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Correlatos Pronto.pdf FARMACOPEIA BRASILEIRA Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa 6ª EDIÇÃO K Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Agência Nacional de Vigilância Sanitária Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Volume II – Monografias Correlatos Brasília 2019 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CORRELATOS ALGODÃO PURIFICADO E ESTERILIZADO CR001-00 ATADURA DE GAZE CR002-00 ESPARADRAPO CR003-00 FITA ADESIVA CR004-00 GAZE DE PETROLATO CR005-00 SUTURAS CIRÚRGICAS ABSORVÍVEIS (CATEGUTE) CR006-00 SUTURAS CIRÚRGICAS ABSORVÍVEIS SINTÉTICAS CR007-00 SUTURAS CIRÚRGICAS NÃO ABSORVÍVEIS CR008-00 TECIDO DE GAZE HIDRÓFILA PURIFICADA CR009-00 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR001-00 ALGODÃO PURIFICADO E ESTERILIZADO Algodão hidrófilo. Algodão absorvente. O algodão purificado é constituído por pelos de diversas sementes cultivadas do gênero Gossypium (Malvaceae), alvejados, bem cardados e isentos de matérias gordurosas, resinosas e outras impurezas capazes de absorver água. O algodão purificado, quando impregnado de substâncias medicamentosas, deve apresentar concentração uniformemente distribuída. Não deve conter substâncias ou concentrações capazes de provocar acidentes tóxicos ou reacionais. CARACTERÍSTICAS Aspecto. Pelos finos e de cor branca, suave ao tato e de consistência frouxa, sem grumos e sem quaisquer impurezas; o algodão purificado é inodoro e insípido. Apresenta, ao exame microscópico, somente fibras finas, ocas, achatadas, retorcidas, estriadas, ligeiramente espessadas nas bordas. Comprimento da fibra. Determinar o comprimento da fibra depois de colocar o algodão, livre (isento) de envoltórios, durante quatro horas em atmosfera (65 ± 2)% de umidade relativa, na temperatura de (21 ± 1) °C; no mínimo 60%, em peso, das fibras, devem medir 12,5 mm ou mais, sendo permitido até 10% em peso, de fibras medindo 6 mm ou menos. Poder absorvente. Proceder conforme indicado na determinação do poder absorvente do algodão, depois de colocar o algodão, durante quatro horas, nas condições atmosféricas acima indicadas; a absorção deverá ser completa em 10 segundos e o algodão deverá reter, no mínimo, 24 vezes seu peso de água. Solubilidade. É insolúvel nos solventes comuns e solúvel no sulfato cúprico amoniacal SR. ENSAIOS DE PUREZA Acidez ou alcalinidade. Colocar cerca de 10 g em um frasco de precipitação contendo 100 mL de água destilada recentemente fervida e resfriada sem agitação. Comprimir o algodão com um bastão de vidro, espremer e transferir alíquotas de 25 mL para duas cápsulas de porcelana. Adicionar a uma das cápsulas uma gota de alaranjado de metila SI e, à outra, três gotas de fenolftaleína SI; não deve produzir-se coloração rósea ou vermelha. Perda por dessecação (5.2.9). O algodão purificado, dessecado a 100 °C, não deve perder mais que 8% de seu peso. Determinação de cinzas sulfatadas (5.2.10). Colocar cerca de 5 g, pesados com exatidão, em uma cápsula tarada, e umedecer com ácido sulfúrico diluído. Aquecer, cautelosamente, até o enegrecimento e a seguir aumentar o calor até incineração completa; o resíduo não deve exceder 0,2%. Substâncias corantes. Colocar 10 g em um percolador de diâmetro estreito e proceder à sua extração, lentamente com álcool etílico, até que o percolato atinja 50 mL; observando sobre fundo Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR001-00 branco, em uma coluna de 20 cm de altura, o líquido poderá apresentar leve coloração amarelada, porém, nunca verde ou azul. Substâncias gordurosas. Colocar cerca de 10 g, pesados com exatidão, em um extrator de Soxhlet e proceder à sua extração com éter etílico, regulando o aquecimento de modo a obter, no mínimo, quatro sifonagens por hora. Continuar a extração durante cinco horas. O extrato etéreo não deve apresentar vestígios de coloração azul, verde ou acastanhada. Evaporar o extrato até secura, aquecer a 105 °C durante uma hora, resfriar em um dessecador e pesar; o resíduo não deve exceder a 0,7%. Substâncias hidrossolúveis. Colocar cerca de 10 g, pesados com exatidão, em um frasco de precipitação com 1000 mL de água destilada e ferver brandamente durante 30 minutos, adicionando água destilada, quando necessário, para manter o volume aproximadamente constante. Transferir o conteúdo para outro recipiente, retirando o excesso de água retida pelo algodão, comprimindo com um bastão de vidro. Lavar o algodão duas vezes, com porções de 250 mL de água destilada fervente, espremendo após cada lavagem. Filtrar os líquidos da extração e de lavagem, lavar o filtro com água quente e evaporar o filtrado até cerca de 50 mL. Transferir o concentrado para uma cápsula de porcelana, previamente tarada, lavar o recipiente que o conteve com água destilada e reunir nessa cápsula os líquidos de lavagem. Evaporar até secura; o resíduo dessecado a 105 °C, até peso constante, não deve ser superior a 0,25%. Outras substâncias estranhas. Porções de algodão hidrófilo, retiradas da embalagem original, não devem apresentar manchas de óleo, partículas metálicas ou quaisquer outras substâncias estranhas. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). O algodão hidrófilo deve ser esterilizado nas embalagens apresentadas ao consumo. Quando expressamente declarado estéril ou esterilizado, deve satisfazer às exigências especificadas nas provas de esterilidade para sólidos. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em rolos de peso não superior a 500 g, em camada contínua, em papel apropriado, cuja largura e comprimento possibilitem serem dobrados, no mínimo, 25 mm sobre as margens da camada de algodão. Os rolos devem receber um segundo envoltório que ofereça uma proteção completa contra poeira. O algodão purificado, quando declarado estéril ou esterilizado, deverá ser acondicionado de modo que sua esterilidade seja protegida contra uma contaminação posterior. Poderá, também, ser acondicionado de outra forma e em outros tipos de embalagem, desde que sejam preservadas as condições de esterilidade exigidas para o produto. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. O rótulo deve conter o nome do fabricante, o peso líquido e, tratando-se de algodão impregnado de substâncias medicamentosas, a fórmula empregada. CATEGORIA Adjuvante de uso em unidades de saúde em geral. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR002-00 ATADURA DE GAZE A atadura de gaze é constituída por faixa contínua de gaze purificada, do tipo I, firmemente enrolada, de largura e comprimento variáveis, isenta de fiapos e enovelamentos. A atadura de gaze, desenrolada previamente, deve satisfazer a todas as exigências estabelecidas para o tecido de gaze hidrófila purificada, determinadas de acordo com as respectivas técnicas e as especificações a seguir. CARACTERÍSTICAS Comprimento. Determinar medindo ao longo da linha mediana da atadura, desenrolada e alisada sem tração; o comprimento deverá ser no mínimo 98% do indicado na rotulagem. Largura. Medir a largura em três pontos uniformemente espalhados ao longo da atadura aberta. A média das três medidas deve apresentar variação dimensional de, no máximo, 2% em relação ao declarado na rotulagem. Número de fios. Determinar o número de fios da urdidura e da trama em cinco áreas de 1 cm × 1 cm, na linha central da atadura, em pontos de intervalos regulares, pelo menos a 30 cm da extremidade e calcular o número de fios em uma área de 5 cm × 5 cm. Peso. Determinar o peso de todo o rolo da atadura e, utilizando os resultados das medidas anteriores, calcular o peso por metro quadrado. Poder absorvente. Sustentar a atadura, devidamente desenrolada horizontalmente, quase em contato com uma superfície de água destilada e deixar cair, delicadamente, sobre o líquido; a atadura deve submergir completamente no espaço de tempo de 30 segundos. Substâncias medicamentosas ou adesivas. A atadura de gaze, quando impregnada de substâncias medicamentosas ou misturas adesivas deve apresentar concentração uniforme. Não deve conter substâncias em concentrações capazes de provocar acidentes tóxicos ou reacionais. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando a atadura é declarada estéril. Cumpre o teste. