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APOSTILA PEDIATRIA

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Prévia do material em texto

@elavairevalidar. – Dra. Scarlat Ohara 
 
 
MATERIAL MENTORIA 
INTENSIVA 
@elavairevalidar 
 
Material de apoio direcionado exclusivamente ao mentorandos 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEDia 
tria 
Dra, Scarlat Ohara 
@elavairevalidar 
cirurgia 
 
 
 
NEONATOLOGIA 
Neonatologia: é uma área de atuação dentro da Pediatria que visa a assistência ao Recém-
Nascido em seu Período Neonatal que transcorre desde o primeiro atendimento em sala de parto 
até o 28° dia de vida. 
A importância desta área para o médico generalista e principalmente para nós em processo de 
revalidação vem do seguinte motivo. 
A alta mortalidade, cerca de 70% dos óbitos do primeiro ano de vida ocorrem no período 
neonatal, e grande maioria de suas causas são evitáveis por meio de uma boa assistência ao 
parto, e o Recém-nascido neste período. 
Sendo assim o médico generalista deve ter a competência básica para realizar desde o primeiro 
atendimento do RN em sala de parto, até o acompanhamento dele no transcorrer deste período. 
Dito isso vamos resgatar 2 conceitos primordiais da neonatologia em questões médico-legais. Que 
são as definições que devemos dominar para o preenchimento das Declarações de Nascido vivo, e 
Óbito fetal. 
Nascido 
vivo 
Caracterizado quando existe a expulsão completa do produto do corpo materno, 
independente da duração da gravidez, ou peso, consideramos a presença de 
quaisquer sinal de vida: Respira, Chora, Pulsação do cordão umbilical, Movimentos 
efetivos ou contrações musculares, batimento cardíaco constatado pelo médico 
mesmo que seja por 1 segundo. 
Neste caso devemos preencher a Declaração de Nascido Vivo. 
 
Óbito 
fetal 
É o óbito de um produto da concepção antes da expulsão ou extração completa do 
corpo materno, após as 20 semanas de gestação, e com peso maior a 500gramas, 
sem a constatação de nenhum sinal de vida. 
Neste caso deve ser preenchida é a Declaração de Óbito fetal. 
P.S se menor a 20 semanas de idade gestacional e com peso inferior a 500gr. 
Devemos considerar ABORTO e não óbito fetal. 
 
Classificamos nosso RN de acordo ao seu peso e idade gestacional, e tais classificações nos 
trazem um prognóstico quanto ao risco de vida do RN, e as principais patologias que devemos 
buscar e suspeitar para cada caso. 
A seguir analisaremos as classificações do RN de acordo a OMS. 
PESO AO NASCER 
 
RN com baixo peso ao nascer Menor a 2.500gr (1.500gr a 2.499 gr.) 
RN com muito baixo peso ao nascer Menor a 1.500gr (1.000gr. a 1.499gr) 
RN com extremo baixo peso ao nascer Menor a 1.000 gr. 
Macrossômico Maior a 4.000 gr 
PEDIATRIA 
 
 
IDADE GESTACIONAL 
 
PRÉ-TERMO Menor a 37 semanas completas de Gestação 
Obs.: 
Pré-termo tardio: 34 a 36 semanas e 6 dias de IG 
Pré-termo extremo: menor de 28 semanas de IG. 
A TERMO De 37 semanas a 41 semanas e seis dias de IG. 
PÓS-TERMO Maior a 42 semanas de gestação 
 
PESO CORRELACIONADO A IDADE GESTACIONAL 
 
Adequado para idade gestacional (AIG) Entre os percentis Z entre 10 e 90 
Pequeno para idade gestacional (PIG) Percentil Z abaixo a 10 
Grande para idade gestacional (GIG) Percentil Z acima a 90 
 
Nas classificações citadas acima, as variantes encontradas de maior risco para o RN, são: 
prematuridade, e o baixo peso ao nascer sendo elas inversamente proporcional a sua 
sobrevida, quanto mais prematuro, e com menor peso ao nascer, maior o risco de óbito e 
complicações. 
Escores na sala de parto 
Com toda certeza os mais badalados e que vocês devem conhecer são: 
 APGAR 
 SILVERMAN-ANDERSEN 
 CAPURRO/ NEW BALLARD 
Deixarei na sequencia ambos os Escores e seu uso para cada situação... porém atualmente tanto 
na prática médica diária quanto nas provas seja de residência médica ou revalidação, seu uso vem 
decaindo e sendo menos cobrados. 
O fato é que diferente do que ocorria a alguns anos atrás, atualmente eles não são mais usados 
para a decisão de condutas em sala de parto e diagnósticos, na realidade o grande valor deles é 
refletido em diagnósticos retrospectivos, e na avaliação da atenção perinatal, e até mesmo pré-
natal, já que como citei anteriormente um bom seguimento pré-natal e uma boa assistência ao RN 
em sala de parto, diminuem significativamente complicações e risco de óbito. 
 
- Escore de apgar – 
 
É uma avaliação clínica do recém-nascido (RN), proposta pela anestesista Virginia Apgar, na 
década de 1950, mas muito utilizada até os dias atuais, devido à facilidade de aplicá-la. 
 É utilizado para demonstrar as condições do nascimento, e consiste na avaliação da respiração, 
frequência cardíaca, cor, resposta a estímulos e tônus ao nascimento. 
 
 
Esse escore não definirá a necessidade ou não de manobras de reanimação neonatal, mas 
também será importante para avaliação da resposta e da eficácia dessas manobras, caso tenham 
sido utilizadas. 
Mas como ele é calculado e por quais parâmetros? 
No 1º e 5º minutos de vida. 
Cada parâmetro clínico recebe uma pontuação de 0, 1 ou 2 e, com isso, a pontuação mínima é 0 e 
a pontuação máxima é 10. 
Mas como interpretar o Escore? 
Um escore baixo indica a presença de asfixia neonatal, e um escore alto , indica a ausência dessa 
asfixia. Mas é possível que o resultado da escala apresente falso-positivos e falso-negativos. 
 
A pontuação do primeiro minuto está relacionada ao pH do cordão umbilical, sendo um índice de 
depressão 
Intraparto, isso poderá acarretar complicações deletérias a se a pontuação do 1º minuto for baixa, 
e permanecer baixa após o 5º minuto, longo prazo. 
 
Há um consenso de que um escore de Apgar de 7 a 10 significa uma criança sadia e, quando 
menor que 7, é um sinal de alerta para atenção especial. 
Se o escore for menor ou igual a 6, deverá continuar a ser calculado com intervalos de 5 minutos, 
até o 20º minuto de vida. 
Um Apgar baixo no 20º minuto é compatível com mau prognóstico, como mortalidade ou alguma 
disfunção neurológica. 
 
SINAL 0 1 2 
Esforço 
respiratório 
Respiração 
ausente 
Respiração irregular Respiração regular; 
choro 
Frequência 
cardíaca 
Ausente Menor que 100 bpm Maior que 100 bpm 
Tônus muscular Totalmente 
flácido 
Alguma flexão de 
extremidades 
Movimentos ativos 
Irritabilidade 
reflexa 
Sem resposta Alguma reação Tosse ou espirro 
Cor Cianose central ou 
palidez 
Cianose de extremidades Róseo 
- Triagem Neonatal - 
Todo bebê que nasce atualmente no Brasil tem o direito de ser submetido, gratuitamente, à 
realização de quatro exames muito importantes para a sua saúde. 
São os chamados “exames da triagem neonatal”, sendo eles: teste do pezinho, teste do olhinho, 
teste da orelhinha e teste do coraçãozinho. 
O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pelo Ministério da Saúde desde 
2001, tem como objetivo promover, implantar e implementar ações com foco na prevenção, no 
diagnóstico em fase pré-sintomática, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente 
dos pacientes com as doenças incluídas no Programa. 
Os exames de triagem neonatal são capazes de diagnosticar doenças que, quanto mais cedo 
identificadas, apresentam melhores chances de tratamento, podendo prevenir sequelas graves 
e/ou óbitos. 
 
Em Saúde Pública, triar significa avaliar uma população assintomática e identificar, nessa 
população, indivíduos sob risco de desenvolver determinada doença ou um distúrbio, os quais se 
beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou intervenção terapêutica imediata. 
Identificando-se condições através de testes específicos, pode-se iniciar o tratamento adequado, 
visando minimizar riscos ou complicações decorrentes da condição diagnosticada. 
Conheça um pouco mais sobre cada um dos exames de triagem neonatal. 
 
Teste do Pezinho: triagem metabólica 
 
 
Trata-se de uma triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários em 
geral transtornos raros, porém graves, e com grande repercussãona vida do RN caso 
diagnosticados de forma tardia. 
O teste do pezinho, não tem valor diagnóstico, já que com eles podemos apenas suspeitar e triar 
as doenças já que tem um alta sensibilidade, e confirma-las por meio de outros exames mais 
específicos. 
A pergunta queridinha das provas neste tema são com certeza, as doenças que são rastreadas: 
- Hipotiroidismo congênito 
- Deficiência de biotinidase 
- Hiperplasia de adrenal congênita 
- Fenilcetonúria 
- Fibrose cística 
- Anemia falciforme. 
PLUS: - Deficiência de G6PD 
 - Galactosemia 
 
Deve ser realizado do 3° ao 5° dia de vida em Unidade Básica de Saúde. O pezinho do recém-
nascido, sobretudo a região lateral do calcanhar, é uma região bastante irrigada, o que facilita o 
acesso ao sangue para a coleta da amostra; é um procedimento pouco invasivo e bem menos 
incômodo do que a coleta de sangue venoso com seringa e agulha. 
Os resultados alterados devem ser comunicados ao responsável pela coleta no ponto de origem 
da amostra. A família deve ser notificada e orientada a comparecer com urgência na Unidade de 
Saúde para a realização de exame de confirmação através de uma nova coleta. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o atendimento do RN triado com médicos especialistas, 
incluindo tratamento gratuito adequado por toda a vida para as seis doenças detectadas no 
programa. 
 
 
 
 
 
Fenilcetonúria – 
 
É um dos erros inatos do metabolismo de herança genética. O defeito metabólico gerado leva ao 
acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue. 
Sem o diagnóstico precoce e do tratamento antes dos 3 meses de vida, a criança com 
Fenilcetonúria apresenta um quadro clínico clássico, caracterizado por atraso global do 
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado ou padrão 
autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. 
 
Hipotireoidismo congênito – 
 
 
É uma emergência pediátrica causada pela incapacidade da glândula tireóide do recém-nascido 
em produzir quantidades adequadas de hormônios tireoideanos, que resulta numa redução 
generalizada dos processos metabólicos. Sem o diagnóstico tratamento precoce, a criança terá o 
crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos. 
O tratamento da doença consiste na reposição dos hormônios tireóideos deficitários, no caso, 
reposição de levotiroxina sódica (hormônio sintético). 
 
Doença falciforme e outras hemoglobinopatias – 
 
 
 
A Doença Falciforme (DF) é causada por um defeito na estrutura da Hemoglobina, que leva as 
hemácias a assumirem forma de lua minguante, quando exposta a determinadas condições como 
febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. 
 
