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@ste.vett Afecções Estrangulativas Obstrução intestinal estrangulada É sempre um estrangulamento vascular Ocorre enegrecimento da região devido isquemia/hipóxia – há tentativa do organismo tentar manter a região viva de uma forma anaeróbia – terá aumento de lactato e de proteína devido região inflamatória Nestes casos além da obstrução do lúmen teremos ISQUEMIA Ocorre dilatação de intestino delgado em palpação Haverá refluxo por conta da alteração em palpação ! Sinais e Sintomas: Quadro mais agudo do que quando não há estrangulamento Paracentese sanguinolenta Animal com mais dor HÉRNIA INGUINAL OU INGUINO ESCROTAL (ID) Passagem de alça intestinal pelo anel inguinal Pode ser chamado também de encarceramento – ocorre encarceramento do intestino delgado pois ele é menor, tem uma proximidade com o anel inguinal (principalmente jejuno e íleo) e tem um maior peristaltismo Ocorre apenas em machos por conta do anel inguinal – geralmente ocorre em animal grandes, acima de 500kg, inteiros (não castrados) e depois de realizar algum tipo de exercício Aprisionamento de segmento de intestino delgado, normalmente jejuno ou íleo. Na grande maioria das vezes não há aumento dos anéis inguinais, por isso os nomes de aprisionamento ou encarceramento são adequados. O anel vaginal é a estrutura que realmente aprisiona o segmento intestinal Não há aumento dos anéis inguinais – não sendo necessário fechá-los na cirurgia ! Sinais e Sintomas Cólica Refluxo gástrico Testículo aumentado de um lado – muita dor, com aumento de consistência e queda de temperatura O ideal é se castrar esse animal pois depois ele pode ter recidiva de hérnia do outro lado @ste.vett No começo do quadro pode-se auscultar a região testicular e encontrar sons intestinais Diagnóstico Palpação retal e testicular Clinica US Tratamento – CIRURGIA Decúbito dorsal e posicionamento adequado Realizada em centro cirúrgico Anestesia inalatória Pode-se usar dois acessos: Acesso Inguinal: igual da Orquiectomia 1. Incisão de pele paralelo a rafe escrotal 2. Abertura da túnica vaginal 3. Exposição do testículo 4. Avaliação do segmento intestinal encarcerado – quando não é um encarceramento grave consegue- se trazer o intestino para fora para se manipular. Se já estiver isquêmico não pode pois ele tem risco de romper Acesso em linha média: usado em conjunto com o acesso inguinal em casos graves de encarceramento 1. Retornar o segmento intestinal para dentro do abdômen 2. Exteriorização do segmento pela linha media 3. Analisar se é necessário enterectomia/anastomose – geralmente é necessário sim ENCARCERAMENTOS 1. De Intestino Delgado em anel inguinal 2. Aprisionamento do cólon no espaço nefro-esplênico - Cólon Maior Ocorre o deslocamento dorsal do cólon e seu aprisionamento no espaço nefro-esplênico. O baço desloca-se da posição original junto ao gradil costal, devido a distensão gástrica ou esplenomegalia e permite a passagem do cólon entre a parede e o baço -> TEM TRATAMENTO CLINICO desde que o colón deslocado não tenha conteúdo ! Sinais e Sintomas Dor Refluxo Flexura pélvica com posição diferente Colon em posição dorsal Não consegue-se palpar rim e baço Baço estará aumentado e deslocado caudalmente @ste.vett Tratamento Deve-se diminuir o baço – para isso devemos usar um fármaco simpatomimético (ex: efedrina) para realizar contração esplênica – desde que o colon não esteja repleto de conteudo e muito distendido Caso o tratamento não seja efetivo deve-se realizar uma cirurgia para desaprisionar o colón Apenas 7% dos animais operados tem recidivas. Caso haja recidivas tem chance de 50% de acontecer mais uma vez. Portanto nos casos onde se tem histórico devemos considerar a possibilidade de fazer a correção pelo flanco para fechar o espaço nefroesplenico Decúbito dorsal Acesso pela linha media Muitas vezes se faz só reposicionamento do cólon sem enterectomia 3. De intestino delgado em forâmen epiploico e falha mesentérica Falha