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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: HISTOLOGIA NOME DO ALUNO: IVANI ALVES DOS SANTOS R.A: 0430733 POLO: IBITINGA-SP DATA: 14/03/2022 1 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE HISTOLOGIA Nos dias 05/03 e 12/03 tivemos nossas aulas práticas de histologia, com a professora Flávia que foram divididas em quatro sendo , duas por dia e que foram muito bem aplicadas, pois alcançamos o objetivo de aprender a visualizar e identificar células, tecidos, vasos sanguíneos, ductos e etc. Desde já quero agradecer a professora pelo profissionalismo, empenho e paciência á nós aplicada durante as aulas. AULA 1 ROTEIRO 1 1. CORTES HISTOLÓGICOS Nesta primeira aula, aprendemos a realizar os planos de cortes da maneira correta, bem como o que seria um plano de corte de forma errado, usando uma parte de mamona (galhos), ovo cozido, limões e abacate. São três os tipos de corte: Transversal, longitudinal e oblíquos Foto 1: planos de corte. Podendo serem ainda: medianos, excêntricos e tangenciais • Medianos: corte feito no meio da estrutura, o que nos dá uma visão do todo. • Excêntricos: Este corte não feito nem ao meio e nem nas bordas da estrutura, mas em cerca de 25% á dentro do todo da estrutura. O que se perde parte do todo. • Tangencial: corte feito muito próximo da parede da estrutura, o que se perde muito, devendo ser feito apenas para exames específicos Foto 2: planos de corte histológicos. 2 1.1TRANSVERSAL O corte transversal é o mais usado, pois através dele podemos visualizar todas as estruturas do tecido examinado, desde a parede até ao núcleo, sem perder nada, principalmente quando for feito no plano mediano. O corte é feito do meio da estrutura para as laterais. Foto 3: Corte transversal mediano do ovário de mamona. A parte avermelhada mostra a placentação axilar 1.2 LONGITUDINAL Este corte é feito ao longo da estrutura a ser examinada, podendo também ser mediano, excêntrico ou tangencial. Foto 4: corte longetudinal tangencial 1.3 OBLÍQUOS Esse tipo de corte precisa ser evitado, principalmente em estruturas cilíndricas, pois não teremos como analisar a medida cubica por exemplo. Podemos ver claramente na figura 3 do tomate, o quanto perdemos no corte oblíquo. 3 Foto 5: visualização dos três tipos de corte. No final, aprendemos que a orientação do corte das peças é essencial, pois determina como os tecidos serão incluídos no bloco para corte e, posteriormente, ter influência na análise, bem como a importância do rápido tratamento da peça, quando retirado do organismo, pois assim ela permanece exatamente igual a quando ainda ligada ao corpo. Sempre utilizando bisturis de excelente corte, para uma boa precisão no corte e não danificar a borda da estrutura. AULA 1 ROTEIRO 2 COLORAÇÃO DE HEMATOXILINA E EOSINA Nesta aula examinamos a lâmina contendo tecido da pele grossa, onde podemos identificar o núcleo e o citoplasma das células. Por ser um corante básico, a hematoxilina cora estruturas ácidas tendo como princípio a basofilia. Observamos e aprendemos que o núcleo que contêm o DNA e RNA se cora intensamente (roxo) com a hematoxilina. A eosina por ser um corante ácido, cora (rosa) estruturas básicas, tendo como princípio a acidófila. Normalmente o citoplasma é corado pela eosina. Foto 6: tecido de pele grossa, corado com hematoxilina e eosina 4 AULA 1 ROTEIRO 3 PELE GROSSA E PELE FINA Aprendemos ainda sobre a pele e suas camadas e que suas diferenças estão na pele fina ter seu epitélio mais fino, a camada de queratina também é mais fina e ela tem pelos, enquanto a grossa não possui. Ainda com a lâmina contendo pele grossa: (epitélio/conjuntivo/adiposo) Suas camadas: Queratina: camada mais externa, responsável por impermeabilizar o corpo, (sendo corado em róseo “eosina”), camada é bem mais desenvolvida. Quanto mais queratina, mais cor a pele tem. Epitélio pavimentoso estratificado: Papilas epidérmicas e dérmicas: Tecido conjuntivo e tecido conjuntivo denso não modelado: Tecido adiposo unilocular: Obs: Podemos ver todas as camadas na foto 6 Pele e Anexos A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes. Funções: • Proteger o organismo contra a perda de água por evaporação e contra o atrito; • Serve como grande receptor para as sensações gerais (dor, pressão, tato, temperatura); • Colabora na termorregulação do corpo; • Participam na excreção de várias substâncias; • Proteção contra os raios ultravioleta; • Formação da vitamina D3; • Importante papel nas respostas imunitárias do organismo. 