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E-Book 1 Plano de Carreira Individual Simone Negrão NESTE E-BOOK: Introdução ������������������������4 o mercado de trabalho contemporâneo ��������������������5 A transformação e o futuro do emprego ����5 afInal, o que é carreIra? ���������� 10 Conceito de Carreira ��������������������� 10 Finalidade e benefícios do plano de car- reira ������������������������������������� 13 O que é estratégia de carreira? ����������� 14 Amplitude do plano de carreira ����������� 14 Ações para o desenvolvimento da carreira 15 Decisões importantes de carreira ��������� 16 Vantagens competitivas para o profissional 18 estruturas lógIcas do plano de carreIra construído pela organIzação ��������������������� 20 Carreiras lineares tradicionais ������������ 20 Carreiras em rede ������������������������ 21 Estrutura paralela ������������������������ 23 Estrutura em Y ��������������������������� 24 trajetórIas de carreIras ���������� 26 Conceito de trajetória de carreira ��������� 26 Conceito de competência ���������������� 28 Distribuição das competências ����������� 30 2 estruturas não tradIcIonaIs de carreIra ��������������������������� 31 A Carreira em W ������������������������� 31 A Carreira Proteana ���������������������� 32 A Carreira Sem Fronteira ����������������� 33 consIderações fInaIs ������������� 35 síntese �������������������������� 36 3 Introdução Neste módulo de estudo, discutiremos sobre como se encontra o mercado de trabalho con- temporâneo e como esse cenário impacta o emprego e as relações de trabalho. Você estudará, também, o conceito de carreira e os benefícios e as vantagens competitivas de se ter desenvolvido um plano de carreira. Além disso, você poderá aprender qual a ferramenta mais usada para desenvolver uma estratégia de carreira e o como estão estruturadas as carreiras tradicionais e não tradicionais. Por fim, abordaremos o conceito de competências e de trajetória de carreiras, pois andam juntas. Bom estudo! 4 o mercado de trabalho contemporâneo A transformação e o futuro do emprego O mundo todo está passando por transforma- ções gigantes, em sua maior parte, provocadas pelos avanços tecnológicos. Podemos observar no mercado brasileiro um aumento considerável da importação, isso acarreta menor produção interna e redução dos postos de trabalho. Até as pequenas empresas – familiares ou empreen- dedor individual – estão enfrentando a concor- rência de novos entrantes no mesmo segmento, e, muitas vezes, eles têm de concorrer até com empresas multinacionais. Esse cenário, aliado à crise brasileira, resulta em um “encolhimento” dos mercados de bens e serviços, que também estão lutando para sobreviver. Para isso, adotam medidas de redução de seus custos e, conse- quentemente, de seus preços, na tentativa de gerar maior competitividade. Obviamente, os postos de trabalhos ofertados também sofrem grande impacto e a disputa de candidatos a empregos por uma oferta menor do “bolo” se torna muito acirrada. Uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford sobre 700 profissões apontou que quase metade delas estão em perigo de ser extintas 5 por causa das novas tecnologias. Nesse ponto, você pode estar se perguntado se a carreira que escolheu também está na lista de possível extinção. Talvez. Com todas essas mudanças, é necessário pesquisar e compreender o movimen- to e a tendência do mercado de trabalho. Uma coisa é certa: mesmo os empregos considerados com perigo de extinção baixo, também estão passando por transformações, ou seja, estão tendo que se adaptar a um mercado cada vez mais volátil e incerto. Xavier (2006) aponta que essas transformações resultaram em empresas com características diferentes, agrupadas em quatro grupos, con- forme demonstra a tabela 1: Tipo de empresa Características Perfil Profissional Exigido Gigantes multinacionais Nacionais profissionalizadas • Juniorização dos cargos • Mudanças internas intensas • Foco em resultado financeiro • Padrões globais de excelência • Alta competição interna • Alta nível de pressão • Regras rígidas • Foco nos resultados • Competências em nível global (inglês fluente, gestão padrão global, conhecimento TI etc.) • Trabalho e pressão intensos • Alta dedicação à empresa (menor sensibilidade a questões pessoais) • Foco na competitividade • Habilidade política 6 Grandes e médias (familiares ou não) • Foco em produtividade • Busca por nichos privilegiados e diferenciação de mercado • Administração mais humanizada • Prioridade por profissionais que possam inovar • Ambiente