mesentérica: pode ser por: trauma, falha em cirurgia que deixa o mesentério aberto Ocorre falha do mesentério que permite entrada de um segmento de intestino estrangulando-o ! Sinais e Sintomas: Refluxo gástrico Dor intensa Delgado distendido na palpação Mucosas alteradas congestas tendendo a cianóticas com hálito toxêmico Taquicardia Taquipneia Sudorese acentuada Risco de choque séptico Diagnóstico Lactato e proteínas alterados na paracentese Palpação: intestino delgado aumentado e conteúdo liquido em alças Necrose de alça Diagnóstico definitivo apenas com cirurgia Tratamento Laparotomia exploratória e realizar enterectomia e enteroanastomose se necessário SUTURA DO I. DELGADO Alternativa é utilizar dois planos de sutura contínuos; o primeiro sero-muscular sem pegar a mucosa e o segundo plano cushing apenas na serosa sepultando a primeira sutura – usar sempre invaginante Pode-se suturar a mucosa e posteriormente a sero-muscular ou ainda utilizar a sutura em Plano único – a mucosa só é suturada quando está muito danificada CUIDADO com a pinça hemostática pois ela é muito traumática no intestino – usa-se dreno de penrose @ste.vett INTUSSUSCEPÇÃO Quando uma parte do intestino “entra” dentro de outra. As intussuscepções são mais comuns em potros, e nestes casos o segmento mais acometido é o intestino delgado – jejuno-jejunal Nos animais adultos a intussuscepção mais comum é a íleo-cecal ! Sinais e Sintomas Refluxo gástrico Quadros críticos Alteração de peristaltismo segmental – uma parte do intestino se movimenta mais que outro fazendo uma alça entrar em outra Causas: mudança brusca de dieta Muita dor Alteração de liquido peritoneal com aumento de proteína, lactato e fibrinogenio, sanguinolento Em palpação: dilatação de intestino delgado, em íleo-cecal consegue palpar o íleo Tratamento Laparotomia exploratória para tratamento e diagnostico Se faz anastomose de jejuno diretamente com ceco – animal ira perder o íleo TORÇÃO DE CÓLON É o quadro mais critico Ocorre uma torção do colon que gira no próprio eixo racionamento + de 360º Pode ocorrer óbito em poucas horas Ocorre distenção acentuada de todo abdômen Costuma ocorrer em éguas pós parto – Devemos lembrar que segmentos do intestino quando estão cheios ficam propensos a torções. Neste sentido a égua no período pós parto inicia um “restabelecimento” do espaço na cavidade abdominal. O cólon e outras partes do intestino podem retornar ao espaço antes ocupado pelo útero. Caso o cólon restabeleça seu tamanho de uma maneira muito rápida a chance de torção aumenta. Devemos portanto ficar atentos ao desconforto abdominal nas éguas no período de 3 semanas após o parto, já que este tipo de torção deve ser tratado rapidamente. ! Sinais e Sintomas Estado geral ruim Muita dor Refluxo com cor vinho e odor ruim Tratamento Laparotomia exploratória. Desfazer torção e avaliar a viabilidade, pode se fazer enterectomia e esteroanastomose quando está viável. Caso não esteja viável devido necrose extensa opta-se por eutanásia na cirurgia mesmo. @ste.vett CÓLICA TROMBOEMBÓLICA Formação de um trombo em artéria mesentérica Ocorre espessamento da parede da artéria conhecido como aneurisma. Na verdade trata-se de um pseudoaneurisma já que a parede da artéria não fica mais delgado. Causado pela migração de larvas de strongilus vulgaris – pois quando ela passa ela lesa e expõe o endotélio vascular A vascularização da parede das vísceras pode ser diminuída apenas pela distensão provocada por gás, líquido ou ambos. Vários agentes podemlevar a obstrução da luz intestinal: parasitas, ingesta, corpo estranho, neoplasia, espessamento da parede (várias etiologias) ou ainda aderência. ! Sinais e Sintomas Dor intensa Liquido peritoneal sanguinolento Refluxo gástrico Dilatação de intestino delgado Necrose de intestino delgado e também pode causar necrose de membros – apesar de não estrangular a alça é considerado enstrangulativo por causa da grande lesão vascular
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