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Ação de Divórico Com Partilha de Bens

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ(A) DE DEREITO DA 
____ª VARA DE FAMILIA E SUCESÕES DA COMARCA DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MARIA, Brasileira, casada sob o regime da separação 
convencional de bens, profissão___, portador do documento de identidade 
N°___, inscrito no CPF sob o n°___, tendo como endereço eletrônico___, 
domiciliado em São Paulo, por meio de seu advogado e bastante procurador 
que este subscreve (procuração em anexa), vem respeitosamente a presença 
de Vossa Excelência propor o seguinte 
 
AÇÃO DE DIVORCIO c/c PARTILHA DE BENS 
 
 Em face de MARIO casado sob regime da separação 
convencional de bens, médico, portador do documento de identidade N°...., 
inscrito no CPF sob o n°...., tendo como endereço eletrônico..., domiciliado em 
São Paulo com fundamento nos art. 1.520 do Código Civil, pelo motivo de fato 
e direito a seguir exposto 
 
DOS FATOS: 
 
 Em meados de 2007, a autora constituiu matrimonio com o Sr. 
Mario, ora requerido, junto do cartório de registro civil de___, conforme certidão 
de casamento – matrícula n°___(doc.1) sob o regime de separação absoluta de 
bens, nos termos do pacto antinupcial lavrado no... tabelião de notas de São 
Paulo, (doc. 2) 
A residência do casal é fixada na cidade de São Paulo mais precisamente na 
rua____, bairro_____, CEP_____, conforme comprovantes das contas de 
consumo ora anexada aos autos. 
Ao longo do casamento o casal não teve filhos. 
De toda sorte de tal maneira, formaram o seguinte patrimônio que deverá ser 
partilhado, conforme matrícula atualizada, ora anexada aos autos (Doc. 3). 
Um imóvel em nome de Mario, no valor de R$ 800.000,00, adquirido à título 
oneroso na constância do casamento. 
Um imóvel com alienação fiduciária ao Banco XPTO, no valor de R$ 
900.000,00, sendo adquirido pelo marido, antes do casamento. Parcelas no 
valor de R$ 600 mil foram pagas na constância do casamento. 
Um automóvel no valor de R$ 75.000,00, adquirido por Maria à título oneroso 
na constância do casamento 
Um automóvel no valor de R$ 150.000,00, adquirido por Mario à título oneroso 
na constância do casamento. 
Um imóvel adquirido pelo marido na constância do casamento, no valor de R$ 
500.000,00, por intermédio de herança deixada pelo seu falecido pai. 
Maria sempre trabalhou e ajudou, seja por meio de diversas transferências ao 
marido, seja por meio do cumprimento de seus deveres conjugais, a amealhar 
o patrimônio acima mencionado. Por vezes, Mário vem tratando Maria de forma 
jocosa, comportando-se de maneira machista. 
Não havendo acordo extrajudial Maria quer ter os seus direitos garantidos 
batendo assim na porta do judiciário para reclamá-los. 
 
DA PARTILHA DE BENS ADQUIRIDOS POR COMUM ESFORÇO DO CASAL: 
 
 Em que pese a autora assinou, ingenuamente, um pacto 
antinupcial para formalizar o regime de separação de bens (como condições, 
segundo o cônjuge varão, necessária para realização do casamento) é certo 
que tal documento não é capaz de impedir a partilha de bens adquiridos pelo 
casal na constância do casamento, posto que frutos de comum esforço. 
Maria sempre trabalhou e ajudou na aquisição dos bens o que será 
devidamente comprovado por meio de documentos, que são neste momento 
anexados, bem como documentos que serão obtidos ao longo do processo, 
com efeito, a Autora realizou ao longo de todos esses anos, mais de _____ 
seja por meio de diversas transferências ao marido. 
Em que pese a separação tenha sido convencional de bens, a jurisprudência 
entende ser pertinente a partilha dos bens desde que comprovado o esforço 
comum o que terá realizado ao longo da instrução processual, evitando-se 
assim o enriquecimento sem causa do marido ora requerido as custas da 
esposa ora autora. 
seja por meio do cumprimento de seus deveres conjugais, a amealhar o 
patrimônio acima mencionado. Por vezes, Mário vem tratando Maria de forma 
jocosa, comportando-se de maneira machista. 
Isso porque, conforme exposto em tópico anterior, a autora possui 50% 
(cinquenta por cento) da participação, onde, repise-se, durante praticamente 
todo o casamento, a mesma se dedicou integralmente a vida do cônjuge. Na 
partilha de bens como o bem imóvel que deverá indenizar a requerida em R$ 
4000.00,00 
Quanto ao bem imóvel alienados banco sendo ela fiduciária ao Banco XPTO, 
no valor de R$ 900.000,00, sendo adquirido pelo marido, antes do casamento. 
Parcelas no valor de R$ 600 mil foram pagas na constância do casamento. 
Sendo assim deverá ser indenizada em R$ 300.000,00. 
Com relação ao veículo automotor designado carro ____, ano de fabricação e 
modelo____; placa_____, da cidade de____ cor___, movida a___, Chassi n° 
____, RENAVAM n° _____, avaliado pela tabela Fipe em R$ 150.000,00, para 
sua totalidade em R$ 75.000,00. 
 