político com envolvimento de emoções • Lealdade à empresa • Ritmo menos intenso • Menor foco em resultados • Proximidade com a alta cúpula Pequenas e micros geridas pelo dono • Sobrevivência baseada na criatividade • Carência de recursos • Gestão humanizada • Equipes com alta integração • Menor competição interna • Fomento à criatividade e inovação • Cooperação e lealdade altamente valorizadas • Mais liberdade de atuação Tabela 1: Características das empresas e o perfil profis- sional exigido. Fonte: adaptado de Xavier, 2006. Ao analisar o quadro anterior, é preciso refletir primeiro que tipo de profissional você é e que tipo de empresa gostaria de trabalhar. Essa primeira análise é imprescindível para que saiba em que tipo de empresa gostaria de usar seus talentos, a fim de evitar gastar sua energia, investimento e tempo em um tipo de carreira ou emprego em que não irá se adaptar. Você pode até achar bacana trabalhar em uma multinacional, mas a ideia de seguir normas 7 rígidas e sofrer pressões o tempo todo não lhe é nem um pouco agradável? Nesse caso, acon- selhamos você a refletir melhor sobre o que o motiva em termos de estratégia de carreira: mais liberdade para atuar? Estar à frente de projetos internacionais? Um ritmo menos intenso, em que você possa balancear a vida profissional e pessoal? Os próximos tópicos irão ajudar a refletir sobre essas respostas. Outra questão que você deve ter em mente na hora de optar por uma carreira é a transformação de como o trabalho é visto hoje, pois a tecnologia avança a passos largos e ameaça os empregos tradicionais. De acordo com o artigo da revista Época Negócios Online (2019), uma pesquisa realizada por uma universidade brasileira, que utilizou como base da pesquisa a RAIS (Rela- ção Anual de Informações Sociais) do governo, aponta que 54% dos empregos estão ameaça- dos de serem substituídos por máquinas. Os empregos em risco têm caráter repetitivo e não cognitivo, por exemplo: coletor de lixo, bartender, ascensorista de elevador, recepcionista de hotel, cobrador de ônibus, gerente de almoxarifado etc. O estudo afirma, ainda, que profissões que demandam empatia ou interpretação humana são mais difíceis de serem substituídos, por exemplo: assistente social, cuidadores (babás ou idosos), crítico de arte etc. Considerando esse cenário, é importante que você esteja atento para a tendência que o mercado de 8 trabalho está caminhando e ficar preparado desde já, pois isso afeta não somente a sua decisão por qual carreira investir seu tempo, energia e dinheiro, mas também para estar preparado e se desenvolver no caminho certo para obter êxito na profissão escolhida. Observe se o cargo em que você atua ou pre- tende atuar no futuro está ameaçado de extin- ção como resultado do avanço da tecnologia. Acesse o link e escreva o nome do cargo em inglês: https://willrobotstakemyjob.com. FIQUE ATENTO 9 https://willrobotstakemyjob.com. afInal, o que é carreIra? Conceito de Carreira Diversos autores conceituaram a carreira. Hall (2002, apud DUTRA e VELOSO, 2010) pontuou quatro conceitos distintos: • Carreira como avanço: ideia que está na men- te das pessoas e se trata de uma sequência de promoções na organização e movimentos para cima. • Carreira como profissão: visão de que certas ocupações representam a carreira, outrasnão, relacionado a ocupações que proporcionam sta- tus, as ocupações que não têm esse movimento não são vistas como carreira. • Carreira como a sequência de trabalhos du- rante a vida: relacionada com a história e ex- periências do indivíduo, independentemente de que tipo de trabalho tenha realizado. Desta forma, as pessoas que têm história de trabalho têm carreira. • Carreira como a sequência de experiências relativas a funções ao longo da vida: relativo à forma com que o indivíduo experiencia a sequ- ência de trabalhos que compõem a sua história de trabalho. 