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Limite Apical e Odontometria

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Limite Apical e Odontometria  
  
Apresentam m-o nesta área do canal, o instrumento deve passar por todos os 3 terços                              
para a limpeza, modelagem, ampliação e preenchimento. O instrumento deve ter                      
comprimento adequado para não ficar antes ou depois da região apical.   
Odontometria é uma das partes da instrumentação/preparo químico-mecânico, mas                  
não é a primeira fase, pode ser feita em momentos distintos.   
Os instrumentos são levados no interior do canal em um certo comprimento que deve                            
ser previamente estabelecido para atingir todos os terços do canal.   
O Limite apical é fornecido pela odontometria.   
CT: comprimento de trabalho.   
O limite da instrumentação e da obturação coincidem em relação ao canal principal,                          
determinado pelo CT.   
LIMITE APICAL: até onde eu posso ir com o instrumental.  
É o ponto mais apical da instrumentação.  
Deve ser limitado para que o instrumento não vá além do comprimento e ultrapasse o                              
forame apical.   
O tratamento endodôntico com preparo aquém e além do comprimento não será                        
satisfatório.   
  
O canal radicular vai para o assoalho da câmara pulpar e vai até o ápice anatômico é                                  
composto por 3 terços, e o terço apical está diretamente relacionado com o limite, o                              
limite determina a extensão do preparo.  
Características :  
- Divide-se em três terços: cervical, médio e apical  
- Limite apical = terço apical = zona crítica apical  
Terço Apical é considerado a zona crítica, mais suscetível a curvatura, ramificações,                        
túbulos com menor diâmetro e tortuosos que dificulta a chegada das soluções                        
irrigadoras.   
- Aproximadamente 3 mm apicais da raiz  
- Região próxima aos tecidos  
- Maior frequência de ramificações  
- Maior frequência de curvaturas  
- Microrganismos de maior virulência  
Fracasso: premanência de m-o nos milimetros finais do canal radicular (irritantes que                        
podem alcançar os tecidos perirradiculares por ser uma via de acesso)   
Desafio: selamento apical e microbiano.   
  
O forame apical ́pode ter múltiplas foraminas apicais que não coincidem com o ápice                            
anatômico, assim a limpeza é dificultada se não for determinado o comprimento de                          
trabalho, gerando iatrogenia.  
Na região apical, tem-se também o canal dentinário, com maior diâmetro para cervical                          
e menor diâmetro para apical, que pode coincidir com a constrição apical e a partir dela                                
tem-se o canal dentinário, que é menor que o dentinário. A comunicação do tecido                            
pulpar com o tecido do ligamento periodontal é pelo forame apical com passagem de                            
vasos sanguíneos e nutrientes.   
Limite CDC: divisão/união entre os dois espaços (canal dentinário e cementário)    
  
    
Temos que remover o tecido do interior do canal, para isso, o instrumento tem que                              
atingir determinado comprimento  
Se utiliza um instrumento parcialmente no canal radicular, terei uma limpeza parcial, a                          
solução irrigadora não terá um alcance a todos os canais. Está relacionado com a                            
ausência de sucesso e possibilidade de fracasso, quando não cumpre todos os objetivos.   
Essa determinação do comprimento de trabalho será importante tanto para a                      
instrumentação quanto para o preenchimento do canal.  
Quando falamos de preparo do canal radicular, mais especificamente do preparo apical,                        
nós falamos da criação de um batente apical.  
Batente Apical : limite que o material obturador tem que alcançar para o                          
preenchimento dentro do canal radicular. Ou seja, se não tiver um batente apical                          
estabelecido, o material obturador passa direto.  
Se não respeitar o limite apical, podemos ter um comprimento apical que fica além ou                              
aquém do comprimento de trabalho.  
Além: possibilidade de reação inflamatória pelo extravasamento de material na região                      
apical.  
Aquém: tem-se espaço vazio que é colonizado por microorganismos.  
Objetivo da determinação do limite apical/comprimento de trabalho: instrumentação                  
adequada, limpeza adequada, modelagem adequada, obturação satisfatória, índices de                  
sucesso aumentados.  
  
Como determinar o Limite Apical? Pela odontometria.   
  
ODONTOMETRIA -> RADIOGRÁFICA.   
Técnica de Bregman   
Técnica de Ingle   
É a mensuração do tamanho real do dente. Através desse comprimento real, nós                          
conseguimos chegar ao limite apical. Determinação do comprimento real do dente                      
(CRD), possibilitando a definição do limite apical de instrumentação ou comprimento                      
de trabalho (CT).  
Nós fazemos essa mensuração através de radiografias.  
Considerações sobre as RG:   
O comprimento real é apenas pela extração, o comprimento da RG é COMPRIMENTO                          
APARENTE devido às limitações de imagem bidimensional e distorções.   
Materiais: régua, lupa, posicionador radiográfico, limas e régua milimetrada, ficha                    
para anotações.   
LIMAS: usadas na instrumentação com diferentes comprimentos para acompanhar os                    
diferentes comprimentos dos dentes.   
O ponto de referência tem que ser fixo, a posição do cursor tem que tangenciar a borda                                  
incisal e a lima tem que estar ajustada para que não se desloque da posição.   
Em dentes multirradiculares tem mais limas dentro dos canais, então deve ter mais                          
cuidado em relação ao cursor.   
  
