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UNIVERSIDADE PAULISTA SEI – SISTEMA DE ENSINO INTERATIVO CURSO SUPERIOR TECNOLOGICO EM LOGÍSTICA FÁBIO HENRIQUE LEPRE PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR IV – PIM IV JBS S.A. – ALIMENTANDO O MUNDO EM QUE HÁ DE MELHOR PLANEJAMENTO, CONTROLE, RELAÇÕES INTERPESSOAIS DA EMPRESA SÃO PAULO 2021 FÁBIO HENRIQUE LEPRE RA: 2108135 PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR IV – PIM IV JBS S.A. – ALIMENTANDO O MUNDO EM QUE HÁ DE MELHOR PLANEJAMENTO, CONTROLE, RELAÇÕES INTERPESSOAIS DA EMPRESA Projeto Integrado Multidisciplinar v para obtenção do título de Tecnólogo em Logística apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: ALEXSANDRO SOUZA DA SILVA SÃO PAULO 2021 RESUMO Hoje diante profundas transformações sociais, ocasionadas pela velocidade dos avanços tecnológicos e exigibilidade dos clientes. Verifica-se que as organizações têm sofrido alguns impactos, geralmente, alterando hábitos, valores e tradições que pareciam imutáveis. Esse cenário tem impulsionado as organizações a motivar ainda mais seus colaboradores e optar por estratégias mais objetiva tanto no gerenciamento como no controle de seus produtos, para ser tornar competitivas as empresas busca atender de forma mais eficiente e eficaz ao consumidor final. Silva (2013, pag.12) utiliza a tese de Porter, onde fundamenta o conceito de estratégia como um todo, está na vantagem de ser competitiva e no âmago de qualquer estratégia e, para obtê-la, é preciso que uma empresa faça uma escolha (trade off), ou seja, trata-se de uma estratégia de caráter financeiro. Se uma organização deseja obter uma vantagem competitiva, ela deve fazer uma escolha sobre o tipo de vantagem competitiva que busca obter e sobre o escopo dentro do qual irá alcançá-la. Ser competitivo é buscar soluções para que uma instituição seja, acima de tudo, lucrativa. A JBS empresa escolhida como luz para elaboração do Projeto Integrado Multidisciplinar – Unip Interativa (PIM IV), conta com amplo portfólio de produtos para atender as demandas do consumidor tanto no mercado interno, como no externo, e utiliza as mais modernas tecnologias da indústria de alimentos. As unidades de processamento estão estrategicamente instaladas nos principais núcleos pecuaristas e os centros de distribuição localizados nos mais relevantes polos de consumo. A empresa atende clientes de pequeno, médio e grande porte em todo o mundo. O objetivo dessa pesquisa é mostrar o planejamento e as operações por categorias de produtos da JBS, ou seja, relatar o gerenciamento realizados e seus produtos e serviços, e as tecnologias utilizada para atender de forma clara e eficiente os consumidores. Também qual é o planejamento e controle de estoque utilizado pela empresa. Ainda busca analisar a dinâmica das relações interpessoais da empresa, ou seja, sua gestão de pessoas, verificando qual teoria motivacional se encaixa sua liderança, se é democrática ou autocrática. O objetivo da JBS é alimentar o mundo com que a de melhor, poder atender a demanda mundial por alimentos, entregando o produto certo, na hora certa como menor custo possível. A pesquisa realizada teve caráter qualitativo, onde foi elaborada através de livros didáticos da Unip Interativa, pesquisa no site do JBS, entre outros. Palavras-Chave: Logística, gerenciamento, otimização, tecnologias, estoques, demanda, comunicação, liderança e pessoas. ABSTRACT Today, facing profound social transformations, caused by the speed of technological advances and demanding customers. It appears that organizations have suffered some impacts, generally changing habits, values and traditions that seemed immutable. This scenario has driven organizations to further motivate their employees and opt for more objective strategies both in the management and control of their products, in order to become competitive, companies seek to serve the end consumer more efficiently and effectively. Silva (2013, p.12) uses Porter's thesis, where he bases the concept of strategy as a whole, is the advantage of being competitive and at the heart of any strategy and, to obtain it, a company must make a choice. (trade off), that is, it is a financial strategy. If an organization wants to gain a competitive advantage, it must make a choice about the type of competitive advantage it seeks and the scope within which it will achieve it. To be competitive is to seek solutions for an institution to be, above all, profitable. JBS, the company chosen as the light for the elaboration of the Multidisciplinary Integrated Project – Unip Interativa (PIM IV), has a broad portfolio of products to meet consumer demands both in the domestic and foreign markets, and uses the most modern technologies in the industry of foods. The processing units are strategically located in the main livestock centers and the distribution centers located in the most relevant consumption centers. The company serves small, medium and large customers around the world. The purpose of this survey is to show the planning and operations by product category at JBS, that is, to report the management carried out and its products and services, and the technologies used to provide clear and efficient services to consumers. Also what is the stock planning and control used by the company. It also seeks to analyze the dynamics of the company's interpersonal relationships, that is, its people management, checking which motivational theory fits its leadership, whether it is democratic or autocratic. JBS's objective is to feed the world with the best possible supply, to be able to meet the world's demand for food, delivering the right product, at the right time, at the lowest possible cost. The research carried out had a qualitative character, which was elaborated through textbooks from Unip Interativa, research on the JBS website, among others. Keywords: Logistics, management, optimization, technologies, inventories, demand, communication, leadership and people. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................06 2 PLANEJAMENTO E OPEREÇÕES POR CATEGORIA DE PRODUTO.......................07 2.1 Gerenciamento por Categoria de Produtos.................................................................................07 2.2 Descrição das Categorias e Subcategorias dos Produtos e Serviços da JBS..............................08 2.3 JBS – Método ECR – Efficient Consumer Response.................................................................12 2.4 Operações de Picking da JBS.....................................................................................................14 2.5 Layout do Centro de Distribuição da JBS..................................................................................16 3 PLANEJAMENTO E CONTRLE DE ESTOQUE...............................................................19 3.1 Logística e Estoque de Materiais da JBS...................................................................................19 3.2 Tipos de Estoques.......................................................................................................................22 3.3 Classificação dos Estoques da JBS – Curva ABC.......................................................................23 3.4 Giro de Estoque da JBS..............................................................................................................24 3.5 Cobertura de Estoque da JBS.....................................................................................................24 3.6 Ciclo Operacional da JBS...........................................................................................................253.7 Previsão de Demanda da JBS.....................................................................................................26 3.8 Inventario Físico do Estoque da JBS..........................................................................................27 4 DINÂNMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS...........................................................29 4.1 Gestão de Pessoas na JBS...........................................................................................................29 4.2 Estilo de Liderança da JBS.........................................................................................................31 4.3 Comunicação Interna da JBS......................................................................................................31 5 CONCLUSÃO..........................................................................................................................33 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................34 6 1 - INTRODUÇÃO O presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM IV) do curso de Logística da Universidade Paulista – UNIP tem por objetivo mostrar de forma clara e objetiva, com base nas teorias das disciplinas de Planejamento e Operações por Categorias de Produtos, a descrição das categorias e subcategoria de produtos ou serviços existentes na JBS, onde busca lista-los e verificar o grau de importância dada pela empresa para cada um desses produtos ou