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Aula. ESTUDOS FUNDAMENTAIS DOS PARÂMETROS PARA A REALIZAÇÃO DE PROJETOS PAISAGÍSTICOS

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AULA 1. ESTUDOS FUNDAMENTAIS DOS PARÂMETROS PARA A 
REALIZAÇÃO DE PROJETOS PAISAGÍSTICOS 
Professora: Júnea L. Nascimento 
CONCEITOS GERAIS 
Paisagismo: 
É a arte de projetar, planejar, fazer a gestão e a preservação de espaços livres, 
sendo eles públicos ou privados, urbanos e não urbanos e tem como objetivo, harmonizar 
a paisagem. 
Paisagem: 
A paisagem é um espaço da superfície terrestre, um conjunto de cenários naturais 
ou artificiais onde o homem é, além de um observador, um transformador desses 
elementos que compõe o local. 
Projeto de Paisagismo: 
É uma representação gráfica (planta/mapa), onde constam de forma detalhada 
todas as informações necessárias de como será executado o trabalho. Tem como 
objetivo gerar um ambiente onde as construções locais e a natureza estejam em plena 
harmonia. 
O projeto paisagístico também tem como objetivo melhorar as condições de 
conforto ambiental, proteger o solo contra a erosão, organizar e estruturar os espaços 
livres projetados. Por interferir e alterar a paisagem local, o projeto de paisagismo pode 
amenizar a ação da natureza e as condições criadas pelo ambiente construído, tais como 
a insolação excessiva, ventos fortes, enchentes, erosão e os ruídos. 
Paisagismo ou jardinagem? 
Geralmente as pessoas acreditam que projeto de paisagismo e jardinagem são a 
mesma coisa, contudo, são coisas distintas. Resumidamente, podemos dizer que o 
paisagismo é a elaboração e planejamento de uma área verde, enquanto a jardinagem é 
uma etapa da execução deste projeto. Ou seja, um projeto paisagístico cria espaços 
funcionais, úteis e tecnicamente viáveis, considerando o projeto arquitetônico, o solo e o 
clima do local e espécies vegetais adequadas. Na jardinagem, o objetivo principal é a 
criação e manutenção de jardins e a distribuição das plantas pelo espaço. 
Área de Preservação Permanente: 
É uma área protegida por lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função 
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a 
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas (Lei n. 12.651/2012 – Novo Código Florestal). São 
consideradas Áreas de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas: 
 I - As faixas marginais de qualquer curso d'água natural (rios, córregos etc.) perene e 
intermitente; 
II - As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais; 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de barramento ou 
represamento de cursos d'água naturais; 
IV - As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes; 
V - As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°; 
VI - As restingas (vegetação predominante de praias); 
VII - Os manguezais; 
VIII - As bordas dos tabuleiros ou chapadas; 
IX - No topo de morros, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros e 
inclinação média maior que 25°; 
X - As áreas em altitude superior a 1.800 metros; 
XI - Em veredas. 
 
