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Literatura Infanto Juvenil

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Literatura Infanto Juvenil 
Questão 1) - 0,50 ponto(s) 
 
Para a solução desta questão, leia e interprete o seguinte texto: 
 
Características da poesia infantil brasileira em tempos diversos: 
Transpondo esta noção de criança como noção histórica para o 
panorama verde-amarelo da infância brasileira e dos livros a ela 
destinados, cumpre ao professor de Língua Portuguesa entender 
que a criança que JANSEN tinha em mente ao traduzir clássicos 
infantis para a editora Laemmert era diferente, por exemplo, da 
criança para a qual Olavo BILAC compôs suas Poesias Infantis; 
esta, por sua vez, não se confundia com a criança para a qual 
Monteiro LOBATO criou o Sítio do Picapau Amarelo, e nenhuma 
delas, com a criança para a qual Francisco MARINS escreveu a 
saga de Taquara Poca, a qual também não se confunde com a 
criança que lê e se identifica com O Gênio do Crime, de João 
Carlos MARINHO. [...] Assim inscritas na história, as formulações 
apressadas que fazem das crianças anjos ou animais começam a 
mostrar o percurso de construção de tais formulações, para as 
quais muito contribuíram disciplinas diversas, como a Pedagogia 
e a Psicanálise (para ficarmos só na letra P). E, se é verdade que 
o educador não precisa acreditar em nenhuma delas, precisa 
conhecê-las todas para posicionar-se frente a elas, discuti-las 
sempre, de forma a poder reconhecer com transparência quando 
uma ou outra se manifesta nas entrelinhas de propostas de 
alfabetização, ou projetos de leitura. 
(LAJOLO, Marisa. A Formação do Professor e a Literatura 
Infanto-Juvenil. Disponível 
em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_05_p029-
034_c.pdf). 
 
Como se pode depreender do texto acima, as concepções de 
infância e a escolha de textos mais adequados a cada perfil e a 
cada objetivo pedagógico são saberes essenciais aos operadores 
da leitura na escola, especialmente professores e bibliotecários. 
Mostre que você sabe analisar textos com diferentes concepções, 
interesses e finalidades, para sua adequada aplicação em sala de 
aula. Para isso, relacione cada trecho de texto a seguir com sua 
respectiva interpretação. 
 
A - Chapeuzinho Amarelo - Chico Buarque 
[...] E de todos os medos que tinha 
o medo mais que medonho 
era o medo do tal do LOBO. 
Um LOBO que nunca se via, 
que morava lá pra longe, 
do outro lado da montanha, 
num buraco da Alemanha, 
cheio de teia de aranha, 
numa terra tão estranha, 
que vai ver que o tal do LOBO 
nem existia.[...] 
(Publicado em 1979) 
 
B - A Pátria – Olavo Bilac 
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! 
Criança! não verás nenhum país como este! 
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! 
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 
É um seio de mãe a transbordar carinhos. 
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, 
[...] 
Criança! não verás país nenhum como este: Imita na grandeza a 
terra em que nasceste! 
(Publicado no início do século XX, sem data oficial) 
 
C - Cuidados maternais – Zalina Rolim 
[...] 
Minha filhinha, a todo o encanto alheia, 
Descansa em meus joelhos; 
E nos seus lábios doces e vermelhos, 
Leve sorriso ondeia. 
Pesa-lhe o sono; já entreabre a custo 
Os olhos sonolentos, 
E adormecê-la assim exposta aos ventos, 
Causa-me grande susto. 
Tão melindrosa e frágil! Pobre anjinho! 
Traz-me em perpétuo anseio... 
Quem me dera escondê-la no meu seio 
Em faixas de carinho!... 
E conservá-la assim -meu sonho eterno - 
No íntimo do peito, 
E de amor construir-lhe o níveo leito 
No coração materno!... 
(Publicado em 1897) 
 
D - Jogo de Bola – Cecília Meireles 
A bela bola 
rola; 
a bela bola do Raul. 
Bola amarela 
a da Arabela. 
A do Raul, 
azul. 
Rola a amarela 
e pula a azul. 
A bola é mole, 
é mole e rola. 
A bola é bela, 
é bela e pura. 
(Publicado em 1964) 
 
E - Saci Pererê 
Menino negrinho, levado e arteiro 
Só tem uma perna, mas salta de lá pra cá o dia inteiro 
A carapuça vermelha o deixa invisível 
Adora traquinagens, se acha invencível. 
 
Fuma cachimbo 
E tem joelho machucado 
Mas não se engane, 
Ele não é nenhum coitado. 
[...] (Conto do folclore popular brasileiro, s. d.) 
 
Interpretações: 
( ) Exploração do ritmo, da rima e de outros valores linguísticos 
e sonoros, revestindo conteúdo valores nacionalistas, 
demonstrando objetivo de formar nas crianças os cidadãos 
destinados a consolidar uma nação forte, que busca respeito e 
valorização das comunidades interna e internacional. 
( ) Poesia em sua dimensão lúdica, acentuada pelo movimento 
das letras e pela rima, um recurso para agradar o ouvido, 
mostrando requinte e elaboração por parte do autor, que tem 
intenção estética na sua relação com a criança leitora. 
( ) Sátira contemporânea, estabelecendo intertextualidade com 
narrativa infantil dos Irmãos Grimm, Século XIX. 
( ) Texto popular, que circula entre as comunidades pobres, de 
cultura oral, visto que as crianças da nobreza liam os grandes 
clássicos da literatura infantil. 
( ) Expressa valores burgueses, voltados para a consolidação de 
uma sociedade tradicional, com estereótipos familiares 
explorados em versos destinados a crianças, mas com métrica, 
sonoridade e vocabulário distantes do universo infantil. 
 
