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Patologia Médica - Sistema Genital Masculino

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Sistema Genital Masculino 
→ É composto pelo pênis, bolsa escrotal, próstata, 
vesículas seminais, testículos, epidídimo, ducto deferente e 
cordão espermático. 
 
Pênis 
→ É composto anatomicamente pelos corpos cavernosos 
laterais e central, túnica albugínea, pele e prepúcio. 
→ Dentre as alterações congênitas temos a hipospadia, 
epispádia e fimose. 
 ↪ Hipospádia e epispádia são um defeito no 
desenvolvimento embrionário onde a uretra se abre em 
um local anatomicamente diferente, pode estar associada a 
extrofia vesical ou criptorquidia. 
 → Dentre os sintomas estão a obstrução urinaria 
devido ao estreitamento da uretra e distúrbios na 
ejaculação. 
 
 ↪ Fimose ocorre quando o prepúcio impede que 
glande exteriorize. 
 → Gera dificuldade na higiene local, favorece 
infecções como balanopostites e CEC do pênis. 
 
 
 
Inflamações Específicas 
→ Acometem a glande, prepúcio e uretra, dentre elas 
estão: 
 ↪ IST’s: gonorreia, sífilis, cancro mole, 
linfogranuloma venéreo. 
 
Inflamações Inespecíficas 
→ Não são bacterianas, dentre elas estão: 
 ↪ Balanite, que acomete a glande, postite, 
acomete o prepúcio, balanopostites sendo as mais comuns, 
e causadas por estafilo, estrepto e bacilos coliformes, 
aqueles que possuem fimose e prepúcio redundante 
possuem predisposição. 
 
Balanite Xerótica Obliterante 
→ É usada para designar o líquen escleroso e atrófico da 
glande do prepúcio. 
→ Apresenta leucoplasia, que é uma mancha 
esbranquiçada em glande e prepúcio envolvendo o meato 
ureteral podendo evoluir para fibrose e fimose. 
→ Na microscopia vemos uma hiperceratose e atrofia da 
epiderme, associada a edema da derme superficial com 
homogeneização do colágeno e infiltrado mononuclear. 
 
Condiloma Acuminado 
→ É uma lesão pailomatosa benigna, ocorrendo no pênis 
e região perineal em qualquer idade, maior prevalência em 
jovens. 
→ Eles são sesseis, causada pelo HPV 6 e 11, com 
projeções papilíferas ou planas. 
→ Na microscopia vemos a hiperplasia do epitélio, celular 
disceratoticas e atipias coilocitoticas, ou seja, núcleos 
hipercromaticos, irregularidades de contorno nuclear, 
binucleação e halos claros perinucleares. 
 
 
Doença de Bowen 
→ Corresponde ao carcinoma epidermoide in situ quando 
acometido o corpo, afeta pênis e região perineal em 
idosos. 
→ A eritroplasia de Queyrat afeta a glande (mucosa 
balanoprepucial). 
→ Ela é uma lesão isolada, com espessamento branco 
acinzentado podendo conter ulceração. 
→ Na microscopia vemos uma displasia do epitélio em 
toda a sua espessura. 
→ Causada pelo HPV do tipo 16. 
→ Cerca de 10 a 20% dos não tratados evolui para o 
carcinoma epidermoide invasor. 
 
Papulose Bowenoide 
→ Corresponde ao carcinoma epidermoide in situ. 
→ Ocorre em pênis e região perineal (mucosa ou pele), 
preferencialmente em jovens entre 20-30 anos de idade. 
→ Apresentam lesão em pápula, placas ou vegetações, 
multicêntricas. 
→ Na microscopia vemos displasia do epitélio na metade 
inferior de sua espessura e condiloma na porção superior. 
→ É causada pelo vírus HPV 16. 
→ Possui comportamento clínico benigno e tratamento 
conservador. 
 
