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Radiologia Aspectos Radiográficos das Lesões do Periodonto e Pericopatias (3)


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Radiologia – 3º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 - Aspectos Radiográficos das Lesões do Periodonto e 
Pericopatias – Thales Ribeiro Página 1 
 
Radiologia – 3º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 - Aspectos Radiográficos das Lesões do Periodonto e Pericopatias 
 As lesões do periodonto podem chegar a um nível, que elas vão atingir as estruturas que envolvem o dente, e vão 
ser observadas na radiografia. Então quando se fala em lesões no periodonto e pericopatias, são patologias que 
atingem a região do periodonto. Existem alguns aspectos da doença periodontal que podem ser observados nas 
radiografias e outros não. Tem-se, por exemplo, uma bolsa periodontal que não pode ser observada 
radiograficamente, mas existem outros aspectos da doença do periodonto que são observados radiograficamente. 
Todo aspecto patológico, para que se consiga observar, tem-se primeiro saber como era aquele tecido normal. 
 Roteiro: 
 Considerações Inicias 
 Estruturas dentais que vão envolver os dentes; 
 Estruturas periodontais em seus aspectos normais; 
 Lesões do periodonto; 
 Lesões do periápice; 
 Cistos: 
o Odontogênicos: 
 Inflamatórios; 
 Desenvolvimento; 
o Não odontogênicos: 
 Considerações Finais 
 
 Estruturas Dentais: 
 Esmalte; 
 Dentina; 
 Cemento; 
 Polpa. 
Cada uma dessas estruturas acima, devido a sua constituição histológica vai deixar na radiografia uma imagem 
característica desse tecido. 
1) Esmalte 
 É o tecido mais mineralizado do corpo humano, constituído basicamente de material inorgânico 
(96%), e uma pequena quantidade de substância orgânica e água, que correspondem 4%; 
 O esmalte, devido a sua constituição de matéria inorgânica (96%), vai ser a estrutura mais radiopaca 
do dente; 
 Tem número atômico alto, devida a sua constituição de minerais, promovendo uma imagem 
radiopaca do dente. 
2) Dentina 
 Tecido presente em maior volume no dente – a estrutura do órgão dentário é constituído na sua 
maioria por dentina; 
 A dentina está presente tanto na coroa, quanto na raiz; 
 Uma quantidade menor de sais minerais (65%) confere à dentina um aspecto radiográfico menos 
radiopaco que o esmalte – a dentina não é radiolúcida, ainda é em maior proporção constituída 
pelos sais minerais, dando a ela um aspecto radiopaco, entretanto uma radiopacidade menor do que 
a do esmalte, devido a uma menor quantidade de tecido inorgânico. 
 
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Pericopatias – Thales Ribeiro Página 2 
 
 
3) Dentina/Cemento 
 O cemento vai recobrir a porção de dentina na região radicular; 
 Dada a semelhança física entre a dentina e o cemento, esses tecidos são indistinguíveis 
radiograficamente em condições de normalidade. 
 O esmalte tem uma radiopacidade muito intensa, já a dentina e o cemento, tem aspectos radiopacos 
no entanto menos intenso do que no esmalte, e radiograficamente em condições normais não 
consegue-se distinguir onde tem dentina e cemento devido à composição histológica muito 
semelhante desses dois elementos. 
4) Polpa 
 É um tecido que não possui imagem radiográfica, dada a sua constituição física, deixando evidente o 
espaço que o abriga: a câmara pulpar. 
 Quando se olha a radiografia a polpa não consegue emitir uma imagem radiográfica característica, 
pois ela é formada de tecido conjunto, e esse tecido conjuntivo não é capaz de ser absorvido pelos 
raios-X, então os raios-X vão passar livremente pela região da polpa já que é formada de tecido 
conjuntivo. Então esses tecidos moles não conseguem emitir uma imagem na radiografia, o que vai 
se ver na imagem radiográfica vai ser um espaço, que abriga a polpa, que vai ser justamente a 
câmara pulpar. 
OBS: A câmara pulpar tem um formato anatômico específico para cada grupo dentário, e o que é 
visto na radiografia, é o espaço da câmara pulpar, e não exatamente a polpa, mas eu sei que a polpa 
está localizada naquele espaço. 
 
 Estruturas periodontais (aspectos de normalidade deles) Pode-se observar as seguintes estruturas na 
imagem radiográfica: 
 Ligamento periodontal; 
 Osso alveolar; 
 Trabeculado ósseo. 
 
1) Ligamento Periodontal (Espaço Pericementário/Espaço do 
Ligamento Periodontal) 
 Tecido que não apresenta imagem radiográfica 
característica, dada a sua constituição que deixa evidente o 
espaço que ocupa: o espaço do ligamento periodontal; 
 O ligamento periodontal ele é formado por fibras, por um 
tecido também conjuntivo, tecido mole, que não é mineralizado, então não vai conseguir deixar uma 
impressão na película radiográfica, pois os raios-X vão passar por essas estruturas, então não são 
absorvidos devido a sua pequena densidade e pequeno número atômico. 
 Vai-se ver na radiografia o espaço do ligamento periodontal, o espaço que o ligamento periodontal 
ocupa, não vai-se ver o ligamento periodontal. O espaço que abriga o ligamento periodontal vai ser 
visto na radiografia como uma linha radiolúcida. 
 