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR003-00 ESPARADRAPO Consiste em tecido de diversas origens uniformemente revestido em uma das faces, por uma camada adesiva sensível à pressão. O esparadrapo tem a superfície adesiva plana, uniforme e isenta de grumos; apresenta reação neutra e é isento de substâncias tóxicas ou irritantes. O lado oposto ao da mistura adesiva pode ser revestido por uma camada fina de substâncias impermeáveis à água. Em geral é apresentado enrolado em faixas contínuas de diversas dimensões. O esparadrapo deve estar isento de impurezas e contaminação. CARACTERÍSTICAS Dimensão. Determinar o comprimento do esparadrapo. O resultado obtido não deve ser inferior a 98% do comprimento inscrito na rotulagem. Determinar a largura do esparadrapo em cinco pontos diferentes ao longo de seu comprimento. A média dos resultados não deve apresentar diferença superior 1,6 mm da largura inscrita na rotulagem. Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à tração da fita após desenrolar e condicionar durante um período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de (65 ± 2)% de umidade relativa, a (21 ± 1,1) °C, usando um dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito em Resistência à tração. A média com três determinações em tiras de 2,5 cm de largura não deve ser inferior a 20 kg. Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada em tecido, cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e, aproximadamente, 15 cm de comprimento. A uma das extremidades da fita, de superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 cm de largura por 5,08 cm de comprimento, aplicar pressão equivalente a 850 g contra uma superfície limpa de vidro, plástico ou aço inoxidável. Exercer a pressão com auxílio de um rolo de borracha, por duas vezes consecutivas a uma velocidade de 30 cm por minuto. Ajustar a temperatura da superfície e da fita em 37 °C e conduzir o teste imediatamente conforme descrito em Resistência à tração (5.7.1). Usar um dispositivo tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada paralelamente ao urdume e à superfície. O valor médio de pelo menos 10 testes deverá ser, no mínimo, 18 kg. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando o esparadrapo é declarado estéril. Cumpre o teste. EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO Em embalagens bem fechadas, protegidas da luz e calor excessivo. O esparadrapo, quando declarado estéril ou esterilizado, deverá ser acondicionado de modo que sua esterilidade seja mantida contra contaminação posterior. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR004-00 FITA ADESIVA Consiste em tecido e/ou filme uniformemente revestido em uma das faces por uma camada adesiva sensível à pressão. CARACTERÍSTICAS Dimensões. Determinar o comprimento da fita adesiva. No mínimo, 98,0% do valor declarado. Determinar a largura em cinco pontos uniformemente espaçados ao longo da linha central da fita e calcular a média. No mínimo, 95,0% do valor declarado. Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à tração da fita após desenrolar e condicionar durante um período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de (65 ± 2)% de umidade relativa, a (21 ± 1,1) °C, utilizando um dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito em Resistência à tração (5.7.1). A fita fabricada a partir de tecido deve apresentar resistência à tração de, no mínimo, 20,41 kg por 2,54 cm de largura. A fita fabricada a partir de filme polimérico deve apresentar resistência à tração de, no mínimo, 3 kg por 2,54cm de largura. Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada em tecido, cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e aproximadamente 15 cm de comprimento. A uma das extremidades da fita, de superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 cm de largura por 5,08 cm de comprimento, aplicar pressão equivalente a 850 g contra uma superfície limpa de vidro, plástico ou aço inoxidável. Exercer a pressão com auxílio de um rolo de borracha, por duas vezes consecutivas a uma velocidade de 30 cm por minuto. Ajustar a temperatura da superfície e da fita em 37 °C e conduzir o teste imediatamente conforme descrito em Resistência à tração (5.7.1). Utilizar um dispositivo tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada paralelamente ao urdume e à superfície. O valor médio de pelo menos 10 testes deve ser, no mínimo, 18 kg. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Aplicável quando a fita é declarada estéril. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em embalagens bem fechadas, protegidas da luz e do calor excessivo. A fita adesiva, quando declarada estéril ou esterilizada, deverá ser acondicionada de modo que sua esterilidade seja mantida contra contaminação posterior. ROTULAGEM Observar legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR005-00 GAZE DE PETROLATO A gaze de petrolato é a gaze hidrófila purificada saturada com petrolato branco. É estéril e pode ser preparada, sob condições assépticas, na proporção de 60 g de petrolato para cada 20 g de gaze, por adição de petrolato branco derretido à gaze hidrófila purificada seca e previamente cortada no tamanho final. O peso do petrolato na gaze é, no mínimo, 70% e, no máximo, 80% em relação ao peso total da gaze de petrolato. O petrolato recuperado por drenagem em Doseamento apresenta as mesmas características e cumpre os testes de Descrição e Ensaios de pureza descritos na monografia de Petrolato branco. CARACTERÍSTICAS A gaze condicionada obtida em Doseamento cumpre os testes de Contagem dos fios, Comprimento, Largura e Gramatura descritos na monografia de Tecido de gaze hidrófila purificada. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO Pesar, no mínimo, 20 unidades da amostra e transferir, separadamente, para funil de vidro aquecido, mantendo a temperatura em aproximadamente 75 °C. Deixar que o petrolato derreta e drene através do funil. A drenagem pode ser facilitada pressionando a gaze com um bastão de vidro ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o funil ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o funil com porções sucessivas de 1,1,1-tricloroetano quente até que ela fique isenta de petrolato. Deixar o solvente residual evaporar espontaneamente. Manter a gaze em atmosfera padrão de (65 ± 2)% de umidade relativa e (21 ± 1,1) °C por, no mínimo, quatro horas e pesar. A diferença entre as duas pesagens representa o peso de petrolato. EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO Cada unidade de gaze de petrolato é embalada individualmente de forma a manter a esterilidade até que a embalagem seja aberta para uso. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR006-00 SUTURAS CIRÚRGICAS ABSORVÍVEIS (CATEGUTE) DESCRIÇÃO O categute é constituído por fitas de colágeno proveniente do intestino de animais herbívoros sadios, selecionadas, purificadas, torcidas, secadas, polidas e esterilizadas. O categute pode ser submetido a tratamentos químicos tais como sais de cromo para prolongar sua resistência à absorção, sendo por esta razão classificado em simples ou não tratado e cromado ou tratado. O comprimento, diâmetro e a resistência à tração do categute deverão estar de acordo com os limites descritos nesta monografia. CARACTERÍSTICAS Nota: os quatro testes a seguir devem ser executados imediatamente após a remoção do categute cirúrgico do líquido conservante, sem submeter à secagem prévia. Comprimento. Deve ser determinado sem submeter o categute a estiramento. O comprimento de cada sutura deve ser, no mínimo, 90% do comprimento descrito no rótulo. Diâmetro (5.7.2). Determinar o diâmetro de dez suturas conforme descrito em Diâmetro de suturas. A média, e, no mínimo, vinte de trinta determinações em amostragem de dez suturas, deve estar dentro dos limites de diâmetro descritos na Tabela 1, para o respectivo número cirúrgico. Nenhuma das medidas deve ser menor que o valor médio da faixa do número cirúrgico, imediatamente inferior, ou maior que o valor médio da faixa para o número cirúrgico, imediatamente superior. Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à tração de dez suturas conforme descrito em Resistência à tração. A resistência mínima à tração correspondente a cada número cirúrgico é representada pela média dos resultados obtidos nas dez suturas analisadas, descritas na Tabela 1. Se mais do que um fio estiver fora da especificação individual, repetir o ensaio com, no mínimo, 20 fios adicionais. Os requisitos do ensaio são preenchidos se nenhum dos fios adicionais estiver abaixo do limite individual e se a força média de todos os fios ensaiados não estiver abaixo do valor encontrado na respectiva tabela. Tabela 1 – Categute cirúrgico estéril: diâmetro e resistência à tração sobre-nó. Número Diâmetro Resistência à tração Média (Mínimo) Valor individual (Mínimo) Cirúrgico Métrico Mínimo mm Máximo mm kgf N kgf N 9-0 0,4 0,040 0,049 - - - - 8-0 0,5 0,050 0,069 0,045 0,44 0,025 0,24 7-0 0,7 0,070 0,099 0,07 0,69 0,055 0,54 6-0 1 0,10 0,149 0,18 1,77 0,10 0,98 5-0 1,5 0,15 0,199 0,38 3,73 0,20 1,96 4-0 2 0,20 0,249 0,77 7,55 0,40 3,92 3-0 3 0,30 0,339 1,25 12,26 0,68 6,67 2-0 3,5 0,35 0,399 2,00 19,62 1,04 10,2 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR006-00 0 4 0,40 0,499 2,77 27,17 1,45 14,2 1 5 0,50 0,599 3,80 37,28 1,95 19,1 2 6 0,60 0,699 4,51 44,24 2,40 23,5 3 7 0,70 0,799 5,90 57,88 2,99 29,3 4 8 0,80 0,899 7,00 68,67 3,49 34,2 Resistência ao encastoamento da agulha (5.7.3). As suturas nas quais são fixadas agulhas devem atender aos requisitos descritos em Resistência ao encastoamento da agulha. Esterilidade (5.5.3.2.1). O categute cirúrgico deve satisfazer às exigências descritas no Teste de esterilidade. Compostos solúveis de cromo. Pesar uma quantidade de sutura equivalente a, no mínimo, 250 mg e transferir para um erlenmeyer contendo 1 mL de água para cada 10 mg de amostra. Fechar o erlenmeyer e deixar em repouso a (37 ± 0,5) °C durante 24 horas. Após esse tempo, resfriar e decantar ou filtrar o líquido e pipetar 5 mL para um tubo de ensaio. Em um tubo similar, pipetar 5 mL de uma solução padrão de dicromato de potássio de concentração igual a 2,83 g por mL. Adicionar a ambos os tubos 2 mL de uma solução de difenilcarbazida a 1% (p/v) em álcool etílico e 2 mL de ácido sulfúrico 2 M. Qualquer cor que se desenvolva na solução teste não deve ser mais intensa que a da solução padrão (0,0001% de Cr). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO O categute cirúrgico deve ser acondicionado em embalagem adequada, de modo a manter sua condição de esterilidade até a sua abertura. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR007-00 SUTURAS CIRÚRGICAS ABSORVÍVEIS SINTÉTICAS DESCRIÇÃO As suturas cirúrgicas absorvíveis sintéticas são formadas por um fio esterilizado, mono ou multifilamentar, preparado a partir de polímeros sintéticos. O comprimento, diâmetro e a resistência à tração das suturas cirúrgicas absorvíveis sintéticas deverão estar de acordo com os limites descritos nesta monografia. CARACTERÍSTICAS Nota: os quatro testes a seguir devem ser executados imediatamente após a remoção da sutura de sua embalagem. Comprimento. Deve ser determinado sem submeter a sutura à estiramento. O comprimento de cada sutura deve ser, no mínimo, 95% do comprimento descrito no rótulo. Diâmetro (5.7.2). Determinar o diâmetro de dez suturas conforme instruções em Diâmetro de suturas. A média deve estar dentro dos limites de diâmetro descritos na Tabela 1, para o respectivo número cirúrgico. Nenhuma das medidas deve ser menor que o valor médio da faixa do número cirúrgico imediatamente inferior ou maior que o valor médio da faixa para o número cirúrgico imediatamente superior. Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à tração de dez suturas conforme descrito em Resistência à tração. A resistência mínima à tração correspondente a cada número cirúrgico é representada pela média dos resultados obtidos nas dez suturas analisadas e deve atender aos requisitos descritos na Tabela 1. Tabela 1 – Suturas cirúrgicas absorvíveis sintéticas esterilizadas: diâmetro e resistência à tração sobre-nó. Número Diâmetro Resistência à tração Média (Mínimo) Cirúrgico Métrico Mínimo mm Máximo mm kgf N 12-0 0,01 0,001 0,009 - - 11-0 0,1 0,010 0,019 - - 10-0 0,2 0,020 0,029 0,025 (1) 0,24 (1) 9-0 0,3 0,030 0,039 0,050 (1) 0,49 (1) 8-0 0,4 0,040 0,049 0,07 0,69 7-0 0,5 0,050 0,069 0,14 1,37 6-0 0,7 0,070 0,099 0,25 2,45 5-0 1 0,10 0,149 0,68 6,67 4-0 1,5 0,15 0,199 0,95 9,32 3-0 2 0,20 0,249 1,77 17,4 2-0 3 0,30 0,339 2,68 26,3 0 3,5 0,35 0,399 3,90 38,2 1 4 0,40 0,499 5,08 49,8 2 5 0,50 0,599 6,35 62,3 3 e 4 6 0,60 0,699 7,29 71,5 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR007-00 5 7 0,70 0,799 - - (1) Valores de resistência à força de tração direta (exceções). Resistência ao encastoamento da agulha (5.7.3). As suturas nas quais são fixadas agulhas devem atender aos requisitos descritos em Resistência ao encastoamento da agulha. Esterilidade (5.5.3.2.1). As suturas cirúrgicas absorvíveis sintéticas devem satisfazer às exigências descritas no Teste de esterilidade. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO As suturas cirúrgicas absorvíveis sintéticas devem ser acondicionadas em embalagem adequada, de modo a manter sua condição de esterilidade até a sua abertura. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR008-00 SUTURAS CIRÚRGICAS NÃO ABSORVÍVEIS DESCRIÇÃO As suturas cirúrgicas não absorvíveis são fios esterilizados que, quando utilizados em um organismo vivo não são absorvidos pelo mesmo. Variam na origem, que pode ser animal, vegetal ou sintética. Podem ser monofilamentos cilíndricos ou multifilamentos. Estes consistem de fibras elementares que são reunidas por torção ou trançamento. Podem ser tratados para se tornarem não capilares. As suturas cirúrgicas não absorvíveis são classificadas em: - Classe I – compostas por seda ou fibras sintéticas de monofilamento, de construção torcida ou trançada. - Classe II – composta por fibras de algodão, linho ou sintéticas que possuam um revestimento formando uma película de espessura significante. - Classe III – composta por fios metálicos mono ou multifilamentos. O comprimento, diâmetro e resistência dos fios cirúrgicos não absorvíveis deverão estar de acordo com os limites descritos nesta monografia. CARACTERÍSTICAS Nota: se a sutura estiver em uma embalagem com um líquido conservante, os quatro testes a seguir devem ser executados imediatamente após a remoção da sutura de sua embalagem. Comprimento. Deve ser determinado sem submeter a sutura à estiramento. O comprimento de cada fio deve ser, no mínimo, 95% do comprimento descrito no rótulo. Diâmetro (5.7.2). Determinar o diâmetro de dez fios conforme descrito em Diâmetro de suturas. A média deve estar dentro dos limites de diâmetro descritos na Tabela 1, para o respectivo número cirúrgico. No caso de suturas trançadas ou torcidas, nenhuma das medidas deve ser menor que o valor médio da faixa do número cirúrgico imediatamente inferior ou maior que o valor médio da faixa para o número cirúrgico imediatamente superior. Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à tração de dez fios conforme descrito em Resistência à tração. A resistência mínima à tração correspondente a cada número cirúrgico é representada pela média dos resultados obtidos nos dez fios analisados, e deve ser a descrita na Tabela 1. Tabela 1 – Suturas cirúrgicas não absorvíveis esterilizadas: diâmetro e resistência à tração sobre-nó. Número Diâmetro mm Resistência à tração (média - mínimo) Classe I(1) Classe II(2) Classe III(3) Cirúrgico Métrico Mínimo Máximo kgf N kgf N kgf N 12-0 0,01 0,001 0,009 0,001(4) 0,01 - - 0,002(4) 0,02(4) 11-0 0,1 0,010 0,019 0,006(4) 0,06(4) 0,005(4) 0,05(4) 0,02(4) 0,20(4) Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR008-00 10-0 0,2 0,020 0,029 0,019(4) 0,194(4) 0,014(4) 0,14(4) 0,06(4) 0,59(4) 9-0 0,3 0,030 0,039 0,043(4) 0,424(4) 0,029(4) 0,28(4) 0,07(4) 0,69(4) 8-0 0,4 0,040 0,049 0,06 0,59 0,040 0,39 0,11 1,08 7-0 0,5 0,050 0,069 0,11 1,08 0,06 0,59 0,16 1,57 6-0 0,7 0,070 0,099 0,20 1,96 0,11 1,08 0,27 2,65 5-0 1 0,100 0,149 0,40 3,92 0,23 2,26 0,54 5,30 4-0 1,5 0,150 0,199 0,60 5,88 0,46 4,51 0,82 8,04 3-0 2 0,200 0,249 0,96 9,41 0,66 6,47 1,36 13,3 2-0 3 0,300 0,339 1,44 14,1 1,02 10,0 1,80 17,6 0 3,5 0,350 0,399 2,16 21,2 1,45 14,2 3,40 33,3 1 4 0,400 0,499 2,72 26,67 1,81 17,8 4,76 46,7 2 5 0,500 0,599 3,52 34,5 2,54 24,9 5,90(4) 57,8(4) 3 e 4 6 0,600 0,699 4,88 47,8 3,68 36,1 9,11(4) 89,3(4) 5 7 0,700 0,799 6,16 60,4 - - 11,4(4) 112(4) 6 8 0,800 0,899 7,28 71,4 - - 13,6(4) 133(4) 7 9 0,900 0,999 9,04 88,6 - - 15,9(4) 156(4) 8 10 1,000 1,099 - - - - 18,2(4) 178(4) 9 11 1,100 1,199 - - - - 20,5(4) 201(4) 10 12 1,200 1,299 - - - - 22,8(4) 224(4) (1) A classe I é formada por seda ou monofilamentos de fibras sintéticas (torcidas ou trançadas), onde o possível revestimento não afeta significativamente o diâmetro. Por exemplo: seda trançada, poliéster, polipropileno, poliamida, monofilamento de poliamida ou propileno. (2) A classe II é formada por fios de algodão, de algodão misto, linho (com ou sem revestimento), com fibras sintéticas onde o revestimento afeta significativamente o diâmetro, porém não contribui significativamente na resistência à tração. (3) A classe III é formada por fios metálicos. (4) Exceções: valores de resistência à tração por tração direta. Resistência ao encastoamento da agulha (5.7.3). As suturas nas quais são fixadas agulhas devem atender aos requisitos descritos em Resistência ao encastoamento da agulha. Esterilidade (5.5.3.2.1). As suturas cirúrgicas não absorvíveis devem satisfazer às exigências descritas no Teste de esterilidade. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO As suturas cirúrgicas não absorvíveis devem ser acondicionadas em embalagem adequada, de modo a manter sua condição de esterilidade até a sua abertura. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR009-00 TECIDO DE GAZE HIDRÓFILA PURIFICADA Tecido 100% de algodão, simples, de baixa densidade de fios por centímetro, tipo tela, alvejado (isento de amido, dextrina, corantes corretivos, azulantes ópticos, álcalis e ácidos), inodoro e insípido. A gaze hidrófila purificada é um tecido branco de várias contagens de fios e pesos, em vários comprimentos e larguras. Na Tabela 1 há designação, para cada tipo comercial, o número de fios e a respectiva gramatura. Tabela 1 – Tipos comerciais de gazes com respectivos números de fios e gramaturas. Tipo de gaze Número mínimo de fios de urdume por 10 cm Número mínimo de fios de trama por 10 cm Número mínimo de fios por 100 cm2 de área Gramatura (g/m2) Variação em porcentagem I 158 138 296 73,0 ± 6 II 138 138 276 66,5 ± 6 III 118 79 197 38,5 ± 6 IV 89 69 158 31,0 ± 6 V 79 59 138 26,8 ± 6 VI 74 54 128 25,2 ± 6 VII 74 34 108 21,3 ± 6 VIII 69 29 98 19,3 ± 6 IX 59 29 88 16,6 ± 6 CARACTERÍSTICAS Condicionar a amostra por, no mínimo, quatro horas em atmosfera padrão de umidade relativa de (65 ± 2)%, a (20 ± 2) °C, antes de realizar os testes de Contagem de fios, Gramatura e Poder absorvente. Remover a amostra de suas embalagens antes de submetê-la à atmosfera condicionante. Se a amostra estiver na forma de rolos, cortar a quantidade necessária para a realização dos testes, excluindo os primeiros e os últimos dois metros, quando a quantidade total de amostra disponível assim o permitir. Contagem de fios. Coletar amostra com no mínimo 50 cm de comprimento e largura igual à do tecido. Colocar a amostra, sem rugas e sem tensão, sobre uma superfície plana. Começar a contar no espaço entre dois fios. Não efetuar a contagem na área das ourelas. Colocar a escala sobre a amostra e contar o número de fios compreendidos em 5 cm. Contar no sentido do urdume, ao longo da largura da amostra. A contagem deve ser realizada em cinco partes diferentes da amostra. Contar no sentido da trama, ao longo do comprimento da amostra. A contagem deve ser realizada em cinco partes diferentes da amostra. Dividir o número de fios de cada medida por 5 cm, para determinar o número de fios por centímetro. Calcular a média aritmética das cinco contagens efetuadas em cada sentido. A média, multiplicada por 10, deve estar dentro do intervalo de variação da Tabela 1. Comprimento. Desdobrar ou desenrolar a amostra, estender sem esticar e medir o comprimento ao longo da linha central, utilizando régua graduada. Deve apresentar no mínimo 98% do comprimento declarado. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR009-00 Largura. Retirar amostra com no mínimo 50 cm de comprimento, na largura total do tecido e a um metro das pontas dos rolos. Medir a largura com o auxílio de régua graduada, em pelo menos três pontos, a intervalos iguais e não superiores a 10 cm, distribuídos ao longo da amostra. A média das três medidas não deve apresentar diferença superior a 1,6 mm da largura escrita no rótulo. Gramatura. Cortar três corpos de prova da amostra com área igual a 100 cm2. Pesar cada corpo de prova em balança com precisão de 0,001 g. Calcular a média das massas obtidas e multiplicar por 100, para expressar o resultado em gramas por metro quadrado. A gramatura cumpre a especificação indicada na Tabela 1. Poder absorvente. Preencher com água à temperatura aproximada de 20 °C, um recipiente de 11 a 12 cm de diâmetro. Dobrar, com uma pinça, um quadrado da amostra com cerca de 1 g e alisar a superfície. Depositar cuidadosamente o quadrado da amostra sobre a superfície da água. Determinar com um cronômetro o tempo necessário para a submersão total da amostra. O tempo de imersão, expresso pela média dos tempos registrados no decurso de três ensaios, não deve exceder 10 segundos. ENSAIOS DE PUREZA Substâncias solúveis em água. Transferir, quantitativamente, cerca de 20 g da amostra para um béquer de 1000 mL contendo 500 mL de água purificada. Aquecer à ebulição, durante 15 minutos, adicionando água fervente para conservar o volume inicial. Filtrar a quente através de um funil, espremendo a amostra retida com um pistilo, de modo a retirar toda a água. Lavar com duas porções de 200 mL de água fervente, pressionando a gaze após cada lavagem. Coletar o filtrado em balão volumétrico de 1000 mL e completar o volume com água. Transferir 400 mL do extrato para cápsula de porcelana previamente tarada e evaporar até resíduo em banho-maria. Resíduo após dessecação: secar o resíduo obtido em Substâncias solúveis em água em estufa a 105 °C até peso constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação à massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,25% do peso inicial. Resíduo após incineração: incinerar o resíduo obtido em Resíduo após dessecação, em mufla a 600 °C até peso constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação à massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,075% do peso inicial. Acidez ou alcalinidade. Cortar a amostra de 10 g de tecido com tolerância de ± 0,1 g. Ferver, moderadamente, 250 mL de água purificada em um béquer. Imergir a amostra, cobrir o béquer com placa de Petri ou vidro de relógio e ferver por mais cinco minutos. Mantendo o béquer e o conteúdo cobertos, esfriar até a temperatura ambiente. Remover a amostra com pinça ou tenaz e espremer todo o excesso de líquido no béquer. Determinar o pH do extrato aquoso potenciometricamente (5.2.19). O valor do pH deve situar-se entre 5,0 e 8,0. Dextrina ou amido. Gotejar sobre a amostra duas a três gotas de iodo SR. A coloração da solução no tecido, após 30 segundos, permanece amarelada. Alteração para tons esverdeados indica resíduos de dextrina; coloração azul ou violeta indica a presença de amido. Determinação de cinzas sulfatadas (5.2.10). Pesar, com exatidão, cerca de 5 g da amostra e transferir para cadinho previamente tarado. Umedecer com 0,5 mL de ácido sulfúrico M e calcinar, cuidadosamente, sob chama direta, até enegrecimento da amostra. Resfriar, adicionar ao resíduo três a cinco gotas de ácido sulfúrico M e aquecer lentamente até que não haja mais liberação de fumaça branca. Incinerar a 800 °C até peso constante. O resíduo deve ser, no máximo, 0,2% do peso inicial. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição CR009-00 Substâncias gordurosas. Pesar, com exatidão, cerca de 10 g da amostra e adaptá-la ao extrator Soxhlet. Pesar um balão de fundo chato de 250 mL contendo pérolas de vidro ou pedaços de porcelana e adicionar 180 mL de éter etílico. Adaptar o balão ao extrator Soxhlet e à manta aquecedora com regulagem de temperatura e aquecer o conjunto por cinco horas, mantendo, no mínimo, quatro refluxos por hora (o extrato etéreo não deve apresentar vestígios de coloração azul, verde ou parda). Remover a manta aquecedora após o período de extração e deixar resfriar o conjunto, de modo que fiquem no balão alguns mililitros de éter etílico. Desconectar o extrator do balão e evaporar o éter, utilizando um fluxo leve de nitrogênio pelo interior do balão, com cuidado, sempre no interior da capela de exaustão. Secar o balão em estufa a 105 °C até peso constante. Deve ser no máximo 0,7%. Corantes corretivos. Transferir 10 g da amostra para percolador. Proceder lentamente à extração com álcool etílico até a obtenção de 50 mL de extrato alcoólico. O percolato, observado sobre fundo branco, em coluna de 20 cm de altura, pode apresentar leve coloração amarela, mas não coloração verde ou azul. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Gaze declarada estéril cumpre o teste. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em embalagens bem fechadas. Gaze declarada estéril é embalada de modo a manter a esterilidade, até que seja aberta para o uso. ROTULAGEM. Observar a legislação vigente. Capa da FB6.pdf Correlatos.pdf Gases medicinais pronto.pdf FARMACOPEIA BRASILEIRA Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa 6ª EDIÇÃO K Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Agência Nacional de Vigilância Sanitária Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Volume II – Monografias Gases Medicinais Brasília 2019 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GASES MEDICINAIS AR COMPRIMIDO MEDICINAL GM001-00 AR SINTÉTICO MEDICINAL GM002-00 DIÓXIDO DE CARBONO GM003-00 OXIGÊNIO GM004-00 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM001-00 AR COMPRIMIDO MEDICINAL Aer medicinalis ar medicinal; 11403 Essa monografia é aplicável ao ar comprimido medicinal, obtido por compressão do ar atmosférico ou por meio do processo de liquefação criogênica, seguido de compressão. ESPECIFICAÇÃO GERAL Contém uma concentração mínima de 19,5% v/v e máxima 23,5% v/v de oxigênio. DESCRIÇÃO Características físicas. O ar medicinal, nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP), é um gás incolor, insípido, inodoro, não tóxico, não inflamável. O ar medicinal a 1 atm de pressão e à temperatura ambiente encontra-se no estado gasoso. Solubilidade. Baixa solubilidade em água. Informações adicionais. As análises do ar medicinal descritas nessa monografia não necessitam ser realizadas pelo serviço de saúde, desde que esse não produza localmente o produto e atenda aos requisitos das normas e regulamentações em vigor. IDENTIFICAÇÃO Cumpre os requerimentos de Pureza, em Ensaios de pureza. ENSAIOS DE PUREZA Pureza. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por análise paramagnética (5.8.1.3). A pureza do ar medicinal deve ser, no mínimo, 19,5% v/v e, no máximo, 23,5% v/v. Vapor d’água. No máximo, 67 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando higrômetro eletrolítico (5.8.2.1). B. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando tubos detectores (5.8.2.2). Monóxido de carbono. No máximo, 5 micromol/mol (ppm). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM001-00 Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no infravermelho não dispersivo (5.8.1.2). Ajuste do equipamento: passar o gás nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração entre 3,5 e 4,5 micromol/mol (ppm) de monóxido de carbono de pureza mínima de 99,99% v/v em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de monóxido de carbono. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). Dióxido de carbono. No máximo, 500 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no infravermelho não dispersivo (5.8.1.2). Ajuste do equipamento: passar o gás nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração entre 200 e 250 micromol/mol (ppm) de dióxido de carbono de pureza mínima de 99,999% v/v em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de dióxido de carbono. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). Dióxido de enxofre. No máximo, 1 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM001-00 A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no ultravioleta (5.8.1.4). Ajuste do equipamento: passar o gás nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de enxofres totais < 0,1 micromol/mol (ppm), monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração entre 0,5 e 2 micromol/mol (ppm) v/v de dióxido de enxofre de pureza mínima de 99,9% v/v em nitrogênio, de pureza mínima 99,999% v/v, contendo impurezas de enxofres totais < 0,1 micromol/mol (ppm), monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de dióxido de enxofre. Figura 1 – Analisador de fluorescência no UV. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). Monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. No máximo, o total de 2 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por luminescência química (5.8.1.5). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM001-00 Ajuste do equipamento: passar pela cela da amostra para ajuste do zero a mistura contendo uma concentração nominal de 21% v/v de oxigênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de nitrogênio e argônio < 100 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 10 micromol/mol (ppm) e monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), em nitrogênio de pureza mínima 99,999%, contendo impurezas monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). A mistura deve conter menos que 0,05 micromol/mol (ppm) de monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração nominal de 2,0 micromol/mol (ppm) de monóxido de nitrogênio de pureza mínima de 98,0% v/v, em nitrogênio de pureza mínima 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). Óleo. No máximo, 0,1 micromol/mol (ppm). Proceder conforme descrito em Determinação de óleo em gases medicinais (5.8.3), apenas para o caso do uso de compressores lubrificados a óleo. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Cumpre com o estabelecido em Gases medicinais. ROTULAGEM Observar legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM002-00 AR SINTÉTICO MEDICINAL Aer medicinalis artificiosus O2; 32,00 oxigênio; 11121 [7782-44-7] N2; 28,01 nitrogênio; 10064 [7727-37-9] Esta monografia é aplicável ao ar sintético para uso medicinal. ESPECIFICAÇÃO GERAL Mistura de nitrogênio e oxigênio. Contém, no mínimo, 21,0% v/v e, no máximo, 22,5% v/v de oxigênio. DESCRIÇÃO Características físicas. Gás incolor e inodoro. Solubilidade. A 20 ºC de temperatura e 101 kPa de pressão, um volume de gás dissolve em 50 volumes de água, aproximadamente. IDENTIFICAÇÃO Cumpre os requerimentos de Pureza, em Ensaios de pureza. ENSAIOS DE PUREZA Pureza. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por análise paramagnética (5.8.1.3). A pureza do ar sintético deve ser no mínimo 21,0% v/v e no máximo 22,5% v/v. Vapor d’água. No máximo 67 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando higrômetro eletrolítico (5.8.2.1). B. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando tubos detectores (5.8.2.2). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM002-00 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Cumpre com o estabelecido em Gases Medicinais. ROTULAGEM Observar legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM003-00 DIÓXIDO DE CARBONO Carbonei dioxidum CO2; 44,01 dióxido de carbono; 09427 [124-38-9] Essa monografia é aplicável ao dióxido de carbono para uso medicinal. ESPECIFICAÇÃO GERAL Contém, no mínimo, 99,0% v/v de dióxido de carbono na fase gasosa. DESCRIÇÃO Características físicas. Gás incolor. Solubilidade. Um volume de dióxido de carbono solubiliza-se em, aproximadamente, um volume de água a 20 °C e pressão de 101 kPa. Informações adicionais. Deve-se examinar a fase gasosa. Se o teste for executado em cilindro, manter o mesmo à temperatura ambiente até a estabilização das fases líquida e gasosa do produto. IDENTIFICAÇÃO Cumpre os requerimentos de Pureza, em Ensaios de pureza. ENSAIOS DE PUREZA Pureza. A pureza deve ser maior ou igual a 99,0% v/v. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no infravermelho não dispersivo (5.8.1.2). Ajuste do equipamento: passar o gás dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e óxido nítrico < 1 micromol/mol (ppm) pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura com concentração de 95% v/v de dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e óxido nítrico < 1 micromol/mol (ppm), em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm) e oxigênio < 5 micromol/mol (ppm). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM003-00 Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de dióxido de carbono. Vapor d’água. No máximo, 67 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Higrômetro eletrolítico (5.8.2.1). B. Proceder conforme descrito em Tubos detectores de gases (5.8.1.1). Monóxido de carbono. No máximo, 5 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Cromatografia a gás (5.2.17.5). Gás amostra: gás a ser examinado. Gás de referência: mistura contendo 5 micromol/mol (ppm) de monóxido de carbono de pureza mínima de 99,97% v/v em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: utilizar cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas com catalisador de metanador (Detector FID); coluna empacotada de aço inoxidável com 2 m de comprimento e 4 mm de diâmetro interno preenchida com fase estacionária de peneira molecular; temperatura da coluna de 50 ºC e temperatura do detector e do injetor de 130 °C; utilizar hélio com pureza mínima 99,995% como gás de arraste com pressão 25 psi e fluxo de 60 mL/min. Injetar, separadamente, 0,5 mL do Gás amostra e do Gás de referência no cromatógrafo a gás. Obter os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular a concentração de monóxido de carbono no Gás amostra. B. Proceder conforme descrito em Tubos detectores de gases (5.8.1.1). Monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. No máximo, o total de 2 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases medicinais por luminescência química (5.8.1.5). Ajuste do equipamento: passar o gás dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e monóxido de nitrogênio < 1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM003-00 Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura de referência, contendo uma concentração nominal de 2,0 micromol/mol (ppm) de monóxido de nitrogênio de pureza mínima de 98,0% v/v, em nitrogênio de pureza mínima 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), ou em dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e monóxido de nitrogênio < 1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste, passar a amostra para determinação do teor de monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio. Se for usado o nitrogênio ao invés do dióxido de carbono na mistura de ajuste do equipamento, deve-se multiplicar o resultado obtido pelo fator de correção para corrigir o efeito de resfriamento causado no analisador como resposta ao efeito matriz do dióxido de carbono. O fator de correção de resfriamento é determinado aplicando uma referência conhecida da mistura de monóxido de nitrogênio em dióxido de carbono e comparando o conteúdo atual com o conteúdo indicado pelo analisador que foi previamente calibrado com a mistura referência NO/NO2. 