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ATUALIDADES 
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SETEMBRO
Brasil
‘Passaporte da vacina’ entra em vigor em São Paulo obrigató-
rio para eventos com mais de 500 pessoas
Comprovante de imunização ainda encontra resistência entre 
bares, restaurantes e lojas de shopping, locais onde é facultativo
 O “passaporte da vacina”, exigido a partir desta quarta-feira, 1º 
de setembro, nos eventos com mais de 500 pessoas em São Paulo, 
encontra resistência entre bares, restaurantes e lojas de shopping, 
locais onde a adesão ainda é facultativa. No setor de eventos, em-
presas correm com adaptações de última hora para atender a me-
dida.
De acordo com o decreto publicado no sábado, 28, organiza-
dores de shows, feiras, congressos e jogos deverão solicitar com-
provante de vacinação do cidadão de pelo menos uma dose con-
tra covid-19. O documento pode ser físico ou digital (plataformas 
e-Saúde, VaciVida e ConectSus). A verificação será feita por QR 
Code pelo aplicativo E-saúde da Prefeitura. A iniciativa procura evi-
tar a disseminação da covid-19 na cidade.
Vacinação contra a covid em São Paulo
A medida obriga o setor de eventos a se adaptar. “Para os even-
tos que estão andando, os organizadores devem pedir o compro-
vante por e-mail ou na entrada. Aí, teremos a etapa para leitura 
do QR-Code”, afirma Abraham Gurvitch, diretor de relacionamento 
com o mercado da Associação Brasileira das Empresas de Eventos 
(Abeoc Brasil) em São Paulo. “Será uma ginástica para atender, mas 
somos favoráveis a essa ginástica. Nós tínhamos de retomar as ati-
vidades após um ano e meio com faturamento praticamente zero”, 
completa.
Um dos primeiros eventos a testar a nova medida é a Abcasa.
Fair, evento de decoração de design no Expo Center Norte, na Zona 
Norte de São Paulo. Realizado desde segunda-feira, a feira exige a 
apresentação do comprovante da 1ª dose da vacina para a retirada 
de credencial a partir desta quarta-feira.
A apresentação do comprovante de vacinação em bares, res-
taurantes e shoppings foi adiada pela Prefeitura de São Paulo por 
tempo indeterminado. Por enquanto, a adesão é facultativa nestes 
estabelecimentos. Dirigentes do setor já reclamam e acreditam em 
baixa adesão quando ela for obrigatória.
“O setor está disposto a ajudar, mas esse passaporte pode atra-
palhar a atividade e gerar confusão. Não está claro o que fazer com 
turistas domésticos, pessoas sem celular, turistas internacionais e 
aqueles que se recusarem a mostrar o comprovante”, argumenta 
Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação 
Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP). “Ima-
gine como ficaria na porta do estabelecimento com a discussão so-
bre entra ou não entra. Um bar é diferente de um evento. Acho que 
a maioria (dos estabelecimentos) não vai aderir”, afirma o dirigente.
Percival afirma que o foco dos bares e restaurantes está na 
exigência dos comprovantes de vacinação dos funcionários, assim 
como na manutenção dos procedimentos de prevenção. É o que 
acontece no Bar Whiplash, nos Jardins. A reabertura será no dia 1º 
de setembro para aguardar o avanço da vacinação na cidade - to-
dos os 15 funcionários já tomaram a primeira dose. “Todos foram 
proativos para tomar a vacina e voltar a trabalhar. A gente volta de 
uma maneira mais segura e mais tranquila”, diz Alessandro Cardoni.
Representantes das lojas de shopping centers também são con-
trários ao passaporte. “Já foi comprovado que as medidas adotadas 
pelos estabelecimentos são suficientes. Não tem cabimento adotar 
passaporte nos shoppings”, diz Luis Augusto Ildefonso, diretor insti-
tucional da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Os estabelecimentos que não respeitarem a determinação 
estarão sujeitos às penalidades previstas em decreto de março de 
2020, que estabelece multa baseada nos parâmetros da Lei de Ocu-
pação e Uso do Solo e até interdição e cassação da licença. Os valo-
res dependem do enquadramento da infração e das características 
do estabelecimento.
Em Guarulhos, município da Grande São Paulo, as medidas 
são ainda mais rigorosas. Restaurantes, bares, cafés, lanchonetes, 
academias, museus, cinemas, teatros e shows com público sentado 
são as integram a lista dos estabelecimentos que devem solicitar o 
passaporte sanitário do frequentador. A prefeitura não determinou 
um número mínimo de pessoas.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano vai fiscalizar os esta-
belecimentos comerciais. Na primeira visita, o local será advertido. 
Na segunda, caso o local não esteja cumprindo as determinações, 
a multa será de R$ 1.172,59 e, em caso de reincidência, a multa é 
dobrada. Caso o local seja pego uma terceira vez descumprindo o 
decreto, ele poderá ter a licença cassada.
Em relação ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a prefei-
tura informou que está em diálogo com a concessionária GruAir-
port “para que a campanha seja reforçada no local. A concessioná-
ria, por sua vez, avisa que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária) é responsável por emitir os protocolos sanitários no Ae-
roporto de Guarulhos. 
Fonte: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,passaporte-da-
-vacina-entra-em-vigor-em-sao-paulo-obrigatorio-para-eventos-com-
-mais-de-500-pessoas,70003827330
Presidente da Latam descarta fusão com a Azul e diz que rival 
defende ‘monopólio’
Para Jerome Cadier, a Azul tem ‘pavor de concorrência’ e decla-
rações de presidente da rival sobre chance de adquirir a Latam não 
passam de uma tática de mercado
O presidente da aérea Latam Brasil, Jerome Cadier, está otimis-
ta com a recuperação do mercado brasileiro. Para o executivo, a 
retomada da demanda nas rotas domésticas está mais forte do que 
o esperado, o que contribui para o grupo chileno sair fortalecido 
do processo de Chapter 11 nos Estados Unidos (equivalente à re-
cuperação judicial no País), sem a necessidade de venda de parte 
das operações. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Cadier afirmou 
que uma eventual oferta de compra da empresa pela Azul está fora 
de questão e que a rival tem “pavor de concorrência”.
“A Azul defender que é melhor uma empresa monopolista é 
um absurdo. O que a companhia está querendo (com a oferta pela 
Latam Brasil) é aumentar tarifa, pois teria menos concorrência. Isso 
é bom para o acionista da Azul, não para o passageiro”, frisou o 
executivo.
O tema vem ganhando cada vez mais destaque, principalmente 
diante de declarações incisivas do presidente da Azul, John Rodger-
son. Depois de um questionamento durante uma live sobre eventu-
al oferta pela Latam Brasil, no último dia 17 de agosto, o executivo 
afirmou que o setor sempre teve “voos de galinha” e que o País 
precisa de “empresas fortes”.
O presidente da Latam vê as declarações da rival como uma tá-
tica de mercado. “A Azul está fazendo isso para dificultar a saída da 
Latam do Chapter 11, o que levaria a um processo mais complexo e 
mais caro. A Azul tem pavor de concorrência, e nós estamos saindo 
do Chapter 11 mais competitivos do que já fomos na história do 
grupo”, disse o executivo.
A Latam, resultado da união da brasileira TAM com a chilena 
LAN, em 2011, tem exclusividade de negociação com credores até o 
próximo dia 15 de setembro, mas o grupo ainda pode pedir a pos-
tergação dessa data-limite. Com isso, uma eventual proposta da 
Azul teria de esperar.
“Ainda estamos na fase em que credores e potenciais investido-
res conheceram o plano e podem enviar suas propostas sobre este 
ATUALIDADES 
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plano. Nas próximas semanas, antes do dia 15, devemos ir a público 
e dar detalhes sobre tudo isso. A boa notícia é que existe vontade 
no mercado de financiar a Latam, nosso plano é viável, se não fosse, 
ninguém iria querer botar dinheiro na empresa.”
Caso não haja prorrogação da exclusividade com a Latam, cre-
dores poderão optar por discutir um outro plano e levar para vota-
ção em assembleia, o que ocorreria provavelmente entre meados 
de novembro ou dezembro deste ano.
“A Azul levantou o desejo de adquirir a Latam Brasil, mas nós 
não temosinteresse na separação, seria uma decisão financei-
ramente ruim para o grupo”, diz Cadier. Ele acrescenta ainda que 
eventuais acordos comerciais, como compartilhamentos de voo ou 
até parcerias com outras empresas, poderiam caminhar paralela-
mente ao processo nos EUA.
“O que a Azul quer, uma aquisição, não faz sentido para nós. A 
probabilidade de o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Eco-
nômica) aprovar uma fusão desse porte é baixíssima, próxima de 
zero, pois a nova empresa teria 70% do mercado doméstico”, pon-
dera o executivo, acrescentando que o processo de análise de uma 
eventual aquisição levaria “de um a dois anos” na autarquia. 
“Não seria possível aprovar o Chapter 11 enquanto não fosse 
decidido pelo Cade. O que você faz com a companhia nesses 12 
meses? Não é um plano factível.”
Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,presiden-
te-da-latam-descarta-fusao-com-a-azul-e-diz-que-rival-defende-mono-
polio,70003827525
SP começa a aplicar terceira dose a partir de segunda e quer 
imunizar maiores de 60 anos até outubro
Vacinação de outros grupos com mais de 60 anos e de imunos-
suprimidos começa nas semanas seguintes e se estende até o dia 10 
de outubro. Confira o calendário divulgado nesta quarta-feira pelo 
governo de São Paulo
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 
apresentou em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes nes-
ta quarta-feira, 1º, o calendário de vacinação da terceira dose con-
tra a covid-19 para idosos e imunossuprimidos. De acordo com o 
cronograma, o governo estadual começará a imunizar com a dose 
adicional o público acima de 90 anos na próxima segunda-feira, 6. 
Já a vacinação de outros grupos com mais de 60 anos e de imunos-
suprimidos acima de 18 anos acontece nas semanas seguintes e se 
estende até o dia 10 de outubro.
