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3 conceitos básicos para o ECG: 1. O coração produz energia 2. Essa energia pode ser captada por aparelhos 3. Isso pode nos informar sobre o coração Parar gerar estímulo elétrico é necessário um potencial de ação, que é capaz de provocar energia e promover a força contrátil do coração. A cada despolarização acontece uma contração O coração bate em média de 50 a 100x por minuto. Os vetores são utilizados para dar amplitude, direção e sentido ao estímulo gerado. Orientação das ondas: Como referência podemos utilizar este exemplo, u seja, as ondas se orientam de acordo com o ponto de referencia usado. O eletro se dá a partir de ondas de acordo com o estímulo gerado pelo coração ONDA P – repolarização atrial ONDA PR – Sequência da onda P definida por uma onda isoelétrica até a chegada do QRS ONDA Q – Despolarização da parte inicial do septo ONDA R – Grande parte da despolarização ventricular, da parede do ventrículo ONDA S – Despolarização da base do ventrículo POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS ➢ Brasil do lado esquerdo do peito ➢ Flamengo do lado direito DERIVAÇÕES DOS ELETRODOS ❖ 6 Derivações do plano frontal - D1, D2, D3, e aVF, aVL, aVR. ❖ 6 Derivações do plano horizontal - V1, V2, V3, V4, V5, V6 Obs: EIXO NORMAL do QRS é de -30 a +90 Se o QRS estiver positivo em D1 e aVF o ECG está normal. ROTA DOS VENTOS → Fiz 3 lanches 1 roubaram 2 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS EM PLANO HORIZONTAL ou PRECORDIAIS ❖ V1: 4º EI, imediatamente à direita do esterno ❖ V2: 4º EI, imediatamente à esquerda do esterno ❖ V3: Algo entre V2 e V4 ❖ V4: 5º EI, linha hemiclavicular a esquerda ❖ V5: 5° Espaço intercostal Linha axilar anterior ❖ V6: 5° Espaço intercostal Linha axilar média Vamos aqui olhar diretamente para V1, que geralmente tem onda negativa indicando que o vetor está para trás. Isso é o correto, já que o VE fica posterior a VD, e sua massa é maior, levando meu vetor resultante para trás. POTASSIO – DESPOLARIZAÇÃO SÓDIO – REPOLARIZAÇÃO PROVA CANAIS IF – Atua nos canais sódio/potássio que nasce no nó sinusal – Evabradinas ROTEIRO PARA INTERPRETAÇÃO DE ECG 1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Idade, gênero, peso e altura são fundamentais, mas quanto mais dados o examinador souber sobre o paciente, melhor. Sintomas, exame físico, antecedentes, tudo ajuda no raciocínio eletrocardiográfico. 2. PADRONIZAÇÃO/ QUALIDADE TÉCNICA Papel quadrilhado tem os quadrados grandes (composto de 5 quadrados menores) e os quadrados pequenos (1mm) 1 segundo de tempo tem 5 quadrados grandes = 25 mm/seg. A amplitude dos quadrados pequenos = 0,1 mv Tempo de quadrados pequenos = 0,04 seg. Em um ECG normal a padronização ideal é: 25mm/seg PROVA N (normal) = 1.O mv (10 quadradinhos x 0,1 mv) ---- > Retângulo (final das ondas) = 5/10 (tempo/amplitude) 3. RITMO ❖ Sinusal PROVA - Estímulo nasce no nó sinusal - Onda P com eixo entre 0-90o à onda P positiva em D1 e aVF e negativa em aVR; - Ondas P com a mesma morfologia e na razão 1/1, ou seja, pra cada onda P precisa de um complexo QRS - Após toda onda P haverá um complexo QRS. FREQUÊNCIA CARDÍACA FC = 300/quadrados entre R-R Para ritmos irregulares D2 longo x 6 D2 longo --- N° de espículas do QES x 6 ❖ Bradicardia – Abaixo de 50 bpm - Bradicardia sinusal ❖ Taquicardia – Acima de 100 bpm ❖ Normocardia – Entre 50 a 100 bpm EIXO LADO DIREITO LADO ESQUERDO Eixo QRS → -30° a 90° Eixo onda P → O° a +90° 4. ONDA P Quando ocorre despolarização do átrio direito no nodo sinusal Tamanho normal/ Amplitude – 2,5 mm (quadradinhos) Melhores eixos para avaliar → D1 e D2 longo Eixo normal = Entre 0° a + 90° PROVA Analisar onda P em D1, D2 e aVF para determinar qual o ritmo. Se for por positiva nessas derivações o ritmo é sinusal. Quando ocorre aumento da amplitude (maior que 2,5 quadradinhos) em D1, D2 e aVF pode ser indicativo de aumento de átrio esquerdo, podendo indicar uma estenose mitral. Morfologias de onda P ❖ Sobrecarga de átrio direito (despolariza primeiro) há aumento de onda P em amplitude (altura). - Representa a primeira porção da onda P - Onda P em D2 maior que 2,5 quadradinhos - Em pacientes com DPOC, há