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 = 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑂 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑂 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜 em que NO = monóxido de nitrogênio B. Proceder conforme descrito em Tubos detectores de gases (5.8.1.1). Enxofre total. No máximo, 1 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no ultravioleta (5.8.1.4). O conteúdo de enxofre é determinado por meio de um analisador fluorescente de ultravioleta depois da oxidação dos compostos sulfúricos por aquecimento até a temperatura de 1000 °C. Ajuste do equipamento: passar o gás dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e monóxido de nitrogênio < 1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura de referência, contendo uma concentração entre 0,5 e 2 micromol/mol (ppm) v/v de sulfeto de hidrogênio de pureza mínima de 99,7% v/v em dióxido de carbono de pureza mínima de 99,995% v/v, contendo impurezas de Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM003-00 monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), oxigênio < 25 micromol/mol (ppm) e monóxido de nitrogênio < 1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra através do forno de quartzo previamente aquecido até 1000 ºC. O gás oxigênio, de pureza mínima de 99,99% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 10 micromol/mol (ppm) e nitrogênio e argônio < 100 micromol/mol (ppm), circula no forno até 1/10 da taxa de fluxo da amostra. Medir o teor de dióxido de enxofre na mistura gasosa que sai do forno. Figura 1 – Analisador de fluorescência no UV. B. Proceder conforme descrito em Tubos detectores de gases (5.8.1.1). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Cumpre com o estabelecido em Gases Medicinais. ROTULAGEM Observar legislação vigente. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM004-00 OXIGÊNIO Oxygenium O = O O2; 32,00 oxigênio; 11121 [7782-44-7] Essa monografia é aplicável ao oxigênio para uso medicinal, comprimido ou não, obtido por meio do processo de liquefação criogênica. ESPECIFICAÇÃO GERAL Contém oxigênio na pureza mínima de 99,0% v/v. DESCRIÇÃO Características físicas. O oxigênio, nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP), é um gás incolor, insípido, inodoro, não tóxico, comburente, não combustível. O oxigênio a 1 atm de pressão e a -183 oC de temperatura, encontra-se no estado líquido (criogênico) e de coloração levemente azulada. Solubilidade. Baixa solubilidade em água. Um volume de oxigênio solubiliza-se em, aproximadamente, 32 volumes de água e em sete volumes de álcool etílico (95 °GL) a 20 °C e pressão de 101,3 kPa. Constantes físico-químicas. 1000 mL de oxigênio a 0 °C e à pressão de 101,3 kPa pesam em torno de 1,429 g. IDENTIFICAÇÃO Cumpre os requerimentos de Pureza, em Ensaios de pureza. ENSAIOS DE PUREZA Pureza. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por análise paramagnética (5.8.1.3). A pureza deve ser maior ou igual a 99,0% v/v. Vapor d’água. No máximo, 67 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando higrômetro eletrolítico (5.8.2.1). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM004-00 B. Proceder conforme descrito em Determinação de vapor d’água utilizando tubos detectores (5.8.2.2). Nota: os ensaios a seguir (Monóxido de carbono e Dióxido de carbono) somente devem ser realizados para os produtos que são envasados em cilindros. Portanto os produtos líquidos acondicionados em tanques criogênicos e caminhões tanque ficam isentos da realização dos ensaios a seguir. Monóxido de carbono. No máximo, 5 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no infravermelho não dispersivo (5.8.1.2). Ajuste do equipamento: passar o gás nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração entre 3,5 e 4,5 micromol/mol (ppm) de monóxido de carbono de pureza mínima de 99,99% v/v em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de monóxido de carbono. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). Dióxido de carbono. No máximo, 300 micromol/mol (ppm). Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Proceder conforme descrito em Determinação de gases por espectrofotometria no infravermelho não dispersivo (5.8.1.2). Ajuste do equipamento: passar o gás nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm), pela cela da amostra para ajuste do zero. Em seguida, realizar o ajuste do analisador passando a mistura contendo uma concentração entre 200 e 250 micromol/mol (ppm) de dióxido de carbono de pureza mínima de 99,999% v/v em nitrogênio de pureza mínima de 99,999% v/v, contendo impurezas de monóxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), dióxido de carbono < 0,5 micromol/mol (ppm), oxigênio + argônio < 1 micromol/mol (ppm), umidade < 2 micromol/mol (ppm), hidrocarbonetos totais < 0,1 micromol/mol (ppm). Farmacopeia Brasileira, 6ª edição GM004-00 Procedimento: após o ajuste do equipamento, passar a amostra para determinação do teor de dióxido de carbono. B. Proceder conforme descrito em Determinação de gases utilizando tubos detectores (5.8.1.1). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Cumpre com o estabelecido em Gases medicinais. ROTULAGEM Observar legislação vigente. Capa FB6.pdf Gases medicinais pronto.pdf Hemocomponentes e hemoderivados pronto.pdf FARMACOPEIA BRASILEIRA Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa 6ª EDIÇÃO K Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Agência Nacional de Vigilância Sanitária Farmacopeia Brasileira, 6ª edição Volume II – Monografias Hemocomponentes e Hemoderivados Brasília 2019 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HEMOCOMPONENTES E HEMODERIVADOS COLA DE FIBRINA HD001-00 COMPLEXO PROTROMBÍNICO HUMANO TOTAL LIOFILIZADO HD002-00 FATOR IX DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO HD003-00 FATOR VII DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO HD004-00 FATOR VIII DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO HD005-00 FIBRINOGÊNIO HUMANO LIOFILIZADO HD006-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-D HD007-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE A HD008-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE B HD009-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE B PARA USO INTRAVENOSO HD010-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTIRRÁBICA HD011-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTIRRUBÉOLA HD012-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTISSARAMPO HD013-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTITÉTANO HD014-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTIVARICELA HD015-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTIVARICELA PARA USO INTRAVENOSO HD016-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL HD017-00 IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL PARA ADMINISTRAÇÃO POR VIA INTRAVENOSA HD018-00 MISTURAS DE PLASMA HUMANO EXCEDENTE TRATADO POR INATIVAÇÃO VIRAL HD019-00 MISTURAS DE PLASMA HUMANO TRATADO POR INATIVAÇÃO VIRAL HD020-00 PLASMA HUMANO PARA FRACIONAMENTO HD021-00 SOLUÇÃO DE ALBUMINA HUMANA HD022-00 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD001-00 COLA DE FIBRINA Fibrini glutinum DEFINIÇÃO Cola de fibrina é uma preparação farmacêutica, estéril e apirogênica, constituída por um conjunto contendo dois componentes: o componente 1 (concentrado de fibrinogênio), uma fração proteica que contém fibrinogênio humano e Fator XIII