O governo de São Paulo informou que, ao todo, as terceiras 
doses serão destinadas a 7,2 milhões de pessoas. A primeira fase da 
campanha de vacinação, que vai até o dia 10 de outubro, pretende 
imunizar 1 milhão desse total. Confira abaixo o cronograma apre-
sentado nesta quarta:
06 a 12/09: pessoas com mais de 90 anos;
13 a 19/09: pessoas de 85 a 89 anos;
20 a 26/09: pessoas de 80 a 84 anos e imunossuprimidos com 
mais de 18 anos;
27/09 a 03/10: pessoas de 70 a 79 anos;
04 a 10/10: pessoas de 60 a 69 anos.
A vacinação com a terceira dose, de acordo com o governo es-
tadual, foi planejada para atender grupos acima de 60 anos que 
já tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses. 
Ainda assim, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização 
(PEI), Regiane de Paula, explicou que podem ser feitos acertos no 
calendário, a depender das demandas dos municípios. 
Segundo ela, se maiores de 60 anos completarem seis meses 
de vacinação somente após o dia 10 de outubro, “não há problema 
nenhum”. “É sempre um processo contínuo, dinâmico”, explicou a 
coordenadora do PEI. Para imunossuprimidos, o critério é outro. 
“Diferentemente da população de 60 anos ou mais, para esse pú-
blico, nós vamos trabalhar com eles tendo completado o esquema 
vacinal, das duas doses ou da dose única, há pelo menos 28 dias”, 
acrescentou Regiane.
Ainda durante a coletiva, o secretário estadual da Saúde, Jean 
Gorinchteyn, e outros especialistas da área médica, como o infecto-
logista do Hospital Emílio Ribas Sérgio Cimerman, defenderam a im-
portância de utilizar a Coronavac também na vacinação da terceira 
dose, principalmente para acelerar o processo de vacinação. “Nós 
não podemos deixar nenhuma vacina (de) fora, nós precisamos que 
todas estejam e sejam incluídas no nosso Programa Nacional de 
Imunização”, enfatizou Gorinchteyn, reforçando que novas varian-
tes já estão no País.
Já o coordenador do Comitê Científico do governo estadual, 
João Gabbardo, citou a nota técnica 27/2021, do Ministério da Saú-
de, que apontou “amplificação da resposta imune” após utilização 
da terceira dose da Coronavac, para defender que a vacina seja ad-
ministrada como dose adicional. Isso permitiria, segundo ele, an-
tecipar a segunda dose da Pfizer em faixas mais jovens e incluir o 
grupo de trabalhadores da área da saúde no calendário da terceira 
dose.
Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, 
anunciou a aplicação no País da terceira dose da vacina a partir de 
15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossupri-
midos. Conforme a pasta, a imunização deverá ser feita preferen-
cialmente com uma dose da Pfizer ou, de modo alternativo, com 
a vacina da Janssen ou da AstraZeneca. Segundo o presidente do 
Instituto Butantan, Dimas Covas, ao descredenciar a Coronavac 
como terceira dose mesmo após os resultados da nota 27/2021, o 
ministério tem um posicionamento que pode ser considerado “até 
mais político” do que técnico.
Nota do Ministério da Saúde
Em nota publicada pouco após a coletiva realizada pelo gover-
no de São Paulo nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que 
“não garantirá doses para os Estados e municípios que adotarem 
esquemas vacinais diferentes do que foi definido por representan-
tes da União, Estados e municípios” no PNO (Plano Nacional de 
Operacionalização) da vacinação contra a covid-19.
Segundo a pasta, decisões sobre aplicação de doses adicionais 
para idosos e imunossuprimidos, redução de intervalo entre doses, 
vacinação de gestantes e adolescentes, entre outras, são baseadas 
em evidências científicas e ampla discussão entre especialistas. 
Além de análise de cenário epidemiológico, população-alvo, dispo-
nibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a 
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“As alterações nas recomendações do PNO podem influenciar 
na segurança e eficácia das vacinas na população e podem, ainda, 
acarretar na falta de doses para completar o esquema vacinal na 
população brasileira”, acrescentou o Ministério da Saúde.
Avanço da variante Delta
A prefeitura de Piracicaba informou na segunda-feira, 30, que 
a cidade registrou a primeira morte em São Paulo causada pela va-
riante Delta do novo coronavírus. O caso foi reportado à Secretaria 
de Estado da Saúde, que informou ao Estadão estar investigando os 
detalhes. Classificada como variante de preocupação pela Organiza-
ção Mundial da Saúde (OMS), a Delta é considerada mais transmis-
sível do que outras cepas.
Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, o Estado de 
São Paulo tem 757 casos confirmados da Delta. Ao todo, além de ao 
menos 67 vítimas da cepa, o Brasil já tem 2,6 mil casos confirmados 
da variante — um aumento de 86% em relação ao número de terça 
passada (1,4 mil).
ATUALIDADES 
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Vacinação no Estado de São Paulo
Dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa apon-
tam que, proporcionalmente, São Paulo é o Estado que mais vaci-
nou com a primeira dose, com 72,37% dos habitantes parcialmente 
imunizados. Enquanto isso, 37,18% da população do Estado rece-
beu duas doses ou dose única de vacinas anticovid.
Com o avanço nos índices, a partir desta quarta-feira, a capital 
paulista passou a exigir o “passaporte da vacina” em eventos com 
mais de 500 pessoas. No setor de eventos, empresas correm com 
adaptações de última hora para atender a medida.
Fonte: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,governo-de-sp-
-anuncia-medidas-de-combate-a-pandemia-acompanhe-coletiva-ao-
-vivo,70003828021
‘Se quer paz, se prepare para a guerra’, diz Bolsonaro em 
evento militar
Em homenagem a atletas olímpicos, presidente citou arma-
mento e ironizou ‘flores’ na ‘guerra’
RIO – A seis dias do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro 
afirmou, em cerimônia da Marinha, que “com flores não se ganha 
guerra”. Ele esteve na zona norte do Rio para uma homenagem a 
atletas militares que conquistaram medalha nas Olimpíadas de Tó-
quio. 
“Com flores não se ganha guerra. Se você fala de armamento... 
Se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse, após mandar o 
boxeador Hebert Conceição, medalhista de ouro, “enfiar a porrada”. 
Bolsonaro tem intensificadoa convocação de participantes e 
a retórica armamentista radicalizada de olho nas manifestações da 
semana que vem. No início da semana, por exemplo, recomendou 
que a população comprasse fuzis em vez de feijão. O presidente 
deve acompanhar presencialmente os atos de Brasília e São Paulo. 
Um dos principais motes da mobilização é o ataque ao Judiciário, 
com foco no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Elei-
toral. 
Cinco atletas foram agraciados, nesta manhã, com a Medalha 
Mérito Desportivo Militar, criada em 2006. Estiveram no Centro de 
Educação Física Almirante Adalberto Nunes, na zona norte da cida-
de, os medalhistas de ouro Ana Marcela, da maratona aquática, e 
Hebert Conceição, do boxe, a de prata, Beatriz Ferreira, do boxe, 
e os de bronze Daniel Cargnin, do judô, e Abner Ferreira, do boxe. 
Escolhido por Bolsonaro, Conceição recebeu ainda uma outra 
medalha das mãos do presidente. Ela continha os dizeres “Clube 
Bolsonaro: imorrível, imbrochável e incomível”. O atleta se disse 
honrado por receber a honraria das Forças Armadas. “Poder ser re-
conhecido nessa cerimônia pela nossa entidade maior é uma honra 
imensa”, afirmou o boxeador.
Já quando foi perguntado sobre ter sido citado por Bolsona-
ro para falar de guerra e armamento, o atleta disse que respeita a 
opinião do presidente, mas que não tem acompanhado o noticiário 
político para opinar.
No breve discurso proferido no Rio, o presidente evocou ain-
da a pandemia: vangloriou-se de nunca ter deixado de ir às ruas 
“para saber o que o povo sentia”. Apontou ainda a criação do auxílio 
emergencial, mas sem citar que o valor inicial sugerido pelo gover-
no, de R$ 200, foi triplicado pelo Congresso.
Acompanharam o evento os ministros Walter Braga Netto, 
da Defesa, Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência Social, João 
Roma, da Cidadania, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,se-quer-paz-se-
-prepare-para-a-guerra-diz-bolsonaro-em-evento-militar,70003828106
Câmara aprova texto-base da reforma do ir com apoio da opo-
sição
Com apoio dos partidos de oposição, a Câmara dos Deputa-
dos, aprovou por 398 a 77, do texto-base da reforma que altera o 
Imposto de Renda para pessoas físicas, empresas e investimentos. 
Para conseguir o aval dos deputados, o texto foi modificado para 
deixar de fora a restrição do acesso à declaração simplificada. Os 
deputados ainda vão analisar nesta quinta-feira, 2, 26 destaques de 
alteração do texto-base. Depois, a reforma segue para o Senado.
Os contribuintes que optam pela declaração simplificada po-
dem abater 20% do imposto sobre a soma dos rendimentos tribu-
tados. No projeto inicial, enviado pelo governo, só os contribuintes 
com renda anual de R$ 40 mil (pouco mais de R$ 3 mil por mês) 
poderiam aderir à modalidade. Com o acordo, esse limite caiu. 
Mudanças para empresas
O relator fez mudanças na redução da alíquota do Imposto de 
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que prevê uma redução de 15% 
para 8% da alíquota-base do IRPJ (portanto, de sete pontos porcen-
tuais). A alíquota adicional fica mantida em 10%. Dessa forma, a 
alíquota do IRPJ cairá dos atuais 25% para 18%.
O texto aprovado ainda prevê uma redução adicional da carga 
tributária das empresas por meio da diminuição das alíquotas da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em até um ponto 
percentual. Mas essa queda está condicionada à revogação de be-
nefícios fiscais do PIS/PASEP e da COFINS destinados a setores espe-
cíficos. Com esses cortes, a carga tributária cobrada das empresas 
deve cair dos atuais 34% para 26% (sete pontos porcentuais do IR e 
um ponto porcentual da CSLL).
