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Odontometria • Essa etapa tem grande importância e antecede a instrumentação dos canais • Visa estabelecer o limite apical da instrumentação e o nível da obturação do canal • Conhecer a média de comprimento dos diferentes grupos dentais SUPERIOR INFERIOR INCISIVO CENTRAL 23,5 22 INCISIVO LATERAL 23 23,5 CANINO 27,5 26 1º PRÉ-MOLAR 22,5 23 2º PRÉ-MOLAR 22,5 22,5 1º MOLAR 22,5 22 2º MOLAR 22,5 22 • Limite CDC - Transição entre a polpa e o tecido periodontal - Termino do preparo e obturação - Zona de maior constrição apical - Somente visualizada com corte histológico COMPRIMENTO DE TRABALHO • O comprimento ou limite de trabalho corresponde a distância entre um ponto de referência coronário ao ponto apical em que o preparo do canal e a obturação devem terminar • Com base na radiografia de diagnóstico (inicial- com posicionador) • Ponto de referência estável • Mensuração com régua endodôntica • O comprimento de trabalho delimita a patência foraminal, que delimita a lima de patência (1mm além do forame) • CRT- Comprimento real de trabalho • Patência foraminal- 1mm além do forame- tem o objetivo de desobstruir o forame, trabalhando 1mm fora do ápice com uma lima mais fina do que a que instrumentou o dente ANATOMIA APICAL • Na grande maioria dos dentes os forames apicais não estão localizados no vértice radicular. Deveriam ser chamados de forames apicais. ERROS NO CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE TRABALHO • Sub instrumentação/ obturação - Inadequada excisão da polpa - Formação de degrau - Surgimento ou permanência da lesão periapical - Persistência da dor • Sobre instrumentação/ obturação - Injúrias a tecidos saudáveis ➢ Ação mecânica dos instrumentos ➢ Ação química das subs. Irrigadoras - Aumento da dor pós-operatória - Pode retardar ou impedir a cura • Sobre extensão - Não existe um selamento adequado - Há passagem de cone de guta-percha - Reação inflamatória - Prejudica o processo de reparo • Sobre obturação - Selamento adequado da região foraminal - Extravasamento de cimento obturador - Puff ou surplus: extravasamento de cimento visto no final do forame ou em canais lateriais. REQUISITOS DE UM MÉTODO • Precisão • Fácil execução • Rapidez • Segurança no resultado • Facilidade de confirmação MÉTODO RADIOGRÁFICO • Permite o conhecimento de dados adicionais, como: - Obstruções - Desvios - Nº de canais - Curvaturas - Reabsorções - Estágio de formação dos dentes - Raizes • Limitações - Forame apical não coincide com vértice radiográfico - Curvaturas apicais para vestibular ou palatina - Sobreposição de estruturas anatômicas ou grampos de isolamento • Bregman, Ingle, Best et. al. Desenvolveram técnicas que utilizam a imagem radiográfica e uma tabela contendo os valores médios do comprimento do elemento dental para determinar o comprimento real do dente (CRD) - Esse método é largamente utilizado - Não exige auxilio de qualquer tipo de equipamento especial além da atenção e cuidado do profissional • Métodos mais utilizados por clínicos e especialistas em endo 1. Best 2. Grossman 3. Bregman 4. Ingle TÉCNICA DE INGLE 1. Tomada radiográfica inicial 2. Medir o comprimento do dente no RX com uma régua milimetrada. Transferir o comprimento do dente para a ficha, com o nome de Comprimento aparente do dente (CAD) 3. A partir do CAD, subtraímos 2mm, devido a possíveis distorções da imagem radiográfica, servindo como margem de segurança para que os tecidos apicais e periapicais não sejam traumatizados quando. - CAD-2= CTP (Comprimento de trabalho provisório) 4. Transferir essa medida para o instrumento endodôntico inicial, ficando aquém do vértice radiográfico. - O instrumento deve ficar justo no canal, para que não haja risco de movimentação durante a tomada radiográfica. - O cursor do instrumento deve se apoiar na