humano, e o componente 2, uma preparação que contém trombina humana; este último componente converte o primeiro em fibrina depois de sua reconstituição e mistura em presença de íons cálcio. Pode conter outros ingredientes como a fibronectina humana e um inibidor de plasmina, como a aprotinina, e estabilizadores, como a albumina humana, adicionados antes ou durante a formação da fibrina induzida pela trombina. Nenhum antimicrobiano é adicionado à preparação. Os constituintes são obtidos a partir do plasma humano, que cumpre os requisitos da monografia Plasma humano para fracionamento. Descongelado ou reconstituído com o volume do diluente indicado no rótulo, o componente 1 contém, no mínimo, 40 g/L de proteínas coaguláveis; a atividade de trombina do componente 2 varia em um amplo intervalo (aproximadamente 4 - 1000 UI/mL). PRODUÇÃO Sua obtenção deve ser de acordo com o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos Biológicos e Boas Práticas do Ciclo Produtivo do Sangue, conforme a legislação vigente, visando garantir a sua qualidade, segurança e eficácia. O método de preparação inclui uma ou várias etapas de inativação viral que demonstrem a eliminação ou inativação dos agentes infecciosos virais conhecidos. Caso sejam usadas substâncias para inativar os vírus durante a produção, o processo de purificação posterior deve demonstrar, mediante validação, que a concentração das substâncias inativadoras foi eliminada ou reduzida a níveis aceitáveis segundo normas vigentes e que os eventuais resíduos não possam vir a trazer riscos aos pacientes. Os constituintes ou as suas misturas devem ser estéreis e apirogênicas, sendo então distribuídos assepticamente nos recipientes finais e imediatamente congelados. Os mesmos devem ser liofilizados e os recipientes fechados sob vácuo ou sob gás inerte de forma que se evite qualquer contaminação microbiana. Caso o componente 1 contenha Fator XIII, a concentração deste último deverá ser, no máximo, 10 UI/mL. Caso o rótulo venha indicar que a atividade do Fator XIII da coagulação é maior que 10 UI/mL, a atividade estimada deve ser, no mínimo, 80% e, no máximo, 120% da atividade declarada no rótulo. CARACTERÍSTICAS Aspecto. Os constituintes liofilizados são pós ou sólidos friáveis de cor branca ou amarelo pálido. Os constituintes congelados são sólidos opacos, incolores ou amarelo pálido. Os constituintes líquidos são incolores ou amarelo pálido. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD001-00 COMPONENTE 1 (CONCENTRADO DE FIBRINOGÊNIO) Nota: reconstituir os constituintes liofilizados e descongelar os constituintes congelados como indicado no rótulo imediatamente antes de realizar a identificação e os ensaios, exceto os de solubilidade e água. IDENTIFICAÇÃO A. Proceder aos ensaios de precipitação com a amostra do produto acabado, usando soros específicos de pelo menos quatro diferentes espécies animais e um soro anti-humano. O ensaio é realizado com soros específicos contra as proteínas plasmáticas das espécies animais que normalmente se usam no país para a preparação de produtos de origem biológica. A amostra contém somente proteínas de origem humana e não precipita com os soros específicos contra as proteínas plasmáticas de outras espécies animais, porém precipita diante do soro anti-humano. B. A determinação do fibrinogênio, conforme descrito em Doseamento, contribui para a identificação do componente 1. C. A determinação do Fator XIII, conforme descrito em Doseamento, contribui para a identificação do componente 1. CARACTERÍSTICAS Aspecto da preparação. Os concentrados liofilizados dissolvem-se em 20 minutos no volume do diluente para a sua reconstituição, à temperatura indicada no rótulo, resultando em uma preparação límpida ou ligeiramente turva, praticamente incolor. pH (5.2.19). 6,5 a 8,0. Estabilidade da dissolução. Durante os 120 minutos que seguem à reconstituição ou ao descongelamento não se forma nenhum gel, à temperatura ambiente. Água. Determinar por um dos métodos a seguir: Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por dessecação (5.2.9.1) ou Espectrofotometria de absorção no infravermelho próximo (5.2.14). No máximo, 2,0%. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO Fibrinogênio (proteínas coaguláveis). A quantidade estimada de proteínas coaguláveis, expressa em miligramas é, no mínimo, 70% e, no máximo, 130% da quantidade declarada. Empregar um dos métodos descritos a seguir. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD001-00 A. Proteínas coaguláveis. Dosar o nitrogênio no resíduo pelo método de Determinação de nitrogênio (5.3.3.2). Misturar 0,2 mL da preparação reconstituída e 2 mL de uma solução tampão apropriada (pH 6,6 a 7,4) que contenha uma quantidade suficiente de trombina humana (aproximadamente 3 UI/mL) e cálcio (0,05 M). Manter a mistura a 37 °C durante 20 minutos, separar o precipitado por centrifugação (5000 × g, por 20 minutos) e lavar exaustivamente com uma solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v). Dosar o nitrogênio no resíduo pelo método de Determinação de nitrogênio (5.3.3.2). Calcular o teor em proteínas devendo ser o resultado multiplicado por 6. B. Teste de coagulação. Diluir a preparação reconstituída com uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até obter uma concentração de fibrinogênio compreendida entre 0,1 mg/mL e 1 mg/mL. Utilizar 0,2 mL da diluição, mantendo a 37 °C durante 60 segundos e adicionar 0,2 mL de uma solução apropriada de trombina humana (aproximadamente 20 UI/mL e que contenha pelo menos 1 mM de cálcio). Determinar o tempo de coagulação por um método apropriado. Repetir o processo com pelo menos três diluições diferentes, no intervalo indicado anteriormente por meio de uma solução apropriada de fibrinogênio (por exemplo, plasma humano normal calibrado, por meio de uma determinação, diante de uma mistura de plasma recém preparada (> 100 doadores). Representar uma curva de calibração com os tempos de coagulação medidos para as diluições padrão e o conteúdo em fibrinogênio; a partir da curva, determinar o conteúdo de fibrinogênio na preparação a examinar. Fator XIII. Onde o rótulo indicar que a atividade do Fator XIII da coagulação é maior que 10 UI/mL, a atividade estimada deve ser, no mínimo, 80% e, no máximo, 120% da atividade declarada no rótulo. Fazer três diluições do componente 1 descongelado ou reconstituído e da preparação de referência de plasma humano normal, usando como diluente plasma deficiente em Fator XIII da coagulação ou outro diluente apropriado. Adicionar a cada diluição quantidades apropriadas dos seguintes reagentes: Reagente ativador: contendo trombina humana ou bovina, tampão apropriado, cloreto de cálcio e um inibidor apropriado tal como Gli-Pro-Arg-Ala-Ala-NH2, que inibirá a coagulação da amostra e não evitará a ativação do Fator XIII pela trombina. Reagente de detecção: contendo substrato peptídico específico de Fator XIII ativado tal como Leu- Gli-Pro-Gli-Glu-Ser-Lis-Val-Ile-Gli-NH2 e éster de etil glicina como segundo substrato em solução tampão adequada. Reagente NADH: contendo glutamato desidrogenase, α-cetoglutarato e NADH em solução tampão adequada. Após a mistura, são mensuradas as variações de absorvância (ΔA/minutos) no comprimento de onda de 340 nm (5.2.14) após ser atingida a fase linear da reação. A unidade de Fator XIII é igual à atividade de 1 mL de plasma humano normal. Calcular a atividade da preparação teste através de métodos estatísticos usuais (8.2). Os limites de confiança (P = 0,95) devem ser, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade estimada. COMPONENTE 2 (PREPARAÇÃO DE TROMBINA) IDENTIFICAÇÃO A. Proceder aos ensaios de precipitação com a amostra do produto acabado, usando soros específicos de pelo menos quatro diferentes espécies animais e um soro anti-humano. O ensaio é realizado com soros específicos contra as proteínas plasmáticas das espécies animais que normalmente se usam no Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD001-00 país para a preparação de produtos de origem biológica. A amostra contém somente proteínas de origem humana e não precipita com os soros específicos contra as proteínas plasmáticas de outras espécies animais, porém precipita diante do soro anti-humano. B. A determinação da trombina, conforme descrito em Doseamento, contribui para a identificação do componente 2. CARACTERÍSTICAS Aspecto da preparação. Os concentrados liofilizados dissolvem-se, em cinco minutos, no volume de diluente para a sua reconstituição, à temperatura indicada no rótulo, resultando em uma preparação incolor e límpida ou ligeiramente turva. pH (5.2.19). 