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Patologia do Sistema Genital Masculino

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–
➢ Hipospadias e Epispadias: 
Amalformação do sulco uretral e do 
canal uretral pode criar aberturas 
anormais na superfície ventral do pênis 
(hipospadias) ou na superfície dorsal 
(epispadias). Qualquer uma dessas duas 
anomalias pode estar associada a uma 
falha da descida normal dos testículos e 
malformações do trato urinário. 
Hipospadia é a mais comum das duas. 
Mesmo quando isolados, esses defeitos 
uretrais podem ter importância clínica 
porque a abertura anormal 
frequentemente é estenosada, resultando 
em uma obstrução do trato urinário e 
num maior risco de infecções 
ascendentes do trato urinário. Quando os 
orifícios estão situados próximo à base 
do pênis, a ejaculação normal e a 
inseminação estão dificultadas e podem 
ser uma causa de esterilidade. 
➢ Fimose: 
Quando o orifício do prepúcio é muito 
pequeno para permitir sua retração 
normal, a condição é designada fimose. 
Um orifício anormalmente pequeno 
pode resultar de desenvolvimento 
anômalo, mas frequentemente é o 
resultado de ataques repetidos de 
infecção que provocam a cicatrização do 
anel prepucial. A fimose é importante 
porque interfere com a limpeza e permite 
o acúmulo de secreções e detritos sob o 
prepúcio, favorecendo o 
desenvolvimento de infecções 
secundárias e possivelmente carcinoma. 
–
As inflamações do pênis quase 
invariavelmente envolvem a glande e o 
prepúcio, e incluem uma grande 
variedade de infecções específicas e 
inespecíficas. As infecções específicas 
— sífilis, gonorreia, cancroide, 
granuloma inguinal, linfopatia venérea, 
herpes genital — são transmitidas 
sexualmente. 
Balanopostite se refere a uma infecção 
da glande e do prepúcio causada por uma 
grande variedade de organismos. Entre 
os agentes mais comuns estão Candida 
albicans, bactérias anaeróbicas, 
Gardnerella e bactérias piogênicas. 
Amaioria dos casos ocorre como 
consequência de higiene local 
insatisfatória em homens não 
circuncidados, nos quais o acúmulo de 
células epiteliais descamadas, suor e 
resíduos, chamado esmegma, age como 
irritante local. A persistência dessas 
infecções leva a uma cicatrização 
inflamatória e, como mencionado, é uma 
causa comum de fimose. 
–
A criptorquidia é uma falha completa ou 
parcial dos testículos intra-abdominais 
em descer para dentro da bolsa escrotal e 
está associada com disfunção testicular e 
um risco aumentado de câncer testicular. 
A descida testicular ocorre em duas fases 
morfológica e hormonalmente distintas. 
Na primeira, a fase transabdominal, o 
testículo vem ficar situado no abdome 
inferior ou na borda pélvica. Acredita-se 
que essa fase seja controlada por um 
hormônio chamado substância inibidora 
mülleriana. Na segunda fase, a 
inguinoescrotal, os testículos descem 
pelo canal inguinal até a bolsa escrotal. 
Essa fase é dependente de andrógenos e 
possivelmente é mediada pela liberação 
induzida por andrógenos do peptídio 
relacionado ao gene de calcitonina, a 
partir do nervo genitofemoral. Embora 
os testículos possam ficar presos em 
qualquer lugar ao longo de seu trajeto de 
descida, o local mais comum é no canal 
inguinal. 
A criptorquidia é completamente 
assintomática e chama a atenção quando 
se descobre que o saco escrotal está 
vazio, ou pelo paciente ou por um 
médico examinador. Além de 
esterilidade, a criptorquidia pode estar 
associada a outras morbidades. Quando 
o testículo está situado no canal inguinal, 
ele fica particularmente exposto a trauma 
e lesões por esmagamento. Além disso, o 
testículo não descido apresenta maior 
risco de desenvolvimento de câncer 
testicular do que o testículo descido. 