10 Figura 1: A carreira é uma experiência individual e par- ticular. Fonte: Unsplash Oliveira (2018) conceitua carreira como estágios planejados e estruturados que concretizam a evolução da pessoa, interagindo com as ne- cessidades da organização e da comunidade. Hall (2002, apud DUTRA e VELOSO, 2010) faz uma síntese sobre essas definições e conceitua como “a sequência individualmente percebida de atitudes e comportamentos associada com experiências relacionadas ao trabalho e ativi- dades durante a vida de uma pessoa”. Assim, a carreira é muito individualizada e particular de cada pessoa e, segundo esse conceito, até uma dona de casa pode ter uma carreira. Con- tudo, todas as carreiras têm certo risco porque o mercado atual é de incerteza e ambiguidade. Além disso, os ciclos das carreiras estão mais curtos, forçando o profissional a ter diversos ciclos ao longo de sua carreira. E esses ciclos 11 https://unsplash.com/photos/wNz7_5EvUWU nem sempre são do mesmo formato, as maneiras de se relacionar com o trabalho, em constante transformação, impulsionadas pelo avanço da tecnologia; as relações com o propósito de vida e relações familiares também interferem dire- tamente na carreira. Por fim, podemos concluir que a carreira, e tudo o que se relaciona a ela, também está em constante transformação. VIDA NA EMPRESA A mão de obra era de baixa qualificação por conta do acelerado crescimento econômico, remuneração com base no tempo de empresa. 1970 1990 2010 1980 2000 2020 SEQUÊNCIA DE CARGOS Estagnação econômica e redução dos postos de trabalho e demissões, hiperinflação, remuneração marcada por gatilhos salariais. NOVAS POSSIBILIDADES E EMPREGABILIDADE Década marcada pela crise e redução de postos de trabalho, abertura de mercados globais, tendência a inserir remuneração variável e os primeiros estudos sobre a implantação de competências. SEM FRONTEIRAS Globalização, responsabilidade social e sustentabilidade se tornam tópicos emergentes. A remuneração tende a ser por competências e a gestão, mais participativa. Consciência de que empregos estáveis tornam-se raros e maior foco na própria empregabilidade do profissional. INOVADORAS Gestão de talentos, preocupação com a aposentadoria, surgimento de profissões inovadoras. FLEXÍVEIS E COM PROPÓSITO Busca por qualidade de vida e propósito, foco no empreendedorismo, inovação ainda em alta, profissionais moldam suas próprias carreiras, foco em flexibilidade (forma de trabalho, locais e horários) e carreiras não tradicionais. Figura 2: Fonte: Adaptado de Casado, T. (2007, 2008) e Veloso (2012) 12 Finalidade e benefícios do plano de carreira Uma vez conceituada a carreira é importante falarmos do plano de carreira. Vamos abordar, agora, para que serve um plano de carreira ou estratégia de carreira, como alguns autores chamam. Oliveira (2013) ressalta as principais finalidades e benefícios: • Dar foco de direcionamento profissional para as pessoas: evitar “atirar para todos os lados” e focar a energia no que realmente interessa. • Facilitar a interligação entre conhecimentos diversos: identificação e uso de conhecimentos necessários relativos à carreira profissional. • Facilitar, se necessário, a alteração do rumo profissional: pode ser que a opção escolhida não tenha sido a melhor e seja necessário um realinhamento. O importante é ter algum plano e evitar, a todo custo, não ter nenhum; esse seria o pior cenário. • Dar maior segurança para as pessoas: colocar no papel facilita receber contribuições constru- tivas de outras pessoas. • Propiciar amplo debate da vida profissional das pessoas: dessa forma, aumentar as chances de ter sucesso profissional, uma vez que mais 13 pessoas podem contribuir com novas ideias e auxilio em seu plano de carreira. O que é estratégia de carreira? Rosa (2011) afirma que somente um ingênuo tem certeza de que todos os seus planos irão dar certo. O que podemos ter é esperança e fé, mas certeza nunca, porque não dominamos muitas variáveis; o que mais se tem na carreira são incertezas e riscos. A estratégia de carreira entra para aumentar as chances e probabilidades de êxito, pois “em qualquer cenário, a estratégia é pensar sobre a situação e decidir o que fazer.” Uma boa ferramenta para se analisar uma es- tratégia é a ferramenta SWOT, cujas iniciais provêm das palavras inglesas Strengths (força), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (opor- tunidades) e Threats (ameaças). Nesse caso, a ferramenta também pode ser aplicada como um SWOT pessoal e iremos estudá-la em tópicos mais adiante. PODCAST 1 Amplitude do plano de carreira De acordo com Oliveira (2013), um plano de carreira pode ter distintos níveis de amplitude, desde os reduzidos até os mais amplos. Se o plano for reduzido, pode ter suas vantagens, 14 https://famonline.instructure.com/files/99771/download?download_frd=1 como maior foco e menor gasto de tempo dedi- cado ao desenvolvimento do plano. Se o plano tiver alta amplitude, ainda assim há vantagens, como a realização de uma análise mais apurada, resultando em maior conjuntos de alternativas. No momento de pensar em seu plano de carreira, considere qual a amplitude mais adequada para a carreira escolhida e para você. Ações para o desenvolvimento da carreira