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EXMO. JUIZ DE DIREITO DA __VARA CÍVEL DA COMARCA DA CIDADE DE BELO HORIZONTE - MG Maria Alice, prenome “XXXXXX”, brasileira, casada, de prendas do lar, inscrita no CPF sob o número “XXXXXX”, portadora da cédula de identidade: “XXXXXXX”, endereço eletrônico “XXXXXXXXXX” residente e domiciliado à rua “XXXXXXX”, N° "XX", bairro Luxemburgo, CEP “XXXXX-XXX”, Belo Horizonte, Minas Gerais, por si, e representando Amanda, prenome “XXXXXX”, menor impúbere, inscrita no CPF sob o número “XXXXXX” e Alice, prenome “XXXXXX”, menor impúbere, inscrita no CPF sob o número “XXXXXX”, vem, à presença de V. Exa. através de sua advogada qualificada no instrumento de procuração, propor a presente: AÇÃO DE DIVÓRCIO CUMULADA COM PARTILHA DE BENS, REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA, CONVIVÊNCIA, ALTERAÇÃO DE NOME, FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DEFINITIVOS Em face de Francisco, brasileiro, casado, gerente, inscrito no CPF sob o número “XXXXXX”, portador da cédula de identidade: “XXXXXXX”, endereço eletrônico “XXXXXXXXXX” residente e domiciliado à rua “XXXXXXX”, N° "XX", bairro Eldorado, CEP “XXXXX-XXX”, Contagem, Minas Gerais, pelos fatos e fundamentos expostos que passaremos a expor a seguir. I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Impõe-se seja requerida a gratuidade de justiça, com base nos artigos 98 e 99 do CPC/15 e no Art. 1º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 5.478, uma vez que a requerente não possui condições de arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo dos seus sustentos. II- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Em conformidade com o artigo 319, VII, do Código de Processo Civil, a requerente declara possuir interesse na realização da audiência de conciliação, portanto, considerando que esta inicial preenche os requisitos disposto no artigo 334 do CPC, assim, requeiro brevemente a audiência de conciliação. III- DOS FATOS Os cônjuges, ora litigantes, se casaram em 21 de março de 2007, sob o regime de comunhão parcial dos bens, conforme se comprova pela certidão de casamento em anexo. Da união, nasceram duas filhas, Amanda, menor impúbere, nascida em 23 de março de 2015, atualmente com 7 (sete) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexa e Alice, menor impúbere, nascida em 02 de janeiro de 2019, atualmente com 3 (três) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexa. Logo após o casamento, a Requerente deixou o seu serviço, onde exercia a função de secretária executiva para cuidar da casa e das filhas. Por outro lado, o Requerido trabalha como gerente geral da empresa Laticínios Alvorada Ltda localizada na cidade de Contagem/MG, recebendo salário mensal na ordem de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Atualmente, o Requerido está morando em um apartamento alugado perto da empresa onde trabalha, no Bairro Eldorado em Contagem e a Requerente permanece morando no apartamento do casal com as filhas. As partes, por desavenças conjugais, se separaram de fato em 02 de fevereiro de 2020. Tendo em vista o fato narrado, considera-se a pretensão da Requerente em obter provimento judicial para declarar extinta a relação matrimonial. IV- DO DIREITO AO DIVÓRCIO No artigo 1.573, parágrafo único, do Código Civil expressa que: “Art. 1.573. Pode caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. ” Sendo assim, o casamento deve ser extinto com a decretação do divórcio, tendo em vista a impossibilidade da vida em comum. V - DOS BENS EM COMUNS Os litigantes possuem patrimônio em comum dos seguintes bens: a) Um imóvel residencial situado na Rua “XXXXXXX”, nº “XX”, bairro Luxemburgo, CEP “XXXXX-XXX”, Belo Horizonte, Minas Gerais, objeto da matrícula imobiliária nº “XXXXXX”, junto ao Cartório de Registro de Imóveis da XXª Zona, avaliado em R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais); b) Um sítio situado na Rua “XXXXXXX”, nº “XX”, bairro “XXXXXXX”, CEP “XXXXX-XXX”, Jaboticatubas, Minas Gerais, objeto da matrícula imobiliária nº “XXXXXX”, junto ao Cartório de Registro de Imóveis da XXª