Conceitos  
CAD: comprimento aparente do dente  
CRI comprimento real do instrumento  
CRD comprimento real do dente  
CT: comprimento de trabalho   
  
  
A odontometria é uma fase do preparo químico-mecânico que é divido em partes pois o                              
canal também é dividido em terços, para favorecer o alcance das limas.   
1. Obter RG inicial   
2. Determinar o CAD: radiografia do dente em toda a dimensão e anotar o                          
comprimento da incisal até a ponta do ápice  
3. Determinar CT provisório diminuindo 2mm do CAD.   
a. CRI = CAD - 2 mm (medida de segurança)   
4. Transferir o comprimento para uma lima que será a referência para uma segunda                          
tomada radiográfica da extensão do dente5. Régua milimetrada: CAD - 2 ou 3mm = tamanho da lima  
6. Cursor da lima deve estar apoiado na borda incisal num ponto definido e fixo  
7. Nova RG  
8. Medir a distância do ápice até a ponta do instrumento (DAI) que é o que falta para                                  
o CRD  
9. Determinar o CRD (DAI + CRI)   
10. Deve respeitar o limite do canal dentinário, então o CT: CRD - 0,5 mm  
  
  
Limite apical: o limite é 0,5mm tanto para polpa viva, quanto para necrosada. Mas a                              
polpa vital é aceitável 1mm.   
O limite apical ideal para instrumentação é o mais próximo possível do forame apical.   
  
Recursos: localizadores apicais que indicam o comprimento até alcançar o limite apical                        
do forame.   
Calcula o comprimento real do dente, para diminuir 0,5mm e determinar o CT.   
Ele mostra o quanto estamos avançando pelo visor que tem marcações e vão                          
aparecendo progressivamente e vai emitindo um apito sonoro quando vai chegando no                        
ápice.  
Ao determinar o comprimento de trabalho, nós tiramos 0,5mm da polpa necrosada e                          
1mm da polpa vital. Então, temos um espaço que não foi instrumentado, e se nao for                                
devidamente limpo, esses microorganismos presentes nesses espaços irão promover                  
chances de desvio de trajetória do canal etc. Para ficar livre, devemos deixar o canal                              
livre = PATÊNCIA.  
  
Na RG pode ter uma distorção ou a representação bidimensional pode confundir.   
  
No tratamento endodôntico convencional, a cárie atinge a polpa e gera uma inflamação                          
irreversível, o que pode gerar necrose ou não. E aí temos dois tipos de tratamentos:  
1- biopulpectomia : remoção da polpa coronária e radicular de um dente vital.  
Até 1mm aquém do vértice radiográfico (CRD – 1mm)  
2- necropulpectomia : remoção de polpa necrosada.  
0,5 mm aquém do vértice radiográfico (CRD – 0,5mm)  
  
Em uma polpa necrosada, a limpeza é mais difícil. Por isso, em polpas necrosadas, o                              
limite é menor, pois necessita-se estar mais próximo ainda do forame devido à                          
quantidade de bactérias presentes. A polpa vital fica um pouco antes.  
  
Patência apical: deixar o canal livre de raspas, ou seja, desobstruir e evitar que sem                              
esses microorganismos fiquem presos nesse meio milímetro ou 1 mm final, assim                        
evitar a perda do CT.    
Evita obstrução apical (perda do comprimento de trabalho).   
Permite a limpeza do canal em toda extensão, para que os irrigantes possam chegar em                              
todo o dente e promover maior desinfecção e diminuir a quantidade de raspas de                            
dentina.  
Usa instrumentos de pequenos diâmetros   
CP: CRD + 0,5mm - pode atingir o forame apical ou ultrapassar 0,5-1 mm  
  
 
 
1. Realizar a Radiografia inicial e mensurar nessa radiografia o Comprimento                    
Aparente do Dente com auxílio da régua.   
  
2. Determinar o Comprimento de Trabalho Provisório (CTP): CAD -2mm   
a. O objetivo de se deteminar o CTP é evitar possíveis erros na mensuração                          
do comprimento do dente em função da possibilidade de distorções da                      
radiografia. O valor do CTP deverá ser transferido para uma lima tipo K                          
(de pequeno diâmetro) para que essa lima alcance o CTP.   
b. Esse comprimento na lima passa a ser chamado de Comprimento Real do                        
Instrumento (CRI). A lima deverá ser inserida no canal radicular até que o                          
cursor da lima fique apoiado no ponto de referência na incisal ou oclusal                          
do dente.   
c. Uma nova radiografia é realizada. Mede-se nesta radiografia a distância                    
ápice- instrumento (DAI), que corresponde à distância da ponta do                    
instrumento ao ápice radiográfico.  
  
3. Calcula-se o Comprimento Real do Dente (CRD): CRD= CRI + DAI. E transfere                          
esse valor para a LK.  
4. 4- Determina-se, o Comprimento de Trabalho (CT) = CRD – 0,5 mm. E                          
realiza-se uma nova radiografia com a lima em posição, confirmando o CT.  
  
  
PATÊNCIA  
Determina-se, o Comprimento de patência (CP) = CRD + 0,5 mm (não é necessária a                              
realização de radiografia nessa etapa)

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