Responsabilidade sobre a carreira profissional Quando falamos em carreira profissional nas organizações, pode vir à mente a ideia de que você se sujeita às carreiras disponibilizadas e desenhadas pelas empresas. Mas esse conceito ficou no passado; hoje, a única pessoa responsá- vel pela sua carreira é você mesmo, porque ela é um patrimônio exclusivamente seu, mesmo que a empresa em que atua o tenha ajudado a dar um pequeno (ou grande) salto em sua carreira. No cenário econômico atual, de competição acirrada, em que as empresas estão lutando para sobreviver, não há como as empresas ga- rantirem a promoção do colaborador, sequer a manutenção do emprego, às vezes. Portanto, o próprio profissional deve assegurar que suas competências estejam desenvolvidas ou, pelo 15 menos, em desenvolvimento. É esperado que ele faça o seu projeto pessoal de desenvolvimento da carreira e tenha disciplina suficiente para seguir o plano traçado. A responsabilidade sobre sua própria carreira é refletida na sua empregabilidade? Certamente. Se você é consciente sobre essa responsabilidade, não espera que a empresa o desenvolva, mas sim, vai em busca de seu próprio desenvolvimento. Se a empresa propor- ciona cursos, treinamentos e oportunidades de crescimento, excelente! Caso não, corra atrás do desenvolvimento de suas competências para estar sempre atualizado para o mercado de trabalho. Quem ganha é você mesmo! Decisões importantes de carreira No momento de escolher uma carreira, muitas coisas podem acontecer, mas o pior delas é esperar que a sorte bata à sua porta com um contrato de emprego servido na bandeja. É co- mum observarmos pessoas enviando currículos para todos os lados ou culpar a crise por não conseguir um emprego, mas não param para pensar de que a busca exige, primeiro, um plane- jamento minucioso. Rosa (2011) salienta que há REFLITA 16 patologias das decisões relacionadas à carreira. Vamos conhecê-las: • Decisões orientadas pela busca do conforto: a pessoa toma decisões para se manter em sua zona de conforto. • Decisões combase na ignorância: referem-se às pessoas que pensam que sabem tudo, não consultam os especialistas e tomam decisões equivocadas, prejudicando elas mesmas. • Decisões dirigidas à proteção do ego: inerente às pessoas que têm uma imagem errônea de si mesma, por vezes, idealizada; e evitam colocar em risco essa imagem. Conheci um profissional que tinha cargo de gerente industrial, ele tinha problemas de relacionamento e era famoso por seu temperamento forte. Quando foi demitido da empresa que atuava, ele buscou recolocação na mesma posição por anos. Já com problemas financeiros por não estar trabalhando há algum tempo, conseguiu ser aprovado em uma posição de coordenador industrial, mas não aceitou por- que a posição em questão não estava “à altura” de sua experiência profissional. • Decisões dirigidas por emoções: geralmente, nenhuma decisão tomada ao calor da emoção (euforia, raiva, desespero etc.) é adequada, ainda mais com relação à carreira, pois pode influen- ciar sua vida por muitos anos, talvez a vida toda. 17 Para acertar na decisão, Rosa (2011) propõe que a pessoa adote um planejamento formal da carreira, fazendo revisões anuais. Além disso, o autor sugere que se consulte especialistas de carreira, envolva outras pessoas na decisão de sua carreira (amigos, familiares, chefe etc.) e teste, experimente uma carreira, se não der certo tenha a humildade de fazer a transição e recomeçar do zero. É permitido errar; o que não é admissível é perma- necer no erro e ser infeliz em sua vida profissional. Tomar a decisão mais acertada para a sua vida pode ser confuso e causar ansiedade, se você não sabe priorizar. Lembre-se das decisões que tomou no passado para guiá- -lo e estabeleça um prazo final para tomar a decisão. As decisões mais importantes, as que têm mais impacto em sua vida, são as que vêm em primeiro lugar. Vantagens competitivas para o profissional Oliveira (2018) afirma que vantagem competitiva “é a razão básica pela qual o mercado com- pra os serviços de determinada pessoa, em de- trimento de outros profissionais”. Sendo assim, FIQUE ATENTO 18 é importante que você conheça essas caracte- rísticas para poder aplicá-las com você e ser um profissional com vantagens competitivas, o que vai te ajudar a sair na frente em relação a outros profissionais. São elas: • Ser real: conhecida pelas pessoas da empresa, recrutadores e pessoas de convívio; • Ser sustentada: você deve possuir um con- junto de pontos fortes que dê sustentação à sua vantagem competitiva. Exemplos: forte iniciativa, flexibilidade etc. • Ser duradoura: possuir uma “personalidade profissional” de forma que se torne conhecido por suas características diferenciadas. Para que você tenha vantagens competitivas, primeiro é necessário realizar uma autoanálise de quais são seus pontos fortes que podem ser ressaltados como vantagem competitiva. Além disso, ter adaptabilidade, persistência e comprometimento com sua carreira também ajudam muito. 