Prévia do material em texto
TEORIA DAS ESTRUTURAS II Prof.: Danielle Malvaris Rev. 2022-1 AULA 1 Itens que serão abordados na disciplina: ✓ Determinação do grau de hiperestaticidade; ✓ Métodos e Processos: • Método das Forças • Método dos Deslocamentos • Processo de Cross ✓ Modelagem e Análise de Problemas com Software Educacional 2 INTRODUÇÃO BIBLIOGRAFIA BÁSICA ▪ ANDRE, Joao Cyro, BUCALEM, Miguel Luiz, MAZZILI, Carlos Eduardo Nigro. Lições em Mecânica das Estruturas. 1. ed., OFICINA DE TEXTOS, 2011. ▪ MARTHA, Luiz Fernando. Conceitos e Métodos Básicos de Análise de Estruturas. Ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2010. ▪ SORIANO, Humberto Lima; LIMA, Silvio de Souza. Análise de estruturas: método das forças e método dos deslocamentos. 2. ed. atual. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ▪ CAMPANARI, F. A. Teoria das estruturas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985. ▪ FILGUEIRAS, M. V. M. Problemas de teoria das estruturas. Rio de janeiro: UGF, 1992. ▪ SOUZA, J. C. A. O. Introdução a análise matricial de estruturas. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos, 1994. ▪ SUSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. Porto Alegre: Globo, 1994, v.1, v.2 e v.3. ▪ SOUZA, J.C.A.O., ANTUNES, H.M.C.C. Processos gerais da hiperestática clássica. São Carlos, EESC-USP, 1990. 3 AULA 1 INTRODUÇÃO • MÉTODOS BÁSICOS DE ANÁLISE ESTRUTURAL Estruturas Isostáticas são aquelas que apresentam o número exato de reações necessárias para impedir o movimento desta estrutura. Ou seja, a estrutura ficará estática e conseguiremos determinar exatamente o valor destas reações somente utilizando as equações de equilíbrio (forças e momentos). Caso você inclua mais reações (redundâncias) essa viga continuará estável, mas se tornará hiperestática. Para resolver precisaremos de mais equações do que as de equilíbrio. 4 AULA 1 INTRODUÇÃO 5 Classificação dos Vínculos Os vínculos são classificados em função do movimento que impedem. Os mais utilizados são os três seguintes: • Vínculo do 1º gênero → Impede um movimento no plano; • Vínculo do 2º gênero → Impede dois movimentos no plano; • Vínculo do 3º gênero → Impede dois movimentos no plano e uma rotação – também chamado de engaste. 3º 2º 1º AULA 1 INTRODUÇÃO ❖ DEFINIÇÃO DE VÍNCULO: ✓ Elementos que impedem o deslocamento (translação e rotação) de pontos da estrutura. ✓ Os Graus de liberdade de movimento são 3: 2 deslocamentos e 1 rotação. ❖ TIPOS DE VÍNCULO: ✓Apoio de primeiro gênero ou apoio simples: ✓Apoio de segundo gênero ou rótula: ✓Apoio de terceiro gênero ou engaste: 1 REAÇÃO 2 REAÇÕES 3 REAÇÕES 6 AULA 1 INTRODUÇÃO 7 Fonte: http://www.fau.ufrj.br/apostilas/mse/Vinculos.htm Apoio de terceiro gênero ou Engaste VINCULOS – EXEMPLOS AULA 1 INTRODUÇÃO http://www.fau.ufrj.br/apostilas/mse/Vinculos.htm 8 • Vínculo do 1º gênero → Impede um movimento no plano Fonte: Estruturas de Aço – Conceitos, Técnicas e Linguagem – Luís Andrade de Mattos Dias AULA 1 INTRODUÇÃO 9 Exemplo de apoio de primeiro gênero (apoio de uma ponte) Foto Geraldo Filizola AULA 1 INTRODUÇÃO 10 • Vínculo do 2º gênero → Impede dois movimentos no plano Fonte: Estruturas de Aço – Conceitos, Técnicas e Linguagem – Luís Andrade de Mattos Dias AULA 1 INTRODUÇÃO 11 Exemplo de apoio de segundo gênero (apoio de uma ponte) Foto Geraldo Filizola AULA 1 INTRODUÇÃO 12 Exemplo de apoio de segundo gênero (apoio de uma ponte) AULA 1 INTRODUÇÃO 13 Exemplo de apoio de segundo gênero (apoio de uma ponte) Fonte: https://maps.google.com/ Viaduto Cidade do Aço AULA 1 INTRODUÇÃO 14 Exemplo de apoio de segundo gênero (apoio de uma ponte) Fonte: Edifícios de Múltiplos Andares em Aço – Ildony H. Bellei, Fernando O. Pinho, Mauro O. Pinho Bases rotuladas AULA 1 INTRODUÇÃO 15 Exemplos de apoios do primeiro e do segundo gênero: Fonte: A Concepção Estrutural e a Arquitetura – Yopanan C. P. Rebello AULA 1 INTRODUÇÃO 16 • Vínculo do 3º gênero → Impede dois movimentos no plano e uma rotação – também chamado de engaste. Fonte: Estruturas de Aço – Conceitos, Técnicas e Linguagem – Luís Andrade de Mattos Dias AULA 1 INTRODUÇÃO 17 Fonte: Edifícios