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PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias NEOPLASIA Dispepsia = dor ou desconforto na parte superior do abdômen, dor em cólica Plenitude pós-prandial = sensação desagradável de persistência prolongada de alimentos no estômago. Dor epigástrica = dor na região epigástrica (mediana superior) Astenia = diminuição da força muscular Adenocarcinoma gástrico = neoplasia maligna originada das células glandulares Hematêmese = vômito do conteúdo do estômago misturado com sangue ou a regurgitação apenas de sangue. Melena = fezes pretas com ou sem sangue visível. Eructações = excesso de gases no estômago ou na parte superior do intestino liberado pela boca, também conhecido como arroto Edema periorbital = inchaço ou dilatação da área ao redor dos olhos, pode estar associado a hipervolemia, choro ou alergia Sinal do cacifo ou sinal de Godet = depressão que se forma na pele após a compressão desse local, por meio de dedos das mãos, indicador e polegar, fazendo um movimento de pinça ou contra estrutura óssea. SIC = de acordo com as informações colhidas Epistaxe = sangramento nasal HAS = Hipertensão Arterial Sistêmica USG = Ultrassonografia Abdominal Total Fístula = é uma comunicação anormal Icterícia = cor amarelada da pele e dos olhos por um aumento da bilirrubina na corrente sanguínea Adenocarcinoma = tumor maligno que pode atingir quase todos os órgãos do corpo, como pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, colo do útero. Derivado de glândulas epiteliais secretoras. PROVA Nomenclatura tumores benignos e malignos Características das Neoplasias Benignas e Malignas Carcinogênese: A Base Molecular do Câncer Carcinogênese: um Processo de Múltiplas Etapas Características do Câncer Etiologia do Câncer: Agentes Carcinogênicos Graduação e Estadiamento do Câncer AULA – 18/10 Clone = população celular que pode ou não estar modificada geneticamente que vão gerar células filhas Geralmente as neoplasias são originadas de um único clone -> monoclonal, células totipotentes que vão se dividir e gerar células filhas mutadas PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias 7 NEOPLASIA NOMENCLATURA Neoplasia se refere a uma massa que desenvolve devido ao crescimento anormal. Células neoplásicas são transformadas porque continuam a se replicar sem regulação que controlam o crescimento celular normal. Neoplasia pode ser definida como um distúrbio do crescimento celular que é desencadeado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal. Neoplasma se refere a vários tipos de crescimento, podendo ser benigno ou maligno. Oncologia (do grego oncos = tumor) é o estudo dos tumores ou neoplasmas. Todos os tumores apresentam dois componentes básicos: o Células neoplásicas clonais ou células transformadas que constituem o parênquima tumoral. Determina o comportamento biológico e é derivado o seu nome. o Estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e números variáveis de células do sistema imune inato e adaptativo. É essencial para o crescimento da neoplasia A classificação dos tumores e seu comportamento biológico é baseado no parênquima O crescimento e disseminação são criticamente dependente do seu estroma TUMORES BENIGNOS É benigno quando seus aspectos micro e macroscópicos são considerados relativamente inocentes, localizado, tratável com remoção cirúrgica. Os tumores “benignos” podem causar morbidade significativa e às vezes serem até fatais. (dependendo da localização, fator de crescimento) Em geral, os tumores benignos são designados ligando o sufixo -oma ao nome do tipo de célula a partir do qual se origina o tumor. o Os tumores de células mesenquimais geralmente seguem essa regra. o Os tumores epiteliais são classificados com base em suas células de origem, padrão microscópico e arquitetura macroscópica. Tumores benignos: o Tecidos fibrosos – fibroma (mesenquimal) o Tecidos cartilaginosos – condroma (mesenquimal) o Neoplasia benigna derivada de glândulas, podem ou não formar estruturas glandulares – adenoma (epitelial) o Projeções visíveis (macro e microscopicamente), semelhantes a dedos ou verrucosas a partir das superfícies epiteliais – papilomas o Grandes massas císticas – cistadenomas o Tumores com padrões papilares que se projetam macroscopicamente visível acima da superfície da mucosa e se projeta – pólipo, e se possuir tecido glandular – pólipo adenomatoso o Massas císticas ocas tipicamente