A sequência CORRETA é a seguinte: 
A) 
B, D, E, A, C 
B) 
C, E, D, A, B 
C) 
C, D, E, A, B 
D) 
D, A, B, C, E 
E) 
B, D, A, E, C 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 2) - 0,50 ponto(s) 
 
As operações envolvidas em reconhecer as letras e seus sons, 
compor a sílaba e identificar a palavra ou expressão acontecem 
recursivamente ao longo do texto, cujo processamento mais 
global, ou seja, de parágrafos ou trechos maiores, interfere no 
processamento mais local, ou seja, no reconhecimento das letras, 
sons, sílabas e palavras, gerando um ciclo em que o significado 
do todo colabora para a identificação das partes e as partes, por 
sua vez, desempenham também um papel fundamental para a 
construção do todo. 
 
Desde a alfabetização, uma leitura fluente depende de 
uma decodificação bem feita. Isso não significa que o leitor 
precise decompor, uma por uma, as palavras em sílabas e as 
sílabas em letras. Uma leitura assim demandaria muito tempo de 
processamento e prejudicaria a construção do sentido. A fluência 
da leitura depende de uma decodificação rápida e precisa, em 
que o leitor reconhece palavras e expressões como um todo, sem 
precisar identificar conscientemente cada uma das suas partes. 
Essa decodificação rápida é crucial, uma vez que libera mais 
recursos cognitivos do leitor para a construção de sentidos do 
texto e para utilização de outras estratégias de leitura que 
ampliarão seus níveis de proficiência. 
 
Disponível em: 
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/deco
dificacao. Acesso em: 08 mai. 2019 (adaptado). 
 
Considerando a perspectiva da leitura como decodificação, avalie 
as posturas metodológicas a seguir. 
 
I. A leitura decodificação, também conhecida como busca de 
informação, envolve informações que estão na superfície do 
texto, devendo, para isso, serem priorizados textos de natureza 
informativa, não literária. 
 
II. A leitura de um material escrito, que visa à busca de 
informações, seja em nível superficial ou mais profundo, não só é 
aplicada em aulas de Língua Portuguesa, quando de atividades 
de interpretação de texto, por exemplo, mas também em outras 
disciplinas em várias outras atividades de ensino. 
 
III. Há, minimamente, duas formas metodológicas para a 
abordagem da leitura decodificação em sala de aula: busca de 
informação com roteiro previamente elaborado, por exemplo, um 
estudo dirigido, e a busca de informação sem roteiro previamente 
elaborado, quando o aluno lê o texto e retira de lá as informações 
que julgar importantes. 
 
É correto o que se afirma em 
A) 
II e III, apenas. 
B) 
I, II e III. 
C) 
I, apenas. 
D) 
III, apenas. 
E) 
I e II, apenas. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 3) - 0,50 ponto(s)Leia o texto: O imaginário na literatura (Marcial Salaverry) 
“Partindo-se do princípio que "imaginário", é algo que só existe 
em nossa imaginação, pode-se chegar à conclusão de que tudo 
aquilo que não puder ser materialmente provado, pertence ao 
imaginário. Coisas imaginárias são aquelas cuja existência não 
pode ser comprovada. Vamos então imaginar a importância do 
imaginário na produção literária. A grande maioria dos livros 
existentes fala de coisas imaginárias, exceção feita aos livros de 
cunho científico, bem como daqueles que tratam de fatos e feitos 
históricos que podem ser provados por documentos legítimos. 
Existem muitos que falam de fatos que nos são passados por 
depoimentos através dos anos. Serão reais, ou pertencem ao 
imaginário das pessoas? Certos fatos narrados, como por 
exemplo, o propalado romance entre Cleópatra e Marco Antônio, 
ou mesmo a beleza de Cleópatra, são fatos reais, ou imaginados. 
Não existem fotografias provando... nem sequer um VT da morte 
da Cléo... Teria ela existido? Não se pode em definitivo separar o 
que é história, do que é estória...” 
O imaginário nas histórias e estórias pode ser compreendido, 
principalmente 
A) 
porque desvela o mundo, trabalhando com aspectos que 
achamos que existe, mas na verdade inexiste. 
B) 
porque evidencia a racionalidade, com criações objetivas, 
despreocupadas com o caráter lúdico. 
C) 
porque apresenta um jogo de palavras que não se atribui a fatos 
verossímeis. 
D) 
porque reequilibra fatos verídicos com fatos ficcionais. 
E) 
porque foca nos mitos antigos, uma vez que esse gênero trabalha 
exclusivamente com temáticas inverossímeis. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 4) - 0,50 ponto(s) 
 
Leia os textos a seguir. 
 
TEXTO 1 
 
Fábula é um tipo de história que traz uma moral, ou seja, ensina 
uma lição. É geralmente uma narrativa curta, em 
que animais falam, pensam e agem como gente. E, por 
destacarem qualidades e defeitos humanos, os animais mostram 
quão bobas ou sábias as pessoas podem ser. As fábulas são 
muito usadas nas sessões de contação de histórias. 
 
Disponível 
em: https://escola.britannica.com.br/artigo/fábula/481262. Acesso 
em: 9 dez. 2019. 
 
TEXTO 2 
 
Considere a atividade a seguir, elaborada para ser trabalhada 
com alunos do Ensino Fundamental. 
 
Disponível em: https://revistazunai.com.br/atividades-com-
fabulas-1o-2o-3o-e-4o-ano/. Acesso em: 09 dez. 2019. 
 
A partir do conceito de fábula, da atividade em análise e 
considerando o trabalho com a narrativa infantil em ambiente 
escolar, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas. 
 