 
 
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2) Osso alveolar 
 A região do osso alveolar é composta de duas parte distintas: 
 Lâmina dura: é uma camada delgada e densa que circunda as raízes dentárias e onde se 
inserem os ligamentos periodontais; 
Os ligamentos periodontais vão da estrutura dentinária, até a região da lâmina dura. A 
lâmina dura é uma região que é constituída por uma camada delgada e densa de osso, então 
ela vai ser observada como uma linha mais espeça radiopaca. 
Quando um dente é recém-extraído, consegue-se ver todo o contorno da lâmina dura aonde 
estava fixado a região do ligamento periodontal, com o passar do tempo essa camada mais 
espessa de osso vai ser reabsorvida e não existe mais o aspecto da região de lâmina dura. 
 Osso alveolar propriamente dito ou crista óssea alveolar: circunda a região da lâmina dura, 
formando o próprio maciço alveolar, ou seja, a parte que é propriamente dita de osso; 
 Crista óssea alveolar: é a região das bordas do osso alveolar; 
 Crista óssea alveolar normal em dentes anteriores: AFILADA; 
 Crista óssea alveolar normal em dentes posteriores: APLAINADA ou ROMBOIDE; 
 A crista óssea alveolar é um parâmetro de avaliação de nível de inserção das regiões 
periodontais, então o nível onde se encontra a crista óssea alveolar é também um 
parâmetro de normalidade do aspecto periodontal dos dentes, se essa crista óssea alveolar 
estiver abaixo, é um parâmetro para se observar que se tem uma doença periodontal. 
 
3) Trabeculado Ósseo 
 Espaços medulares do tecido ósseo de sustentação. O osso alveolar é irrigado, e esses locais de 
irrigação dos vasos sanguíneos, também é o local onde vai ocorrer propagação de informação de 
infecções, então no trabeculado ósseo do tecido consegue-se ver radiograficamente. 
 Varia de acordo com as demandas funcionais dos dentes, idade e área considerada; 
 O aspecto desse trabeculado ósseo tem pouca relevância para diagnóstico periodontal, de doenças 
periodontais, logo não da para se diagnosticar uma doença periodontal observando o trabeculado 
ósseo. 
 Indivíduos jovens: Trabeculado ósseo são mais abertos 
 Indivíduos adultos: Trabeculado ósseo são mais fechados 
 A região do trabeculado ósseo é um tecido de sustentação para o periodonto, para o dente. 
 
 Diferenciação de aspectos periodontais JOVENS X ADULTOS 
 
Estrutura JOVEM ADULTO 
Câmara pulpar Maior Menor 
Espaço do ligamento periodontal Maior Menor 
Septos ósseos (crista óssea) Mais afilados Menos afilados 
Trabeculado ósseo Maior Menor 
Bordas incisais Mamelões Perda fisiológica do esmalte 
 
OBS: Existem aspectos da doença periodontal que não podem ser vistos na radiografia.Licenciado para Byanka Paiva Magalhães - - Protegido por Eduzz.com
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 Lesões do periodonto 
Vai-se estudar agora as lesões do periodonto, as estruturas abaixo quando afetadas, elas vão se tornar com aspecto 
diferenciado, então agora vai-se identificar como elas ficam, quando elas estão atingidas pela doença periodontal. 
A gente vai estudar cada região dessa os aspectos que podem ser diagnosticados com alteração, no entanto um 
dente pode ter uma alteração por exemplo da lâmina dura, da crista óssea alveolar e do ligamento periodontal ao 
mesmo tempo. 
 Existem limitações entre  Periodontais x Radiografia 
 A periodontia: especialidade odontológica, que é responsável pelo estudo das estruturas 
periodontais, então existem limitações, pois nem todas as alterações periodontais, podem ser vistas 
radiograficamente, e além disso quando vistas tem limitações também. 
 O diagnóstico por imagem da doença periodontal (não é conclusivo), pois precisa-se 
também de achados clínicos, então têm que unir os achados clínicos com os achados 
radiológicos, para fazer o fechamento do diagnóstico. 
 Existe a impossibilidade de verificar algumas situações como: 
 Mobilidade: de um dente é vista clinicamente, principalmente no seu sentido vestíbulo-lingual. Quando vai fazer 
o teste de mobilidade pode-se classificar essa mobilidade, em grau 1, grau 2, grau 3 e grau 4. 
 Bolsa periodontal: é avaliada a partir da sondagem periodontal, que é feita de maneira clínica. A bolsa 
periodontal é uma parte da doença periodontal que é mais perigosa para o dente, então a presença de bolsa 
periodontal indica também a presença mobilidade que é um aspecto muito ruim da doença. 
 Nível de inserção: é dado da região da crista para as regiões onde se encontra uma resistência. Olha-se o nível 
de inserção dos dente e para ver esse nível de inserção tem que ver por uma sondagem, então também pode 
observar o nível de inserção, onde esta essa crista óssea alveolar, mas só pode ter esse diagnóstico preciso com 
a avaliação clínica. Então pode-se ter uma noção de nível de inserção radiograficamente, só que muitas dessas 
doenças radiograficamente vê-se em um nível, e clinicamente se encontra maior ainda, então por isso que não é 
conclusivo. 
 Lâmina Dura; 
 Cristas ou Septos Ósseos; 
 Ligamento Periodontal; 
 Região das Furcas; 
 Raízes e estruturas relacionadas; 
 Dentes. 
 
1) Lâmina Dura: 
 Quando a lâmina dura se torna afetada ela vai ter um aspecto de 
alterações no: contorno e integridade 
 Pode ser observada na radiografia uma perda de nitidez 
(borramento): comprometimento interno do alvéolo; 
 Perda de continuidade, devido às regiões que ela está 
reabsorvida; 
 Ausência total ou parcial da lâmina dura quando ela está completamente reabsorvida (total); 
 Aumento de espessura como uma forma de defesa. 
 
