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IESC VII Vitória Rodrigues Franco da Rosa - 7°P - MED URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA APS UBS é composta por 1 clínico, 1 pediatra e 1 GO. - Urgência: caso grave, mas de menor necessidade imediata, que pode se tornar mais crítica em curto período. - Emergência: caso que necessita de intervenção médica imediata, e que apresenta risco iminente à vida ou possibilidade de dano grave ao paciente. Inicia no pré-hospitalar (SBV) que pode ser realizado no domicílio, na rua ou em algum outro ponto da rede de atenção à saúde. A ESF participa da rede de atendimento pré- hospitalar por meio do acolhimento, de abordagem e, caso necessário, do referenciamento a outro nível de atenção. O papel da Atenção primária: - Primeiro contato com o sistema de saúde; - Médico necessita ter conhecimento suficiente para oferecer o primeiro atendimento adequado, saber reconhecer sinais de maior gravidade e encaminhar ao serviço especializado, se necessário; - Em casos de áreas remotas, o serviço da Atenção Primária é a única forma de atendimento disponível; - Médico generalista acaba sendo responsável por atendimentos de urgência e emergência. --> Materiais para atendimento: ♥ Ambu adulto e infantil com máscara ♥ Laringoscópio ♥ Fio-guia para intubação ♥ Tubos orotraqueais ♥ Cânula de Guedel ♥ Sonda de aspiração traqueal ♥ Oxigênio ♥ Aspirador portátil ou fixo ♥ Material para punção venosa e administração parental de medicamentos ♥ Material para curativo ♥ Compressas ♥ Material para pequenas suturas ♥ Material para imobilizações (colares, talas, pranchas, ataduras) ♥ DEA ♥ Eletrocardiógrafo IMPORTANTE: saber administrar e capacitar a equipe, delegar funções às pessoas certas para otimizar o trabalho (Protocolos do MS) ---> Medicamentos mais utilizados e quantidade: ♥ Adrenalina (10 ampolas) ♥ Atropina (10 ampolas) ♥ Hidrocortisona (1 frasco de 100mg) ♥ Hidrocortisona (1 frasco de 500mg) ♥ Glicose a 50% (5 ampolas) ♥ SF a 0,9% (5 ampolas) ♥ Soro glicosado a 5% e fisiológico a 0,9% ♥ Terbutalina (3 ampolas) ♥ Prometazina (3 frascos) ♥ Diazepam (2 ampolas) ♥ Haloperidol (1 ampola) ♥ Ipratrópio (1 frasco) ♥ Fenoterol (1 frasco) ♥ Dinitrato de isossorbida 5mg (1 cartela) ♥ Ácido acetilsalixílico (1 cartela) ♥ Tiamina (5 ampolas) ♥ Anti-hipertensivos, antibióticos, analgésicos, antitérmicos ROTINA DE VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS, PARA REPOR OU VERIFICAR SE ESTÁ FUNCIONANDO CORRETAMENTE. ---> Achados clínicos na emergência: ♥ Alterações dos sinais vitais (FR > 36 ou <8 ipm ou uso de musculatura acessória; SatO2 <90%; FC > 130 ou < 40 bpm; PAs <90 mmHg e enchimento capilar >3s) ♥ Rebaixamento do nível de consciência (>2 pontos na Escala de Glasgow) ♥ Sintomas potencialmente emergenciais (dor torácica, precordialgia, febre -> com suspeita de neutropenia, obstrução de vias aéreas [ou suspeita], dor intensa, intoxicações exógenas, hematêmese, enterorragia, hemoptise, alterações neurológicas agudas -> afasia, déficit motor, delirium, convulsão) ♥ Condições cirúrgicas e traumáticas (fraturas, quedas, hérnias dolorosas, AVC hemorrágico, obstrução intestinal, acidentes etc.). Essas ocorrências podem ser classificadas em código verde ou “1” (mais benignos), amarelo ou “2” (média gravidade) e vermelho ou “3” (graves ou malignos). --> Emergência: - IAM - AVC - Edema agudo de pulmão - Broncospasmo - Trombose mesentérica - LRA --> Urgência: - Crise de enxaqueca - Pneumonia - Cólica nefrética - Cólica biliar - Diarreia aguda com desidratação --> Pronto-atendimento: - Gripe/resfriado - Diarreia - Gastrite aguda - Cefaleia - Vertigem Reações alérgicas graves Reação de hipersensibilidade imediata desencadeada pela exposição a um alégeno e medida pelas imunoglobulinas E. A maior parte é leve, investigar uso de medicações, alimentos, venenos, látex, contrastes – sempre perguntar se o paciente é alérgico e anotar no prontuário de forma clara e fácil de identificar. Manifestações clínicas: ♥ Pele: - Urticária (antibióticos, dextrans, relaxantes musculares, analgésicos, anti-inflamatórios, vacinas com soros animais ou proteína do ovo) - Axantema maculo-papular (antibióticos, anticonvulsivantes, diuréticos, bismuto) - Eczema (antibióticos, diuréticos, quinino, clopromazina) - Artitrodermia (omeprazol, antibióticos, anticonvulsivantes) ♥ TGI: náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal. ♥ Vias aéreas: estridor, disfonia, rouquidão ou dificuldade na fala, dispneia, tosse, rinorreia, espirros, edema de glote e broncoespasmo. ♥ Cardiovascular: síncope, tontura, taquicardia, hipotensão e choque. - Aguda ou retardada - Leve, moderada ou grave - Sistêmica ou localizada Desidratação ♥ Causada principalmente por diarreia e/ou vômitos. - Vômitos: geralmente precedido por náusea, (ou não -> vômito em jato), é a ejeção pela cavidade oral do conteúdo gastrointestinal. - Diarreia: condição em que ocorre a alteração no funcionamento intestinal, ocorrendo grande perda de água e eletrólitos, onde há alteração na consistência dessas fezes e diminuição do intervalo entre as evacuações (maior frequência). Crise hipertensiva PAS >180 e PAD >120 mmHg ♥ Emergências hipertensivas: ocorrem progressivas lesões de órgão alvo (agudas), e exigem diminuição imediata dos níveis pressóricos. Preferencialmente, utiliza-se anti- hipertensivos parenterais -> APS realiza encaminhamento para unidade de urgência. ♥ Urgências hipertensivas: potencial risco de lesão em órgão alvo, o controle pode ser realizado em até 24h através de medicações VO. ♥ Pseudocrises hipertensivas: são desencadeadas por outros fatores (ansiedade, cefaleia, desconforto) e outras causas, além da associação delas. O tratamento é realizado através do controle de sintomas e causa base. Hipoglicemia Resulta da queda de concentração da glicose no sangue. Normalmente <60 a 70 mg/dL com sinais compatíveis. ♥ Sintomas geralmente se manifestam quando os níveis plasmáticos atingem valores < 50 mg/dL ♥ Sinais e sintomas leves: tremor, fome, déficit cognitivo leve, ansiedade e nervosismo, sudorese, palidez e taquicardia. Conduta: tabletes de glicose (1g), 1 colher de mel-> reavaliar. ♥ moderador a graves: agressividade e confusão mental, tontura, cefaleia, dificuldades na fala, visão turva, dor abdominal. Conduta: tabletes de glicose ou açúcar (30mg), glucagon IM (0,5mg para crianças < 8 anos, 1mg para > 8 anos) -> reavaliar. Hiperglicemia ♥ Glicemia capilar maior que 400 mg/dl ♥ Necessitar de dose extra de insulina regular em um período de 24h ♥ Sinais e sintomas que devem levar a procurar uma unidade de urgência: fraqueza muscular, dor abdominal, vômitos, sinais de desidratação, hálito cetônico, taquipneia (ou Kussmaul), hipotensão, alterações no nível de consciência ou estado mental. Crises convulsivas ♥ Definidas como episódios paraxísticos que ocorrem devido a disfunção no SNC, levando a alterações do nível de consciência e atividade motora involuntária. ♥ Primeiros socorros: Fraturas/Traumas ♥ Grau de TCE Grau de TCE Escore de Glasgow Leve 13-15 Moderado 9-12 Grave < ou = 8 ♥ Sinais de fratura de crânio: - Líquido cerebrospinal no nariz e no ouvido - Hemotímpano - Hematoma retroauricular ou periorbital contundente ♥ Quando fazer a TC: Glasgow <15 Suspeita de fratura de crânio Sinal de fratura basilar Dois ou mais episódios de vômitos Déficit neurológico focal Distúrbio de coagulação ou uso de anticoagulantes Convulsão Idade > 65 anos Amnésia retrógrada > 30 min Trauma de alto impacto Intoxicação, dor de cabeça persistenteou alteração de comportamento Perda de consciência > 30 min ♥ Conduta: Repouso por 24-48h ; Analgesia: paracetamol; EVITAR AINES E AAS. Evitar morfina e benzo.; Tolera-se usar opioide IV em baixar doses.; Orientações domiciliar: Afogamento Nos pacientes vítimas de afogamento, a ordem dos esforços de ressuscitação deve ser via aérea, respiração e compressões torácicas (ABC, do inglês airway, breathing, circulation) em vez de CAB (compressões torácicas, via aérea, respiração), pois arritmias cardíacas são quase exclusivamente secundárias à hipoxemia. A principal medida para tratamento dos casos de insuficiência respiratória é a ventilação com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP, do inglês continuous positive airway pressure), que diminui o shunting pulmonar e aumenta a capacidade residual funcional. Preditores pré-hospitalares de um bom desfecho são tempo de submersão ≤ 5 minutos, início das manobras de ressuscitação em menos de 10 minutos e presença de taquicardia sinusal e pupilas reativas. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA APS
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