As alterações genéticas na hemoglobina são transmitidas de geração em geração. O paciente 
afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises 
de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a 
infecções e sequestro esplênico. 
O ideal é que o tratamento seja iniciado antes do 4° mes de vida. 
 
As principais medidas preconizadas são: 
administração de antibióticoterapia profilática (esquema especial de vacinação), suplementação 
com ácido fólico, além do seguimento clínico especializado. 
 
Fibrose cística – 
 
A Fibrose Cística (FC), é uma das doenças hereditárias consideradas graves e afeta especialmente 
os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do 
muco. 
 
Nos pulmões, esse aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a proliferação 
bacteriana, o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória. 
 
No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção espessa, há uma perda de enzimas 
digestivas, levando à má nutrição. 
 
Sintomas mais graves e complicações incluem a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e 
a osteoporose. 
 
Dentre os sintomas podem estar incluídos: dificuldade de ganho de peso, problemas respiratórios, 
perda de sal pelo suor, dor abdominal recorrente, icterícia prolongada, pancreatite recorrente 
,cirrose biliar e retardo no desenvolvimento somático. 
 
O tratamento consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de 
enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. 
 
Em presença complicações infecciosas, está indicada a antibióticoterapia de amplo espectro. Além 
do esquema vacinal habitual, as crianças devem receber também imunização anti-pneumocócica e 
anti-hemófilos. 
 
 
 
 
Hiperplasia adrenal congênita – 
 
 
A denominação hiperplasia adrenal congênita (HAC) engloba um conjunto de síndromes 
transmitidas geneticamente, que se caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na 
síntese dos esteroides adrenais. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o 
padrão de crescimento podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. As manifestações clínicas 
na HAC dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). O 
diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento podendo 
normalizá-lo na maior parte dos casos. 
 
Deficiência de biotinidase – 
 
 
A deficiência de biotinidase (DBT) é uma doença metabólica hereditária na qual há um defeito no 
metabolismo da biotina. Clinicamente, manifesta-se a partir da sétima semana de vida com 
distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do 
desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematóide. Nos pacientes com 
diagnóstico tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos assim como atraso motor e de 
linguagem. O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na utilização 
de biotina (vitamina) em doses diárias. 
 
Teste da Orelhinha: triagem auditiva 
 
 
Triagem neonatal realizada ainda na maternidade, idealmente antes da alta da maternidade, o 
ideal é que seja realizado entre o 2° e 3° dia de vida, mas é tolerado que seja feito até o 3° mês 
de vida. 
Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma 
delicada sonda introduzida na orelhinha do recém-nascido, vale lembrar que é um teste indolor 
que pode ser realizado até durante o sono do bebe. 
Para o teste, usam-se emissões otoacústicas evocadas durante o sono natural do bebê, 
identificando-se uma possível deficiência auditiva. 
Usamos este teste para avaliar a via condutiva do estimulo sonoro, também conhecida como pré 
neural. 
Se identificada alguma alteração, o bebê deve ser encaminhado para uma avaliação com 
fonoaudiólogo e otorrinolaringologista, e o próximo passo a ser tomado é avaliar a surdez 
neurosensorial, pelo BERA (Potêncial evocado auditivo de Tronco Encefálico). 
A deficiência auditiva pode resultar em deficiências de fala e de aprendizado, mas a instituição do 
tratamento precoce para a criança, sobretudo antes dos seis meses de vida, apresenta grandes 
chances de desenvolvimento da linguagem e de melhor adaptação psicossocial. 
 
 
Teste do Olhinho: triagem ocular 
 
Triagem neonatal para a identificação de qualquer obstrução do eixo visual, incluindo: catarata 
congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade e outros 
transtornos oculares congênitos e hereditários. 
É um teste simples, rápido e indolor que consiste na identificação de um reflexo vermelho quando 
os olhos do bebê são iluminados por um feixe de luz e este deve atravessar o eixo visual,caso isso 
não ocorra estamos frente a Leucocoria, popularmente conhecida como ‘’olho branco’’, ou seja o 
reflexo não pode atravessar, pois algo obstrui o eixo, sendo o exame feito em um olho por vez. 
Também deve ser realizado ainda na maternidade; de preferência, o pediatra deve realizar o 
exame logo após o nascimento do bebê, e idealmente realizado anualmente até o3° ano de vida 
 
 
 Teste da linguinha 
 
O teste da linguinha é realizado em recém-nascidos para detectar alterações do freio da língua, 
como a língua presa, cientificamente chamada de anquiloglossia. 
 
Esta alteração é muito comum e ocorre quando a membrana que prende a língua na parte de 
baixo da boca é muito curta, dificultando os movimentos da língua. 
 
Além disso, o teste da linguinha é feito para avaliar a espessura e de que forma o freio da língua 
está fixado, além de analisar como o bebê movimenta a língua e se apresenta dificuldades para 
sugar o leite materno. 
 
Assim, é importante que o teste da linguinha seja feito o mais cedo possível, de preferência nos 
primeiros meses de vida do bebê, pois dessa forma é possível identificar alterações do freio da 
língua o quanto antes para evitar consequências como dificuldades na amamentação ou para 
comer alimentos sólidos, alteração na estrutura dos dentes e na fala. 
 
Vale lembrar que apesar de simples, rápido e barato, ele é preconizado pelos manuais do 
ministério da saúde, porém não defendido pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). 
 
 
 
 
 
 
Teste do Coraçãozinho: oximetria de pulso 
 
Com toda a certeza este é o mais badalado para as provas, devido a sua enorme importância. 
Cerca de 1 a 2 de cada 1000 recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica. Em 
torno de 30% destes recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico, e evoluem para 
choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de ter a oportunidade de receber tratamento adequado. 
Cardiopatias congênitas críticas: São consideradas cardiopatias congênitas críticas aquelas 
onde a apresentação clínica decorre do fechamento do canal ou seja cardiopatias canal-
dependentes, tais como : 
 Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial 
 Atresia pulmonar e similares Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do 
canal arterial 
 Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, coartação de aorta crítica e 
similares 
 Cardiopatias com circulação em paralelo. transposição das grandes artérias 
 
Diagnóstico de cardiopatia congênita crítica: 
Na maioria das Unidades Neonatais, a alta hospitalar é realizada entre 36 e 48 horas de vida. 
 
Nesta fase, a manifestação clínica das cardiopatias críticas pode ainda não ter ocorrido, 
principalmente nas cardiopatias com fluxo sistêmico dependente de canal arterial. 
Além disso, a ausculta cardíaca pode ser aparentemente normal nesta fase. O diagnóstico precoce 
é fundamental, pois pode evitar choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do 
tratamento da cardiopatia. 
 
As cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e cerca de 20 a 
40% dos óbitos decorrentes de malformações. 
Melhorar o diagnóstico destas cardiopatias poderá reduzir a taxa de mortalidade neonatal em 
nosso meio. 
O método ideal para o diagnóstico de cardiopatia congênita é o ecocardiograma com mapeamento 
de fluxo em cores seja fetal ou pós-natal, porém a sua utilização como ferramenta de triagem é 
inviável. 
No grupo das cardiopatias congênitas críticas, ocorre um mistura de sangue entre as circulações 
sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação periférica de O2. 
 
 
Neste sentindo, a aferição da oximetria de pulso de forma rotineira em recém-nascidos 
aparentemente saudáveis com idade gestacional > 34 semanas, tem mostrado uma elevada 
sensibilidade e especificidade para detecção precoce destas cardiopatias. 
 
O teste da oximetria: Realizar a aferição da oximetria de pulso, em todo recém-nascido 
aparentemente saudável com idade gestacional > 34 semanas, antes da alta da Unidade 
Neonatal. 
Local de aferição: membro superior direito e em um dos membros inferiores Para a adequada 
aferição, é necessário que o recém-nascido esteja com as extremidades aquecidas e o monitor 
evidencie uma onda de traçado homogêneo. 
Momento da aferição: Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. 
 
 
Resultado normal: Saturação periférica maior ou igual a 95% em ambas as medidas (membro 
superior direito e membro inferior) e diferença menor que 3% entre as medidas do membro 
superior direito e membro inferior. 
Resultado anormal: Caso qualquer medida da SpO2 seja menor que 95% ou houver uma 
diferença igual ou maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro 
inferior,uma nova aferição deverá ser realizada após 1 hora. 
Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas 
seguintes. Limitações: Este teste apresenta sensibilidade de 75% e especificidade de 99%. .. 
Sendo assim, algumas cardiopatias críticas podem não ser detectadas através dele, principalmente 
aquelas do tipo coartação de aorta. A realização deste teste não descarta a necessidade de 
realização de exame físico minucioso e detalhado em todo recém-nascido, antes da alta hospitalar. 
 
 CIUR SIMÉTRICO → é o bebê “todo pequeno” (peso, perímetro cefálico e comprimento) – em geral é resultado 
de algo que afetou o crescimento fetal precocemente (no 1º trimestre) – ex.: infecções congênitas de 1º 
trimestre, anomalias cromossômicas... 
 CIUR ASSIMÉTRICO → criança cujo perímetro cefálico é desproporcionalmente grande em relação ao restante 
do corpo (o PC é normal para a IG, mas é maior que o restante do corpo) – geralmente é resultado de uma 
insuficiência placentária de 3º trimestre (o crescimento cerebral é preservado, mas o crescimento do restante do 
corpo é comprometido) 
 
Um dos principais efetores do crescimento na vida intraútero é a insulina – por isso diante de um GIG, devemos 
pensar se esse feto era hiperinsulinêmico; a grande preocupação é apresentar hipoglicemia nas primeiras horas de 
vida devido ao excesso de insulina. 
 
Bebê a termo <2 kg → PEQUENO PARA A IG 
 
 
INFECÇÕES CONGÊNITAS 
São aquelas que se estabelecem por 
VIA HEMATOGÊNICA TRANSPLACENTÁRIA 
 
Quando suspeitar? 
Maioria das crianças: assintomáticas 
Suspeita com doença ou sorologia materna 
ATENÇÃO: 
 IgM no RN = INFECÇÃO 
 IgG no RN = PODE SER MATERNA 
SINTOMÁTICAS 
 Quadro antenatal (abortamento, CIUR, prematuridade) 
 Quando inespecífico ou específico 
 
 Visceral (hepatomegalia) – Ocular (coriorrenitite, catarata, microftalmia) – 
Neurológico – Cutâneo (icterícia, exantema maculopapular, exantema 
petequial ou purpúrico) – Medula (plaquetopenia) 
 Sequelas (neurológica / visual / auditiva) 
 
SÍFILIS – Treponema pallidum 
 A transmissão pode ocorrer em qualquer estágio da doença materna. 
 Risco maior na sífilis 1ª e 2ª! 
 