I. Embora a atividade apresente o gênero fábula, típico gênero de 
natureza narrativa, não se vê priorizado aspectos relacionados à 
abordagem de aspectos da narrativa infantil. 
 
PORQUE 
 
II. O foco da atividade é o preenchimento das lacunas com as 
palavras previamente indicadas, deixando, por exemplo, em 
segundo plano a abordagem de elementos como: o enredo, as 
personagens etc. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira. 
B) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa. 
C) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. 
D) 
As asserções I e II são proposições falsas. 
E) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa da I. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 5) - 0,50 ponto(s) 
 
Dentro da ética e integridade moral do professor, tem a 
responsabilidade social e o mesmo entra como motivador na 
busca incessante de promover condições do aluno aprender a 
conhecer a si e ao seu próximo, o seu meio e outros inseridos no 
mesmo mundo que o seu. Ao professor é atribuído, além da 
responsabilidade do ensino, o de conduzir o aluno à vontade de 
ler, ao hábito da leitura, ou seja, de ler por prazer. Ainda, o 
professor tem a necessidade de desenvolver mecanismos para 
que seus alunos consigam não só decodificar os escritos dos 
textos, mas principalmente que haja a compreensão da ideia 
transmitida pelo mesmo. 
 
COELHO, Kesia. A importância da leitura na educação 
infantil: um estudo teórico. Disponível 
em:<https://fapb.edu.br/wp-
content/uploads/sites/13/2018/02/especial/4.pdf>. Acesso em: 01 
jun.2019 
 
Considerando o texto apresentado e as atribuições do professor, 
é correto afirmar que 
A) 
o professor é responsável por todo o processo, compete-o 
recorrer a meios e estratégias para manter uma educação 
clássica e centralizadora. 
B) 
o professor deve auxiliar o aluno diante das suas dificuldades e 
apresentá-lo o mundo da leitura perante ao modelo educacional 
já estruturado. 
C) 
o professor é peça fundamental nesse processo e cabe-lhe 
direcionar o aluno a partir de métodos já estabelecidos e respeitar 
a educação formal tradicional. 
D) 
o professor é o componente fundamental para o sucesso do 
aluno, visando manter o equilíbrio e modelo educacional até 
então estabelecido. 
E) 
o professor tem a função de viabilizar o processo de 
desenvolvimento do aluno e ajudar a potencializá-lo, estimulando 
a imaginação e o hábito da leitura para o êxito do ensino. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 6) - 0,50 ponto(s) 
 
Gregorin Filho (s.d.), em texto transcrito na Coletânea de Textos 
da disciplina Literatura infantil e o Imaginário da Criança, afirma o 
seguinte: 
"Então, falar de literatura infantil é, de certo modo, vincular um 
determinado tipo de texto com as práticas sociais que foram se 
impondo na comunidade e na educação das novas gerações, 
principalmente após a segunda metade do século XIX. Assim, na 
maioria dos livros que buscam tratar do assunto, há o questiona 
mento: a literatura infantil é instrumento pedagógico ou é arte?" 
Sobre as relações entre o trabalho com a literatura infantil como 
arte e como recurso pedagógico de ensino de outros conteúdos, 
julgue as afirmações a seguir. 
 
I. A literatura infantil trabalhada na escola apenas como arte está 
presente nas fábulas e nos poemas nacionalistas, que partem de 
uma moral dogmática para a formação da sociedade. 
II. Tratada como recurso pedagógico, a literatura é um 
instrumento manipulado por uma intenção educativa, uma 
literatura informativa, com fatos cientificamente comprováveis. 
III. A escolha pelo professor de um trabalho moralizante com as 
obras literárias, dentro de paradigmas sociais tradicionais, revela 
uma tendência conservadora de docência, mais comum no início 
século XX. 
IV. A polêmica entre arte e pedagogia é gerada porque não há 
obras que pertencem, simultaneamente, ao universo lúdico da 
literatura e ao mundo real dos valores de cada época. 
V. Obras de cunho didático pedagógico, segundo as fontes 
estudadas na disciplina "Literatura infantil e o imaginário da 
criança", têm sido utilizadas para que o ato de ensinar seja 
duplamente relevante: desenvolve o hábito de leitura e os valores 
morais. 
 
É CORRETO apenas o que se afirma em 
A) 
I, IV, V. 
B) 
II, III, V. 
C) 
I, II, III. 
D) 
II, III. 
E) 
II. III, IV. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 7) - 0,50 ponto(s) 
 
A circulação da poesia oral é um fenômeno comum a todas as 
culturas. Mesmo as culturas letradas, como a nossa, não deixam 
morrer ou se apagar da memória as parlendas, as canções, os 
brincos, as quadras, os dísticos e os trava-línguas. Todo esse 
repertório fica em nossas mentes pela musicalidade, pelo caráter 
brincalhão, e, sobretudo, por nos suspender um pouco de 
trabalho duro, as dificuldades do cotidiano e nos colocar num 
regime de sonho ou de contenda, do modo mais gratuito 
possível. 
 
Para transmitir esse material, herança familiar, de amigos 
próximos, de professores é preciso cultivar a oralidade. Se não 
sabemos mais de cor, é possível ler e reler com as crianças o 
que já foi escrito. Mas não é só ler para a criança, é ler para nós 
mesmos e reencontrar a alegria daaudição de um verso bonito, 
de uma história musical, de uma adivinha que mobiliza nossa 
fantasia. [...] 
 
ALVES, J. H.; SOUZA, J. R.; GARCIA, Y. M. R. Lendo e 
brincando com sextilhas e outros versos. In: SOUZA, R. J.; FEBA, 
B. L. T. (Org.) Leitura literária na escola. São Paulo: Mercado 
de Letras, 2011. 
 
