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Livro Digital Desvende a Depressao

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//O DR. MARCO ABUD
Proibida a distribuição deste material.
"Sou médico psiquiatra e consultor do Programa Encontro com 
Fátima Bernardes. Sou especialista em atendimento de pacientes 
dependentes químicos e realizo tratamentos para diversas doenças 
como: depressão, ansiedade, déficit de atenção, transtorno 
alimentar e transtorno bipolar. 
Apresento a neuroestimulação como alternativa no 
tratamento dos meus pacientes. Sou consultor especialista 
do Programa Encontro com Fátima Bernardes.
Acredito no poder que a meditação e os tratamentos naturais 
atuais têm na vida das pessoas e estudo sua importância em 
substituir ou potencializar o uso de medicações. Busco 
compreender as causas das principais doenças que atingem a 
população, independente da idade, e meu objetivo é 
apresentar soluções efetivas para você atingir uma saúde 
completa para sua mente e ter uma vida mais feliz ao lado de 
quem você ama.
Sou formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de 
São Paulo (USP). Realizei Residência Médica em Psiquiatria 
também pela USP, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das 
Clínicas (IPQ-HCFMUSP). Fui assistente da enfermaria de 
dependência química do Instituto de Psiquiatria do Hospital 
das Clínicas e atualmente sou Médico Psiquiatra assistente 
do Hospital Universitário da USP, atuando no atendimento de 
pacientes dependentes químicos da universidade e integrante 
do corpo clínico do Hospital Samaritano de São Paulo e do 
Hospital Israelita Albert Einstein.
ME ACOMPANHE 
NAS REDES SOCIAIS
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Vamos começar com uma pergunta simples, mas que sua 
resposta envolve muitos anos de estudos: o que é a 
depressão? O termo “depressão” ainda gera muita confusão, 
basicamente porque a palavra pode ter dois significados bem 
diferentes dependendo do contexto. Em conversas do dia a 
dia, a maioria das pessoas usam o termo “depressão” 
quando, na verdade, elas querem dizer “tristeza”. Elas podem 
dizer que estão “deprimidas” após uma frustração no 
trabalho, uma mudança do melhor amigo de cidade ou, de 
forma mais intensa, após a perda de alguém importante. Esse 
tipo de “depressão” faz parte da condição humana, é o 
sentimento de “tristeza”, que, além de inevitável, é importante 
para nosso aprendizado e crescimento, em busca das coisas 
mais importantes em nossas vidas. Geralmente, a “tristeza” 
não dura muito tempo e não interfere muito na nossa 
habilidade funcional, ou seja, conseguimos nos manter 
trabalhando e exercendo as atividades da nossa rotina. Já a 
“depressão” clínica carrega um significado muito mais 
profundo, porque indica uma condição médica bem mais 
séria. Você pode sentir-se constantemente sobrecarregado(a) 
e perder o sentimento de prazer, mesmo nas atividades antes 
prazerosas da sua vida. A “depressão” vem com sintomas 
físicos. Você pode não conseguir dormir ou se alimentar, 
sentir um imenso cansaço físico ou experimentar dores 
intensas de cabeça ou pelo corpo todo.
Proibida a distribuição deste material.
Se você já sofreu de depressão ou esteve perto de alguém que 
tem, você sabe que esta doença não melhora apenas com uma 
palavra de incentivo ou com “força de vontade”. 
Uma pessoa nas garras da depressão não consegue sair 
desse quadro somente “indo mais à festas” ou “dedicando-se 
mais ao trabalho”.
Ainda, muitas pessoas lutam silenciosamente contra a 
depressão. De acordo com o relatório da Organização Mundial 
de Saúde (OMS),
No Brasil, 5,8% da população sofre com a doença, o que 
significa mais de 11,5 milhões de pessoas. E o que é mais 
alarmante: estima-se que menos de um terço das pessoas 
deprimidas recebem qualquer tipo de tratamento. Mas existe, 
sim, uma boa notícia! Para aquelas pessoas que buscam 
tratamento e persistem nele,
podendo chegar a índices ainda maiores quando associamos 
esquemas complementares de tratamento.
O NÚMERO DE PESSOAS AFETADAS PELA 
DEPRESSÃO JÁ CHEGA A 322 MILHÕES EM 
TODO O MUNDO.
A CHANCE DE MELHORA COMPLETA DOS 
SINTOMAS É MAIOR QUE 70%,
Proibida a distribuição deste material.
Um tratamento eficaz melhora seu humor, fortalece suas 
conexões com as pessoas importantes de sua vida, permite 
que você volte a se interessar por seus hobbies e consiga 
aproveitar as coisas boas da vida. Resumindo, o objetivo de 
um bom tratamento é que você volte a ser você mesmo(a)!
Nesse e-book você vai aprender como a depressão age no 
cérebro, vai conhecer os diferentes tipos de depressão, como 
é feito o diagnóstico e tratamento e aprender técnicas 
naturais, práticas e fáceis de aplicar no seu dia a dia que 
podem, comprovadamente, melhorar seu humor e auxiliar no 
tratamento e prevenção de quadros de depressão.
Proibida a distribuição deste material.
Existem vários tipos de depressão, sendo o tipo clássico 
chamado de Transtorno Depressivo Maior (TDM). Os 
diferentes tipos de depressão serão melhor explicados 
abaixo. Pode-se dizer que existem 2 características centrais 
de um quadro depressivo:
A perda da capacidade de sentir prazer (chamada, na 
psiquiatria, de “anedonia”) faz com que a pessoa não consiga 
reagir a estímulos ou coisas positivas que ocorrem na sua 
vida. O seu humor pode ser triste, irritável ou simplesmente 
apático. Ao mesmo tempo, pode ocorrer uma grande 
sensibilidade à eventos negativos (gerando sentimentos de 
angústia e desespero) juntamente com sentimentos de baixa 
autoestima, culpa, falta de esperança, “burrice”, solidão, 
ansiedade, tédio e vazio. A diminuição do ânimo e energia 
física surge com sentimentos de fadiga, “preguiça”, 
sonolência, necessidade de muito esforço para fazer 
atividades, diminuição de vontade e iniciativa para realizar 
atividades habituais. Algumas pessoas com depressão 
podem apresentar momentos de agitação, sendo isso mais 
comum em depressões ansiosas ou em depressões bipolares.
Proibida a distribuição deste material.
//O QUE É A DEPRESSÃO?
01 - PERDA DA CAPACIDADE DE SENTIR PRAZER
02 - DIMINUIÇÃO DO ÂNIMO E ENERGIA 
FÍSICA E MENTAL.
A diminuição de energia mental faz com que a depressão 
prejudique muito as funções de memória, atenção e 
velocidade de raciocínio. O pensamento costuma ficar lento, 
com demora para responder perguntas e sensação de 
“brancos” no fluxo de pensamentos. Ideias negativas também 
podem ficar “indo e vindo” na mente durante todo o dia 
(chamadas “ruminações depressivas”) o que atrapalha muito 
a concentração e tomada de decisões. Essas alterações 
fazem com que o desempenho no trabalho seja extremamente 
prejudicado.
Proibida a distribuição deste material.
É importante ressaltar que pode haver uma variação de humor 
ao longo do dia, devido a alterações no ritmo biológico que 
ocorrem nos quadros depressivos. Pode haver uma piora pela 
manhã com melhora após algumas horas ou uma piora no 
final do dia. O sono e o apetite podem estar aumentados ou 
diminuídos. É comum que surjam sintomas dolorosos em 
várias partes do corpo e diminuição do desejo sexual.
Proibida a distribuição deste material.
//COMO ELA AGE 
EM NOSSO CÉREBRO?
Independentemente da causa, quando uma pessoa 
está com uma depressão clínica existem mudanças 
nas estruturas, nas funções e na química de seu 
cérebro.
Várias áreas de nosso cérebro desempenham um 
papel importante para regular nosso humor e estão 
envolvidas na depressão:
01 - Amígdala: A amígdala faz parte de um grupo de 
estruturas do cérebro que está associado a emoções 
primitivas como raiva, prazer, tristeza, medo e excitação 
sexual. Quando temos uma memória emocionalmente 
carregada ou uma lembrança assustadora, a amígdala se 
ativa. A atividade na amígdala também é maior quando a 
pessoa está triste ou deprimida, e isso continua mesmo após 
a recuperação da depressão. Esse aumento na atividade pode, 
na verdade, fazer com que o tamanho da amígdala também 
aumente em casos de depressão.
Proibida a distribuição deste material.
02 - Gânglios da Base: é um grupo de estruturas envolvidasno movimento, na memorização, no raciocínio e no 
processamento de emoções. Alguns estudos apontam que 
existe uma diminuição no tamanho dos Gânglios da Base em 
pessoas com depressão.
03 - Hipocampo: Processa memórias de longo prazo e está 
muito conectado à amígdala. Quando passamos por uma 
situação ameaçadora (por exemplo um assalto em uma rua 
escura), o hipocampo registra a memória de "medo" e pode 
fazer com que você evite ruas escuras no futuro. O 
Hipocampo é menor em pessoas com depressão e pesquisas 
apontam que os hormônios do estresse prejudicam o 
desenvolvimento dos neurônios dessa região.
