afeta principalmente adolescentes e resulta na formação intermitente de lesões papulares ou pustulares individualizadas, podendo levar a formação de tecido conjuntivo cicatricial. Patogenia Produção excessiva de sebo induzida por hormônios Cornificação anormal de porções do epitéio folicular Uma resposta ao difteróide anoeórbio Propionibacterium Rubtura do folículo e consequente inflamação. Cisto Epidérmico (Cisto sebáceo) É um nódulo semelhante a um caroço, da mesma cor da pele, esbranquiçado, ou amarelado, que tem tamanho variável e pode ser único ou múltiplo, com consistência dura ou elástica, ou pus inflamado. Ocorrem em paciente de qualquer idade, são benignos e mais comuns na face, pescoço e tronco. (Não contamina com bactéria) Infecções e Infestações Bacterianas: impetigo infecção por estafilococos ou estreptococos. Fúngicas: Superficiais (dermatófitos), profundas (disseminação de infecções pulmonares) Virais: HPV, Moluscum contagiosum (poxvírus), Exantemas (parvovírus ou sarampo), herpes vírus. Artrópodes: Escabiose, pediculose, picadas de isnetos. Neoplasias da PELE Origem: Melanócitos (número de melanócitos aumentados) Benignas: Nervos melanocíticos (proliferação dos melanócitos porém sem invasões.) Pode ser congênito (bebês), Azul (Intensidade de produção de melanina é tão grande que são lesãoes azuladas), Juncional(proliferação na camada basal)Composto( migram para a epiderme)/dérmico (migram para a derme) Sardas e lentigos Malignas: Melanoma maligno (invasão dos tecidos em torno dos melanócitos, várias cores, pode ocorrer na região dos olhos) Melanoma com bordas irregulares, cor não homogênea, diâmetro maior e apresenta evolução. Origem: Queratinócitos Benignas: Lesões precurssoras – ceratose seborreica e ceratose actínica (displasia do epitélio com mitoses nas camadas mais superficiais, pré câncer, lesão por radiação.) Malignas: Ceratoacantoma, carcinoma basocelular( queratinócitos da camada basal, costumam ser nodulações de aspecto perolado.), carcinoma de células escamosas(queratinócitos da camada espinhosa, invadem a derme e produzem queratina, ulceração com crosta de queratina) Origem: Células de Merkel Maligna: Carcinoma de Células de Merkel Tumores anexiais: cilindroma (glândulas tricoepitelioma (estruturas pilosas) écrinos), poroma ( sudoríparas écrinas) e sudoríparas), siringoma (ductos sudoríparos Tumores da derme: lipomas, neurofibromas, fibrohistiocíticos, linfóides, vasculares
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