 
Carcinoma de Células Escamosas 
→ É menos comum em indivíduos brancos e 
circuncisados, acomete a faixa etária entre 60 e 69 anos 
com higiene precária. 
→ O HPV 16 e 18 são responsáveis por essa condição. 
→ Acomete a glande, frênulo, prepúcio, sulco 
balanoprepucial e corpo do pênis. 
→ Ele possui um crescimento lento, com metástases 
causadas por via linfática, linfonodo inguinais, e por via 
hematogênica, sendo essas raras e tardias. 
→ O tratamento é cirurgia, quimio e radioterapia. 
Carcinoma de Células Escamosas 
→ Possui crescimento exofitico, classificada com vegetante 
e endofítico, classificada ulcerada. 
→ O diagnostico geralmente é tardio e se apresenta em 
estágio avançado. 
→ Possui dois tipos histológicos: 
 ↪ Carcinoma epidermoide bem, moderadamente 
ou pouco diferenciado; 
 ↪ Carcinoma verrucoso 
→ O estadiamento é feito baseado: 
 ↪ Tis: carcinoma in situ; 
 ↪ T1a: invade o conjunto subepitelial; 
 ↪ T2a: invade corpos cavernosos ou esponjosos; 
 ↪ T3a: invade uretra; 
 ↪ T4: invade outras estruturas adjacentes. 
 
 
Bolsa Escrotal 
 
Gangrena de Fournier 
→ Ocorre a fasciíte necrosante do tecido subcutâneo e 
muscular esquelético. 
→ Surge na bolsa escrotal podendo acometer períneo, 
apresentando zonas avermelhadas que sofrem necrose 
com sinais de sepse e dor. 
→ Infeção por Estafilo e Estrepto em crianças e 
anaeróbios e gram – em adultos. 
→ Os fatores predisponentes são a DM, alcoolismo, 
imunossupressão, intervenção cirúrgica recente, 
traumatismos e obesidade mórbida. 
→ Possui alta mortalidade e o tratamento é 
antibioticoterapia e debridamento da ferida. 
 
 
 
 
 
 
 
Próstata 
→ Possui lobos laterais, anterior e posterior, com glândulas 
internas (mucosas e submucosas) e externas (prostáticas). 
→ Possui três zonas: 
 ↪ Transição: envolve uretra proximal; 
 ↪ Central: acompanha ductos ejaculadores; 
 ↪ Periférica: envolve uretra distal na região 
posterior da próstata. 
→ Ela possui ácinos e ductos excretores revestidos por 
epitélio glandular cúbico ou cilíndrico alto com células basais 
e epitélio transicional próximo a uretra prostática. Estroma: 
tecido fibroso e muscular liso. 
 
 
 
Atrofia 
→ Pode gerar confusão com o adenocarcinoma em 
biopsia de agulha devido aos ácinos pequenos e distorcidos. 
→ Ela pode ser difusa quando é causada por terapia 
hormonal ou focal quando isquêmica crônica. 
→ Possui ácinos pequenos e distorcidos, pode ser simples, 
hiperplásica ou esclerosante. Ocorre mais em zona de 
transição da próstata dos lobos anterior e posterior. 
 
 
 
Inflamações 
→ Possuem diversas inflamações, dentre elas: 
 ↪ Prostatite aguda bacteriana causada por E. coli, 
Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas. 
 → Apresenta infiltrado inflamatório agudo 
neutrofílico e abscessos. 
 ↪ Prostatite crônica: mesmos agentes citados 
acima; 
 ↪ Prostatites crônicas não infecciosas são mais 
frequentes e ocorre o extravasamento de secreção. 
 → Vemos infiltrado inflamatório crônico 
mononuclear e agudo neutrofílico. 
 ↪ Prostatite tuberculosa: é rara e ocorre após 
comprometimento pulmonar ou disseminação miliar. 
 → Vemos infiltrado inflamatório granulomatoso com 
necrose caseosa (BAAR). 
 ↪ Prostatite crônica granulomatosa secundária ao 
tratamento de câncer. 
 → Vemos infiltrado inflamatório granulomatoso, 
podendo ou não ter necrose na bexiga e próstata. 
 ↪ Prostatite crônica granulomatosa de próstata 
não apresenta necrose. 
 → Vemos infiltrado inflamatório crônico 
mononuclear e agudo neutrofílico. 
 ↪ Prostatite crônica granulomatosa idiopática, sem 
necrose e com aumento de PSA e toque retal endurecido. 
 
Malacoplaquia 
→ É uma doença inflamatória com causas desconhecidas 
do TGU e TGI, acometendo mais TGU de mulheres. 
→ Possui associação com a E. coli e sua clínica depende 
dos órgãos acometidos. 
→ Na microscopia vemos densos agrupamentos de 
macrófagos (células de von Hansemann) acompanhados de 
linfócitos e plasmócitos, com corpúsculos de Michaelis-
Gutmann (estruturas arredondadas em alvo), intra ou 
extracelulares PAS positivas. 
 