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2) Crista óssea ou septo ósseo (bordas iniciais do osso alveolar propriamente dito também podem estar 
alteradas): 
 Reabsorções pode ser: 
 Horizontais X Verticais (pode ocorrer as duas ao mesmo tempo a nível horizontal e a nível 
vertical). 
 Horizontal: vai atingir a crista óssea alveolar em direção mésio-distal; 
 Vertical: essa reabsorção vai iniciar na crista óssea alveolar, e vai seguir em direção apical; 
OBS: Quando tem uma reabsorção de crista óssea inicial, ela consegue ter um aspecto 
horizontal, mas se evoluir acaba também tendo um aspecto vertical. Então quando tem 
uma reabsorção da crista óssea horizontal, geralmente são estados iniciais da 
reabsorção da crista óssea alveolar. 
 Restritas X Generalizadas 
 Restrita: a reabsorção está presente em um dente ou em um grupo dentário; 
 Generalizada: a reabsorção ocorre em todos os dentes da cavidade oral. 
 
 
3) Ligamento Periodontal 
 Quando existem alterações vai ocorrer: 
 Uma diminuição ou aumento da sua espessura; 
 Podem ocorrer irregularidades na sua continuidade. 
 Tem-se na região do ligamento periodontal, uma linha radiolúcida, entre o dente e a lâmina 
dura, essa espaço do ligamento periodontal pode-se tornar aumentado ou diminuído. O que 
mais ocorre é aumento da espessura do ligamento periodontal, pois vai ocorrer uma 
inflamação nessa região e formação de edema, então esse espaço vai ser aumentado. 
Quando ocorrem estímulos agressivos ao dente, como contatos oclusais prematuros o dente 
entende que ele tem que formar mais regiões de cemento, então o espaço do ligamento 
periodontal deve ser diminuído. Quando existe uma região de uma curvatura muito mais 
acentuada do dente, aí também existe uma maior formação de estrutura mineralizada e aí o 
espaço do ligamento periodontal fica menor. 
 O espaço do ligamento periodontal pode-se tornar aumentado e quando isso ocorre, 
existem dois aspectos: ou por motivos que são não bacterianos, ou por motivos 
bacterianos. Quando é por motivos bacterianos existem uma inflamação, nos motivos não 
bacterianos também vai ocorrer uma inflamação e os seus motivos são por forças excessivas 
por aparelhos ortodônticos, pode-se ter esforços mastigatórios muito intensos em um 
dente só, então pelos dois motivos a região do ligamento periodontal torna-se inflamada. 
 Então o espessamento da região do espaço periodontal é um aspecto muito importante, é o 
primeiro sinal de alteração nele. Isso é reversível, se tirar a causa que está acometendo esse 
dente, o ligamento periodontal se reconstitui e o espaço volta ter a espessura normal. 
 
4) Região de Furcas: 
 A região de furca pode ser atingida por processos periodontais 
 Para dar o diagnóstico completo da região de furcas precisa-se dos: 
exame clínico + exame radiográfico + sondagem. 
 A região de furca pode ser acometida por bolsas periodontais, a cárie 
também pode atingir a região de furca e reabsorver a região de furca 
e quando reabsorve a região de furca a única opção é a extração. 
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Quando existe a reabsorção da região de furca por motivos periodontais, a gente vê a região de 
furca, com um aspecto radiolúcido entre elas. Isso significa que a furca foi alterada, atingida por uma 
doença periodontal. No entanto a cárie também pode ser tão grande (extensa), que ela chega a 
atingir a região de furca. Quando ela chega na região de furca, há separação das raízes, e aí agora só 
pode fazer a extração desses dentes. 
 A lesão de furca tem graus, grau 1, grau 2 e grau 3, então isso tudo vai ser avaliado pela sondagem, 
pega-se uma sonda periodontal para a analise da região de furca, tem um formato característico 
justamente para conseguir penetrar nessa região, então faz-se uma sondagem por vestibular e por 
lingual, e vai ver até onde essa sonda penetra, se ela penetrar de maneira completa já está em um 
grau muito avançado, se for em uma região inicial pode-se fazer a raspagem dessa região de furca e 
remover toda a inflamação que tem nessa região e ela pode se reconstituir, porém quando se está 
em estágio avançado aí normalmente faz-se a extração. 
 
5) Raízes dentárias e estruturas relacionadas 
As raízes dos dentes e a própria estrutura dentária, o órgão dentário, vão aparentar algumas alterações, que são 
referentes à doença periodontal ou lesões do periodonto. 
As alterações são: 
 Tamanho e forma 
 Fraturas 
 Hipercementose 
 Anquilose 
 Reabsorções internas e extras 
 
5.1 Fraturas dentárias e estruturas relacionadas: 
 O traçode fratura é observado pela interrupção da imagem 
calcificada 
 Podem ocorrer em toda a extensão do dente em diversos terços. 
 O dente é formado completamente por estruturas calcificadas 
mineralizadas, quando tem um traço de fratura entre essas 
estruturas calcificadas vai aparecer uma linha radiolúcida, entre 
estruturas calcificadas, então isso quer dizer que existe uma 
fratura dentária. Essa fratura dentária pode ocorrer a nível: 
cervical, a nível médio, a nível apical e ela pode ter formatos 
diferenciados, pode ser: horizontal, oblíquo ou vertical. A fratura 
vertical é uma fratura que tem um prognóstico pior do que uma 
fratura horizontal. Quando ocorre a fratura vai ter a linha de 
fratura radiolúcida, a linha de separação. 
 Quando ocorre fratura dentária o paciente geralmente sente 
muita dor, pois esse dente é irrigado e inervado, e durante a mastigação, o dente vai sendo 
pressionado, então com essa pressão ocorre uma dor muito intensa, que o paciente não 
consegue mastigar para não tocar um dente no outro. 
 Radiograficamente a gente só vai conseguir ver a linha de fratura quando o feixe de raios-X 
incidirem exatamente sobre a linha de fratura. Quando se tem a desconfiança que tem uma 
fratura, mas não conseguiu ver radiograficamente, pode-se pedir uma tomografia, pois a 
tomografia sempre vai dar a imagem radiográfica da rachadura, a radiografia periapical 
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pode esconder a região de fratura, não ser observada se não incidir exatamente sobre a 
linha de fratura. Também para poder enxergar essa linha de fratura além de uma 
tomografia pode-se fazer a mudança da angulação. 
 Quando desconfia de um traço de fratura na vertical muda-se a angulação na horizontal do 
feixe de raios-X. Quando se ver uma fratura no sentido oblíquo ou horizontal, aí vai-se 
mudar a angulação vertical. 
 