no ovário - cistadenomas TUMORES MALIGNOS Os tumores malignos são referidos coletivamente como cânceres, se aderem a qualquer parte onde se agraram O termo maligno aplica-se a uma neoplasia indicando que a lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes (metástases) para causar morte. PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias Os tumores malignos que surgem em tecidos mesenquimais sólidos são geralmente chamados de sarcomas (do grego sar = carnosa) Tumor maligno que surgem de células formadoras de sangue são as leucemias ou linfomas As neoplasias malignas de origem nas células epiteliais, derivadas de qualquer uma das três camadas germinativas, são denominados carcinomas. Tumores malignos o Origem no tecido fibroso – fibrossarcoma o Origem no epitélio tubular renal (mesoderma) - carcinoma o Tumores que surgem na pele (ectoderma) o Tumores que surgem no epitélio do revestimento intestinal (endoderma) o Tumores epiteliais (mesoderma) o Sarcomas (mesenquimal) o Tumores hematolinfoides – leucemias e linfomas (mesoderma) Adenocarcinoma denota uma lesão em que as células epiteliais neoplásicas crescem em um padrão glandular. Carcinoma de células escamosas denota um câncer em que as células tumorais lembram o epitélio escamoso estratificado. Tumor diferenciado, pode-se identificar o tecido ou órgão de origem, como o Adenocarcinoma de células renais. Ou tumor com pouca ou nenhuma diferenciação e é chamado de Carcinoma mal diferenciado ou indiferenciado. TUMORES MISTOS Com pouca frequência há a diferenciação divergente de um único clone (única célula progenitora) neoplásico cria um tumor misto, tal como o tumor misto de glândula salivar. Componentes epiteliais esparsos em meio a um estroma fibromixoide que pode conter ilhas de cartilagem ou osso. Esses elementos surgem de um único clone capaz de produzir tanto células epiteliais quanto mioepiteliais (lembra músculo). A designação de preferência para tal neoplasia é adenoma pleomórfico. Fibroadenoma de mama feminina (tumor misto mais comum). Benigno, contém uma mistura de elementos ductais proliferativos (adenoma) incrustados em um tecido fibroso (fibroma) O teratoma é um tumor que contém células maduras ou imaturas reconhecíveis ou tecidos pertencentes a mais de uma camada germinativa (às vezes a todas as três ectoderma, mesoderma e endoderma). O teratoma se origina de células germinativas totipotentes, que tem capacidade de se diferenciar em quaisquer tipos celulares no corpo adulto (podem ter porções de osso, epitélio, músculo, gordura, nervo e outros tecidos). CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA A diferenciação e a anaplasia são características observadas apenas em células parenquimatosas que constituem os elementos transformados das neoplasias A diferenciação das células tumorais parenquimatosas refere-se à extensão em que se assemelham a morfologia normal PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias Diferenciação celular: o Bem diferenciados - G1 o Moderadamente – G2 o Pouco diferenciados – G3 o Indiferenciados (anaplásicas) – G3 Neoplasias benignas são compostas por células bem diferenciadas. Somente o crescimento de tais células formando uma massa distinta revelaa natureza neoplásica da lesão. Em tumores bem diferenciados benignos, as mitoses são geralmente raras e apresentam configuração normal. o Lipomas – células maduras carregadas com vacúolos lipídicos o Condroma – células cartilaginosas maduras que sintetizam matriz cartilaginosa Neoplasias malignas caracterizam-se por ampla gama de diferenciação celulares parenquimatosas, desde as bem diferenciadas até as completamente indiferenciadas. o Adenocarcinomas bem diferenciados da tireoide O estroma que contém o suprimento sanguíneo é crucial para o crescimento de tumores e a quantidade de tecido conjuntivo determina a consistência da neoplasia Neoplasias malignas que são compostas por células pouco diferenciadas são denominados anaplásicas. A falta de diferenciação, ou anaplasia, é considerada uma marca da malignidade. Anaplasia, frequentemente está associada a muitas outras alterações morfológicas: Pleomorfismo. Células cancerígenas sempre mostram pleomorfismo – uma variação no tamanho e na forma. o Núcleos hipercromáticos (coloração escura) o Núcleos grandes, aumentando a proporção núcleo-citoplasma o Células gigantes – maiores que as células vizinhas o Núcleos anaplásicos são variáveis e têm tamanho e forma