A partir do texto supracitado, analise as seguintes asserções e a 
relação entre elas. 
 
I. No que tange à Educação Infantil, um dos objetivos de 
aprendizagem que a Base Nacional Curricular aponta é levar a 
criança a "manipular textos e participar de situações de escuta 
para ampliar seu contato com diferentes gêneros textuais", o que 
leva metodologicamente a considerar que aspectos da oralidade 
possam ocorrer a partir de textos que se associem a fontes 
escritas. 
 
PORQUE 
 
II. Embora não haja uma receita a ser aplicada de modo 
invariável para o trabalho voltado para a oralidade, é perceptível 
que é, muitas vezes, necessária a materialização desse trabalho 
a partir de alguns gêneros orais que têm claras manifestações 
escritas, como as músicas e as parlendas. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa da I. 
B) 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira. 
C) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa. 
D) 
As asserções I e II são proposições falsas. 
E) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 8) - 0,50 ponto(s) 
 
O poeta Oswald de Andrade escreveu os seguintes versos: “ 
Aprendi com meu filho de dez anos / Que poesia é a descoberta / 
das coisas que nunca vi.”. Em sala de aula, a poesia pode ser 
explorada de muitas formas. É papel do professor promover 
práticas que estimulem o desenvolvimento da criança em vista 
dessa exploração. Para tanto, julgue os itens a seguir. 
 
I. Um poema, ao ser escolhido pelo professor, precisa voltar-se 
para uma visão moralizadora, falando de costumes, portanto, de 
uma maneira de educar as crianças até sete anos, algo essencial 
nessa faixa etária. 
II. Um poema a ser trabalhado com crianças, sobretudo da 
Educação Infantil, precisa necessariamente ser de pequena 
extensão, para que sua leitura não seja cansativa, e tratar de 
temas associados à sua realidade. 
III. Um poema precisa ser trabalhado visando ao 
desenvolvimento pleno da criança, por isso priorizar o lúdico é 
uma estratégia metodológica para alcançar esse objetivo. 
IV. A escolha de um poema para crianças, seja da Educação 
Infantil, seja do Ensino Fundamental I, precisa priorizar a 
qualidade do texto, permitindo que o trabalho com ele tanto 
mostre o mundo que a criança já conhece, quanto abra as portas 
para um mundo novo, voltado para a exploração da imaginação. 
V. A leitura em voz alta do poema associada à exploração de 
aspectos sensoriais, como ritmo e rima, pode estimular a 
imaginação da criança, por conseguinte a compreensão do 
poema. 
 
É CORRETO o que se afirma em 
A) 
II e III. 
B) 
II, III e IV. 
C) 
I, IV e V. 
D) 
I, II e III. 
E) 
III, IV e V. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 9) - 0,50 ponto(s) 
 
As histórias a que chamamos mitos exercem grande influência 
sobre o contexto cultural; sua universalidade e permanência, até 
hoje revelam sua relevância para a humanidade. Os mitos são 
uma narrativa de mundo, uma maneira de reconhecer os povos 
pela sua cultura e por seu período histórico. Além disso, os mitos, 
como narrativas do discurso oral, se aproximam dos gêneros a 
que Baktin (1998, apud Schneuwly, 2004) chama de primários, 
todavia como as narrativas escritas da literatura incorporam as 
primeiras e transformam-se em gêneros secundários, sendo mais 
complexificado; instrumentos de enunciação, dialogia, de 
formação de pensamento, as narrativas míticas tornam-se, 
também, fundamentais ao processo de apropriação da língua, 
visto o seu valor social, e não como sistema. Tais pressupostos 
encaminham-nos para pensar a prática de apropriação da 
leitura/escrita por meio de atividade literária com narrativas 
míticas de forma mais coerente com o entorno da própria criança, 
pois as escolhas realizadas no momento da leitura/escrita, quanto 
à palavra lida/utilizada, quando ao estilo e às formas linguísticas 
levam em consideração a relação existente entre os 
correspondentes. 
 
GIROTTO, C. G., REVOREDO, M. Narrativas míticas e a 
apropriação da leitura/escrita literária: uma proposição prática. In: 
SOUZA, R. J. de; FEBA, B. L. T. Leitura literária na escola. São 
Paulo: Mercado de Letras, 2011, pp. 155-156. 
 
Partindo do texto apresentado, avalie as asserções a seguir e a 
relação proposta entre elas. 
 
I. A adoção de narrativas míticas no contexto escolar volta-se 
para a formação de um leitor literário, por meio de práticas que 
visem ao encantamento pelo texto de natureza literária. 
 
PORQUE 
 
II. O gênero mito pertence, conforme propõe a Base Nacional 
Comum Curricular, ao campo artístico-literário, devendo, 
portanto, o professor pensar, por exemplo, em levar os alunos a 
elaborarem outros textos a partir das narrativas míticas, como um 
texto de natureza teatral. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. 
B) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa da I. 
C) 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira. 
D) 
As asserções I e II são proposições falsas. 
E) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma 
proposição falsa. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 10) - 0,50 ponto(s) 
 
Analise a página transcrita a seguir, do livro “Chapeuzinho 
Amarelo”, com texto de Chico Buarque de Holanda e ilustração 
de Ziraldo, para responder à questão colocada a seguir, sobre 
ilustrações das histórias infantis. 
 
 
 
[...] 
Tinha medo de trovão. 
Minhoca, pra ela, era cobra. 
E nunca apanhava sol 
Porque tinha medo de sombra. 
Não ia pra fora pra não se sujar. 
Não tomava sopa pra não ensopar. 
Não tomava banho pra não descolar. 
Não falava nada pra não engasgar. 
Não ficava em pé com medo de cair. 
Então vivia parada, 
deitada, mas sem dormir, 
com medo de pesadelo. 
[...] 
 