5.2 Hipercementose: 
 É uma alteração que pode ser observada também na região 
dentária nas raízes, onde ocorre uma proliferação da 
formação de cemento nas regiões radiculares. Não se sabe a 
causa exata do porque ocorre a hipercementose. Algumas 
vertentes diz que essa proliferação da formação de cemento, 
nas raízes ocorre devido perdas prematuras de um dente, 
então tem um dente 36 e o dente 26, aí perdeu o 26, com 
isso a tendência do 36 e extruir ir mais para cima, pois o 
contato entre os dentes antagonistas faz com que eles 
continue, no seu posicionamento correto, quando não tem o superior , foi perdido, então o 
inferior vai subir. Para evitar a extrusão desse dente aí o cementoblastos resolve se 
proliferar para formais mais cemento e assim segurar esse dente. 
5.3 Anquilose: 
 Vai ter a junção entre o cemento e o osso alveolar, então 
o cemento se une a região do osso alveolar prende esse 
dente e muito provavelmente vai impedir que esse dente 
surja na cavidade oral. 
 Interrupção da erupção, o dente está em infra-oclusão. 
 Um aspecto para se identificar a anquilose é a falta de 
observação do espaço do ligamento periodontal, pois o 
cemento se uniu com o osso alveolar. Então vai ter a 
perda da visualização do espaço do ligamento periodontal. Então isso é um aspecto 
radiográfico que caracteriza a anquilose. 
 
5.4 Reabsorções internas e externas 
 Externa: está geralmente relacionados à 
doenças/inflamações que pode ser de maneira 
periodontal, ou devido à aspectos 
cariogênicos. 
Vai ter uma reabsorção da região da raiz ou 
seja do dente de maneira externa. Isso pode 
ocorrer também por forças excessivas, na 
região do dente como por exemplo um 
aparelho ortodôntico que incide de maneira 
com uma força excessiva, então vai ocorrer a 
reabsorção dessa raiz e ela vai ficar romboide. Então quando é um aspecto de forças 
mecânicas, geralmente ocorre essa alteração na forma da raiz, mas ela é contida. Quando 
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são por aspectos microbiológicos, essa raiz pode ser reabsorvida de maneira que destrua 
completamente a raiz. Quando é por forças mecânicas, geralmente só é o início dela e torna 
uma alteração no formato diferenciado da raiz, quando é por aspectos de inflamação pode 
ocorrer constantemente essa reabsorção e cada vez mais ir 
reabsorvendo essa raiz. 
 Interna: tem causas idiopáticas, não sabe-se exatamente definir 
porque essa reabsorção interna se inicia, e a reabsorção interna vai 
atingir a região pulpar, a região de câmara pulpar e de canais 
radiculares. Então, vai ocorrer a reabsorção interna do dente, 
podendo chegar a destruir a região de dentina, e alcançar a região 
do ligamento periodontal. 
Essa reabsorção interna, clinicamente, o dente pode apresentar uma 
coloração roseada, sendo essa uma característica de reabsorção 
interna. A interna a reabsorção começa de dentro para fora. 
 
 Forças Mecânicas relacionadas com: 
 Movimentações ortodônticas; 
 Arredondamento do ápice; 
 Espessamento do cemento radicular; 
 Contatos oclusais prematuros; 
 Força mastigatória excessiva. 
 
 Alterações nos tecidos periodontais 
 Por reabsorções apicais 
Tanto as forças mecânicas quanto as alterações nos tecidos periodontais podem levar a reabsorções apicais. 
6) Dentes 
 Presença de cálculo dental 
 Avaliação do ponto de contato 
 Pericoronarite 
 
 
 Lesões do periápice 
 As lesões do periápice desenvolvem-se a partir da inflamação direta da polpa (pulpite) e/ou a partir do 
periodonto. 
 O nosso estudo está relacionado com as alterações. Anteriormente estudaram-se as estruturas 
periodontais com um padrão normal, como a lâmina duro, espaço do ligamento periodontal, crista 
óssea.... Tudo isso no aspecto de normalidade. A partir de agora vai-se estudar as lesões que podem 
ocorrer na região do periápice, logo a lâmina dura, o trabeculado ósseo podem ser afetados e causar 
lesões nessa região periapical, incluindo a região óssea. Dentre algumas das lesões podem-se destacar: 
 
 Periodontite apical aguda 
 Abscessos periapicais 
 Granuloma 
 Cistos (odontogênicos x não odontogênico) 
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 A maioria das lesões que ocorrem na reigão do periápice elas vão se desenvolver a partir uma 
inflamação no teto da polpa, através de uma pulpite ou também pode ser uma alteração no 
periodonto que causa uma reversão na região periapical. 
 