5,0 a 8,0. Água. Determinar por um dos métodos a seguir: Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por dessecação (5.2.9.1) ou Espectrofotometria de absorção no infravermelho próximo (5.2.14). No máximo, 2,0%. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO Trombina. Se necessário, diluir a preparação reconstituída a ser examinada a aproximadamente 2 - 20 UI por mililitro de trombina usando como diluente um tampão pH 7,3 a 7,5, tal como a solução tampão de imidazol pH 7,3, contendo 10 g/L de albumina humana ou albumina bovina. A um volume adequado da diluição, adicionar volume apropriado de fibrinogênio (1 g/L de proteína coagulada) aquecido a 37 °C e começar a medir o tempo de coagulação imediatamente. Repetir o procedimento com cada uma das três diluições de uma preparação de referência de trombina calibrada em unidades internacionais. Calcular a atividade da preparação teste por meio de métodos estatísticos usuais (8.2). Os limites de confiança (P = 0,95) devem ser, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade estimada. ARMAZENAMENTO Protegido da luz. ROTULAGEM Observar legislação vigente. O rótulo deve indicar: • a quantidade de fibrinogênio (miligramas de proteínas coaguláveis) e de trombina (Unidades Internacionais) por frasco; • a atividade de Fator XIII (unidades) quando superior a 10 UI/mL; • quando aplicável, o volume de diluente necessário para reconstituir a preparação. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD001-00 Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD002-00 COMPLEXO PROTROMBÍNICO HUMANO TOTAL LIOFILIZADO Prothrombinum multiplex total humanum cryodesiccatus O complexo protrombínico humano total é uma fração de proteínas plasmáticas que contém, obrigatoriamente, os Fatores II, VII, IX e X da coagulação humana. A presença e as quantidades dos Fatores II, VII e X dependem do método de fracionamento utilizado e sua obtenção é realizada a partir do plasma humano que satisfaça as condições da monografia Plasma humano para fracionamento. A atividade da preparação, reconstituída de acordo com as indicações que figuram no rótulo, é, no mínimo, 20 UI de Fator IX por mililitro. Se o conteúdo de algum fator de coagulação estiver declarado em valor unitário, a potência estimada deve estar entre 80% e 125% da potência declarada; se o conteúdo de algum fator estiver declarado em intervalo, a potência estimada deve estar dentro dos limites mínimo e máximo declarados. O método de preparação deve evitar, tanto quanto possível, a ativação dos fatores da coagulação, de modo a reduzir seu potencial trombogênico, e compreende uma ou várias etapas que demonstrem a eliminação ou inativação dos agentes infecciosos conhecidos e não conhecidos. Se forem acrescentadas substâncias para inativação viral na etapa de produção, um procedimento de purificação deve ser validado, de modo a demonstrar que a concentração dessas substâncias foi reduzida a um nível aceitável, e que tais resíduos não comprometem a segurança da preparação. A atividade específica é, no mínimo, 0,6 UI do Fator IX por miligrama de proteínas totais, antes da eventual adição de um estabilizante proteico. A fração que contém o complexo protrombínico é dissolvida em diluente apropriado. Podem ser adicionadas heparina, antitrombina e outras substâncias auxiliares, como um estabilizante. Não deve ser adicionado nenhum conservante antimicrobiano. A solução sofre uma filtração esterilizante e depois é envasada, assepticamente, nos recipientes e, imediatamente, congelada. Em seguida é liofilizada e os recipientes são fechados a vácuo ou em presença de um gás inerte. Nota: reconstituir a amostra como indicado no rótulo imediatamente antes de realizar a Identificação, os ensaios (exceto os de solubilidade e de teor de água) e o Doseamento. IDENTIFICAÇÃO A amostra satisfaz os limites estabelecidos em Doseamento para os Fatores II, VII, IX e X da coagulação sanguínea humana. CARACTERÍSTICAS Aspecto. Pó ou sólido friável, branco ou ligeiramente corado, muito higroscópico. Osmolalidade (5.2.28). No mínimo, 240 mosmol/kg. pH (5.2.19). 6,5 a 7,5. Solubilidade. Adicionar o volume do líquido diluente especificado no rótulo, observando a temperatura recomendada. Agitar suavemente por, no máximo, 10 minutos. A preparação dissolve- se completamente e observa-se a formação de uma solução que pode ser levemente corada. Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD002-00 ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS Água. Determinar por um dos métodos a seguir: Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Determinação da perda por dessecação (5.2.9.1) ou Espectrofotometria de absorção no infravermelho (5.2.14). O teor de água deve ser inferior a 2,0%. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada coelho, por quilograma de peso corporal, um volume da amostra reconstituída correspondente a, pelo menos, 30 UI de Fator IX. DOSEAMENTO Fator IX Proceder conforme descrito em Determinação do Fator IX da coagulação sanguínea humana (5.5.1.4). A atividade determinada é, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade determinada é, no mínimo, 80% e, no máximo, 125%. Fator II Proceder conforme descrito em Determinação do Fator II da coagulação sanguínea humana (5.5.1.3). A atividade determinada é, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade determinada está compreendido entre 90% e 111%. Fator VII Proceder conforme descrito em Determinação do Fator VII da coagulação sanguínea humana (5.5.1.5). A atividade determinada é, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade determinada está compreendido entre 80% e 125%. Fator X Proceder conforme descrito em Determinação do Fator X da coagulação sanguínea humana (5.5.1.6). A atividade determinada é, no mínimo, 80% e, no máximo, 125% da atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade determinada está compreendido entre 90% e 111%. Fatores da coagulação ativados Proceder conforme descrito em Determinação dos fatores da coagulação ativados (5.5.1.8). Se necessário, diluir a amostra para obter uma solução que contenha 20 UI de Fator IX por mililitro. Para cada uma das diluições, o tempo de coagulação é, no mínimo, 150 segundos. Heparina Caso se tenha adicionado heparina durante a preparação, determinar o seu teor de acordo com o método Determinação da heparina nos fatores da coagulação (5.5.1.1). A amostra não contém mais Farmacopeia Brasileira, 6ª edição HD002-00 que a quantidade de heparina indicada no rótulo e nunca contém mais de 0,5 UI de heparina por unidade internacional de Fator IX. Proteínas totais Se necessário, deve-se diluir a preparação reconstituída com uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de forma a obter-se uma solução que contenha cerca de 15 mg de proteínas em 2 mL. Em um tubo de centrífuga de fundo redondo, introduzir 2 mL dessa solução. Adicionar 2 mL de solução de molibdato de sódio a 75 g/L e 2 mL de uma mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio e água (1:30). Agitar e centrifugar durante cinco minutos. O líquido sobrenadante deve ser decantado possibilitando que o tubo seja enxuto sobre um papel de filtro. Determinar o nitrogênio no resíduo pelo método de Determinação de nitrogênio (5.3.3.2). Calcular o teor em proteínas devendo ser o resultado multiplicado por 6,25. Trombina Caso a amostra contenha heparina, determinar o seu teor como indicado no Ensaio biológico da heparina e neutralizá-la por adição de sulfato de protamina (10 μg de sulfato de protamina neutralizam 1 UI de heparina). Utilizar dois tubos de ensaio e, em cada um, misturar volumes iguais da amostra reconstituída de uma solução de fibrinogênio a 3 g/L. Manter um dos tubos a 37 °C durante seis horas e o outro à temperatura ambiente durante 24 horas. Num terceiro tubo, misturar volumes iguais da solução de fibrinogênio e de solução de trombina humana a 1 UI/mL e colocar o tubo em banho-maria a 37 °C. Não se produz coagulação nos tubos que contêm a amostra. Produz-se coagulação dentro de 30 segundos no tubo que contém a trombina. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Ao abrigo da luz. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. O rótulo deve declarar: • a denominação: complexo protrombínico total; • o número de Unidades Internacionais dos Fatores IX, VII e X e o número ou intervalo de Unidades Internacionais do Fator II por frasco; • a quantidade de proteínas em cada recipiente; • o nome e a quantidade de qualquer substância adicionada, compreendendo a heparina e trombina, se esse for o caso;
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