Zona, avaliado em 500.000,00 (quinhentos mil reais). V. I - DA PARTILHA DE BENS Os litigantes são casados sob o regime da comunhão parcial dos bens, conforme o artigo 1.658 do Código Civil: “Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.” Sobre os bens a serem partilhados, dispõe o artigo 1660 do Código Civil: “Art. 1.660. Entram na comunhão: I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges. ” Sendo assim, a Requerente requer que os bens acima indicados sejam partilhados na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada um. VI- DA GUARDA No presente caso, ambos os genitores são aptos a exercer o poder familiar, desejando-o assim. Dessa forma, será aplicada a guarda compartilhada, com as crianças residindo com a genitora. A guarda compartilhada reforça os laços familiares, mantém a referência materna e paterna, além de reduzir as possibilidades de alienação parental, sendo certo que, por tais motivos, a guarda compartilhada protege o melhor interesse da criança. Assim, dispõe o Estatuto ta criança e do adolescente (Lei n° 8.069/90) em seu artigo 3° e 4°: “Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.” “Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” VI. I- DA CONVIVÊNCIA A convivência com as filhas ocorrerá de forma igualitária, mediante o revezamento semanal de lares, nos termos do art. 1.583, § 2º, do Código Civil: “Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. ” Em todas as ocasiões em que ocorrerá a convivência, as crianças serão entregues e devolvidas pelo pai na residência de genitora. O horário estabelecido para entregar e devolver as crianças terá um tempo de tolerância de 02h00min horas. Em caso de atraso, em virtude de caso fortuito ou qualquer outra circunstância, a outra parte deverá ser avisada, seja por meio de ligação telefônica, SMS ou pelas redes sociais. Diante disso, é entendimento do TJ/RJ a respeito da guarda compartilha e regulamentação da convivência: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITA PROPOSTA PELA GENITORA DA MENOR. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE GUARDA EXCLUSIVA, FIXANDO A GUARDA COMPARTILHADA E ESTABELECENDO O REGIME DE CONVIVÊNCIA ENTRE AS PARTES. IRRESIGNAÇÃO DA GENITORA DA CRIANÇA NÃO SE OPONDO A GUARDA COMPARTILHADA, CONTUDO NÃO CONCORDANDO COM A PROPOSTA DE QUE A ESPOSA DO RÉU BUSQUE A MENOR EM SUA RESIDÊNCIA. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. De fato, é necessário ter em mente a opção do constituinte por colocar a criança e o adolescente em posição de absoluta prioridade, afirmando-se o princípio do melhor interesse da criança. Neste sentido, a doutrina jurídica da proteção integral da criança e do adolescente encontra fundamento no art. 227 da Constituição Federal e vem reafirmada no art. 4º do ECA, preconizando-se a prioridade do patrocínio dos direitos do infante como sendo dever de todos. Em observância as provas contidas nos autos, percebe-se que Maria Luiza conta com 10 anos de idade, e convivecom a esposa do pai há pelo menos 5 anos, tempo suficiente para se conhecerem e trocarem relações de afeto, até porque, a esposa do apelado é quem cuida da menor juntamente com o mesmo. Desta forma, entendo que, não existem motivos plausíveis para proibir a esposa do genitor de Maria Luiza de buscá-la na residência materna, na hipótese de atraso na saída do trabalho, ressaltando que o objetivo é o fortalecimento de laços entre a criança e seus familiares. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS RECURSAIS. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (0056362-88.2019.8.19.0054 - APELAÇÃO. Des(a). MARCIA FERREIRA ALVARENGA - Julgamento: 15/03/2022 - DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) VI. I. I- DURANTE A SEMANA Durante a semana, a convivência do genitor com as filhas se dará às terças-feiras e às quartas-feiras, sendo que o genitor buscará as filhas, na residência de genitora, na terça-feira, às 18:00h, devendo pernoitar na residência do pai, que levará e buscará à escola no dia seguinte e devolverá na quarta-feira, às18:00h, na residência de genitora. VI. I. II- DOS FINS DE SEMANA Os fins