19 estruturas lógIcas do plano de carreIra construído pela organIzação Oliveira (2018) define a estrutura lógica das carreiras como a sequência coerente de cargos disponibilizados pelas organizações que resultam na evolução profissional das pessoas. Dessa forma, ocorrem diversas estruturas de carreiras, vamos conhecê-las: Carreiras lineares tradicionais Também chamada de carreira em “linha as- cendente”, por Oliveira (2018), são as carreiras desenhadas apenas em uma única direção: as- cendente (figura 3), usando cargos agrupados por especialidades. Na prática, observamos essa estruturação em cargos ligados às áreas-meio da empresa, como: finanças, recursos humanos, contabilidade etc. 20 Diretor RH Gerente RH Coordenador RH Analista de RH Sr. Analista de RH Pleno Analista de RH Jr. Auxiliar Técnico Figura 3: Carreira linear Fonte: autoria própria Nessa estrutura, não há movimentações laterais, ou seja, o profissional inicia na carreira e tem uma única direção de evoluir dentro das trilhas traçadas para cada carreira. PODCAST 2 Carreiras em rede Este tipo de carreira é caracterizado pelo formato de rede, em que o profissional pode escolher o caminho que melhor corresponder às suas ex- pectativas e anseios. Quando todas as opções são abertas para o profissional, podem gerar confusões e muitas dúvidas, tanto no lado da 21 https://famonline.instructure.com/files/99772/download?download_frd=1 empresa quanto do profissional. Por isso, esse tipo de carreira recebe críticas, pois, além da confusão, para o profissional evoluir na carreira, muitas vezes, há dependência de variáveis que a pessoa não controla, como: disponibilidade das vagas em aberto, requisitos que são exigidos para a função e a pessoa não tem conhecimento, negação de liberação por parte do atual gestor, entre outros. A figura 4 mostra um exemplo resumido de uma carreira em rede. Auxiliar Técnico de organizações e métodos Analista júnior de processos Analista júnior de organização e métodos Analista júnior de sistemas Carreira na área de sistemas Analista de qualidade Analista de procutividade Analista de processos administrativos Gerente de processos industriais Analista de processos industriais Figura 4: Estrutura da Carreira em Rede. Fonte: Olivei- ra, 2018. 22 Como se movimentar tanto vertical quanto lateralmente nessa estrutura de carreira sem um bom networking? Praticamente impossível. Sem um adequado networking, o trabalho do profissional não será visto por outros gestores, nem por ou- tros departamentos. Fazer o seu networking na medida certa, sem exageros, para não ser visto como “interesseiro”, nem distante, para não ser visto como pessoa fria. O ideal é apro- veitar as oportunidades do momento para se aproximar das pessoas certas. Estrutura paralela A carreira em estrutura paralela propicia o de- senvolvimento das pessoas, de acordo com o contexto técnico e administrativo (OLIVEIRA, 2018). Dessa forma, o profissional pode escolher qual caminho profissional percorrer, não tendo como única opção de crescimento um cargo gerencial, como ocorre na carreira linear. Diversas formas de carreira paralela têm sido utilizadas pelas empresas, conforme o grau de amadurecimento das organizações e flexibilidade de suas políticas de gestão de pessoas. Nessa estrutura, os profissionais têm ampliado seus horizontes profissionais, além da possibilidade REFLITA 23 de obterem mais recompensas e status (DUTRA, 2010). A tabela 2 a seguir ilustra a carreira paralela. Diretor de RH 7 <–> 7 Diretor de Marketing Gerente de RH 6 <–> 6 Gerente de Marketing Coordenador de RH 5 <–> 5 Coordenador de Marketing Analista RH Sr. 4 <–> 4 Analista de Marketing Sr. Analista RH Pleno 3 <–> 3 Analista de Marketing Pleno Analista RH Jr. 2 <–> 2 Analista de Marketing Jr. Auxiliar Técnico RH 1 <–> 1 Auxiliar Técnico de Marketing Tabela 2: Estrutura da Carreira Paralela. Fonte: Adap- tado de Oliveira, 2018 Estrutura em Y A carreira em estrutura em Y é uma variação da carreira paralela, pois aqui o profissional tam- bém pode migrar de uma trajetória de carreira para outra, sem, necessariamente, seguir para a posição