ELEMENTOS PAISAGÍSTICOS 
A vegetação, o solo, a morfologia do terreno, a água, os equipamentos de lazer, o 
mobiliário urbano, a circulação, os passeios e a iluminação são elementos que devem ser 
considerados na elaboração do Projeto de Paisagismo. 
Vegetação: 
A vegetação escolhida deve ser visualizada como um conjunto de organismos 
vivos, que se articulam e modificam os espaços livres, por meio das suas características, 
funções e significados. Deve ser escolhida entre as espécies nativas ou as já adaptadas a 
região e que estejam disponíveis comercialmente. 
A escolha da vegetação deve considerar o porte, tempo de crescimento, tipo de 
raiz, época de floração, característica de flores e frutos, dimensão, toxicidade, adaptação 
às qualidades do solo, cuidados necessários e adequação à paisagem da região. 
Privilegiar na escolha da vegetação, mudas de porte moderado, rápido crescimento, 
resistente às pragas e doenças e espécies frutíferas, com o intuito de atrair a fauna local. 
Devem ser evitadas árvores com frutos ou flores danosos à saúde ou que por sua 
dimensão ofereçam perigo aos usuários. 
Solo: 
O solo deve ser considerado como um elemento plástico que poderá ser modelado. 
A alteração da morfologia por meio da construção de volumes poderá modificar os usos e 
distribuir melhor os espaços. Em caso de terreno com inclinações acentuadas ou solo 
pouco agregado, utilizar o sistema de terraceamento, para conter as erosões. Contudo, 
devem-se respeitar as características da topografia existente no local e preservar o solo 
de cobertura, mais rico em matéria orgânica, no caso de haver movimentação de terra. A 
textura e a cor do solo podem ser indicadores da sua qualidade, relacionando-as à sua 
fertilidade e às condições necessárias ao plantio. A análise do solo deve preceder o 
plantio. 
Água: 
 O Projeto de Paisagismo deve aproveitar os corpos d’água existentes nas 
proximidades e, se possível, da captação das águas provenientes da drenagem. Sua 
presença proporciona conforto aos usuários. 
Equipamentos de Esporte e de Lazer: 
 A escolha de equipamentos e brinquedos deve obedecer a normas específicas e 
contemplar todas as faixas etárias. Os equipamentos mais utilizados são: quadra 
poliesportiva, "campinho" de futebol, pista de skate, brinquedos infantis, mesa de jogos 
etc. Para a recreação infantil poderão ser pintados no chão, jogos de amarelinha, caracol 
etc. 
Mobiliário Urbano: 
O mobiliário urbano, da mesma forma que a vegetação, contribui para a 
estruturação e organização do espaço. Comumente utilizam-se bancos, mesas, postes de 
iluminação, protetores de árvores etc. Devem ser resistentes e exigir pouca manutenção. 
Pisos: 
A área pavimentada deve ser a menor possível, deixando o máximo de solo 
permeável, sempre que possível. Os critérios para a escolha dos pisos devem considerar 
a qualidade estética, a durabilidade, a facilidade para manutenção, a permeabilidade às 
águas pluviais. Deve-se privilegiar o uso de elementos drenantes, como gramado, 
pedriscos, pisos articulados etc. 
Iluminação: 
A iluminação tem a finalidade de aumentar a segurança e criar condições para a 
melhor utilização do espaço externo pelo usuário. Deve-se prever iluminação nos 
acessos, nas áreas de circulação, de lazer, de esportes, melhorando a localização dos 
pontos de luz, utilizando luminárias e postes de luz. 
Detalhes construtivos: 
São as escadas, rampas, passeios, pisos, pérgolas, corrimãos, guarda-corpos, 
escadas hidráulicas, canaletas, grelhas etc. Quando houver desnível do solo deverá ser 
construídas rampas, para garantir a acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência 
física. Recomenda-se a construção de escadas em paralelo. Utilizar sempre corrimão e 
guarda-corpo. 
 
AS 5 ETAPAS ESSENCIAIS DO PROJETO PAISAGÍSTICO 
1) Análise das necessidades do cliente: 
 A primeira etapa do projeto consiste em entender quais são as necessidades e os 
desejos do cliente. Uma dica é pedir referências do que ele gosta e ir explicando com esses 
exemplos tudo o que pode ser feito ou não. 
2) Estudo Preliminar: 
Envolve o conhecimento do espaço que será trabalhado, assim como as 
características dos usuários da área. Vários fatores devem ser levados em conta, a 
começar pela quantidade de “massas”. Trata-se da presença de volumes, que podem ser 
naturais, como árvores ou rios, ou edificados, como casas, edifícios, muros etc. Nesse 
momento, deve-se começar a analisar quais desses elementos poderão ser mantidos no 
projeto e quais deverão ser retirados. 
Outro ponto de destaque é a análise das sombras. De acordo com a quantidade de 
“massas” e o tamanho delas, o local pode ser mais ou menos sombreado. Este ponto é 
importante para a definição do melhor tipo de vegetação para o projeto e definir onde serão 
incluídos os móveis, espaços delazer etc. Sendo assim, todo projeto de paisagismo deve ter 
a indicação do norte, para que seja possível ver onde está o sol nascente e o sol poente. Por 
exemplo: caso o local tenha muitas edificações ou muros, é necessário escolher plantas que 
não necessitem de muita luz solar. 
Nessa etapa, também deverá ser analisado a necessidade de incluir equipamentos 
de iluminação, irrigação e possíveis adaptações na estrutura do local. 
3) Anteprojeto: 
No anteprojeto, devem-se reunir todas as informações levantadas no local e começar 
a criação das plantas. Nesse momento deve-se usar toda a criatividade e conhecimento 
para propor as melhores soluções, sempre explorando as possibilidades de cores, formas, 
volumes e composições dos vegetais, e respeitando a vontade do cliente. Além de escolher 
a melhor vegetação, nesse momento também se pode sugerir a inclusão de mobiliário ou 
outros elementos como fontes, pérgolas, redários e cascatas. Tudo deve ser reunido em 
plantas baixas, que podem ser desenhadas a mão ou criadas em softwares de paisagismo, 
como o AutoCad, Revit, SketchUp e Vray. 
Após finalizar o anteprojeto, explicam-se para o cliente quais foram suas ideias, 
escolha de vegetação, materiais e outros pontos importantes. E neste momento, o 
contratante pode sugerir modificações necessárias para que o profissional possa iniciar o 
projeto executivo. 
4) Projeto Executivo: 
 Nessa etapa, deve-se aprofundar o projeto definindo aspectos mais técnicos, como o 
tamanho da cova para cada vegetação, adubação, cuidados com o solo, projetos elétricos, 
irrigação, manutenção, orçamento, tempo de execução, espécies e materiais utilizados 
são alguns exemplos do que deve ser definido no projeto executivo. Ou seja, tudo que é 
necessário para a execução e manutenção da obra. Após a finalização do projeto 
executivo, é hora de começar as intervenções no ambiente. 
5) Memorial Descritivo: 
 Texto contendo todas as informações importantes para implantação e manutenção 
do projeto que não foram apresentados na planta baixa. 
 