1) Periodontite apical aguda 
 Inflamação do ligamento periodontal 
o Pode ser de origem  Séptica X Asséptica 
 Séptica = através de microrganismos ou seja  bacteriana. Quando está relacionado 
à bactéria, são injúrias que ocorre na região pulpar, que vai repercutir na região do 
ligamento periodontal. 
Asséptica = a inflamação não está relacionada com microrganismo, pode-se ter várias 
causas como: excesso de força oclusal sobre um dente, tratamento ortodôntico, 
contatos oclusais prematuros, bruxismo, traumatismo, ou tudo aquilo que pode causar 
um dano ao dente, mas que não seja diretamente relacionado à bactéria, 
 Discreta evidência radiográfica  Única coisa que vai-se poder observar é o espaço do 
ligamento periodontal aumentado. 
 Vai-se ver radiograficamente o aumento do espaço periodontal 
 Na maioria dos casos é reversível  essa inflamação, caso se consiga remover a causa, ela 
se torna reversível, então o espaço do ligamento periodontal pode se tornar normal, 
novamente. Então quando por exemplo quando se trata a cárie, restaura o dente e a saúdedo dente volta à normalidade, ou também quando se tem contatos oclusais excessivos, 
trata-se a causa, trata a mordida do paciente, os contatos excessivos, o trauma oclusal que 
está ocorrendo, então esse ligamento periodontal ele torna-se normal novamente, a 
inflamação cessa, e ele o espaço é visto novamente pelo padrão de normalidade. 
 
2) Abcesso Periapical 
 Ocorre quando há acúmulo de células inflamatórias na região apical de um dente com 
comprometimento pulpar; 
 Existe a coloração purulenta, uma formação purulenta, na região apical, que ocorre devido à 
necrose da polpa, então houve estímulos agressivos à região pulpar, ela não conseguiu se 
defender, e então vai ocorrer a necrose pulpar; 
 Nesse caso então vai-se haver a formação do abcesso da região apical, 
 Radiograficamente: 
 Observa-se rarefação óssea periapical difusa (ROPD) com tamanho variado; 
 Área radiolúcida, que corresponde à destruição da região óssea daquela região, e esse aspecto 
radiolúcido tem um aspecto difuso (não tem delimitação do seu limite); 
 Espessamento da lamina dura, com aumento do espaço pericementário; 
 O abcesso periapical o dente tem que está sem vida, sem vitalidade. 
 
 
 
 
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3) Granuloma 
 Caracterizado por um tecido de granulação localizado na região apical de um dente necrosado; 
 Circundado por um tecido fibroso aderido à raiz do dente; 
 Pode se originar de um abcesso estabilizado e evoluir para um cisto periapical; 
 Então o granuloma ele vai ser caracterizado por uma formação, uma reunião de tecido de 
granulação na porção do periápice; 
 Radiograficamente: 
 Observa-se rarefação óssea periapical circunscrita (ROPC) sem a presença de uma cortical 
circundando-o, possuindo tamanho variado com perda da lâmina dentária; 
 Vai-se observar também uma área radiolúcida que denomina-se como uma rarefação óssea, 
e nesse caso vai ser circunscrita, logo vai-se ter limites definidos, porém sem halo 
radiopaco, sem uma cortical circundando; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No caso do granuloma o dente também não tem vitalidade pulpar, então é um dente 
necrosado onde a inflamação pulpar ela atingiu a região do periápice e está promovendo uma 
inflamação em reações periapicais nessa região do periápice. Nesse caso é uma formação de 
tecido de granulação. 
OBS.: Um abcesso pode se tornar um granuloma, e um granuloma pode evoluir e se tornar um cisto. 
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4) Cistos 
 Odontogênicos 
 Inflamatório; 
 Desenvolvimento; 
 Não Odontogênicos: 
 Fissurais ou de desenvolvimento 
 Não epiteliais 
 Podem-se encontrar os restos epiteliais originários da lamina dental e do epitélio de 
desenvolvimento e que ficam aprisionados dentro das estruturas nos diferentes processos 
embrionários, que formam a face. Então qualquer resto epitelial que esteja na região de 
cavidade oral de maxila e de mandíbula pode está suscetível à formação cística, então a 
formação cística foi dada a partir da proliferação desse epitélio, que pode ter sido causada por 
um trauma ou por razões desconhecidas. 
 4.1) Cistos Odontogênicos: 
 São aqueles cistos que se originam de estruturas que dão origem aos próprios dentes; 
 O epitélio presente nos cistos odontogênicos pode ser derivado das seguintes fontes: 
- Órgão do Esmalte; 
- Lâmina Dentária; 
- Bainha Epitelial de Hertwig. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Etiopatogenia  Depósito camada óssea em torno da área cística; 
 Uma característica muito importante, e radiográfica que consegue-se observar nos cistos que 
são o depósito de uma camada óssea em torno de área cística, ou seja uma região de 
osteogênese reacional. Então tem-se a proliferação do tecido epitelial e vai correr a formação 
cística, esse cisto vai crescendo, devido ao “sequestro” do líquido da região circunjacente para 
dentro do cisto. Isso vai ocorrer devido a uma pressão interna que está ocorrendo na reigão 
cística. Essa pressão interna que está no cisto em todas as direções vai favorecer a formação 
desse cisto, nesse formado regular, pois esta pressão está ocorrendo em todas as direções e 
essa pressão que está ocorrendo na região cística, devido esse aumento de líquido para dentro 
do cisto vai fazer com que ocorra uma pressão na região óssea circunjacente. Toda vez que um 
tecido ósseo sente uma pressão nas suas estruturas, ele entende que tem que formar osso, 
então na região cística vai correr a formação de tecido mineralizado, ósseo, circunjacente, ao 
cisto, então por isso que a imagem radiográfica dos cistos é observada como uma área de 
osteogênese reacional, a formação de um depósito de camada óssea em torno da área cística, 
pois a pressão interna que ocorre durante o aumento do tamanho cístico, o osso vai entender 
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com essa pressão que a área óssea, ele precisa formar camada óssea/osso como uma forma de 
defesa. Então a área cística radiograficamente, vai-se ver com uma delimitação, com essa área 
de halo radiopaco devido à deposição de cama óssea, que foi depositada circundando toda a 
região cística. 
 O cisto muitas vezes vai promover afastamento, da região apical, então os ápices dentários eles 
vão se tornar alterados ou o seu posicionamento devido à pressão que esse cisto está causando 
e vai promover essa alteração no formato, e da localização dos ápices devido toda essa pressão 
que está ocorrendo na reigão óssea. Então o cisto ele vai empurrando tudo aquilo que está 
perto dele por causa dessa pressão e também devido ao crescimento que está ocorrendo dentro 
dele. 
 4.1.1) Cistos Odontogênicos Inflamatórios 
 1) Cisto Radicular Periapical 
 É o cisto odontogênico mais comum, que mais é observado; 
 Proveniente de um processo inflamatório de origem pulpar, derivado da proliferação dos restos 
epiteliais de Malassez que estão presentes na região do ligamento periodontal; 
 Muito semelhante ao granuloma 
 Tamanho variado 
 Radiograficamente: 
 Observa-se um área radiolúcida circular ou oval, bem definida, associada ao ápice dentário 
 Vai está associado com o ápice do dente, então observa-se rarefação óssea circunscrita, com o halo 
radiopaco, associado com um dente, que tenha necrose, um tenha que não tenha vitalidade pulpar. 
 Rarefação óssea periapical circunscrita, porém com aspecto cístico (ROPCC) – esse aspecto cístico 
vai-se observar uma imagem radiolúcida com halo radiopaco com perda de lâmina dura. Se tem uma 
perda da lâmina dura, também não vai mais o espaço do ligamento periodontal. 
 É muito confundido com o granuloma, porém vê-se a diferenciação devido à região circunscrita com o 
halo radiopaco. Porém se o cisto ele ainda estiver na sua formação inicial, ele pode ainda não 
apresentar a região do halo radiopaco, e apresentar somente a região periapical circunscrita, então 
nesse estágio poderia ser muito confundida com o aspecto do granuloma. 
 Diagnóstico diferencial: granuloma, cisto periodontal lateral (se tiver na região lateral); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 4.1.2) Cisto Residual (Cisto Periodontal Residual) 
 São cistos radiculares, os quais não foram totalou parcialmente removidos, continuando seu crescimento; 
 Radiograficamente: 
 Imagem radiolúcida, com densidade homogênea, limites definidos por um halo radiopaco, no local 
dos dentes ausentes  cisto que já havia por exemplo na região maxila, com suas características 
semelhantes à qualquer outra, só que está associado com uma região de dente ausente, pois esse 
cisto deveria ser completamente removido, e enucleado, só que sobrou restos desse cisto, e ele 
continuou a sua formação, então são cistos que estão relacionado à área edêntulas, onde ali havia 
um dente. 
 É similar ao cisto periapical com rarefação óssea periapical circunscrita, porém com aspecto cístico 
(ROPCC) 
 Tamanho variado 
 Localizado em uma área edêntula 
 Tem os mesmos aspectos do cisto radicular periapical, no entanto ele vai está relacionado à um área 
edêntula. 
OBS.: Um cisto residual é um cisto que foi associado à raiz do dente, porém esse dente foi extraído, e o cisto 
não foi removido completamente, então ele vai continuar a sua formação. 
 