04 - Ínsula: A ínsula está localizada numa das áreas mais 
profundas do cérebro, na face interna do lobo temporal, e, por 
isso, não pode ser localizada na figura. Ela está envolvida no 
processamento de emoções e em nossa autoconsciência e 
auto-eficácia, ou seja, no sentimento de que somos capazes 
de fazer mudanças para melhorar nossa vida.
Proibida a distribuição deste material.
05 - Córtex Pré-Frontal: Localizado na parte frontal do 
cérebro, acredita-se que essa região desempenhe um papel no 
raciocínio complexo, na tomada de decisões, na expressão da 
personalidade e no comportamento social. Alguns estudos 
encontraram mudanças em sua estrutura e uma diminuição na 
atividade do córtex pré-frontal esquerdo em pessoas com 
depressão.
06 - Tálamo: O tálamo recebe a maior parte das informações 
sensoriais e as transmite para estruturas cerebrais que 
coordenam funções complexas, como fala, reações 
comportamentais, movimento, pensamento e aprendizado. 
Algumas pesquisas sugerem que o transtorno bipolar pode 
envolver problemas no tálamo, prejudicando a conexão das 
informações sensoriais à sentimentos agradáveis e 
desagradáveis.
Proibida a distribuição deste material.
ALÉM DE ALTERAÇÕES NESSAS REGIÕES, A 
DEPRESSÃO ESTÁ LIGADA À ALTERAÇÃO NOS 
NEUROTRANSMISSORES, QUE SÃO AS 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS PELOS 
NEURÔNIOS PARA SE COMUNICAREM. OS 
ANTIDEPRESSIVOS AGEM MODIFICANDO A AÇÃO 
NESSES NEUROTRANSMISSORES.
Acetilcolina: melhora a memória e está envolvida no 
aprendizado. Medicações que bloqueiam a acetilcolina (efeito 
anticolinérgico) podem prejudicar a concentração, memória e 
velocidade de raciocínio.
Dopamina: ajuda a regular o movimento e as respostas 
emocionais. Está relacionada à concentração, prazer e 
motivação. Em muitos quadros depressivos, principalmente 
naqueles com muitos sintomas de falta de energia, motivação 
e prazer, acredita-se que haja uma diminuição da ação da 
dopamina no córtex pré-frontal. Obs: Como faz parte do 
sistema de recompensa do cérebro, pensa-se que a dopamina 
desempenha um papel nos distúrbios do uso de substâncias.
Proibida a distribuição deste material.
//OS PRINCIPAIS 
NEUROTRANSMISSORES 
ENVOLVIDOS NA DEPRESSÃO SÃO:
Glutamato: parece estar envolvido no transtorno bipolar e na 
esquizofrenia. O carbonato de lítio, um conhecido 
estabilizador de humor usado para tratar o transtorno bipolar, 
ajuda a prevenir danos aos neurônios no cérebro de ratos 
expostos a altos níveis de glutamato.
Noradrenalina: ajuda aumentar níveis de motivação, energia 
e ação para a recompensa, além de estar envolvida no circuito 
de dor. A diminuição noradrenérgica está presente em alguns 
tipos de depressão. Níveis altos de noradrenalina podem 
desencadear sintomas ansiosos.
Serotonina: ajuda a regular o sono, o apetite e o humor e 
inibe a dor. Algumas pessoas deprimidas apresentam uma 
diminuição da transmissão de serotonina. Baixos níveis de um 
subproduto da serotonina têm sido associados a um risco 
maior de suicídio.
Proibida a distribuição deste material.
Ácido gama-aminobutírico (GABA): é um aminoácido que 
inibe a comunicação entre os neurônios, ajudando a diminuir 
a ansiedade. Em quadros depressivos com muitos sintomas 
ansiosos pode haver uma diminuição do efeito do GABA em 
áreas centrais do cérebro.
Proibida a distribuição deste material.
OS TIPOS DE DEPRESSÃO 
E SUAS DIFERENÇAS:
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
O Transtorno Depressivo Maior representa o quadro clássico 
de depressão. Ele representa um período de queda de humor 
de pelo menos 2 semanas (apesar de que, na maioria dos 
casos, a duração é bem maior) com alterações na capacidade 
de sentir prazer, na forma de pensamento e em sintomas 
físicos. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 5a edição (DSM-V), um diagnóstico de 
transtorno depressivo maior é feito se uma pessoa 
experimenta pelo menos cinco dos nove sintomas a seguir (e 
pelo menos um deles deve ser o primeiro ou o segundo 
sintoma listado aqui):
01 Humor deprimido a maior parte do dia, quase todos os dias.
02 Perda de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades.
03 Mudança no apetite ou peso (perda de mais de 5% do peso em 1 
mês ou, em crianças, dificuldade em manter o peso esperado para a 
idade).
04 Dificuldade para dormir ou dormir demais quase todos os dias.
05 Movimentos e pensamentos lentificados ou quadro de inquietação 
e agitação quase todos os dias.
Proibida a distribuição deste material.
O teste PHQ-9, traduzido para o português, contempla os 
critérios para diagnósticos do DSM e é utilizado 
mundialmente para auxiliar o diagnóstico de depressão. É 
importante observar que, se você pontuar em qualquer um dos 
itens,vale a pena consultar um médico especialista.
06 Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
07 Pensamentos de inutilidade ou culpa excessiva.
08 Diminuição de concentração ou dificuldade em tomar decisões.
09 Pensamentos recorrentes sobre morte (não somente um medo de 
morrer) ou suicídio.
AGORA VAMOS FALAR 
COMO O(A) SR.(A) TEM 
SE SENTIDO NAS ÚLTIMAS 
DUAS SEMANAS
Proibida a distribuição deste material.
01) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) teve 
pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
02) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) se 
sentiu pra baixo, deprimido(a) ou sem perspectativa?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
03) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) teve 
dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo ou 
dormiu mais que de costume?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
Proibida a distribuição deste material.
04) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) se 
sentiu cansado(a) ou com pouca energia?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
05) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) teve 
falta de apetite ou comeu demais?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
06) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) se 
sentiu mal consigo mesmo(a) ou achou que é um fracasso ou 
que decepcionou sua família ou a você mesmo(a)?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
09) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) se 
feriu de alguma maneira ou que seria melhor estar morto(a)?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
Proibida a distribuição deste material.
07) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) teve 
dificuldade pra se concentrar nas coisas (Como ler jornal ou 
ver televisão)?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
08) Nas últimas duas semanas, quantos dias o(a) Sr.(a) teve 
lentidão para se movimentar ou falar (a ponto das pessoas 
perceberem), ou ao contrário, esteve tão agitado(a) que você 
ficava andando de um lado para outro mais que de costume?
00 Nenhum dia
01 Menos de uma semana
02 Uma semana ou mais
03 Quase todos os dias
Proibida a distribuição deste material.
10) Considerando as últimas duas semanas, os sintomas 
anteriores lhe causaram algum tipo de dificuldade para 
trabalhar ou estudar outomar conta das coisas da casa ou se 
relacionar com as pessoas?
00 Nenhuma dificuldade
01 Pouca dificuldade
02 Muita dificuldade
03 Extrema dificuldade
Score Total Gravidade da depressão
Interpretação do Score Total do PHQ-9
1-4 Depressão Mínima
5-9 Depressão Leve
10-14 Depressão Moderada
15-19 Moderadamente Grave
20-27 Depressão Grave
Proibida a distribuição deste material.
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA)
Até 2013, o transtorno depressivo persistente era conhecido 
como distimia. A condição é caracterizada por um estado de 
sintomas de depressão de baixa intensidade que dura pelo 
menos dois anos em adultos ou um ano em crianças e 
adolescentes. Embora não necessariamente tão 
incapacitante quanto a depressão maior, sua persistência 
pode evitar que você se sinta bem e pode interferir em seu 
trabalho, escola e vida social. Se você pensa em depressão 
como a cor preta, o transtorno depressivo persistente é mais 
parecido com um cinza escuro. 
Ao contrário da depressão maior, na qual episódios 
relativamente curtos podem ser separados por longos 
períodos de estabilidade, o transtorno depressivo persistente 
dura em média cinco anos.
Se você sofre de transtorno depressivo persistente, você se 
sente "para baixo" na maior parte do tempo.
Você pode ser capaz de lidar com a vida cotidiana, mas tem 
muita dificuldade em sentir entusiasmo ou motivação intensa 
para realizar suas atividades.
O humor permanece deprimido por mais de 2 anos e você 
também apresenta pelo menos dois dos seguintes sintomas: 
(obs.: em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, 
com duração mínima de um ano).
Proibida a distribuição deste material.
COMER DEMAIS OU 
PERDA DE APETITE
INSÔNIA OU 
DORMIR DEMAIS
CANSAÇO OU FALTA 
DE ENERGIA
BAIXA 
AUTOESTIMA
DIFICULDADE EM SE 
CONCENTRAR OU 
TOMAR DECISÕES
DESESPERANÇA.
01
03
04
03
05
02
Proibida a distribuição deste material.
O transtorno depressivo persistente geralmente começa na 
infância, na adolescência ou no início da idade adulta e 
aumenta o risco de desenvolvimento de um Transtorno 
Depressivo Maior.
De fato, até 75% das pessoas que são diagnosticadas com 
transtorno depressivo persistente terão um episódio de 
depressão maior dentro de cinco anos.