SÍFILIS PRECOCE (<2 anos) 
RINITE SIFILÍTICA = obstrução nasal intensa e secreção sanguinolenta 
LESÕES CUTÂNEAS E MUCOSAS 
 Placas mucosas 
 Condiloma plano – lesão úmida ao redor de orifícios (ânus, p.ex.) 
 Pênfigo – exantema vesico-bolhoso, geralmente palmo-plantar 
LESÕES ÓSSEAS 
 - Periostite – porção longa de ossos longos e também nos ossos planos 
 - Rx com sinal de duplo-contorno (reação periosteal) 
o Osteocondrite – reação inflamatória na articulação + metáfise. São lesões dolorosas, a 
criança chora durante a manipulação ou movimentação 
o Pseudoparalisia de Parrot: ↓mobilidade secundária à dor presente na sífilis congênita 
 
Avaliação do RN 
Para todo RN o qual a mãe teve diagnóstico de sífilis durante a gestação 
 
 - Avaliação clínica cuidadosa 
 - VDRL de sangue periférico – avalia a atividade da doença e grau de lesão tecidual. 
 Os anticorpos avaliados pelo VDRL são IgM e IgG. Pode representar apenas a passagem de AC maternos. 
 
Hemograma 
Anemia 
 plaquetas 
 ou  WBC 
Punção 
lombar 
VDRL 
Celularidade aumentada (>25/mm³) 
Proteínas (> 150mg/dL) 
Raio-x de 
ossos longos 
Osteocondrite / periostite 
 
Tratamento 
 Como foi o tratamento da gestante? Saber caracterizar o tratamento inadequado! 
 
 
TRATAMENTO INADEQUADO 
 Tratamento não penicilínico 
 Inadequado para a fase 
 Incompleto 
 < 30 diasantes do parto 
 Parceiro não tratado 
 
Mãe NÃO TRATADA / INADEQUADAMENTE TRATADA 
Realizar todos os exames e tratar todos os casos! 
LÍQUOR ALTERADO Penicilina cristalina IV 10 dias 
LÍQUOR NORMAL E 
OUTRA ALTERAÇÃO 
Penicilina cristalina IV 10 dias OU 
Penicilina procaína IM 10 dias 
ASSSINTOMÁTICO E 
TODOS OS EXAMES 
NORMAIS (VRDL NR) 
Penicilina benzatina em dose única 
(acompanhamento) 
 
(*) Se não houver certeza de 
acompanhamento, tratar por 10 dias, uma 
vez que a dose única pode não erradicar 
completamente o Treponema. 
 
 
MÃE ADEQUADAMENTE TRATADA 
VDRL do RN sempre! 
RN SINTOMÁTICO ou 
VDRL > materno 
Todos os exames e tratar 
Penicilina cristalina ou penicilina procaína 
RN ASSINTOMÁTICO 
e VDRL menor ou 
igual ao materno 
Acompanhamento 
Sem acompanhamento: exames + tratamento 
RN ASSINTOMÁTICO 
e VDRL não reagente 
Acompanhamento ou 
Penicilina benzatina (sem acompanhamento) 
 
ACOMPANHAMENTO 
 Acompanhamento clínico 
 VDRL seriado 
 Punção lombar a cada 6 meses (se alterado) 
 Avaliação auditiva e visual (semestralmente nos primeiros dois anos de vida) 
 
 
TOXOPLASMOSE 
Toxoplasma gondii 
 
 A doença aguda pode se resolver sozinha, mas o paciente não fica curado, estabelecendo uma infecção 
latente, a qual não transmite para o feto, exceto se reativação em imunodeprimida. 
 A transmissão para o feto ocorre durante a infecção aguda! 
 
Diagnóstico da gestante 
 IgM IgG 
 Índice de avidez de IgG* 
Alguns dias após a infecção = IgM (+) → pode permanecer detectável por até 1 ano 
Cerca de 2 semanas após a infecção = IgG (+) → permanece positiva pelo resto da vida 
(*) IgG com alto índice de avidez → indica que a infecção ocorreu há mais de 3 - 4 meses (12 - 16 
semanas) 
 
Investigação do feto 
 USG 
 Amniocentese (PCR do LA – identificação do DNA do toxoplasma no líquido amniótico) 
 
 
TRATAMENTO NA GESTANTE 
No momento 
do 
diagnóstico 
ESPIRAMICINA 
Principal objetivo: evitar a infecção fetal 
Infecção fetal 
documentada 
SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + 
ÁCIDO FOLÍNICO (após 1º trimestre) 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS INVESTIGAÇÃO DO RN 
TRÍADE DE SABIN --- 
 Coriorretinite 
 Hidrocefalia 
 Calcificações difusas 
 Sorologia 
 Fundo de olho 
 Imagem do SNC 
 Avaliação LCR 
 
Tratamento 
 Sulfadiazina + Pirimetamina + ácido folínico → durante o 1º ano de vida, para reduzir a circulação do 
T. gondii. 
 
 Corticoide – se reação inflamatória acentuada (coriorretinite grave, proteína LCR > 1g/dL) 
 
Citomegalovirose – CMV da família dos herpes-vírus 
 O vírus permanece para sempre no organismo, na forma de infecção latente. A transmissão geralmente 
ocorre na infecção aguda, porém é possível ocorrer pela reativação de uma infecção latente. 
 O bebê em 90% dos casos de citomegalovirose é assintomático. 
 
Existem 3 manifestações inespecíficas que podem aparecer com mais frequência: 
 Microcefalia 
 PIG 
 Exantema petequial purpúrico 
 
MANIFESTAÇÕES ESPECÍFICAS 
CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES 
 
TRATAMENTO 
Ganciclovir IV por 6 semanas 
 
 O tratamento reduz o risco de sequelas neurológicas e surdez neurossensorial. 
 Infecção congênita pelo CMV é a principal causa de surdez neurossensorial não hereditária na infância 
 
Rubéola Congênita 
 Só irá transmitir o vírus da rubéola a mulher que é primoinfectada durante a gestação. 
 A mulher que é infectada no primeiro trimestre neste caso tem grandes chances de infectar o concepto, e, o 
problema é que infecções nesse período tem grandes chances também de repercussões clínicas, com 
consequências graves. 
 
CLÍNICA 
 Catarata → pesquisa do reflexo vermelho (alteração: reflexo assimétrico / reflexo branco / leucocoria) 
 Surdez (é uma das manifestações mais frequentes nas crianças sintomáticas) 
 Cardiopatia congênita (só estará presente quando a infecção tiver ocorrido nas primeiras semanas 
de gestação – particularmente nas primeiras 8 semanas) → principais: PCA e estenose de artéria 
pulmonary 
 
Tratamento: manejo de sequelas (corrigir catarata, etc...) 
 Evitar transmissão! RN / lactente com síndrome da rubéola congênita tem excreção prolongada do vírus (essa 
criança não pode ter contato com uma gestante suscetível) 
 
 
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RN 
 
HISTÓRIA 
 Idade gestacional 
 Forma de parto (vaginal / cesárea eletiva ou após TP) 
 Fatores específicos (ex.: mecônio no líquido amniótico) 
CLÍNICA 
Achados inespecíficos 
Desconforto respiratório: 
 Taquipneia 
 Tiragem (retração) / batimento de asa nasal / gemidos / cianose 
EVOLUÇÃO DO QUADRO Algumas doenças pioram e outras melhoram nas primeiras horas de vida 
RADIOGRAFIA 
 Padrão do infiltrado 
 Expansibilidade pulmonary 
 
Doença da Membrana Hialina 
Diminuição da concentração de surfactante alveolar 
 
O surfactante é composto por lipídeos e proteínas, e começa a ser sintetizado a partir de 20-24 semanas de 
gestação pelos pneumócitos II, atingindo quantidade suficiente no interior dos alvéolos com 34 semanas. 
 A função do surfactante é reduzir a tensão superficial na interface ar-líquido no interior dos alvéolos, 
impedindo o colapso alveolar na expiração. O colapso alveolar causa hipoxemia e hipercapnia. 
 
INSTABILIDADE ALVEOLAR 
Diminuição do tempo de troca gasosa 
Aumento do trabalho respiratório 
 Diminuição do tempo de troca gasosa → o RN rapidamente desenvolve hipoxemia 
 Aumento do trabalho respiratório → é muito mais trabalhoso encher um alvéolo colabado; o RN evolui com 
falência e fadiga respiratória, de maneira que os alvéolos acabam ficando permanentemente fechados, 
causando microatelectasias, impedindo a ventilação e retendo CO2, causando acidose respiratória. 
 
Fatores de risco 
 Prematuridade - quanto mais prematuro maior o risco e maior a gravidade 
 Asfixia 
 Sexo masculino – a maturação no sexo masculino é mais lenta do que no sexo feminino 
 Diabetes materna – a insulina retarda a maturação pulmonar 
 
Clínica 
 Início nas primeiras horas 
 Taquipneia, retrações costais, gemido, batimento de asa nasal, cianose 
 Piora nas primeiras 24-48h. A partir do 3º. dia de vida espera-se que ocorra uma melhora 
Radiografia 
 Infiltrado reticulogranular difuso (aerobroncograma) 
 Padrão de vidro fosco / moído 
 São regiões de microatelectasias justapostas a áreas ainda insufladas 
 
Tratamento 
 Oxigênio por capacete (hood/campânula) – não é o ideal! 
 CPAP nasal (Continuous Positive Air Pressure) – evita o colapso alveolar e estabiliza o alvéolo 
o Pronga nasal 
 Ventilação mecânica (se CPAP não resolveu) 
 Surfactante exógeno 
o Via tubo traqueal 
 Antibióticos 
 
Prevenção: Corticoide antenatal 
 
 
 
Pneumonia / Sepse Neonatal 
 
SEPSE PRECOCE 
Nas primeiras 48h de 
vida 
 Ascendente 
 Intraparto 
Estreptococo do grupo B (S. agalactiae) – a sepse 
pelo GBS é doença muito grave, Enterobactérias (E. 
coli) 
SEPSE TARDIA 
Manifesta-se a partir 
do 7º dia 
 Nosocomial 
 Comunitária 
Estafilococos (coagulase negativo e S. aureus), 
Enterobactérias 
 
Fatores de risco 
 Ruptura prolongada de membranas (bolsa rota > 18 horas) 
 Corioamnionite 
 Colonização materna por germes patogênicos 
 Prematuridade 
 
Clínica – pode ser assintomático nas primeiras horas de vida 
 Desconforto respiratório 
 Distermia 
 Alteração do estado de alerta, cardiocirculatório e gastrointestinal 
 
Avaliação complementar 
 Radiografia de tórax – igual a SDRN 
 Hemograma (relação I/T) e PCR 
o A relação I/T é feita através dos neutrófilos imaturos e os totais. 
o Relação I/T > 0,2 sugere infecção bacteriana e indica antibioticoterapia 
 Identificação do agente 
o Hemocultura 
o Punção lombar e cultura do LCR 
o Urocultura (infecção tardia) 
 
Tratamento 
 Ampicilina + aminoglicosídeo 
o Cobertura para GBS + gram-negativos! 
 Na sepse tardia, o ATB depende do perfil de resistência bacteriana da UTI. 
o Geralmente um agente com coberturapara staphylococcus e outros agentes. 
 
 
TTRN – Taquipneia Transitória do Recém-Nascido 
 Também chamada de SDR tipo II ou Síndrome do Pulmão Único 
 Ocorre pelo retardo da absorção do líquido pulmonar! As catecolaminas liberadas durante o parto 
sinalizam a reabsorção do líquido, e neste RN isto não acontece. 
 
Ocorre por: 
 Ausência de TP 
 Cesariana 
 Termo 
 
Clínica 
 Início nas primeiras horas de vida 
 Desconforto respiratório moderado 
 Rápida resolução 
 
Radiologia 
 Congestão hilar 
 Aumento da trama vascular 
 Líquido cisural; derrame 
 Cardiomegalia 
 Hiperinsuflação (arcos c. retificados) 
 
Tratamento – suporte! 
 Oxigenoterapia (FiO2 até 40%) 
 Suporte geral! 
 
Síndrome de Aspiração Meconial 
Ocorre pela eliminação e aspiração de mecônio 
intraútero. 
A asfixia fetal causa um relaxamento do esfíncter anal 
do feto, provocando a liberação de mecônio. 
 
A peristalse fetal é desorganizada na maior 
parte da gestação, sendo não-propulsiva. Por mais que 
o mecônio chegue na ampola retal, o esfíncter anal 
está contraído. A asfixia promove o relaxamento e, 
caso a ampola retal tenha mecônio, este será 
eliminado. A asfixia aumenta o número de incursões 
respiratórias, fazendo com que o mecônio chegue na 
traqueia, podendo atingir as vias aéreas inferiores e 
causando a SAM. 
 Ocorre então um bloqueio mecânico 
expiratório, fazendo aprisionamento de ar e 
hiperinsuflação. O mecônio também desencadeia uma 
pneumonite química e uma infecção secundária, 
diminuindo a complacência pulmonar, necessitando de 
muita força para insuflar os pulmões. 
 
 Ocorre em RN termo e pós-termo 
 Sofrimento fetal predispõe a SAM 
 LA meconial deve ser evidenciado 
 
Clínica 
 Início nas primeiras horas 
 Desconforto respiratório grave 
 
Radiologia 
 Infiltrados alveolares grosseiros 
 Pneumotórax 
 Volume pulmonar aumentado 
 
Tratamento 
 Ventilação mecânica 
 Antibioticoterapia 
 Surfactante 
o RN consome surfactante, deve-se 
repor! 
 
Como evitar a SAM? 
 RN AT sem sinais de asfixia 
o Nenhuma medida especial – colo 
materno! 
 RN deprimido 
o Passos iniciais: APAS (aquecer, 
posicionar, aspirar boca e narina, 
secar)! 
o Se necessário, VPP! 
o IOT apenas após ventilar! 
 
REANIMAÇÃO NEONATAL 
 
Não significa o atendimento feito dentro da UTIN, mas 
o atendimento ao RN na sala de parto! 
1 a cada 10 RN necessita de ajuda para respirar após 
o parto. 
A mortalidade de crianças menores de 5 anos 
caiu drasticamente no mundo, com 3,6 
milhões a menos de mortes em 2013, 
comparada ao ano 2000. 
Essa redução é atribuída à prevenção e 
tratamento de doenças infecciosas no período 
pós-neonatal. 
As três principais causas de mortes 
neonatais a cada ano no mundo são: 
 Complicações da prematuridade 
 Eventos relacionados ao parto 
 Infecções 
 
O Brasil, com uma população ao redor de 200 
milhões e 3 milhões de nascimentos por ano, 
reduziu as mortes de crianças abaixo de 5 
anos em 78% entre 1990 e 2013, atingindo a 
Meta de Desenvolvimento do Milênio 
preconizada pela OMS. 
Em 2013 a mortalidade neonatal no Brasil 
correspondeu a 69% dos óbitos infantis e, 
76% ocorreram entre 0-6 dias após o 
nascimento (1° semana). A maior parte 
dessas mortes aconteceu no primeiro dia de 
vida. 
As intervenções para reduzir a morbidade e a 
mortalidade neonatal associadas à asfixia 
perinatal e à síndrome de aspiração de 
mecônio incluem: 
1) Medidas de prevenção primária, com 
melhora da saúde materna, 
reconhecimento de situações de risco 
no pré-natal, disponibilização de 
recursos humanos capacitados para 
 
atender ao parto e reconhecer 
complicações obstétricas. 
2) Tratamento do evento, que consiste 
na reanimação neonatal imediata. 
3) Tratamento das complicações do 
processo asfíxico, compreendendo o 
reconhecimento da asfixia e suas 
complicações. 
 
A reanimação, definida de forma ampla como 
o apoio especializado para uma transição 
bem sucedida ao nascer, tem sido um foco 
maior dentre os esforços para diminuir a 
mortalidade neonatal precoce. 
No Brasil, nascem cerca de três milhões de 
crianças ao ano. 
A maioria delas nasce com boa vitalidade, 
entretanto manobras de reanimação podem 
ser necessárias de maneira inesperada. 
Sendo essencial o conhecimento e a 
habilidade em reanimação neonatal para 
todos os profissionais que atendem ao RN 
em sala de parto. 
Estima-se que, a cada ano, 300.000 RN 
necessitem ajuda para iniciar e manter a 
respiração ao nascer. 
1:10 RN necessitam de Ventilação por 
pressão positiva (VPP) no 1° minuto de vida. 
1:100 RN necessitam de intubação e/ou 
massagem cardíaca em sala de parto. 
1:1000 RN necessitam além das 
manobras acima, de medicações 
especificas. 
PREPARO PARA A ASSISTÊNCIA AO RN. 
Os pilares desta preparação: 
 Anamnese Materna. 
 Separação de materiais para RCP 
neonatal. 
 
 
*SELECIONAR – TESTAR – ORGANIZAR 
– LOCAL DE FÁCIL ACESSO* 
 Equipe treinada em Reanimação 
Neonatal 
PREFERENCIALMENTE 1 PEDIATRA 
NA EQUIPE. 
 Temperatura da sala de parto 
• Ambiente: 23° a 26° C. 
 Antissepsia e uso de EPI’S para 
Biossegurança da Equipe. 
Algumas condições perinatais chamam a 
atenção para a possibilidade de o RN precisar 
de ajuda para fazer a transição respiratória e 
cardiocirculatória ao nascer. 
Fatores antenatais Fatores perinatais 
Idade materna <16 / 
>35 
Parto cesáreo 
Diabetes Uso de fórceps 
Síndromes 
hipertensivas 
Parto taquitócico 
Infecção materna Corioaminiótico 
Isoimunização RH Hipertonia uterina 
Uso de drogas e/ou 
medicamentos 
Trabalho de parto 
>24horas 
Falta de controle pré 
natal 
Rotura de membranas 
>18 horas 
Gestação Multipla Prolapso ou rotura de 
cordão 
Rotura prematura de 
membranas 
Uso de opioides 
<4horas 
Oligo/Polidramnios Anestesia Geral 
Sangramentos 
maternos 
Sangramento materno 
Hidropsia Trabalho de parto 
prematuro 
Malformações Sofrimento fetal 
 
Todo material necessário para a reanimação 
deve ser preparado, testado e estar 
disponível em local de fácil acesso, antes do 
nascimento. Esse material é destinado à 
avaliação do paciente, manutenção da 
 
temperatura, aspiração de vias aéreas, 
ventilação e administração de medicações. 
 Fonte de calor 
 Material para cateterismo 
umbilical 
 Fonte de oxigênio umidificado 
 Material de proteção pessoal 
 Aspirador com manômetro 
 Estetoscópio 
 Sondas para aspiração traqueal e 
gástrica 
 Saco plástico para RNs pré-termo 
 Balão auto inflável 
 Relógio com contador de 
segundos 
 Máscaras faciais para RN pré-
termo e a termo. 
 Aparato de sucção funcionando 
 Laringoscópio com lâminas retas 
nº 0 e 1 
 Pilhas sobressalentes 
 Tubos endotraqueais nº 2,5 – 3,0 
– 3,5 
 Medicações: adrenalina, 
naloxone, bicarbonato e NaCl 
0,9% 
 
Logo após o nascimento, a equipe deve estar 
voltada exclusivamente aos cuidados com o 
RN, sem perder tempo ou dispersar a 
atenção com a busca e/ou o ajuste do 
material. Verificar de modo sistemático e 
padronizado todo material que pode ser 
necessário antes de cada nascimento. 
Considerando-se a frequência de RN que 
precisam de algum procedimento de 
reanimação e a rapidez com que tais 
manobras devem ser iniciadas, é fundamental 
que pelo menos um profissional de saúde 
capaz de realizar os passos iniciais e a 
ventilação com pressão positiva por meio de 
máscara facial esteja presente em todo parto. 
A única responsabilidade desse profissional 
deve ser o atendimento ao RN. 
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE AO 
NASCER 
 
 
SIM para as 3 perguntas... 
Estou a frente de um RN de Boa vitalidade. 
Não há necessidade de manobras de 
Reanimação. 
Estou apta a realizar os PASSOS INICIAIS. 
1. PASSOS INICIAIS. 
2. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO. 
3. AMAMENTAÇÃO NA 1° HORA DE 
VIDA. 
4. CONTATO PELE A PELE MATERNA. 
PASSOS INICIAIS 
 
AQUECER a criança em unidadede calor 
radiante. 
Receber o RN em campos aquecidos. 
Se RN <34 semanas – aquecer com 
envoltório plástico de polietileno e touca 
dupla. 
O RN não tem o centro termorregulador 
maduro por este motivo tem uma grande 
tendência a perder calor para o ambiente. 
 