5 • Na pele, observam-se várias estruturas anexas, que são os pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas. Epiderme: A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A característica da pele difere na maior parte da superfície do corpo. Há locais, como a palma da mão e a planta dos pés, onde a epiderme é muito mais espessa e a pele é denominada pele espessa. Em outros locais, a epiderme é mais fina, sendo denominada pele delgada. Na pele espessa, podem ser distintas cinco camadas na epiderme: 1) Camada basal: Células prismáticas ou cuboides (queratinócitos), que repousam sobre a membrana basal, que separa a epiderme da derme. São responsáveis pela constante renovação do epitélio, com intensa atividade mitótica, por isto, esta camada também é conhecida como camada germinativa; 2) Camada espinhosa: Células poligonais, cuboides ou ligeiramente achatadas, com núcleo central e com expansões citoplasmáticas que contém tonofibrilas. Essas expansões unem- se através de desmossomas, o que dá a célula um aspecto espinhoso; 3) Camada granulosa: Células poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, que contém numerosos grânulos de querato-hialina (basófilos). Além desses grânulos, estas células secretam ainda corpos lamelares, substancia fosfolipídica associada a glicosaminoglicanas, que se espalha no espaço intercelular vedando esta camada de células, impedindo a passagem de https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-24-%C3%A0s-19.18.27.png6 compostos, principalmente de água (barreira impermeável). 4) Camada lúcida: Delgada camada de células achatadas, eosinófilas, cujos núcleos e organelas foram digeridos por enzimas lisossômicas e desapareceram. Apresentam filamentos de queratina dispostos de modo compacto e orientados paralelamente à superfície da pele. 5) Camada córnea: Camada superficial de células achatadas, mortas, sem núcleo e sem organelas. Membrana celular bem espessa e citoplasma cheio de queratina. São removidas no processo de descamação natural da pele. Na pele delgada, falta frequentemente a camada lúcida, além de apresentar uma camada córnea muito reduzida. A epiderme apresenta quatro tipos de células: 1) Queratinócitos: São as células mais numerosas da epiderme. São as que se tornam queratinizadas. O processo de queratinização possui etapas nas camadas da epiderme: • Camada basal: queratinócitos possuem tonofilamentos; • Camada espinhosa: continua a síntese de tonofilamentos, que se agrupam em feixes de tonofibrilas. Início da síntese de querato-hialina; • Camada granulosa: grande acúmulo de grânulos de querato-hialina; Verdadeiro processo de queratinização: ocorre ao período entre a saída de células da camada granulosa e entrada na camada córnea. Aos grânulos de querato- hilaina se combinam com as tonofibrilas, convertendo-as em queratina. Esse https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-24-%C3%A0s-18.45.43.png 7 processo envolve a decomposição do núcleo e das organelas e o espessamento da membrana celular; • Camada lúcida: células sem organelas citoplasmáticas, citoplasma repleto de queratina; • Camada córnea: células queratinizadas, que sofrem descamação. 2) Melanócitos: Células derivadas da crista neural, são arredondadas a colunares e apresentam prolongamentos citoplasmáticos que envolvem cerca de 36 queratinócitos, por onde transferem a melanina recém sintetizada. Situadas geralmente nas camadas basal e espinhosa da epiderme. No seu interior ocorre a síntese de melanina, pigmento de cor marrom escura; O processo de síntese de melanina consiste em: • A tirosina é transformada em 3,4-diidroxi-fenilalanina (DOPA) pela enzima tirosinase; • A DOPA, também sobre ação da tirosinas, produz DOPA-quinona, que, após uma serie de transformações, resulta a melanina; A tirosinase é sintetizada à nível de REG e é acumulada em vesícula chamadas pré-melanossomas. Com o acumulo de melanina, essas vesículas passam a se chamar melanossomas e, ao fim da síntese, recebe o nome de grão de melanina. A partir deste grão, o pigmento é injetado no interior das células epiteliais e se localizam em posição supranuclear, onde oferecem máxima proteção ao DNA contra a radiação ultravioleta. O escurecimento da pele por exposição à luz do sol ocorre inicialmente devido ao escurecimento da melanina pre-existente e à aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-24-%C3%A0s-19.12.40.png 8 O albinismo resulta da incapacidade hereditária dos melanócitos produzirem a melanina. Geralmente o albinismo é causado pela ausência de atividade da tirosinase ou incapacidade das células de transportarem tirosina para o seu interior. Pela falta de melanina, a pele não tem proteção contra a radiação solar, e os tumores de pele (carcinoma espinocelular e melanomas malignos) são mais frequentes do que nas pessoas normais. A degeneração e o desaparecimento de melanócitos em certas áreas da pele causa uma despigmentação localizada da pele, o vitiligo. 