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Dor abdominal e Constipação - Resumão

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Dor abdominal
Causas de dor abdominal Características
Intussuscepção 
ou 
Invaginação 
• Nascimento até 1 ano.
• Causa cirúrgica de dor abdominal.
• Intestino delgado entra no intestino grosso  Obstrução do lúmen intestinal  Edema  Obstrução
linfática e venosa  Hemorragia intraluminal  Proliferação bacteriana por estase  Necrose
intestinal.
• Fezes em geleia de morango.
Apendicite
• A partir dos dois anos.
• Causa cirúrgica de dor abdominal.
• Dor inicialmente periumbilical, que migra para fossa ilíaca direita.
• Associação com inapetência e parada de eliminação de gases e fezes.
• Sinal de McBurney dor a palpação do QID.
• Rigidez abdominal e descompressão brusca presente (DB +).
• Sinal de Rovsing compressão do QIE gerando dor no QID.
• Irritação peritoneal paciente permanece deitado e tenta não se mover.
• Pode haver: anorexia, náuseas, vômito, febre e leucocitose.
Trauma abdominal
• Principalmente dos 2 aos 5 anos.
• Presença de dor abdominal desproporcional.
• Pesquisar sinais de lesão acidental (como marca do sinto de segurança – probabilidade de lesões intra-
abdominais sobretudo se houver fratura lombar e taquicardia persistente) ou não acidental
(queimaduras de cigarro, hematomas e escoriações).
Gastroenterocolite
• Causa NÃO cirúrgica de dor abdominal.
• A partir dos 2 anos em diante.
• Dor abdominal SEM evidências de peritonite (defesa ou descompressão brusca).
• Distensão abdominal e RHA aumentados.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
Causas de dor abdominal Características
Dor abdominal
crônica funcional
• Criança bem e com achados clínicos mínimos.
• Principalmente dos 4 aos 16 anos.
• Causa NÃO cirúrgica de dor abdominal.
• Baseia-se nos sintomas, e não no exame físico ou exames complementares.
• Dor DIFUSA epigástrica, periumbilical ou hipogástrica.
• SEM irradiação. SEM de sinais de alarme. SEM despertar noturno (ocorre durante o DIA).
• Pode haver: náuseas, vômitos, palidez, sudorese e ansiedade.
• Intermitente, ocorrendo em SURTOS criança saudável entre os surtos.
• Dor É REAL possível papel da alteração da motilidade e da hipersensibilidade visceral (↓ do limiar de dor).
• Critérios de Roma IV  Manifestações: síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional, dor abdominal
funcional e enxaqueca abdominal.
• Solicitação de exames deve ser criteriosa!
• Tranquilizar a família sobre ausência do doença orgânica grave!
Dor abdominal
crônica orgânica
• Dor LOCALIZADA (distante do umbigo).
• Persistente criança aparentemente DOENTE.
• COM irradiação. COM sinais de alarme (início antes dos 4 anos, perda de peso, desaceleração do crescimento,
perda GI de sangue, vômito, diarréia crônica, dor no quadrante superior ou inferior direito, febre, disfagia,
artrite, icterícia, anemia, dor que acorda o paciente, esplenomegalia, massa palpável, história familiar de
doença inflamatória intestinal, alteração anorretal, incontinência fecal). COM despertares noturnos.
• Dor furando ou em queimação.
• Causas  obstipação/constipação, doença inflamatória intestinal, doença obstrutiva, intolerância a lactose,
pancreatite, colicistite crônica, doença de Crohn, esofagite, gastrite, parasitoses, volvo, ITU.
Dor abdominal recorrente: Três ou mais episódios de dor abdominal, que ocorrem ao longo de um período de pelo menos 3 meses, suficientemente
fortes para interferir nas atividades habituais da criança. Em apenas 5% a 15% dos casos a dor é causada por uma doença orgânica. A maioria das
crianças e adolescentes apresenta sintomas “funcionais” definidos quando não se estabelece uma causa anatômica, infecciosa, inflamatória,
neoplásica, metabólica ou bioquímica para a dor.
Patologias cirúrgicas:
• Ausência de RHA.
• Vômitos biliosos.
• Diarreia hemorrágica ou 
sangue oculto nas fezes.
• DB +
• Rigidez voluntária ou 
involuntária.
Dor abdominal 
CRÔNICA
• Duração maior do 
que 3 meses.
• Pode ser contínua 
ou recorrente.
Dor abdominal AGUDA
• Duração menor que 3 
meses, não há quadro 
prévio e sugere alteração 
orgânica. Pode estar 
acompanhada de febre, 
vômito, diarréia, sangue 
nas fezes e distensão.
Exames complementares:
• RX de tórax e abdome.
• USG de abdome.
• Hemograma.
• PFF.[
• Urina I.
• Enzimas hepáticas.
• VHS e PCR.
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C Constipação
• É um sintoma definido pela ocorrência de frequência das evacuações
inferior a 3 vezes por semana (exceto em crianças em aleitamento natural
exclusivo) ou qualquer uma das seguintes manifestações (independente
do intervalo entre as evacuações):
➢ Eliminação de fezes duras.
➢ Dificuldade ou dor para evacuar.
➢ Eliminação esporádica de fezes muito calibrosas.
➢ Sensação de esvaziamento retal incompleto após evacuar.
• Questionar na Anamnese: Início da eliminação de mecônio, antecedentes
familiares, idade de início da constipação, alimentação, uso de
medicamentos, outros sintomas intestinais.
• Avaliar no Exame Físico: Estado geral e desenvolvimento pondero-
estatural, exame geral abdominal, exame neurológico e exame da região
anal (toque retal, se necessário).
• Podem ter relação com constipação: Massa fecal palpável no abdome;
Distensão abdominal; Fissura anal; Fezes impactadas na ampola retal.
• A causa mais comum de constipação intestinal na infância é a decisão feita
pela criança para retardar a evacuação após uma experiência dolorosa!
• Constipação Primária  Constipação por trânsito lento, disfunção do
assoalho pélvico ou distúrbios de defecação.
• Constipação Secundária  Decorre de ingestão inadequada de líquidos
e/ou fibras, sedentarismo, uso abusivo de laxante, padrão retentor,
hipotireoidismo, doença de Hirschsprung, acalasia anal, DM, drogas,
tumor pélvico, alteração da coluna.
• Nenhum exame complementar é necessário.
• Tratamento  educação sobre a doença, desimpactação, reeducação do
hábito intestinal e prevenção da retenção das fezes (dieta rica em fibras).

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