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ATUALIDADES 1 SETEMBRO Brasil ‘Passaporte da vacina’ entra em vigor em São Paulo obrigató- rio para eventos com mais de 500 pessoas Comprovante de imunização ainda encontra resistência entre bares, restaurantes e lojas de shopping, locais onde é facultativo O “passaporte da vacina”, exigido a partir desta quarta-feira, 1º de setembro, nos eventos com mais de 500 pessoas em São Paulo, encontra resistência entre bares, restaurantes e lojas de shopping, locais onde a adesão ainda é facultativa. No setor de eventos, em- presas correm com adaptações de última hora para atender a me- dida. De acordo com o decreto publicado no sábado, 28, organiza- dores de shows, feiras, congressos e jogos deverão solicitar com- provante de vacinação do cidadão de pelo menos uma dose con- tra covid-19. O documento pode ser físico ou digital (plataformas e-Saúde, VaciVida e ConectSus). A verificação será feita por QR Code pelo aplicativo E-saúde da Prefeitura. A iniciativa procura evi- tar a disseminação da covid-19 na cidade. Vacinação contra a covid em São Paulo A medida obriga o setor de eventos a se adaptar. “Para os even- tos que estão andando, os organizadores devem pedir o compro- vante por e-mail ou na entrada. Aí, teremos a etapa para leitura do QR-Code”, afirma Abraham Gurvitch, diretor de relacionamento com o mercado da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc Brasil) em São Paulo. “Será uma ginástica para atender, mas somos favoráveis a essa ginástica. Nós tínhamos de retomar as ati- vidades após um ano e meio com faturamento praticamente zero”, completa. Um dos primeiros eventos a testar a nova medida é a Abcasa. Fair, evento de decoração de design no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. Realizado desde segunda-feira, a feira exige a apresentação do comprovante da 1ª dose da vacina para a retirada de credencial a partir desta quarta-feira. A apresentação do comprovante de vacinação em bares, res- taurantes e shoppings foi adiada pela Prefeitura de São Paulo por tempo indeterminado. Por enquanto, a adesão é facultativa nestes estabelecimentos. Dirigentes do setor já reclamam e acreditam em baixa adesão quando ela for obrigatória. “O setor está disposto a ajudar, mas esse passaporte pode atra- palhar a atividade e gerar confusão. Não está claro o que fazer com turistas domésticos, pessoas sem celular, turistas internacionais e aqueles que se recusarem a mostrar o comprovante”, argumenta Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP). “Ima- gine como ficaria na porta do estabelecimento com a discussão so- bre entra ou não entra. Um bar é diferente de um evento. Acho que a maioria (dos estabelecimentos) não vai aderir”, afirma o dirigente. Percival afirma que o foco dos bares e restaurantes está na exigência dos comprovantes de vacinação dos funcionários, assim como na manutenção dos procedimentos de prevenção. É o que acontece no Bar Whiplash, nos Jardins. A reabertura será no dia 1º de setembro para aguardar o avanço da vacinação na cidade - to- dos os 15 funcionários já tomaram a primeira dose. “Todos foram proativos para tomar a vacina e voltar a trabalhar. A gente volta de uma maneira mais segura e mais tranquila”, diz Alessandro Cardoni. Representantes das lojas de shopping centers também são con- trários ao passaporte. “Já foi comprovado que as medidas adotadas pelos estabelecimentos são suficientes. Não tem cabimento adotar passaporte nos shoppings”, diz Luis Augusto Ildefonso, diretor insti- tucional da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Os estabelecimentos que não respeitarem a determinação estarão sujeitos às penalidades previstas em decreto de março de 2020, que estabelece multa baseada nos parâmetros da Lei de Ocu- pação e Uso do Solo e até interdição e cassação da licença. Os valo- res dependem do enquadramento da infração e das características do estabelecimento. Em Guarulhos, município da Grande São Paulo, as medidas são ainda mais rigorosas. Restaurantes, bares, cafés, lanchonetes, academias, museus, cinemas, teatros e shows com público sentado são as integram a lista dos estabelecimentos que devem solicitar o passaporte sanitário do frequentador. A prefeitura não determinou um número mínimo de pessoas. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano vai fiscalizar os esta- belecimentos comerciais. Na primeira visita, o local será advertido. Na segunda, caso o local não esteja cumprindo as determinações, a multa será de R$ 1.172,59 e, em caso de reincidência, a multa é dobrada. Caso o local seja pego uma terceira vez descumprindo o decreto, ele poderá ter a licença cassada. Em relação ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a prefei- tura informou que está em diálogo com a concessionária GruAir- port “para que a campanha seja reforçada no local. A concessioná- ria, por sua vez, avisa que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por emitir os protocolos sanitários no Ae- roporto de Guarulhos. Fonte: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,passaporte-da- -vacina-entra-em-vigor-em-sao-paulo-obrigatorio-para-eventos-com- -mais-de-500-pessoas,70003827330 Presidente da Latam descarta fusão com a Azul e diz que rival defende ‘monopólio’ Para Jerome Cadier, a Azul tem ‘pavor de concorrência’ e decla- rações de presidente da rival sobre chance de adquirir a Latam não passam de uma tática de mercado O presidente da aérea Latam Brasil, Jerome Cadier, está otimis- ta com a recuperação do mercado brasileiro. Para o executivo, a retomada da demanda nas rotas domésticas está mais forte do que o esperado, o que contribui para o grupo chileno sair fortalecido do processo de Chapter 11 nos Estados Unidos (equivalente à re- cuperação judicial no País), sem a necessidade de venda de parte das operações. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Cadier afirmou que uma eventual oferta de compra da empresa pela Azul está fora de questão e que a rival tem “pavor de concorrência”. “A Azul defender que é melhor uma empresa monopolista é um absurdo. O que a companhia está querendo (com a oferta pela Latam Brasil) é aumentar tarifa, pois teria menos concorrência. Isso é bom para o acionista da Azul, não para o passageiro”, frisou o executivo. O tema vem ganhando cada vez mais destaque, principalmente diante de declarações incisivas do presidente da Azul, John Rodger- son. Depois de um questionamento durante uma live sobre eventu- al oferta pela Latam Brasil, no último dia 17 de agosto, o executivo afirmou que o setor sempre teve “voos de galinha” e que o País precisa de “empresas fortes”. O presidente da Latam vê as declarações da rival como uma tá- tica de mercado. “A Azul está fazendo isso para dificultar a saída da Latam do Chapter 11, o que levaria a um processo mais complexo e mais caro. A Azul tem pavor de concorrência, e nós estamos saindo do Chapter 11 mais competitivos do que já fomos na história do grupo”, disse o executivo. A Latam, resultado da união da brasileira TAM com a chilena LAN, em 2011, tem exclusividade de negociação com credores até o próximo dia 15 de setembro, mas o grupo ainda pode pedir a pos- tergação dessa data-limite. Com isso, uma eventual proposta da Azul teria de esperar. “Ainda estamos na fase em que credores e potenciais investido- res conheceram o plano e podem enviar suas propostas sobre este ATUALIDADES 2 plano. Nas próximas semanas, antes do dia 15, devemos ir a público e dar detalhes sobre tudo isso. A boa notícia é que existe vontade no mercado de financiar a Latam, nosso plano é viável, se não fosse, ninguém iria querer botar dinheiro na empresa.” Caso não haja prorrogação da exclusividade com a Latam, cre- dores poderão optar por discutir um outro plano e levar para vota- ção em assembleia, o que ocorreria provavelmente entre meados de novembro ou dezembro deste ano. “A Azul levantou o desejo de adquirir a Latam Brasil, mas nós não temosinteresse na separação, seria uma decisão financei- ramente ruim para o grupo”, diz Cadier. Ele acrescenta ainda que eventuais acordos comerciais, como compartilhamentos de voo ou até parcerias com outras empresas, poderiam caminhar paralela- mente ao processo nos EUA. “O que a Azul quer, uma aquisição, não faz sentido para nós. A probabilidade de o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Eco- nômica) aprovar uma fusão desse porte é baixíssima, próxima de zero, pois a nova empresa teria 70% do mercado doméstico”, pon- dera o executivo, acrescentando que o processo de análise de uma eventual aquisição levaria “de um a dois anos” na autarquia. “Não seria possível aprovar o Chapter 11 enquanto não fosse decidido pelo Cade. O que você faz com a companhia nesses 12 meses? Não é um plano factível.” Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,presiden- te-da-latam-descarta-fusao-com-a-azul-e-diz-que-rival-defende-mono- polio,70003827525 SP começa a aplicar terceira dose a partir de segunda e quer imunizar maiores de 60 anos até outubro Vacinação de outros grupos com mais de 60 anos e de imunos- suprimidos começa nas semanas seguintes e se estende até o dia 10 de outubro. Confira o calendário divulgado nesta quarta-feira pelo governo de São Paulo SÃO PAULO - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes nes- ta quarta-feira, 1º, o calendário de vacinação da terceira dose con- tra a covid-19 para idosos e imunossuprimidos. De acordo com o cronograma, o governo estadual começará a imunizar com a dose adicional o público acima de 90 anos na próxima segunda-feira, 6. Já a vacinação de outros grupos com mais de 60 anos e de imunos- suprimidos acima de 18 anos acontece nas semanas seguintes e se estende até o dia 10 de outubro. O governo de São Paulo informou que, ao todo, as terceiras doses serão destinadas a 7,2 milhões de pessoas. A primeira fase da campanha de vacinação, que vai até o dia 10 de outubro, pretende imunizar 1 milhão desse total. Confira abaixo o cronograma apre- sentado nesta quarta: 06 a 12/09: pessoas com mais de 90 anos; 13 a 19/09: pessoas de 85 a 89 anos; 20 a 26/09: pessoas de 80 a 84 anos e imunossuprimidos com mais de 18 anos; 27/09 a 03/10: pessoas de 70 a 79 anos; 04 a 10/10: pessoas de 60 a 69 anos. A vacinação com a terceira dose, de acordo com o governo es- tadual, foi planejada para atender grupos acima de 60 anos que já tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses. Ainda assim, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, explicou que podem ser feitos acertos no calendário, a depender das demandas dos municípios. Segundo ela, se maiores de 60 anos completarem seis meses de vacinação somente após o dia 10 de outubro, “não há problema nenhum”. “É sempre um processo contínuo, dinâmico”, explicou a coordenadora do PEI. Para imunossuprimidos, o critério é outro. “Diferentemente da população de 60 anos ou mais, para esse pú- blico, nós vamos trabalhar com eles tendo completado o esquema vacinal, das duas doses ou da dose única, há pelo menos 28 dias”, acrescentou Regiane. Ainda durante a coletiva, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, e outros especialistas da área médica, como o infecto- logista do Hospital Emílio Ribas Sérgio Cimerman, defenderam a im- portância de utilizar a Coronavac também na vacinação da terceira dose, principalmente para acelerar o processo de vacinação. “Nós não podemos deixar nenhuma vacina (de) fora, nós precisamos que todas estejam e sejam incluídas no nosso Programa Nacional de Imunização”, enfatizou Gorinchteyn, reforçando que novas varian- tes já estão no País. Já o coordenador do Comitê Científico do governo estadual, João Gabbardo, citou a nota técnica 27/2021, do Ministério da Saú- de, que apontou “amplificação da resposta imune” após utilização da terceira dose da Coronavac, para defender que a vacina seja ad- ministrada como dose adicional. Isso permitiria, segundo ele, an- tecipar a segunda dose da Pfizer em faixas mais jovens e incluir o grupo de trabalhadores da área da saúde no calendário da terceira dose. Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação no País da terceira dose da vacina a partir de 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossupri- midos. Conforme a pasta, a imunização deverá ser feita preferen- cialmente com uma dose da Pfizer ou, de modo alternativo, com a vacina da Janssen ou da AstraZeneca. Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, ao descredenciar a Coronavac como terceira dose mesmo após os resultados da nota 27/2021, o ministério tem um posicionamento que pode ser considerado “até mais político” do que técnico. Nota do Ministério da Saúde Em nota publicada pouco após a coletiva realizada pelo gover- no de São Paulo nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que “não garantirá doses para os Estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes do que foi definido por representan- tes da União, Estados e municípios” no PNO (Plano Nacional de Operacionalização) da vacinação contra a covid-19. Segundo a pasta, decisões sobre aplicação de doses adicionais para idosos e imunossuprimidos, redução de intervalo entre doses, vacinação de gestantes e adolescentes, entre outras, são baseadas em evidências científicas e ampla discussão entre especialistas. Além de análise de cenário epidemiológico, população-alvo, dispo- nibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “As alterações nas recomendações do PNO podem influenciar na segurança e eficácia das vacinas na população e podem, ainda, acarretar na falta de doses para completar o esquema vacinal na população brasileira”, acrescentou o Ministério da Saúde. Avanço da variante Delta A prefeitura de Piracicaba informou na segunda-feira, 30, que a cidade registrou a primeira morte em São Paulo causada pela va- riante Delta do novo coronavírus. O caso foi reportado à Secretaria de Estado da Saúde, que informou ao Estadão estar investigando os detalhes. Classificada como variante de preocupação pela Organiza- ção Mundial da Saúde (OMS), a Delta é considerada mais transmis- sível do que outras cepas. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo tem 757 casos confirmados da Delta. Ao todo, além de ao menos 67 vítimas da cepa, o Brasil já tem 2,6 mil casos confirmados da variante — um aumento de 86% em relação ao número de terça passada (1,4 mil). ATUALIDADES 3 Vacinação no Estado de São Paulo Dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa apon- tam que, proporcionalmente, São Paulo é o Estado que mais vaci- nou com a primeira dose, com 72,37% dos habitantes parcialmente imunizados. Enquanto isso, 37,18% da população do Estado rece- beu duas doses ou dose única de vacinas anticovid. Com o avanço nos índices, a partir desta quarta-feira, a capital paulista passou a exigir o “passaporte da vacina” em eventos com mais de 500 pessoas. No setor de eventos, empresas correm com adaptações de última hora para atender a medida. Fonte: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,governo-de-sp- -anuncia-medidas-de-combate-a-pandemia-acompanhe-coletiva-ao- -vivo,70003828021 ‘Se quer paz, se prepare para a guerra’, diz Bolsonaro em evento militar Em homenagem a atletas olímpicos, presidente citou arma- mento e ironizou ‘flores’ na ‘guerra’ RIO – A seis dias do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em cerimônia da Marinha, que “com flores não se ganha guerra”. Ele esteve na zona norte do Rio para uma homenagem a atletas militares que conquistaram medalha nas Olimpíadas de Tó- quio. “Com flores não se ganha guerra. Se você fala de armamento... Se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse, após mandar o boxeador Hebert Conceição, medalhista de ouro, “enfiar a porrada”. Bolsonaro tem intensificadoa convocação de participantes e a retórica armamentista radicalizada de olho nas manifestações da semana que vem. No início da semana, por exemplo, recomendou que a população comprasse fuzis em vez de feijão. O presidente deve acompanhar presencialmente os atos de Brasília e São Paulo. Um dos principais motes da mobilização é o ataque ao Judiciário, com foco no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Elei- toral. Cinco atletas foram agraciados, nesta manhã, com a Medalha Mérito Desportivo Militar, criada em 2006. Estiveram no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, na zona norte da cida- de, os medalhistas de ouro Ana Marcela, da maratona