de semana serão alternados e o genitor buscará o filho, no fim de semana que lhe couber, na residência da genitora, às 18:00h de sextas-feiras e devolvendo-os no domingo às 21:00h. VI. I. III- DOS FERIADOS TABELA 1 DA CONIVÊNCIA NOS FERIADOS FERIADOS ANOS PARES Carnaval Genitor Quarta-Feira de Cinzas Genitora Semana Santa Genitor Tiradentes Genitora Dia do Trabalho Genitor Corpus Christi Genitora Independência do Brasil Genitor Nossa Senhora Aparecida Genitora Finados Genitor Proclamação da República Genitora Natal Genitor Ano Novo Genitora TABELA 2 DA CONIVÊNCIA NOS FERIADOS FERIADOS ANOS ÍMPARES Carnaval Genitora Quarta-Feira de Cinzas Genitor Semana Santa Genitora Tiradentes Genitor Dia do Trabalho Genitora Corpus Christi Genitor Independência do Brasil Genitora Nossa Senhora Aparecida Genitor Finados Genitora Proclamação da República Genitor Natal Genitora Ano Novo Genitor Conforme as tabelas, os feriados serão divididos em anos pares e ímpares. Caso os feriados de um dos genitores coincidam com o fim de semana do outro, prevalecerá o feriado ao fim de semana. Os feriados obedecerão ao calendário escolar. VI. I. IV- DAS FÉRIAS Nas férias escolares de janeiro, permanecerão as crianças, nos primeiros quinze dias, com quem tiver passado o ano novo anterior. Os outros quinze dias ficarão com a criança o outro genitor. Nas férias escolares de julho, a primeira quinzena dos anos pares, as crianças passarão com a genitora e a segunda quinzena com o genitor. Já nos anos ímpares, as crianças passarão a primeira quinzena com o genitor e a segunda quinzena com a genitora. VI. I. V- ANIVERSÁRIO E DIA DOS PAIS No dia dos pais e aniversário do pai, caso não seja na semana em que permanecerão com o genitor, as crianças passarão na companhia deste. Assim ocorre também no aniversário da mãe e dia das mães, na qual as crianças passarão com a genitora. VI. I. VI- ANIVERSÁRIO DAS FILHAS O aniversário das filhas dos anos pares será organizado pelo genitor, tendo a genitora como convidada. Já a comemoração do aniversário nos anos ímpares será organizada pela genitora, tendo o genitor como convidado. VII- DOS ALIMENTOS Faz-se necessário a solicitação da requerente, nos termos do artigo 1568, do Código Civil, o qual dispõe: “Artigo 1568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. ” Nesse sentido, afirma o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), em seu artigo 22: “Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.” VII. I – DAS NECESSIDADES TABELA 3 DAS DESPESAS COMUNS Aluguel R$ XXXXX Luz R$ XXXXX Água R$ XXXXX Internet R$ XXXXX Total R$ 1.500,00 TABELA 4 DAS DESPESAS EXCLUSIVAS DAS MENORES Escola R$ XXXXX Plano de saúde R$ XXXXX Lazer R$ XXXXX Vestuário R$ XXXXX Alimentação R$ XXXXX Atividade extracurricular R$ XXXXX Transporte escolar R$ XXXXX Material escolar R$ XXXXX TOTAL R$ 4.000,00 TABELA 5 DAS DESPESAS DA GENITORA Plano de saúde R$ XXXXX Lazer R$ XXXXX Vestuário R$ XXXXX Alimentação R$ XXXXX Atividade extracurricular R$ XXXXX Total R$ 1.000,00 Diante das necessidades apresentadas, será custeado pelo genitor, em relação às despesas das filhas um montante de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), sendo R$ 2.000,00 (dois mil reais) para suprir as necessidades da Amanda e R$ 2.000,00 (dois mil reais) para suprir as necessidades da Alice. Em relação às despesas comuns, será custeado o valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) e para os gastos pessoais da genitora fixará um valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Totalizando-se, assim, o valor das despesas em R$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais). VII. II – DOS ALIMENTOS PARA A GENITORA Dispõe o §1° do artigo 1.694, do Código Civil: “Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. § 1° Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. ” Considerando que a genitora, largou o serviço para dedicar aos cuidados da casa e das crianças, dependendo, assim, do marido para o seu sustento. Portanto, fica fixado o valor integral de R$ 1.000,00 (um mil reais) a título de alimentos. Diante disso, é entendimento do TJ/RS a respeito da