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Afecções Estrangulativas Clinica de Grandes Animais IV

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@ste.vett 
Afecções Estrangulativas 
 Obstrução intestinal estrangulada 
 É sempre um estrangulamento vascular 
 Ocorre enegrecimento da região devido isquemia/hipóxia – há tentativa do organismo tentar manter a região 
viva de uma forma anaeróbia – terá aumento de lactato e de proteína devido região inflamatória 
 Nestes casos além da obstrução do lúmen teremos ISQUEMIA 
 Ocorre dilatação de intestino delgado em palpação 
 Haverá refluxo por conta da alteração em palpação 
 
! Sinais e Sintomas: 
 Quadro mais agudo do que quando não há estrangulamento 
 Paracentese sanguinolenta 
 Animal com mais dor 
 
HÉRNIA INGUINAL OU INGUINO ESCROTAL (ID) 
Passagem de alça intestinal pelo anel inguinal 
 Pode ser chamado também de encarceramento – ocorre encarceramento do intestino delgado pois ele é menor, 
tem uma proximidade com o anel inguinal (principalmente jejuno e íleo) e tem um maior peristaltismo 
 Ocorre apenas em machos por conta do anel inguinal – geralmente ocorre em animal grandes, acima de 500kg, 
inteiros (não castrados) e depois de realizar algum tipo de exercício 
 Aprisionamento de segmento de intestino delgado, normalmente jejuno ou íleo. 
 Na grande maioria das vezes não há aumento dos anéis inguinais, por isso os nomes de aprisionamento ou 
encarceramento são adequados. 
 O anel vaginal é a estrutura que realmente aprisiona o segmento intestinal 
 Não há aumento dos anéis inguinais – não sendo necessário fechá-los na cirurgia 
 
! Sinais e Sintomas 
 Cólica 
 Refluxo gástrico 
 Testículo aumentado de um lado – muita dor, com aumento de consistência e queda de temperatura 
 O ideal é se castrar esse animal pois depois ele pode ter recidiva de hérnia do outro lado 
 
 
@ste.vett 
 No começo do quadro pode-se auscultar a região testicular e encontrar sons intestinais 
 
 Diagnóstico 
 Palpação retal e testicular 
 Clinica 
 US 
 
 Tratamento – CIRURGIA 
 Decúbito dorsal e posicionamento adequado 
 Realizada em centro cirúrgico 
 Anestesia inalatória 
 Pode-se usar dois acessos: 
 Acesso Inguinal: igual da Orquiectomia 
1. Incisão de pele paralelo a rafe escrotal 
2. Abertura da túnica vaginal 
3. Exposição do testículo 
4. Avaliação do segmento intestinal encarcerado – quando não é um encarceramento grave consegue-
se trazer o intestino para fora para se manipular. Se já estiver isquêmico não pode pois ele tem risco 
de romper 
 
 Acesso em linha média: usado em conjunto com o acesso inguinal em casos graves de encarceramento 
1. Retornar o segmento intestinal para dentro do abdômen 
2. Exteriorização do segmento pela linha media 
3. Analisar se é necessário enterectomia/anastomose – geralmente é necessário sim 
 
ENCARCERAMENTOS 
1. De Intestino Delgado em anel inguinal 
 
2. Aprisionamento do cólon no espaço nefro-esplênico - Cólon Maior 
 Ocorre o deslocamento dorsal do cólon e seu aprisionamento no espaço nefro-esplênico. O baço desloca-se 
da posição original junto ao gradil costal, devido a distensão gástrica ou esplenomegalia e permite a passagem 
do cólon entre a parede e o baço -> TEM TRATAMENTO CLINICO desde que o colón deslocado não tenha 
conteúdo 
 
! Sinais e Sintomas 
 Dor 
 Refluxo 
 Flexura pélvica com posição diferente 
 Colon em posição dorsal 
 Não consegue-se palpar rim e baço 
 Baço estará aumentado e deslocado caudalmente 
 
 
@ste.vett 
 
 Tratamento 
 Deve-se diminuir o baço – para isso devemos usar um fármaco simpatomimético (ex: efedrina) para realizar 
contração esplênica – desde que o colon não esteja repleto de conteudo e muito distendido 
 Caso o tratamento não seja efetivo deve-se realizar uma cirurgia para desaprisionar o colón 
 Apenas 7% dos animais operados tem recidivas. Caso haja recidivas tem chance de 50% de 
acontecer mais uma vez. Portanto nos casos onde se tem histórico devemos considerar a 
possibilidade de fazer a correção pelo flanco para fechar o espaço nefroesplenico 
 Decúbito dorsal 
 Acesso pela linha media 
 Muitas vezes se faz só reposicionamento do cólon sem enterectomia 
 