sobrecarga de átrio direito, onde a sobrevida do paciente é reduzida. - Sobrecarga de átrio esquerdo aumenta a possibilidade de arritmias e fibrilação atrial. - Em pacientes adultos com sinais de sobrecarga de câmara direitas, sem sinais de sobrecarga esquerda, lembrar de: • Estenose pulmonar • Hipertensão pulmonar ECG com Sobrecarga de átrio direito: ❖ Sobrecarga de átrio esquerdo (despolariza em seguida) há aumento da onda P em tempo (base). - Segunda porção da onda P - Onda P com duração aumentada – 120ms (3 quadradinhos) em D2 - Onda bífida e entalhada (corcova de camelo) - Índice de Morris – Se na derivação em V1 houver onda P negativa maior que 1mm de amplitude e duração, este eletro tem sobrecarga de átrio esquerdo - O que causa sobrecarga de AE – Estenose mitral, cardiopatia hipertrófica ❖ Onda P aumentada em tempo e amplitude muito larga e muito grande) há aumento bi- atrial, tanto de átrio esquerdo quanto direito. 5. INTERVALO PR É o atraso fisiológico de condução atrioventricular, ou seja, tempo da despolarização atrial até o início da repolarização ventricular. Duração normal – De a 3 a 5 quadradinhos = De O,12 a 0,20 seg. OU entre 3 a 5 quadradinhos PROVA Podemos identificar neste intervalo: ❖ BAV (bloqueio atrioventricular): intervalo PR largo, ou seja, intervalo PR maior que o,20seg. Em atletas, o intervalo PR pode se apresentar maior que 0,20 seg., devido o condicionamento físico. ❖ Excitação pré-ventricular (menor que 0,12seg.): intervalo PR curto 6. COMPLEXO QRS Quando ocorre despolarização ventricular A onda R sempre será positiva!!! Eixo QRS = Entre -30° a +90° PROVA É necessário avaliar 3 pontos no complexo QRS: 1. Duração: deve ser de até no máximo 3 quadradinhos Um QRS largo indica uma despolarização ventricular mais lenta, podendo ser indicativo de: ❖ Bloqueio de ramo direito - Alargamento do QRS, com duração ≥ 120ms; - Padrão rsr’, rsR’, rSR’ ou mais raramente um R puro em V1 ou V2; - Onda S profunda e alargada (maior do que 40 ms) em DI e V6. ❖ Bloqueio de ramo esquerdo -QRS negativo com padrão rS ou QS - Identificar pelas “orelhinhas” ECG com onda R alargada e com entalhe em V5, D1, aVL e V6. 2. Amplitude QRS grande - pode indicar uma hipertrofia ventricular (+5quadradinhos) QRS pequeno – baixa voltagem cardíaca, podendo indicar que há líquido ao redor do coração como amiloidose ou uma pericardite Inativa de aVL em um caso de amiloidose 3. Morfologia Analisar se cada segmento do complexo QRS está dentro da normalidade Onda Q – No INFARTO a onda Q se apresenta 1/3 maior que a normalidade. Onda R – se progride pode apresentar INFARTO 7. SEGMENTO ST Primeira parte da repolarização ventricular Muito observado em síndromes isquêmicas – infartos. ❖ SUPRA ST – Em V2 e V3 – Infarto ❖ INFRA ST – Pelo menos 2 derivações contiguas para significar uma síndrome isquêmica 8. INTERVALO QT Momento em que ocorre sístole ventricular Pacientes com QT longo tem chance maior de desenvolver PT polimórfica, podendo evoluir para morte Medicamentos que podem alongar QT: ❖ Antiarrítmicos ❖ Antibióticos ❖ Antiparasitários ❖ Antidepressivos ❖ Antipsicóticos ❖ Antieméticos (para náuseas) 9. ONDA T Final da repolarização Tem a mesma polaridade que o complexo QRS, ou seja, se QRS+ a onda T+ Eixo Onda T = Entre +30 a -150° Intervalode duração = 0,30 a 0,44 seg. ❖ Inversão de onda T – Ocorre após 24h de infarto ❖ Hiperpotassemia – aumento da onda T com aspecto apiculado, com QRS largo e ST curto ❖ Hipopotassemia – Onda T é menor, com P elevada, e surge onda U mais proeminente Hipopotassemia moderada – Depressão de ST, achatamento da onda T (vermelho) e onda U proeminente (laranja) Hipopotassemia severa – depressão de ST, ondas T negativas (vermelho) e ondas U proeminentes (laranja) Exemplos: ELETRO SEM DESVIO D1 (+) aVF (+) D3 (isodifásico) – Perpendicular a D3 está o aVR – então, nesse exemplo, o eixo está a 30° (normal) Paciente com TEP – ELETRO COM DESVIO A DIREITA D1 (-) – Desvio para a direita aVF (+) D2 (isodifásico) – O eixo do QRS é 150° e está desviado a direita DESVIO A DIREITA – CUASAS - Estenose de valva DESVIO A ESQUERDA – CAUSAS - Hipertensão - Chagas - Hipertrofia
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