Apenas cerca de 10% das pessoas com distimia melhoram 
sozinhas ao longo de um ano.
Em alguns casos pode haver uma melhora dos sintomas por, 
no máximo, 2 meses, com uma nova queda após esse período.
MAS A BOA NOTÍCIA É QUE O TRATAMENTO É 
CAPAZ DE ALIVIAR OS SINTOMAS EM CERCA DE 
QUATRO EM CADA CINCO PESSOAS.
A característica fundamental desse quadro é o seu 
desenvolvimento nas 4 primeiras semanas após o parto, 
sendo que, em muitos casos, os sintomas depressivos já 
podiam ser observados durante a gestação.
Cerca de 10% a 15% das mães, sendo mais comum após a 
primeira gestação e, as mulheres que apresentaram um 
quadro de depressão pós-parto possuem um alto risco de 
apresentar novos quadros depressivos (risco de 25% a 50%).
Vale a pena entender a diferença desse quadro do blues 
puerperal. Esse é um quadro passageiro e benigno, com 
sintomas de tristeza 7 a 10 dias após o parto, que melhoram 
de forma espontânea.
A depressão pós-parto pode impedir que a mãe consiga 
realizar os cuidados com o bebê e, nesse caso, deve ser 
introduzido o tratamento medicamentoso.
DEPRESSÃO PUERPERAL 
(PÓS-PARTO)
Proibida a distribuição deste material.
Esse tipo de depressão era chamada de depressão endógena 
no passado, podendo ser também denominada depressão 
"com características somáticas". Ela é caracterizada por:
Perda de interesse ou prazer em todas ou quase todas 
as atividades
Humor depressivo que não reage a estímulos 
prazerosos
Tristeza profunda com prostração, desespero ou 
apatia importante
Piora pela manhã
Insônia terminal (acordar 2 horas mais cedo que o 
habitual)
Sentimentos intensos de culpa
Acentuada perda de apetite e peso
Lentificação ou agitação de pensamentos e 
movimentos
Para se fazer o diagnóstico é necessária a presença de 1 dos 
dois primeiros sintomas e três ou mais dos outros.
Esse quadro é mais comum em pessoas mais velhas e não se 
observa fatores ambientais ou sociais associados ao quadro. 
É associada a quadros depressivos mais graves.
Proibida a distribuição deste material.
DEPRESSÃO MELANCÓLICA
Nesse quadro de depressão, a pessoa apresenta uma 
reatividade de humor, ou seja, o humor melhora em resposta a 
situações positivas. Também, apresenta duas ou mais das 
seguintes características:
Aumento de apetite ou ganho de peso
Aumento de sono ( mais de 10 horas por dia ou mais de 2 
horas que o período habitual)
Falta de energia intensa, com sensação de peso nos braços 
ou pernas ( "paralisia de chumbo")
Muita sensibilidade à rejeição interpessoal, que prejudica as 
relações sociais e profissionais
Esse quadro é mais comum em mulheres e em pessoas com 
depressão bipolar.
Proibida a distribuição deste material.
DEPRESSÃO ATÍPICA
Muitas pessoas ficam tristes em dias frios e nublados, mas 
algumas pessoas desenvolvem quadros depressivos 
importantes com a mudança das estações de ano.
Esses quadros depressivos normalmente se iniciam no 
outono e inverno e melhoram na primavera e no verão e 
correspondem a cerca de 1% a 10 % de todas as depressões, 
sendo mais comuns em tipos de transtorno bipolar.
A causa desse tipo de depressão não está totalmente 
desvendada, mas as pesquisas apontam para alterações no 
relógio biológico, desequilíbrio nos níveis de melatonina e de 
serotonina causadas pela diminuição da exposição à luz do 
sol.
Além dos tratamentos usuais com medicação e terapia, esse 
tipo de depressão pode melhorar com "terapia de luz". Em 
países com invernos rigorosos, existem "caixas de luz" com 
intensidade próxima a da luz do sol (cerca de 10.000 lux) com 
quantidades mínimas de luz ultravioleta. A dose recomendada 
é de cerca de 30 minutos de luz, entrando através de seus 
olhos, logo ao acordar, pela manhã. 
A exposição à luz do sol natural por cerca de 15 minutos 
parece ajudar a prevenir quadros de depressão.
Proibida a distribuição deste material.
DEPRESSÃO SAZONAL
As Depressões costumam ser a apresentação inicial do 
Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Cerca de 20% das pessoas 
com depressão que procuram um atendimento pela primeira 
vez são, na verdade, do espectro bipolar e até metade dos 
pacientes que já são acompanhados em ambulatórios de 
psiquiatria por depressão são bipolares.
Isso é importante porque o uso de antidepressivos sem 
estabilizadores de humor em pessoas com TAB leva a 
depressões mais resistentes e maior risco de suicídio nesse 
tipo de paciente. 
Algumas características são mais comuns em depressões 
bipolares. Depressões atípicas, em pessoas muito jovens 
(abaixo dos 25 anos), resposta ruim a antidepressivos, 
história familiar de TAB em parentes de 1º grau, depressões 
pós-parto são características sugestivas de bipolaridade.
Proibida a distribuição deste material.
DEPRESSÃO BIPOLAR
Para realizarmos o diagnóstico definitivo de depressão 
bipolar devemos ter a presença de sintomas maníacos ou 
hipomaníacos previamente. 
Um quadro de mania é caracterizado por períodos de uma 
semana ou mais de humor muito exaltado, expansivo ou 
irritável com um aumento de energia, além de pelo menos três 
dos seguintes sintomas:
Proibida a distribuição deste material.
01 ideias grandiosas ou autoestima exaltada
02 necessidade de sono muito menor do que o normal
03 Um aumento de fala ou pressão para continuar falando
04 Pensamentos acelerados
05 Aumento de distração
06 Aumento de energia voltada a objetivos ou simplesmente 
uma agitação sem foco definido
07 Busca de atividades prazerosas sem levar em conta 
possíveis consequências negativas.
Às vezes, os episódios maníacos podem ser tão graves que a 
hospitalização é necessária para evitar resultados 
prejudiciais. O transtorno bipolar assume muitas formas
Uma variante comum é chamada de Transtorno Bipolar II. 
Nesse quadro, uma pessoa apresenta episódiosde 
depressão, juntamente com episódios mais leves de humor 
exaltado chamado hipomania. 
A hipomania é menos intensa que a mania. Durante um 
episódio hipomaníaco, você pode se sentir energizado, feliz e 
produtivo. E enquanto você não sente que algo está errado, 
sua família e amigos podem perceber que seu humor está 
acima do normal. Certifique-se de informar o seu médico caso 
você suspeite de que já teve um quadro de hipomania. 
A hipomania pode ser um sinal de que um episódio maníaco 
ou depressivo está chegando.
Proibida a distribuição deste material.
Apesar de a depressão classicamente começar na idade 
adulta, estudos mostram que duas em cada 100 crianças e 
oito em cada 100 adolescentes podem desenvolver um quadro 
depressivo.
 
Quando o transtorno depressivo persistente aparece antes 
dos 21 anos, os episódios depressivos maiores têm maior 
probabilidade de surgir mais tarde na vida.
Embora os sintomas de transtornos depressivos em crianças, 
adolescentes e adultos sejam geralmente semelhantes, há 
algumas diferenças importantes. Crianças deprimidas não 
agem com tanta lentidão quanto adultos deprimidos e 
crianças e adolescentes deprimidos têm mais probabilidade 
de se mostrarem mais irritáveis do que tristes. 
Proibida a distribuição deste material.
DEPRESSÃO EM 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Além disso, crianças pequenas geralmente expressam 
sentimentos de depressão com sintomas físicos vagos, como 
dores de estômago persistentes, dores de cabeça e cansaço. 
Como a depressão em crianças e adolescentes 
frequentemente aparece associada a problemas 
comportamentais, ansiedade ou abuso de substâncias, é 
importante que os pais estejam atentos a sinais que podem 
indicar uma alteração de humor:
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• mau desempenho na escola ou frequentes faltas 
escolares
• tentativas ou ameaças de fugir de casa
• explosões de irritabilidade inexplicáveis, com 
gritos ou choro intensos
• aumento acentuado de hostilidade ou raiva
• abuso de álcool, drogas ou outras substâncias 
perigosas
• isolamento social ou perda de interesse em 
amigos
• hipersensibilidade à rejeição ou à falhas
• comportamento impulsivo
A depressão não é uma parte normal do envelhecimento, 
embora muitos idosos e seus cuidadores pensem que os dois 
andam de mãos dadas. 
Quando a depressão surge, ela deve ser tratada, não importa 
a idade da pessoa. Um estudo de longo prazo descobriu que 
adultos mais velhos que sofreram de depressão crônica com 
duração de pelo menos seis anos tiveram um risco 88% maior 
de desenvolver câncer. 
Outros estudos sugerem que adultos mais velhos que estão 
deprimidos correm maior risco de desenvolver Alzheimer ou 
sofrer um declínio nas capacidades mentais e são mais 
propensos a ter prejuízos de imunidade, o que pode afetar sua 
capacidade de combater infecções ou doenças.
O caminho para a recuperação de um idoso pode encontrar 
diversos obstáculos. Por exemplo, em idosos, a depressão 
pode ocorrer em conjunto com outras doenças que mascaram 
os sintomas depressivos.