TIPOS DE PROJETOS DE PAISAGISMO 
Um projeto de paisagismo pode ser elaborado para diferentes locais, como 
públicos ou privados não ocupado pelas edificações. Nestes espaços trabalham-se as 
https://www.vivadecora.com.br/pro/tecnologia/software-paisagismo/
https://www.vivadecora.com.br/pro/tecnologia/tecnologia-bim/
https://www.vivadecora.com.br/pro/tecnologia/sketchup/
áreas destinadas à circulação, recreação, esportes e lazer dos usuários. Existem vários 
tipos de projetos de paisagismo, que podemos dividir em grupos: 
Paisagismo residencial: 
Consiste em transformar a paisagem residencial interna ou externa fazendo uma 
união harmoniosa entre a natureza e decoração, com o objetivo de transformar o local em 
um ambiente relaxante e confortável. Além disso, uma residência com um projeto de 
paisagismo bem feito é mais valorizada no mercado. 
 Paisagismo em edifícios privados 
O paisagismo em um conjunto de edifícios residenciais ou corporativos deve ser 
projetado de maneira a organizar os espaços livres entre os blocos e criar áreas de lazer 
e relaxamento. Já os edifícios comerciais podem se beneficiar ainda mais de um projeto 
de paisagismo, desde que este crie espaços que tenham o poder de convidar o usuário a 
frequentar o local. 
 Paisagismo em edifícios públicos 
O paisagismo em edifícios públicos não é muito diferente do paisagismo em 
edifícios privados. No entanto, deve atentar-se a utilização de pisos, equipamentos e 
vegetação que não requerem muita manutenção pela administração do local, garantido 
assim, a funcionalidade e beleza do projeto. 
 Paisagismo em espaços públicos 
O paisagismo urbano está presente tanto em casas e prédios, bem como nas ruas, 
praças e parques. Na hora de projetar uma rua deve-se prezar pela segurança, 
principalmente por ser um local de grande circulação de pessoas e veículos. Desta forma 
evitam-se acidentes que podem ser causados por raízes expostas ou flores e frutos 
escorregadios no chão. As praças e parques são locais destinados a atividades de lazer e 
convivência, associados a ambientes seguros e relaxantes, por isso precisam ser bem 
projetadas. O planejamento paisagístico destes locais deve considerar o perfil da 
comunidade, quais as atividades serão realizadas e as potencialidades do local. 
Paisagismo para Áreas de Preservação Permanente 
Tem como diretriz a manutenção e/ou recuperação da vegetação existente nas 
áreas protegidas por lei. Na fase inicial, as APPs devem ser cercadas. Na fase de 
consolidação, essa área poderá ser usada pela população, desde que resguardada a 
integridade da vegetação existente, criando-se, por exemplo, trilhas para caminhadas. 
Recomenda–se que as espécies escolhidas para recuperação, sejam nativas e 
características da região. 
 
CONCLUSÃO 
Como você percebeu, um projeto de paisagismo vai muito além que somente escolher 
plantas e vasos. Ele é um convite à permanência no local e, portanto, deve ser um espaço 
funcional e relaxante. Afinal ele é responsável por proporcionar uma qualidade de vida 
que só o contato com a natureza pode oferecer! 
 
REFERÊNCIAS 
CRUZ, T. Como montar um projeto de paisagismo incrível e encantar o cliente! Out. 
2018. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/pro/paisagismo/como-montar-um-
projeto-de-paisagismo/ Acesso: 05/10/21. 
DORNELES, V.G. Apostila de Projeto de Paisagismo. UFSC 
HERMENEGILDO, P. Projeto de Paisagismo: Descubra o que é e a sua Importância. 
Disponível em: https://agropos.com.br/projeto-de-paisagismo/. Acesso: 05/10/21. 
ORTEGA, I.A.R.; MIGUEL, I.; CARTILLONE, M.R.; DA SILVA, M.J. Manual de 
Paisagismo. Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Set. 2008 
 
https://www.vivadecora.com.br/pro/paisagismo/como-montar-um-projeto-de-paisagismo/
https://www.vivadecora.com.br/pro/paisagismo/como-montar-um-projeto-de-paisagismo/
https://agropos.com.br/projeto-de-paisagismo/

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