Lucros e dividendos
Mantida a taxação sobre a distribuição de lucros e dividendos 
como estava no parecer, em 20%. Atualmente, não é cobrado im-
posto sobre esse tipo de remuneração a acionistas. Há um destaque 
ao parecer para aprovação de uma alíquota menor, de 15%. Ficam 
isentos da cobrança os lucros e dividendos distribuídos por empre-
sas que estão no Simples Nacional e por empresas optantes do regi-
me de lucro presumido que faturam até R$ 4,8 milhões. Dividendos 
até R$ 20 mil distribuídos por pequenos negócios e os distribuídos 
entre integrantes do mesmo grupo econômico também permane-
cem isentos de cobrança.
Inicialmente o texto do relator havia encerrado a desoneração 
de embarcações, aeronaves e suas partes e peças, no texto aprova-
do o benefício fiscal permanece em vigor.
Fonte: https://amb.org.br/brasilia-urgente/camara-aprova-texto-base-
-da-reforma-do-ir-com-apoio-da-oposicao/
Adesão ao ‘bolsonarismo radical’ cresce nas PMs, diz pesquisa
Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 
apoio a teses extremistas aumentou 29% e crescimento foi maior 
entre oficiais do que entre praças
Às vésperas das manifestações do 7 de Setembro convocadas 
pelo presidente Jair Bolsonaro, pesquisa feita pelo Fórum Brasileiro 
de Segurança Pública mostra que a adesão às teses mais extremis-
tas do bolsonarismo aumentou 29% nas Polícias Militares, compa-
rando o comportamento dos policiais em redes sociais neste ano 
com o que foi observado em 2020. A pesquisa constatou que o cres-
cimento foi maior entre oficiais do que entre os praças.
Há uma semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 
afastou o coronel Aleksander Lacerda do comando no interior do 
Estado após o oficial chamá-lo de “cepa indiana” e ofender minis-
tros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros políticos, além de 
convocar publicamente os amigos para os atos do Dia da Indepen-
dência. Tudo por meio de sua conta no Facebook.
ATUALIDADES 
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Para se ter uma ideia do tamanho do fenômeno detectado pela 
pesquisa, basta comparar os números envolvendo a PM com os da 
população em geral. Ao todo, 27% dos PMs do País interagiram em 
redes sociais em 2021, compartilhando, comentando ou curtindo 
publicações de páginas do que a pesquisa chama de “bolsonarismo 
radical”, que pertencem a grupos ou pessoas declaradamente fãs 
ou militantes do presidente – e que atuam “independentemente do 
jogo político ou das instituições”.
Na população em geral esse número ficou em 17%. “Não esta-
mos falando de manifestações cívicas, mas da defesa da prisão de 
ministros do Supremo, do fechamento do Congresso e de outras 
pautas ilegais”, disse ao Estadão o sociólogo e diretor-presidente do 
Fórum, Renato Sérgio de Lima. 
Os dados da pesquisa foram coletados com base em informa-
ções de profissionais das polícias no Portal da Transparência do go-
verno federal e dos Estados. Depois, os pesquisadores seleciona-
ram uma amostra desses profissionais que fosse representativa dos 
efetivos das corporações e analisaram 651 usuários no Facebook e 
Instagram com cargos em instituições policiais. O nível de confiança 
da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3%.
O levantamento mostra também que a influência bolsonarista 
está concentrada nas corporações militares. É relativamente baixa a 
adesão aos ambientes de apoio ao presidente da República na Polí-
cia Civil (13% em 2021 ante 9% em 2020) e na Polícia Federal – 17% 
neste ano em comparação aos 13% em 2020. 
Por outro lado, a pesquisa constatou que 23% do oficialato 
da PM participou de ambientes radicalizados do bolsonarismo em 
2021. Esse número era de 17% em 2020 – um crescimento de 35%. 
Outros 21% dos oficiais interagiram com páginas consideradas de 
“políticos de direita, que estão dentro da institucionalidade do jogo 
político partidário”. É o que a pesquisa descreve como “bolsonaris-
mo orgânico”. Somando-se os dois tipos – extremados e orgânicos 
–, 44% dos oficiais da ativa interagiram com ambientes bolsonaris-
tas.
Entre os praças – soldados a subtenentes – a presença em 
ambientes radicais do bolsonarismo saltou de 25% para 30% e, no 
chamado bolsonarismo orgânico, esse número passou de 16% para 
21%, ante o registrado em 2020. Pelos dados atualizados, portanto, 
na base das corporações 51% dos praças demonstram apreço às 
teses bolsonaristase 49% não interagem com o movimento. 
‘Minoria barulhenta’. “Levando em consideração oficiais e pra-
ças, a maioria – 52% – não está interagindo. Mas a minoria baru-
lhenta tenta cooptar o restante. Isso é reflexo do crescimento de 
29% da presença de PMs nesses ambientes radicais. É preciso aler-
tar para os riscos, pois há políticos que exploram sem pudor essa 
fissura que se abre em busca de palanque para reeleição”, afirmou 
Lima.
Para o diretor do Fórum, é preciso ter em conta que a interação 
de policiais militares com ambientes radicalizados do bolsonarismo 
se insere no contexto das manifestações do dia 7, nas quais parte 
do bolsonarismo quer defender o impeachment de ministros do Su-
premo, o fechamento do Congresso e a instalação de uma ditadura. 
Para tanto, esperam a presença maciça de militares da ativa e da 
reserva nos comícios que serão feitos pelo presidente São Paulo e 
em Brasília.
Divisão. A exemplo do que foi mostrado pela pesquisa, a Polícia 
Militar de São Paulo está dividida. A bancada de deputados estadu-
ais e federais eleita em 2018 busca convocar os policiais da reserva 
e da ativa para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Mas o en-
tendimento da maioria dos coronéis da corporação e do Ministério 
Público é de que a presença de policiais na manifestação de caráter 
político-partidário não é permitida pelo regulamento disciplinar.
Organizadores da manifestação creditaram a presença de PMs 
na Avenida Paulista – ainda que desarmados e sem farda – a uma 
espécie de repúdio ao afastamento do coronel Aleksander. O pro-
blema é que a decisão de afastar o coronel foi assinada pelo coman-
dante-geral, coronel Fernando Alencar, o que agravaria ainda mais 
a transgressão disciplinar dos que se dirigirem à manifestação. Os 
que defendem a ida ao ato alegam que os PMs têm direito à liber-
dade de expressão garantida pela Constituição.
“Querem ter o bônus de ser militar e o de ser civil ao mesmo 
tempo”, disse Lima. Uma crítica destacada por ele e por outros es-
pecialistas ouvidos pela reportagem, os policiais que adotam teses 
bolsonaristas querem ser tratados como militares diante da Refor-
ma da Previdência, mas desejam ser civis quando devem obedecer 
ao disposto pelo regulamento disciplinar. 
Na tarde de desta quarta-feira, 1º, o tenente-coronel da reser-
va Paulo Ribeiro, de 58 anos, que trabalhou na Corregedoria da PM, 
gravou um vídeo alertando aos policiais que a presença no ato pode 
configurar não só transgressão disciplinar, mas também crime mili-
tar. Ribeiro disse ao Estadão que a convocação de PMs da ativa para 
o dia 7 de Setembro “esbarra em dois pontos: o aspecto legal e a 
capacidade de entendimento dos nossos policiais militares”. Para 
ele, “o bolsonarismo na PM é um leão desdentado e sem garras”. 
“Faz muito barulho sem a menor possibilidade de causar danos.”
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,adesao-ao-bolso-
narismo-radical-cresce-nas-pms-diz-pesquisa,70003828756
Em Tóquio, atletismo e natação mantêm tradição e garantem 
41 pódios para o Brasil na Paralimpíada
Até o nono dia dos Jogos, os dois esportes juntos renderam 
283 medalhas aos atletas brasileiros na história da competição e 
disputam palmo a palmo as conquistas nas edições
Atletismo e natação são as duas modalidades que mais levaram 
brasileiros ao pódio em Jogos Paralímpicos. Das 353 medalhas to-
tais que o Brasil já conquistou em sua história, incluindo os primei-
ros nove dias dos Jogos de Tóquio, as pistas e os campos renderam 
159 medalhas aos brasileiros, enquanto as piscinas foram respon-
sáveis por 124 honrarias conquistadas até o momento. A disputa no 
Japão acaba no domingo, dia 5.
Apesar de o atletismo levar vantagem na quantidade de meda-
lhas obtidas no total, historicamente as duas modalidades travam 
uma saudável rivalidade para saber qual dos dois esportes é o cam-
peão de pódios em uma única edição dos Jogos.
Ambas demonstram um poderio esportivo no movimento pa-
ralímpico brasileiro desde a década de 80, quando as competições 
não eram jogadas nas mesmas sedes dos Jogos Olímpicos. Na quar-
ta participação do Brasil em uma Paralimpíada, os atletas brasileiros 
voltaram de Nova York (Estados Unidos) e Stoke Mandeville (Ingla-
terra), com 28 medalhas, todas conquistadas no atletismo (21, sen-
do seis de ouro) e na natação (sete medalhas).
A partir desta edição surgiram os primeiros brasileiros conside-
rados potências paralímpicas, principalmente no atletismo brasilei-
ro. Os resultados de Luiz Cláudio Pereira, Márcia Malsar, Miracema 
Ferraz e Amintas Piedade nas edições dos Jogos de Nova York/Stoke 
Mandeville e em Seul, quatro anos depois, ajudaram a modalidade 
a ser a mais premiada na época. Na Coreia do Sul, o Brasil conquis-
tou 15 medalhas no atletismo (3 ouros, 8 pratas e 4 bronzes). Pela 
natação, subiu ao pódio nove vezes, uma no lugar mais alto apenas.
Nos Jogos Paralímpicos da década de 90, o rendimento das 
duas modalidades ficou mais equilibrado, embora o atletismo já 
contasse com a presença da velocista Ádria Santos, que conquistou 
13 medalhas ao todo na carreira. Nos Jogos de 1992, em Barcelo-
na, o Brasil conquistou quatro medalhas no atletismo (3 ouros) e 
a natação apenas três honrarias, nenhuma dourada. Os Jogos na 
Espanha também marcaram a despedida de Luiz Cláudio Pereira. 
Em três edições, o atleta ganhou seis medalhas de ouro e nove de 
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prata. O Brasil já começava a despontar como uma das grandes na-
ções da competição.
CPI da Covid expõe ligação de lobistas a Flávio e Renan Bol-
sonaro
Marconny Albernaz, que deveria prestar depoimento nesta 
quinta, ajudou filho ‘04’ a abrir empresa; ‘01’ foi procurado para 
indicar ao governo intermediário na venda de vacinas
BRASÍLIA – Documentos da CPI da Covid no Senado mostram 
um cerco de lobistas aos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Uma 
troca de conversa pelo WhatsApp em poder da comissão mostra 
que Jair Renan, o filho “04” do presidente, recorreu a ajuda de um 
lobista para abrir sua empresa privada em Brasília. Um outro docu-
mento, ao qual o Estadão teve acesso, mostra outro lobista pedin-
do ajuda ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho “01”, para 
conseguir uma agenda no Ministério da Saúde envolvendo compra 
de vacinas. 
As mensagens que envolvem Jair Renan foram apreendidas 
pelo Ministério Público Federal do Pará no celular do lobista Mar-
conny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria e repassadas à CPI. O conte-
údo do aparelho cita também Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher 
do Bolsonaro e mãe de Jair Renana, e a advogada Karina Kufa, que 
defende Bolsonaro. As conversas do lobista com Jair Renan foram 
reveladas pelo jornal O Globo no dia 15 de agosto e confirmadas 
pelo Estadão. 
A troca de mensagens, de setembro do ano passado, revelam 
que Jair Renan recorreu a um lobista para abrir uma produtora 
de eventos em Brasília, em vez de procurar os caminhos oficiais. 
“Bora resolver as questões dos seus contratos!! Se preocupe com 
isso. Como te falei, eu e o William estamos à sua disposição para te 
ajudar”, escreve Faria ao filho do presidente, citando o advogado 
William de Araújo Falcomer dos Santos. 
Jair Renan responde, e cita seu sócio na empresa, Allan Lucena. 
“Show irmão. Eu vou organizar com Allan a gente se encontrar e 
organizar tudo”, escreveu. 
O filho do presidente volta a falar horas mais tarde. Ele escreve 
que é preciso registrar a marca no Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial (INPI) e abrir um registro de microempreendedor indivi-
dual (MEI). Faria, então, sugere a Jair Renan Bolsonaro uma reunião 
para “dizer o que está precisando”. “Bora marcar na segunda”, afir-
ma. O filho do presidente responde com uma expressão usada pelo 
pai. “Talkey”. As mensagens não deixam claro se o encontro ocorreu 
e qual foi a ajuda que Faria teria dado ao filho do presidente.
As conversas apreendidas no celular do lobista constam de um 
relatório com milhares de páginas, entregue à CPI. Com Ana Cristina 
Siqueira Valle,ex-mulher do Bolsonaro, Faria tratou de indicações 
em órgãos públicos. Segundo as mensagens, reveladas pelo O Glo-
bo, o lobista pediu que Ana Cristina atuasse junto a Jorge Oliveira, 
então ministro de Bolsonaro e atual ministro do Tribunal de Contas 
da União (TCU), para que o defensor público Leonardo Cardoso fos-
se nomeado como chefe da Defensoria Pública da União (DPU). Car-
doso acabou preterido. O escolhido para o cargo foi Daniel Macedo.
Faria é alvo da CPI sob suspeita de ter operado em nome da 
Precisa Medicamentos no Ministério da Saúde e, segundo o vice-
-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), seria “o senhor 
de todos os lobbies” na pasta. 
A Precisa Medicamentos intermediou a compra de 20 milhões 
de doses da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde. 
O acordo de R$ 1,6 bilhão foi fechado em 25 de fevereiro e teve o 
cancelamento oficializado em 26 de agosto, após indícios de irre-
gularidades.
O telefone de Marconny Faria foi apreendido em uma inves-
tigação do Ministério Público Federal, no Pará, no ano passado. 
Ao se depararem com mensagens que citavam a empresa Precisa 
Medicamentos, investigada pela CPI, a Procuradoria da República 
compartilhou o conteúdo com os senadores.
A investigação no Pará apura se Faria cobrou propina para in-
fluenciar a nomeação do diretor do Instituto Evandro Chagas, ór-
gão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da 
Saúde. Faria tinha depoimento marcado na CPI nesta quinta-feira, 
2, mas não compareceu.
A comissão já tinha revelado outra troca de mensagens no apa-
relho do lobista que citava a advogada Karina Kufa. A CPI já aprovou 
requerimento para ouvi-la, mas ainda não marcou a data do depoi-
mento.
Uma conversa entre o lobista e o empresário José Ricardo San-
tana, já ouvido pela CPI e amigo do ex-diretor de Logística do Sena-
do Roberto Ferreira Dias, registrou um jantar na casa de Karina Kufa 
em 23 de maio do ano passado. Segundo a comissão, José Ricardo 
Santana escreveu ao lobista. “Marconny, foi um prazer te conhecer 
hoje na casa da Karina. Aliás, ela me passou seu telefone. Obrigado 
pelo bate-papo agradável. Se eu puder te ajudar em algo, conte co-
migo. Boa noite”.
À CPI, Santana disse que conhece Karina Kufa e tem “espora-
dicamente alguns encontros sociais com ela”. O empresário, no en-
tanto, afirmou não lembrar quem o apresentou a Faria.
José Ricardo Santana teria atuado para destravar a compra de 
milhares de kits de reagentes para exame de covid-19. A venda, que 
seria feita pela Precisa ao Ministério da Saúde, não foi adiante. 
Flávio Bolsonaro
A CPI também descobriu o cerco de um lobista ao senador Flá-
vio Bolsonaro (Patriota-RJ). Nesse caso, o objetivo era o de abrir as 
portas e os cofres do Ministério da Saúde.
Em junho, uma funcionária do filho do presidente encaminhou 
à cúpula do ministério pedido de um suposto vendedor, que tenta-
va garantir ao governo uma “negociação prioritária” e a “reserva” 
de lotes da Vaxxinity. Trata-se de uma nova vacina contra o corona-
vírus de origem privada, dos Estados Unidos, com pesquisas ainda 
em fase de desenvolvimento. 
E-mail Flávio Bolsonaro
O e-mail de Stelnio Rosi enviado a Flávio Bolsonaro e encami-
nhado pelo gabinete do senador ao Ministério da Saúde Foto: Es-
tadão
O imunizante UB-612, da Vaxxinity, já foi negociado com o Pa-
raguai, na quantia de 1 milhão de doses, e recebeu autorização de 
uso emergencial em Taiwan. Flávio estava numa viagem aos EUA 
para tratar da tecnologia 5G quando recebeu a mensagem em seu 
e-mail oficial do Senado. Em 9 de junho, o publicitário Stelvio Bruni 
Rosi se apresentou dizendo que teria encontrado o senador numa 
“festa” em Washington. Afirmou que ambos teriam conversado so-
bre a Vaxxinity, antes batizada como Covaxx.
Rosi pediu, então, que o senador aceitasse uma reunião com 
representantes da empresa na capital americana para falar sobre 
as vacinas contra covid-19. “Oportunidade para o governo obter a 
preferência para solicitar a reserva de lote de vacinas estabelecen-
do negociação prioritária com a Vaxxinity”, ofereceu o publicitário 
na mensagem.
No dia seguinte, 10 de junho, uma funcionária do gabinete de 
Flávio encaminhou o pedido ao secretário-executivo do Ministério 
da Saúde, Rodrigo Cruz. Na mensagem, ela afirmou ter ordem do 
senador para repassar o assunto. “De ordem do senador Flávio Bol-
sonaro, retransmito a V. Sa. a mensagem (a) seguir, tendo em vista 
eventual interesse desse ministério em realizar contato e obter in-
formações”, diz o texto, ao qual o Estadão teve acesso.
Flávio confirma ter encaminhado o pedido de Rosi ao minis-
tério, mas nega ter se encontrado com qualquer representante da 
ATUALIDADES 
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Vaxxinity. “O senador Flávio Bolsonaro não se reuniu com repre-
sentantes da Vaxxinity nos Estados Unidos ou no Brasil e nem fez 
intermediação entre a fabricante e o Ministério da Saúde. Apenas 
recebeu e-mail de um advogado que representava a empresa e, 
como a compra de vacinas é de responsabilidade do ministério, 
respondeu que o advogado deveria procurar a pasta para obter 
informações”, diz a nota divulgada pela equipe do senador, numa 
referência a Rosi, que havia enviado e-mail para ele com endereço 
de um escritório de advocacia no Rio. “O parlamentar não fez nada 
além de encaminhar a mensagem para o foro correto.”
Não há registros públicos, nas agendas do Ministério da Saúde, 
de que tenha havido alguma reunião com a Vaxxinity após o e-mail 
encaminhado pelo filho do presidente. Em nota, a pasta disse que 
mantém diálogo com laboratórios que têm registro de autorização 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da 
vacina no País. “No entanto, cabe esclarecer que o secretário execu-
tivo do Ministério, Rodrigo Cruz, não conhece ou esteve em reunião 
com Stelvio Rosi”, diz a pasta.
Um dos focos da CPI da Covid é saber se Flávio intermediou 
contatos de vendedores de vacina com o governo. As suspeitas sur-
giram após a revista Veja revelar, em junho, que o filho do presi-
dente levou o empresário Francisco Maximiano, da Precisa Medica-
mentos – investigada por denúncia de fraude em contrato da vacina 
Coxavin –, a uma reunião no Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES). A audiência foi registrada na agenda 
do presidente do banco, Gustavo Montezano. Flávio negou relações 
comerciais ou financeiras com o empresário, conhecido como Max, 
mas admitiu ter “amigos em comum”.
Em nota, a defesa de Karina Kufa disse sua convocação na CPI é 
uma tentativa de “constranger” um advogado. “Toda a menção que 
tem sido feita a ela vem acompanhada da qualificação ‘advogada do 
Presidente’. O requerimento de convocação da Dra Karina crimina-
liza o próprio exercício da advocacia”, disse. Procurado por meio de 
seu advogado, Jair Renan não se manifestou.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cpi-da-covid-ex-
poe-ligacao-de-lobistas-a-flavio-e-renan-bolsonaro,70003829335
Museu Nacional lança campanha de doação e prevê abertura 
de área externa em 2022
Diretor do museu reforça importância de contribuições e par-
cerias nacionais e internacionais para que espaço possa reabrir com 
acervos históricos
Três anos após o incêndio de grandes proporções que destruiu 
o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a direção da instituição e a 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram uma 
coletiva virtual nesta quinta-feira (2) para anunciar um pacote com 
novidades, prazos, ações e financiamentos para a reconstrução do 
local. Foi lançada oficialmente campanha para recomposição do 
acervo e uma Declaração de Compromisso para a Recomposição 
das Coleções do Museu Nacional.
O custo estimado para a recuperação é de R$ 380 milhões e 
a reabertura total da instituição está prevista, por enquanto, para 
2026. Até o momento, no entanto, a verba para revitalização do 
local ainda não foi atingida. Faltam cerca de R$ 150 milhões para se 
chegar ao valor pretendido.
Segundo o diretor do Museu Nacional,Alexander Kellner, é ex-
tremamente importante que haja iniciativas em prol da recomposi-
ção do acervo que, segundo ele, é a razão de ser do museu.
Temos total consciência de que não teremos sucesso sem a in-
tensa colaboração nacional e internacional. Precisamos de exem-
plares de animais e plantas, de fósseis e minerais, objetos etnográ-
ficos, históricos, arqueológicos e tantos outros”
Kellner disse ainda que as exposições permanentes ficarão em 
espaço de 5,5 mil m² e serão necessárias 10 mil peças que vão ser 
apresentadas ao longo de quatro circuitos expositivos.
A gestão do museu também informou que, para marcar a ce-
lebração do Bicentenário da Independência, o Jardim das Princesas 
(na área externa do palácio) e ao menos parte da fachada e do te-
lhado do bloco 1 serão abertos ao público em setembro de 2022.
Algumas doações já foram anunciadas, como a coleção etno-
gráfica africana do pesquisador Wilson Savino, a doação do diplo-
mata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore, que doou 27 
peças Greco-Romanas do Indígena Tonico Benites com Coleção Et-
nográfica Indígena, do músico Nando Reis, que doou Coleção de 
Moluscos, dentre outras diversas doações de objetos de diferentes 
culturas. A ideia, segundo Kellner, é recompor os quatro circuitos 
expositivos do Museu Nacional/UFRJ: Histórico (1.000 peças), Uni-
verso e Vida (4.500 peças), Diversidade Cultural (2.500 peças) e Am-
bientes Brasileiros (2.000 peças).
Do acervo original, a maior parte das peças que resistiram fazia 
parte da coleção de meteorítica. Entre elas, o meteorito do Bende-
gó, o maior já encontrado no Brasil, com 5,3 toneladas e localizado 
no sertão da Bahia em 1784.
O Museu Nacional é considerado o maior museu de história 
natural da América Latina. O local tinha um acervo de 20 milhões 
de itens, como fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros. Em 
2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio causado por 
um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. O fogo se 
alastrou rapidamente e destruiu grande parte do acervo, que con-
tava com peças nacionais e internacionais.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/museu-nacional-lanca-
-campanha-de-doacao-e-preve-abertura-de-area-externa-em-2022/
IBGE fará teste para o Censo Demográfico 2022 na Ilha de Pa-
quetá
Ilha no Rio foi escolhida para o teste, a partir de segunda-feira, 
porque mais de 85% da população local já recebeu as duas doses da 
vacina contra a covid
RIO - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) con-
duzirá a partir de segunda-feira, 6, um teste preparatório para o 
Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Os recenseadores entrevistarão os moradores dos quase 1.300 
domicílios da ilha entre os dias 6 e 24 de setembro, informou o ór-
gão em nota. O objetivo é avaliar os aplicativos e os sistemas desen-
volvidos para o levantamento censitário, além das três modalidades 
de coleta de dados: presencial, pela internet e por telefone.
Segundo o IBGE, a Ilha de Paquetá foi escolhida para o teste 
porque mais de 85% da população local já recebeu as duas doses da 
vacina contra o coronavírus. O órgão afirma que os recenseadores 
farão as entrevistas domiciliares “seguindo todos os protocolos de 
saúde, incluindo uso de máscara e protetor facial”.
“Os moradores visitados poderão confirmar a identidade dos 
recenseadores do IBGE pelo site respondendo.ibge.gov.br ou pelo 
telefone 0800-721-8181, das 8 às 20 horas, todos os dias. O sigilo 
das informações prestadas ao IBGE é garantido por lei”, ressalta a 
nota.
Na última terça-feira, 31, o IBGE alertou que o Projeto de Lei 
Orçamentária Anual (PLOA) 2022 apresentado pelo governo federal 
ao Congresso Nacional não traz os recursos necessários para a rea-
lização do Censo Demográfico em 2022.
Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o go-
verno federal tem obrigação de realizar o Censo. Desde então, o 
IBGE alerta para a necessidade de recomposição do orçamento tan-
to para as etapas preparatórias ainda em 2021 quanto para a verba 
necessária para a operação de coleta em 2022.
ATUALIDADES 
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O IBGE informou que elaborou no primeiro semestre deste ano 
a proposta orçamentária de aproximadamente R$ 2,293 bilhões 
para a realização do Censo Demográfico em junho de 2022. No en-
tanto, o valor destinado no PLOA 2022 ficou em R$ 2 bilhões.
“Ao IBGE caberá atuar junto ao Congresso Nacional, num tra-
balho de mobilização e convencimento sobre os interesses públicos 
relacionados ao Censo Demográfico, para que a União assegure o 
que foi determinado pelo STF, qual seja, as condições necessárias e 
suficientes para a realização do Censo Demográfico em 2022 (cris-
talizadas no valor de R$ 2.292.907.087,00)”, escreveu o órgão em 
nota divulgada na terça-feira.
Na nota, o IBGE lembra ainda que a decisão do STF determinou 
que o poder executivo, em articulação direta com o Congresso Na-
cional, assegurasse “os créditos orçamentários suficientes” para a 
realização do Censo.
Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,ibge-fara-tes-
te-para-o-censo-demografico-2022-na-ilha-de-paqueta,70003829501
MP quer proibição expressa de PMs em atos do 7 de Setem-
bro em Brasília e mais 6 Estados
O Ministério Público do Distrito Federal recomendou que Po-
lícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública distritais proíbam 
expressamente a participação de militares da ativa nos protestos a 
favor do governo Bolsonaro
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) recomendou 
nesta quinta-feira, 2, que a Polícia Militar e a Secretaria de Segu-
rança Pública distritais proíbam expressamente a participação de 
militares da ativa nos protestos a favor do governo convocados para 
o 7 de Setembro. A regra deve valer também para os atos contrários 
ao presidente Jair Bolsonaro. 
Além do DF, em ao menos mais seis Estados os Ministérios Pú-
blicos tomaram providências para inibir a participação de PMs (Ce-
ará, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso e Santa Catari-
na). Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira, o 
presidente criticou o veto aos policiais. “Isso é ditadura. Não pode 
acontecer isso aqui. É um crime o que os caras estão fazendo. Que-
rem esvaziar o movimento. E um policial militar à paisana, de folga, 
está ajudando na segurança passiva do evento”, afirmou Bolsonaro.
Na última semana, a PM do DF informou ao Estadão, em nota, 
que militares da ativa são cidadãos e podem exercer cidadania nos 
protestos, “desde que não representem a instituição”. O Ministério 
Público entende que, mesmo à paisana, a adesão de homens da 
ativa aos protestos é ilegal.
A recomendação das Promotorias de Justiça Militar, do MPDFT, 
pede ainda a suspensão de qualquer tipo de dispensa de policiais 
entre os dias 6 e 8 e a colocação do efetivo em condições de pronto 
emprego.
O governo do Distrito Federal informou ao Ministério Público 
que não identificou manifestações de policiais da ativa sendo pre-
paradas. O órgão ministerial havia solicitado relatórios de inteligên-
cia que apontassem a movimentação. Questionados pela reporta-
gem sobre adoção dos termos da recomendação, o comando da PM 
e a secretaria de segurança não se manifestaram.
Ativismo policial
Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria 
(PSDB), afastou o coronel Aleksander Lacerda do comando de ba-
talhões no interior do Estado após o oficial chamá-lo de “cepa in-
diana”, ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e con-
vocar publicamente colegas para os atos do dia 7. O afastamento 
foi definido após o Estadão revelar os posicionamentos de Lacerda. 
Em orientação aos PMs de São Paulo, advogados da associação 
de oficiais afirmam que manifestações cívicas não seriam restritas 
a militares, desde que de folga e desarmados. “Entretanto, em caso 
de comparecimento de policial militar de folga em uma manifes-
tação, este deverá ter o caráter cívico, para não recair sobre ele a 
acusação de ter participado de uma manifestação decunho politi-
co-partidário, diz o texto do Departamento Jurídico da associação 
publicado nesta quinta, 2. 
Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou 
que a adesão às teses mais extremistas do bolsonarismo aumentou 
29% nas Polícias Militares, comparando o comportamento dos poli-
ciais em redes sociais neste ano com o observado em 2020.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mp-quer-proibi-
cao-expressa-de-pms-em-atos-do-7-de-setembro-em-brasilia-e-mais-
-6-estados,70003830432
Capitais registram atos pró e contra o governo no 7 de Setem-
bro
São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Goi-
ânia reuniram milhares de pessoas nas ruas no feriado da Indepen-
dência
Diversas capitais brasileiras registraram manifestações favorá-
veis e contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nesta ter-
ça-feira (7), feriado da Independência do Brasil. Até o momento, 
as manifestações prosseguem de forma pacífica, sem o registro de 
ocorrências nas principais capitais.
São Paulo e Brasília tiveram a participação de Bolsonaro nos 
atos pró-governo. Pela manhã, o presidente participou do ato 
programado em Brasília. Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que 
quem age fora da Constituição Federal deve ser “enquadrado” ou 
“pedir para sair”.
Veja como foram as manifestações em cada capital:
Goiânia (GO)
Em Goiânia, os protestos pró-Bolsonaro se reuniram no Autó-
dromo Internacional. Os participantes saíram em carreata e percor-
reram cerca de 20 quilômetros pela capital. A reunião inicial se deu 
por volta das 9h em frente ao autódromo, que fica na rodovia GO-
120, e de lá saíram pela rodovia.