serviços, mostrando a forma de gerenciamento que a empresa mantém com cada um deles para atender de forma eficiente o consumidor. Qual a tecnologia utilizada, como: ECR – Efficient Costumer Response (resposta eficiente ao consumidor), e também qual o picking praticada diante de seu layout. Em relação a disciplina Planejamento e Controle de Estoque vai ser verificado se JBS atende a missão da logística de materiais, quais são os tipos de estoques e como é realizada a gestão dos estoques. Já na disciplina de Dinâmica das Relações Interpessoais vamos conhecer a gestão de pessoas da empresa e qual teoria motivacional se encaixa em suas relações existentes. Se seus líderes são democráticos ou autocráticos, se dão feedback aos colaboradores e se administram conflitos de maneira a otimizar o trabalho em grupo. Como também se a empresa faz pesquisa de clima organizacional e se essa pesquisa é eficaz, trazendo resultados satisfatório para a empresa. Com mais de seis décadas de história, a JBS é uma indústria de alimentos presente em mais de 20 países, com plataformas de produção ou escritórios comerciais. A empresa conta com mais de 230 mil colaboradores no mundo, exporta para mais de 150 países e possui mais de 300 mil clientes ativos globais. A JBS possui um diversificado portfólio de produtos, com dezenas de marcas reconhecidas em todo o mundo. Ela é a maior empresa de proteína animal e a segunda maior de alimentos do mundo. A empresa opera com diretrizes de sustentabilidade (econômica, social e ambiental), inovação, qualidade e segurança dos alimentos, e adota as melhores práticas pautadas pela sua Missão e Valores e pelo foco em excelência operacional. A JBS em busca de competitividade mantém um portfólio de produtos bastante diversificado, desde carnes in natura e congelados até pratos prontos para consumo (preparados), com marcas líderes em seus mercados e reconhecidas pela excelência e inovação, como: Friboi, Just Bare, Pilgrim’s Pride, Plumrose, Primo, Seara e Swift. O Projeto Integrado Multidisciplinar foi elaborado através dos livros textos Unip Interativa de acordo com que trata o tema, e por pesquisas detalhadas através do site da JBS entre outros. 7 2- PLANEJAMENTO E OPERAÇÕES POR CATEGORIA DE PRODUTOS 2.1 – Gerenciamento por Categorias de Produtos Gerenciar por categorias, conforme definido por Landini Jr. (2012, pag.22 apud Parente 2000), consiste no processo de administrar categorias como unidades estratégicas de negócio, visando não só a obter melhor satisfação do consumidor, mas também a melhores indicadores de desempenho e lucratividade. A JBS em relação aos autores, com objetivo de ser competitiva, opera estrategicamente com base no gerenciamento por categoria de produtos, em uma plataforma global de produção, vendas e distribuição, onde busca obter melhor qualidade de seus produtos, com um menor custo, maior flexibilidade, confiabilidade e rapidez. Com mais de 400 unidades e escritórios comerciais em mais de 15 países. A empresa acredita que a execução de sua estratégia de distribuição seja um diferencial na expansão da base de clientes e, consequentemente, no aumento da exposição e reconhecimento das marcas, tanto no mercado doméstico, como no mercado internacional. Para atender aos mais diversos tipos de clientes, a JBS gerencia seus produtos, de acordo com as preferências e demandas do consumidor, captado sob forma de expressões e desejos – mais prático, mais fresco, mais saboroso, entre outros. O GIT, Time Global de Inovação (GIT, Global Innovation Team, na sigla em inglês), busca alavancar a vantagem competitiva da empresa, promovendo o compartilhamento global de conhecimento, rápida adaptação na adoção de tendências globais, desenvolvendo e lançando de produtos. Landini Jr. (2012, pag.23) ainda diz que: “Essencialmente, o gerenciamento por categoria busca oferecer soluções para as necessidades do consumidor, agrupando os produtos por afinidade de uso ou de categoria. É evidente que a definição de categoria, ou seja, a definição de um grupo de produtos que os consumidores percebem como inter‑relacionados e/ou substituíveis entre si na satisfação de suas necessidades, resulta no grupo de produtos que deverão compor o espaço de venda e baseia‑se no gosto e na necessidade do cliente” (LANDINI JÚNIOR 2012, pag.23). A estratégia global de negócios da empresa é formada com base em sete pilares: marcas fortes, posição de liderança nos mercados em que está presente, produção em locais com vantagens competitivas, estrutura de distribuição nos maiores mercados consumidores, diversificação por proteína e geografia, excelência operacional e de produtos de valor agregado. 8 Para Silva (2013, pag.13), a essência da estratégia é fazer algo diferente, inovar, criar e buscar soluções para as atividades determinadas pela empresa, ou seja, é criar meios e formas para que uma empresa saia do lugar comum e passe a fazer parte do conceito de competição, é ser e fazer a diferença em um mercado competitivo. 2.2 - Descrição das Categorias e Subcategoria dos Produtos e Serviços da JBS A JBS consta com departamentos de carnes, couros e serviços, onde são classificados pelas categorias como: carnes bovinas, suínas, aves, processados e pelas lojas Swift. Em se tratando de carnes bovinas, as categorias desses produtos da JBS são representadas pelas mais reconhecidas marcas de carne bovina no mercado brasileiro, como a homônima Friboi – líder de mercado no Brasil –, Reserva Friboi, Maturatta Friboi, Do Chef Friboi, Swift Black e a 1953 Friboi, como podemos mais adiante através das figuras I. Figuras I: Marcas, categorias e subcategorias de carnes bovinas JBS. Categoria: carne bovina Subcategoria: carne bovina simples: costelas, dianteiros, traseiros etc. Categoria: carne bovina Subcategoria: carne bovina com maturação100% automatizada Categoria: carne bovina Subcategoria: carne bovina com cortes especiais Categoria: carne bovina Subcategoria: carne bovina macia e suculenta Categoria: produtos especiais para food service Subcategoria: bovinos, ovinos, pescados e vegetais Categoria: carne bovina Subcategoria: carne bovina com maturação natural Fonte: JBS S.A, 2021. A JBS como forma de parceria,lançou em 2001 o programa Açougue Nota 10, onde possui 600 lojas e está presente em 20 Estados e mais de 130 redes supermercadistas, a empresa enfatiza a importância em desenvolver novos produtos, sempre visando a qualidade da carne entregue ao consumidor, desde o bem-estar animal até a entrega do produto final. O objetivo https://jbs.com.br/marca/friboi/ https://jbs.com.br/marca/swift-black/ https://jbs.com.br/marca/reserva-friboi/ https://jbs.com.br/marca/1953-friboi/ https://jbs.com.br/marca/do-chef-friboi/ 9 do Açougue Nota 10 é desenvolver um canal especial de vendas que fidelize lojas varejistas com soluções para açougues supermercadistas. Os clientes optam por vender exclusivamente os produtos da JBS e recebe, em contrapartida, apoio em gestão, o que garante o estoque no volume e padrão corretos, com preço justo, evitando perdas e proporcionando melhorias nos resultados do estabelecimento. O Açougue Nota 10 tem como base quatro pilares de atuação: matéria-prima (qualidade padronizada, ponto de corte e redução de perdas); operação (higiene e limpeza, manipulação e embalagem e agregação de valor); serviços (produção sob demanda e gestão de resultados) e assessoria na gestão com foco no resultado (gestão de categoria, sugestão de preço ao consumidor, mix ideal para cada loja e informações de mercado/competitividade). A JBS por meio do gerenciamento de categorias, passa a oferecer mais alternativas tanto para o consumidor final como ao cliente direto. Na categoria carnes suínas, o portfólio é representado pela marca Seara, onde abrange carnes in natura, em cortes e alimentos industrializados, destinados aos mercados interno e externo, são produtos que levam praticidade, confiança e inovação para a mesa de todos os consumidores, sempre com o sabor e a qualidade que vão surpreender a toda a família. Nas figuras II - categoria de produtos - carne suína podemos ver as subcategorias. Para Landini Jr. (2012, pag.24) as subcategorias são agrupamentos formados por produtos com alto grau de substitutibilidade, que concorrem entre si. Figuras II: Categorias de produtos - carnes suínas. Fonte: JBS S.A, 2021. A JBS está tornando cada vez mais a carne suína presente na semana do consumidor, a Seara apresenta a nova linha de cortes suínos porcionados, com cortes variados e em porções 10 ideais para refeições do dia a dia – cortes menores, já prontos para preparo de uma refeição cotidiano. A estratégia da empresa está focada na qualidade dos produtos, serviços oferecidos e nas relações de parceria com fornecedores e clientes, sempre ampliando a eficiência das operações. A Seara também é a marca que representa a categoria de aves da JBS, ela tem um amplo portfólio de produtos de aves in natura, alimentos preparados, industrializados, congelados como podemos ver por intermédio das figuras III apresentadas a seguir. O mix de preço dos produtos Seara é desenvolvido, através de pesquisas de marketing e posicionamento das marcas da empresa, onde conhece os hábitos e perfil de seus clientes. Conforme Landini Jr. (2012, pag.19 apud Serrentino 2006) posicionar o varejo como provedor de soluções requer aprofundar o conhecimento do consumidor, entender seu processo decisório, a forma como ele se relaciona com produtos e categorias e sintonizar a loja com esses comportamentos, demandas e necessidades. Figuras III: Categoria de produtos - aves - frango. Fonte: JBS S.A, 2021. Perante essa linha onde reflete a qualidade e credibilidade em frangos, podemos destacar os frangos orgânicos Seara, pois é uma linha de produto 100% orgânicos com o Q de Qualidade da marca, sendo essencial para consumidores que estão em busca de produtos diferenciados e um estilo de vida mais saudável. A JBS tem como meta a entrega de novos produtos, desenvolvidos para incrementar os resultados na categoria de produtos de maior valor agregado, priorizando qualidade e novidades para o mercado. Landini Jr. (2012, pag.18 apud Serrentino 2006) afirma que o consumidor é uma quebra‑cabeça a ser desvendado, e que, dessa forma, as lojas precisam desenvolver a flexibilidade para atender a diferentes perfis de consumidores, no momento de compras e envolvimento com as categorias. 