de Múltiplos Andares em Aço – Ildony H. Bellei, Fernando O. Pinho, Mauro O. Pinho Bases engastadas AULA 1 INTRODUÇÃO 18 AULA 1 INTRODUÇÃO 19 AULA 1 INTRODUÇÃO 20 AULA 1 INTRODUÇÃO 21 AULA 1 INTRODUÇÃO 22 AULA 1 INTRODUÇÃO GRAU DE HIPERESTATICIDADE DE UMA ESTRUTURA: G G < 0 → estrutura hipostática G = 0 →estrutura isostática G > 0 → estrutura hiperestática 23 AULA 1 INTRODUÇÃO TEORIA DAS ESTRUTURAS 1 TEORIA DAS ESTRUTURAS 2 • CLASSIFICAÇÃO DA ESTRUTURA ❑ ESTRUTURAS HIPOSTÁTICAS: ❑ ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS: ❑ ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS: Nº DE INCÓGNITAS < Nº DE EQUAÇÕES Nº DE INCÓGNITAS = Nº DE EQUAÇÕES Nº DE INCÓGNITAS > Nº DE EQUAÇÕES É aquela cujos vínculos não são suficientes para manter o equilíbrio estático, assim sendo, são inadequadas às construções. É aquela que possui o nº de vínculos estritamente necessário para manter o equilíbrio estático. É aquela que possui mais vínculos que o necessário para manter o equilíbrio estático. 24 AULA 1 INTRODUÇÃO Grau de estaticidade: • g = nº reações – nº eq. Equilibrio – (nº barras/rótulas -1) + nº tirantes 0 0 11 001 0 AULA 1 INTRODUÇÃO GRAU DE HIPERESTATICIDADE DE UMA ESTRUTURA g = gi +ge 1. Estruturas externamente hiperestáticas ge = r – e – nr + t r – número de ações e – número de equações de estática nr – número de equações provenientes de rótula t – numero de tirantes nr = b - 1 b – número de barras ligadas à rótula 26 AULA 1 INTRODUÇÃO GRAU DE HIPERESTATICIDADE DE UMA ESTRUTURA 2. Estruturas internamente hiperestáticas gi = número de esforços internos necessários ao traçado do diagrama, conhecidas as reações EXEMPLOS: 27 AULA 1 INTRODUÇÃO • MÉTODOS BÁSICOS DE ANÁLISE ESTRUTURAL Existem basicamente 3 métodos para resolver estruturas hiperestáticas: ➢ Método das Forças ➢ Método dos Deslocamentos ➢ Processo de Cross Existem ainda métodos computacionais mas ainda derivados das técnicas acima descritas, tal com o utilizado em Análise Matricial das Estruturas. 28 AULA 1 INTRODUÇÃO • MÉTODOS BÁSICOS DE ANÁLISE ESTRUTURAL O Método das Forças é um dos métodos básicos para análise dos problemas hiperestáticos que utiliza incógnitas principais forças e momentos e é também chamado Método da Compatibilidade visto que as equações finais são equações de compatibilidade. O Método dos Deslocamentos é um segundo método de análise para estruturas que utiliza como incógnitas principais do problema deslocamentos e rotações, podendo ser utilizado para resolver problemas isostáticos e hiperestáticos. O método também é chamado de Método do Equilíbrio, pois as equações finais, são equações de equilíbrio. 29 AULA 1 INTRODUÇÃO • MÉTODOS BÁSICOS DE ANÁLISE ESTRUTURAL Considerações: ✓ Condições de equilíbrio; ✓ Condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações; ✓ Condições impostas pelas leis constitutivas dos materiais. 30 AULA 1 INTRODUÇÃO • FTOOL 31 AULA 1 INTRODUÇÃO O FTOOL é um programa que se destina ao ensino do comportamento estrutural de pórticos planos, ocupando um espaço pouco explorado por programas educativos, que se preocupam mais com o ensino das técnicas numéricas de análise, ou por versões educacionais de programas comerciais, mais preocupados em introduzir os estudantes às suas interfaces. Seu objetivo básico é motivar o aluno para aprender o comportamento estrutural. A experiência de ensino nesta área tem mostrado que o processo de aprendizado dos métodos de análise estrutural não é eficiente sem o conhecimento sobre o comportamento estrutural. É muito difícil motivar o aluno padrão a aprender a teoria dos métodos de análise sem entender como o modelo sendo analisado se comporta na prática. O processo de aprendizado dos métodos de análise melhoraria bastante se o estudante pudesse aprender sobre o comportamentoestrutural simultaneamente. Autoria do FTOOL: Luiz Fernando Martha Professor Associado Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) • FTOOL 32 AULA 1 INTRODUÇÃO • FTOOL - http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftool/ NORMAL CORTANTE MOMENTO DEFORMADA http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftool/