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QUÍMICA INORGÂNICA APLICADA A SISTEMAS BIOLÓGICOS Maria Luiza de Oliveira 01426704 Farmácia TEXTO: A química inorgânica medicinal obteve um importante desenvolvimento nas últimas décadas, principalmente no desenvolvimento de medicamentos baseados no uso de complexos metálicos, os chamados metalofármacos. Sabe-se que a utilização de metais na medicina tem um histórico de quase 5000 anos. O uso do ferro, cobre e do ouro foi utilizado por gregos, egípcios, chineses e árabes. Atualmente vários metalofármacos são empregados em opções terapêuticas como a cisplatina (NH3 2CL2) e seus derivados carboplatina, nedaplatina e oxaliplatina, utilizados em tratamentos para tumores de cabeça, testículos e ovários. A cisplatina foi sintetizada pela primeira vez em 1844, e foi introduzida em testes clínicos na década de 70. Seu mecanismo de ação baseia- se na sua ligação covalente com o DNA, interferindo nos processos de transcrição e replicação celular, levando a apoptose. Porém apesar de sua eficácia, efeitos colaterais como toxidade renal, neurológica e resistência adquirida após tempo de administração, limitam sua utilização (Wong e Giandomenio, 1999), mas encorajam a busca de complexos capaz de desenvolver ou desempenhar as mesmas funções. Diversos outros compostos inorgânicos tem sido utilizados para fins medicinais (GUO, Z; SADLER, P.J.,1999). Como o pentaciononitroferrato, conhecido como nitroprussiato (Na2 [Fe (C N) 5 N O] um potente vasodilatador, empregado em emergências hipertensivas, porém pode ocorrer a intoxicação pelo cianeto como uma das suas reações adversas. Compostos de bismuto têm sido usados no tratamento de uma série de distúrbios gastrintestinais, tendo como efeitos colaterais disfunção neurológica, nefrotoxidade se houver alta dosagem. Outros metalofármacos bem conhecidos são: sulfadiazina de prata (C10H9AgN4O2S) que tem atividade antibacteriana, a auranofina (C20H35AuO9PS) usada para tratar artrite reumatoide, ferro bisglicinato para anemia e os medicamentos à base de lítio são eficazes em tratamentos de distúrbios psiquiátricos. E novas pesquisas mostram que alguns metalofármacos a base de Rutênio, pode ser uma nova opção para o combate à doença de Chagas e câncer. Atualmente, existem vários estudos e pesquisas em relação ao uso de metalofármacos para combater alguns surtos virais. Os metalofármacos são muito estudados e pesquisados visto que os metais tem a capacidade de promover uma reorganização especial dos princípios ativos orgânicos, oferecendo novas e inesperadas possibilidades a indústrias farmacêuticas. Referências: BENITE, A. M. C. B. M. C. CONSIDERAÇÕES SOBRE A QUÍMICA BIOINORGÂNICA MEDICINAL. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 4, n. 2, 20 dez. 2007. FIRMINO, Gisele dos Santos Silva et al. Síntese, caracterização e estudo da ação antituberculose e citotóxica de hidrazonas derivadas de isoniazida e de seus complexos de cobre (II) e gálio (III). 2015. GUO, Z.; SADLER, P. J. Metals in Medicine. Angewandte Chemie International Edition, v. 38, n. 11, p. 1512–1531, 1999. LEMÔNICA, L. et al. Efeitos da Hipotensão Arterial Induzida pelo Nitroprussiato de Sódio na Hemodinâmica Renal. Estudo Experimental no Cão. Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 33, n. 5, p. 321-325, 2020. NEVES, A. P.; VARGAS, M. D. Platinum(II) Complexes in Cancer Therapy. Revista Virtual de Química, v. 3, n. 3, 2011. ORNELAS, Luciana José Vieira. Avaliação da ativação do sistema nervoso vegetativo pelo nitroprussiato de sódio. 2014. Tese de Doutorado. ROCHA, D. P. et al. Coordenação de metais a antibióticos como uma estratégia de combate à resistência bacteriana. Química Nova, v. 34, p. 111– 118, 2011. ROCHA, Diego Pessoa et al. Coordenação de metais a antibióticos como uma estratégia de combate à resistência bacteriana. Química Nova [online]. 2011, v. 34, n. 1 [Acessado 20 Março 2022] , pp. 111-118. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-40422011000100022. Epub 10 Fev 2011. ISSN 1678-7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422011000100022. WONG, E.; GIANDOMENICO, C. M. Current Status of Platinum-Based Antitumor Drugs. Chemical Reviews, v. 99, n. 9, p. 2451–2466, 8 set. 1999. https://doi.org/10.1590/S0100-40422011000100022
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