3) Células de Langerhans: São células derivadas de precursores da medula óssea vermelha e fazem parte do sistema fagocitário mononuclear, também chamadas de células dendríticas devido aos seus prolongamentos. Representam cerca de 4 a 4% do total de células da epiderme. Estão localizadas entre os queratinócitos, em toda a epiderme, porém, são mais frequentes na camada espinhosa. Fazem parte do sistema imunitário, podendo processar e acumular na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos linfócitos T. Participa do desencadeamento das reações de hipersensibilidade por contato cutâneo. Ao contrário dos melanócitos, que se multiplicam após exposição repetida à luz ultravioleta, as células de Langerhans diminuem de número após uma agressão deste tipo; esta característica é, possivelmente, um fator que contribui para a carcinogênese. 4) Células de Merkel: Célula epidérmica modificada, localizada na camada basal, e geralmente presentes na pele espessa. São especialmente abundantes na ponta dos dedos e na mucosa oral, e na base dos folículos pilosos. Caracteriza-se pela presença de grânulos citoplasmáticos. A base desta célula está em contato com fibras nervosas amielínicas, e por isso, é tida como mecano- receptor. Células da Pele 9 Derme: É o tecido conjuntivo sobre o qual se apóia a epiderme. O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta-se de muitas formas, as quais são caracterizadas pelos tipos de células que as compõe e pelas fibras. Tais células podem ser: fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos e células adiposas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras colágenas e elásticas e da substância fundamental. Sua superfície externa é irregular, observando saliências chamadas de papilas dérmicas. As papilas aumentam a área de contato derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele. Descrevem-se na derme duas camadas, de limite poucos distintos, que são: a camada papilar que é a mais superficial e a camada reticular, mais profunda. A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo. A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado. Ambas contem muitas fibras e elásticas, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas: pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas. A circulação da pele possui uma disposição tal que acomode as diversas necessidades funcionais, como: nutrição da pele e anexos, aumento ou redução do fluxo para facilitar ou dificultar a perda de calor pelo corpo. Estrutura da derme https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.00.06.png 10 A derme papilar é constituída de tecido conjuntivo frouxo. A derme reticular é constituída de tecido conjuntivo denso. A derme é constituída das fibras colágenas e elásticas e da substância fundamental, sintetizada pelos fibroblastos. Hipoderme: Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido conjuntivo frouxo. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apóia. Dependendo do grau e nutrição do organismo, a hipodermepoderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo proporciona proteção contra o frio. A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito) e tem como função principal a reserva energética, proteção contra choque mecânico e isolante térmico. Corte histológico de pele. HE. Médio Aumento. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.20.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.20.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.20.00.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-21.54.33.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-23.00.31.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-23.00.31.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-23.00.31.png 11 Pelos: Estão presentes praticamente em toda superfície do corpo, com exceção de algumas regiões bem delimitadas. Os pelos são estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que no pelo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa- se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. No bulbo observam-se células-tronco- queratinócitos clonogênicos– responsáveis por originar a haste do pelo, novos queratinócitos da epiderme e as glândulas sebáceas, em respostas à sinais morfogenéticos. Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se: • As células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pelo; • Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pelo; • Das células mais periféricas surge a cutícula do pelo que apresenta grupos de células fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas; • Por último, as células epiteliais mais periféricas originam duas bainhas envolvendo o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha externa continua-se com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Há também a membrana vítrea que deve ser uma membrana basal muito desenvolvida, deve- se lembrar também do conjuntivo que envolve o folículo e apresenta-se mais espesso, recebendo o nome de bainha conjuntiva do folículo piloso. Há na derme feixes e músculo liso dispostos obliquamente, que se inserem de um lado na bainha conjuntiva do folículo e do outro na camada papilar da derme. A contração desses músculos promove o eriçamento do pelo, recendo o nome de músculo eretor do pelo. A pigmentação deve-se a presença de melanócitos, entre a papila e o epitélio da raiz do pelo. O folículo piloso 12 TIPOS DE TECIDOS São quatro os tipos: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. Tecido epitelial: tecido epitelial caracteriza-se pela pouca quantidade de material intercelular e por apresentar células extremamente unidas (justapostas). Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos, sendo que sua nutrição e oxigenação, assim como a remoção de detritos, são feitas através de capilares do tecido conjuntivo adjacente. foto 7: tecido epitelial Tecido conjuntivo: O tecido conjuntivo é caracterizado por apresentar células bastante diversificadas, tanto em origem como em função, podendo assim ser adiposo, cartilaginoso, ósseo ou sanguíneo. Essas células encontram-se dispersas em uma abundante matriz celular, cuja composição também é variável, sendo dependente do tipo de célula presente no tecido conjuntivo. O tecido adiposo é responsável pela energia, o cartilaginoso e o ósseo são especializados em suporte e o sanguíneo é responsável pelo transporte Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão, composto de grande quantidade de https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.41.25.png 13 matriz extracelular, células e fibras. Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços entre os tecidos, além de nutri-los. Existem tipos especiais de tecido conjuntivo, cada um com função específica. Isso varia, principalmente, de acordo com a composição da matriz e do tipo de células presentes. Foto 8: tipos de tecido A matriz extracelular, que é a substância entre as células, tem consistência variável. Ela pode ser: gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso), líquida (sanguíneo), flexível (cartilaginoso) ou rígida (ósseo). Desse modo, pode ser dividido em tecido conjuntivo propriamente dito e em tecidos conjuntivos de propriedades especiais, a saber: adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Esse tecido, como o nome indica, é o típico tecido de ligação. Ele atua na sustentação e preenchimento dos tecidos e, dessa forma, contribui para que fiquem juntos, estruturando os órgãos. Sua matriz extracelular é abundante, 14 composta de uma parte gelatinosa (polissacarídeo hialurônico) e três tipos de fibras proteicas: colágenas, elásticas e reticulares. Existem dois subtipos de tecido conjuntivo propriamente dito, classificados de acordo com a quantidade de matriz presente, são eles: Tecido Conjuntivo Frouxo É constituído de pouca matriz extracelular, com muitas células e poucas fibras. Isso torna o tecido flexível e pouco resistente às pressões mecânicas. Algumas células são residentes, como os fibroblastos e macrófagos e outras são transitórias, como: linfócitos, neutrófilos, eosinófilos. É encontrado pelo corpo todo, envolvendo órgãos. Além disso serve de passagem a vasos sanguíneos, sendo assim importante na nutrição dos tecidos. Tecido Conjuntivo Denso Possui grande quantidade de matriz extracelular, com predominância das fibras colágenas, dispostas sem grande organização. Há poucas células presentes, entre elas os fibroblastos. É encontrado abaixo do epitélio, na derme, conferindo resistência às pressões mecânicas, graças às suas muitas fibras. Também é muito encontrado nos tendões. Tecido Conjuntivo Adiposo É um tipo de tecido conjuntivo de propriedades especiais. Sua função é de reserva energética e também proteção contra o frio e impactos. É constituído de pouca matriz extracelular, com quantidade considerável de fibras reticulares e muitas células especiais, os adipócitos,que acumulam gordura. Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Cartilagem Elástica 15 É composto por grande quantidade de matriz extracelular, no entanto, ela é mais rígida nesse tecido do que no conjuntivo propriamente dito. Isso ocorre devido à presença de glicosaminoglicanas associadas às proteínas, além de finas fibras colágenas. Nas cartilagens, constituídas desse tecido, estão presentes os condrócitos, células que ficam alojadas dentro de lacunas na matriz. Devido à sua consistência especial, o tecido cartilaginoso faz a sustentação de diversas regiões do corpo, mas com certa flexibilidade. Tecido Conjuntivo Ósseo Tecido Ósseo onde estão presentes células jovens (osteoblastos) e maduras (osteócitos) É um tecido mais rígido, presente nos ossos e responsável pela sustentação e movimentação. É composto de abundante matriz extracelular, rica em fibras colágenas e moléculas especiais (proteoglicanas e glicoproteínas). A matriz é calcificada pela deposição de cristais (formados de fosfato de cálcio) sobre as fibras. A célula especial do tecido, o osteócito, fica no interior de lacunas na matriz rígida. É uma célula madura originada dos osteoblastos, células ósseas jovens. Tecido Conjuntivo Sanguíneo Células sanguíneas. 16 A célula diferente é um eosinófilo, um tipo de leucócito entre hemácias. É um tecido especial cuja matriz se encontra no estado líquido. Essa substância se chama plasma, nele estão as células sanguíneas: glóbulos vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas (fragmentos celulares). O tecido hematopoiético ou hemocitopoiético é responsável pela formação das células sanguíneas e componentes do sangue. Ele está presente na medula óssea, localizada no interior de alguns ossos. Funções Cada tipo de tecido conjuntivo possui tipos específicos de células e sua matriz extracelular contém diferentes moléculas e fibras que determinam sua função. • Preenche espaços entre os diferentes tecidos e estruturas; • Participa na nutrição de células de outros tecidos que não possuem vascularização, uma vez que facilita a difusão dos nutrientes, além de gases, entre o sangue e os tecidos; • Reserva energética nas células adiposas; • Atua na defesa do organismo através das suas células; • Produz células sanguíneas na medula óssea. TECIDO MUSCULAR Este é um tipo de tecido animal que apresenta como característica mais marcante sua capacidade de contração, sendo ele o responsável por garantir, por exemplo, os nossos movimentos e o batimento do coração. Características do tecido muscular O tecido muscular apresenta com células capacidade de contração, sendo também chamadas de fibras musculares. Essas células, ou fibras, são alongadas e apresentam grande quantidade de filamentos de proteínas contráteis, como actina e miosina. Algumas estruturas das células musculares têm denominações específicas. A membrana celular, por exemplo, é denominada sarcolema. O citosol apresenta a denominação de sarcoplasma. Já o retículo endoplasmático liso é denominado retículo sarcoplasmático. 17 O tecido muscular apresenta células alongadas e ricas em proteínas com capacidade de contração. Ele pode ser dividido em três grupos: tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular não estriado e tecido muscular estriado cardíaco. Falaremos um pouco mais sobre cada um desses tipos: Foto: três tipos de tecido muscular existentes. As fibras musculares esqueléticas apresentam alternância de faixas claras e chamada de banda A e é formada por filamentos finos (actina) e grossos (miosina), enquanto a faixa clara recebe a denominação de banda I e é formada somente por filamentos finos. No centro de cada banda I, observa-se a presença de uma linha escura transversal, denominada de linha Z, que delimita o chamado sarcômero. A banda A apresenta uma região mais clara no centro, chamada banda H, que é formada apenas por filamentos grossos. estrutura de um sarcômero. 