Julgue as afirmações a seguir, levando em consideração os 
estudos empreendidos em sala de aula. 
 
 
I. O professor deve fazer com os alunos uma leitura crítica da 
ilustração do livro: se tem qualidade, se corresponde ao texto da 
página onde se encontra, se há espaço suficiente para garantir o 
conforto visual. 
II. É preciso observar se a ilustração e o texto são frutos do 
diálogo sadio e harmonioso entre os dois artistas autores. 
III. O professor deve preferir livros com ilustrações que 
reproduzam fielmente o texto, que sejam a cópia exata do escrito. 
IV. A escolha de um livro deve recair sobre aqueles cujas 
ilustrações sejam conotativas, permitindo que as crianças 
imaginem e recriem o texto. 
V. A ilustração deve prevalecer nos livros das crianças a partir de 
nove anos. 
 
É CORRETO apenas o que se afirma em 
A) 
I e II. 
B) 
I, IV e V. 
C) 
I, II e IV. 
D) 
II, III e IV. 
E) 
III, IV e V. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 11) - 0,50 ponto(s) 
 
As histórias na Educação Infantil são fundamentais para a 
formação da criança. Acerca do papel das histórias na educação 
infantil, julgue os itens a seguir. 
 
I. Desenvolve, na criança, o gosto pela leitura, e amplia seu 
vocabulário. 
II. Desenvolve o poder de observação da criança, além da sua 
linguagem oral e escrita. 
III. Educa a atenção das crianças e desenvolve o gosto artístico 
e literário delas. 
 
É CORRETO o que se afirma em 
A) 
II apenas. 
B) 
I, II e III. 
C) 
II e III, apenas. 
D) 
I e III, apenas. 
E) 
I apenas. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 12) -0,50 ponto(s) 
 
O processo de leitura, muitas vezes, inicia-se em casa com pais 
leitores que dão exemplo aos seus filhos. No entanto, quando 
essa prática não tem início no seio familiar, é na escola que esse 
contato com os livros acontecerá. [...] Magnani (2001) diz que, 
para aprender a ler e a escrever, é preciso, antes de tudo, ser 
alfabetizado, processo que cabe diretamente à escola. À escola 
fica a responsabilidade de incentivar, motivar o hábito de leitura, 
mostrar que o ato de ler é algo interessante. Segundo o PCN 
(1997, p.43) “[...] [u]ma prática de leitura que não desperte e 
cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente”. 
 
COELHO, Kesia. A importância da leitura na educação 
infantil: um estudo teórico. Disponível em: https:// 
fapb.edu.br/wp-content/uploads/sites/13/2018/02/especial/4.pdf>. 
Acesso em: 1 jun. 2019 (adaptado). 
 
 
Em relação à leitura infantil e à formação do leitor infantil, julgue 
os itens a seguir. 
 
I. É de suma importância estimular a criança ao hábito da leitura 
tanto no âmbito familiar quanto no escolar, porque esse fato 
ajuda a desenvolver diversos pontos, como o raciocínio lógico. 
 
II. Observa-se a importância de despertar, desenvolver e cultivar 
o hábito da leitura nas crianças desde cedo, pois uma educação 
que não desperta o interesse pelos livros está fadada ao 
fracasso. 
 
III. Compete à escola encontrar metodologias que despertem o 
interesse dos alunos pela leitura, transformando-os em leitores 
assíduos. 
 
IV. Acesso a diferentes suportes de leitura deve ser incentivado 
desde a Educação Infantil, pois o acesso ao impresso não é mais 
suficiente para garantir o gosto pela leitura. 
 
É correto o que se afirma em 
A) 
II e III, apenas. 
B) 
I, III e IV, apenas. 
C) 
I e II, apenas. 
D) 
I, II, III e IV. 
 
E) 
II e IV, apenas. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 13) - 0,50 ponto(s) 
 
Ao longo de seu percurso histórico, a literatura infantil passou por 
diversas fases, tendo experimentado perfis diferentes. 
 
Sobre a história da literatura infantil, avalie os itens a seguir. 
 
I. Ao longo da história, a literatura para crianças acompanhou as 
concepções de infância de cada época. 
II. A literatura infantil é uma decorrência da adaptação de textos 
literários para adultos, sendo, por isso, um gênero menor, 
secundário, reduzido em seu valor intrínseco. 
III. A literatura infantil passou a ser escrita diretamente para 
crianças de grupo familiar configurado como burguês, com a 
nucleação doméstica. 
IV. Como arte e fruição estética, a história da literatura infantil 
teve seu próprio caminho, com autonomia em relação ao 
percurso histórico da humanidade. 
V. Em sua travessia, a literatura infantil refletiu ideologias e 
posições políticas do autor/produtor e, dessa forma, de seu 
contexto. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
A) 
IV e V. 
B) 
I, III e V. 
C) 
I, II e III. 
D) 
II, III e V. 
E) 
II e IV. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 14) - 0,50 ponto(s) 
 
As narrativas infantis abarcam diversas espécies literárias, que 
podem ser divididas de acordo com a origem, em folclóricas e em 
artísticas. Nas folclóricas, pode-se incluir as histórias elaboradas 
de forma coletiva pela sociedade em diversas épocas, como as 
fábulas, os contos populares, contos tradicionais e as lendas. Já 
nas narrativas artísticas, podem-se identificar os autores pelo 
nome, como exemplo desta modalidade, estão os contos de 
fadas modernos e os textos infantis. Deste modo, quanto mais 
interessada a criança fique com as narrativas, mais prazeroso e 
fácil será o processo de alfabetização. Apresentar temáticas, 
espécies e assuntos diversificados aumenta a chance dos alunos 
se identificarem com a produção literária. 
 