 
 
 
 
 
 
4.1.3) Cisto Paradentário 
 Cisto odontogênico inflamatório; 
 Localiza-se próximo à margem cervical na parede distal da raiz de um dente, após pericoronarites sucessivas; 
 A pericoronarite é a formação de um capuz na região de um dente que ainda está em erupção, 
esses dentes estão parcialmente erupcionados, o capuz gengival que está na região de coroa do 
dente, pode se tornar inflamado, então as sucessivas inflamações desse capuz gengival, dessa 
região da coroa dentária pode induzir a formação cística, e esse cisto vai ser chamado de cisto 
paradentário. 
 O cisto vai está localizado nas regiões da parede distal, na região da coroa e região cervical da raiz. 
 Radiograficamente: 
 Área radiolúcida; 
 Unilocular  definido a um espaço específico; 
 Delimitada por halo radiopaco; 
 Com limites corticalizados, na face distal/ vestibular/ lingual do dente semi-irrompido; 
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 A imagem pode estende-se até a região apical, sempre respeitando o espaço pericementário e a 
lâmina dura  geralmente não vai ocorrer a destruição da região da lâmina dura; 
 Como a radiografia é bidimensional não consegue-se observar se está relacionado com a porção 
vestibular ou a porção lingual do dente, ou se está relacionada com ambas as regiões do dente: 
vestibular e lingual. 
 
 Tratamento: 
 Remoção do cisto; 
 Remoção do cisto com o dente; 
 
 
 4.1.4) Cisto Radicular 
 Periapical 
 Vai está relacionado com um dente sem vitalidade (necrosado) 
 A origem dele vai ser de uma inflamação pulpar que vai revestir os tecidos periapicais; 
 Uma imagem radiográfica uma rarefação óssea circunscrita com halo radiopaco; 
 
 Radicular Lateral 
 Ocorre devido à infecção de canais radiculares laterais; 
 Tem-se o canal radicular principal, além dos canais 
radiculares acessórios e canais radiculares laterais. 
 Dente sem vitalidade (necrosado) 
 
OBS.: O cisto radicular lateral pode ser confundido com o cisto periodontal 
lateral. O cisto periodontal lateral é com inflamação, reação da região 
periodontal, e o dente tem vitalidade, porém radiograficamente, a 
localização é a mesma, é na região periodontal entre dois dentes, no 
entanto o cisto radicular lateral, o dente está necrosado, a formação 
cística seguiu a direção da inflamação da necrose do canal lateral. 
 Residual 
 