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DEPRESSÃO EM IDOSOS
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Profissionais de saúde podem tratar a doença médica e ignorar 
a depressão.
Além disso, porque muitos idosos consideram erroneamente a 
depressão como uma fraqueza, as pessoas dessa idade são 
menos propensas a procurar ajuda. Além disso, sabemos que 
idosos costumam ser mais sensíveis aos efeitos colaterais dos 
antidepressivos, além do cuidado que deve-se ter para evitar 
interações medicamentosas com outros remédios. Por estas 
razões, cerca de 40% das pessoas idosas que tomam 
antidepressivos param ou repetidamente esquecem doses 
devido a efeitos colaterais, problemas de memória ou 
dificuldade para controlar esquemas complicados de 
medicação.
Embora os idosos com depressão grave pareçam responder a 
medicamentos antidepressivos tanto quanto os mais jovens, 
eles às vezes melhoram mais lentamente e recaem mais cedo. 
No entanto, um médico experiente pode ajudá-lo a lidar com 
esse tipo de problema.
QUAIS AS CAUSAS DA DEPRESSÃO?
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Como nós vimos anteriormente, a depressão está associada a 
várias alterações na química e na estrutura de regiões 
cerebrais. Mas uma série de fatores podem influenciar nesse 
funcionamento cerebral e, assim, participarem do 
desenvolvimento de um quadro depressivo. 
Os 4 principais fatores que causam um quadro de depressão 
são:
01 Traumas e eventos de vida estressantes
02 Problemas médicos
03 Genética
04 Personalidade e modelos de "visão de mundo"
Vamos falar de cada um deles:
TRAUMAS E EVENTOS 
DE VIDA ESTRESSANTES
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O estresse é uma parte inevitável da vida. Alguém próximo a 
você morre, você perde seu emprego ou fica seriamente 
doente, ou um relacionamento se desfaz - esses eventos são 
muitas vezes o que desencadeia a depressão e leva a pessoa 
a procurar ajuda. Além disso, algumas pessoas precisam lidar 
com estressores de longa data ou extremos, como a perda 
precoce de um dos pais, a violência ou o abuso sexual. 
Embora nem todos que enfrentam essas tensões desenvolvam 
um transtorno de humor - na verdade, a maioria não -, o 
estresse desempenha um papel importante na depressão.
O estresse desencadeia uma série de reações químicas e 
respostas no corpo. Se o estresse é de curta duração, o corpo 
geralmente retorna ao normal. Mas quando o estresse é 
crônico ou quando nosso sistema de alerta permanece em um 
estado constante de tensão, as mudanças no corpo e no 
cérebro podem ser duradouras.
COMO O ESTRESSE 
AFETA O CORPO
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O estresse pode ser definido como a resposta física 
automática do corpo a um estímulo externo que exige que 
você se ajuste à mudança. Toda ameaça real ou percebida ao 
seu corpo desencadeia uma cascata de hormônios do 
estresse que produz alterações fisiológicas. Todos 
conhecemos as sensações: seu coração bate, músculos ficam 
tensos, a respiração se acelera e gotas de suor aparecem. 
Isso é conhecido como a resposta ao estresse. A resposta ao 
estresse começa com um sinal da parte do cérebro conhecida 
como hipotálamo.
Quando uma ameaça física ou emocional se aproxima, o 
hipotálamo aumenta sua produção de hormônio liberador de 
corticotropina (CRH). Os hormônios são substâncias 
químicas complexas que transmitem mensagens a órgãos ou 
grupos de células por todo o corpo e desencadeiam certas 
respostas. 
Através de uma série de sinais hormonais que envolvem as 
glândulas supra-renais e hipófise, o CRH estimula as 
glândulas supra-renais a liberar cortisol, que prepara seu 
corpo para lutar ou fugir. 
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Seu coração bate mais rápido e sua pressão arterial aumenta. 
Sua respiração acelera quando seu corpo recebe oxigênio extra. 
Sentidos aguçados, como visão e audição, tornam você mais 
alerta.
O CRH também afeta as partes do cérebro que controlam o 
humor. Acredita-se que ele desempenhe um papel importante na 
coordenação de seus pensamentos e comportamentos, reações 
emocionais e respostas involuntárias. Trabalhando ao longo de 
várias vias neurais, ela influencia a concentração de 
neurotransmissores por todo o cérebro. Distúrbios nos sistemas 
hormonais, portanto, podem afetar os neurotransmissores e 
vice-versa.
Normalmente, um loop de feedback permite que o corpo 
desligue as defesas “lutar ou fugir” quando a ameaça passar. 
Em alguns casos, porém, as comportas nunca fecham 
adequadamente, e os níveis de cortisol sobem com muita 
frequência ou simplesmente permanecem elevados. Isso pode 
contribuir para problemas como pressão alta, imunossupressão, 
asma e possivelmente depressão.
As pessoas que estão deprimidas normalmente têm níveis mais 
altos do que o normal de CRH. Os antidepressivos são capazes 
de reduzir esses altos níveis de CRH. À medida que os níveis de 
CRH voltam ao normal, os sintomas depressivos diminuem. Mas 
existem outras maneirasde ajudar a diminuir a resposta ao 
estresse, como vou mostrar adiante. 
Certos eventos podem ter consequências físicas e 
emocionais duradouras. As pessoas que sofrem perda ou 
trauma durante a infância - como negligência, morte de um 
dos pais ou abuso sexual ou físico - têm um risco maior de 
desenvolver depressão do que aquelas que não enfrentaram 
tais dificuldades. As evidências apontam para uma ligação 
clara entre o trauma na infância e o aumento dos níveis de 
hormônios do estresse, bem como mudanças na regulação 
genética e até mesmo na estrutura do cérebro. Estes podem 
explicar o desenvolvimento da depressão.
Não é de surpreender que a solidão e o isolamento social 
também deixem as pessoas mais vulneráveis à depressão. 
Álcool ou abuso de substâncias também são um fator de risco 
importante.
Certos problemas médicos estão ligados a distúrbios de 
humor significativos e duradouros. De fato, doenças ou 
medicamentos podem estar na origem de até 10% a 15% de 
todas as depressões.
Entre os culpados mais conhecidos estão dois desequilíbrios 
hormonais da tireoide. Excesso de hormônio tireoidiano 
(hipertireoidismo) pode desencadear sintomas maníacos. 
TRAUMAS E PERDAS NA INFÂNCIA
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PROBLEMAS MÉDICOS
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Por outro lado, muito pouco hormônio tireoidiano 
(hipotireoidismo) frequentemente leva à exaustão e 
depressão. As deficiências nutricionais, como a falta de 
vitamina B12, também podem causar sintomas depressivos. 
Deficiência de B12 é mais comum em idosos.
A doença cardíaca também tem sido associada à depressão, 
com até metade dos sobreviventes de infarto agudo do 
miocárdio (IAM) relatando sentimentos de tristeza, muitos 
foram diagnosticados com quadro de depressão clínica.
Além disso, uma série de pesquisas apontam que a presença 
de depressão traz uma série de riscos para pessoas com 
doenças cardíacas: está ligada a uma recuperação mais lenta, 
a um maior número de problemas cardíacos futuros e a um 
risco maior de mortalidade.
As seguintes condições médicas também foram associadas a 
um risco maior de transtornos de humor:
• Esclerose múltipla, doença de Parkinson, doença de 
Alzheimer, doença de Huntington e outras doenças 
neurológicas crônicas;
• Acidente vascular cerebral ( AVC)
• Desequilíbrios hormonais causados por problemas nas 
paratireóides ou glândulas supra-renais
• Doenças do sistema imunológico, como o lúpus
• Alguns vírus e infecções, como mononucleose, hepatite e 
HIV 
• Câncer
• Disfunção erétil em homens.
GENÉTICA
Depressão tende a ocorrer mais em membros de uma mesma 
família. Se você tem um parente com a depressão, seu risco 
de depressão é muito maior do que alguém sem esse histórico 
familiar. Estudos sugerem que os genes são responsáveis por 
um terço a dois terços do risco de depressão. Um estudo de 
2016 da JAMA Psychiatry examinou o risco de depressão em 
62 famílias ao longo de três gerações. Eles descobriram que 
filhos com pais deprimidos tinham duas vezes mais chances 
de desenvolver a doença, e aqueles com pai deprimido e avô 
deprimido tinham um risco três vezes maior de depressão. 
Os cientistas identificaram vários genes que parecem estar 
envolvidos na depressão, mas ainda não está clara a relação 
entre a função específica de um gene e a alteração de humor. 
O que parece acontecer é uma interação gene-ambiente, ou 
seja, eventos da vida podem ativar ou não genes relacionados 
ao desenvolvimento da depressão. A seguir seguem 2 dos 
principais genes estudados:
Um gene que afeta a serotonina
Uma das variantes genéticas mais estudadas é o gene 
transportador de serotonina, 5-HTTLPR, que vem em duas 
formas: “curto” (que é menos eficiente no transporte de 
serotonina) e “longa” (que é mais eficiente). Um artigo do 
Archives of General Psychiatry agrupou achados de 54 
estudos e descobriu que, em comparação com pessoas com a 
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versão longa do gene, pessoas com a forma abreviada eram 
muito mais propensas a ficarem deprimidas se vivenciassem 
eventos estressantes da vida. Ainda assim, especialistas 
apontam que pessoas com a versão curta do gene nem 
sempre desenvolvem depressão após o estresse. Este 
exemplo ilustra como um único gene não dita o resultado 
quando se trata de depressão.