3. De intestino delgado em forâmen epiploico e falha mesentérica 
 Falha mesentérica: pode ser por: trauma, falha em cirurgia que deixa o mesentério aberto 
 Ocorre falha do mesentério que permite entrada de um segmento de intestino estrangulando-o 
 
! Sinais e Sintomas: 
 Refluxo gástrico 
 Dor intensa 
 Delgado distendido na palpação 
 Mucosas alteradas congestas tendendo a cianóticas com hálito toxêmico 
 Taquicardia 
 Taquipneia 
 Sudorese acentuada 
 Risco de choque séptico 
 
 Diagnóstico 
 Lactato e proteínas alterados na paracentese 
 Palpação: intestino delgado aumentado e conteúdo liquido em alças 
 Necrose de alça 
 Diagnóstico definitivo apenas com cirurgia 
 
 Tratamento 
 Laparotomia exploratória e realizar enterectomia e enteroanastomose se necessário 
SUTURA DO I. DELGADO 
 Alternativa é utilizar dois planos de sutura contínuos; o primeiro sero-muscular sem pegar a mucosa e o segundo 
plano cushing apenas na serosa sepultando a primeira sutura – usar sempre invaginante 
 Pode-se suturar a mucosa e posteriormente a sero-muscular ou ainda utilizar a sutura em Plano único – a 
mucosa só é suturada quando está muito danificada 
 CUIDADO com a pinça hemostática pois ela é muito traumática no intestino – usa-se dreno de penrose 
 
 
 
@ste.vett 
INTUSSUSCEPÇÃO 
 Quando uma parte do intestino “entra” dentro de outra. 
 As intussuscepções são mais comuns em potros, e nestes casos o segmento mais acometido é o intestino delgado 
– jejuno-jejunal 
 Nos animais adultos a intussuscepção mais comum é a íleo-cecal 
 
! Sinais e Sintomas 
 Refluxo gástrico 
 Quadros críticos 
 Alteração de peristaltismo segmental – uma parte do intestino se movimenta mais que outro fazendo uma 
alça entrar em outra 
 Causas: mudança brusca de dieta 
 Muita dor 
 Alteração de liquido peritoneal com aumento de proteína, lactato e fibrinogenio, sanguinolento 
 Em palpação: dilatação de intestino delgado, em íleo-cecal consegue palpar o íleo 
 
 Tratamento 
 Laparotomia exploratória para tratamento e diagnostico 
 Se faz anastomose de jejuno diretamente com ceco – animal ira perder o íleo 
 
TORÇÃO DE CÓLON 
 É o quadro mais critico 
 Ocorre uma torção do colon que gira no próprio eixo racionamento + de 360º 
 Pode ocorrer óbito em poucas horas 
 Ocorre distenção acentuada de todo abdômen 
 Costuma ocorrer em éguas pós parto – Devemos lembrar que segmentos do intestino quando estão cheios ficam 
propensos a torções. Neste sentido a égua no período pós parto inicia um “restabelecimento” do espaço na 
cavidade abdominal. O cólon e outras partes do intestino podem retornar ao espaço antes ocupado pelo útero. 
Caso o cólon restabeleça seu tamanho de uma maneira muito rápida a chance de torção aumenta. Devemos 
portanto ficar atentos ao desconforto abdominal nas éguas no período de 3 semanas após o parto, já que este 
tipo de torção deve ser tratado rapidamente. 
 
! Sinais e Sintomas 
 Estado geral ruim 
 Muita dor 
 Refluxo com cor vinho e odor ruim 
 
 Tratamento 
 Laparotomia exploratória. Desfazer torção e avaliar a viabilidade, pode se fazer enterectomia e 
esteroanastomose quando está viável. Caso não esteja viável devido necrose extensa opta-se por eutanásia 
na cirurgia mesmo. 
 
 
@ste.vett 
 
CÓLICA TROMBOEMBÓLICA 
 Formação de um trombo em artéria mesentérica 
 Ocorre espessamento da parede da artéria conhecido como aneurisma. Na verdade trata-se de um 
pseudoaneurisma já que a parede da artéria não fica mais delgado. 
 Causado pela migração de larvas de strongilus vulgaris – pois quando ela passa ela lesa e expõe o endotélio vascular 
 A vascularização da parede das vísceras pode ser diminuída apenas pela distensão provocada por gás, líquido ou 
ambos. 
 Vários agentes podemlevar a obstrução da luz intestinal: parasitas, ingesta, corpo estranho, neoplasia, 
espessamento da parede (várias etiologias) ou ainda aderência. 
 
! Sinais e Sintomas 
 Dor intensa 
 Liquido peritoneal sanguinolento 
 Refluxo gástrico 
 Dilatação de intestino delgado 
 Necrose de intestino delgado e também pode causar necrose de membros – apesar de não estrangular a alça 
é considerado enstrangulativo por causa da grande lesão vascular

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