Hiperplasia Nodular da Próstata 
→ Ocorre a proliferação não neoplásica do estroma e 
glândulas prostáticas, sendo a mais comum em todo 
mundo. 
→ Pode ser assintomática, quando não, as manifestações 
ocorrem entre 60 e 79 anos. 
→ Ocorre na zona de transição da próstata, lobos laterais 
e médio. 
→ Dentre os fatores hormonais desencadeantes estão a 
redução progressiva da testosterona com estrógeno 
constante, devido a senilidade. 
 
 
 
Hiperplasia Nodular 
→ Ocorre a compressão da uretra prostática gerando 
uma retenção urinaria, predispondo ITU. 
→ O tratamento é clinico, usando inibidores da enzima 5 
alfa redutase que reduzem o tamanho da próstata ou alfa 1 
bloqueadores que geram uma contratilidade da musculaturalisa da uretra prostática. Também pode ser cirúrgico com a 
prostatectomia aberta ou curetagem dos nódulos (RTU). 
→ Vemos na macroscopia Aumento nodular da próstata, 
varia conforme os lobos acometidos e a constituição 
histológica dos nódulos, podendo pesar até 20 vezes o 
normal. 
 
 
Adenocarcinoma Prostático 
→ É uma neoplasia maligna causada pela proliferação de 
ácinos e ductos prostáticos, sendo uma das principais 
causas de morte por câncer. 
 
 
 
 
→ Apenas uma camada celular, sem células basais. 
 
 
 
→ Pode ser classificado como: 
 ↪ Clinico: manifestações locais que levam a 
suspeita, se não tratado pode levar a morte.; 
 ↪ Latente: é o adenocarcinoma apenas 
histológico, podendo não evoluir para adenocarcinoma. 
 ↪ Oculto: descoberto devido a metástases. 
→ A necropsia é feita apenas em paciente com idade 
acima de 40 anos sem distúrbios urológicos. 
→ A maioria dos adenocarcinomas histológicos não 
evoluem para forma clínica (5:1). 
→ É a terceira causa de morte por câncer mais frequente 
em homens, após pulmão e colorretal. A mortalidade é 
maior em negros e pardos. 
→ A etiopatogenia é em grande parte desconhecida, mas 
sabe-se que a idade, raça (maior incidência em brancos e 
amarelos), alterações genômicas e hormonais (aumento do 
andrógeno aumenta volume do câncer) e fatores 
genéticos influenciam. 
→ O tratamento é a orquiectomia, prostatectomia radical, 
radioterapia e tratamentos paliativos com hormônios para 
regressão tumoral. 
 
 
 
→ O paciente com essa condição tem dificuldade para 
iniciar ou terminar o jato de urina, disuria, polaciuria e 
hematúria. 
 ↪ Pode progredir para metástases ósseas com 
manifestação de dor em lombar ou bacia. 
→ O diagnóstico é feito através da biopsia, USG transretal 
complementa o toque e detecta lesões. 
 ↪ Dosagem de PSA livre pelo total menor do que 
0,15 favorece carcinoma. 
→ Pode ser classificado de acordo com o Sistema de 
Gleason com graus 1, 2, 3, 4 e 5. 
 
 
 
→ O estadiamento varia de acordo com a graduação 
histológica: 
 
 
 
 
 
 
→ A disseminação ocorre para uretra, colo vesical, trígono 
vesical e tardiamente para a parede do reto. 
 ↪ Metástases linfáticas são comuns, acometendo 
cadeias obturadoras, hipogástricas, pré-sacros e paraórticos. 
 ↪ Metástases hematogênicas: osteoblásticas em 
70% dos casos, acometendo pelve, vertebras torácicas e 
costelas. Nesses casos a dor e fraturas ósseas são as 
primeiras manifestações. 
 ↪ Metástases a distância: pulmões, fígado, pleura 
e rim. 
 
Lesões Pré-Cancerosas 
→ Neoplasia intraepitelial prostática (NIP): são lesões 
atípicas do epitélio de revestimento prostático em ductos e 
ácinos. 
→ O tratamento é feito pela prostatectomia aberta, radical 
RTU ou biopsia de agulha. 
→ Não apresenta alterações macroscópicas tão visíveis 
com aspecto homogêneo e esbranquiçado ou branco 
amarelado, quanto as microscópicas encontramos células 
atípicas irregularmente dispostas com núcleos volumoso e 
nucléolos evidentes em ductos e ácinos prostáticos. 
 
 
 
 
→ Apresenta nódulo endurecido detectado ao toque retal 
e alteração no PSA. 
 
 
→ A aparência de uma próstata normal:

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