18 Nesses músculos observa-se a repetição de unidades chamadas de sarcômeros, que são unidades repetitivas das miofibrilas e básicas desse tipo de músculo. Cada sarcômero é constituído pela parte que fica entre duas linhas Z sucessivas: duas metades de banda I e uma banda A, ao centro. A contração desse tipo de tecido é rápida e vigorosa, porém não involuntária. Tecido muscular estriado cardíaco Está localizado no coração e, assim como o anterior, apresenta estriações em suas células. Elas são alongadas e ramificadas, sendo essas ramificações unidas por estruturas denominadas discos intercalares bem como possuem 1 ou 2 núcleos centrais. Tecido muscular não estriado ou liso É formado por células que não apresentam estriações, sendo essa uma característica que permite fácil diferenciação dos outros tipos de tecido. Suas células são longas, com centro mais espesso e extremidades afiladas. Elas apresentam apenas um único núcleo, disposto no centro de cada uma delas. O tecido muscular não estriado apresenta contração involuntária, sua contração é controlada pelo sistema nervoso. Possuem depressões em sua membrana (cavéola), corpus denso. Sua contração é controlada via corpus denso, enquanto o cardíaco e o esquelético é via sarcômero. Tecido nervoso O Sistema Nervoso Central é a parte do sistema nervoso formada pelo encéfalo e pela medula espinhal. O sistema nervoso é fundamental para a percepção do também para o funcionamento do corpo e a realização de atividades, como locomoção, raciocínio e memória. Ele é constituído por neurônios e pelas células da glia, que garantem, entre outras funções, um microambiente adequado para os neurônios. O sistema nervoso pode ser classificado em sistema nervoso central (SNC) e 19 sistema nervoso periférico (SNP). O tecido nervoso possui pouca substância intercelular e é composto principalmente por dois tipos celulares: os neurônios e as células da glia, também chamadas de gliócitos. Os neurônios, também chamados de células nervosas, são os responsáveis pela transmissão do impulso nervoso. Essas células apresentam três partes básicas e distintas: o corpo celular, dendritos e axônio. Funções do Sistema Nervoso Central O sistema nervoso central atua como um centro integrador, processando todas as informações dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as decisões são tomadas e ordens são geradas e enviadas para o órgão efetor. Componentes do Sistema Nervoso Central O sistema nervoso central é formado por duas partes básicas: o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo está contido no interior da caixa craniana, e a medula espinhal está contida no interior da coluna vertebral, no canal vertebral. O encéfalo, apesar do que muitos pensam, não é composto apenas pelo cérebro, sendo este apenas uma porção parte importante do SNC. O encéfalo é constituído basicamente pelo telencéfalo, formado por dois hemisférios cerebrais, o diencéfalo, que se divide em epitálamo, tálamo e hipotálamo, o cerebelo e o tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. A medula espinhal, como dito, está situada no interior do canal vertebral,20 entretanto, não o ocupa totalmente. Essa massa possui forma cilíndrica e apresenta cerca de 45 centímetros em um homem adulto. A medula inicia-se na altura do forame magno do crânio e estende-se até a altura da 1ª ou 2ª vértebra lombar. Em corte transversal, é possível verificar a presença de dois tipos de substâncias no SNC: a branca e a cinzenta. A substância branca recebe essa denominação por causa da presença de mielina nos axônios. Essa substância não apresenta corpos celulares, que estão presentes apenas na substância cinzenta. No encéfalo, observa-se a substância cinzenta mais externamente, e a branca está mais internamente. Já na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se mais internamente em relação à branca. O desenho formado pela substância cinzenta lembra uma borboleta ou um H na medula espinhal. Glândulas sebáceas: Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Nos grandes e pequenos lábios da vagina os ductos abrem-se direto na superfície da pele. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas, pois não apresentam pelos. São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas. Secretam uma substancia oleosa chamada sebo que recobre não só o pelo, mas também a superfície da pele, para a manutenção e sua textura. O sebo é produzido como uma secreção holócrina, onde o produto é liberado junto com os restos celulares. A atividade dessas glândulas é influenciada por hormônios sexuais. Na puberdade ocorre o aumento na produção das células sebáceas e sebo, e seu acúmulo origina a acne. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.38.53.png 21 Glândulas sudoríparas: Merócrina: São aquelas cujo produto de secreção é secretado isoladamente, sem partes da célula. São glândulas do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com lábios e genitália externa, e não estão associadas a folículos pilosos. Na porção glandular estão presentes 3 tipos de células: mioepiteliais, clara e escura. As células escuras são adjacentes ao lúmen e as claras ficam entre as células escuras e as mioepiteliais. O ápice das células escuras apresentam muitos grânulos de secreção contendo glicoproteínas, e o citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático rugoso, mas contêm muitas mitocôndrias. O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as células da porção secretora. Essas glândulas produzem uma solução aquosa pobre em proteínas e rica em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e amônia em quantidade varáveis: o suor. Portanto, funcionam, em parte, como órgãos excretores. Também desempenham um importante papel na regulação da temperatura, pelo resfriamento resultante da evaporação do suor. Apócrina: São aquelas cujo produto de secreção é secretado juntamente com porções do citoplasma apical das células que as constituem. Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região perineal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditiva e glândula de Moll das pálpebras. Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas. Produzem uma secreção que contém proteína e sua composição varia com a localização anatômica, sendo ligeiramente viscosa e sem cheiro, mas que adquire um odor desagradável e característico pela ação de bactérias. 22 Essas glândulas respondem aos hormônios sexuais e desenvolvem-se na puberdade. As glândulas axilares da mulher sofrem alterações cíclicas que acompanham o ciclo menstrual. As glândulas sudoríparas são inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo (merócrinas respondem ao calor e pressão nervosa; apócrinas respondem a estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor). Inervação: A pele contém diversos receptores sensoriais constituídos por terminações periféricas de neurônios sensoriais. Os mais numerosos são as terminações nervosas livres da epiderme, mas também ocorrem na derme. Outras terminações nervosas estão envolvidas por uma cápsula: terminações nervosas encapsuladas (pressão e tato). As principais são: corpúsculo de Vater Pacini (pressão), corpúsculo de Meissner (tato), corpúsculo de Ruffini (calor) e corpúsculo de Krause (frio). Na síntese proteica, a informação contida no DNA é transcrita para o RNAm e, em seguida, traduzida numa sequência de aminoácidos, formando a proteína. A síntese proteica é o processo de formação das proteínas. No final dessas aulas pude concluir a grandeza de se estudar histologia, que embora pareça complicada de se gravar nomes (nada como o tempo), ela se mostra de forma complementar. Entendo hoje que o tecido epitelial depende do conjuntivo, por ele não ter como se nutrir por si só, enquanto os demais possuem veias sanguíneas o epitelial não possui, e por isso está sempre ligado ao conjuntivo. Embora não analisamos em classe o tecido sanguíneo, pude observar em estudos o quanto ele é importante para os demais tecido, ou melhor, todos são um para os outros. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/09/Captura-de-Tela-2020-09-23-%C3%A0s-22.37.04.png 23 Referencias de sites onde busquei mais informações e fotos: Foto 1: https://mol.icb.usp.br/index.php/1-11-conceitos-basicos/ Foto 2: https://pt.slideshare.net/JaquelineMesquita/1-intr-farm20111 Foto 3: https://www.flickr.com/photos/andrea_scauri/2870270365 Foto4:https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/mamona/arvore/CONT000gz v5h6rt02wx7ha07d3364xgbb6z7.html Foto 5: https://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ Foto6:google.com/search?q=pele+grossa+histologia&tbm=isch&ved=2ahUKEwjxi N-Eq7L2AhVCo5UCHZLgA1gQ2- cCegQIABAA&oq=pele+grossa+&gs_lcp=CgNpbWcQARgAMg https://www.google.com/search?q=sintese+proteica+dna+rna&sxsrf=APq- WBsLzamFrUwICvuRA0ohx4qD- rwQAw%3A1647270979246&ei=Q1wvYrHMDsvN1sQPo8uN2A0&ved=0ahUKEhttps://w ww.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/ foto7:https://www.google.com/search?q=tecido+epitelial+caracter%C3%ADsticas&sxsrf= APq foto 8 tipos de tecido: https://www.todamateria.com.br/tecido-conjuntivo/ https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-muscular.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso-central.htm https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/ https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/ https://www.google.com/search?q=tecido+epitelial+caracter%C3%ADsticas&sxsrf=APq https://www.google.com/search?q=tecido+epitelial+caracter%C3%ADsticas&sxsrf=APq https://www.todamateria.com.br/tecido-conjuntivo/ https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-muscular.htm
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