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IDEIA POLITICA DE JEAN BODIN COM ENFASE EM AS FORMAS DE POLITICA E A QUESTÃO DA SOBERANIA

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IDEIA POLITICA DE JEAN BODIN COM ENFASE EM AS FORMAS DE POLITICA E A QUESTÃO DA SOBERANIA
SUMÁRIO: Introdução; 1 Soberania em tempos de mundialização do direito; 2 Os processos de interação do direito internacional; 3 O exemplo da União Europeia; 4 A margem nacional de apreciação; 5 Estudo de caso: transexualismo; Considerações Finais; Referências das Fontes Citadas. 
INTRODUÇÃO
Jean Bodin foi um filosofo e jurista francês do século XVI, no qual sua obra foi fundamenta para a definição do conceito de monarquia absolutista e para o estudo de outras formas de governo.
Ele defendia em suas ideias o poder soberano, seja ela exercida pela maioria, minoria ou apenas uma pessoa, caso isso não ocorresse, com a ausência da soberania, a sociedade se transformaria em uma anarquia e com a ausência do poder a sociedade iria se desestabilizar.
 Para ele, existiam três elementos que manteriam a soberania da sociedade: a Justiça, que trará ordem àquela sociedade (não podendo fazer o que vem a cabeça pois existe uma ordem); a Família, pois foram fundamentais para a fundação da sociedade; e os Bens Públicos, que favorecem os laços entre as famílias.
Para Bodin existia três formas de se governar sendo elas: A democracia, que seria quando o poder era exercido pela maioria; a Aristocracia, quando o poder era exercido pela minoria e a Monarquia, quando o poder era exercido apenas por uma pessoa no caso “o Príncipe”.
Para ele, não era possível misturar as três formas de governos, dividindo a soberania, pois assim, o poder se fragmentaria e destruiria.
Bodin acreditava que a monarquia era a forma de governo mais eficiente, tendo o príncipe a função de legislar e fazer justiça. Para ele, uma sociedade onde os súditos seguiam e respeitavam as mesmas leis, era uma sociedade em ordem.
Mas apesar de defender a Monarquia, Bodin acreditava na “Teoria do Poder Divino”, entendendo que o príncipe era o representante de Deus na sociedade. O príncipe criava as leis e as executavam, porem ele tinha um limite que seriam “as leis naturais divina”, onde o príncipe não poderia fazer algo maior do que Deus esta querendo, como a Lei Sática, que foi criada no século V d.c pelo rei Clóvis, e disseminado por Carlos Magno, no século VIII, que definia os aspectos da vida em sociedade, como crimes, impostos, calúnia, entre outros.
Por fim, o monarca não tinha o direito de desprezar as pessoas livres e fazer uso da escravidão, devendo respeitar a propriedade privada e os bens materiais.
QUEM FOI JEAM BODIN?
Bodin nasceu em 1530 em Angus na França, quando jovem entrou para as Ordens dos Carmelitas e em 1549 foi liberado dos seus votos monásticos, acusado de heresia(linha de pensamento contrário).
Foi um teórico político, jurista francês, membro do Parlamento de Paris e professor de Direito em Toulouse. O mesmo foi reconhecido pelos seus estudos que foram importantes para o avanço dos conceitos de soberania e absolutismo dos Estados. Além disso, a exposição de seus pensamentos a respeito do modelo de governo ideal foi muito influente na Europa.
Dentre seus principais interesses estão a história, a economia, a política. Bodin influenciou a Europa, numa época em que os sistemas medievais cediam lugar a Estados centralizados.
A soberania segundo o primeiro livro de Bodin “Os Seis Livros da República”. Bodin analisa que um governante só pode ser considerado soberano se o seu poder for perpétuo, ou seja, ele não pode ser limitado por um período de um mandato. Tenentes, magistrados, entre outros empregados não são soberanos, pois seus mandatos possuem tempo limitado.
Na teoria de Bodin, um tirano é aquele que continua o seu exercício de autoridade além do tempo permitido. Se ele continuou por meio da violência, é um soberano; se continuou por consentimento, não é soberano. Somente é soberano se o poder é dado a ele incondicionalmente, sem que tenha a possibilidade de ser revogável, assim como governante que exerça seu poder por comissão, instituição ou delegação, não será soberano.
Bodin também faz considerações sobre a característica absoluta. Um governante só será soberano se não for limitado por leis ou condições, o que caracterizaria seu poder como absoluto. Como é do soberano que emanam as leis para os súditos, aquele tem o direito de desfazê-las se o achar certo, e não deve se vincular a elas.
Um soberano, porém, não pode desrespeitar ou burlar as leis divinas e as leis naturais, já que é um escolhido de Deus para exercer autoridade na terra. Também não é isento de cumprir suas promessas e alianças feitas com os seus súditos ou com outros soberanos, desde que sejam justas. Além disso, o autor afirma que os parlamentos não prejudicam o caráter absoluto do soberano. Para isso, utiliza o exemplo do Parlamento inglês (anterior a Revolução Gloriosa), que pedia autorização do rei para poder se reunir.
Conclui, assim, por salientar que o poder absoluto somente implica liberdade em relação às leis positivas, e não à lei de Deus.

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