Um gene que afeta o folato
Outro gene que atraiu muita atenção é o MTHFR, que afeta a 
capacidade do corpo de produzir L-metilfolato, uma forma 
ativa do ácido fólico. Encontrado naturalmente em vegetais 
verdes e outros alimentos, o folato é importante para a função 
cerebral. Com a ajuda de uma enzima produzida pelo gene 
MTHFR, o corpo converte o folato em L-metilfolato, que é a 
única forma da vitamina que pode atravessar a barreira 
hematoencefálica para o cérebro, onde é usada para produzir 
os neurotransmissores serotonina, dopamina e norepinefrina. 
Até metade dos americanos tem variações genéticas de 
MTHFR que diminuem sua capacidade de fazer a conversão 
para o L-metilfolato, possivelmente elevando o risco de 
depressão. Estes resultados estimularam alguns 
pesquisadores a testarem se a adição de cápsulas de 
L-metilfolato a outros medicamentos antidepressivos pode 
aumentar o efeito na depressão e as pesquisas têm 
demonstrado resultados positivos, mesmo se elas tiverem 
cópias normais do gene MTHFR. No entanto, esse tratamento 
ainda está sendo investigado e somente deve ser realizado 
sob supervisão médica.
Sua personalidade e temperamento moldam o quanto você é 
resiliente frente à dificuldades da vida.
O Temperamento - por exemplo o quanto você é estimulado(a) 
por situações sociais ou não - é determinado por sua herança 
genética e pelas experiências que você teve durante sua vida. 
Algumas pessoas são capazes de fazer melhores escolhas na 
vida, quando conhecem melhor as características de seu 
temperamento e personalidade.
Os psicólogos cognitivos apontam que a visão que temos no 
mundo e, em particular, nossas crenças e suposições sobre 
como o mundo funciona, também influenciam a maneira como 
nos sentimos. Você geralmente desenvolve essas crenças e 
suposições na infância e início da adolescência e aprende a 
recorrer automaticamente quando ocorre perda, 
desapontamento ou rejeição. Por exemplo, você pode se ver 
como indigno de amor, você evita se envolver com as pessoas 
Proibida a distribuição deste material.
PERSONALIDADE E MODELOS 
DE "VISÃO DE MUNDO"
Na maioria das vezes, uma descrição de seus sintomas, 
combinada com um exame clínico de um médico especialista, 
são suficientes para realizar o diagnóstico e iniciar um plano 
de tratamento da depressão.
Às vezes, no entanto, você pode precisar de mais testes para 
confirmar um diagnóstico, extrair informações ou distinguir a 
depressão de outros problemas psicológicos ou 
neurológicos. O seu médico pode, a depender do caso, pedir 
os seguintes exames:
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COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
para não arriscar perder um relacionamento. Ou você pode 
ser tão autocrítico que pode não suportar a menor crítica 
dos outros, prejudicando o progresso da sua carreira.
No entanto, embora o temperamento ou a visão de mundo 
possam ter uma influência na depressão, nenhum deles é 
imutável. Terapia e medicamentos podem mudar esses 
pensamentos e comportamentos que se desenvolveram com 
o tempo.
.Testes psicológicos, durante os quais você 
responde a perguntas ou faz exercícios 
específicos aplicados por psicólogos 
especializados. Esses testes podem dar ao seu 
médico uma melhor percepção de seus 
mecanismos de enfrentamento, seu 
temperamento ou da sua capacidade de 
organização e planejamento de tarefas.
.Exames cerebrais como um eletroencefalograma 
(EEG) ou Ressonância Magnética (RM) de crânio, 
que podem ajudar a identificar ou excluir 
algumas causas raras de depressão. Esses testes 
são indolores.
.Exames para investigar causas biológicas de 
depressão, como exames de sanguepara verificar 
a função da tireóide, dosagem de vitaminas, 
presença de anemia ou exame de urina, para 
investigar a presença de infecções.
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RELAÇÃO ENTRE 
INSÔNIA E DEPRESSÃO
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De uma forma simples e direta pode-se dizer que a Insônia 
Crônica causa depressão e a depressão causa insônia. Vamos 
explorar mais essa afirmação.
Sabe-se que a presença de transtorno de insônia (pelo menos 
3 noites de insônia por semana por, ao menos, 3 meses) é o 
maior fator de risco, potencialmente tratável, para o 
aparecimento do primeiro episódio depressivo ou para a 
recorrência de depressão em adultos e idosos. Pode-se dizer 
que a insônia crônica aumenta 7,5 vezes o risco de 
depressão. Em um estudo que acompanhou pessoas com 2 ou 
mais semanas de insônia nos últimos 6 meses observou que 
50% delas desenvolveram um quadro depressivo no ano 
seguinte.
Por outro lado, um quadro depressivo costuma apresentar 
sintomas de insônia em 85% dos casos, sendo que a insônia 
geralmente surge antes dos sintomas depressivos na maioria 
dos casos e podem ser a queixa principal que leva o paciente 
a procurar atendimento médico.
Assim, o tratamento da insônia é extremamente importante 
para prevenção de quadros depressivos ao mesmo tempo que, 
na depressão, é importante usar estratégias para melhora do 
sono, juntamente com estratégias antidepressivas.
COMO TRATAR A DEPRESSÃO? 
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Medicações
Muitas vezes, os medicamentos são a primeira opção de 
tratamento, principalmente em casos de depressões 
moderadas a graves ou com pensamentos suicidas.
Cerca de 65% a 85% das pessoas recebem algum alívio dos 
antidepressivos, em comparação com 25% a 40% das pessoas 
que tomam um placebo (uma pílula sem ingrediente 
biologicamente ativo). 
Mas a mesma medicação que funciona para um conhecido 
pode não aliviar seus sintomas. Você pode precisar 
experimentar alguns medicamentos diferentes para encontrar 
o que funciona melhor para você com o menor número 
possível de efeitos colaterais. Em alguns casos, um médico 
pode prescrever uma combinação de antidepressivos ou um 
antidepressivo junto com um medicamento para tratar 
ansiedade ou um estabilizador de humor. Muitas vezes, uma 
combinação de medicações pode ser mais eficaz do que 
qualquer uma das opções isoladamente.
Embora, em alguns casos, as pessoas podem, apresentar 
uma melhora de humor após uma ou duas semanas do início 
da medicação, mais frequentemente leva de quatro a oito 
semanas para que os antidepressivos melhorem os sintomas 
da depressão. Esse tempo provavelmente é o necessário para 
que os medicamentos mudem as conexões entre os neurônios 
e os processos cerebrais. Uma vez que você comece a se 
sentir melhor, é importante tomar a medicação pelo tempo 
que for prescrito para obter uma resposta completa e evitar 
uma recaída.
Se um antidepressivo não é eficaz, muitas vezes é devido a 
uma dose inadequada. Se a medicação não parece estar 
funcionando durante a primeira fase do seu tratamento, o seu 
médico pode sugerir o aumento da dose. Frequentemente 
você deve experimentar diferentes antidepressivos ou uma 
combinação de antidepressivos com diferentes mecanismos 
de ação antes de descobrir o que funciona para você. 
Enquanto você estiver usando medicamentos, o médico que 
os prescrever deve monitorar regularmente as dosagens e sua 
resposta. Todos os tratamentos com medicamentos têm 
vantagens e desvantagens, e o médico não pode prever como 
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você reagirá. Para evitar uma recaída, é importante continuar 
tomando a medicação mesmo depois de se sentir melhor. A 
maioria dos psiquiatras recomendará que você fique com sua 
medicação por cerca de um ano após um primeiro episódio de 
depressão. Se você teve vários episódios, seu médico 
provavelmente recomendará o tratamento de manutenção 
indefinidamente.
A seguir, estão listadas as principais classes de 
medicamentos utilizadas no tratamento da depressão, assim 
como os principais mecanismos de ação e efeitos colaterais. 
Contudo, é importante lembrar que o 
USO DE QUALQUER MEDICAÇÃO DEVE 
SER FEITO SOMENTE SOB ORIENTAÇÃO E 
SUPERVISÃO MÉDICA.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO 
DE SEROTONINA (ISRS)
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O sistema de serotonina envolve muitas regiões do cérebro e 
afeta o humor, a excitação, a ansiedade, os impulsos e a 
agressividade. Os ISRS retardam a recaptação da serotonina - 
isto é, retardam a reabsorção pelos neurônios que a libertam. 
Ao bloquear a recaptação, eles permitem que a serotonina 
funcione por mais tempo nos locais receptores. Os ISRS 
também parecem alterar o número e a sensibilidade dos 
receptores e, indiretamente, influenciar outros 
neurotransmissores, incluindo a noradrenalina e a dopamina.
Os ISRS têm várias vantagens sobre os Antidepressivos 
tricíclicos (ADT's) e Inibidores da monoamina oxidase 
(iMAO's) que vieram antes deles. Ao contrário dos ADTs, 
raramente causam boca seca, constipação ou tontura. 
Tampouco são suscetíveis de perturbar os ritmos cardíacos, 
um efeito potencialmente fatal de uma overdose de ADTs. E 
com os ISRS você não precisa se preocupar com restrições 
alimentares, como faria se tomasse inibidores da MAO.
Por outro lado, alguns dos efeitos colaterais dos ISRS podem 
ser bem desconfortáveis. Os mais conhecidos são os efeitos 
colaterais sexuais. Ambos os sexos podem achar que as 
drogas diminuem o desejo ou dificultam atingir o orgasmo. 
Outros efeitos colaterais incluem náusea, insônia, dores de 
cabeça e alterações intestinais.
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Outro problema em potencial é que os ISRSs podem interagir 
com certos anti-histamínicos, anticonvulsivantes, outros 
antidepressivos, estabilizadores de humor e suplementos 
fitoterápicos. Por exemplo, um desses problemas, chamado 
síndrome de serotonina, pode ocorrer se você tomar a erva de 
São João (hypericum) juntamente com ISRSs. Esta condição é 
marcada por um coração acelerado, febre, suor, pressão alta, 
tremores e confusão. Raramente, esse quadro também pode 
ocorrer quando um ISRS é combinado com o lítio.
Embora esses efeitos colaterais possam parecer 
assustadores, lembre-se de que muitas pessoas toleram 
essas medicações sem dificuldade. A principal vantagem dos 
ISRSs e de outros antidepressivos mais recentes não é 
necessariamente que eles causem menos efeitos colaterais 
ou menos desconforto. É que os efeitos colaterais mais 
perigosos tendem a ocorrer com menos frequência.
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Desde o início dos anos 90, uma variedade de 
antidepressivos uniu-se aos ISRSs para substituir os 
primeiros antidepressivos - inibidores da MAO e ADTs - 
como opções de tratamento. 
Muitos desses medicamentos, que não se enquadram 
perfeitamente em uma única classe química, funcionam 
através de mecanismos que diferem daqueles das classes 
mais antigas de antidepressivos. 
Como o nome sugere, os inibidores da recaptação da 
serotonina e da noradrenalina (IRSNs) reduzem a recaptação 
da serotonina e da noradrenalina, aumentando suas 
concentrações nas sinapses (espaços de comunicação 
entre os neurônios).
A mirtazapina também afeta a noradrenalina e a serotonina, 
ANTIDEPRESSIVOS 
MAIS RECENTES
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não bloqueando a recaptação, mas através de um mecanismo 
diferente.
A bupropiona afeta os neurotransmissores noradrenalina e a 
dopamina.
A vortioxetina é um antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT7, 
e 5-HT1D, agonista parcial do receptor 5-HT1B, agonista do 
receptor 5-HT1A e inibidora do transportador de 5-HT, levando 
à modulação da neurotransmissão em diversos sistemas, o 
que inclui os sistemas de serotonina, noradrenalina, 
dopamina, histamina, acetilcolina, GABA e glutamato. Por 
isso, é chamado de antidepressivo com ação multimodal.
Em geral, estudos descobriram que as novasmedicações não 
são nem mais nem menos eficazes do que as mais antigas, 
como ISRSs, ADTs ou IMAOs. Mas, como mencionado 
anteriormente, as pessoas respondem de maneira diferente 
aos diferentes antidepressivos. Algumas pessoas podem ter 
que experimentar vários medicamentos diferentes antes de 
encontrar o medicamento novo ou antigo que funcione melhor 
para eles.
Essa variedade de mecanismos oferece um leque mais amplo 
de opções de tratamento do que as disponíveis há uma 
geração.
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Os ADTs, nomeados por sua estrutura molecular de três anéis, 
têm sido usados desde a década de 1960. Os ADTs, assim 
como os IRSN, aumentam a disponibilidade de noradrenalina 
e serotonina ao retardar sua reabsorção nos neurônios que os 
liberam. Ao mesmo tempo, porém, os ADTs influenciam outro 
neurotransmissor, a acetilcolina, que pode levar à tontura, 
constipação, visão embaçada durante a leitura e dificuldade 
para urinar. Essas drogas também podem causar ganho de 
peso.
Seu efeito colateral mais grave, no entanto, é uma alteração 
perigosa no ritmo cardíaco. Assim, eles não são a primeira 
escolha de antidepressivos para pessoas com doenças 
cardíacas.
Embora os ADTs sejam geralmente seguros para pessoas sem 
problemas do coração, esses medicamentos podem causar 
uma alteração fatal do ritmo cardíaco se houver uma 
"overdose", como pode acontecer em uma tentativa de 
suicídio. Os efeitos colaterais e os riscos potenciais dos 
ADTs os tornaram menos atraentes como tratamento de 
primeira linha.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ADTS)
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Os neurotransmissores noradrenalina e serotonina são 
membros de uma classe de compostos chamada 
monoaminas. Eles são normalmente decompostos no 
organismo pela enzima monoamina oxidase. Os IMAOs 
bloqueiam esta enzima. Assim, através desse mecanismo, os 
IMAOs alcançam um resultado semelhante ao de outros 
antidepressivos, elevando a concentração de norepinefrina e 
serotonina no espaço entre um neurônio e outro.
Os dois IMAOs mais comumente usados são tranilcipromina 
e fenelzina. Essas drogas podem ser especialmente úteis se a 
depressão incluir aspectos considerados atípicos, como 
dormir demais em vez de insônia ou ganho de peso em vez de 
perda de peso. Eles também podem ter efeitos importantes no 
tratamento de ansiedade.
Como acontece com outros antidepressivos, os inibidores da 
MAO têm uma variedade de efeitos colaterais. Eles podem 
causar sedação, insônia e ganho de peso. Os IMAOs também 
podem causar aumento de agitação ou inquietação e tontura.
INIBIDORES DA 
MONOAMINA OXIDASE 
(IMAOS)
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Mas a maior fonte de inconveniência é que as pessoas que 
tomam inibidores da MAO, devem evitar comer uma 
substância chamada tiramina. Sem essa dieta especial, eles 
correm o risco de ter uma elevação extremamente perigosa da 
pressão arterial. A tiramina é uma monoamina encontrada em 
alimentos como queijo envelhecido, vagens de feijão, carnes 
curadas e cerveja de torneira. Existem quantidades 
moderadas em vinho e em cerveja enlatada ou engarrafada. 
Normalmente, a monoamina oxidase quebra a tiramina. Se 
uma IMAO desativa a enzima, no entanto, a tiramina pode 
aumentar para níveis inseguros, o que pode causar um rápido 
aumento na pressão sanguínea.
As diretrizes atuais da Associação Americana de Psiquiatria 
sobre o tratamento da depressão recomendam que os 
inibidores da MAO sejam usados somente por pessoas que 
não respondem a outros tratamentos.
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As pessoas com depressão também podem experimentar 
oscilações de humor, com momentos variáveis de altos e 
baixos, o que pode sugerir a presença de algo que chamamos 
de "espectro bipolar".
Nesses casos, é possível que o médico ache interessante a 
introdução de um estabilizador de humor, como o lítio 
(Carbolitium®), valproato (Depakote®) ou lamotrigina 
(Lamictal®).
Medicações da classe dos antipsicóticos também podem 
desempenhar a função de estabilizadores de humor e serem 
adicionados ao tratamento para melhorar o humor depressivo. 
Exemplos são o aripiprazol (Abilify®), quetiapina (Seroquel®) 
e lurasidona (Latuda®).
ADICIONANDO 
ESTABILIZADORES 
DE HUMOR OU 
OUTRAS DROGAS
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O objetivo da psicoterapia é proporcionar uma melhora dos 
sintomas de depressão, te ajudar a administrar melhor seus 
problemas e viver a vida de forma mais saudável e 
satisfatória. Ao incentivar formas mais construtivas de 
pensar e agir, a psicoterapia pode ajudar a evitar futuras 
crises de depressão. 
Existem várias formas de psicoterapia. A mais estudada no 
tratamento e prevenção da Depressão é a terapia 
cognitivo-comportamental (TCC). O maior e mais completo 
estudo realizado até o momento sobre tratamento de 
depressão, o estudo STAR*D, revelou que a TCC é tão eficaz 
no tratamento da depressão quanto a medicação.
PSICOTERAPIA
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A premissa básica da terapia cognitivo-comportamental 
(TCC) é que seu humor está diretamente relacionado aos seus 
padrões de pensamento. Pensamentos negativos e 
disfuncionais - como por exemplo: "eu sempre estrago", "as 
pessoas não gostam de mim" ou "é tudo culpa minha" - afetam 
seu senso de identidade. Eles também podem influenciar seu 
comportamento (levando-o a evitar atividades sociais, por 
exemplo) e até mesmo seu estado físico (deixando-o cansado 
e exaurindo sua energia). Juntos, pensamentos e 
comportamentos negativos desgastam sua auto-estima, 
deixando-o vulnerável à depressão.
 
No tratamento, o terapeuta irá ajudá-lo a descobrir 
suposições e crenças subjacentes por trás de seus 
pensamentos e treinar, com você, formas de alterá-las, 
mudando sua perspectiva de mundo. 
Outra meta da TCC visa um sintoma comum de depressão: não 
fazer coisas que você costumava gostar. Parte do processo é 
examinar quaisquer atitudes ou escolhas que estejam 
impedindo você de sair e se divertir. Você ensaia novas 
maneiras de lidar com problemas e praticar habilidades 
sociais que podem ajudar a afastá-lo de pensamentos e 
comportamentos que tornam a depressão pior, como se 
isolar.
Proibida a distribuição deste material.
A TCC tende a ter uma duração mais curta que outros tipos de 
terapia. A maioria das pessoas dizem que seus sintomas 
desaparecem em cerca de 12 semanas. Casos mais graves de 
depressão podem levar mais tempo para serem resolvidos. 
Pode ser útil, após três a quatro meses, rever seu progresso e 
metas com seu terapeuta. À medida que você ganha 
confiança usando suas novas habilidades, você pode ir 
diminuindo o número de sessões.
Outra opção é a terapia cognitivo-comportamental online, que 
tem demonstrado eficácia igual à TCC presencial, mas que 
pode ser mais prontamente disponível, conveniente e 
acessível.
Mindfulness (ou atenção plena) tem suas origens nas práticas 
budistas. É a prática de concentrar a atenção no que está 
acontecendo no presente e aceitando as experiências sem 
julgamento. É um "treino de atenção" que muitos médicos e 
terapeutas acreditam ser uma ferramenta terapêutica 
poderosa. 
Aprendendo a focar no aqui e agora, muitas pessoas que 
praticam mindfulness se tornam menos propensas a ficarem 
preocupadas com o futuro ou se arrependerem do passado. 
Elas também são mais capazes de apreciar experiências 
simples da rotina, aumentando a sensação de prazer no dia a 
dia.
MEDITAÇÃO MINDFULNESS
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A atenção plena é frequentemente aprendida através da 
meditação, um método de treinar sua atenção escolhendo um 
foco específico, que pode ser sua própria respiração, uma 
frase, uma imagem, pensamentos ou sentimentos. Pesquisas 
científicas recentes têm demonstrado benefícios de usar 
técnicas de Mindfulness para alívio de estresse, para auxiliar 
no tratamento de doenças cardíacas e de outras condições 
crônicas, como pressão alta, fibromialgia, problemas de sono 
e dificuldadesgastrointestinais. A meditação parece ter 
diversos efeitos que levam a um "fortalecimento" de áreas 
cerebrais. Em um estudo, pesquisadores mediram a atividade 
elétrica cerebral antes, imediatamente após, e quatro meses 
após um curso de dois meses de meditação mindfulness. Eles 
encontraram um aumento persistente da atividade no lado 
esquerdo do córtex pré-frontal, que está associado a 
emoções positivas e motivação. A Mindfulness Based 
Cognitive Therapy (MBCT), combina técnicas de mindfulness 
com terapia cognitiva comportamental. A MBCT tem 
demonstrado ser muito eficiente na prevenção de recaídas de 
quadros de depressão, de acordo com um estudo de 2016 da 
JAMA Psychiatry. Pesquisadores reuniram dados de nove 
estudos separados envolvendo mais de 1.200 pessoas. Todos 
participaram de estudos que compararam o MBCT com pelo 
menos um tipo diferente de terapia. Durante o período de 
acompanhamento de 60 semanas, as pessoas tratadas com 
MBCT foram menos propensas a apresentarem uma recaída 
da depressão em comparação com aquelas que tiveram 
outros tratamentos. E os benefícios foram mais fortes em 
pessoas que tinham quadros depressivos mais graves!
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Sente-se em uma cadeira com as costas retas ou de pernas 
cruzadas no chão. 
Tente concentrar-se em um ponto da sua respiração. Pode ser 
na sensação de fluxo de ar nas narinas e na boca, ou no 
movimento de subida e descida de seu abdome a cada 
inspiração e expiração.
Depois de acompanhar a respiração dessa maneira, tente 
ampliar seu foco. Procure perceber os sons do ambiente, as 
sensações de toque do corpo com o assento e os 
pensamentos que passam pela sua mente.
Tente só observar, evitando julgar o que acontece.
Se a sua mente começar a divagar, apenas observe que isso 
ocorreu, solte seus pensamentos e volte seu foco, novamente, 
para a sua respiração. 
Em seguida, expanda sua sua atenção novamente. 
Faça esse treino por 5 minutos.
EXERCÍCIO DE MINDFULNESS 
PARA COMEÇAR A PRATICAR
"ALIMENTAÇÃO 
ANTIDEPRESSIVA"
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Comidas doces, salgadas e gordurosas são, sem dúvida, uma 
fonte de prazer instantânea, mas uma dieta regular com esse 
tipo de alimentos pode representar um sério problema para 
seu humor. Vários estudos associam uma dieta com açúcar, 
carboidratos simples e gorduras saturadas à depressão. 
Verificou-se que quanto mais fast food (hambúrgueres, 
salsichas e pizza) uma pessoa come, maior o risco de 
depressão. Uma tendência semelhante foi observada entre 
aqueles que comeram produtos assados comprados em lojas, 
como muffins, donuts e croissants.
Por outro lado, uma dieta saudável tem o poder de melhorar 
seu humor. Um artigo de revisão que reuniu dados de 11 
estudos descobriu que dietas ricas em azeite, peixe, frutas e 
vegetais, nozes e legumes (ervilhas e feijões) estavam 
ligadas a um menor risco de depressão.
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Um desses estudos comparou dois padrões alimentares 
identificados em mais de 3.400 homens e mulheres de 
meia-idade. O padrão alimentar “integral” apresentava pilhas 
de vegetais, frutas e peixes, e o padrão “alimentos 
processados” era carregado com sobremesas açucaradas, 
frituras, carne processada, grãos refinados (alimentos feitos 
com farinha branca) e alimentos ricos em gordura e laticínios. 
Após cinco anos de acompanhamento, os participantes 
preencheram um questionário de depressão. Com base nas 
pontuações, os autores do estudo concluíram que um padrão 
alimentar "integral" ajuda a proteger as pessoas da 
depressão, enquanto uma dieta baseada em alimentos 
processados aumenta o risco.
O estudo australiano SMILES demonstrou que uma dieta 
mediterrânea modificada (chamada de ModiMed) levou à 
melhora de quadros depressivos moderados ou graves em 
30% dos participantes do estudo, enquanto que somente 8% 
daqueles que participaram de grupos de aconselhamento 
melhoraram.
É claro que muitas pessoas não vão melhorar somente com 
mudanças na dieta e vão necessitar, sim, de outros tipos de 
tratamento, incluindo medicações e psicoterapia. 
Independentemente disso, dietas com características mais 
integrais e mediterrâneas podem fazer uma diferença 
importante no seu bem estar e ajudar a potencializar outras 
modalidades de terapia.
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SEGUE A DIETA MODIMED, 
UTILIZADA NO ESTUDO SMILES:
DIÁRIO:
Cereais integrais: 5 a 8 porções
Frutas: 3 porções
Vegetais (não legumes): 6 porções
Leite e derivados: 2 a 3 porções
Azeite de oliva: 60ml
Oleaginosas: 1 porção
SEMANAL:
Legumes: 3 a 4 porções
Carne vermelha magra: 3 a 4 porções
Peixe: Pelo menos 2 porções
Aves: 2 a 3 porções
Ovos: até 6 ovos
Extras (doces, pizzas, etc): até 3 porções
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Como vimos anteriormente, a luz do sol tem uma importância 
muito alta no tratamento da depressão sazonal. Mas a 
estimulação da luz solar na nossa retina auxilia no nosso bem 
estar mental geral e pode auxiliar a prevenir quadros 
depressivos.
Nossos antepassados viveram, durante séculos, 
predominantemente ao ar livre, passando o dia expostos à luz 
do sol. E como consequência, nossos olhos ainda estão em 
grande parte adaptados à luz solar, que é cem vezes mais 
potente que a iluminação artificial de ambientes internos. 
E essa diferença é muito importante pois nossos olhos vêm 
equipados com sensores de luz especializados e eles 
disparam apenas quando expostos à luz intensa – do tipo que 
encontramos ao ar livre.
LUZ DO SOL 
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Esses sensores possuem uma conexão direta com o relógio 
biológico dentro do cérebro. Esse relógio biológico fica 
localizado em uma região primitiva chamada núcleo 
supraquiasmático. A luz solar tem a função de "resetar" esse 
relógio biológico. Caso isso não aconteça, começam a causar 
danos na qualidade do sono, regulação de hormônios, no 
nosso humor, nível de energia e no nosso senso de alerta.
O outro lado da moeda é que a exposição solar causa efeitos 
impressionantes e instantâneos ao cérebro, incluindo 
aumento de níveis de certos neurotransmissores - como 
dopamina, noradrenalina e serotonina. Por isso, muitas 
pessoas notam um impulso no humor, no seu estado de alerta 
e na sua claridade mental com apenas breves momentos de 
luz solar. Então, qual é a dose ideal de luz solar? Quando o sol 
nasce, leva apenas quinze minutos para a iluminação interna 
resetar o relógio biológico e manter os ciclos em ritmo 
novamente. Quando o tempo está fechado, pode levar mais 
tempo. De forma geral, uma exposição de 15 a 30 minutos à 
luz do sol (deixando que ela atinja seus olhos, não 
diretamente), é suficiente para a melhora de humor e 
prevenção de depressão.
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Como você trata seu corpo afeta sua mente e seu nível 
de felicidade. Infelizmente, o estilo de vida de muitas 
pessoas inclui um componente naturalmente causador 
de depressão: ser sedentário. 