Além do mais ele nasce banhado em líquido 
amniótico que se assemelha ao álcool em 
relação a temperatura e volatilidade. 
Se deixamos o RN entrar em hipotermia, é 
bem provável que ele saia da sala de 
reanimação para uma UTI neonatal, já que 
ele gera uma resposta compensatória a perca 
de calor, promovendo um esgotamento 
adrenérgico, e chegando a um estado de 
coma ou alteração dos níveis de consciência. 
POSICIONAR a cabeça do RN com leve 
extensão, realizando LEVE CEFALODECLIVE. 
O médico, pediatra idealmente deve estar 
posicionado com a cabeça do RN voltada 
para si. 
Já que dentro de poucos segundos ele pode 
necessitar de manobras, e esta posição irá 
auxilia-lo nesses processos. 
E também para auxiliar que as vias aéreas 
continuem pérvias para a entrada de ar. 
No RN pré termo <34 semanas, pode ser 
necessário o uso de coxins adequados para a 
estabilização cervical, devido a imadurez 
neuromuscular. 
ASPIRAR vias aéreas do RN se houver 
necessidade. (EX: indicação de VPP, liquido 
meconial, excesso de secreções.) 
Não se deve aspirar sem necessidade, já que 
a aspiração pode promover uma manobra 
vagal, e bradicardizar o RN. 
Primeiramente boca e depois o nariz. 
SECAR vigorosamente realizando estimulo 
tátil, RETIRAR campos úmidos. Evitar a 
perca de calor. 
Estes passos devem ser feitos em 30 
segundos. 
Simultaneamente aos passos iniciais 
devemos realizar a aferição de: 
 Frequência Cardíaca 
 Ritmo respiratório 
Já que estes são os parâmetros que iremos 
utilizar para decidir as próximas condutas. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO 
UMBILICAL 
 
Logo após a extração completa do produto da 
cavidade uterina, se avaliam as 3 perguntas 
de ouro citadas a cima. 
E em caso de SIM para as 3... podemos 
realizar o clampeamento tardio do cordão 
umbilical. 
Estudos afirmam que esta prática melhora os 
índices hematimétricos do RN em torno dos 
3- 6 meses de vida, o que contribui para que 
não haja uma acentuação do período 
fisiológico de anemia que o RN passa nessa 
fase. 
Alguns outros estudos dizem que esta pratica 
pode aumentar o requerimento de 
fototerapia, já que o grande volume 
sanguíneo recebido, pode gerar uma 
hemólise acentuada, levando a uma Icterícia 
patológica. 
No RN >34 semanas pode ser realizado 
entre 1-3 minutos de vida. 
Já no RN <34 semanas o tempo estipulado, 
é de 30- 60 segundos, o que é considerado 
um clampeamento precoce. 
Em casos que o RN responda NÃO a mais de 
2 perguntas devemos passar o RN 
 
imediatamente para os passos iniciais e 
reanimação. 
Por conta disso, devemos realizar o 
clampeamento imediato do cordão 
levando o RN para a mesa de Reanimação. 
Outro caso onde o cordão deve ser 
clampeado imediatamente é se a circulação 
placentária não estiver intacta (EX: 
descolamento de placenta, placenta prévia, 
rotura, prolapso ou nó de cordão). 
SE RESPONDEMOS NÃO A MAIS DE 2 
PERGUNTAS... 
Devemos realizar em 30 seg. 
 CLAMPEAMENTO 
 PASSOS INICIAIS 
 AFERIÇÃO SIMULTANEA DE 
FREQUÊNCIA CARDIACA E RITMO 
RESPIRATÓRIO. 
Se neste momento constatamos 
FC >100 BPM 
RITMO RESPIRATÓRIO REGULAR 
 Este RN não necessita dos 
proximos passos e pode estar 
junto a mãe. 
Embora se constatamos que exista uma 
FC <100 BPM 
A frequência cardíaca deve se aferida de 
maneira sistemática, com estetoscópio no 
précordio, no tempo de 6 segundos e 
multiplicada por 10 para obtenção de 
resultado. 
RITMO RESPIRATÓRIO IRREGULAR 
Este paramêtro constatamos apenas pela 
simples visualização dos movimentos 
respiratórios. 
(Desconforto respiratório- Gemencia 
expiratória, retrações costais, batimento de 
asa nasal, gasping, head bobbing) 
 Neste RN devemos iniciar ainda 
no 1° MINUTO DE VIDA (Golden 
Minute) 
A PRINCIPAL MEDIDA DA 
REANIMAÇÃO QUE É A VPP ( 
VENTILAÇÃO POR PRESSÃO 
POSITIVA). 
 
VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA 
 
É o procedimento mais importante e efetivo 
da reanimação neonatal em sala de parto. 
Deve ser iniciada no 1° minuto de vida (The 
Golden minute). 
Simultaneamente ao Inicio da VPP, a equipe 
deve acoplar um Oxímetro de pulso no 
membro superior direito para avaliação da 
SAT O2 pré ductal. 
Também deve ser acoplado um Monitor 
Cardíaco (com 3 eletrodos) para avaliação 
continua da Frequência Cardíaca durante as 
manobras. 
O dispositivo mais usado e conhecido 
para a realização da VPP é o reservório 
auto inflável e máscara. 
 
 
O principal parâmetro para avaliação da 
eficácia da VPP e da manobras de 
ventilação é : 
- Frequência cardíaca - 
Portanto a mesma deve ser monitorada 
constante e estritamente. 
Esperamos com a VPP o aumento de FC, o 
que nos indica manobras adequadas.. 
Quanto a concentração de O2 que 
devemos passar. 
 VPP com mascára para RN >/= 34 
SEMANAS: 
Ventilar Inicialmente com ar ambiente, 
oferecer FiO2 DE 21% 
Em geral estes RN’s não precisam da 
Suplementação de O2. 
 VPP com máscara para RN < 34 
SEMANAS: 
Ventilar com Fio2 suplementar DE 30% desde 
o início. 
Em ambos os casos a oferta de O2 so pode 
se aumentada após a checagem da técnica e 
da saturação de O2 pré-ductal. 
Quanto a técnica a ser utilizada nas 
manobras. 
Frequência: 40 A 60 vezes por minuto. 
Ritmo – ‘’ APERTA, SOLTA, SOLTA ... ‘’ 
MINIMO 2 PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
Balão autoinflável com válvula de escape 
limitada: Entre 30 – 40 mmHg. 
 
A VPP apesar de ser a principal manobra 
apresenta contraindicações 
 Ventilação com máscara facial 
não efetiva, e/ou prolongada. 
 Necessidade de Compressões 
Cardiacas. 
 Hérnia Diafragmática. 
• Abdome excavado, ictus cardíaco a 
direita, ausência de murmúrio 
vesicular, ruídos hidroaéreos no tórax. 
• (Diante deste caso inserção imediata 
de sonda gástrica) 
 Ambas situações acima são 
indicações absolutas para 
Intubação Orotraqueal. 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA SATURAÇÃO PRÉ-
DUCTAL. 
 
O sangue pré-ductal tem maior conteúdo 
de oxigênio irriga o cérebro, o coração e as 
adrenais, os orgão diana do RN. 
O sangue pós-ductal, que apresenta menor 
quantidade de oxigênio porque se mistura 
com o sangue proveniente do ventrículo 
direito através do canal arterial, é 
responsável por irrigar os demais órgãos. 
 
 
A avaliação deste paramêtro é fundamental 
durante a VPP ou qualquer outro tipo de 
ventilação e admistração de O2. 
Para avaliar isso devemos instalar um 
Oximetro de pulso em Membro Superior 
direito no inicio das manobras de VPP. 
Já que as titulações oferecidas de O2 irão ser 
decididas atraves deste parametro. 
De acordo com os minutos de vida temos 
uma SAT 02 pré ductal esperada, se esses 
valores estiverem a baixo do normal, 
deveremos aumentar a nossa oferta de 
oxigênio. 
Este aumento deverá ser realizado de 20% 
em 20% até chegar a oferta máxima de 
100%. 
Se chegarmos a este valor e o nosso RN 
seguir em desconforto respiratório, temos 
uma VPP ineficaz e/ou prolongada, e isso nos 
indica INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL COM 
VENTILAÇAO MECÂNICA. 
Deixo abaixo a tabela de SAT O2 pré ductal 
esperada. 
 
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA 
 
Segundo processo mais importante da RCP 
NEONATAL. 
 Só pode ser iniciada após a Intubação 
Orotraqueal. 
 Iremos inicia-la se após o primeiro 
ciclo de 30 segundos de VPP ,se a 
Frequência Cardíaca diminuir ou 
continuar abaixo de 60 bpm, e após a 
checagem da técnica. 
 A MCE reduz a eficácia da ventilação, 
portanto só pode ser iniciada uma vez 
que expansão e ventilação pulmonares 
estiverem bem estabelecidas. 
 Ainda que na 1° avaliação da FC ela 
esteja Bradicardica <60 bpm, iremos 
iniciar a VPP primeiro, e após 1 ciclo a 
MCE. 
TÉCNICA ADEQUADANo RN a técnica mais adequada e mais 
utilizada são as compressões de DOIS 
POLEGARES. 
 
 
Nesta técnica o médico responsável pela 
realização destas manobras devem abracar o 
torax do RN com suas mãos e colocar os 
dedos na região précordial, JUSTAPOSTOS, 
e nunca sobrepostos. 
Já que a utlização da técnica de dedos 
sobrepostos causa lesóes como Pneumotoráx 
e lesões hepaticas. 
O mesmos deve atentar-se a força aplicada, e 
pressionar o tórax do RN no maximo 1/3 na 
compressão. 
E deixa-lo expandir por si só. 
RELAÇÃO VENTILAÇÃO-COMPRESSÃO: 
3 Massagens para 1 ventilação 
1,2,3 ventilo... 1,2,3 ventilo... 
Neste ritmo oferecemos ao RN uma 
FC: 90 BPM 
FR: 30 
TOTALIZANDO 120 MOVIMENTOS 
SINCRONICOS POR MINUTO. 
Para a realização da MCE devemos ter no 
minímo 3 profissionais treinados em RCP 
neonatal. 
Onde 1 irá ficar responsável pelas 
compressões, outro pela ventilação e outro 
para neste momento estar monitorizando FC 
e ritmo respiratório, preparando drogas que 
podem ser utilizadas nos próximos passos, 
assim como tambem garantindo um VIA para 
administração, a ideal neste caso seria a 
cateterização da via umbilical. 
Os ciclos aqui já não são mais de 30 
segundos como na VPP. 
São de 60 segundos completos, ao final de 
cada ciclo devemos checar ao paramêtros de 
eficácia e a técnica adequada. 
Se após 1 ciclo de VPP e MCE de 60 
segundos com técnica adequada não houver 
melhoria. 
Passamos ao 3° passo. 
USO DE MEDICAÇÕES 
Nossa principal droga aqui é a 
ADRENALINA/EPINEFRINA 
 
Está indicada após a falha da ventilação 
mecânica e MCE. 
A melhor via para ser administrada em mais 
rápida de drogas durante a reanimação é a 
veia umbilical. O cateter deve ser inserido 2-
3 cm apenas até o ponto de refluxo de 
sangue. 
 Apenas a primeira dose pode ser 
realizada por via ENDOTRAQUEAL 
(pelo próprio tubo de IOT) 
A dose nestes casos é maior, já que a 
absorção por via endotraqueal é menor 
e mais incerta. 
DOSES. 
 ADRENALINA (1:1000): 1ML + 9 
ML S.F0,9%: 
• DOSE: 0,01 – 0,03 mg/kg (0,1 ml 
– 0,3 ml/kg) 
 
• REPETIR a cada 3 – 5 minutos se 
FC <60. 
EXPANSOR DE VOLUME 
 
 Se não houver resposta após a 1ª 
dose de adrenalina e houver suspeita 
de hipovolemia deve ser 
administrado EXPANSOR DE VOLUME. 
 Qual expansor? 
Solução cristaloide S.F 0,9% 
(10ml/kg) 
 
Quando suspeitar de Hipovolemia no 
RN? 
(descolamento de placenta, placenta prévia, 
hematoma retroplacentario, hemorragia 
vaginal, transfusão feto- fetal, ou alterações 
de perfusão significativas como palidez, pele 
marmórea.) 
 