 
 
 
 
 
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 4.1.2) Cistos Odontogênicos de Desenvolvimento 
 Cisto Dentígero 
 Cisto Periodontal Lateral 
 Cisto de Erupção 
 Cisto Odontogênico Calcificante 
 Ceratocisto Odontogênico 
 
1) Cisto Dentígero 
 A origem: vai ocorrer por uma alteração do epitélio reduzido do esmalte; 
 Vai ocorrer um acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente; 
 Vai está associado com dentes que são inclusos; 
 A formação cística vai envolver toda a região da coroa do dente; 
 O cisto dentígero pode ter um aspecto de ser: Centra | Lateral | Circunferencial, ou seja ele vai 
envolver a região da coroa do dente, podendo também atingir regiões radiculares: 
 Central: tem um aspecto simétrico, envolve somente a coroa, de um lado a outro; 
 Lateral: tem um aspecto assimétrico, vai envolver a coroa e parte da raiz de um lado; 
 Circunferencial: é como se ele envolvesse toda a coroa e toda a raiz dentária, tanto de um 
lado quanto de outro lado, então ele vai está circundando tanto a reigão da coroa, quanto 
da reigão radicular; 
 
 Características: 
 É comum em 20% dos casos de desenvolvimento de cistos; 
 Localizados mais comumente em: 3º molar inferior e canino superior; 
 Acomete normalmente entre 10-30 anos, logo na idade mais avançada é menos comum; 
 Assintomático 
 Crescimento lento; 
 Pode atingir grandes dimensões –> expansão para as corticais: vestibular ou lingual; 
 Pode haver deslocamento e reabsorção de dentes vizinhos; 
 A punção é positiva, e o líquido é límpido  Pode-se fazer a punção do cisto para remover o líquido, 
para poder ocorrer a diminuição do cisto e depois poder fazer a enucleação; 
 Radiograficamente: 
 Lesão radiolúcida unilocular; 
 Delimitada por um halo radiopaco (osteogênese reacional); 
 Associada com coroa de dente incluso, cujo epicentro é o dente de origem. 
 As margens radiopacas são bem definidas 
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 Diagnóstico Diferencial: 
 Ceratocisto Odontogênico, Ameloblastoma Unilocular, alguns Tumores Uniloculares. 
 
2) Cisto Periodontal Lateral (Radicular Lateral) 
 Pouco frequente 
 Não tem sintomas, aí o achado dele geralmente vai ser com exames de rotina  achado radiográfico; 
 Pode ser originado de uma resposta inflamatória do periodonto  essa agressão ao periodonto pode ser 
forças, lesões na região periodontal, por causas bacterianas; 
 A raiz do dente afetado permanece intacta  não vai ter a degradação da lâmina dura; 
 O tecido pulpar não apresenta necrose  o dente apresenta vitalidade; 
 Desenvolve-se na região proximal da raiz de um dente  por isso que o aspecto radiográfico se parece 
muito com o cisto radicular lateral; 
 Mais frequente em região de PMI na região de terço médio; 
 Radiograficamente: 
 Área radiolúcida, unilocular arredondada ou ovalada; 
 Bem delimitada por halo radiopaco; 
 Localizado lateralmente à raiz de um dente, entre o ápice e a margem cervical da raiz dentária; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O espaço do ligamento periodontal como regra não é aumentado  não vai ter alterações na região do 
ligamento e nem na região de lâmina dura; 
 Diagnóstico diferencial: Tumor Odontogênico Ceratocisto Colateral, Cisto Radicular Lateral (inflamatório); 
 
 
 
 
 
 
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3) Cisto de Erupção (Hematoma de Erupção) 
 Origem: mais provável de ser uma alteração do epitélio reduzido do esmalte; 
 Comportamento clínico: 
 Variante do cisto dentígero, porém extra-ossea; 
 Mais comum na época da erupção dos dentes decíduos; 
 Associado a hemorragias devido ao trauma; 
 Área arroxeada, avermelhada, desconforto e à palpação e na região relacionada sente-se a cúspide do 
dente; 
 Nessecisto os aspectos radiográficos não são tão patognomônicos, não é tão característico da estrutura, o 
que se pode ver para ajudar é o dente em erupção, um dente decíduo, e o cisto relacionado á região extra-
óssea; 
OBS.: No cisto dentígero o dente está incluso, no cisto de erupção o dente está em processo de erupção, então essa 
formação cística está organizada extra-ósseo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Cisto Odontogênico Calcificante (Cisto de Gorlin, Tumor Dentinogênico de Células Fantasmas) 
 Esse cisto é bem característico, devido às estruturas calcificadas dentro do próprio cisto, então por isso ele 
é chamado de cisto odontogênico calcificante. 
 Recentemente, a OMS (2005) denominou a variante cística dessa lesão como um TUMOR ODONTOGÊNICO 
CISTICO CALCIFICANTE, caracterizando uma neoplasia cística benigna de origem odontogênica; 
 Caracteriza-se como uma lesão incomum; 
 Geralmente assintomática; 
 Podendo ser intra ou extra-óssea; 
 Sem predileção entre os maxilares, (mandíbula ou mandíbula); 
 Sendo mais da metade dos casos encontrados na região de 
INCISIVOS e CANINOS. 
 Radiograficamente: 
 Área radiolúcida; 
 Unilocular ou multilocular; 
 Bem delimitada  cisto com borda bem definida, com 
halo radiopaco. 
 Com pontos radiopacos em seu interior (áreas 
mineralizadas)  com distribuição difusa dentro da formação cística; 
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 Diagnóstico diferencial: assemelha-se ao ameloblastoma (unilocular ou multilocular) ou cisto dentígero 
(quando é unilocular) 
 Eventualmente observa-se a reabsorção radicular nos dentes envolvidos 
 Pode está intra-ósseo ou extra-ósseo; 
 
