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Química Inorgânica II QINQ6 Prof. Dr. Felipe Furlan Kaid Cronograma do curso QINQ6 • Introdução aos compostos de coordenação (8) • Estrutura eletrônica dos metais do bloco d (19) • Química de coordenação: As reações dos complexos (20) • Química Organometálica dos metais do bloco d (21) • Os metais do bloco f (22) • Química de estado sólido e química de metais (23) Introdução aos compostos de coordenação • Constituição e geometria • Ligantes e nomenclatura • Isomeria e quiralidade • No contexto da química de coordenação dos metais, o termo complexo significa um átomo metálico ou íon central rodeado por um conjunto de ligantes. • Um ligante é um íon ou molécula que pode ter existência independente. • Usaremos o termo composto de coordenação para designar um complexo neutro ou um composto iônico no qual pelo menos um dos íons é um complexo. • O átomo da base de Lewis que forma a ligação com o átomo central é chamado de átomo doador, porque é ele que doa os elétrons usados para formar a ligação. • O átomo ou íon metálico, o ácido de Lewis do complexo, é o átomo receptor. • Naqueles que normalmente entendemos como um complexo, mais precisamente um complexo de esfera interna, os ligantes estão diretamente ligados ao átomo ou íon metálico central. • Estes ligantes formam a esfera de coordenação primária do complexo, e o número de ligantes é chamado de número de coordenação do átomo metálico central. • Da mesma forma que nos sólidos, podemos ter uma grande variedade de números de coordenação, e a origem de riqueza estrutural e da diversidade química dos complexos vem da possibilidade do número de coordenação variar até 12. • O número de coordenação de um átomo ou íon metálico nem sempre é evidente pela composição do sólido, uma vez que moléculas do solvente e espécies que são potencialmente ligantes podem simplesmente preencher os espaços dentro da estrutura e não ter qualquer ligação direta com o íon metálico. • Três fatores governam o número de coordenação de um complexo: 1. O tamanho do átomo ou íon central 2. As interações espaciais entre os ligantes 3. As interações eletrônicas entre o átomo ou íon central e os ligantes • Complexos bicoordenados são conhecidos para o Cu+ e para o Ag+; estes complexos acomodam com facilidade mais ligantes se eles estiverem disponíveis. • Os complexos podem ter números de coordenação mais altos do que as suas fórmulas empíricas sugerem. • Complexos de íons metálicos com números de coordenação quatro, cinco ou seis são a classe mais importante de complexos. • Eles incluem a grande maioria dos complexos presentes em solução e praticamente todos os complexos biologicamente importantes. Tetracoordenação • Complexos tetraédricos são favorecidas em relação a complexos com números de coordenação mais altos quando o átomo central é pequeno e os ligantes são grandes (tais como Cl–, Br– e I–), uma vez que as repulsões ligante-ligante superam a vantagem energética de formar mais ligações metal- ligante. Tetracoordenação • Complexos quadráticos planos são raramente encontrados para complexos dos blocos s e p, mas são abundantes para complexos d8 de elementos pertencentes aos metais das séries 4d e 5d, tais como Rh+, Ir+, Pd2+ e Au3+, os quais são quase invariavelmente quadráticos planos. Tetracoordenação • Para os metais 3d com configuração d8, a geometria quadrática plana é favorecida por ligantes que podem formar ligações π recebendo elétrons do átomo metálico. Tetracoordenação • A geometria quadrática plana também pode ser forçada sobre um átomo central pela complexação com um ligante que contenha um anel rígido com quatro átomos doadores, como na formação de um complexo de porfirina. Isomeria Geométrica - Werner • Para um complexo de fórmula MX2L2, teremos somente um isômero se a espécie for tetraédrica, mas teremos dois isômeros se a espécie for quadrática plana: cis-[Pt(Cl)2(NH3)2] trans-[Pt(Cl)2(NH3)2] • A existência de dois compostos é uma evidência da geometria quadrática planar e não tetraédrica Exemplo 8.1 • Use as reações indicadas na Figura 8.1 para mostrar como se pode atribuir as geometrias cis e trans a um par de complexos de platina. Pentacoordenação • Complexos pentacoordenados, os quais são menos comuns do que os complexos tetra ou hexacoordenados, são normalmente piramidais quadráticos ou bipiramidais trigonais. • A forma bipiramidal trigonal minimiza as repulsões ligante- ligante, mas restrições espaciais em ligantes que podem se ligar ao metal através de mais de um sítio podem favorecer uma estrutura piramidal quadrática. Pseudo-rotação de Berry Hexacoordenação • A hexacoordenação é o arranjo mais comum para os complexos metálicos, sendo encontrada nos compostos de coordenação de metais s, p, d e f. • Praticamente, todos os complexos hexacoordenados são octaédricos, pelo menos se considerarmos os ligantes sendo representados por pontos não contendo estrutura longas. Hexacoordenação • O arranjo octaédrico regular dos ligantes é altamente simétrico. • Ele é especialmente importante não somente porque é encontrado em muitos complexos de fórmula ML6, mas também porque é o ponto de partida para a discussão dos complexos de menor simetria, tais como mostrados ao lado. Distorção tetragonal (a) e (b) • Ocorre quando dois ligantes ao longo de um eixo diferem dos outros quatro • Estes dois ligantes trans um em relação ao outro podem estar mais próximos que os outros quatro ou mais afastados, o que é mais comum. • Distorção tetragonal Jahn-Teller é visualizado em ligantes idênticos. Distorção rômbica (c) • A distorção rômbica é aquela na qual um par de ligantes trans está mais próximo do átomo central e um outro par trans está mais afastado. Distorção trigonais (d) • As distorções trigonais ocorrem quando duas faces opostas de um octaedro se afastam, dando origem a uma grande família de estruturas intermediárias entre a octaédrica regular e a prismática trigonal. Números de coordenação mais altos • Átomos e íons grandes, particularmente aqueles do bloco f, tendem a formar complexos com grandes números de coordenação; a nonacoordenação é particularmente importante no bloco f. • Aplicação: hospedeiros para um grande número de ligantes. Complexos polimetálicos • Os complexos polimetálicos são classificados ou como clusters metálicos, se eles contêm ligações M – M (27), • Ou como complexos em gaiola (composto clatrato) (28), se eles contêm ligantes em ponte entre os átomos metálicos.
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