11 Diante das figuras IV, a seguir, a JBS apresenta a categoria de aves – peru, essa linha de produtos é gerenciada pela Seara como produtos sazonais, então a empresa preparou uma série de ações promocionais para movimentar as compras desses produtos comemorativos na reta final do ano passado. É promoções voltadas para ajudar os consumidores a reunirem a família e os amigos em volta das tradicionais ceias de Natal e Ano Novo. Com a Promoção Compre & Ganhe Bolsa Térmica, na compra de dois produtos natalinos (Fiesta, Peru, Suíno, Frango ou Tender), ganhe uma bolsa térmica colecionável e desenvolvida especialmente para o período da promoção, de 12/12 a 24/12 em duas mil lojas de redes varejistas ao redor do Brasil. Figuras IV: Categoria de produtos - aves - peru. Fonte: JBS S.A, 2021. Além dessas categorias de produtos apresentado, a JBS dispõe da categoria de produtos processados este segmento compreende as operações de produção e comercialização de um amplo portfólio de produtos preparados de alto valor agregado, tais como: produtos resfriados como salsichas e presuntos; produtos congelados como pratos prontos, lasanhas, empanados, hambúrgueres e pizzas; margarinas e massas frescas, como mostra a figura V. Figura V: Categoria de produtos – processados. Fonte: JBS Foods, 2021. Seus produtos processados são comercializados, em sua maior parte, no mercado doméstico sob diferentes marcas, de acordo com o público-alvo. A administração da empresa acredita que existe uma grande oportunidade de expansão da sua atuação no mercado externo por meio de produtos processados com alto valor agregado. Vito (2020) menciona que, o 12 gerenciamento por categorias surge como uma excelente ferramenta para suprir as necessidades do cliente no ponto de venda, além de criar sinergia e experiência de compra agradável, que motive o cliente a comprar mais. Ainda em relação ao autor, podemos destacar a categoria de serviços prestado pela JBS através das lojas Online Swift e das vans Swift. Lojas Online Swift é um canal de venda próprios sem a necessidade de intermediários para chegar ao consumidor final. E as vans Swift, é um modelo alternativo de distribuição, que funcionam como pontos de venda móveis, e o delivery, que oferece uma experiência diferenciada, com entrega quase imediata ou com a possibilidade de agendamento. 2.3 – JBS – Método ECR – Efficient Consumer Response A JBS é uma multinacional que operara na produção e distribuição de produtos, com o objetivo de tornar mais eficiente no atendimento aos clientes utiliza o método do ECR. A empresa trabalha focada na real demanda dos seus consumidores, promovendo, portanto, a redução de estoques, custos operacionais e administrativos desnecessários. De acordo com Landini Jr. (2012, pag.16 apud Terra 2001, pag.5) ECR é um conjunto de estratégias de produção, comercialização e distribuição de produtos que, com a participação estreita de toda a cadeia de suprimentos, envolvendo, portanto, a indústria, o atacado e o varejo, têm como objetivo racionalizar custos e processos, por meio de uma série de instrumentos técnicos, tendo como objetivo principal transferir valor ao consumidor final. Landini Jr. (2012, pag.17 apud ECR Brasil, 2007) complementa dizendo que o ECR se apoia em quatro estratégias principais: Reposição eficiente: busca a automação do controle de estoque, otimização do tempo e custo do sistema de reposição e dinamização do fluxo da logística; Sortimento eficiente de loja: pretende a otimização do mix de produtos,o aumento da produtividade dos estoques e do espaço da loja na interface com o consumidor, e o incremento das vendas; Promoção eficiente: visa à maximização da eficiência de todo o sistema de promoção para o cliente e consumidor, melhorando as condições de compra e abastecimento; Introdução eficiente de produtos: objetiva a redução do insucesso no lançamento de novos produtos, visando agregar‑lhes valor (LANDINI JR. (2012, pag.17 apud ECR BRASIL, 2007. Para a concretização das estratégias do ECR, a JBS também integra o sistema ERP – Enterprise Resource Planning (planejamento dos recursos empresariais), a outros sistemas como: https://ellovarejo.com.br/blog/impactos-da-personalizacao-no-varejo/ 13 WMS (Warehouse Management System) – Sistema de Gerenciamento de Armazém, utilizado para fazer o gerenciamento dos seus armazém e centros de distribuição, com a finalidade de aproveitar melhor o espaço físico, a forma de armazenamento, o picking, a distribuição interna, o endereçamento de forma inteligente, entre outras funcionalidades. O código de barras é usado na identificação de entrada e saída de produtos e do RFID (Radio Frequency Identification Data) – Identificação por Radiofrequência, tecnologia usada pela empresa no compartilhamento de informações em tempo real na qual há identificação por meio de sinais de rádio, recuperando e armazenando informações de forma remota por meio de um dispositivo (tags: etiqueta) e transmitindo a uma rede acessível, chamada de EPC – Electronic Product Code, ou Código Eletrônico de Produto. No transporte a JBS utiliza o TMS (Transportation Management Systems) – Sistemas de Gerenciamento de Transportes, integrado ao ITS (Intelligent Transportation Systems) – Sistemas Inteligentes de Transportes, esses sistemas otimiza a qualidade e produtividade em todo o processo de transporte, permitindo uma maior integração e controle de toda operação, fornecendo um panorama completo dos custos relacionados. Oferece maior produtividade, maior segurança, rapidez e mobilidade, com um diferencial das demais tecnologias de outra área, pois têm também como objetivo oferecer maior segurança para pessoas. Além disso, facilita o desempenho de algumas funções burocráticas como a emissão de NF-e (Nota Fiscal Eletrônica). Com o sistema CRM - Customer Relationship Management (Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente), reduz custos e expande a sua lucratividade por meio de organização e automatização das técnicas de negócios que administram a fidelidade, garantindo a satisfação do cliente nas áreas de vendas, marketing e atendimento ao cliente. Já com o EDI – Electronic Data Interchange (Troca Eletrônica de Dados), faz a integração dos elementos da cadeia de suprimentos, estabelecendo a informação entre os elos na busca de eficiência nos processos logísticos e atuando como um fluxo eletrônico e padronizado dos dados entre as empresas. Além das estratégicas do ECR e das tecnologias, a JBS utiliza operações de cross- docking, terceirizada ao CD da operadora logística Confiance Log, que é responsável pela entrega de alimentos congelados e resfriados para o varejo, direcionadas para os mercados da zona leste de São Paulo. O objetivo maior é agilizar a entrega de seus produtos aos varejistas. Diante da figura VI podemos ver como funciona o cross-docking da JBS. https://www.portogente.com.br/portopedia/78884-como-reduzir-custos-logisticos https://www.portogente.com.br/portopedia/74144-marketing-mix 14 Figura VI: Cross-Docking da JBS. Fonte: Papodelogísticos.blogspost.com Segundo Pontes e Albertin (2017, pag.29 apud Chopra e Meindl, 2013) nas operações de cross-docking, os produtos são distribuídos continuamente, dos fornecedores para os clientes, por meio de armazéns ou CDs. A distribuição física dos produtos é redirecionada sem uma estocagem prévia. Entretanto, raramente os armazéns mantêm os produtos por mais de 15 horas. Essa estratégia permite que as entregas sejam realizadas em menor tempo, disponibilizando maior espaço físico para estocagem. O picking, é um sistema que auxilia informando onde se encontra cada mercadoria para compor o pedido e ainda informa os equipamentos necessários para resgatar. 