Os seres humanos são projetados para a atividade 
física, e o exercício físico tem demonstrado melhorar o 
bem-estar e ajudar a prevenir ou reduzir a ansiedade e a 
depressão. 
De fato, as diretrizes da prática da Associação 
Psiquiátrica Americana para a depressão também 
reconhecem a importância do exercício para melhorar a 
capacidade do cérebro de regular o humor.
Como o exercício alivia a depressão?
EXERCÍCIOS FÍSICOS
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Uma explicação possível é que o exercício aumenta a ação 
das endorfinas no corpo. Esses produtos químicos podem 
aumentar a imunidade natural, reduzir a percepção da dor e 
possivelmente melhorar o humor. Além disso, o exercício 
estimula o neurotransmissor noradrenalina, que pode 
melhorar diretamente o humor. Mas, como os cientistas 
aprenderam mais sobre como o exercício afeta o cérebro, 
outra teoria ganhou terreno: que o poder do exercício, assim 
como os antidepressivos, pode estar em parte em sua 
capacidade de gerar novos neurônios.
Muitosestudos descobriram que o exercício regular pode 
melhorar o humor em pessoas com depressão leve a 
moderada - e pode até ter um papel coadjuvante no 
tratamento da depressão grave. Uma revisão da Cochrane 
Collaboration de 30 estudos randomizados e controlados 
concluiu que o exercício diminui os sintomas de depressão.
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Embora não tenha sido estabelecido exatamente quanto 
exercício ou que tipo é necessário, alguns estudos fornecem 
orientação. Por exemplo, um artigo publicado no The Journal 
of Family Practice que analisou os mesmos dados usados na 
revisão Cochrane descobriu que os programas de exercícios 
focados apenas no treinamento de força ou no treinamento de 
força combinada com atividade aeróbica eram mais úteis do 
que programas aeróbicos isolados. Os autores acrescentaram 
que um pequeno estudo descobriu que as pessoas que faziam 
mais exercícios - três a cinco vezes por semana, em vez de 
uma vez por semana - tinham o maior benefício.
Estas recomendações estão de acordo com um estudo 
anterior que descobriu que andar rápido por cerca de 35 
minutos por dia cinco vezes por semana (um total de 175 
minutos de exercício por semana) ou 60 minutos por dia, três 
vezes por semana (180 minutos de exercício por semana) 
melhorou significativamente os sintomas em pessoas com 
depressão ligeira a moderada. Andando rápido por apenas 15 
minutos por dia cinco vezes por semana (75 min de exercícios 
por semana) ou fazer exercícios de alongamento três vezes 
por semana não foi tão útil.
RECOMENDAÇÃO: 150 MINUTOS DE EXERCÍCIO 
MODERADO AERÓBICO OU NÃO AERÓBICO) 
POR SEMANA
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1- ESCREVER SOBRE A SITUAÇÃO DESAGRADÁVEL;
2- ESCREVER SOBRE ALGO NEUTRO;
3- ESCREVER SOBRE CONSEQUÊNCIAS DA 
SITUAÇÃO PELAS QUAIS PODERIAM SER GRATAS;
Em um estudo, pessoas lidando com uma situação emocional 
desagradável foram divididas em 3 grupos de atividades:
TREINO DE GRATIDÃO
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Nos resultados, publicados no The Journal of Positive 
Psychology, aquelas que se concentraram na atividade 3, ou 
seja, em treino de gratidão em sua escrita conseguiram 
superar melhor a situação ruim, tiveram menos memórias 
intrusivas negativas do evento e tinham menos lembranças 
emocionalmente carregadas em relação aos participantes 
dos outros 2 grupos.
Em um estudo histórico sobre intervenções de gratidão 
publicado no The Journal of Personality and Social 
Psychology, pessoas com doenças neuromusculares crônicas 
mantiveram um diário de gratidão e completaram diariamente 
formulários de avaliação sobre suas experiências. Aquelas 
que fizeram esse treino de gratidão experimentaram 
sentimentos mais positivos, mais otimismo, maior sentimento 
de satisfação com a vida e conexão com outras pessoas. E 
essas mudanças também foram percebidas por quem convivia 
com esses participantes. Além disso, essas pessoas se 
beneficiaram, também fisicamente, com um sono de melhor 
qualidade e com mais energia ao acordar pela manhã.
TREINOS DE GRATIDÃO: 
1- Diário de Gratidão: anote, na medida do possível, 5 coisas 
pelas quais você é grato(a) que ocorreram no seu dia. Procure 
anotar coisas relacionadas à trabalho, família/amigos, 
experiências com natureza, momentos de inspiração ou 
prazer e confortos materiais.
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2- Carta de Gratidão: Você pode aumentar seus níveis de 
felicidade e melhorar seu relacionamento com outra pessoa 
escrevendo uma carta expressando sua satisfação e 
agradecendo pelo impacto dessa pessoa em sua vida.
Após escrever essa carta, envie-a, ou melhor ainda, entregue 
e leia pessoalmente se possível. Crie o hábito de enviar ao 
menos uma carta de gratidão por mês.
E, NÃO ESQUEÇA DE 
ESCREVER UMA PARA 
VOCÊ MESMO.
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Em uma reabilitação psiquiátrica dos Veterans Affairs, os 
pacientes realizaram um teste de 240 perguntas para 
descobrir suas forças e virtudes internas (você pode fazer 
esse mesmo teste em www.viacharacter.org)
Os resultados publicados na revista Psychiatric Services 
apontaram que os participantes sentiram orgulho em suas 
descobertas, tiveram um aumento no seu senso de realização, 
e obtiveram uma melhora em seu humor apenas respondendo 
às perguntas.
Mais tarde, muitos desses veteranos utilizaram suas listas de 
forças internas e virtudes como direcionamento para 
iniciarem uma psicoterapia e para elaborarem planos de 
educação e carreira para seu futuro.
DESCOBRINDO SUAS 
VIRTUDES E FORÇAS INTERNAS
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Termos recordações positivas e apreciarmos boas 
lembranças não é apenas prazeroso, mas também ajuda as 
pessoas a ganharem um novo senso de perspectiva para 
superarem dificuldades.
Em um estudo holandês, pacientes idosos com depressão 
usaram essa ferramenta da reminiscência (ou lembrança) 
positiva. Após esse treino, eles não só pensaram mais 
positivamente sobre seu passado, mas também começaram a 
avaliar suas relações sociais presentes e seu futuro de forma 
mais positiva.
APRECIANDO 
MEMÓRIAS POSITIVAS
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A escrita expressiva, uma técnica que envolve escrever sobre 
pensamentos e sentimentos que surgem de uma experiência 
de vida traumática ou estressante, pode ajudar algumas 
pessoas a lidar com as consequências emocionais de 
estresse, trauma e eventos inesperados da vida.
Os estudos de escrita expressiva incluíram vários tipos de 
tempo e frequência: por exemplo, participantes que escreviam 
de 10 a 30 minutos de cada vez, de um a cinco dias, ou 
semanalmente, durante quatro semanas. 
O formato padrão envolve escrever por um período específico 
a cada dia sobre uma experiência particularmente 
estressante ou traumática. Os participantes geralmente 
escrevem sem parar deixando que surjam pensamentos e 
sentimentos mais íntimos em relação ao que ocorreu, sem 
inibi-los (os textos devem permanecer confidenciais por esse 
motivo). Eles também podem usar o exercício para perceber 
se as memórias do evento traumático podem servir como 
gatilho para surgirem memórias de outros eventos 
estressantes.
Até hoje, estudos sobre os efeitos da escrita expressiva na 
saúde mental têm demonstrado que esse treino:
ESCRITA EXPRESSIVA
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• Alivia a depressão entre mulheres vítimas de violência 
doméstica
• Redução do estresse relacionado ao estigma em homens 
gays
• ajuda cuidadores na diminuição do estresse de cuidadores 
 de idosos
• Melhora as notas de pessoas ansiosas que escreveram 
brevemente sobre seus pensamentos e sentimentos antes de 
um exame importante.
Por que escrever ajuda?
O ato de pensar sobre uma experiência parece ser importante. 
Escrever ajuda a organizar seus pensamentos - e o ato de criar 
uma narrativa dá sentido a uma experiência traumática. 
Também pode ser um exercício intelectual que cria alguma 
distância ou perspectiva e permite regular melhor as emoções 
associadas a desafios difíceis. Finalmente, quando você se 
abre em particular sobre um evento que o incomoda, é mais 
provável que você converse com outras pessoas sobre isso - 
sugerindo que a escrita leva indiretamente a buscar apoio 
social que possa ajudar na cura.
 
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O tempo também é importante. Alguns estudos descobriram 
que as pessoas que escrevem sobre um evento traumático 
imediatamente depois dele podem se sentir piores após a 
escrita expressiva, possivelmente porque ainda não estão 
prontas para enfrentá-lo. Como tal, os especialistas 
aconselham os médicos e seus pacientes a aguardarem pelo 
menos um ou dois meses após um evento traumático antes de 
tentar esta técnica.
RECOMENDAÇÃO: ESCREVA LIVREMENTE SOBRE 
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS RELACIONADOS A UM 
EVENTO DIFÍCIL DE SUA VIDA DURANTE 10 
MINUTOS, UMA VEZ POR SEMANA.

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