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Todas as aulas de iesc n1 Aula 1 – Dos aspectos históricos a atualidade 1900 – 1922 • Oswaldo Cruz atuou para mudar o cenário da saúde com a revolta de vacina (prática sanitaristas). • 1904 – Diretoria Geral da saúde pública. • 1920 – Departamento nacional da saúde. • Pública – idealizado por Carlos Chagas. 1923 – 1929 • Lei Eloy Chaves – marco na previdência social – implantação das caixas de aposentadoria e pensão (CAPS) • A evolução da saúde ocorre com a evolução dos direitos sociais 1930 – 1945 • Criação do salário mínimo/CLT • Criação dos institutos de aposentadoria e pensão (IAPS) decretado por Getúlio Vargas • 1 conferência nacional da saúde (1941) com foco curativo e não preventivo da população, assistência social aos indivíduos e as famílias e a proteção da maternidade, da infância e da adolescência. • Participação apenas de políticos e não da sociedade civil. 1945 – 1966 • 1950 - 2 conferência nacional da saúde, teve como foco fortalecer os estudos e definição de normas para uma maior equidade na resolução dos problemas da saúde do Brasil. • 1953 - Criação do ministério da saúde • 1963 – 3 conferência nacional da saúde (1965) unificação dos institutos de aposentadoria e pensão (INPS- instituto nacional de previdência social). Década de 60: modelo médico previdenciário, ou seja, só tinha acesso a saúde quem tinha carteira assinada. Santas casas e filantropias eram o recurso dos que precisavam de medico e não trabalhavam com carteira assinada. 1964 – 1985: Regime militar • Milagre econômico 1966 – 1979 • 1967 teve a 4 conferência da saúde – recursos humanos para as atividades de saúde (não foi significativa). • 1974 teve a criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). • 5 conferencia nacional de saúde, analisava a questão político-administrativo, visando o desenvolvimento local, aprimorando as vias de comunicação e uniformização dos métodos (apenas gestores). • 1977 Criação do SINPAS e do INAMPS. • 1978 conferencia internacional sobre cuidados primários à saúde, que promove a saúde para todos os povos do mundo (ALMA ATA). Consolidou-se o completo conceito de saúde (saúde física + mental + social) utilizado pela OMS até hoje. Alma Ata • Foco no cuidado primário em saúde. • Afirmava a partir de 10 pontos que os cuidados primários de saúde precisavam ser desenvolvidos e aplicados em todo o mundo com urgência. Aula 2 – História do SUS. Na segunda metade da década de 70 começa a expansão dos movimentos sociais e a formulação de propostas que atendessem os excluídos. Reforma sanitária Saiu do modelo centralizado na doença. Não abarcavam apenas o sistema, mais todo o setor de saúde, introduzindo uma nova ideia na qual o resultado final era entendido como a melhoria das condições de vida da população. • Universalizar o direito a saúde; • Integralizar as ações; • Inverter a entrada no sistema de saúde. • Decentralizar a gestão. • Promover a participação e o controle social. • Sergio Arouca foi um dos principais líderes do movimento sanitarista. • A consagração do movimento veio com a constituição de 1988, onde a saúde se tornou direito de todos e dever do estado. 1982 – Ações Integradas de Saúde (AIS) • Dava particular ênfase na atenção primária, sendo a rede ambulatorial pensada como a porta de entrada do sistema 8 conferencia de saúde (1986) • Saúde como direito de todos. • Equidade e integralidade das ações de saúde, pois eram dicotômicas entre preventivas e curativas; • Saúde como componente da seguridade social; • Primeira conferência com participação social; • Marco histórico para o surgimento do SUS. Firmam-se os objetivos que seriam as bases do SUS. • Saúde resultante de diversas condições como alimentação, educação, renda, lazer, etc. 1987 – Sistemas Unificados e Decentralizados de Saúde (SUDS) que tinham como principal diretriz: universalização e equidade no acesso a saúde. • Alguns estados começavam a consolidar a organização das APS que ainda eram prematuras (antecedentes da criação do SUS). 1988 – Constituição Federal, a saúde é direito de todos e dever do estado. Aula 3 – Princípios e Diretrizes do SUS. O SUS faz parte do dia a dia de todos os brasileiros em diversas dimensões. O que é o SUS? • Lei 8.080 (1990) - conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições publicas federais, estaduais e municipais e da administração direta e indireta e fundações mantidas pelo poder publico e de forma complementar pela iniciativa privada. (a partir do momento em que a iniciativa privada está inserida no SUS ela deve seguir todas as diretrizes) Lei orgânica do SUS: divididas em duas. Lei 8.080: • Organização e gestão; • As competências e atribuições das três esferas do governo; • Funcionamento e participação complementar do setor privado; • Política de recursos humanos; • Recursos financeiros, planejamento e orçamentos. Lei 8.142: • Define a participação social; • Transferências intergovernamentais de recursos de financiamentos. Objetivos do SUS – Art. 5 Lei 8.080/1990. • Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; • Formulação de política de saúde destinada a promover o acesso universal e igualitário; • Assistência as pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde com a realização integrada das ações assistências e preventivas. Atuação do SUS – Art. 6 Lei 8.080/1990 • Execução de ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador, de assistência terapêutica integral. • Ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde. • Vigilância nutricional e orientação alimentar. • Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho) • Formulação da politica de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção. • Controle e fiscalização de serviços, produtos, alimentos, águas e bebidas, sangue e seus derivados. Princípios do SUS: são três organizativos e três doutrinários. Doutrinários: são os princípios do SUS. • Universalidade – para todos, independente de cor, raça, gênero ou classe social. • Integralidade – busca a associação entre os serviços que o SUS oferta, buscando a saúde completa do paciente. • Equidade – igualdade de atendimento levando em consideração a classe social de cada um. Organizativos: são as diretrizes do SUS. • Regionalização e hierarquização – dividir o atendimento de saúde em regiões de suado em cada estado, levando em consideração a classificação de risco de cada paciente. Leva o atendimento mais especifico para cada região. • Descentralização com comando único – os estados e municípios tem autonomia no atendimento à saúde (isso pode levar a uma desigualdade no atendimento entre os estados). • Participação social – garante a democracia do SUS a partir das conferencias de saúde, a população tem direito de participar e fiscalizar o sistema de saúde. Aula 3 – Organização SUS e RAS Lei 8080 Capitulo IV: O SUS pertence a união, ao estado e ao município. Existem atribuições comuns aos três poderes e especificas de cada um. O dinheiro do SUS: Tudo é pago com o dinheiro dos impostos, serve para todas as despesas da unidade básica. O orçamento e divido entre o estado (12%), a união (conforme o PIB) e o município (15%). Iniciativa privada no SUS: Art. 24. • Quando as disponibilidades forem insuficientes, o SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada. • Podem participar de forma complementar dos serviços privados e será formalizada por contrato ou convenio a respeito as normas de direito público. Art. 25. • As entidades filantrópicas e sem fins lucrativos terão preferência para participardo SUS. Art. 26. • Todos os critérios para a remuneração de serviços passam pelo Conselho Nacional de Saúde para serem aprovados. • Os serviços contratados serão submetidos às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do SUS. O que são RAS? • As RAS são arranjos organizados integrados por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, que buscam garantir a integridade do sistema. Por que formar uma RAS? • Superar a fragmentação da assistência, sendo assim, que elas passem a se comunicar garantindo a integralidade; • Melhorar o modelo curativo centrado no médico; • Considerar a diversidade regional, possibilidade de criar redes de saúde que atenda a necessidade da população; • Melhorar a resolutividade: economia da escala, qualidade, suficiência, acesso a disponibilidade de recursos; • Produzir impactos positivos nos indicadores de saúde; Diferença entre rede ou região de saúde: Rede: definida a partir de uma região de saúde. • Limite geográfico e sua população; Região de Saúde: espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais. Quais são as Redes Prioritárias? • Rede Cegonha – cuidado materno infantil (pré-natal até primeira infância). • Rede de Atenção às Urgências e Emergências – UPA e SAMU. • Rede de Atenção Psicossocial – CAPS e CRAS. • Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas; • Rede do Cuidado à Pessoa com deficiência; Como organizar estas redes? • Através do COAPS (contato organizativo da ação pública de saúde). • Acordo de colaboração entre os entes para a definição organização da RAS. • O objetivo do COAPS é a organização e integração dos serviços de saúde com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários. • COAP é um instrumento de gestão compartilhado. COAPES - contrato organizativo de ação pública ensino-saúde. • Instrumento legal para que professores e estudantes estejam nas unidades de saúde compartilhando os cenários de prática para a formação. Aula 4: PENAB – Território Política Nacional de atenção básica a saúde - PENAB Princípios da ABS: • Universalidade • Integralidade • Equidade Isso se da por meio: Art. 2: a atenção básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnostico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida a população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária • A atenção básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. • A atenção básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes da saúde. • É proibida qualquer exclusão, para que isso ocorra é usada estratégias que permitem minimizar as desigualdades do território. Diretrizes da ABS: Regionalização e hierarquização: • Região • Organização dos pontos de atenção • Fluxos e referências Territorialização e adscrição: • Território é a unidade geográfica única, de construção descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas a vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os territórios são destinados para dinamizar a ação em saúde pública, o estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e identitário, possibilitando uma ampla visão de cada unidade geográfica e subsidiando a atuação na atenção básica, de forma que atendam a necessidade da população adstrita e ou as populações especificas. A população do território tem um máximo. Aula 5: prevenção e promoção População adscrita • É a população que está presente no território da ubs, de forma a estimular o desenvolvimento de relações de vinculo a responsabilização entre as equipes e a população garantindo a continuidade das ações de saúde e de longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu cuidado Cuidado centrado na pessoa: • Singularidade • Relação com o meio • Participação do individuo • Autocuidado, emoções, decisões. Promoção x prevenção • Promoção: impulsionar, fomentar. Refere-se a medidas que não se dirigem a doenças especificas, mas que visam aumentar a saúde e o bem estar. Implica o fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes da saúde • Prevenir: preparar, impedir que se realize. Exige ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença para tornar seu progresso improvável Projeto de prevenção e educação baseiam- se na informação cientifica e recomendações normativas. Implica o conhecimento epidemiológico para o controle e redução dos riscos da doença. Exemplos: prevenção redutiva e aditiva, estratégia de alto risco e abordagem populacional. Nível de prevenção: (Leavell e Clark) Primária: antes do adoecimento (seria a promoção) Secundária: detectar a doença precocemente Terciária: reabilitação em caso de doença ou lesão. Quaternária: Evitar danos potenciais e a medicação.
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