gerencial. A diferença é que na carreira em Y há uma mesma base formada, geralmen- te, por cargos mais baixos. Contudo, a partir de um determinado ponto, o profissional deve optar por seguir a vertente técnica ou a vertente administrativo-gerencial. Dutra (2010) ressalta que ambas as vertentes devem ser compatíveis, em termos de remuneração e benefícios, assim como um horizonte profissional suficiente para 24 motivar a permanência do profissional na car- reira. Abaixo, a figura 5 apresenta um exemplo de carreira em Y. Vertente Técnica Vertente Adm.Gerencial Pesquisador Coordenador Diretor de Marketing Pesquisador Sênior Desenv. Produto Gerente de Marketing Pesquisador Assist. Desenv. Produto Surpevisor de Marketing Analista de Marketing Sr. Analista deMarketing Pleno Analista de Marketing Jr. Técnico Auxiliar Figura 5: Exemplo de Carreira em Y. Fonte: Autoria própria PODCAST 3 25 https://famonline.instructure.com/files/99773/download?download_frd=1 trajetórIas de carreIras Conceito de trajetória de carreira Na visão de Dutra (2019), as carreiras são com- binações de macroprocessos da organização e a natureza de trajetórias de carreiras, que estão baseadas em três grupos: a) Operacionais, que são carreiras ligadas à atividade-fim da empresa. Exemplos: call-centers, cargos ligados à produção etc. b) Profissionais, que são carreiras ligadas a ativi- dades específicas, como os cargos de finanças, vendas, recursos humanos, entre outros. c) Gerenciais, são as carreiras ligadas às ativi- dades de gestão da organização. Neste grupo englobam todos os cargos que têm responsa- bilidade de gestão de pessoas. Os macroprocessos das diferentes organizações moldam o nível de complexidade das trajetórias de carreira, isto é, se a empresa é pública, privada ou de terceiro setor. Dessa forma, as carreiras podem ter diferentes estruturas (paralelas, em Y, lineares), permanecendo estáveis os grupos mencionados. Pode haver mobilidade entre as diferentes trajetórias, conforme ilustra a figura 6, do grupo administrativo para o gerencial, do técnico para o administrativo, etc. 26 G5 A6 T6 T5 T4 T3 T2 O4 O3 O2 O1 T1 A5 A4 A3 A2 A1 Gerencial TécnicoAdministrativo Operacional G4 G3 G2 G1 Figura 6: Trajetórias de carreira (empresa privada). Fonte: Dutra, 2019 Assim como são definidas as estruturas das tra- jetórias de carreiras, são definidas faixas salariais correspondentes aos níveis de complexidade das trajetórias, que pode ser a mesma faixa para diferentes trajetórias de carreira. Exemplo: um profissional da trajetória administrativa que receba um salário correspondente à faixa A4, pode ter o mesmo salário de outro profissional da trajetória gerencial que ganhe um salário na faixa G1. A figura 7 ilustra melhor as faixas salariais: 27 I II III IV V G1 G2 G3 G4 G5 A6 T6 T5 T4 T3 T2 T1 01 02 03 04 A5 A4 A3 A2 A1 VI VII VIII IX Faixa Salarial Gerencial Técnico OperacionalAdministrativo Figura 7: Faixas salariais das trajetórias de carreira. Fonte: Dutra, 2019 Para gerenciar as trajetórias de carreira é neces- sário que se conheçam as competências exigidas para cada trajetória e cargos que a compõem. Para isso, aprofundaremos um pouco mais os conceitos de competência no próximo tópico. Conceito de competência Diversos autores conceituaram competência, alguns com foco no cargo que o profissional ocupa, outros focaram a entrega que ele faz à organização e é esse conceito que utilizaremos. 28 Fleury e Fleury (2001) conceituam competência como: um saber agir responsável e reconheci- do, que implica em mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habi- lidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. (FLEURY; FLEURY, 2001). Nessa definição, notem que o conceito de com- petência está atrelado à entrega que o profissio- nal faz à organização que atua. Mas, se não for assim, qual a utilidade de se ter um nível alto em uma determinada competência? Nenhuma, pois a competência deve ser aplicada com a finalidade de gerar um resultado esperado. Figura 8: A competência deve estar atrelada à entrega do profissional. Fonte: Pixabay 29 https://pixabay.com/pt/photos/empres%C3%A1ria-neg%C3%B3cios-puzzle-2822601/ Distribuição das competências Além da estrutura das trajetórias de carreira, Dutra (2017) propõe a distribuição das competências da seguinte forma: • Competências comuns a todas as trajetórias: por exemplo, relacionamento interpessoal, co- municação eficaz, atuação em equipe etc. • Competências gerenciais: aquelas relaciona- das ao negócio, como planejamento, gestão de recursos etc. • Competências