2.4 – Operações de Picking da JBS Segundo Mandaê (2021) picking (ou ordem picking) é uma palavra oriunda do inglês que se refere ao processo de coletar encomendas no armazém ou estoque de uma empresa. Em português, essa etapa também pode ser chamada de processo de preparação, separação ou montagem de pedidos. Para Medeiros (1999) a atividade de picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor. Em relação aos autores, a JBS com objetivo de agregar eficiência ao processo de separação de pedidos, pois conta com a atuação de operadores e automação como forma de otimizar o tempo. A empresa trabalha com alto número de SKUs (Unidade de manutenção de estoque) e alto volume de vendas e quantidade de itens por pedido de baixa a moderada. Com a figura VII apresenta a seguir, podemos perceber que as áreas de armazenagem da JBS são divididas em zonas. Cada zona possui determinados produtos. Cada operador da atividade de picking está relacionado com uma dessas zonas. Quando uma ordem de pedido chega, cada operador pega todas as linhas de produtos referidas a esse pedido que fazem parte 15 da sua zona de trabalho. Se o pedido estiver completo, ele pode ser despachado. Caso contrário, ele irá para a próxima zona de picking e o próximo operador colocará os produtos necessários. Em geral, pequenos volumes são coletados manualmente e no caso de produtos volumosos, os armazéns e CDs da empresa conta com esteiras e empilhadeiras para facilitar a locomoção das caixas e paletes. Figura VII: Ordem picking por zona da JBS. Fonte: Longa Logística, 2020. Nessa modalidade de picking por zona, como podemos ver a empresa utiliza mais de um operador por pedido, sendo coletado um produto por vez, em um único período de agendamento. O tempo gasto por pedido é apresenta na tabela I, formada com os dados apresentado na figura VII. Tabela I: Tempo de operação para separação de três pedidos da JBS. Tempo da operação em minutos Tempo de percurso Operador 1 Operador 2 Operado 3 Pedido 1,2 e 3 15 15 15 Total de Itens 80 50 38 Tempo de retirada Pedido 1 10 5 3 Pedido 2 0 7 25 Pedido 3 30 20 2 Total operador 40 32 30 Total geral - separar o pedido 92 min Fonte: Própria, 2021. Portanto, o tempo necessário para a retirada, por zona, dos três pedidos é de 92 minutos. Um dos principais desafios da JBS com a utilização do picking é conseguir aliar a redução de custos à eficiência e qualidade do processo. A empresas busca planejar as atividades de forma que ela seja executada no menor tempo possível, mas sem a incidência de erros - como itens faltando ou sobrando e produtos trocados. Para Medeiros (1999) a atividade de picking pode https://blog.longa.com.br/6-dicas-para-reduzir-custos-no-setor-de-logistica/ https://blog.longa.com.br/6-dicas-para-reduzir-custos-no-setor-de-logistica/ 16 ser definida como a atividade responsável pela coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor. A estratégia de separação da JBS começa pela armazenagem de seus produtos, através do sistema WMS (Warehouse Management System) organiza o espaço e faz classificando dos produtos de maior valor agregado. Conforme Landini Jr. (2012, pag. 83) a eficácia e eficiência da função de separação relacionam-se diretamente à eficácia da estocagem. Se não se sabe onde estocar um item, a tarefa de retirá-lo do estoque é então maisdifícil. Landini Jr. (2012, pag.86) complementa: “Classificar material, em outras palavras, significa ordená‑lo segundo critérios estabelecidos, agrupá‑los de acordo com a semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade” (LANDINI JR. 2012, pag.86). Para agilizar ainda mais o processo de separação a JBS utiliza integrado ao WMS o sistema voice picking. Segundo o site Otimis (2019) voice picking é um sistema projetado para que os operadores do armazém se comuniquem com o software WMS, onde passa as informações sobre o pedido ao operador. Para isso, os trabalhadores usam um fone de ouvido e um microfone para receber comandos por voz e confirmar verbalmente suas ações. Ao analisar a empresa, vi que JBS apresenta um grande potencial no processo de separação e distribuição de produtos, mas na minha opinião em vez da empresa utilizar a ordem de picking por zona, utilizaria o Bucket Brigades. Segundo o site Orbit Logistics (2017) bucket brigades é uma nova estratégia de picking que foi desenvolvida com intenção de auto balancear as linhas de produção da empresa. O autobalanceamento é realizado com base no aumento ou na diminuição das taxas de pedido, que serão menores quando os operadores forem terminando os pedidos. 2.5 - Layout do Centro de Distribuição (CD) da JBS A JBS tem doze CDs espalhado pelo país, mas o que vamos destacar, é o novo centro de distribuição (CD) inaugurado no Estado de São Paulo em parceria com o Operador Logístico COMFRIO. Localizada na cidade de Bauru, a nova estrutura é responsável por distribuir por mês cerca de 4,3 mil toneladas de carne bovina in natura e processados da empresa na região. Este novo centro de distribuição, estrategicamente posicionado para atender cerca de 200 municípios, foi desenvolvido com layout capaz de melhorar o serviço prestado e o mix de produtos entregue a mais de três mil clientes do interior de São Paulo. Landini Jr. (2012, pag.70) 17 fala que, a realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom layout do armazém, que determina, tipicamente, o grau de acessibilidade e os modelos de fluxo do material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão de obra, a segurança do pessoal e do armazém. O CD de Bauru é o terceiro centro logístico de distribuição da JBS no Estado de São Paulo. Com uma estrutura de mais de 8 mil m² de área construída, como representa a figura VIII, a empresa ocupa cerca de 70% da capacidade total (3 mil posições de paletes). A expectativa é que sejam criados cerca de 300 postos de trabalho diretos e indiretos. Figura VIII: JBS - Centro de distribuição de Bauru. Fonte: JBS S.A, 2021. A JBS utiliza o layout para produtos e para garantir um bom layout, considerou alguns pontos relevantes como: Otimização do espaço: são planejados todos os espaços disponíveis, onde leva em conta pontos como conservação dos itens, acessibilidade e limitação. Giro dos itens: para que os profissionais não percam tempo com os processos de separação e preparação dos pedidos (picking), carga e descarga de materiais, entre outras atividades de armazenagem, a empresa gerencia a categoria de produtos com giro alto, ou seja, que são mais populares e têm mais saídas, em áreas de acesso mais rápido, tornando o processo mais prático. Isso também contribui para que erros e inconsistências não aconteçam. Armazenamento por semelhança: os produtos são agrupados por afinidade ou categorias, essa estratégia segundo a empresa facilita os processos de movimentação, entrada e saída, pois é muito mais prático para as equipes encontrar um produto no CD se ele estiver alocado próximo aos seus semelhantes. Volume dos materiais: pensando em uma forma inteligente de otimizar o espaço, os produtos são estocados de acordo com o tamanho e volume. https://patrus.com.br/blog/rotatividade-de-produtos-6-segredos-para-processos-eficientes/ 18 Característica dos produtos: a empresa respeita as especificidades para assegurar a segurança e a integridade dos seus produtos, pois eles exigem necessidades especiais como temperatura, ventilação, peso e umidade específicas, no quesito armazenamento. Posicionamento das portas: as portas do CD foram posicionadas estrategicamente com faço aceso, para evitar que fique bloqueadas por algum elemento. Limpeza e organização: o layout foi planejado para que facilite a higienização e a conservação da limpeza, pois um espaço limpo é primordial para a conservação dos produtos. “O layout de armazém é um componente crucial para o sucesso em logística. Para isso é preciso fazer uma análise prévia do espaço com base nas prioridades e planejar um ambiente com a estrutura correta para a estocagem de produtos” (PATRUS 2017). Com uma localização flutuantes dos produtos no CD, a gestão de estoque da JBS é realizada pelo RFID integrado a tecnologia Zebra Technologies Corporation - TC8000, são computadores ergonômicos, intuitivos, baseados em Android ™ -, onde faz a parte de gestão de estoque, a coleta e a expedição no CDs. Através dele a JBS reduziu o tempo gasto na separação e envio de produtos em até 40%” e também permitiu ampliar a produtividade em 14%, aumentando a eficiência operacional. Landini Jr. (2012, pag.75) menciona que: “No sistema localização flutuante, os produtos são estocados onde houver espaço adequado. A mesma unidade de armazenamento pode ser estocada em vários locais ao mesmo tempo e em locais diferentes em períodos diferentes. A vantagem desse sistema é a melhor utilização cúbica. Entretanto, ele exige uma informação precisa e atualizada sobre a localização do item e sobre a disponibilidade de espaços de armazenamento vazios, de modo que os itens possam ser guardados e retirados de maneira eficiente. Os depósitos modernos que se valem dos sistemas de localização flutuante são, geralmente, computadorizados. Os computadores atribuem locais livres para itens que chegam, têm registrado na memória os itens em estoque e onde estão localizados, e assim dirigem ao local correto a pessoa responsável por retirar do estoque os itens de um pedido. A utilização cúbica e a eficiência do depósito são, portanto, bastante