LIQUIDO MECONIAL 
 
 
NÃO COMPOE MAIS OS PARÂMETROS 
DE VITALIDADE DO RECÉM NASCIDO. 
Já que inicialmente o fato do RN nascer 
banhado em mecônio não muda as condutas 
iniciais independente da sua vitalidade. 
Se RN banhado em liquido meconial 
+ Boa vitalidade ( A TERMO, 
RESPIRANDO, BOM TONUS) 
 
PASSOS INICIAIS 
+ JUNTO A MÃE. 
RN banhado em liquido meconial com 
vitalidade comprometida 
 ( 1 ou mais ‘NÃO’ as 3 perguntas ) 
 
 
Passos iniciais em 30seg. 
CLAMP imediato de cordão. 
Se FC <100 bpm, ou Respiração 
irregular, apneia: 
- VPP por 30 seg. e Reavaliar FC. 
- Se não houver melhoria ou sinais 
francos de obstrução 
- Realizar IOT. Aspirar Hipofaringe e 
traqueia sob visualização direta com o 
próprio tubo e extubar. 
 
- Realizar este processo 1 única vez. 
APGAR NA SALA DE PARTO. 
 
Utiliza-se o índice de Apgar para descrever a 
condição cardiorrespiratória e neurológica do 
recém-nascido. 
O índice NÃO é uma ferramenta para 
orientar a reanimação ou condutas 
tratamento subsequente e não determina o 
prognóstico de um dado paciente. 
O classificação de Apgar atribui pontos de 0 
a 2 a cada uma das 5 medidas da saúde 
neonatal (Aspecto, Pulso, Irritabilidade 
Reflexa, Atividade, Respiração). 
 
A pontuação depende da maturidade 
fisiológica e peso ao nascimento, terapia 
materno-perinatal e das condições 
cardiorrespiratórias e neurológicas fetais. 
A nota de 7 a 10 aos 5 minutos é 
considerada normal; 4 a 6, intermediária; e 
0 a 3, baixa. 
 
Um baixo índice de Apgar é um achado 
clínico e não um diagnóstico.Atualmente a 
escala de apgar nos serve para avaliar o RN 
de forma RETROSPECTIVA, e entender os 
problemas passados pelo mesmo em sala de 
parto. 
E assim também avaliar a qualidade do 
atendimento e manobras que este RN 
recebeu ali.
 
 
ICTERÍCIA NEONATAL 
 
 
A icterícia é uma coloração amarelada da pele das mucosas como consequência do aumento sérico das 
bilirrubinas. 
Na maior parte das vezes relaciona-se a um processo patológico, porém 60% dos RN a termo ficam ictéricos 
na primeira semana de vida, e este geralmente é um processo fisiológico. 
 
A hemoglobina é degradada e forma bilirrubina indireta (BI), a qual é hidrossolúvel e deve ser 
eliminada, e para isso precisa ser transformada em lipossolúvel. A BI liga-se a albumina, é captada pelo hepatócito e 
nele sofre conjugação com 1 ou 2 moléculas de ácido glicurônico, formando um mono ou diglicurinídeo (BD), através 
da glicuroniltransferase. A BD lipossolúvel pode ser excretada na bile e ser retirada do organismo pelo intestino. 
 Na vida fetal a bilirrubina é excretada pela placenta - apenas na sua forma indireta (BI) - logo, a captação e 
conjugação do RN é diminuída ao nascimento. 
 
O RN tem produção exagerada de bilirrubinas pois possui: 
 Produção exagerada de bilirrubina → a Bb é proveniente da degradação do heme da Hb (que leva à 
formação da bilirrubina indireta) – o RN possui muitas hemácias (pelo reflexo da hipóxia intra-uterina) e a 
meia-vida de suas hemácias é mais curta 
 Captação e conjugação deficientes (pela diminuição da atividade da glicuroniltransferase) → durante a 
vida fetal quem excreta a bilirrubina é a placenta (e a placenta excreta a bilirrubina indireta), logo, os 
mecanismos de captação / conjugação precisam amadurecer nos primeiros dias de vida, pois na vida intra-
útero, a conjugação não é útil, uma vez que a Bb é excretada em sua forma indireta 
 Aumento do ciclo êntero-hepatico (aumento da atividade da betaglicuronidase) → nos primeiros dias de 
vida, o trânsito intestinal é mais lento, o que proporciona maior tempo para a ação da betaglicuronidase 
 
Todos estes mecanismos aumentam a BI, o qual leva à icterícia fisiológica! Porém nem toda icterícia é fisiológica! 
 
 
 
Provável icterícia não fisiológica 
 Início < 24h de vida – a bilirrubina aumenta 3mg/dL/dia, e para detectar icterícia o nível sérico deve ser 
>5! 
 Aumento > 5mg/dL/dia 
 Nível elevado de bilirrubina (> 12-13mg/dL à termo; > 14-15mg/dL prematuro) 
 Outra alteração clínica 
 
 Icterícia persistente (por mais de 7 – 10 dias à termo; mais de 10 – 14 dias em prematuros) 
 Colestase - ↑BD, colúria, acolia... 
 
Zonas de Kramer – a progressão da icterícia é crânio-caudal 
 
 I – Face (6 mg/dL) 
 II – Tronco até o umbigo (9 mg/dL) 
 III – umbigo até joelhos (> 12 mg/dL)  passou do umbigo, sinal de perigo! 
 IV – Joelhos até tornozelos e cotovelos até punhos (15 mg/dL) 
 V – Mãos e pés (16 mg/dL) 
 
 
 
ICTERÍCIA PRECOCE 
 
Anemia hemolítica (causa mais frequente) 
 
 Incompatibilidade materno-fetal 
o Incompatibilidade RH. É a mais grave. A mãe é Rh- e o RN Rh+ 
 A mãe produz Ac Anti-Rh que atravessam a placenta e destroem as hemácias fetais. Ocorre 
nas mulheres sensibilizadas (multíparas) 
 Solicitar coombs indireto, que será positivo (detecta Ac Anti-Rh) 
 O coombs direto será positivo 
o Incompatibilidade ABO: menos comum 
 Mãe O e RN A ou B 
 Coombs direto – detecta Ac nas hemácias – pode ser positivo ou negativo, porque pode ser 
uma doença mais branda 
 Esferocitose 
 Deficiência de G6PD 
 
Avaliação complementar 
 BT e frações 
 Hemograma e reticulócitos 
 Hematoscopia – avaliar policromasia (reticulocitose), esferocitose, corpúsculos de Heinz 
 
ICTERÍCIA PERSISTENTEOU TARDIA 
 
 Icterícia do leite materno (BI) 
o Inicia em torno do 4º dia e permanece até a 2ª semana de vida, RN em AME e que permanece 
ictérico 
 
o Resolve-se após alguns dias/semanas ou após suspender amamentação e aguardar bilirrubinas 
caírem (48h). Ao retornar amamentação as bilirrubinas sobem novamente, nunca ao mesmo valor 
anterior. 
 
 Icterícia do Aleitamento: dificuldade na amamentação leva a um trânsito intestinal diminuído, com 
aumento da circulação entero-hepática da bilirrubina. Início precoce (2º – 3º dia). 
o Corrigir amamentação. 
 
 Atresia de vias biliares → BD (colestase): 
o Urgência diagnóstica! 
o Tratamento → Portoenterostomia de Kasai – nas primeiras 8 semanas de vida! 
 
Tratamento 
 Fototerapia – fotoisomerização da BI, tornando-se hidrossolúvel e sendo excretada via renal 
 Exsanguineotransfusão 
 
Crescimento e desenvolvimento 
 
CRESCIMENTO 
Aumento da massa corporal do indivíduo. A avaliação do crescimento é quantitativa, pelo peso e altura ao 
longo da vida. O crescimento é um processo esperado e fisiológico. Possui 4 fases com seus determinantes: 
 
 Intrauterina - ambiente 
 Lactente – nutrição / fatores extrínsecos 
o Crescimento intenso, porém, desacelerado 
 Infantil – potencial genético 
o Crescimento estável 
 Puberal – esteroides sexuais 
o Aceleração (pico do estirão) / desaceleração (parada) 
 
O crescimento pode ainda ser classificado em tipos. O crescimento descrito acima é o geral. 
 Geral 
 Neural – máximo nos primeiros 2 anos de vida 
 Linfoide 
 Genital 
 
 
Como avaliar o crescimento? 
- 1º Passo: obter valores (parâmetros) 
 Peso 
 Estatura (comprimento x altura): < 2 anos avaliar deitado com régua; > 2 anos usar altura (em pé) 
 Perímetro cefálico – importante nos primeiros 2 anos de vida 
 
- 2º Passo: interpretar valores 
 Comparar com outras crianças 
 Observar curva de crescimento – percentil e escore-Z 
o Percentil indica a posição que um determinado valor ocupa em uma distribuição ordenada de valores 
 
o Todos os valores entre os percentis 3 e 97 são considerados normais; o p50 é a mediana 
 
PESO 
RN a termo costuma nascer com cerca de 3,4kg, podendo perder até 10% do peso, 
recuperando até o 10º dia de vida 
1º tri: 700g/mês 3º tri: 500g/mês 
2º tri: 600g/mês 4º tri: 400g/mês 
O peso duplica com 4-5m; triplica com 1 ano 
ESTATURA 
RN costuma nascer com 50cm. Durante o primeiro ano de vida costuma ganhar 25cm 
1º sem: 15cm Pré-escolar (2-6a): 7-8cm/ano 
2º sem: 10cm Escolar (6-10a): 6-7cm/ano 
2º e 3º ano: 10cm/ano --- 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
No primeiro ano de vida o PC aumenta 12cm 
1º tri: 2cm/mês 2º semestre: 0,5cm/mês 
2º tri: 1cm/mês --- 
 
Exercício: RN 3300g, 51cm, PC 35. Qual o valor esperado em 6 meses? 
 3300 + (700x3) + (600x3) = 7200g 
 51 + 15 = 66cm 
 35 + 9 = 44cm 
 
Fases do crescimento 
 O crescimento geral, não ocorre de forma homogênea. 
 A primeira fase que vai da vida intrauterina até os 2 anos, é influenciada pela nutrição da criança, e o peso é 
o melhor avaliador. 
 A segunda fase (pré-escolar e escolar) dos 2 anos a puberdade, é a mais homogênea, e altamente 
influenciada pelo potencial genético, e hormônio do crescimento. 
 A terceira fase se inicia com a puberdade, e o famoso estirão do crescimento, a velocidade de crescimento 
aumenta, devido a influencia da ação dos esteroides sexuais. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Capacidade que o indivíduo alcança de realizar funções cada vez mais complexas. 
 Motor: capacidade de locomoção 
 Adaptativo: capacidade de utilizar as mãos (pinça com 1 ano de vida) 
 Social: comportamento e interação social 
 Linguagem: comunicação 
 
O desenvolvimento é um processo sequencial e previsível. 
 Do ponto de vista motor, ocorre no sentido crânio-caudal. 
 Do ponto de vista adaptativo, ocorre no sentido cubital-radial. 
 A criança primeiro pega, depois solta. 
 Todos os marcos do desenvolvimento relacionam-se com uma idade cronológica. 
o Idade média (em que um determinado marco surge) 
 Ex.: andar sem apoio – 12 meses 
o Idade esperada (limite para que um determinado marco esteja presente) 
 Ex.: andar sem apoio – 15 meses 
 