profissionais: que pode ser dividido em dois pilares: técnico e administrativo. • Competências operacionais: relacionadas à operação do negócio. Para melhor visualização, observe a tabela 3: COMUNS A TODAS AS TRAJETÓRIAS Comunicação eficaz Atuação em equipe Facilidade de adaptação Capacitação GERENCIAL PROFISSIONAIS OPERACIONAIS Orientação à qualidade Interação com sistemas Multifuncionalidade GERENCIAL ADMINISTRATIVO TÉCNICO OPERACIONAL ES PE CÍ FI CA S Orientação ao Negócio e à estratégia Planejamento Gestão de recursos Gestão de recursos e prazos Gestão de recursos e prazos Tabela 3: Competências por trajetória de carreira. Fonte: Dutra, 2107, p.57 30 estruturas não tradIcIonaIs de carreIra A Carreira em W Como estudamos inicialmente, diante das re- centes transformações no mundo econômico que afetam a forma do trabalho, as empresas enfrentam o desafio de serem mais flexíveis, rápidas, inovadoras e produzirem mais com me- nos. Até então, além da carreira linear, a carreira em Y vinha sendo usada de forma satisfatória nas organizações. Contudo, o mundo exige mais flexibilidade e, diante disso, surgiu o conceito de carreira em W, que nada mais é que a possibili- dade do profissional utilizar as duas vertentes ao mesmo tempo: a técnica ou administrativa, juntamente com a gerencial. É a junção de dois YY, sendo que alguns autores defendem que se trata da carreira paralela. O conceito de carreira em W tem sido usado em empresas como Embraco, Hospital Sírio-Libanês e Promon Engenharia, há alguns anos, devido à necessidade de os profissionais que têm base técnica assumirem posições de gestão de pes- soas. Assim, é possível ele não deixar de lado a sua especialidade e ao mesmo tempo assumir outra. É comum observarmos profissionais que estudaram cursos técnicos matriculados em cursos de especialização em áreas humanas 31 ou sociais (liderança, gestão de pessoas etc.). E vice-versa. A Carreira Proteana Idealizada por Hall (2002 apud VELOSO, 2012), a carreira proteana é caracterizada pelas neces- sidades pessoais do indivíduo e pelo sucesso psicológico, ou seja, um sucesso que é impor- tante para a própria pessoa e não segundo pa- râmetros impostos pela sociedade. Essa é uma visão interessante e oportuna, se considerarmos o turbulento mercado de trabalho que estamos vivendo. Veloso (2012) ainda acrescenta as ca- racterísticas da carreira proteana: • Gerenciada pela pessoa e não pela organização; • Pode ser moldada todo o tempo, motivada por necessidades pessoais e por circunstâncias externas; • É o resultado das diversas experiências pes- soais do indivíduo: sua educação, as diversas experiências profissionais, incluindo as mudanças de área de cargo etc.; • As escolhas de carreira e a busca da autorre- alização são parte da vida da pessoa; • O sucesso é interno, chamado de sucesso psicológico, não externo. 32 Neste website você pode obter mais informa- ções acerca da diferença entre uma carreira tradicional e a carreira proteana. Confira: https://www.peopleminin.com/blog/qual-e- -diferenca-entra-carreira-tradicional-e-carreira- -proteana-e-como-isso-se-aplica-ao-nosso- -dia-dia. PODCAST 4 A Carreira Sem Fronteira É um conceito de que a carreira reflete em outras áreas da vida, não somente a esfera profissional, o que inclui, também, a família do indivíduo. No atual contexto de transformações sociais, eco- nômicas e organizacionais, surge a carreira sem fronteira, que tem como premissa não considerar os limites da organização, mas um “mercado de trabalho aberto, nos quais as pessoas transitam entre organizações” (VELOSO, 2012). A carreira sem fronteira não é limitada por or- ganizações, atividades, sequer por países. Essa ideia pode parecer inovadora, mas, na verdade, foi criada por Michael B. Arthur (1994) e, já nessa época, o autor afirmava que, mais importante do que conseguir um emprego, é conseguir um trabalho. Essa premissa nunca esteve tão atual. SAIBA MAIS 33 https://www.peopleminin.com/blog/qual-e-diferenca-entra-carreira-tradicional-e-carreira-proteana-e-como-isso-se-aplica-ao-nosso-dia-dia.https://www.peopleminin.com/blog/qual-e-diferenca-entra-carreira-tradicional-e-carreira-proteana-e-como-isso-se-aplica-ao-nosso-dia-dia. https://www.peopleminin.com/blog/qual-e-diferenca-entra-carreira-tradicional-e-carreira-proteana-e-como-isso-se-aplica-ao-nosso-dia-dia. https://www.peopleminin.com/blog/qual-e-diferenca-entra-carreira-tradicional-e-carreira-proteana-e-como-isso-se-aplica-ao-nosso-dia-dia. https://famonline.instructure.com/files/99774/download?download_frd=1 A ideia de que