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Estudo do paciente com Diabetes

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
A denominação diabetes compreende um grupo de 
doenças caracterizadas por hiperglicemia, decorrente 
do déficit de secreção de insulina pelas células beta 
pancreáticas (insulinopenia), frequentemente 
associado a redução do seu efeito biológico em 
diferentes células do organismo (resistência insulínica). 
DIABETES MELLITUS - COMO DIAGNOSTICAR? 
O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo 
não produz uma quantidade suficiente de insulina ou 
não responde normalmente à insulina, fazendo com 
que o nível de açúcar (glicose) no sangue fique 
excepcionalmente elevado. 
Critérios diagnósticos para o diabetes Melito: 
1. Glicemia de jejum ≥ 126 mg/de (7,0 mmol/C) * ou 
2. Glicemia de 2h ≥ 200 mg/de (11,1 mmol/2) 
durante o TOTG 75 g-2 h° ou 
3. HbA ≥ 6,5%*° ou 
4. Glicemia a o acaso > 200 mg/dI (11,1 mmol/L) em 
paciente com sintomas clássicos de hiperglicemia 
ou crise hiperglicêmica + glicemia de jejum ≥ 126 
mg/de (7,0 mmol/L) 
QUEM É O PACIENTE COM DIABETES TIPO 1? 
• Idade < 25 anos (mas pode ocorrer em qualquer 
idade) 
• Geralmente magros e sem história familiar 
• Diagnóstico: Cetoacidose diabética (CAD) 
• Complicação aguda mais frequente: CAD 
• Auto-imune -› destruição Ilhotas -› insulinoterapia 
• Nunca deixa de usar insulina 
FISIOPAT: ANTICORPOS PRESENTES – PEPTÍDEO C 
BAIXO 
TIPOS DE DIABETES 
• DM1 
• DM2 
• LADA 
• MODY 
• DIABETES 3C (Causado por pancreatite crônica) 
• DOENÇAS ENDÓCRINAS 
DIABETES TIPO 2 
 É uma doença crônica caracterizada pela resistência 
do organismo à insulina e aumento dos níveis de açúcar 
no sangue. 
QUEM É O PACIENTE COM DIABETES TIPO 2? 
• Idade > 40 anos 
• Maioria assintomáticos 
• História familiar de 
diabetes 
• Complicação aguda mais 
frequente: 
• Estado hiperosmolar hiperglicêmico 
• Obesidade + Resistência à insulina + Síndrome 
Metabólica 
• Acantose Nigricans → Doença de pele caracterizada 
por manchas aveludadas e escuras em dobras e 
vincos do corpo. 
FISIOPATOLOGIA DO DM2 
1. Efeito incretínico reduzido: 
➢ Incretinas: substâncias produzidas pelo trato 
digestivo, que protegem a nossa liberação de 
insulina e diminui a liberação de glucagon. 
2. Lipólise aumentada: Lipotoxicidade aumentada que 
aumenta a resistência insulínica, que está associada 
ao aumento de aparecimento e piora do diabetes 
tipo 2. 
3. Reabsorção de glicose aumentada 
4. Captação periférica de glicose reduzida: 
principalmente nos músculos. 
5. Disfunção de neurotransmissores: resistência a 
leptina 
6. Produção hepática de glicose Aumentada 
7. Secreção de glucagon aumentada: cél alfa da ilhota 
pancreática 
8. Secreção insulínica deteriorada: células beta da 
ilhota pancreática 
FISIOPAT: ANTICORPOS AUSENTES – PEPTÍDEO C 
NORMAL OU ELEVADO 
Acantose Nigricans 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
DIABETES 3C 
É um diabetes secundário às doenças pancreáticas, 
envolvendo as funções exócrina e digestiva do 
pâncreas. Cerca de 5 a 10% dos casos de diabetes no 
mundo ocidental estão relacionados a doenças 
pancreáticas. A pancreatite crônica é mais 
frequentemente a causa. 
• Diabetes pancreatogênico 
• Destruição do pâncreas endócrino e exócrino 
• Causas: câncer de pâncreas, pancreatite crônica 
(álcool), pancreatite aguda, hemocromatose, 
fibrose cística. 
SINAIS E SINTOMAS 
Em geral, os pacientes com diabetes tipo 3C são 
deficientes em insulina e precisam de insulina para 
controlar seu diabetes. 
Eles podem ter uma história de dor abdominal 
recorrente e dificuldade em digerir alimentos 
gordurosos, apresentando-se como fezes moles e 
oleosas. Pode haver uma história de cirurgia para 
doença pancreática no passado. 