5) Ceratocisto Odontogênico (É UM CISTO 2017) 
 Recentemente renomeado: Tumor Odontogênico (OMS 2005), devido à sua natureza neoplásica, 
agressiva e alta taxa de recorrência; 
 Ele leva esse nome por conta de histologicamente ter a presença de um tecido de epitélio escamoso 
paraceratinizado, então vai ter a presença de ceratina, então por isso ele tem o nome de ceratocisto 
odontogênico. 
 Lesões assintomáticas; 
 Predileção pela região posterior do corpo e ramo da mandíbula; 
 Crescimento lento e infiltrativo; 
 Pouco ou nenhum aumento de volume; 
 Grande potencial proliferativo  tem um poder de agressividade grande; 
 Radiograficamente: 
 Área radiolúcida; 
 Com margens regulares e limites bem definidos; 
 Podem se apresentar nas formas multilocular e unilocular; 
 Podem mimetizar cistos dentígeros, cistos periodontais laterais, ameloblastoma. 
 O diagnóstico definitivo não pode ser feito por meio de uma imagem radiográfica, pois a imagem se 
confundir com diversas outras patologias; 
 O que vai ser diferencial vai ser o aspecto histopatológico, que é a presença de tecido 
paraceratinizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 4.2) Cistos Não Odontogênicos 
 4.2.1) Cistos Não Odontogênicos de Desenvolvimento ou Fissurais 
 Origem: de restos epiteliais que ficam aprisionados na linha de fusão; 
 Remanescentes epiteliais dos processos embrionários ou fissurais; 
 Lesões assintomáticas; 
 Descobertos em radiográficas de rotina; 
 
1) Cistos do Ducto Nasopalatino/Forame ou Canal Nasopalatino (do canal incisivo) 
 Mais comum de ocorrer; 
 Relacionado a traumas ou a infecções; 
 Descoberto em exames radiográficos de rotina; 
 Radiograficamente: 
 Área radiolúcida; 
 Unilocular; 
 Com esclerose óssea ao redor (osteogênese reacional)  halo radiopaco; 
 Na região de linha média  entre ou acima da região do ápice dos incisivos centrais ou 
 Tem aspecto de “coração” (na radiografia periapical, devido à sobreposição com ENA 
[espinha nasal anterior]), acima dos ápices dos IC. 
 O formato dele é arredondado ou pode ter radiograficamente um aspecto de coração 
devido à sobreposição da espinha nasal anterior. 
 Pode desenvolver-se dentro, ao lado ou na região de abertura do canal incisivo ou entre as raízes 
dos ICS; 
 Os restos epiteliais de formação do ducto nasopalatino, vai induzir a formação cística na região 
desse ducto, na região do ducto nasopalatino, que se exterioriza na região do palato através do 
canal do forame incisivo (na região de linha média). Então nessa região vai ocorrer a formação 
cística. 
 Radiograficamente: Imagem radiolúcida, unilocular, com forma oval ou arredondada, às vezes 
sobreposta à linha média, na reigão anterior da maxila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Cisto Nasolabial: 
 É um cisto de tecidos moles  ocorre na região dentro de tecido mole; 
 Há aumento do volume na região e acima do lábio superior, entre a linha média e sulco nasolabial; 
 Pode-se ter um inchaço da região labial e da asa do nariz, onde o sulco desaparece, pois vai ocorrer 
um aumento desse volume e esse sulco vai está desaparecido na região do lado que ocorre cisto 
nasolabial; 
 Radiograficamente: 
 Não apresenta imagem pois é um cisto que ocorre dentro de tecido mole, o tecido mole 
não se vê radiograficamente, então por isso não apresenta imagem radiográfica; 
 Mas pode provocar abaulamento do assoalho da cavidade nasal (o aumento do assoalho da 
cavidade nasal); 
 Pode-se realizar aspiração do conteúdo seguida de injeção de meio de contraste para 
conseguir delimitar os limites do cisto. 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2) Não Epiteliais (Pseudocistos) 
1) Defeito Ósseo de Desenvolvimento da Mandíbula (Cisto de Stafne, Defeito de Stafne, Defeito da 
Cortical Lingual Mandibular) 
 Não é um cisto verdadeiro; 
 
 Radiograficamente: 
 Área de radiolucência; 
 Circunscrita com um halo radiopaco; 
 Elíptica ou esférica; 
 Localizado entre a base da mandíbula e o canal da mandíbula; 
 Próxima ao ângulo da mandíbula, na região de fóvea submandibular; 
 Não está associado a dente, é uma falha da mandíbula, um defeito ósseo da mandíbula; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Cisto Ósseo Simples (Lesão Traumática Interna da Mandíbula, Cisto Ósseo 
Traumático/Hemorrágico/Solitário) 
 Vai ser decorrente de um traumatismo hemorrágico na região mandibular, intraóssea; 
 O que vai compor essa formação óssea vai ser uma cavidade óssea vazia ou líquido sanguinolento; 
 Vai ser uma formação semelhante a um cisto; 
 Radiograficamente: 
 Imagem radiolúcida; 
 Bem delimitada; 
 Insinua-se entre as raízes dos dentes próximos à lesão, sem comprometê-los, as corticais 
ósseas próximas à lesão ou próxima aos dentes costumam ser preservadas; 
 A imagem é bastante sugestiva, mas inconclusiva  pois precisa-se saber dos aspectos 
clínicos do paciente, precisa-se investigar se houve esse trauma, pois a origem do cisto ósseo 
simples é um trauma na região mandibular, então esse trauma na região mandibular forma 
um acúmulo hemorrágico, que dá a formação a essa característica ser semelhante ao cisto. 
 
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