A expectativa é que o protesto termine próximo ao Aeroporto 
santa Genoveva. A Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Mobili-
dade acompanham os manifestantes, monitoram o trânsito e fazem 
a segurança da cidade.
Já os protestos contra o governo Bolsonaro se concentraram na 
região central de Goiânia. Manifestantes se reuniram na Praça dos 
Bandeirantes por volta das 9h30; fizeram uma caminhada no centro 
da capital, e agora continuam reunidos, manifestando e levantando 
pautas contra a atuação do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi regis-
trada nas manifestações.
Recife (PE)
Três atos ocorrem em Recife desde a manhã desta terça-feira, 
de forma simultânea, todos com início registrado por volta das 10 
horas. São dois atos a favor do presidente Jair Bolsonaro, que ocor-
re na Zona Sul do Recife, e um ato que ocorreu na área central e 
seguiu para o Recife antigo, que é contra o governo Bolsonaro.
Um dos atos a favor começou na avenida Boa Viagem; uma 
multidão estava presente com as cores da bandeira do Brasil. Os 
participantes percorreram um percurso de cerca de 1,5 km em dire-
ção ao jardim de Boa Viagem.
Também Às 10h, outra manifestação ocorreu no bairro Imbiri-
beira, ainda na Zona Sul de Recife. Nester ato, uma carreta seguiu 
em direção ao segundo jardim em Boa Viagem, foram cerca de 5 
km de percurso.
Em Recife também ocorreu a 27ª edição do grito dos excluídos 
e das excluídas. O movimento, que é contra o governo de Jair Bol-
ATUALIDADES 
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sonaro, teve concentração na praça do Dérbi, na região central da 
cidade. Na manifestação contrária ao governo, muitos participantes 
portaram faixas pedindo vacina, comida no prato e o Impeachment 
do presidente Jair Bolsonaro.
Por volta das 11h o grupo de manifestantes saiu da Praça do 
Dérbi e seguiu em direção ao bairro Boa Vista, ainda na região cen-
tral do Recife, em direção ao Pátio do Carmo, onde seria concentra-
da a finalização dos atos.
Em maio, em uma das manifestações contra o Bolsonaro em 
Recife, houve ação da Polícia Militar de Pernambuco, e duas pesso-
as ficaram parcialmente cegas por causa de disparo de armas não 
letais. O Ministério Público do estado de Pernambuco recomenda 
a não utilização de forças letais para os atos. E, de acordo com o 
governo, qualquer interferência da PM de forma violenta receberá 
punição.
Belo Horizonte (MG)
Na capital mineira também há o registro de atos pró e contra o 
governo federal. Os dois manifestos iniciaram antes das 10h.
Os manifestantes do ato pró-bolsonaro começaram a se reunir 
na esplanada do Mineirão, na região da Pampulha, e saíram por 
ruas e avenidas em motociata e carreata com destino à Praça da 
Liberdade, região centro sul da capital mineira. Com isso, os moto-
ristas que precisam passar pela Praça da Liberdade devem ter uma 
rota alternativa, uma vez que o trânsito encontra-se complicado na 
região.
Já o ato contra o governo foi iniciado na região central da ca-
pital mineira; os manifestantes carregaram faixas e bandeiras de 
movimentos sindicais e sociais em direção à praça 7, também Praça 
da Estação.
Rio de Janeiro (RJ)
A capital carioca concentra os manifestantes a favor do gover-
no desde às 7h na avenida Atlântica, em frente à praia de Copaca-
bana. A concentração dos participantes se deu entre os postos 4 e 
5 da praia.
Pelo menos oito carros de som, grupos de motociclistas, e pes-
soas com faixas fecharam as três pistas mais próximas da orla, que 
ficaram interditadas por toda a extensão da avenida Atlântica.
A Guarda Municipal e a Polícia Militar estão no entorno da ma-
nifestação para o reforço na segurança.
A capital carioca também teve atos contra o governo de Jair 
Bolsonaro; a concentração foi na avenida Presidente Vargas, no 
centro da cidade. Os manifestantes se reuniram na esquina com a 
rua Uruguaiana, com carros de som, bandeiras e faixas desde às 8h.
A faixa da direita, sentindo igreja da Candelária, foi bloqueada 
pela Polícia Militar. Os atos pró e contra governo, no Rio de Janeiro, 
não tiveram o registro de ocorrências.
São Paulo (SP)
Em São Paulo a segurança foi reforçada e manifestantes pró-go-
verno se concentram na Avenida Paulista desde cedo, onde Bolso-
naro discursou por volta das 16 horas. “Hoje não é uma data minha 
ou de qualquer autoridade. É uma data do povo brasileiro”, escre-
veu o presidente nas redes sociais.
A manifestação contou com a participação de ministros do go-
verno Bolsonaro e de membros da equipe do presidente.
O efetivo de segurança paulista é de aproximadamente 3.600 
policiais e conta com o apoio de mais de 1.400 viaturas, 60 cavalos, 
4 drones e 2 helicópteros da Polícia Militar (PM), segundo a Secre-
taria de Segurança Pública de SP.
Também participam da operação de segurança equipes dos Co-
mandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de 
Choque (CPChq) e do Corpo de Bombeiros (CCB).
Os atos são ainda monitorados por meio de câmeras fixas, mó-
veis, câmeras instaladas em motocicletas e as chamadas bodycams, 
instaladas nas fardas dos policiais. As imagens serão acompanhadas 
em tempo real direto do Centro de Operações da PM.
No Vale do Anhangabaú, aconteceu a manifestação contra o 
governo. A movimentação aumentou no início da tarde e algumas 
ruas ao redor do local tiveram que ser bloqueadas para os carros, 
devido ao movimento dos manifestantes.
O público estimado, segundo a Secretaria de Segurança Pública 
e a PM de São Paulo, é de 125 mil pessoas na avenida Paulista e 15 
mil manifestantes no Vale do Anhangabaú
Brasília (DF)
Manifestantes a favor do governo de Jair Bolsonaro (sem parti-
dos) começam a se reunir na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, 
na manhã desta terça-feira (7).
Pela manhã, o presidente Bolsonaro participou de evento re-
servado no Palácio da Alvorada, com alguns ministros e comandan-
tes das Forças Armadas, para o hasteamento da bandeira nacional.
Grupos tentaram furar bloqueios feitos pela Polícia Militar 
(PM), que reagiu com bombas. Durante a noite desta segunda-feira 
(6), os manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem 
partido) já estavam no local e chegaram a invadir a Esplanada dos 
Ministérios.
De acordo com a PM, eles pressionaram para que caminhões 
pudessem passar pelo bloqueio. A Secretaria de Segurança do Dis-
trito Federal permitiua passagem de alguns caminhoneiros, junto 
com manifestantes a pé.
Segundo informações oficiais da assessoria de imprensa da 
PMDF, os manifestantes favoráveis ao presidente derrubaram uma 
barreira, que ficava na rodoviária do Plano Piloto. Foi assim que eles 
conseguiram entrar na Esplanada.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/capitais-registram-atos-
-pro-e-contra-o-governo-no-7-de-setembro/
Ministros do TSE avaliam hipótese de Bolsonaro ficar inele-
gível
Magistrados discutem nos bastidores estratégia jurídica que 
pode tirar presidente da disputa em caso de risco de ruptura; atos 
do 7 de Setembro podem ser usados como prova
BRASÍLIA – Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discu-
tem uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente Jair Bol-
sonaro inelegível para a eleição de 2022. O cerco judicial está se 
fechando a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE 
em resposta a uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente, 
em julho, acusando o tribunal, sem provas, de fechar os olhos para 
evidências de manipulação em urnas eletrônicas. 
Na visão desses magistrados, a depender do que acontecer e 
o tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de 
Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra o chefe do 
Executivo. O entendimento prévio é de que, uma vez configurado 
algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada pela 
Justiça Eleitoral no ano que vem. 
A estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para 
ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura ins-
titucional, uma vez que, na avaliação de políticos, iniciar agora um 
processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, se-
ria tão traumático quanto inviável. Na ocasião em que foi aprovada 
a investigação no TSE, também foi determinado o envio de notícia-
-crime contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), que 
foi aceita e incorporada ao inquérito das fake news. 
Apesar de a discussão sobre o cerco jurídico avançar nos basti-
dores, a medida que pode dar base a uma eventual inelegibilidade 
de Bolsonaro é reconhecida pelos próprios ministros como pouco 
ATUALIDADES 
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convencional. A Justiça Eleitoral nunca havia aberto ação parecida, 
por isso o discurso adotado é de que a alternativa só seria acionada 
em caso concreto de risco à ordem constitucional. Por outro lado, 
um ministro do TSE argumenta, em caráter reservado, que nunca 
houve um ataque tão frontal ao sistema eleitoral como agora e que, 
por isso, é preciso reagir. 
Ameaçados de forma reincidente por Bolsonaro, os integrantes 
das mais altas Cortes da Justiça brasileira encontraram para pre-
parar o contragolpe. “Se você quer paz, se prepare para a guerra”, 
disse Bolsonaro na quarta-feira, em cerimônia da Marinha no Rio. 
Ontem, mantendo o tom de ameaça, o presidente garantiu que 
os atos de 7 de Setembro serão um “ultimato” a ministros do STF. 
Os principais alvos de Bolsonaro são Alexandre de Moraes e Luís 
Roberto Barroso, atual presidente do TSE, autores de decisões re-
centes que desagradaram ao Palácio do Planalto, como a prisão de 
bolsonaristas. 
Em resposta às ameaças de Bolsonaro, o presidente do STF, Luiz 
Fux, fez um duro discurso anteontem, ao afirmar que a Corte não 
vai tolerar ataques à democracia, em referência aos atos do dia 7. 
“Num ambiente democrático, manifestações públicas são pacíficas; 
por sua vez, a liberdade de expressão não comporta violências e 
ameaças”, disse. Bolsonaro pretende discursar no feriado pela ma-
nhã, em Brasília, e seguir com comitiva para fazer o mesmo em São 
Paulo, à tarde. 