Acerca das espécies literárias das narrativas infantis, analise as 
assertivas abaixo. 
 
I. Diferentemente do apólogo e da parábola, a fábula traz um 
ensinamento moral com o transcorrer da história dos 
personagens. 
II. A lenda procura explicar acontecimentos naturais como o dia e 
a noite, além de preparar as crianças para as relações 
interpessoais, por meio da narrativa acerca dos hábitos e 
costumes. 
III. Os contos populares do Brasil estão inclusos no folclore. Entre 
as obras desta espécie estão Pequeno polegar, O gato e a 
raposa e O Chapeuzinho Vermelho. 
 
Está correto o que se afirma em 
A) 
I, apenas. 
B) 
I e II, apenas. 
C) 
I, II e III. 
D) 
II, apenas. 
E) 
II e III, apenas. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 15) - 0,50 ponto(s) 
 
"O pedaço de madeira é capaz de disparar raios. A colcha da 
cama vira manto de princesa. O carro minúsculo pode percorrer 
todas as estradas do mundo. Ao brincar, o pensamento da 
criança desprende-se dos objetos e a ação que ela interpreta 
depende mais de suas ideias do que das coisas com que brinca. 
Ela vive uma situação imaginária, que simula com movimentos. 
Às vezes, também com narrações mínimas que faz a si mesma. 
Enquanto brinca, ela se diverte e reordena as próprias vivências. 
Explora livremente o mundo. As histórias infantis cumprem 
função semelhante à do brinquedo. Ninguém questiona que, em 
algumas delas, tapetes voem ou bichos falem. Iniciada a história, 
entra-se no jogo. Ele permitirá que circunstâncias e sentimentos, 
antes confusos, sejam simbolizados e ordenados. Nada muito 
diferente do que acontece com o adulto, quando se envolve com 
um romance, um filme, uma novela." 
 
Esse mundo imaginário, recheado de aventuras, é concedido à 
criança que lê através dos textos narrativos. A narrativa literária 
infantil consiste, principalmente, em 
A) 
trabalhar com argumentos que apresentam caráter científico e 
dados reais. 
B) 
descrever personagens e objetos capazes de ativar aspectos 
sensoriais na criança. 
C) 
apresentar histórias de personagens que se encontram em 
situações confortáveis, deixando que a criança imagine o 
desfecho à narrativa. 
D) 
copiar um modelo de história real, trazendo muitas vezes a 
abstração da linguagem. 
E) 
contar histórias que apresentam personagens, ações 
concatenadas e um desfecho. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 16) - 0,50 ponto(s) 
 
A história alimenta a imaginação da criança, há quem conte 
histórias para enfatizar mensagens, transmitir conhecimento, 
disciplinar e até fazer uma espécie de chantagem: ‘se ficarem 
quietos, conto uma história’, ‘se isso’, ‘se aquilo’, quando o 
inverso que funciona. A história aquieta, serena, prende atenção, 
informa, socializa e educa. O compromisso do narrador é com a 
história, enquanto fonte de sofisticação de necessidades básicas 
das crianças. Se elas escutarem desde pequeninas, gostarão de 
livros, vindo a descobrir neles histórias como aquelas que lhes 
eram contadas. 
 
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. 10. ed. 
São Paulo: Ática, 2002. 
 
A respeito das funções do educador (professor) no que se refere 
à promoção da leitura por meio da literatura infantil, julgue os 
itens a seguir. 
 
 I. O professor deve apresentar livros com textos complexos com 
a finalidade de superar os níveis e interpretação. 
 
II. É necessário que o professor propicie situações de interação 
aos alunos, nas quais possam relacionar teoria e prática a 
respeito das leituras realizadas. 
 
III. Devem-se apresentar livros de qualidade, de diferentes temas 
e gêneros a fim de atender ao gosto dos alunos. 
 
IV. No momento de seleção de livros, é preciso estar atento às 
provocações estilística do autor, à adequação do texto à faixa 
etária e também ao desenvolvimento cognitivo do educando. 
 
V. O professor deve selecionar os livros adequados à sua turma, 
decidindo o livro que será lido, pois é ele quem conhece o que 
melhor se adequa aos seus educandos. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
A) 
II, III e IV. 
B) 
II, III, e V. 
C) 
I, III, e V. 
D) 
I, IV e V. 
E) 
I, II e IV. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 17) - 0,50 ponto(s) 
 
 
Leiao trecho a seguir para responder ao que se pede. 
 
“As narrativas orais são criações populares e de cunho anônimo 
que surgiram num momento em que a ênfase era a oralidade e 
se espalharam devido à memória e à habilidade dos narradores 
que, de geração em geração, mantinham a tradição viva. São 
histórias que foram vinculadas ao imaginário popular ou à 
memória coletiva, destinadas a ouvintes, adultos e crianças, que, 
como não viviam numa cultura escrita, reuniam-se, à noite, ao 
redor de fogueiras ou lareiras, para escutar as histórias. O 
interesse pela temática Narrativa Oral na Educação Infantil surgiu 
a partir da observação de como as histórias, lidas ou contadas 
exercem um fascínio sobre as crianças.” 
 
Disponível em: <http://www.ceelufpe.com.br>. Acesso em: 22 
maio 2012. 
 