bizarros Cromatina grosseira e grumosa, nucléolos podem ter tamanhos surpreendentes o Mitoses com frequências são numerosas e atípicas Múltiplos fusos figuras mitóticas tripolares ou quadripolares o Perdem a polaridade normal o Podem perder a estrutura Quanto mais diferenciada é a célula tumoral, ma.is ela retém (continua) das suas capacidades funcionais originais. Vozes: Quanto mais diferenciada a célula tumoral mais ela parece com a normal. Quanto mais indiferenciada mais ela perde sua função original. o Neoplasias benignas e até cânceres bem diferenciados de glândulas endócrinas geralmente elaboram os hormônios característicos de sua origem o Carcinomas de células escamosas bem diferenciados produzem queratina o Carcinomas hepatocelulares bem diferenciados secretam bile Quanto mais depressa crescer e mais anaplásico for um tumor, menos probabilidade haverá de que tenha atividade funcional especializada PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias Quando as alterações displásicas são acentuadas e envolvem toda a espessura do epitélio, a lesão é referida como carcinoma in situ, um estádio pré-invasivo de câncer TAXA DE CRESCIMENTO Influências na taxa de crescimento: o Níveis hormonais Leiomiomas (tumores benignos da musculatura lisa) do útero que são influenciados pelos níveis de estrógeno, onde pode aumentar rapidamente de tamanho durante a gravidez e cessar o crescimento durante a menopausa o Adequação de suprimento sanguíneo o Restrições de pressão Geralmente tumores benignos tem o crescimento lento A taxa de crescimento dos tumores malignos normalmente correlaciona-se inversamente com o seu nível de diferenciação Tumores mal diferenciados tendem a crescer mais rapidamente do que os tumores bem diferenciados Alguns crescem lentamente durante anos e então entram em fase de crescimento rápido, significando a emergência de um subclone agressivo de células transformadas. Outros crescem de forma relativamente lenta e uniforme; em casos excepcionais, o crescimento pode chegar quase a parar De forma ainda mais excepcional, alguns tumores primários (particularmente coriocarcinomas) podem se tornar totalmente necróticos, deixando apenas implantes metastáticos secundários A maioria dos cânceres aumenta progressivamente de tamanho com o tempo, alguns lentamente, outros rapidamente Os tumores malignos de crescimento rápido geralmente contêm áreas centrais de necrose isquêmica, porque o suprimento sanguíneo tumoral, derivado do hospedeiro, falha em manter o mesmo ritmo para atender às necessidades de oxigênio da massa celular em expansão VOZES: O tumor maligno vai “puxa” para si tanto suprimento sanguíneo que as células normais ao redor vão ficar sem esse suprimento, gerando uma área de necrose INVASÃO LOCAL Benigna o Localizada no sítio de origem o Não tem capacidade de se infiltra, invadir e metastatizar-se para locais distantes o Cápsula fibrosa envoltória (separa do tecido do hospedeiro) * Nem todas as neoplasias são encapsuladas * Alguns tumores benignos não são encapsulados nem nitidamente definidos Malignos: o Crescem por meio de infiltração, invasão, destruição e penetração do tecido circundante PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias o Não desenvolvem cápsulas bem definidas o O modo infiltrativo de crescimento torna necessária a remoção de ampla margem de tecido normal circunjacente Além do desenvolvimento de metástases, a invasividade local é a característica mais confiável que distingue os tumores malignos dos benignos METÁSTASE São implantes secundários de um tumor, as quais são descontínuas com o tumor primário e localizadas em tecidos remotos (diferentes da sua origem, podem ter uma localização bem distante um da outra) Identifica a neoplasia como maligna, mas nem todas as neoplasias tem capacidade de se metastatizar Em geral, quanto mais anaplásica e maior a neoplasia primária, mais provável será a disseminação metastática As neoplasias malignas disseminam-se por uma de três vias: 1. Semeadura nas cavidades corporais – ocorre quando as neoplasias invadem uma cavidade corporal natural, é característico dos cânceres de ovário 2. Disseminação linfática – padrão de envolvimento do linfonodo depende principalmente do local da neoplasia primária e das vias naturais de drenagem linfática local, típica dos carcinomas * O aumento de tamanho dos linfonodos próximos de uma neoplasia primária deva causar preocupações quanto à disseminação