pensão alimentícia em favor do ex-cônjuge: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO CUMULADA COM GUARDA, VISITAÇÃO, ALIMENTOS E PARTILHA. PLEITO DE FIXAÇÃO DE TERMO FINAL DA OBRIGAÇÃO EM PRESTAR ALIMENTOS EM BENEFÍCIO DA EX-CÔNJUGE. DESCABIMENTO. O PRESENTE RECURSO TEM POR OBJETIVO A REFORMA DA DECISÃO PROFERIDA PELO MAGISTRADO SINGULAR QUE INDEFERIU O PEDIDO DE FIXAÇÃO DE TERMO FINAL PARA A PENSÃO ALIMENTÍCIA FIXADA EM FAVOR DA EX-CÔNJUGE, E QUE JÁ VEM SENDO PAGA HÁ CERCA DE TRÊS ANOS. NO CASO EM APREÇO, NÃO SOBREVEIO AOS AUTOS INDÍCIOS DE QUE A AGRAVADA NÃO MAIS NECESSITE DO ENCARGO ALIMENTAR, MOSTRANDO-SE TEMERÁRIA A MODIFICAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA PELO JUÍZO DE ORIGEM, HAJA VISTA A INDISPENSABILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA RECURSO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento, Nº 51541042020218217000, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Antônio Daltoe Cezar, Julgado em: 24-02-2022) VII. III – DAS POSSIBILIDADES VII. III. I – DA GENITORA Insta comprovar que a genitora não tem condições de sozinha, arcar com todas as despesas referentes aos alimentos das menores. Atualmente a genitora encontra-se desempregada, uma vez que saiu do emprego para se dedicar a casa e à família, sendo sustentada pelo marido. VII. III. II – DO GENITOR O genitor exerce a função de gerente geral da empresa Laticínios Alvorada Ltda localizada na cidade de Contagem/MG, possuindo uma renda líquida de R$ 15.000,00 mensais e tem um gasto de em média 4.000,00 (quatro mil reais) por mês com as despesas da casa e do sítio e suas despesas básicas como alimentação, lazer, vestuário e plano de saúde. Assim, foram demonstrados capacidade financeira de contribuir com os alimentos devidos à genitora e às filhas. VII. IV– DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS Devido os gastos das despesas da genitora e das filhas, requer a fixação de alimentos provisórios em favor da Requerente, no valor de 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais), a serem convertidos, posteriormente, em alimentos definitivos, conforme estabelece o art. 4º da Lei 5487/68: “Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se ocredor expressamente declarar que deles não necessita. ” Isso porque, a genitora não possui renda, não tendo como arcar, com as despesas das filhas. Por tal motivo, a fixação de alimentos provisórios é essencial à sobrevivência das menores. VII. V – DOS ALIMENTOS DEFINITIVOS Pede a condenação em alimentos definitivos do mesmo valor arbitrado para os alimentos provisórios, valor este de 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais), a ser pagos até o dia 10 (dez) de cada mês, mediante deposito na conta bancária da genitora, de n° XXX.XXX-X, agência XXXX, banco XXXXXXXX. VIII- DO NOME Quanto ao nome, a requerente deseja voltar a utilizar o seu nome de solteira, conforme consta na certidão de casamento anexa, qual seja, Maria Alice XXXXXX XXXXXX. IX- DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA Conforme o artigo 311, II e IV, do Código de Processo Civil: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.” No mesmo sentido, dispõe a Emenda Constitucional 66/2010: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.” Dessa forma, compreende-se que basta apenas um dos cônjuges, não sendo obrigado a revelar a motivação, dispor do direito de interferir na relação matrimonial, optando pela extinção da mesma. Por essa razão, entende-se possível a concessão da tutela de evidência para que seja decretado o divórcio entre as partes. Diante disso, é entendimento do TJ/RJ a respeito do pedido de tutela de evidência visando à decretação liminar do divórcio: Agravo de instrumento. Direito de Família. Ação de divórcio. Pedido de tutela de evidência visando a decretação liminar do divórcio e sua averbação em Cartório Civil. Concessão unicamente da decretação do divórcio mediante tutela de urgência. Necessária observância ao Contraditório e ao Devido Processo Legal. Decisão não teratológica ou contrária à lei. Sumula nº 59 desta Corte. 