borda incisal ou na cúspide do dente (ponto de referência) 5. Faz-se outra radiografia (já com grampo) 6. Na 2ª radiografia mede-se o espaço entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico. Essa medida é chamada de x 7. De posse dessa medida X, iremos somar ao valor do CTP, obtendo o CRD (comprimento real do dente) 8. O CT será igual ao CRD-1mm CÁLCULOS Mediu o dente e deu: CAD= 20mm Não podemos instrumentar inicialmente o dente com o valor do CAD, para não sobre instrumentar, então diminuímos 2mm desse valor: CAD-2mm= CTP 20- 2= 18mm CTP= 18mm Faz-se outra tomada radiográfica e mede-se o espaço entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico, que deve ser 2mm, mas o CT deve ser de 1 mm: CTP+ 1= CT 18+1 = 19 CT= 19 • O limite apical radiográfico é diferente da localização exata do forame apical. Na verdade, o LAR é igual à saída do forame maior • Desvantagens das radiografias - Distorções da imagem - Sobreposição de estruturas (anatômicas e grampo) - Não coincidência da saída foraminal com ápice anatômico - Método bidimensional • Custer demonstrava preocupação em determinar o limite de intervenção no canal radicular. Ele reconhecia que a precisa localização do forame apical não era fácil, então propôs o método eletrônico como uma possível solução LOCALIZADOR FORAMINAL • Vantagens - Método mais preciso - Maior rapidez na obtenção das medidas - Não sofre interferência das estruturas anatômicas - Não apresenta riscos à saúde (não tem radiação) • Indicações: - Aplicação na maioria das situações endodônticas - Detecção de perfurações - Acompanhamento do CT em canais curvos - Superposição de estruturas anatômicas - Gestantes - Pacientes com náuseas - Superposição de canais • Contraindicações ➢ Dentes com rizogênese incompleta - Pela ausência de constricção apical nesses casos a odontometria eletrônica ficará comprometida ➢ Reabsorções extensas ➢ Pacientes portadores de marcapassos cardíacos - Risco de interferência: não utilizar o localizador eletrônico foraminal nesses pacientes • Como funciona: - A dentina é um bom isolante elétrico - O tecido apical é condutor - A lima se aproxima do forame - Quando a lima toca na constricção apical, a resistência elétrica é estabelecida • Observações ➢ Restaurações metálicas - Intervêm no processo eletrônico de medição, por serem excelentes condutores de corrente elétrica ➢ Dentes danificados - Canais calcificados: nos casos onde o instrumento endodontico não percorre o trajeto do canal até o terço apical a leitura da constrição ficará comprometida ➢ Remoção da guta percha - Retratamento endodontico: o material obturador deve ser totalmente removido procedendo-se depois a odontometria ➢ Dentes decíduos - A medição eletrônica em dentes decíduos é descrita com sucesso na literatura - O localizador é importante na detecção de reabsorções fisiológicas presentes não detectadas radiograficamente PROTOCOLO 1. Abertura coronária 2. Isolamento absoluto 3. Irrigação inicial 4. Preparo de terço cervical e médio • Alça labial estéril próximo à comissura labial • Remoção do excesso de líquido da câmara pulpar • Introduzir uma lima de calibre compatível ao diâmetro anatômico • Adaptar a presilha na lima • Aspiração da substância irrigadora na câmara pulpar • Avançar a lima em direção apical • Avisos sonoros: ➢ Alarme sonoro intermitente ➢ Alarme sonoro contínuo • Ajustar o cursor ao ponto de referência • Remover a lima • Aferir a medida com auxílio de régua milimetrada • Instrumentar RADIOGRAFIA DE CONFIRMAÇÃO • Conhecer as limitações da técnica radiográfica • Reconhecimento do trajeto • Auto-avaliação do aprendizado CONCLUSÃO: Embora sejam razoavelmente precisos para a determinação do comprimento de trabalho (CT),os localizadores apicais não substituem a técnica radiográfica
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