As narrativas orais surgiram por uma necessidade do homem em 
explicar sua própria origem, bem como a origem das coisas, 
trazendo significados a sua existência, porém quanto a sua forma 
A) 
a história oral narrada sofre influência, acréscimos e alterações a 
partir de informações relativas à época e aos valores da 
comunidade onde é narrada 
B) 
a história oral transforma o desfecho, situando cada lição de 
moral às necessidades do que precisa ser evidenciado em 
cada região. 
C) 
a história narrada mantém as características da versão original, 
assim como a escrita. 
D) 
a história oral constantemente adapta versões, aspectos sociais e 
culturais bem diferentes em cada região que é narrada. 
E) 
a história oral considera o que está em voga na mídia e se 
transforma, adequando-se à contemporaneidade. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 18) - 0,50 ponto(s) 
 
Nas palavras de Nelly Novaes Coelho, a fábula é "[...] narrativa 
de uma situação vivida por animais que alude a uma situação 
humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade. A fábula é 
uma narração alegórica, quase sempre em versos, cujos 
personagens são geralmente animais, e que encerra em uma 
lição de caráter mitológico, ficção, mentira, enredo de poemas, 
romance ou drama. Contém afirmações de fatos imaginários sem 
intenção deliberada de enganar, mas, sim de promover uma 
crença na realidade dos acontecimentos." 
 
 SILVA, Janaina Aires da e VIANA, Janielly Santos de 
Vasconcelos. Entre a imaginação e a reflexão: uma proposta de 
trabalho com o gênero fábula em sala de aula. IV Simpósio 
nacional de Linguagens e gêneros textuais. 
Disponível em https://www.editorarealize.com.br/revistas/sinalge/t
rabalhos/TRABALHO_EV066_MD1_SA16_ID1264_15032017164
407.pdf. Acesso em 31/03/2019. 
 
A fábula, no âmbito ético, se desenvolve a partir 
A) 
de conceitos antagônicos e imaginativos, o que produz uma 
compilação de fenômenos, de sentimentos e de imagens que não 
procedem no cotidiano. 
B) 
do contexto moral por propiciar uma construção de identidade 
lúdica infantil, a qual se manifesta como fantasia desconexa da 
realidade. 
C) 
de fantasias que contribuem para a construção do imaginário 
literário da criança. 
 
D) 
da dimensão da conduta humana, porque a alegoria objetiva 
favorecer a interação, o que colabora para o desenvolvimento de 
comportamentos sociais, além de contribuir para a formação do 
caráter da criança. 
E) 
de ideias soltas e abstratas, as quais fazem com que a criança se 
desenvolva apenas no campo do imaginário, fora do contexto 
real. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 19) - 0,50 ponto(s) 
 
Sobre as funções da Literatura Infantil, são feitas as seguintes 
afirmações: 
 
I- A primeira e grande função da Literatura Infantil é divertir, o que 
é demonstrado pela manifestação da criatividade através do 
poder poético-lúdico com a palavra. Isso pode ser comprovado 
em um texto como: 
 
O anãozinho alisou as antenas, escovou as grandes asas 
coloridas e saiu voando. 
- Zzzzzzzzz! - exclamou bem humorado. 
E a velhinha bem velhinha, que não pensava mais em nada, ficou 
pensando que o anãozinho verde era uma borboleta azul. 
 
(Disponível 
em: www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17310?locale=en. Acesso 
em 30 de set. 2017) 
 
II- Emocionar é uma das funções da Literatura Infantil no sentido 
que ela manifesta a sensibilidade através da expressividade das 
palavras combinadas pelo poeta para produzir efeitos de sentido. 
Isso pode ser comprovado em um texto como: 
 
A Lua foi ao Cinema 
Paulo Leminski 
A lua foi ao cinema, 
passava um filme engraçado, 
a história de uma estrela 
que não tinha namorado. 
Não tinha porque era apenas 
uma estrela bem pequena, 
dessas que, quando apagam, 
ninguém vai dizer, que pena! 
Era uma estrela sozinha, 
ninguém olhava para ela, 
e toda a luz que ela tinha 
cabia numa janela. 
A lua ficou tão triste 
com aquela história de amor, 
que até hoje a lua insiste: 
– Amanheça, por favor! 
 
(Disponível em: http://leiturinha.com.br/blog/10-poemas-famosos-
para-ler-com-as-criancas/. Acesso em 27 de set. 2017) 
 
III- Educar, conscientizar e instruir são duas funções da Literatura 
Infantil que se aproximam muito, mas que, por seu caráter, 
muitas vezes, moralizador, devem ser preteridas no processo de 
ensino aprendizagem, principalmente, na Educação Infantil, 
evitando-se, assim, que se entre em choque com os parâmetros 
familiares. Contudo, um exemplo de texto que exemplifica essas 
funções é: 
 
 
Um rato que morava na Cidade, acertando de ir ao campo, foi 
convidado por outro, que lá morava, e levando-o à sua cova, 
comeram ambos cousas do campo, ervas e raízes. 
Disse o Cidadão ao outro: – Por certo, compadre, tenho dó de ti, 
e da pobreza em que vives. Vem comigo morar na Cidade, verás 
a riqueza, e a fartura que gozas. Aceitou o rústico e vieram 
ambos a uma casa grande e rica, e entrados na despensa, 
estavam comendo boas comidas e muitas, quando de súbito 
entra o despenseiro, e dois gatos após ele. Saem os Ratos 
fugindo. O de casa achou logo seu buraco, o de fora trepou pela 
parede dizendo: 
Ficai vós embora com a vossa fartura; que eu mais quero comer 
raízes no campo sem sobressaltos, onde não há gato nem 
ratoeira. E assim diz o adágio: Mais vale magro no mato, que 
gordo na boca do gato. 
 
Moral da história: Mais vale magro no mato, que gordo na boca 
do gato. 
 