Exames complementares irão mostrar: 
• Açúcar no sangue elevado, 
• Peptídeo C baixo (a medição da produção de 
insulina no corpo), 
• Autoanticorpos 
ausentes (contra 
células das ilhotas) 
• Calcificação 
pancreática (raio-X 
/ TC de abdome) ou 
atrofia. 
Os pacientes precisam de insulina para controlar seus 
açúcares no sangue e melhorar seu peso. Eles também 
requerem suplementos pancreáticos na forma de 
medicamentos (que devem ser tomados com as 
principais refeições) para digerir adequadamente os 
alimentos. 
FISIOPAT: ANTICORPOS AUSENTES – PEPTÍDEO C 
BAIXO + CALCIFICAÇÃO/ATROFIA PANCREÁTICA 
O QUE É LADA? 
• Diabetes autoimune do adulto (latent 
autoimmune diabetes in adults) 
Obs. é um tipo de diabetes que costuma ser 
confundido com a diabetes tipo 2, mas que ao 
contrário desta é uma doença autoimune (ex. DM 1) 
• Diagnóstico > 25 anos 
• Anticorpos presentes 
• Latente - só precisa de insulina depois 6 meses - 1 
ano do diagnóstico 
• Velocidade de destruição de células mais lenta do 
que no DMI 
• Sem cetoacidose ao diagnóstico 
• Durante o tempo que ficou sem insulina (6 meses a 
1 ano) estava compensado do diabetes 
Na diabetes tipo LADA os doentes produzem um tipo 
de anticorpos chamados anti-GAD. 
GAD, ou glutamato descarboxilase, é o nome de uma 
enzima que ajuda o pâncreas a desempenhar 
corretamente o seu papel. Ou seja, quando o corpo 
começa a produzir anticorpos anti-GAD, as células 
produtoras de insulina começam a ser destruídas e a 
sua função fica comprometida. 
FISIOPAT: ANTICORPOS PRESENTES (ANTI-GAD) – 
PEPTÍDEO C BAIXO OU MODERADO 
O QUE É MODY? 
Diabetes familiar com idade de diagnóstico precoce 
(infância, adolescência ou adultos jovens) e modo de 
transmissão autossômico-dominante (revelado pela 
presença de duas gerações de mesma linhagem 
afetadas) associado a defeitos no âmbito da secreção 
de insulina. 
• Diabetes familial de início no jovem 
• Diabetes monogênico - mutações em 1 único gene 
• Autoanticorpos negativos 
• Peptídeo C presente 
• O DM em familiar ‹ 25 anos em 2 gerações 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
FISIOPAT: ANTICORPOS NEGATIVOS – PEPTÍDEO 
PRESENTES 
DIABETES NAS ENDOCRINOPATIAS 
• Acromegalia 
• Síndrome de Cushing 
• Tumores neuroendócrinos: Glucagonoma 
COMPLICACOES CRÔNICAS DO DIABETES 
• Doenças cerebrovasculares 
• Danos Oculares 
• Pé diabético 
• Doença arterial periférica 
• Doença coronariana 
• Neuropatia Periférica 
• Neuropatia Diabética 
COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES 
• Doença arterial coronariana – infarto agudo do 
miocárdio 
• Doença arterial oclusiva 
periférica 
• Doença cerebrovascular – 
acidente vascular cerebral 
COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES 
• Retinopatia diabética 
• Neuropatia diabética 
• Nefropatia diabética 
 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS MICROVASCULARES 
– NEFROPATIA 
A nefropatia diabética corresponde a esclerose e 
fibrose glomerulares causadas por alterações 
metabólicas e hemodinâmicas do diabetes mellitus. 
Manifesta-se como albuminúria lentamente 
progressiva com agravamento da insuficiência renal e 
hipertensão. 
Fatores de risco para surgimento e/ou progressão da 
doença renal do diabetes. 
• Duração do diabetes* 
• Microalbuminúria* 
• Fatores genéticos* 
• Mau controle glicêmico** 
• Hipertensão arterial** 
• Tabagismo* 
• Hipercolesterolemia** 
• Obesidade (?)** 
• Obstrução urinária*** 
• Infecção urinária crônica de repetição*** 
• Uso de fármacos nefrotóxicos*** 
*Fator de risco para surgimento. **Fator de risco para surgimento 
e progressão. ***Fator de risco para progressão. 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 
MICROVASCULARES-RETINOPATIA 
• Principal causa de cegueira 
no mundo 
• Afeta até 40% dos 
diabéticos 
• Mais frequente em DM1 
• Hiperglicemia→ 
microangiopatia e oclusão 
capilar -› hipóxia retiniana 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 
MICROVASCULARES-NEUROPATIA 
É uma complicação do diabetes, que afeta os nervos 
periféricos (das extremidades, como mãos e pés). No 
estágio inicial, a neuropatia diabética pode não causar 
nenhum sintoma, mas, conformeevolui, sintomas 
como dor, falta de sensibilidade no local, 
formigamentos e falta de força podem surgir. 