Diferentemente de investigações criminais contra Bolsonaro 
em curso no Supremo, o inquérito administrativo no TSE é conside-
rado uma alternativa mais viável por não depender exclusivamen-
te de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República 
(PGR), comandada por Augusto Aras. 
Neste caso, além do Ministério Público Federal (MPF), partidos 
políticos possuem legitimidade para oferecer representação con-
tra a candidatura do presidente; e será o próprio TSE quem julgará 
esses pedidos. O único requisito é que apresentem provas de que 
Bolsonaro cometeu crimes eleitorais. 
O inquérito administrativo é comandado pelo corregedor-geral 
da Justiça Eleitoral, Luis Felipe Salomão, e atualmente está na fase 
da coleta de provas. Ele é chamado de “Plano C” por aqueles que 
conhecem o seu teor, justamente por reunir evidências que podem 
ser usadas por partidos para contestar o registro da candidatura de 
Bolsonaro. A apuração compõe o cerco judicial com outras duas 
ações de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE, além de 
quatro inquéritos no STF que apuram crimes comuns do presidente. 
O foco da investigação eleitoral é constatar se Bolsonaro prati-
cou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios 
de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes 
públicos e propaganda extemporânea”. 
A lei que regula os registros de candidatura afirma que serão 
inelegíveis os candidatos que “tenham contra sua pessoa represen-
tação julgada procedente pela Justiça Eleitoral”, com condenação 
em processo que investigue “abuso de poder econômico e político”. 
Caso o plano seja colocado em prática, Bolsonaro ficaria impedido 
de disputar eleições por oito anos. 
Rubens Beçak, professor de direito constitucional e eleitoral da 
Universidade de São Paulo (USP), avalia que o teor subjetivo da lei 
de inelegibilidade ao definir condutas abusivas permite a interpreta-
ção formulada por membros do TSE. Ele pondera que sua aplicação 
é temerária por não haver precedentes e abrir espaço para contes-
tações. “Dá muito mais higidez ao processo a participação do PGR, 
mas existe essa outra interpretação e ela parece muito plausível. 
Quem está pensando em fazer o inquérito pelo TSE, provavelmen-
te, está pensando em dar uma rapidez maior e afastar a influência 
política do PGR recém reconduzido”, afirmou. “Seria um procedi-
mento completamente heterodoxo, porque isso nunca aconteceu 
dessa forma. Isso vai criar um precedente tremendo para que possa 
ser usado contra outros presidentes candidatos à reeleição. Dá um 
poder desproporcional à Justiça Eleitoral.” 
Fake news
Parte dos ministros do STF avalia que o inquérito das fake news 
também poderia ser um caminho para frear Bolsonaro por possuir 
amplo potencial incriminatório, mas o entendimento é de que é 
nula a possibilidade de Aras apresentar denúncia contra o presiden-
te. 
O atual PGR já expressou nos bastidores o desejo de ocupar 
uma vaga no STF e, caso seja mantida a fidelidade a Bolsonaro, po-
derá ser ele o escolhido para substituir o ministro Gilmar Mendes a 
partir de 2023, na eventual reeleição do presidente. Na vaga aberta 
neste ano, Aras foi preterido por André Mendonça, que agora en-
frenta a resistência de senadores para tomar posse do cargo.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ministros-tse-a-
valiam-hipotese-bolsonaro-inelegivel,70003831145
São Paulo e Rio são os únicos Estados que devem usar Coro-
navac como 3ª dose
Aplicação da vacina do Butantan é segura e não causa reações 
graves, mas especialistas criticam decisão de usá-la como reforço 
porque ela é menos eficaz, especialmente entre idosos
Apesar de o Ministério da Saúde ter recomendado o uso das 
vacinas de Pfizer, AstraZeneca e Janssen como reforço na proteção 
contra a covid-19, os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo inclu-
íram a Coronavac como uma opção para a dose extra. A aplicação 
de uma terceira dose da vacina do Butantan é segura e não causa 
reações graves, mas especialistas criticam a decisão de usá-la como 
dose de reforço porque ela é menos eficaz, especialmente entre os 
idosos.
Em São Paulo, o início da aplicação da chamada “terceira dose” 
está marcado para a próxima segunda-feira. De acordo com a Se-
cretaria de Estado da Saúde, foram distribuídas 380 mil doses e os 
municípios estão orientados a utilizar todas as vacinas disponíveis.O Ministério da Saúde programou para o dia 15 de setembro o iní-
cio dessa nova fase da campanha e, portanto, só deve distribuir as 
doses da Pfizer na metade do mês.
Coronavac
Na segunda-feira, mais 10 milhões de doses da Coronavac fo-
ram liberadas ao PNI (Programa Nacional de Imunização) Foto: Go-
verno do Estado de São Paulo
Na capital paulista, o secretário municipal de Saúde, Edson 
Aparecido, também disse que entre os dias 6 e 15 de setembro a 
cidade aplicará “a vacina que estiver disponível na unidade” como 
reforço. Após o dia 15, com a chegada das doses que devem ser 
enviadas pelo Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deve ser 
priorizado.
A nota técnica 27/2021 do Ministério da Saúde, que trata do 
assunto, diz que a dose de reforço deve ser aplicada em imunossu-
primidos vacinados há 28 dias e em idosos acima de 70 anos vacina-
dos há seis meses. Nesta etapa deve ser aplicada prioritariamente 
a vacina da Pfizer e, na falta dela, as vacinas da Janssen e da Astra-
Zeneca.
No Rio de Janeiro, o Estado pretende misturar as vacinas. Quem 
tomou duas doses de Coronavac deve receber Pfizer, AstraZeneca 
ou Janssen como reforço. Aqueles que tomaram qualquer outra va-
cina contra a covid podem receber uma injeção extra da Coronavac. 
Já a cidade do Rio disse em nota que usará apenas Pfizer e AstraZe-
neca como reforço – a vacina da Janssen não está disponível no País 
neste momento. Outros 20 Estados e o Distrito Federal disseram à 
ATUALIDADES 
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reportagem que não vão usar a Coronavac como dose de reforço. 
Acre, Amapá, Rondônia e Sergipe não responderam.
O infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz e ex-mem-
bro do Centro de Contingência contra a covid de São Paulo, vê com 
bons olhos a combinação de vacinas, mas aponta que oferecer a 
Coronavac como terceira dose para os idosos não é uma boa estra-
tégia. “A terceira dose com Coronavac pode ser aplicada em pro-
fissionais da saúde jovens, mas não nos grupos de risco. Os idosos 
estão mais vulneráveis atualmente e continuarão assim se usarmos 
a Coronavac no reforço.”
Para fins de comparação, o infectologista diz que estudos em 
pré-print, ainda não revisados por pares, mostram que a terceira 
dose da Coronavac aumenta em dez vezes a proteção contra a co-
vid-19. Com a vacina da Pfizer, a eficácia aumenta entre cem e mil 
vezes.
Croda diz que a Coronavac cumpriu um papel fundamental no 
início da pandemia, principalmente por ser a única vacina disponí-
vel em grande quantidade no País, mas fala que agora temos op-
ções melhores à disposição. “A Coronavac talvez tenha sido a vacina 
que mais salvou vidas porque chegou em tempo oportuno. Entre-
tanto, neste momento, temos outras opções.”
O especialista vê a decisão de São Paulo como um movimento 
político do governo. “Talvez eles queiram usar a Coronavac porque 
compraram muitas doses. Dessa vez, quem está fazendo política é o 
governo de São Paulo”, observa.
Ele diz que nenhum outro país que usou a Coronavac em sua 
campanha de vacinação utilizou o mesmo imunizante como dose de 
reforço. “Chile, Uruguai, Bahrein, Emirados Árabes Unidos… Todos 
esses países vacinaram com a Coronavac e agora estão usando As-
traZeneca ou Pfizer no reforço”, cita.
O imunologista Jorge Kalil reconhece a importância da tercei-
ra dose, mas diz que a Coronavac não deveria ser usada para este 
fim. “Não acho que vale a pena oferecer a Coronavac como dose de 
reforço sobretudo para idosos e imunossuprimidos. Eu seguiria o 
que foi definido no PNI (Programa Nacional de Imunizações).” Para 
embasar sua posição, o especialista cita que o dado de efetividade 
da Coronavac em idosos acima de 80 anos é muito baixo.
Em ato em Brasília, Bolsonaro faz discurso com ameaças ao 
Congresso e Judiciário
O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso em tom de ame-
aça ao Judiciário e ao Congresso para manifestantes que se aglo-
meram na Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira, 7. Sem citar 
diretamente a quem se referia, o presidente disse que “ou o chefe 
desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que 
nós não queremos”. Ele afirmou que vai convocar o Conselho da 
República e levar aos presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco 
(DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a “foto” 
do povo hoje nos atos.
Palácio do Planalto
O presidente disse que hoje começa um novo momento no País 
ao fazer um ultimato para os outros poderes. “A partir de hoje, uma 
nova história começa a ser escrita aqui no Brasil. Peço a Deus mais 
que sabedoria, força e coragem para bem decidir. Não são fáceis 
as decisões. Não escolham o lado do confronto. Sempre estarei ao 
lado do povo brasileiro”, afirmou o presidente, em cima de um car-
ro de som. O discurso não foi transmitido ao vivo, mas divulgado no 
Facebook do presidente pouco tempo depois.
O Conselho da República citado pelo presidente é um órgão su-
perior de consulta do presidente da República, criado pela Lei 8.041 
de 1990 para se pronunciar sobre intervenção federal, estado de 
defesa, estado de sítio e questões relevantes para a estabilidade 
das instituições democráticas.
O órgão é dirigido pelo presidente da República e composto 
também pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câ-
mara dos Deputados e do Senado, os líderes da maioria e da mino-
ria nas duas Casas, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros 
com idade superior a 35 anos. De acordo com a legislação, o Conse-
lho da República se reunirá por convocação do presidente da Repú-
blica e suas audiências serão realizadas com o comparecimento da 
maioria dos conselheiros.