Durante o primeiro ano de vida, a 
maioria dos testículos criptorquídicos 
inguinais desce espontaneamente para o 
escroto. Os que permanecem sem descer 
requerem correção cirúrgica, de 
preferência antes do estabelecimento de 
deterioração histológica ao redor dos 2 
anos de idade. A orquidopexia 
(colocação na bolsa escrotal) não garante 
a fertilidade. Em que extensão o risco de 
câncer é reduzido após a orquidopexia 
ainda não está claro, e o risco está 
mudando conforme a orquidopexia tem 
sido oferecida a pacientes com idade 
cada vez mais jovem ao longo das 
últimas décadas (recomendações atuais 
são para correção na idade de 6 a 12 
meses). O câncer também pode se 
desenvolver no testículo contralateral 
normalmente descido, apoiando ainda 
mais a ideia de que a criptorquidia 
sinaliza a presença de um defeito no 
desenvolvimento testicular e na 
diferenciação celular e que não está 
relacionada à posição anatômica. 
–
A atrofia testicular pode ser causada por 
uma de várias condições, incluindo: 
(1) estreitamento aterosclerótico 
progressivo do suprimento sanguíneo 
na idade avançada; 
(2) estágio final de uma orquite 
inflamatória; 
(3) criptorquidia; 
(4) hipopituitarismo; 
(5) desnutrição generalizada ou 
caquexia; 
(6) irradiação; 
(7) administração prolongada de 
antiandrogênicos (tratamento para 
carcinoma de próstata avançado); e 
(8) atrofia por exaustão, podendo 
seguir uma estimulação persistente por 
altos níveis de hormônio 
foliculoestimulante hipofisário. 
As alterações macro e microscópicas 
seguem o padrão já descrito para 
criptorquidia. A atrofia ocasionalmente 
ocorre como falha primária de origem 
genética, como na síndrome de 
Klinefelter. 
–
➢ Epididimite e Orquite Inespecíficas: 
A epididimite e a possível orquite 
subsequente estão comumente 
relacionadas a infecções do trato urinário 
(cistite, uretrite, prostatite) que atingem 
o epidídimo e o testículo pelo ducto 
deferente ou pelos vasos linfáticos do 
cordão espermático. A causa da 
epididimite varia com a idade do 
paciente. Embora rara em crianças, a 
epididimite na infância geralmente está 
associada a uma anormalidade 
geniturinária congênita e infecção por 
bastonetes Ggram-negativos. Em 
homens sexualmente ativos com menos 
de 35 anos, os patógenos sexualmente 
transmissíveis C. trachomatis e 
Neisseria gonorrhoeae são os agentes 
mais frequentes. Em homens acima de 
35 anos, os patógenos comuns do trato 
urinário, como E. coli e Pseudomonas, 
são responsáveis pela maioria das 
infecções. 
➢ Epididimite e Orquite Específicas: 
–
A torção do cordão espermático 
tipicamente interrompe a drenagem 
venosa do testículo. Se não tratada, ela 
frequentemente leva ao infarto testicular 
e, portanto, representa uma das poucas 
verdadeiras emergências urológicas. As 
artérias de paredes espessas permanecem 
patentes, produzindo congestão vascular 
intensa seguida por infarto hemorrágico. 
Há duas situações nas quais a torção 
testicular ocorre. A torção neonatal 
ocorre dentro do útero ou pouco após o 
nascimento. Ela não está associada a 
qualquer defeito anatômico que 
justifique sua ocorrência. A torção em 
adultos é tipicamente observada na 
adolescência e se apresenta com dor 
testicular de início súbito. 
Frequentemente ocorre sem qualquer 
lesão desencadeante, e pode ocorrer até 
mesmo durante o sono. Se o testículo for 
destorcido manualmente dentro de 
aproximadamente 6 horas após o início 
da torção, existe uma boa chance de que 
ele permaneça viável. Em contraste com 
a torção neonatal, a torção em adultos 
resulta de um defeito anatômico bilateral 
que leva ao aumento da mobilidade dos 
testículos (deformidade em badalo de 
sino). Para prevenir a recorrência 
catastrófica de torção no testículo 
contralateral, o testículo não afetado pela 
torção é cirurgicamente fixado ao 
escroto (orquidopexia). 
• Livro - Robbins – Patologia: bases 
patológicas das doenças.

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