melhoradas” (LANDINI JR. 2012, pa.75). Em relação ao autor, os produtos da JBS são mapeados pelo RFID com código de localização no sistema e no físico, para facilitar a reposição e a saída desses materiais. “Administrar os espaços físicos, layout, prateleiras, é de suma importância nas atividades logísticas, pois ajuda a reduzir o tempo dedicado às operações, otimizando o prazo de entrega, aumentando o nível de serviço e a resposta ao cliente” (Barboza 2012, pag.10). https://www.zebra.com/br/pt.html 19 3 – PLANEJAMENTO E CONTRLE DE ESTOQUE 3.1 – Logística e Estoque de Materiais da JBS Cavaleiro (2012, pag. 15) defini logística como: “O processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente e eficaz o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente” (CAVALEIRO, 2012 pag15). O autor ainda complementa dizendo que, “a logística busca eficiência nas operações, ou seja, fazer que os recursos cheguem ao seu destino da melhor maneira possível” (CAVALEIRA, 2012 pag.61). De acordo com o autor, a missão logística da JBS é fazer com que produtos e serviços estejam disponíveis aos consumidores no lugar, na hora e na condição desejada, da maneira mais lucrativa possível. Sua missão é ser melhor em tudo o que faz, garantindo a oportunidade de alimentação de qualidade para os mais de 7,7 bilhões de habitantes do planeta - que devem chegar a quase 10 bilhões em 2050, de acordo com projeções das Nações Unidas. Por isso, se posiciona globalmente onde visa tantoa aquisição de matéria-prima para sua produção, como também o fortalecimento da rede de distribuição nacional e internacional. Para Hooley (2005, pag. 49) o posicionamento competitivo da empresa, é uma declaração dos mercados-alvo, isto é, onde a empresa vai competir, e da vantagem diferencial, ou como a empresa irá competir. Para que os objetivos logísticos sejam alcançados, como ter material em estoque no tempo certo, na quantidade necessária, na qualidade requerida, no melhor preço de aquisição, a JBS busca administrar as atividades primarias, pois a manutenção de estoques está localizada nessas atividades. Se considerarmos a visão de Barbosa (2012, pag.8 apud Hamilton Pozo 2007), que diz que as atividades logísticas devem ser vistas por duas grandes ações, primárias e de apoio: Ações primárias: essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. São elas: transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos. Ações de apoio: dão suporte às atividades primárias. São elas: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistema da informação (BARBOSA 2012, pag.8 apud HAMILTON POZO 2007). Ainda Barboza (2012, pag.11 apud Pozo 2007), denomina atividade primária como aquelas que são de importância fundamental para a obtenção dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço que o mercado deseja. Essas atividades são consideradas primárias porque 20 contribuem com a maior parcela do custo total da logística ou são essenciais para a coordenação e para o cumprimento da tarefa logística. No cumprimento desses objetivos, segundo Barboza (2012, pag.28) a gestão dos estoques é fundamental, pois uma organização deve funcionar de maneira sistêmica, e é nesse sentido que cabe um alerta para que cada área da empresa tenha uma visão ampla dos objetivos a serem alcançados: atender às necessidades do cliente com custos reduzidos. Barboza (2012, pag.85 apud Martins 2006, p. 198) complementa dizendo que, a gestão de estoque constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles utilizam, bem como manuseados e bem controlados. Na gestão de estoque da JBS, os estoques são administrados pela área de materiais interligado a outros setores da empresa, que tem como objetivo de planejar e controlar estoque, ou seja, assegurar o suprimento de produtos necessários ao seu funcionamento. Para Barbosa (2012, pag.41 apud Pozzo, 2007) o planejamento é uma atividade de apoio que pretende alcançar os objetivos logísticos no que tange à disponibilidade do mercado consumidor e pode ser feito baseado em pesquisas qualitativas e quantitativas para garantir a segurança do processo produtivo sem riscos de rupturas. Na visão de Barbosa (2012, pag.27 apud Viana 2002, pag.109/110) o conceito de estoques: “Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão; ou, resumidamente, como reserva para ser utilizada em tempo oportuno” (BARBOSA 2012, pag.27 apud VIANA 2002, pag.109/110). No que refere os autores, a JBS para evitar estoque gerados fique por um grande período de tempo em seus CDs e Armazéns, a empresa busca administrar as incertezas entre oferta e a demanda, através das principais ferramentas como a eficiência na previsão de demanda, onde trata diferentes tipos de demandas, os picos de alta demanda e ainda os desvios entre o realizado e o planejado. Sendo a previsão de demanda uma das principais ferramentas para um excelente planejamento das necessidades futuras. Barbosa (2012, pag.9) diz que, planejar e controlar estoque são questões de ordem nas organizações hoje, que, dessa forma, precisam transformar o que antes era fonte de custos em 21 fonte de lucro, melhorando o fluxo operacional com níveis de estoques adequados e ajustados à demanda da empresa. A JBS utiliza o sistema de reposição contínua, também conhecido como sistema do ponto de pedido ou lote padrão, como afirma Barbosa (2012, pag.36 apud Martins e Alt 2006). Nesse processo dispara um pedido quando os estoques atingem um nível mínimo predeterminado. Para isso, a empresa trabalha com o sistema Kanban, que é uma variante do JIT. Segundo Silva (2013) as empresas utilizam técnicas como Just-in-time e Kanban, com o objetivo de abastecer o estoque quando realmente é necessário. Com os métodos de estocagem PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) e o UEPS (último que entra, primeiro que sai), aliados as tecnologias como apresentado na matéria anterior, a JBS aplica em produtos perecíveis, de acordo com Barboza (2012, pag.96) o PEPS, onde sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, não deixando de aplicar o seu custo real. No caso de produtos não perecíveis e principalmente se o estoque gira extremamente rápido e ainda não há grandes oscilações nos custos, a empresa ainda de acordo como o autor utiliza o método UEPS, pois favorece o rápido manuseio e o picking dos produtos. A JBS faz análise do giro de estoque ou rotatividade deles, onde vamos ver mais embaixo. Ela busca ajustar cada vez mais o planejamento de suas necessidades para que possa eliminar ou minimizar possíveis transtornos. No planejamento de seus estoques, gerencia os custos para ater aos modelos de processos que estão sendo realizados a fim de minimizar sua ineficiência obtendo assim redução de custo e vantagem competitiva. Nessa atividade tem como objetivo, por exemplo, identificar e controlar o ponto ótimo dos custos de armazenagem, dosando a quantidade e o intervalo de pedidos a serem realizados, definir lotes de compras, evitando as rupturas de estoque, com a finalidade de atender o cliente ou à demanda, assim como aos anseios dos acionistas com o menor custo possível. Para melhorar o nível de serviço, tem como objetivos de atender os seus clientes com nível satisfatório em relação às datas de entrega dos pedidos, ou seja, quanto à disponibilidade. A empresa entende que, quanto maior for esse nível de atendimento, menores serão os custos de manutenção dos estoques. Em busca de obter retorno dos seus capitais investidos, a JBS equilibra os volumes financeiros aplicados em estoques, assegurando o maior giro de estoque possível para que esse retorno seja em tempo e em volume monetário satisfatório. A meta da empresa é reduzir os investimentos e aumentar o retorno em menor tempo. Ou seja, “fazer mais com menos”. 22 Atualmente, conforme Barboza (2012, pag.23 apud Bowersox e Closs (2001) para se estabelecer um nível mínimo de exigência de serviço, é preciso uma reestruturação do sistema logístico, a adoção de políticas referentes ao desempenho em disponibilidade de estoque e capacidade do sistema logístico. Os autores complementam mencionando que, a política de estoques consiste em normas sobre o que comprar ou produzir, quando se deve fazer isso e em quais quantidades, incluindo ainda decisões de alocação dos estoques nas fábricas ou nos centros de distribuição (CDs). 3.2 – Tipos de Estoque “Estoques são “quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo” (BARBOZA 2012, pag.14 apud MOREIRA, 2000, pag. 463). A JBS busca ser eficiente e eficaz na gestão de estoques, pois é essencial, ajuda na organização e otimização do negócio como um todo, e ainda evita itens faltando ou em excesso. De acordo com Martins (2021), a JBS utiliza os seguintes tipos de estoque: Estoque de proteção: o seu principal objetivo da empresa é proteger as operações em caso de grande oubaixa demanda e diante de incertezas no fornecimento. Ou então que ele fique com produtos parados por muito tempo. Estoque de antecipação ou sazonal: através desse tipo de estoque, a empresa se antecipa a demanda, como nas épocas de datas comemorativas, como: natal, páscoa etc. Estoque de canal ou em trânsito: é um dos tipos de estoque considerado intermediário, pois se refere aos produtos que se encontram no percurso entre o fabricante e o revendedor. Uma ferramenta utilizada pela JBS que auxilia nesse controle é o checklist online. Isso porque ele permite a criação de roteiros e o acompanhamento da localização em tempo real. Facilitando, inclusive, na determinação de prazos mais precisos de entrega. Estoque inativo o obsoletas: esse tipo de estoque é composto pelas mercadorias que não tiveram bom desempenho nas vendas. Para esse tipo de estoque a empresa realiza promoções e vendas combinadas com outros produtos mais procurados. Estoque máximo: a JBS atua sobre a perspectiva de contar com o máximo de produtos disponíveis em estoque em um período de tempo pré-determinado. Estoque de segurança: nesse tipo de estoque, a empresa compõe parte dos estoques e é utilizado somente no fim do ciclo de ressuprimento, no caso de haver uma demanda subestimada (MARTINS 2021). Barboza (2012, pag.28) diz que o ideal, é manter o menor nível de estoque sem comprometer a produção ou as vendas, obtendo redução do capital de giro de estoques e dos custos de manutenção de estoques, garantindo a disponibilidade e nível de serviço. https://blog-pt.checklistfacil.com/checklist-online/ 23 3.3 - Classificação dos Estoques da JBS – Curva ABC Segundo Barbosa (2012, pag.99) uma das maneiras mais tradicionais e eficientes para a classificação dos estoques é por meio da curva ABC, também conhecida como curva de Pareto. Camargo (2018) complementa, a curva ABC basicamente é um sistema de controle de estoque usado em materiais e gerenciamento de distribuição, ou seja, pode ser utilizada em qualquer item que compõe o inventário de uma empresa. A curva ABC em relação aos autores, vem sendo aplicada pela JBS em diversas áreas, para fins de levantamento de informações envolvendo volumes de itens e seus respectivos valores agregados para se tomar decisões rápidas e seguras quanto ao seu tratamento. Ela tem sido utilizada, por exemplo, para identificar os itens estocados de forma estratégica, podendo dar relevância aos itens de maior importância financeira, tanto para realização de inventários como para auxiliar o departamento de venda na gestão de clientes. No período de 2020, cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a empresa atua e 25% por meio de exportações. A sua receita líquida consolidada foi de R$270,2 bilhões, 32,1% maior que em 2019. Destaque para o CD de Bauru da JBS em parceria com o Operador Logístico COMFRIO, onde consta um estoque em torno de 107.500,00 mil itens, ainda que esteja sendo utilizado cerca 70% de sua capacidade. Diante dos produtos apresentados na disciplina anterior, podemos acompanhe através da tabela II, o processo de montagem e classificação ABC. Tabela II: Classificação ABC dos produtos da JBS. Produtos Preço/méd./kg Qtidade/vendas Total R$ % indiv. % acum. CLASSE C/Bovina 35 50.000,00 1.750.000,00 73,59 73,59 A Carne suína 15 19.000,00 285.000,00 11,98 85,57 B Processados 7 25.000,00 175.000,00 7,36 92,93 B Aves/frango 9 12.000,00 108.000,00 4,54 97,47 C Aves peru 40 1.500,00 60.000,00 2,52 100 C Faturamento R$ 2.378.000,00 Fonte: Própria, 2021. Diante da tabela, podemos ver que 20% do volume total dos itens que compões a classe A, são carnes bovinas, eles representam 73,59% do volume monetário de todo o estoque. Para Mandaê os itens da classe “A” são aqueles que equivalem 80% do faturamento e, por esse motivo, nunca podem faltar no estoque. É preciso monitorá-los com frequência e criar um plano de vendas baseado na demanda. https://www.treasy.com.br/blog/controle-de-estoque https://www.treasy.com.br/blog/controle-de-estoque 24 Na classe B que corresponde a 30% dos itens e 19,34 do valor monetário, é as carnes suínas e os processados. Por fim, a classe C que compõe os 50% dos itens, são as aves – frango e peru, representa apenas 6,79% do volume monetário. Segundo o site Market Automações (2021) a classe B são os produtos conhecidos como intermediários e possuem uma boa margem de contribuição e precisam de uma gestão moderada. Já a classe C pertence aos produtos com baixo retorno de faturamento e giro. Eles podem estar sujeitos a um gerenciamento mais simples. Barboza (2012, pag.100 apud Pozo 2007) finaliza dizendo que, a curva ABC é um importante instrumento, uma vez que permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados pela administração. É obtida pela ordenação dos itens conforme sua importância relativa. 3.4 – Giro de Estoque da JBS “O giro de estoque ou rotatividade é a quantidade de vezes que o estoque gira ao ano” (BARBOZA, 2012, pag.131). Em relação ao autor, a JBS através do giro de estoques, medi quantas vezes o estoque de seus produtos ou do total dos seus estoques foi reposto durante um período de tempo. Com esse indicador, a empresa chega à conclusão de quanto em quanto tempo os seus estoques é renovado e permite que, controlando esse valor, possa planejar financeiramente para períodos que possuem um maior giro de estoque, por exemplo: Se pegar o estoque final citado acima do CD de Bauru, onde consta 107.500,00 itens vendido no ano. A empresa trabalha com um estoque médio mensal de 10.000,00 itens. Calcula- se da seguinte forma. Fórmula: G = valor consumido no período = 107.500,00 = 10,75 estoque médio no período 10.000,00 Podemos ver que o estoque da JBS em período de um ano, os produtos girão 10,75 vezes, ou seja, entra e sai do CD. Para Barboza (2012, pag.131) quanto maior o giro, melhor para a empresa, pois isso significa que ela possui uma boa gestão de estoques e que trabalha com o essencial para atender à demanda. É uma forma de avaliar o capital investido em estoque, comparando com o custo das vendas anuais. 3.5 - Cobertura de Estoque da JBS 25 “A cobertura de estoque é o tempo em que a mercadoria fica parada em estoque, baseado no resultado da rotatividade. É apenas uma análise do resultado do giro, de forma a facilitar a identificação do impacto desses resultados” (BARBOZA, 2012, pag.134). Diante do que diz o autor, a JBS através do resultado obtido do giro do estoque, que foi de 10,75, aplica a seguinte fórmula para analisar a cobertura de seus estoques: C = número de dias do período em estudo = 360 dias = 33,5 dias giro 10,75 Com o resultado de 33,5 dias comprova, o tempo de cobertura do estoque da JBS no período analisado. Assim fica fácil visualizar quantos dias ficam parados os estoques durante o período analisado. “Os estoques devem ser utilizados na medida certa, para que se tenha uma boa rotatividade, não empacando o capital, gerando custos de manutenção desnecessários, aumentando as perdas e os riscos e comprometendo o retorno de capital” BARBOZA, 2012, pag.85). 3.6 – Ciclo Operacional da JBS “Ciclo operacional é o intervalo de tempo necessário para que uma empresa execute todas as atividades operacionais” (MAIS RETORNO, 2020). Baseado no site, o ciclo operacional da JBS começa na compra da matéria-prima, passa pelas várias etapas de produção, a estocagem, a venda, a distribuição dos produtos e finalmente termina com o recebimento, como podemos ver a diante através do gráfico. O site Mais Retorno (2020) ainda complementa, o ciclo operacional é um conceito que se refere a tempo como já dito, ou seja, idealmente, quanto mais curto o ciclooperacional, melhor; pois isso significa, a empresa consegue chegar ao ponto do recebimento com maior frequência. Gráfico I: Ciclo Operacional da JBS. Fonte: JBS S.A, 2021. Para Barboza (2012, pag.108/109 apud Bowersox e Closs, 2021, pag.86) o desempenho operacional envolve comprometimento logístico com o prazo de execução esperado e sua 26 variação aceitável. Os autores ainda dizem que, à estrutura operacional da logística são as medidas operacionais que determinam o desempenho do ciclo de atividades quanto a: • Velocidade: compreendida pelo tempo entre a colocação do pedido até a chegada dele. Quanto mais rápido for o ciclo operacional, menores serão os investimentos de capital nos estoques, haverá maior capital de giro. • Consistência: não basta aumentar a velocidade do ciclo operacional, é preciso que isso permaneça, que haja consistência nesses resultados, ou seja, executar os seus serviços dentro do prazo de entrega esperado continuamente. • Flexibilidade: estar preparado para tratar as situações inesperadas, os acontecimentos típicos, como serviços básicos de entrega com alteração de destino, falham no suprimento, modificação de produtos dentro do sistema logístico, como estratégia de preço e mix de produtos. • Falhas e recuperação: todo programa logístico é passível de falha, e no serviço ao cliente não é diferente. O que se deve ter é um plano de contingência que defina rápidas providências de recuperação que possam mensurar o nível de acerto (BARBOZA 2012, pag.108/109 apud BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 86). A JBS busca se posicionar estrategicamente, a fim de melhorar o seu fluxo logístico. Segundo Patrocínio (2020) fluxos logísticos nada mais é do que o conjunto de processos fundamentais que as empresas aplicam com o objetivo de aperfeiçoar o processo, reduzir o tempo de produção, reduzir custo e ganhar competitividade. 3.7 – Previsão de Demanda da JBS “A previsão de demanda é uma das principais ferramentas para um excelente planejamento das necessidades futuras” Barboza, 2012, pag.107). O autor ainda fala que, “os processos de previsão de demanda podem ser classificados em modelos qualitativos e quantitativos” (BARBOZA, 2012, pag.46). Como vimos a receita de vendas da JBS no ano de 2020 superou o ano anterior em razão do aumento da demanda, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, o que impulsionou o preço dos produtos vendidos. A JBS através dos métodos qualitativos e quantitativos, faz a previsão dessa demanda. Pois no método qualitativos não se baseia em modelos matemáticos e fórmulas, e sim na experiência de seus colaboradores. E com o método qualitativo não só considera a experiência de seus colaboradores, mas também os números. Com ajuda de fórmulas busca encontrar a demanda futura considerando seu modelo de demanda, as variações e as tendências, além de analisar as diferenças entre aquilo que foi previsto e o realizado, tratando esse desvio para evitar falha no próximo período. 27 O comportamento de sua demanda é variável, ou seja, sofre constantes alterações, podendo ter redução ou aumento drástico, de acordo com as necessidades de consumo. Essas variações podem ocorrer por alguns motivos, de acordo com Barboza (2012, pag.64 apud Francischine e Gurgel 2002) pode ser: • tendência: mostra a direção do consumo, que tanto pode aumentá‑lo como diminuí‑lo. A empresa pode ganhar espaço no mercado, conquistando uma fatia que não possuía antes, por meio de um produto recém‑lançado, pela saída de um concorrente do mercado ou ainda pelo aumento do consumo por causa de uma campanha publicitária. Ela pode ainda perder espaço por seu produto não ter acompanhado a tendência do consumidor. • sazonalidade: esse tipo de demanda possui picos de consumo. Ele mostra o comportamento das alterações de consumo, que se repete em um intervalo curto de tempo (BARBOZA, 2012, pag.64 apud Francischine e Gurgel 2002). Diante do método quantitativo, a JBS utiliza as técnicas baseada nos históricos de vendas com objetivo de enxergar as especificidades de cada período ou produto. Além disso a estratégia da JBS está na apresentação dos produtos através das promoções e degustação das marcas nos pontos-de-venda. A empresa é certificada com o Selo RA 1000 do site Reclame Aqui. E ainda monitora as redes sociais, que visa entender a necessidade do consumidor, desde o envolvimento e a resolução final com o SAC. 3.8 – Inventario Físico dos Estoques da JBS O inventario físico da JBS é realizado por intermédio das técnicas de inventario periódico, onde quantifica e confere seus produtos no final de determinado período, como podemos ver através da figura IX. Barboza (2012, pag.85 apud Martins 2006) define, inventario físico, como sendo a contagem física dos itens de estoque. Figura IX: Inventário físico do estoque do CD de Bauru da JBS. Fonte: JBS S.A, 2021. 28 As técnicas de inventario periódico, segundo Barboza (2012, pag.86) é chamado quando a conferência é feita em determinados períodos, normalmente nos finais dos exercícios fiscais ou duas vezes ao ano. O processo de gerenciamento dessa atividade deve levar em consideração a necessidade de pessoas, o tempo necessário para organizar essa função e ainda a determinação de um fluxo adequado para essa operação. Dessa forma, a JBS utilizando as técnicas do inventario periódico, para saber quantas pessoas seria necessário, para contar em um dia os 107.500,00 itens registrado no sistema do CD de Bauru, no final do ano de 2020, fez o seguinte cálculo. Sendo que cada funcionário conta 30 unidades/minuto. Em 1 hora, 30. 60 = 1.800 unidades. Em 8 horas, 1.800. 8 = 14.400. Cálculo: 107.500,00/14.400 = 7,462, diminuiu para 7 pessoas. Nesse caso em vez de arredondar para 8 pessoas, a empresa optou por aumentar a carga horaria de trabalho, sendo em vez de 8 hs para 9 hs, ou seja, pagou uma hora extra a mais para cada funcionário. Assim para conferir o estoque no período de um dia foi utilizado 7 pessoas, de acordo com o sistema, cada pessoa teria que ter de contar em média 15.358 unidades. Mas a JBS para saber a exatidão dos estoques utilizou o indicador de acuracidade, onde comparou o que foi contado com o que o sistema constatava, chegando à conclusão que cada integrante contou 15.314 itens, um total de 107.198,00 itens, obtendo uma diferença de 302 itens. Conforme o site Peers Consulting (2019) acuracidade é um indicador que mensura se os produtos disponíveis no estoque, fisicamente, condizem com o que os sistemas da empresa indicam. O indicador também demonstra o nível de confiabilidade dos estoques. Cálculo: (107.198,00 – 107.500,00) = 302/107.500,00 = 0,0028*100 = 0,28% Total: 100% - 0,28% = 99,72% acuracidade do estoque da JBS. Barboza (2012, pag.93) diz, uma boa estratégia de gestão de estoque, a acurácia deve ser aproximada à 100%, o que caracterizaria o estoque perfeito. A JBS a fim de agilizar processos e minimizar os erros, a empresa implantou o sistema de inventario permanente. “O Sistema de Inventário Permanente é aquele feito por meio de Controle de Estoques de maneira individualizada e diariamente, normalmente por sistema eletrônico de dados” (PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). 29 4 – DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS 4.1 – Gestão de Pessoas na JBS “Cada organização tem a sua cultura organizacional ou cultura corporativa. Para se conhecer uma organização, o primeiro passo é conhecer sua cultura.” (ARTEN, 2012, pag.23 apud CHIAVENATO, 2009, pag.86). Conforme os autores, a JBS é uma empresa formada por pessoas, e no desenvolvimento de seus colaboradores, nas diferentes localidades em que atua. Para isso, trabalha constantemente para promover um clima organizacional de bem-estar, saúde e a segurança de toda a equipe no ambiente de trabalho, oferecendo oportunidades iguaisa todas as pessoas e investindo continuamente no desenvolvimento de talentos e de lideranças. Behnke (2014, pag.32 e 35) define, clima organizacional, como conjunto de propriedades percebidas, direta ou indiretamente, que influencia a motivação e o comportamento dos indivíduos no ambiente de trabalho. A autora complementa dizendo que, a liderança também tem um papel fundamental no estabelecimento e na manutenção do clima organizacional, assim como o clima é imprescindível à boa liderança. Promover o desenvolvimento do capital humano é um grande objetivo para a JBS. Com essa finalidade, a área de Recursos Humanos atua regionalmente, respeitando leis e normas locais, com suporte do RH Corporativo. Além de trabalhar para a atração dos melhores talentos do mercado, a JBS também tem como diretriz de gestão manter os mais elevados padrões de seleção e desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Nas palavras de Behnke (2014, pag.34 apud Aguiar, 2005, p. 187): “O condicionamento humano nas organizações é reconhecer o indivíduo como ser social, com sentimentos, emoções, necessidades, desejos e pensamento, procura, pelo processo de manipulação desses elementos, envolver o indivíduo com a organização num processo em que os objetivos da organização passam a ser tomados pelos indivíduos como os seus desejos, e as necessidades individuais, definidas e conduzidas pela organização" (BEHNKE, 2014, pag.34 apud AGUIAR, 2005, pag.187). A JBS tem sua trajetória marcada pela força das pessoas na construção da eficiência operacional, qualidade e resultados, conquistados em um cenário de transformação. A empresa para alcançar seus objetivos, busca desenvolver sua estrutura de gestão de pessoas, principalmente, por meio dos líderes de cada área de negócio. 30 Segundo Arten (2012, pag.19) o líder tem muita importância para o desenvolvimento de relações positivas nas organizações. O líder funciona como um facilitador das relações e é responsável por auxiliar o grupo no alcance de suas metas, que deverão ser as mesmas para todos, a fim de que ocorra uma organização coletiva do trabalho. Para Behnke (2014, pag.35 apud Robbins 2002, p. 371) a liderança é o processo de influência pelo qual indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo às metas. Visando à competitividade, a JBS busca capacitar sua liderança, disponibilizando treinamentos aos líderes de cada setor. Na empresa o líder tem a função entender o comportamento dos colaboradores e lidar com as diferenças em todos os aspectos, e assim motivá-los, conscientizá-los, desenvolvê-los, treiná-los e qualificá-los, tornando-os responsáveis por assegurar e promover um ambiente de trabalho saudável e seguro. Para Arten (2012, pag.42) a qualidade do ambiente propicia a satisfação, que interfere na motivação. Conforme Behnke, 2014, apg.38 apud Chiavenato, 1999) a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer objetivos individuais. Além de suas responsabilidades como colaboradores, os líderes da JBS têm que ter a capacidade de influenciar as equipes para alcançar metas e objetivos da empresa. Eles devem liderar pelo exemplo, sendo responsáveis por incentivar, bem como cobrar de suas equipes, o cumprimento dessas metas e objetivos. Equipe é um tipo especial de grupo em que, entre outros atributos, evidencia-se elevada interdependência na execução das atividades” (ARTEN, 2012, pag.42). Arten, 2012, pag.35 apud Matta, 1995, pag.103) fala que, dentro de uma organização, o elemento mais importante para atingir metas e objetivos é o ser humano. Sem seus colaboradores, a empresa não existe. E ainda Arten (2012, pag.22 apud Fiorelli, 2004, pag.205) menciona que, o verdadeiro líder desenvolve, no liderado, a percepção de relacionamento interpessoal significativo, positivo e proativo, capaz de estimular à ação, ao desenvolvimento, sob o impulso do envolvimento emocional. A JBS com objetivo de motivar seus colaboradores, criou o programa Talentos Internos, onde faz o recrutamento de talentos internos para o programa, que é desenvolvido, com o objetivo de formar colaboradores do Grupo JBS que queiram assumir posição de liderança, como supervisor de produção. O foco é desenvolver liderança essenciais aos ganhos de eficiência e gestão de pessoas. 31 4.2 – Estilo de Liderança da JBS “Líder” ou “Líderes” refere-se a qualquer colaborador com a responsabilidade de supervisionar as atividades de negócios da JBS ou de outros colaboradores, incluindo os membros do conselho de administração. O estilo de liderança adotado pela empresa é o democrático. De acordo com Arten (2012, pag.80/81) no estilo de liderança democrático, os líderes estão presentes em todos os momentos, inclusive na tomada de decisões; todos os caminhos a serem percorridos pelo grupo são discutidos e escolhidos por votação, e não há nenhum tipo de indução por parte do líder, pois ele participa igualmente das escolhas do grupo. 4.3 – Comunicação Interna da JBS A empresa acredita no valor do diálogo (feedback) entre gestores e equipes, pois estimula o relacionamento interpessoal. Segundo Arten (2012, pag.37 apud Robbins, 2008) a comunicação interna deve ser vista como uma ferramenta que pode propiciar um ambiente de trabalho harmonioso e eficiente. Com o feedback, os líderes da empresa dão um parecer a respeito do trabalho de seus colaboradores, identificando o que está sendo feito com assertividade e o que precisa ser repensado e corrigido. Dessa forma busca alinhar a comunicação, trabalhar a motivação das equipes e colaborar para o crescimento coletivo e individual dos seus membros. Para Marques (2021) quem está na posição de liderança à importância do feedback na comunicação se faz ainda maior, pois com essa ferramenta de comunicação, o líder contribui ainda mais para o crescimento dos profissionais da sua equipe. Encorajando as pessoas a fazerem cada vez o seu melhor, para que seja possível alcançar resultados coletivos melhores. Arten (2012, pag.36 apud Gil, 2001) fala que: “É por meio da comunicação que se realizam as atividades de planejamento, organização, coordenação e controle do trabalho das pessoas, de modo que integre, desenvolva e motive o funcionário na empresa, estimulando-o a aumentar sua produtividade e contribuindo para o alcance dos objetivos organizacionais” (ARTEN, 2012, pag.36 apud GIL, 2001). Baseado ao que diz os autores, a JBS com objetivo de motivar, mantém a Política de Portas Abertas, que estimula os colaboradores a apresentarem a seus supervisores ou à área de RH quaisquer problemas que tragam sensibilidade ao ambiente geral de trabalho. Com essa política, é possível identificar questões relacionadas ao trabalho, como remuneração e benefícios, jornada de trabalho, segurança e relacionamento com as lideranças. “Essa 32 abordagem participativa de administração de pessoas dá ênfase à capacidade dos gestores de tomar decisões e resolver problemas. Tal processo tende a aprimorar a satisfação e a motivação no trabalho” (ARTEN, 2012, pag.12 apud FERREIRA, REIS e PEREIRA, 1997). “A comunicação, é também o ponto dos maiores desentendimentos e conflitos entre duas ou mais pessoas, membros de um mesmo grupo” (ARTEN, 2012, pag.49). Os líderes e gestores da JBS, em relação ao que diz o autor, busca eliminadas as falhas de comunicação, pois muitos conflitos têm sua origem nas falhas de comunicação e falta de clareza. A empresa talvez não consiga eliminar os conflitos, mas busca sim trabalhar eles, a fim de gerar resultados benéficos para otimização do trabalho em grupo. Na JBS todo os colaboradores devem atuar no melhor interesse da empresa. Um conflito de interesses pode surgir sempre que os interesses pessoais ou profissionais de um indivíduo ougrupo de colaboradores estiverem em desacordo com os melhores interesses da JBS. Todo colaborador deve comunicar à empresa os potenciais conflitos de interesses de que tenha conhecimento. “Conflito de interesses, é os antagonismos a respeito do que nos interessa, ou às disputas por aquilo que desejamos ser ou obter” (ARTEN, 2012, pag.60). Arten (2012, pag.58 apud Chiavenato 2009, p. 364) ainda diz que, o conflito, pode ter resultados construtivos ou destrutivos para as partes envolvidas, sejam elas pessoas, grupos ou organizações. Assim, o desafio reside em administrar o conflito, de modo a maximizar os efeitos construtivos e minimizar os efeitos destrutivos”. Para preservar a governança corporativa tanto na adoção de políticas e procedimentos, quanto no desenvolvimento de macroestratégias, a área de RH realiza a revisão anual das políticas e programas de gestão de pessoas, e dos principais indicadores de saúde e segurança, rotatividade, absenteísmo e horas extras. Isso permite que a empresa possa fazer os ajustes necessários e garantir que as condições de saúde, segurança e trabalho dos colaboradores sejam atendidas e implementadas de acordo com os altos padrões adotados pela JBS. Segundo Behnke (2014, pag.78/79 apud Luz, 2003) a pesquisa de clima se constitui em um método formal de se avaliar o ambiente de uma empresa e fornece subsídios capazes de melhorar continuamente o ambiente de trabalho. Com a pesquisa, as empresas passam a conhecer efetivamente a opinião dos colaboradores em relação a diversos fatores, onde se devidamente conduzidos, são importantíssimos para a motivação. 33 5. CONCLUSÃO Ao término deste presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM IV) da Unip Interativa, cabem aqui apresentar os resultados da pesquisa referente as seguintes disciplinas. Na disciplina, Planejamento e Operações por Categorias de Produtos, como vimos a JBS com objetivo de ser competitiva, opera estrategicamente com o gerenciamento por categoria de produtos, onde gerencia os produtos de acordo com a preferência e demanda do consumidor. Eles são classificados como: carnes bovinas, suínas, aves, processados e pelas lojas Swift. Com o método ECR torna mais eficiente o atendimento, e ainda integra o ERP ao outros tecnologias. Conhecemos o tempo gasto para cada pedido, sendo que as atividades picking da JBS é dividida por zona no novo layout do CD de Bauru inaugurado no Estado de São Paulo em parceria com o Operador Logístico COMFRIO. Baseado na disciplina Planejamento e Controle de Estoque, vimos que para atender a missão logística e alcançar os objetivos logísticos, como ter material em estoque no tempo certo, na quantidade necessária, na qualidade requerida, no melhor preço de aquisição, a JBS faz a gestão de estoque. Utiliza os métodos de estocagem PEPS e UEPS para produtos perecíveis. Os estoques da empresa são classificados na curva ABC, onde permite identificar de maior importancia. Conhecemos o giro de estoque, a cobertura dos estoques, o seu ciclo operacional, além de como é realizada a previsão de demanda e o inventario físico dos estoques. Já na disciplina de Dinâmica das Relações Interpessoais, podemos ver que a JBS é uma empresa formada por pessoas, e no desenvolvimento de seus colaboradores. Oferece oportunidades iguais a todas os colaboradores e investe continuamente no desenvolvimento de talentos e de lideranças. Para alcançar seus objetivos, desenvolve sua estrutura de gestão de pessoas, principalmente, por meio dos seus líderes. Com um estilo de liderança democrático, eles buscam estar presentes em todos os momentos. Através do feedback, dão um parecer a respeito do trabalho realizado pelos seus colaboradores. Vimos com a revisão anual das políticas e programas de gestão de pessoas, e dos principais indicadores, faz os ajustes necessários, de acordo com os altos padrões adotados pela JBS. Com isso conclui-se que todos os objetivos do trabalho foram alcançados e conseguimos aplicar na prática o aprendizado adquirido nas três disciplinas. 34 REFERÊNCIAS ARTEN, Tatiana Felipe Candido. Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo. Editora Sol. Ano de 2012. BARBOZA, Marinalva Rodrigues. Planejamento e controle de estoques. São Paulo. Editora Sol. Ano de 2012. BEHNKE, M. T. (Org.) et. al. Gestão de Pessoas: artigos reunidos. [livro eletrônico]. Curitiba. Paraná. Editora InterSaberes. Ano de 2014. CAVALEIRO, J. Movimentação e armazenagem. São Paulo. Editora Sol. Ano de 2013. COMFRIO. A Comfrio. Nossos Serviços. Disponível em: <https://www.comfrio.com.br/>. Acesso em 22 de jul de 2021. HOOLEY, G. J., SAUNDERS, J. A., PIERCY, Nigel F. 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