A última vez que o órgão se reuniu foi em 2018, quando o en-
tão presidente Michel Temer determinou a intervenção federal na 
segurança pública do Rio de Janeiro. Procuradas, as assessorias do 
presidente do Senado, do Supremo e da Câmara, Arthur Lira (Pro-
gressistas-AL), afirmaram que não foram convidados para qualquer 
reunião do conselho até o momento.
No discurso que fez a seus apoiadores, Bolsonaro disse que não 
poderia mais “aceitar que uma pessoa” continuasse “barbarizando 
nossa população”, mas não citou nominalmente a quem se referia. 
“Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o 
chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder vai sofrer aquilo 
que não queremos. Porque nós valorizamos, reconhecemos e sabe-
mos o valor de cada poder da República”, afirmou.
“Um ministro do Supremo Tribunal perdeu as condições míni-
mas de continuar dentro daquele tribunal”, disse. Manifestantes 
gritavam de volta “fora, Alexandre” neste momento, em referência 
a Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de bolsonaristas 
nos últimos meses. Bolsonaro chegou a ingressar com um pedido 
de impeachment do ministro no Senado, que nem sequer foi ana-
lisado.
“Este retrato que estamos tendo neste dia, não é de mim nem 
de ninguém em cima deste carro de som. Este retrato é de vocês. 
É um comunicado, é um ‘ultimato’, para todos os que estão na Pra-
ça dos Três poderes, inclusive eu, presidente da República, de para 
onde devemos ir. Cada um de nós deve se curvar à nossa Consti-
tuição Federal. Nós temos essa obrigação: se queremos a paz e a 
harmonia, devemos nos curvar à nossa Constituição.”
Nos últimos dias, Bolsonaro e seus apoiadores vinham divul-
gando os protestos de 7 de Setembro como manifestações à favor 
da liberdade de expressão - o tema, no entanto, está praticamente 
ausente nas faixas dos apoiadores de Bolsonaro, que também estão 
prometendo tentar invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal 
(STF), nesta terça.
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/em-ato-em-brasa-
-lia-bolsonaro-faz-discurso-com-ameaa-as-ao-congresso-e-judicia-rio-
-va-deo/520018
Bolsonaristas hostilizam jornalistas e tentam invadir Ministé-
rio da Saúde
A informação foi confirmada pela assessoria da pasta ao Esta-
dão/Broadcast; grupo foi contido por seguranças
Manifestantes bolsonaristas tentaram invadir a sede do Minis-
tério da Saúde em Brasília nesta quarta-feira,8, mas foram contidos 
por seguranças. A assessoria de imprensa da pasta confirmou a in-
formação ao Estadão/Broadcast e ressaltou que jornalistas presen-
tes no local foram hostilizados. A Polícia Militar chegou a ser acio-
nada, mas informou que a confusão já havia sido encerrada quando 
os policiais chegaram.
Pró-governo, o grupo que tentou a invasão está em Brasília 
desde ontem, quando foi às ruas junto ao presidente Jair Bolsonaro 
com pautas antidemocráticas. Bolsonaro chegou a dizer que não vai 
mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supre-
mo Tribunal Federal (STF), e pediu ao Judiciário para “enquadrá-lo”.
ATUALIDADES 
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Ministério da Saúde
O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) publicou no 
Twitter um vídeo do momento da tentativa de invasão à sede do 
Ministério da Saúde.
Nesta terça-feira, 8, alguns manifestantes ameaçaram invadir 
o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais al-
vos dos atos de 7 de Setembro e dos ataques de Bolsonaro em seu 
discurso. Diversas faixas pediam o fechamento da Corte. A Polícia 
Militar, porém, isolou a Praça dos Três Poderes, mantendo o grupo 
longe da sede do Poder Judiciário. Um início de confusão, logo pela 
manhã, foi controlado após os policiais usarem spray de pimenta.
Na noite de segunda-feira, 6, um grupo de apoiadores do presi-
dente chegou a furar o bloqueio de segurança montado pelo gover-
no do Distrito Federal, em Brasília, e conseguiu entrar com carros e 
caminhões na Esplanada dos Ministérios. A circulação de veículos 
no local estava restrita desde esta madrugada como medida pre-
ventiva. Apenas a passagem de pedestres estava permitida.
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaristas-
-tentam-invadir-ministerio-da-saude-e-sao-contidos-por-seguran-
cas,70003834444
Caminhoneiros processam Bolsonaro e apoiadores em R$ 50 
mi pelo 7 de Setembro; há paralisações em 16 cidades
Dividida no apoio ao presidente, a categoria realiza paralisa-
ções nesta quarta-feira, 8. São 16 cidades de 3 estados, conforme 
a Polícia Rodoviária Federal. Representantes descartam greve na-
cional
OConselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CN-
TRC), entidade que reúne associações de caminhoneiros, entrou 
com uma ação civil pública na 20.ª Vara Federal Cível do Distrito 
Federal contra a União, o presidente Jair Bolsonaro e seus apoia-
dores por atos do 7 de Setembro. A investida tem apoio da Frente 
Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas.
Já conforme reportagem da Folha S. Paulo, a categoria, dividida 
no apoio ao presidente, realiza paralisações nesta quarta-feira, 8. 
São 16 cidades de 3 estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Os bloqueios se dão em Santa Catarina: Garuva, Joinville, Ma-
fra, Santa Cecília, Guaramirim e Campos Novos; no Paraná: rodovias 
federais em Paranavaí e em Maringá; e no Espírito Santo, em 8 cida-
des. Porém, a greve nacional é descartada.
Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Lo-
gística - NTC&Logística se manifestou em “total repúdio às parali-
sações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio 
do tráfego em diversas rodovias do País, por influência de supostos 
líderes da categoria”.
Assinado por Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística, 
o documento frisa que se trata de movimento de natureza política 
e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria 
categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos 
Transportadores Autônomos.
“Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá cau-
sar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas 
empresas, com graves consequências para o abastecimento de es-
tabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o 
consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de 
primeira necessidade da população como alimentos, medicamen-
tos, combustíveis etc.”
A nota acrescenta ainda: “Esperamos que as autoridades do 
Governo Federal e dos Governos Estaduais adotem as providências 
indispensáveis para assegurar às empresas de transporte rodoviá-
rio de cargas o pleno exercício do seu direito de ir e vir e de livre 
circulação nas rodovias em todo o território nacional, como pres-
suposto indeclinável para o cumprimento da atividade essencial de 
transporte.”
Entenda o processo 
Sobre o processo, o CNTRC argumenta que a base bolsonarista 
usou a categoria para angariar apoio político aos atos pró-governo 
realizados no feriado. A entidade pede indenização de R$ 50 mi-
lhões por danos patrimoniais, extrapatrimoniais e morais coletivos.
“Apoiadores políticos como cidadãos envolveram a classe dos 
Caminhoneiros na pseudo-paralisação sem qualquer pauta jurídica 
por direitos, como se fossem os responsáveis por atos vistos por 
grande parte do mundo como antidemocráticos. A circunstância 
afeta a imagem da categoria”, informou ao blog o CNTRC.
O conselho se opõe à associação dos caminhoneiros ao discur-
so do presidente, classificado na ação como ‘inconstitucional, anti-
democrático e antieconômico’.
“As condutas do Presidente da República Jair Bolsonaro extra-
polam os limites da ofensa individual e específica, já que o discurso 
proferido consagra afetação à toda a coletividade, transmutando 
em elemento de autoafirmação atentatória à existência do Estado 
Democrático de Direito, com todas as consequências jurídicas de 
responsabilização”, argumenta a entidade.
Sob a liderança do cantor sertanejo e ex-deputado Sérgio Reis 
e do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o ‘Zé Trovão’, 
uma promessa de paralisação das atividades da categoria ganhou 
força nas redes sociais às vésperas do feriado. Pelas mensagens 
postadas, os profissionais cruzariam os braços em 7 de Setembro, 
Dia da Independência do Brasil, em um movimento que engrossaria 
outras manifestações públicas que já estavam programadas a favor 
do governo.
“O assédio moral pelo abuso estratégico do poder econômico 
constrangendo o caminhoneiro celetista a agitar a paralisação para 
manter-se empregado e, quanto ao caminhoneiro autônomo habi-
tual, provoca dificuldade artificial de continuidade do frete caso não 
aceite participar das mobilizações, param as máquinas colheitadei-
ras e tratores dificultando a operação de produção, distribuição e 
transporte”, diz outro trecho da ação. (Com Agência Estado)
Fonte: https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2021/09/08/cami-
nhoneiros-processam-bolsonaro-e-seus-apoiadores-por-atos-no-7-de-
-setembro.html
Presidentes de 12 partidos se reúnem para discutir impeach-
ment de Bolsonaro
Os participantes da reunião repudiam o tom usado por Bolso-
naro nos discursos das manifestações de terça-feira (7)
Em reação aos discursos de Jair Bolsonaro (sem partido) reali-
zados no dia 7 de setembro, dirigentes de doze partidos de centro e 
de esquerda vão se reunir às 19h desta quarta-feira (8) para discutir 
o impeachment do presidente. 
Segundo informações do Estadão, eles também vão discutir 
como mobilizar as bancadas na Câmara, que votam primeiro o im-
pedimento presidencial.
Carlos Lupi, do PDT, e Roberto Freire, do Cidadania, defendem 
o avanço do processo de impeachment. Bruno Araújo, do PSDB, e 
Gilberto Kassab, do PSD, também estimulam discussões sobre o 
afastamento de Bolsonaro.
Nomes como Carlos Siqueira, do PSB, ACM Neto, do DEM, Ba-
leia Rossi, do MDB, Gleisi Hoffmann, do PT, José Luiz Penna, do PV, 
Luciana Santos, do PCdoB, Paulinho da Força, do Solidariedade, e 
Juliano Medeiros, do PSOL, também devem participar. 
Os participantes da reunião repudiam o tom usado por Bolso-
naro nos discursos das manifestações de terça-feira (7) e prometem 
dar uma resposta nesta reunião virtual.
Vale lembrar que o encontro virtual acontece horas depois 
da fala de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que 
ATUALIDADES 
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ignorou a possibilidade de abertura do processo de impeachment 
contra Bolsonaro. 
Lira pede pacificação entre poderes
O discurso em questão foi a respeito dos

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