você mesmo desenvolve suas próprias competências, transita por empresas em que deseja trabalhar, e determina o tempo de permanência nelas, atua em atividades que gosta, entre outras, é bastante libertadora e motivadora. Mas, isso não quer dizer que você não precise desenvolver suas competências ou colocar esforços para fazer sua carreira des- lanchar, muito pelo contrário, é necessária uma grande dose de reflexão e persistência. Uma imagem do que é a carreira sem fronteira poderia ser a de um profissional de TI que é au- tônomo e presta serviços para diversas unidades de empresas multinacionais, eventualmente trabalha em casa, e visita seus clientes para alinhamento dos projetos. Se independência e atuar em projetos desafiadores é o que deseja esse profissional, então ele está no caminho certo. E você, pode considerar que está no ca- minho certo? PODCAST 5 34 https://famonline.instructure.com/files/99775/download?download_frd=1 consIderações fInaIs Neste módulo, você pôde refletir sobre as re- centes transformações que estão ocorrendo no mundo e como isso afeta a sua carreira. Além disso, conheceu diferentes estruturas e cultu- ras organizacionais, o que contribui com a sua reflexão sobre em que tipo de empresa atuar. Você aprendeu, também, os benefícios e vanta- gens de se ter um plano estratégico de carreira estruturado e organizado. Abordamos as estru- turas de carreiras tradicionais, como: a linear, a carreira em rede a carreira de estrutura paralela e a carreira em Y. Você também conheceu estruturas não tradicionais de carreira, como a carreira em W, a carreira proteana e a sem fronteira. Por fim, você ampliou seu conhecimento quando mostramos como as trajetórias de carreira são formadas na organização. 35 Ações para o desenvolvimento da carreira Vamos mergulhar, também, no tema das trajetórias de carreira organizadas nas empresas e como se relacionam com as competências, por meio dos tópicos: Carreiras lineares. Carreiras em rede. Carreiras em estrutura paralela. Finalmente, nestes últimos temas, discutimos as estruturas não tradicionais de carreira, muito condizentes com o mundo contemporâneo. Podemos refletir que, cada vez mais, as empresas estão buscando novas formas de atender aos anseios dos profissionais e, ao mesmo tempo, trazer flexibilidade e rapidez de mudança às estruturas de carreiras. Conceito de trajetória de carreira. Conceito de competência. Distribuição das competências. A carreira em W. A carreira proteana. A carreira sem fronteira. Estruturas lógicas do plano de carreira construído pela organização Trajetórias de Carreiras Estruturas não tradicionais de carreira Aprofundamos a análise, propondo temas que despertam sua reflexão, já guiando a um caminho para a elaboração do seu próprio projeto. Para ajudar o estudante a tomar a melhor decisão de carreira, detalhamos as principais estruturas de carreira existentes, com foco nas carreiras tradicionais desenhadas pelas organizações. Reponsabilidade sobre a carreira profissional. Conceito de carreira. Afinal, o que é carreira? A transformação e o futuro do emprego Iniciando a trilha do projeto pessoal O mercado de trabalho contemporâneo Prosseguimos nosso estudo conceituando a carreira e os benefícios e vantagens de se realizar um plano de carreira. Finalidade e benefícios do plano de carreira. O que é estratégia de carreira. Amplitude do plano de carreira. Decisões importantes de carreira. Vantagens competitivas para o profissional. Carreiras em Y síntese referêncIas ARTHUR, Michael B. The boundaryless career: A new perspective for organizational inquiry. Journal of organizational behavior, v. 15, n. 4, pp. 295-306, 1994. BARROS, Isabela. Inteligente e Sem Fronteiras. Me- thodus Aprimorando Talentos. Disponível em: https:// www.methodus.com.br/artigo/66/inteligente-e-sem- -fronteiras.html. Acesso em: 02 jul. 2019. CASADO, Tania. Comportamento Organizacional: fundamentos para a gestão de pessoas. In: SANTOS, R.C. 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Amplitude do plano de carreira Ações para o desenvolvimento da carreira Decisões importantes de carreira Vantagens competitivas para o profissional Estruturas lógicas do plano de carreira construído pela organização Carreiras lineares tradicionais Carreiras em rede Estrutura paralela Estrutura em Y Trajetórias de carreiras Conceito de trajetória de carreira Conceito de competência Distribuição das competências Estruturas não tradicionais de carreira A Carreira em W A Carreira Proteana A Carreira Sem Fronteira Considerações finais Síntese bt_fwd 4: