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Síndrome do Braquicefálico Clinica de Pequenos Animais IV

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@ste.vett 
Síndrome do 
Braquicefálico 
Alterações anatômicas especificas em cães 
braquicefálicos que levam a angustia respiratória. 
 
 Alterações: é caracterizada pela obstrução parcial 
das vias superiores devido a: 
1. Estenose de narina 
2. Prolongamento de palato 
3. Anomalia bronquiais, laríngeas e traqueais 
4. Doenças gastresofágicas 
 
 Para ter a síndrome precisa ter duas dessas 
alterações 
 
 Raças mais acometidas 
 Buldog 
 Pug 
 Shih-tzu 
 Pequinês 
 Lhasa apso 
 American bully 
 Persa 
 
! SINAIS E SINTOMAS 
 Dispneia inspiratória – pois e no trato 
respiratório superior 
 Ronco 
 Fácil cansaço 
 Cianose 
 Síncope 
 Dificuldade para trocar calor - Hipertermia 
 Ofegação 
 Estresse 
 Intolerância ao exercício 
 
 Particularidades anatômicas 
 Crânio mais curto e largo 
 Hipoplasia de tranqueira 
 Animais que praticamente não tem seio nasal 
 Aumento de tonsilas, sáculos laríngeos 
evertidos, estreitamento da glote, hipoplasia 
de traqueia, colapso de laringe e traqueia 
 
PUGS 
Pior braquicefálico 
Tem rotação dorsal da maxila – achatando o seio 
nasal dorsoventral também 
Tem sinus frontal minúsculo ou ausente 
 
1. ESTENOSE DE NARINA 
Quando as aletas nasais são fechadas dificultando a 
passagem e entrada de ar pelas narinas lateral na 
 Normalmente congênita e visível a olho nu 
 Animal apresenta dispneia inspiratória – 
normalmente não tem ronco e sim barulho de 
congestão (força passagem de ar) 
 
 Raças + acometidas: Shih-tzu, buldogue francês e 
persa 
 
 Tratamento cirúrgico – PLASTIA DE NARINA 
 Remoção de uma parte da cunha na parte 
rostral – pode retirar da lateral também 
 Cirurgia relativamente simples 
 
 
 
@ste.vett 
! CUIDADOS: sangramentos (geralmente se usa 
bisturi frio – para evitar sangramento diluir 
adrenalina no soro e instilar na região) 
 Realizar pontos simples contínuos – pode ser 
fio absorvível ou não, o primeiro de preferência 
 
2. PROLONGAMENTO DE PALATO 
É a hiperplasia do palato mole – pode haver hipertrofia 
 Durante a inspiração o palato mole obstrui a 
entrada de ar da glote, grande um efeito de vácuo 
nas vias aéreas 
 Este vácuo pode causar alterações em vias 
aéreas superiores levando a everssão de sacos 
laríngeo e vias inferiores, como colabamento de 
brônquios 
 Raças + acometidas: buldogue inglês e francês, 
pug, cavalier king. 
 
! SINAIS E SINTOMAS 
 Ruídos respiratórios – roncos 
 Dispneia inspiratória 
 Intolerância o exercício 
 Sincope em casos mais graves 
 Dificuldade para trocar calor – heat stroke 
 
 DIAGNÓSTICO 
 Inspeção direta – as amígdalas são referência 
para a cirurgia pois 
 Tomografia computadorizada 
 Endoscopia – sempre de preferência porque há 
um diagnóstico comprovado, uma prova para 
indicar real necessidade cirúrgica. 
 Radiografia torácica são indicadas para 
eventuais alterações pulmonares secundarias 
 
 Tratamento cirúrgico: ESTAFILECTOMIA - 
Remoção do excesso de palato 
 Passos: 
 Posição do paciente: deve posicionar o 
paciente em decúbito ventral, pescoço 
erguido e pendura a maxila 
 Pegar o fundo do palato (excesso) com 
uma pinça Allis e everter ele – seccionar o 
palato e suturar ao “mesmo tempo“ 
 Não pode-se tirar muito palato (ele deve 
sempre tocar na epiglote) pois pode deixar 
a abertura grande e causar falsa via de 
alimentos. 
 Há risco de edema no pós operatório – 
para minimizar devemos adm: 
- AIE – hidrocortisona 
- Colocar gelo antes da cirurgia pois 
causa vasoconstrição 
 O edema pode obstruir via 
aérea, ele e causado por 
processo inflamatório e 
quando ocorre pode ser 
que o animal precise de 
traqueostomia. 
 Sutura: 
 NÃO USAR NAYLON e sim fio absorvível 
 Pode usar simples continuo ou separado - 
Complicações em simples continua pois 
abre tudo em casos de deiscência 
 
! PÓS operatório: 
- Antibiótico profilático 
- AIES (3 a 5 dias) 
- Analgésicos (e uma cirurgia chata que causa 
dor) 
 
 
@ste.vett 
- Não precisa de jejum mas a alimentação deve 
ser pastosa – recomendado sorvete, água 
gelada 
 
3. HIPOPLASIA DE TRAQUEIA 
Desenvolvimento reduzido da traqueia fazendo que o 
diâmetro da traqueia seja menor 
 Raças + acometidas: buldogue inglês 
 
 Diagnóstico 
 Traqueoscopia – endoscopia da traqueia 
 
 Tratamento 
- NÃO TEM TRATAMENTO 
 
 Para que serve o exame então? Avaliar 
prognostico e se tem síndrome braquicefálica ou 
não 
SEMPRE que suspeitar da síndrome do braquicefálico 
pedir uma traqueoscopia 
 
ANOMALIAS LARINGAS 
 
1. Eversão de sacos laríngeos: não faz parte da 
síndrome mas é uma consequência de esforço 
respiratório – eversão da mucosa que reveste as 
criptas laringianas 
! Sintomas: 
 Dispneia leve a intensa 
 Ruídos respiratórios 
 Esforço respiratório e ofegação constante 
 Tutore relata alterações ou ausência no 
latido 
 
 Diagnóstico: 
- Inspeção direta com animal anestesiado 
- Endoscopia 
- Radiografias torácicas 
 
 Tratamento cirúrgico – corta o saco e não 
precisa suturar 
 
2. Turbinados nasais aberrantes: 
 Diagnóstico: feito por rinoscopia retrógrada 
 Tratamento: entrar com AIES para melhorar 
ou remover com laser o excesso de turbinado 
– tem chance de hipertrofiar tudo novamente 
(recidiva) 
 
4. ALTERAÇÕES GASTROESOFÁGICAS ASSOCIADAS 
 Esofagite 
 Disfagia 
 Vômito 
 Regurgitação 
 Refluxo esofágico: A pressão negativa torácica 
excessiva decorrente do fluxo respiratório, 
contribui para o animal ter refluxo esofágico 
 
 Raças + comuns: buldogue francês 
 
 Tratamento: Protetor gástrico – sucralfato e 
correção de outras alterações respiratórias

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