DOS BENS DO CASAL: 
 
Durante a união o casal contraiu os seguintes bens, conforme documentos 
abaixo: 
Casa. Construída na cidade de São Paulo, totalizando os custos da obra em 
R$ 800.000,00 imóvel cadastrado na prefeitura de São Paulo, conforme 
classificação fiscal número____, construída pelas partes, averbando a 
matrícula número_____, no oficial do____ Registro de Imóveis da Comarca de 
São Paulo, com o valor verbal venal atribuído ao presente exercício em R$ 
4000.000,00 
Um imóvel com alienação fiduciária ao Banco XPTO, no valor de R$ 
900.000,00, sendo adquirido pelo marido, antes do casamento. Parcelas no 
valor de R$ 600 mil foram pagas na constância do casamento. 
Pedindo 300 mil ou de forma alternativa a devolução de parte das parcelas 
pagas no casamento. 
 
DOS BENS MOVEÍS: 
Nessa constância matrimonial, consta ainda, os seguintes bens móveis, o 
veículo automotor designado carro ____, ano de fabricação e modelo____; 
placa_____, da cidade de____ cor___, movida a___, Chassi n° ____, 
RENAVAM n° _____, avaliado pela tabela Fipe em R$ 150.000,00, para sua 
totalidade. 
DO DIVÓRCIO: 
 As questões atinentes ao divórcio sofreram expressivas alterações 
com a Emenda Constitucional 66/2010 que proporcionaram nova redação do 
Artigo 226 §6°da Carta Magna, uma vez que não há o que se falar em culpa ou 
declinar os motivos que ensejam o rompimento do vínculo conjugal. O 
mandamento constitucional assim dispõe: “O casamento civil pode ser 
dissolvido pelo divórcio”. 
Com o efeito, por se tratar do pedido de divórcio, de verdadeiro direito 
postestativo, para propor a competente demanda é suficiente que um dos 
cônjuges requeira a dissolução da sociedade conjugal, nos termos do art. 1571, 
IV do código civil, sendo certo que ante a declaração da autora pela 
impossibilidade da vida em comum, bem como não existirem chances para que 
o casal seja reconciliado, imperativo se faz decreto o divórcio. 
 
DA ALTERAÇÃO DO NOME: 
 Como é cediço, é prerrogativa do cônjuge mudar ou mante o 
nome de casado após o divórcio, nos termos do artigo 1578 § 2 do código civil. 
No caso em tela não pretende manter o nome de casada, requerendo seja 
oficiado o cartório competente para que volte a constar o nome de solteira 
sendo ele Maria ____. 
 
DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer-se: 
a) Seja decretado o divórcio litigioso do casal na forma da lei, voltando a 
requerente ter o nome de solteira. 
b) Seja realizado a partilha do bem imóvel e alienado. Devendo ser 
indenizada, na forma possível, o requerido no pagamento de 50% 
referente a edificação do imóvel. 
c) Seja realizada a partilha do bem móvel. Devendo requerido ser 
condenado ao pagamento proporcional de 50% referente ao valor do 
veículo automotor. 
d) A citação do requerido para responder à presente demanda, querendo, 
sob pena de sofrer os efeitos da revelia da confissão. 
e) A condenação em custa de honorários advocatícios. 
Protestar por todos os meios de prova em direito admitidos,notadamente, 
testemunhal e documental. 
Dá se a causa o valor de R$ 1.175,000 (um milhão cento e centena e cinco mil 
reais). 
Nestes termos pede deferimento. 
 
São Paulo 15 de março de 2022 
 
 
Advogado 
OAB/XX n° XXX

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