metastática, nem sempre implica envolvimento canceroso 3. Disseminação hematogênica – Com a invasão venosa, as células sanguíneas seguem o fluxo venoso drenando o local da neoplasia, com as células tumorais frequentemente parando no primeiro leito capilar que encontram, via favorecida pelos sarcomas, mas os carcinomas também utilizam * Fígado e os pulmões são os locais secundários envolvidos com mais frequência BASES MOLECULARES DO CÂNCER: PAPEL DAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS E EPIGENÉTICAS Dano genético (ou mutação) pode ser adquirido pela ação de agentes ambientais (substâncias químicas, radiação ou vírus) ou pode ser herdada na linhagem germinativa. A hipótese genética do câncer sugere que uma massa tumoral resulte de expansão clonal de uma só célula progenitora que sofreu dano genético (monoclonal) Classes de genes reguladores normais (principais alvos do dano genético): 1. Proto-oncogenes promotores de crescimento - codifica fatores de transcrição, proteínas reguladoras do crescimento ou proteínas envolvidas na sobrevivência celular e interações célula-célula e célula-matriz. 2. Genes supressores de tumor inibidores do crescimento – impedem o crescimento descontrolado e, quando sofrem mutação ou se perdem de uma célula, permitem o desenvolvimento de fenótipo transformado “Governantes” - genes supressores de tumor clássicos “Guardiões” – genes responsáveis pelo sensoriamento do dano genômico Genes que regulam a apoptose (morte celular programada) PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias 3. Genes envolvidos no reparo do DNA – podem agir como proto-oncogenes (a perda de uma cópia é suficiente) ou genes supressores de tumor (perda de ambas as cópias) Oncogenes são genes que induzem um fenótipo (conjunto de características observáveis de um organismo) transformado quando expresso em células. CARCINOGÊNESE: UM PROCESSO DE MÚLTIPLAS ETAPAS A carcinogênese é um processo de múltiplas etapas resultante do acúmulo de múltiplas alterações genéticas originando um fenótipo transformado Progressão tumoral – quando ao longo do tempo os tumores se tornam mais agressivos e adquirem maior potencial maligno CARACTERÍSTICASDO CÂNCER Os genes relacionados ao câncer no contexto de várias alterações fundamentais na fisiologia celular, as chamadas características do câncer, que em conjunto ditam o fenótipo maligno São elas: Autossuficiência nos sinais de crescimento - utilizam uma série de estratégias para impulsionar sua proliferação e se tornar insensíveis aos reguladores do crescimento normal Insensibilidade aos sinais inibidores de crescimento – simula os efeitos promotores de crescimento dos oncogenes Evasão da morte celular – mutação nos genes reguladores da apoptose Potencial ilimitado de replicação – instabilidade genômica “inativa” a telomerase, auxiliando a célula a se tornar maligna Desenvolvimento de angiogênese sustentada - As células cancerosas (e os grandes tumores benignos) podem estimular a neoangiogênese, durante a qual novos vasos brotam de capilares preexistentes ou, em alguns casos, a vasculogênese, na qual as células endoteliais são recrutadas da medula óssea Capacidade de invadir e metastatizar (Cascata de invasão metástase) PATOLOGIA GERAL Anna Beatriz Farias Essas etapas consistem em invasão local, intravasamento nos vasos sanguíneos e vasos linfáticos, trânsito na vasculatura, saída dos vasos, formação de micrometástases e crescimento de micrometástases em tumores macroscópicos o Reprogramação do metabolismo de energia – característica “emergente” o Evasão ao sistema imune – característica “emergente” o Instabilidade genômica – característica capacitante o Inflamação promotora de tumor – característica capacitante ETIOLOGIA DO CÂNCER: AGENTES CARCINOGÊNICOS Três classes de agentes carcinogênicos extrínsecos: 1. Substâncias químicas 2. Energia radiante – raios UV da luz solar, raios X, fissão nuclear, radionucleotídeos 3. Agentes microbianos (viral e bactérias) neoplasia prova aula – 18/10 7 neoplasia nomenclatura tumores benignos tumores malignos TUMORES MISTOS características das neoplasias benignas e malignas diferenciação e anaplasia taxa de crescimento invasão local metástase bases moleculares do Câncer: papel das alterações genéticas e epigenéticas carcinogênese: um processo de múltiplas etapas características do cÂncer etiologia do câncer: agentes carcinogênicos
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