Características dos sintomas neuropáticos periféricos: 
• Parestesias (formigamento, agulhada, dormência) 
• Disestesias (dor em queimação, pontada, facada, 
choque, lancinante) 
• Alodinia (dor a estímulo não doloroso) 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
• Hiperalgesia (resposta intensa a um estímulo 
doloroso leve) 
• Cãibras e fraqueza muscular (comprometimento 
motor) 
• Disautonomia periférica (sensação de esfriamento e 
congelamento) 
• Apresentação: surgimento em repouso, 
exacerbação noturna, melhora com atividades 
diárias e ao caminhar; direção distal-proximal 
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
• Hipoglicemia 
• Cetoacidose diabética 
• Estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH) 
HIPOGLICEMIA 
• Glicose <70mg/dL 
• Sintomas adrenérgicos e/ou neuroglicopênicos 
• Melhora com ingesta de CHO (carbohidrato) 
CLASSIFICAÇÃO DE HIPOGLICEMIA 
• Hipoglicemia sintomática documentada 
Tem sintomas e glicemia ‹ 70 mg/dI 
• Hipoglicemia sintomática provável 
Sintomas sem ter medido a glicemia 
• Hipoglicemia assintomática (sem alarme) 
Sem sintomas e glicemia < 70 mg/dl 
• Hipoglicemia grave 
(convulsão, alteração de comportamento ou coma) 
Requer assistência de outra pessoa 
• Hipoglicemia relativa 
DM + sintomas de hipo e glicemia > 70 mg/dI 
CETOACIDOSE DIABÉTICA 
Acontece quando o corpo utiliza alternativas como 
suprimento energético, no caso, os estoques de 
gordura. O processo resulta no acúmulo de corpos 
cetônicos, componentes que deixam o sangue ácido, 
devido a metabolização dos lipídios em glicose. 
• Hiperglicemia (> 250 mg/dl) 
• Acidose metabólica (pH < 7,3 e Bic < 18) 
• Cetonemia 
CETOACIDOSE METABÓLICA 
• Sintomas catabólicos: poliúria, polidipsia, perda de 
peso. 
• Sinais de desidratação: mucosa bucal seca, olhos 
fundos, turgor de pele diminuído, taquicardia, 
hipotensão, choque. 
• Respiração de Kussmaul - Inspirações profundas 
seguidas de pausas - expirações curtas também 
Seguidas de pausas 
• Hálito cetônico 
• Náuseas, vômito 
• Dor abdominal 
ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR(EHH) 
• É uma complicação metabólica do diabetes mellitus 
caracterizada por hiperglicemia grave, desidratação 
extrema, hiperosmolaridade do plasma e alteração 
do nível de consciência. 
• Essa alteração no nível de consciência varia desde 
confusão leve e desorientação a sonolência e coma. 
Algumas pessoas apresentam convulsões e/ou 
paralisia parcial temporária parecendo um acidente 
vascular cerebral. 
• Outros sintomas que podem surgir antes da 
alteração no estado mental incluem micção 
frequente e sede extrema. 
Obs. Costuma ocorrer no diabetes tipo 2. 
• Normalmente > 40 anos 
• Instalação progressiva, durante vários dias 
• Poliúria, polidipsia e perda de peso 
• Glicemias mais elevadas 
• Rebaixamento do nível de consciência 
• Profunda desidratação 
• Dificuldade de acesso à água 
 
Referências: 
• Testaye e Selvarajah, 2012; Tesfaye et al., 2010; 2011,3.8.37 
• Manual Merck de informação médica: saúde para a família. São 
Paulo: Manole, 2002. 
• Diabetes autoimune latente do adulto (LADA): fisiopatologia, 
critérios diagnósticos e associação com doenças autoimunes, 
2021. 
• Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade 
Brasileira de Diabetes 2019-2020. Clannad, 2019. 419p 
• Endocrinologia básica e clínica / Francis S. Greenspan, David G. 
Gardner; 7. ed; Rio de Janeiro:McGraw-Hill Interamericana do 
Brasil, 2006. 
• Endocrinologia Clínica 6ª edição, 2016 Vilar, Lúcio 
• VELASCO, Irineu Tadeu; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antonio; 
SOUZA, Heraldo Possolo de; et al. Medicina de emergência: 
abordagem prática. [S.l: s.n.], 2019.

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