1. Trata-se de agravo de instrumento em face de decisão que, em divórcio judicial, concede tutela de urgência para decretação liminar do divórcio mas condiciona sua averbação ao trânsito em julgado. 2. Ausente a citação não se tem como inferir tratar-se de divórcio litigioso ou consensual quando então, neste último, seria dispensado o contraditório. 3. Se mesmo em sede extrajudicial onde o contraditório é na-turalmente dispensado advém orientação contida na Recomendação nº 36 do CNJ no sentido de vedar a regulamentação do chamado divórcio impositivo - o divórcio extrajudicial por declaração de vontade unilateral emanada de um dos cônjuges - ademais em sede judicial há como ser afastada tal garantia fundamental. 4. Incidindo no caso o disposto nos arts. 7º , 695 , e 697 do NCPC, a inobservância dos ditos dispositivos ensejaria não somente a violação ao Contraditório mas também ao Devido Processo Legal. 5. É entendimento cristalizado neste Corte conforme verbete sumular nº 59 que "somente se reforma a decisão concessiva ou não, da tutela de urgência, cautelar ou antecipatória, se teratológica, contrária à lei, notadamente no que diz respeito à probabilidade do direito invocado, ou à prova dos autos". 6. Recurso desprovido. (0070328-18.2021.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO. Des(a). MARCOS ALCINO DE AZEVEDO TORRES - Julgamento: 17/03/2022 - VIGÉSIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) X - DO (S) PEDIDO (S) Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: a) Seja decretado o divórcio entre a requerente e o requerido, nos termos dos arts. 206, §6°, da Constituição Federal c/c os arts. 2°, IV e parágrafo único e 24, ambos da Lei 6.515/1977; art. 1.571, IV, do Código Civil; b) Seja regulamentada a guarda das filhas, a ser exercida de forma compartilhada entre os genitores, nos termos dos arts. 1.583, §§1° e 2°, e 1.584 do CC; c) A fixação do período de convivência de acordo com o tópico VI. I desta Inicial. d) A fixação de alimentos provisórios no valor de R$ 6.500,00, com base no art. 4º, da Lei nº 5.478/68; e) A fixação de alimentos definitivos no valor de R$ 6.500,00; f) Seja decretada a partilha dos bens adquiridos na constância do matrimônio, nos termos dos arts. 1.658, 1.660, IV, e 1.662, todos do CC, g) Seja realizada a mudança de nome da autora, a qual passará a assinar como Maria Alice “XXXXXX XXXX”, nos termos dos arts. 1.571, §2°, CC e art. 32, da Lei 6.515/1977; h) Condenação do réu a pagar custas processuais e honorários advocatícios, segundo o artigo 85, § 2 do CPC; XI - DOS REQUERIMENTOS Requerer a Vossa Excelência: a) A citação do requerido, no endereço rua “XXXXXXX”, N° "XX", bairro “XXXXXXX”, CEP “XXXXX-XXX”, Contagem, Minas Gerais, via oficial de justiça para que respondam os termos da presente ação; b) Intimação do Ministério Público em proveito das crianças por estar em pelno exercício do poder familiar; c) A citação do réu para o comparecimento à audiência de conciliação, nos termos do art. 695 do CPC; d) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil e art. 1º, § 2º, da Lei nº 5.478/68; e) Expedição de Ofício para Cartório solicitando a alteração do nome da requerente. f) Expedição de Ofício para a empresa Laticínios Alvorada Ltda para realizar o desconto na folha de pagamento. g) Expedição de Ofício ao Cartório para a decretação do divórcio; h) Expedição de Ofício à Receita Federal para que apresente, em juízo, sob garantia de todas as declarações de renda do requerido nos últimos 5 anos; i) Expedição de Ofício ao Banco central para ver se foi realizada alguma aplicação financeira. XII - DAS PROVAS Serão admitidos os meios de provas testemunhal, documental e depoimento pessoal. XIII - DO VALOR DA CAUSA Em conformidade com o artigo 292 do Código de Processo Civil, é definido o valor da causa é de R$1.378.000,00 (um milhão e trezentos e setenta e oito mil reais). Sendo o valor da pensão alimentícia multiplicado por 12 meses, somados aos valores dos imóveis adquiridos na Constancia do casamento. 6.500 x 12 +800.000 + 500. 000 = 1.378.000,00 Nestes termos, Pede deferimento Data Ass.: ________________________________ ADVOGADO(S) Nº OAB