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RESENHA CRÍTICA Os diversos autores do artigo “A questão das dificuldades de aprendizagem e o atendimento psicológico às queixas escolares” trazem discussões que tentam explicar o impasse vivenciado na sala de aula que envolve a intenção de ensinar e o desejo de aprender, colocando a importância dos psicólogos nos ambientes escolares. Nesse contexto, o autor Fonseca (1995) destaca que embora seja fundamental o diagnóstico que trazem às causas das dificuldades do processo ensino- aprendizagem, ele sinaliza do quão é delicado a intervenção e o controle das variáveis daquilo que limitam a aprendizagem. Inclusive, o autor faz críticas claras do modelo elitista do ensino que não protagoniza a realidade do estudantes, desconfigurando o contexto do estudante, sobretudo, no quesito social. A partir desse parâmetro social, os autores Althursser (1970/1980) e Bourdieu e Passeron (1970) amplia dizendo que as evasões escolares estão ligadas àquele modelo da classe dominante. Já Severino (1986) traz à torna os aspectos da falta de discursos contra ideológicos, que poderiam protagonizar os estudantes de modo geral. Na verdade, o artigo, em questão, aborda o tempo quem realmente seriam “os culpados” do não aprender dos estudantes. Diante disso, é visível uma preocupação de compreender se a questão do ensino aprendizagem estaria no âmbito da “dislexia” ou “dispedagogia”. E esses dois dilemas permeiam constantemente nas diversas teorias discutidas ao longo do texto. Por outro lado, Souza (1997) coloca outra discussão em pauta na compreensão das influências do processo ensino-aprendizagem. O autor mostra que tais problemas do ensino se instala no início da escolarização em função dos desafios apresentados neste momento do desenvolvimento da criança. Já Araújo (1995), apresenta que as relações interpessoais que configuram o aluno- professor podem nortear as razões que facilitam o aprender do estudante. Ou pelo menos, compreender às limitações daquele apreender. O artigo embora traga várias fundamentações teóricas, com citações de diversos autores, que tentam explicar o processo ( e suas ramificações) ensino aprendizagem; o texto, nas suas considerações finais, em si faz críticas dos mitos que limitam as análises fragmentadas, desconsiderando à essência dicotômica professor-aluno. Ou seja, é fundamental que dê relevância aos processos construtivos e funcionais, os quais estão presentes no cotidiano da escola. Por isso, que a clínica do diagnóstico de qualquer estudante deverá ser levado em conta os aspectos pedagógicos. Isso sugere que os psicólogos que sejam responsáveis por avaliarem o estudante deve ter conhecimentos do processo educacional.