 
 
 
Recém-nascido 
- Motor: membros fletidos, postura tônico-cervical (durante o 1º tri), cabeça pende 
- Adaptativo: fixa a visão 
- Social: prefere a face humana 
1º mês 
- Motor: PTC, levanta o queixo em prona 
- Adaptativo: acompanha objeto (parcialmente) 
- Social: sorri 
2 meses 
- Motor: PTC, levanta a cabeça em prona 
- Adaptativo: segue objeto em 180° 
- Social: sorriso social 
- Linguagem: vocaliza (repete vogal) “cooing” 
3 meses 
- Motor: PTC, levanta a cabeça e tronco em prona, sustentação pendular da cabeça 
- Adaptativo: estende a mão para objetos 
- Social: contato social 
- Linguagem: “aah, ngah” 
4 meses 
 
- Motor: cabeça centralizada, olha p/ mãos na linha média, sustenta cabeça 
- Adaptativo: pega cubital 
- Social: ri alto 
6 – 7 meses 
- Motor: rola, senta sem apoio por pouco tempo 
- Adaptativo: pega radial, transfere objetos entre as mãos 
- Social: prefere a mãe 
- Linguagem: polissílabos vogais 
9 – 10 meses 
- Motor: senta sozinho sem apoio, engatinha 
- Adaptativo: segura objetos com pinça entre polegar e indicador, solta objetos se retirados 
- Social: estranha, acena, bate palmas, brinca de “cadê” (surgimento do sentido de 
permanência do objeto) 
- Linguagem: polissílabos (“mama, papa”) 
12 meses 
- Motor: anda com apoio, levanta sozinho 
- Adaptativo: apanha objetos com pinça entre polegar e indicador, entrega objetos por 
solicitação 
- Social: interage (vestir, brincar) 
- Linguagem: algumas palavras (“papa, mama, auau, água”) 
 
ROTINA DE PUERICULTURA SEGUNDO O MINISTERIO DA SAUDE. 
 De acordo ao ministério da saúde as consultas devem ocorrer com a seguinte periodicidade: 
 1 semana de vida, 1 mês, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses, 12 meses, 18 meses, 24 meses. 
 Após os 2 anos: anualmente, próximas a data de aniversario. 
 As consultas devem ser preferencialmente feitas por um pediatra, ou serem acompanhadas na UBS. 
 Em todas as consultas se deve avaliar: 
 Crescimento: peso, estatura, e perímetro cefálico ( até os 2 anos). 
 Desenvolvimento neuropsicomotor: conduta motora grosseira e fina, adaptativa, linguagem, social-emocional. 
Marcos do desenvolvimento. 
 Avaliar estado nutricional e alimentação fornecida a criança. 
 Calendário vacinal. 
 Identificação de problemas de risco no entorno ambiental familiar, doenças, e riscos para a saúde. 
 Orientação para a prevenção de acidentes na infância. 
 
REFLEXOS PRIMITIVOS DO RN. 
 São respostas motoras estereotipadas deflagradas por um estimulo externo de um examinador. 
 São chamados de primitivos porque não são aprendidos ou voluntários. 
 Tem caráter transitório e com seu desaparecimento é permitido o surgimento de condutas motoras 
voluntarias aprendidas e mediadas pelo controle cortical. 
 Seu controle e avaliação são em relação ao desaparecimento, já que a persistência dos reflexos por mais 
tempo do que o normal é de cunho patológico, e impede que o córtex assuma o controle de funções 
cognitivas e motoras. 
 
 
Aleitamento Materno 
 
Intervenção natural mais importante para a saúde humana. Atende todas as necessidades nutricionais, 
metabólicas, imunológicas da criança, alem de conferir estimulo psicoafetivo com a mãe. 
 
Deve ser iniciado imediatamente após o nascimento. (Golden hour). E mantido como base da 
alimentação da criança até o 2 ano de vida. 
 
Aleitamento materno exclusivo por 6 meses: 
 Aleitamento materno Exclusivo: criança recebe apenas Leite materno (do seio ou ordenhado) e 
nada mais! 
A criança em AME deve ser amamentada em livre demanda (sem horário definido) e não deve limitar o 
tempo em cada mama, até esvaziar; começar pela última mama oferecida. 
 Aleitamento Materno (predominante): Leite Materno + líquidos (chá/sucos) → não 
recomendado! Aleitamento misto ou parcial: alem do leite humano a criança recebe outros tipos de leite. 
 
Aos 6 meses: alimentação complementar! 
Os alimentos devem complementar o leite, e não substituí-lo. 
 Aleitamento Materno Complementado: Leite Humano + sólidos/semissólidos 
 Leite Materno:até 2 anos no mínimo 
 
Qual o problema do AM predominante: na manipulação dos alimentos temos o risco de contaminação da criança 
através desse alimento. Em alguns alimentos (principalmente em alguns tipos de chás), temos algumas substâncias 
que podem diminuir a absorção intestinal de alguns nutrientes, como por exemplo o ferro. 
 
Leite Humano 
 
Leite humano x Leite de vaca 
 Leite humano tem MENOS PROTEÍNA (leite de vaca tem cerca de 3x mais proteína  isso é 
vantagem, pois impõe uma menor sobrecarga renal de solutos; a qualidade da proteína 
também é diferente. As proteínas do leite dividem-se em dois grandes grupos: caseína e 
proteínas do soro – a caseína é uma proteína de digestão mais lenta e portanto, mais difícil. 
 O leite humano tem menor 40% de caseína, com mais proteína do soro, de mais fácil digestão. O 
leite de vaca é o inverso, tem 80% de caseína, além de levar a um retardo no esvaziamento 
gástrico. A proteína do soro humano é a α-lactoalbumina (bem tolerada); do LV é a β-
lactoglobulina (alergênica). 
 
 Menos PROTEÍNA (menos sobrecarga 
renal) 
 Menor % de caseína (LH: 40% x 
LV:80%) 
 Proteína do soro: alfa-lactoalbumina 
 
 Mais LACTOSE (dissacarídeo glicose + galactose). A criança que recebe o leite com mais 
lactose, apresenta fezes mais amolecidas, além disso, também apresenta um pH intestinal 
mais ácido (baixo). Para a criança que precisa evacuar deitada, ter fezes mais 
amolecidas/liquefeitas é uma grande vantagem. A lactose que não é digerida/absorvida é 
fermentada pelas bactérias que compõem a flora saprófita intestinal – o produto dessa 
fermentação são gases e ácidos orgânicos 
o Consequência: evacuações explosivas / formação de ácidos orgânicos  diminuem o pH 
intestinal  hiperemia da região perianal caso a pele fique muito tempo em contato com 
as fezes ácidas 
o Vantagem: algumas bactérias não conseguem se proliferar em um pH mais ácido 
 
 Mais LACTOSE 
 Fezes mais amolecidas 
 pH intestinal mais baixo 
 
 Mais GORDURA: o leite materno é um leite rico em colesterol – as crianças que são 
 
amamentadas tem menor risco de dislipidemia na vida adulta, pela exposição precoce a 
concentrações de colesterol mais alta ocorre programação metabólica e ativação de vias 
metabólicas; 
o LH tem maior quantidade de LC-PUFA (ARA/DHA) → ácidos graxos de cadeia longa 
fundamentais para a formação de membranas celulares, importante para mielinização e 
formação da retina 
 
 Mais GORDURA 
 Colesterol 
 PUFA – ARA / DHA 
 Mielinização / formação da retina 
 
 FERRO: maior biodisponibilidade (mesma concentração que o LV; o que muda é a 
biodisponibilidade (% de Fe que é absorvido). O LH possui Lactoferrina, facilitando a absorção 
intestinal (o Fe ligado a lactoferrina é menos perdido ao longo do TGI bem como não será 
utilizado por algumas bactérias que fazem uso do Fe) 
 MENOS ELETRÓLITOS (em especial Na): menor sobrecarga renal 
 
 Na impossibilidade de LH → fórmula infantil 
 As fórmulas infantis são caras. 
 < 4 meses: não podem receber leite de vaca integral  essa criança pode não conseguir 
excretar toda a proteína/ sódio  se for necessário, esse leite deve ser diluído em água 
(alimento com menos calorias – 1 colher de óleo para cada 100mL de leite diluído). Porém, 
isso sempre deve ser evitado 
 
Fatores de Proteção 
Lisozima Atividade bactericida 
Imunoglobulinas IgA secretória 
Lactoferrina 
Efeito bacteriostático (menos ferro disponível para 
bactérias) 
Fator bífido 
Oligossacarídeo; substrato p/ crescimento de flora 
saprófita 
Lactoperoxidase Oxidação de algumas bactérias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modificações no Leite 
 
 
 
 
Durante 
a 
lactação 
 Colostro: é o leite secretado do 3-5º dia após o nascimento da criança 
 Leite de transição 
 Leite maduro: começa a secretar a partir do final da 2ª semana de vida 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Colostro: mais proteínas, eletrólitos e vitaminas lipossolúveis (especialmente vitamina A) 
 
Leite maduro: mais gordura e mais lactose 
 
O colostro é produzido por uma glândula mamária ainda imatura (é o primeiro produto da 
glândula), com capacidade de síntese ainda limitada e muito permeável a passagem de 
elementos do plasma, por isso tem mais eletrólitos e proteínas (imunoglobulinas). Já no leite 
maduro temos maior quantidade de elementos que são produzidos pela glândula mamária 
(gordura e lactose). 
 
Durante 
a 
mamada 
 Leite anterior (solução) – mais lactose 
 Leite posterior (emulsão) – mais gorduras 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
O primeiro leite que a criança recebe quando começa a mamar é o leite anterior (“aguado”), 
com sabor adocicado (maior quantidade de lactose); conforme a criança vai mamando, ela 
passa a receber o leite posterior (até 5x mais gorduras; causa saciedade e ganho de peso)  é 
fundamental que a criança receba o leite anterior e o leite posterior. 
 
 
 
 
 Leite anterior (solução): ralo, doce, maior quantidade de proteínas e água, sacia a sede, hidrata. 
 Leite posterior (emulsão) –rico em gorduras, sacia a fome do bebe, aumenta o ganho ponderal. 
Mais gordura → saciedade e ganho de peso 
 
- Durante o dia 
Maior quantidade de gordura ao anoitecer (o leite que a mulher produz de manhã tem menor quantidade de 
gordura do que aquele produzido ao anoitecer – em teoria, seria para dar maior saciedade) 
 
A criança em AME deve ser amamentada em livre demanda (sem horário definido) e não deve 
limitar o tempo em cada mama, até esvaziar; começar pela última mama oferecida. 
 
ARMAZENAMENTO. 
 
Frasco: de vidro , incolor, com tampa, devem ser limpos com água e sabão e fervidos por 15 minutos. 
Escorridos e guardados tampados. Para manipulação as mãos devem estar limpas 
 
O leite materno pode ser armazenado por 12h na geladeira e 15 dias no freezer. 
 
Técnica de coleta: massagear as mamas com as pontas dos dedos, com movimentos circulares. 
Posicionar os dedos indicador e polegar em C em volta da aréola, pressionar para trás. Apertar com o 
polegar até a ejeção, não deslizar os dedos sobre a pele, pressionar e soltar. 
A manobra não deve ser dolorosa. 
Mudar a posição dos dedos varias vezes contornando a aréola para esvaziamento da mama. 
Optar sempre que possível pela ordenha manual. 
 
Oferecimento: deve ser oferecido a criança por copo, xícara ou colher. 
 
 
 
Apojadura: costuma ocorrer até 72h após o nascimento; com a queda da progesterona e estrogênio, a 
prolactina deixa de ser bloqueada e o leite começa a ser produzido. Independe do estímulo! 
 Para que a produção láctea se sustente, é necessário estímulo e esvaziamento das mamas. 
 
A sucção estimula a adenohipófise a produzir prolactina, que estimula a produção de leite. 
Também estimula a neurohipófise a produzir ocitocina, que faz a ejeção do leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXOS HORMONAIS IMPORTANTES 
 
 
 
 
 
TECNICA DE AMAMENTACAO CORRETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posicionamento da 
amamentação 
Pega 
Criança bem apoiada Boca bem aberta 
Cabeça e tronco no mesmo eixo Lábio inferior evertido 
Corpo próximo ao da mãe 
Aréola mais visível acima da 
boca 
Rosto de frente para a mama Queixo toca a mama 
 
 
 
VANTAGENS DA AMAMENTACAO PARA A MAE E O BEBE. 
 
 
 
PROBLEMAS RELACIONADOS A AMAMENTACAO. 
 
PREVENCAO 
 Pega e Posicionamento correto 
 Manter mamilos secos, expondo os ao sol 1x ao dia. 
 Não abafa-los com tecidos, forros úmidos. 
 Não usar sabões, óleos e álcool para limpeza, apenas água limpa. Ao sentir a mama tensa, se não for o horário de mamada do bebe, ordenhar até diminuir a 
tensão do mamilo. 
 Ao interromper a mamada, introduzir o dedo mínimo, no canto da boca do bebe, para desfazer o 
vedamento de sucção, e assim ele poder abri-la sem causar trauma. 
 
COMO SABER SE A CRIANÇA ESTÁ SENDO BEM ALIMENTADA 
 Choro X (parâmetro ruim) 
 Peso (o ganho ponderal é um marcador de nutrição) – lembrar que nos primeiros dias de vida a 
criança pode perder até 10% do peso de nascimento 
 Diurese (bem alimentada = bem hidratada e com diurese satisfatória; 6 - 8 vezes ao dia) 
 
Fissuras e Traumas mamilares: para evitar, realizar a técnica correta e orientar mudança de posição. 
Ordenhar antes da mamada estimula o reflexo da ejeção e a criança mama menos vigorosamente. É 
comum na 1 semana pós parto, se após isso persistir, podemos encontrar traumas mamilares. 
 
Nestes casos devemos checar a técnica, e fazer as recomendações preventivas anteriores. 
Não se deve usar pomadas, antissépticos e cicatrizantes. 
 
Ingurgitamento mamário: 
 
Aumento do volume mamário; por acúmulo ou retenção de leite, ou por comprometimento da drenagem 
linfática levando a um edema mamário. Mama aumentada, hiperemiada e dolorosa 
 Orientar livre demanda 
 Ordenhar antes 
 Esvaziar as mamas 
 Compressas frias no intervalo entre mamadas 
 
Mastite: reação inflamatória pela estase do leite. 
 Esvaziar mamas (pela amamentação ou ordenha) 
 Antibióticos para cobertura de S. aureus 
 O tratamento consiste em orientação e checagem da técnica de amamentação, e medidas 
preventivas. 
 Não se deve contraindicar a amamentação, o leite não traz prejuízo nenhum a saúde do bebe, 
alem de a falta de drenagem do seio pode contribuir para piora do quadro. 
 A ordenha desta mama é indicada. 
 São utilizados analgésicos comuns no quadro. 
 A antibioticoterapia esta indicada frente a: ausência de melhoria com tratamento não 
farmacológico em 24 horas. 
 Fissuras visíveis sangrantes. Estado geral toxemico. 
 As opções são cefalexina e amoxicilina com ac. Clavulanico. 
 
ABCESSO MAMÁRIO 
 Complicação da mastite, relacionado a tratamento ineficiente, também causado por S.aureus. 
 Caracteriza-se por dor intensa, febre alta, formação de nódulo palpável e flutuante de coleções 
purulentas. 
 A drenagem pode ser espontânea e ocorrer por algum ducto ou para o exterior. 
 O diagnostico é feito pela clinica e USG. 
 É necessário para o tratamento, alem de todas as medidas anteriores. O uso de antibióticos 
como cefalexina. 
 Alem disso o esvaziamento regular das mamas. 
 E drenagem cirúrgica do sitio de coleção. 
 Mesmo neste caso a amamentação continua sendo segura para o bebe, e benéfica para o quadro. 
 
CANDIDIASE. 
 Infecção dos mamilos causada pelo fungo cândida albicans. 
 O fungo se adapta a meios quentes e úmidos por isso devemos evitar abafa-los e deixa-los 
úmidos por muitas horas. 
 Os sintomas são dor, e prurido intenso. A pele fica hiperemica, brilhante, com descamação fina e 
pode apresentar placas esbranquiçadas. 
 O tratamento é feito com nistatina por 14 dias, e simultaneamente se trata a criança mesmo que 
assintomática. 
 Em casos mais complicados se usa o fluconazol oral por 14 dias para a mãe e o bebe 
 
Contraindicações à amamentação 
 
CONTRAINDICAÇÕES – ALEITAMENTO MATERNO 
DOENÇAS MATERNAS 
ABSOLUTAS: 
 
 
 
Profilaxia para anemia ferropriva 
O Fe elementar equivale a 1/5 do sulfato ferroso 
 
PROFILAXIA DA ANEMIA FERROPRIVA (SBP) 
A TERMO 
≥ 37 sem 
> 2,5kg 
< 6meses AME ou FI: não recebe 
> 6 meses: 1mg/kg/dia de Fe até os 2 anos (exceto se a 
criança continuar a receber ≥ 500mL de FI) 
PREMATURA 
ou 
< 2,5Kg 
Recebe ferro aos 30 dias até 2 anos: 
1º ANO DE VIDA: 
< 1.000g: 4mg/kg/dia 
< 1.500g: 3 mg/kg/dia 
< 2.500g: 2mg/kg/dia 
2º ANO DE VIDA: 1mg/kg/dia 
 
 HIV 
 HTLV 
 PSICOSE PUERPERAL GRAVE 
Obs.: a mulher com psicose puerperal poderia manter a amamentação desde que com supervisão (e 
isso inclusive poderia ajudar no tratamento da puérpera) 
 
OCASIONAIS: 
 HERPES: se lesão herpética em atividade (o risco de transmissão do vírus para a criança se 
estabelece quando a criança tem o contato direto com lesões em atividade) – lesões vesiculares, 
geralmente agrupadas sobre base hiperemiada. 
 CITOMEGALIA (< 32 sem): quando a mulher tem infecção aguda pelo CMV existe a 
possibilidade de que o vírus saia pelo leite e infecte a criança. Caso a criança tenha mais de 32 
sem, isso não terá nenhum problema, pois não apresentará nenhuma repercussão clínica; já, 
caso a criança tenha < 32 sem, o quadro de infecção pelo CMV pode ser grave. 
 
NÃO CONTRAINDICAM: 
 TUBERCULOSE: o problema não é a secreção da micobactéria pelo leite, mas sim o contato da 
criança com as secreções respiratórias – mesmo a mulher bacilífera pode amamentar: basta que 
a amamentação seja em local arejado e com máscara – além disso, o RN deve receber isoniazida 
e a BCG adiada 
 HEPATITE B: além de dar vacina, a criança também receberá a imunoglobulina – assim a 
criança pode ser amamentada 
 HEPATITE A / C 
DOENÇAS DO LACTENTE 
 GALACTOSEMIA – erro inato no metabolismo da galactose (não consegue metabolizar), de 
maneira que esta acaba se acumulando em vários tecidos. Não pode: leite humano e nenhum 
outro tipo de leite que contenha galactose em sua composição. É uma das raras exceções em 
que crianças < 6 meses são alimentadas com leite de soja 
 FENILCETONÚRIA - erro inato no metabolismo de um aminoácido (fenilalanina), não 
convertendo em tirosina, com acúmulo de FEN em vários tecidos corporais e desenvolvimento de 
sequelas irreversíveis (por isso a fenilcetonúria faz parte da triagem neonatal). Mesmo quem tem 
fenilcetonúria precisa receber uma pequena quantidade de FEN em sua dieta (pois é um aa 
essencial), assim ele receberá pequena quantidade de LM + fórmula isenta de FEN + 
monitorização de níveis séricos do aminoácido 
USO DE MEDICAMENTOS 
 SAIS DE OURO 
 AMIODARONA 
 IMUNOSSUPRESSORES e CITOTÓXICOS 
 RADIOFÁRMACOS 
 GANCICLOVIR E LINEZOLIDA 
 
PUBERDADE 
PARÂMETROS 
 Caracteres sexuais 
 Função reprodutora (espermatogênese e foliculogênese) 
 Aceleração do crescimento 
 
Nos primeiros dois anos de vida a criança tem um crescimento intenso, porém desacelerado. Na fase pré-escolar e 
escolar, as crianças tem um crescimento constante. Assim que a puberdade tem início, observa-se uma aceleração do 
crescimento (pela ação dos esteroides sexuais) e, observa-se também uma aceleração da fusão epifisária. Ao final da 
puberdade o paciente irá alcançar sua altura final e não haverá mais cartilagem de crescimento. 
 
Tudo o que acontece durante a puberdade é o resultado da secreção de esteroides gonadais e adrenais. 
O primeiro evento é a ativação do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal – começa no hipotálamo que é capaz de 
secretar o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), que atua na adeno-hipófise (gonadotrofos), que irá secretar 
as gonadotrofinas (LH, FSH). As gonadotrofinas irão agir nas gônadas (testículos e ovários), levando, dentre outras 
coisas, à secreção de testosterona e estrogênio. 
Nos primeiros anos de vida, esse eixo encontra-se inativo. Esse eixo será ativado em uma determinada idade 
cronológica que antecede o desenvolvimento puberdade. 
Em uma determinada idade, por uma série de fatores ainda não conhecidos, o hipotálamo passa a secretar o GnRH 
de forma pulsátil – esses pulsos vão aumentando em frequência e amplitude, de maneira que os receptores de GnRH 
serão ativados. 
 
 
GnRH 
 
 
 
 
 
LH e FSH 
 
 
 
TESTOSTERONA ESTROGÊNIOS ANDROGÊNIOS 
 
 
 
Nos primeiros anos de vida, a adrenal secreta essencialmente mineralocorticoides e corticoides. Em uma idade 
cronológica que corresponde à gonadarca, a suprarrenal começa a responder de forma diferente ao ACTH e passa a 
secretar os androgênios – adrenarca. 
A

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