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BREVE HISTÓRICO Em épocas passadas a cirurgia era considerada o último recurso aplicável a doentes para os quais não havia mais remédios que lhe restabelecessem a normalidade. Com a evolução dos conhecimentos, a cirurgia passou a ter lugar no tratamento de algumas doenças. A CIRURGIA NA PRÉ HISTÓRIA Atos médicos e cirúrgicos eram feitos por feiticeiros. A trepanação é a primeira operação conhecida. Eram realizadas por razões médicas, mas principalmente por razões religiosas. Estas eram feitas com mutilações sangrentas e dolorosas com um propósito místico ou de ritos mágicos. O índice de mortalidade era de quase 100%, pois eles desconheciam a técnica antisséptica e os microorganismos. Os pacientes eram atendidos de forma brutal, embebedados ou recebiam pancadas na cabeça para que perdessem os sentidos e pudessem ser operados. Trepanação (do grego: trupanon = broca) é a intervenção cirúrgica que consiste em fazer uma perfuração regular em qualquer osso, com um trépano, que é uma espécie de broca neurocirúrgica. Há evidências de que a trepanação tenha estado presente desde o período mesolítico e em quase todas as culturas antigas encontram-se cadáveres com sinais de trepanação. Na medicina atual, o termo trepanação é usado principalmente para se referir a um ou mais orifícios no crânio com finalidades terapêuticas. Trépano Nos séculos XVI e XVII, eram os barbeiros- cirurgiões - barbeiros que atuavam como médicos - Exerciam toda a prática manual da medicina através de pequenas cirurgias mas, sem embasamento cientifico o que faziam deles pessoas desprestigiadas. O controle da dor só apareceu no século XX, com o “Éter”. Em 1776, Pristley descobriu o óxido nitroso e o recomendou para anestesiar o paciente. Anos mais tarde conseguiram controlar o sangramento através da compressão digital, depois surgiu a cauterização e a hemostasia (amarrio). Em 1818, Semmel Weis, pioneiro na prevenção de infecções, instituiu a lavagem das mãos como prevenção das infecções. Em 1860, Pasteur inventou o forno, após provar que na presença de calor um ser microscópico perdia a capacidade de fermentação. Cirurgia: latim chirurgiae, trabalho manual, “Arte de usar as mãos”. Especialidade médica que trata, sobretudo, de lesões externas e internas, reparando manualmente, com auxílio de instrumentos próprios, os órgãos e tecidos afetados. Todo tratamento feito por meio dessa especialidade ou de intervenções deste gênero chama-se operação ou intervenção cirúrgica. É a parte da enfermagem que presta assistência ao paciente cirúrgico nos períodos Pré, Trans e pós operatórios, com o objetivo de prevenir complicações físicas e emocionais para reabilitação e recuperação. ENFERMAGEM CIRURGICA Perioperatório é empregado para descrever todo o período da cirurgia, incluindo antes e após a cirurgia. As três fases dos cuidados perioperatórios são: Pré-operatório, Trans-operatório e Pós-operatório. ASSISTÊNCIA NO CENTRO CIRURGICO O papel da enfermagem no centro cirúrgico é assistencial, mas também gerencial. Prestar assistência significa incumbir-se do cuidado integral do paciente antes, durante e após a cirurgia. Desse modo, o profissional zela pelo bem-estar e pela recuperação da pessoa que sofre determinado problema de saúde na qual necessita passar por intervenção cirúrgica;. Além disso, cabe ao enfermeiro realizar o preparo físico do paciente, o qual inclui três fases: 1- Realização de exames pré-cirúrgicos ou pré- operatório, conhecidos por riscos cirúrgicos; 2- No dia da realização do procedimento, é papel do enfermeiro observar se todos os procedimentos anteriores foram adequadamente executados e preparar corretamente o paciente; 3- No momento da intervenção cirúrgica, o profissional de enfermagem tem a função de oferecer ajuda ao cirurgião com os instrumentais utilizados, verificar e testar o funcionamento dos equipamentos, preparar toda a sala operatória de acordo a cirurgia a ser realizada, etc. CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA QUANTO A FINALIDADES DIAGNÓSTICA: Realizada para o esclarecimento da causa da doença ex: laparotomia exploratória, biópsias. CURATIVAS: Nesta intervenção cirúrgica, retira-se ou corrige a causa de uma doença, devolvendo a saúde ao paciente/cliente ex: Apendicectomia, Obs. Essa retirada pode ser parcial ou total de um órgão. CORRETIVAS, REPARADORAS : Finalidade de reconstruir, Reconstituir ou reparar uma parte do corpo lesada, restabelecendo a capacidade funcional diminuída ou perdida. ex: Fissura palatina. PLÁSTICA, COSMÉTICA: Objetivo estético, ex: Mamoplastia, Rinoplastia, Enxertos: (Para traumas e/ou queimaduras). PALIATIVA: Visa o alívio do mal patológico ou corrigir provisoriamente a dor causada pela doença, mas não proporciona sua cura ex: Gastrostomia (Gtt), colostomia. CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA QUANTO A NECESSIDADE EMERGÊNCIA: A cirurgia deve ser realizada imediatamente ou em até 24 horas (Risco eminente de morte) Ex: PAF, Sangramentos graves, traumas (crânio Perfurado), Obstrução intestinal ou Vesical. URGÊNCIA: A Cirurgia deve ser realizada entre 24 e 48 horas Ex: Apendicectomia, Infecção aguda da vesícula biliar, cálculos renais ou Uretrais. NECESSÁRIA: Neste caso o Paciente/Cliente precisa da Cirurgia, mas pode aguardar semanas ou meses. Ex: hiperplasia Prostática, Distúrbios da Tireóide, Cataratas. ELETIVA: Também conhecida como Cirurgia programada, o Médico Cirurgião propõe realizar o procedimento, mas o paciente pode aguardar o momento ideal. Ex: Gastrectomia, Bariatrica, Reparação de Cicatrizes. OPCIONAL: Aquela Cirurgia quem escolhe fazer é o Paciente ex: Mamoplastia, Vasectomia, Bichectomia, Gengivoplastia. CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA QUANTO AO PORTE PEQUENO: É quando ocorre pouca perda de fluidos corporais e sangue Ex: Endoscopia, Cirurgias por vídeos; MÉDIO: Ocorre perda em quantidade média de Fluidos e sangue, Ex: Cirurgias de cabeça e pescoço, herniorrafia. GRANDE: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex.: cirurgias de emergência, vasculares arteriais, prótese de quadril. TEMPO DE DURAÇÃO PORTE I: Com tempo de duração de até 2 horas. Ex.: rinoplastia; PORTE II: Cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Ex.: colecistectomia, gastrectomia; PORTE III: De 4 a 6 horas de duração. Ex.: craniotomia; PORTE IV: Com tempo de duração acima de 6 horas. Ex.: transplante de fígado; CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO CIRURGIA LIMPA: eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática. Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por ex.: mamoplastia. CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA: Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nessa categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Por ex.: colecistectomia com colangiografia. (Exame que avalia vias biliares). CIRURGIA CONTAMINADA: Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por ex.: colectomia (Remoção do cólon). INFECTADAS: Presença de pus, Necrose, feridas traumáticas ou penetrantes, Feridas de pé diabético, Apendicite supurada, passam de 4hrs.
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