(Disponível em: http://fabulasinfantis.blogs.sapo.pt/. Acesso em 
27 de set. 2017) 
 
 
É correto apenas o que se afirma em 
A) 
II. 
B) 
I e III. 
C) 
I e II. 
D) 
I. 
E) 
III. 
Literatura Infanto Juvenil 
Questão 20) - 0,50 ponto(s) 
 
Leia a seguinte definição de Literatura Infantil, proposta por Nelly 
Novaes Coelho: "Literatura Infantil é abertura para a formação de 
uma nova mentalidade que objetiva a educação integral da 
criança, propiciando-lhe a educação humanística e ajudando-a na 
formação de seu próprio estilo, além de ser um instrumento de 
emoções, diversão ou prazer desempenhado pelas histórias, 
mitos, lendas, poemas, contos, teatro etc., criadas pela 
imaginação poética, ao nível da mente infantil”. 
 
A partir dessa definição, considere o texto a seguir. 
 
 PÔR DE SOL DE TROMBETA 
 
 
 
 
O pôr do sol de hoje é de trombeta — disse Emília, com as mãos 
na cintura, depezinha sobre o batente da porteira onde, naquela 
tarde, depois do passeio pela floresta, o pessoal de Dona Benta 
havia parado. Eles nunca perdiam ensejo de aproveitar os 
espetáculos da natureza. Nas chuvas fortes, Narizinho ficava de 
nariz colado à janela, vendo chover. Se ventava, Pedrinho corria 
à varanda com o binóculo para espiar a dança das folhas secas 
— "quero ver se tem saci dentro". E o Visconde dava as 
explicações científicas de todas as coisas. 
O pôr do sol daquele dia estava realmente lindo. Era um pôr de 
sol de trombeta. Por quê? Porque Emília tinha inventado que em 
certos dias o Sol "tocava trombeta a fim de reunir todos os 
vermelhos e ouros do mundo para a festa do acaso". Diante dum 
pôr de sol de trombeta ninguém tinha ânimo de falar, porque tudo 
quanto dissessem saía bobagem. Mas Dona Benta não se 
conteve. 
— Quemaravilhoso fenômeno é o pôr do sol! — disse 
ela. 
Emília deu um pisco para o Visconde por causa daquele 
"fenômeno", e resolveu encrencar. 
— Por que é que se diz "pôr do sol", Dona Benta? — perguntou 
com o seu célebre ar de anjo de inocência. — Que é que o Sol 
põe? Algum ovo? 
Dona Benta percebeu que aquilo era uma pergunta-armadilha, 
das que forçavam certa resposta e preparavam o terreno para o 
famoso "então" da Emília. 
— O Sol não põe nada, bobinha. O sol põe-se a si mesmo. 
— Então ele é o ovo de si mesmo. Que graça! 
Dona Benta teve a pachorra de explicar. 
— “Pôr do sol" é um modo de dizer. Você bem sabe que o Sol 
não se põe nunca; a Terra e os outros planetas é que se movem 
em redor dele. Mas a impressão nossa é de que o Sol se move 
em redor da Terra — e portanto nasce pela manhã e põe-se à 
tarde. 
— Estou cansada de saber disso — declarou Emília. — A minha 
implicância é com o tal de pôr. "Pôr" sempre foi botar uma coisa 
em certo lugar. A galinha põe o ovo no ninho. O Visconde põe a 
cartola na cabeça. Pedrinho põe o dedo no nariz. 
— Mentira! — gritou Pedrinho desapontado, tirando 
depressa o dedo do nariz. 
— Mas o Sol — continuou Emília — não põe cartola na cabeça, 
nem tem o péssimo costume de tirar ouro do nariz. 
— É um modo de dizer, já expliquei — repetiu Dona Benta. 
— Estou vendo que tudo que a gente grande diz são modos de 
dizer, continuou a pestinha. Isto é, são pequenas mentiras — e 
depois vivem dizendo às crianças que não mintam! Ah! Ah! Ah!... 
Os tais poetas, por exemplo. Que é que fazem senão mentir? 
Ontem à noite a senhora nos leu aquela poesia de Castro Alves 
que termina assim: 
Andrada! Arranca esse pendão dos ares1 
Colombo! Fecha a porta dos teus mares! 
Tudo mentira. Como é que esse poeta manda o Andrada, que já 
morreu, arrancar uma bandeira dos ares, quando não há 
nenhuma bandeira nos ares, e ainda que houvesse, bandeira não 
é dente que se arranque? Bandeira desce-se do pau pela 
cordinha. E como é que esse poeta, um soldado raso, se atreve a 
dar ordens a Colombo, um almirante? E como é que manda 
Colombo fechar a "porta" dos "teus" mares, se o mar não tem 
porta e Colombo nunca teve mares — quem tem mares é a 
Terra? 
Dona Benta suspirou. 
— Modos de dizer, Emília. Sem esses modos de 
dizer, aos quais chamamos "imagens poéticas", Castro 
Alves não podia fazer versos. 
— Mas é ou não é 
mentira? 
 (LOBATO, 
Monteiro. A chave do Tamanho, 1942.) 
No tocante à matéria literária que caracteriza o texto de Lobato, 
no que diz respeito ao espaço, ao gênero narrativo e à 
personagem Emília, julgue os itens a seguir. 
 
I. A caracterização da boneca Emília é feita pelas suas falas em 
discurso direto, somadas à descrição feita pelo narrador. 
 
II. Emília é uma personagem-tipo “plana”, isto é, bastante simples 
em sua construção, representando função ou estado social. 
 
III. Emília, como uma boneca que fala, é a personificação da 
imaginação infantil. 
 
IV. Emília, no texto, representa a anulação das fronteiras entre o 
real e o maravilhoso. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
A) 
I, II e IV. 
B) 
II e III. 
C) 
II e IV. 
D) 
I e III. 
E) 
I, III e IV.

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