aquática, e Hebert Conceição, do boxe, a de prata, Beatriz Ferreira, do boxe, e os de bronze Daniel Cargnin, do judô, e Abner Ferreira, do boxe. Escolhido por Bolsonaro, Conceição recebeu ainda uma outra medalha das mãos do presidente. Ela continha os dizeres “Clube Bolsonaro: imorrível, imbrochável e incomível”. O atleta se disse honrado por receber a honraria das Forças Armadas. “Poder ser re- conhecido nessa cerimônia pela nossa entidade maior é uma honra imensa”, afirmou o boxeador. Já quando foi perguntado sobre ter sido citado por Bolsona- ro para falar de guerra e armamento, o atleta disse que respeita a opinião do presidente, mas que não tem acompanhado o noticiário político para opinar. No breve discurso proferido no Rio, o presidente evocou ain- da a pandemia: vangloriou-se de nunca ter deixado de ir às ruas “para saber o que o povo sentia”. Apontou ainda a criação do auxílio emergencial, mas sem citar que o valor inicial sugerido pelo gover- no, de R$ 200, foi triplicado pelo Congresso. Acompanharam o evento os ministros Walter Braga Netto, da Defesa, Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência Social, João Roma, da Cidadania, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,se-quer-paz-se- -prepare-para-a-guerra-diz-bolsonaro-em-evento-militar,70003828106 Câmara aprova texto-base da reforma do ir com apoio da opo- sição Com apoio dos partidos de oposição, a Câmara dos Deputa- dos, aprovou por 398 a 77, do texto-base da reforma que altera o Imposto de Renda para pessoas físicas, empresas e investimentos. Para conseguir o aval dos deputados, o texto foi modificado para deixar de fora a restrição do acesso à declaração simplificada. Os deputados ainda vão analisar nesta quinta-feira, 2, 26 destaques de alteração do texto-base. Depois, a reforma segue para o Senado. Os contribuintes que optam pela declaração simplificada po- dem abater 20% do imposto sobre a soma dos rendimentos tribu- tados. No projeto inicial, enviado pelo governo, só os contribuintes com renda anual de R$ 40 mil (pouco mais de R$ 3 mil por mês) poderiam aderir à modalidade. Com o acordo, esse limite caiu. Mudanças para empresas O relator fez mudanças na redução da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que prevê uma redução de 15% para 8% da alíquota-base do IRPJ (portanto, de sete pontos porcen- tuais). A alíquota adicional fica mantida em 10%. Dessa forma, a alíquota do IRPJ cairá dos atuais 25% para 18%. O texto aprovado ainda prevê uma redução adicional da carga tributária das empresas por meio da diminuição das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em até um ponto percentual. Mas essa queda está condicionada à revogação de be- nefícios fiscais do PIS/PASEP e da COFINS destinados a setores espe- cíficos. Com esses cortes, a carga tributária cobrada das empresas deve cair dos atuais 34% para 26% (sete pontos porcentuais do IR e um ponto porcentual da CSLL). Lucros e dividendos Mantida a taxação sobre a distribuição de lucros e dividendos como estava no parecer, em 20%. Atualmente, não é cobrado im- posto sobre esse tipo de remuneração a acionistas. Há um destaque ao parecer para aprovação de uma alíquota menor, de 15%. Ficam isentos da cobrança os lucros e dividendos distribuídos por empre- sas que estão no Simples Nacional e por empresas optantes do regi- me de lucro presumido que faturam até R$ 4,8 milhões. Dividendos até R$ 20 mil distribuídos por pequenos negócios e os distribuídos entre integrantes do mesmo grupo econômico também permane- cem isentos de cobrança. Inicialmente o texto do relator havia encerrado a desoneração de embarcações, aeronaves e suas partes e peças, no texto aprova- do o benefício fiscal permanece em vigor. Fonte: https://amb.org.br/brasilia-urgente/camara-aprova-texto-base- -da-reforma-do-ir-com-apoio-da-oposicao/ Adesão ao ‘bolsonarismo radical’ cresce nas PMs, diz pesquisa Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apoio a teses extremistas aumentou 29% e crescimento foi maior entre oficiais do que entre praças Às vésperas das manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro, pesquisa feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que a adesão às teses mais extremis- tas do bolsonarismo aumentou 29% nas Polícias Militares, compa- rando o comportamento dos policiais em redes sociais neste ano com o que foi observado em 2020. A pesquisa constatou que o cres- cimento foi maior entre oficiais do que entre os praças. Há uma semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou o coronel Aleksander Lacerda do comando no interior do Estado após o oficial chamá-lo de “cepa indiana” e ofender minis- tros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros políticos, além de convocar publicamente os amigos para os atos do Dia da Indepen- dência. Tudo por meio de sua conta no Facebook. ATUALIDADES 4 Para se ter uma ideia do tamanho do fenômeno detectado pela pesquisa, basta comparar os números envolvendo a PM com os da população em geral. Ao todo, 27% dos PMs do País interagiram em redes sociais em 2021, compartilhando, comentando ou curtindo publicações de páginas do que a pesquisa chama de “bolsonarismo radical”, que pertencem a grupos ou pessoas declaradamente fãs ou militantes do presidente – e que atuam “independentemente do jogo político ou das instituições”. Na população em geral esse número ficou em 17%. “Não esta- mos falando de manifestações cívicas, mas da defesa da prisão de ministros do Supremo, do fechamento do Congresso e de outras pautas ilegais”, disse ao Estadão o sociólogo e diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima. Os dados da pesquisa foram coletados com base em informa- ções de profissionais das polícias no Portal da Transparência do go- verno federal e dos Estados. Depois, os pesquisadores seleciona- ram uma amostra desses profissionais que fosse representativa dos efetivos das corporações e analisaram 651 usuários no Facebook e Instagram com cargos em instituições policiais. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3%. O levantamento mostra também que a influência bolsonarista está concentrada nas corporações militares. É relativamente baixa a adesão aos ambientes de apoio ao presidente da República na Polí- cia Civil (13% em 2021 ante 9% em 2020) e na Polícia Federal – 17% neste ano em comparação aos 13% em 2020. Por outro lado, a pesquisa constatou que 23% do oficialato da PM participou de ambientes radicalizados do bolsonarismo em 2021. Esse número era de 17% em 2020 – um crescimento de 35%. Outros 21% dos oficiais interagiram com páginas consideradas de “políticos de direita, que estão dentro da institucionalidade do jogo político partidário”. É o que a pesquisa descreve como “bolsonaris- mo orgânico”. Somando-se os dois tipos – extremados e orgânicos –, 44% dos oficiais da ativa interagiram com ambientes bolsonaris- tas. Entre os praças – soldados a subtenentes – a presença em ambientes radicais do bolsonarismo saltou de 25% para 30% e, no chamado bolsonarismo orgânico, esse número passou de 16% para 21%, ante o registrado em 2020. Pelos dados atualizados, portanto, na base das corporações 51% dos praças demonstram apreço às teses bolsonaristase 49% não interagem com o movimento. ‘Minoria barulhenta’. “Levando em consideração oficiais e pra- ças, a maioria – 52% – não está interagindo. Mas a minoria baru- lhenta tenta cooptar o restante. Isso é reflexo do crescimento de 29% da presença de PMs nesses ambientes radicais. É preciso aler- tar para os riscos, pois há políticos que exploram sem pudor essa fissura que se abre em busca de palanque para reeleição”, afirmou Lima. Para o diretor do Fórum, é preciso ter em conta que a interação de policiais militares com ambientes radicalizados do bolsonarismo se insere no contexto das manifestações do dia 7, nas quais parte do bolsonarismo quer defender o impeachment de ministros do Su- premo, o fechamento do Congresso e a instalação de uma ditadura. Para tanto, esperam a presença maciça de militares da ativa e da reserva nos comícios que serão feitos pelo presidente São Paulo e em Brasília. Divisão. A exemplo do que foi mostrado pela pesquisa, a Polícia Militar de São Paulo está dividida. A bancada de deputados estadu- ais e federais eleita em 2018 busca convocar os policiais da reserva e da ativa para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Mas o en- tendimento da maioria dos coronéis da corporação e do Ministério Público é de que a presença de policiais na manifestação de caráter político-partidário não é permitida pelo regulamento disciplinar. Organizadores da manifestação creditaram a presença de PMs na Avenida Paulista – ainda que desarmados e sem farda – a uma espécie de repúdio ao afastamento do coronel Aleksander. O pro- blema é que a decisão de afastar o coronel foi assinada pelo coman- dante-geral, coronel Fernando Alencar, o que agravaria ainda mais a transgressão disciplinar dos que se dirigirem à manifestação. Os que defendem a ida ao ato alegam que os PMs têm direito à liber- dade de expressão garantida pela Constituição. “Querem ter o bônus de ser militar e o de ser civil ao mesmo tempo”, disse Lima. Uma crítica destacada por ele e por outros es- pecialistas ouvidos pela reportagem, os policiais que adotam teses bolsonaristas querem ser tratados como militares diante da Refor- ma da Previdência, mas desejam ser civis quando devem obedecer ao disposto pelo regulamento disciplinar. Na tarde de desta quarta-feira, 1º, o tenente-coronel da reser- va Paulo Ribeiro, de 58 anos, que trabalhou na Corregedoria da PM, gravou um vídeo alertando aos policiais que a presença no ato pode configurar não só transgressão disciplinar, mas também crime mili- tar. Ribeiro disse ao Estadão que a convocação de PMs da ativa para o dia 7 de Setembro “esbarra em dois pontos: o aspecto legal e a capacidade de entendimento dos nossos policiais militares”. Para ele, “o bolsonarismo na PM é um leão desdentado e sem garras”. “Faz muito barulho sem a menor possibilidade de causar danos.” Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,adesao-ao-bolso- narismo-radical-cresce-nas-pms-diz-pesquisa,70003828756 Em Tóquio, atletismo e natação mantêm tradição e garantem 41 pódios para o Brasil na Paralimpíada Até o nono dia dos Jogos, os dois esportes juntos renderam 283 medalhas aos atletas brasileiros na história da competição e disputam palmo a palmo as conquistas nas edições Atletismo e natação são as duas modalidades que mais levaram brasileiros ao pódio em Jogos Paralímpicos. Das 353 medalhas to- tais que o Brasil já conquistou em sua história, incluindo os primei- ros nove dias dos Jogos de Tóquio, as pistas e os campos renderam 159 medalhas aos brasileiros, enquanto as piscinas foram respon- sáveis por 124 honrarias conquistadas até o momento. A disputa no Japão acaba no domingo, dia 5. Apesar de o atletismo levar vantagem na quantidade de meda- lhas obtidas no total, historicamente as duas modalidades travam uma saudável rivalidade para saber qual dos dois esportes é o cam- peão de pódios em uma única edição dos Jogos. Ambas demonstram um poderio esportivo no movimento pa- ralímpico brasileiro desde a década de 80, quando as competições não eram jogadas nas mesmas sedes dos Jogos Olímpicos. Na quar- ta participação do Brasil em uma Paralimpíada, os atletas brasileiros voltaram de Nova York (Estados Unidos) e Stoke Mandeville (Ingla- terra), com 28 medalhas, todas conquistadas no atletismo (21, sen- do seis de ouro) e na natação (sete medalhas). A partir desta edição surgiram os primeiros brasileiros conside- rados potências paralímpicas, principalmente no atletismo brasilei- ro. Os resultados de Luiz Cláudio Pereira, Márcia Malsar, Miracema Ferraz e Amintas Piedade nas edições dos Jogos de Nova York/Stoke Mandeville e em Seul, quatro anos depois, ajudaram a modalidade a ser a mais premiada na época. Na Coreia do Sul, o Brasil conquis- tou 15 medalhas no atletismo (3 ouros, 8 pratas e 4 bronzes). Pela natação, subiu ao pódio nove vezes, uma no lugar mais alto apenas. Nos Jogos Paralímpicos da década de 90, o rendimento das duas modalidades ficou mais equilibrado, embora o atletismo já contasse com a presença da velocista Ádria Santos, que conquistou 13 medalhas ao todo na carreira. Nos Jogos de 1992, em Barcelo- na, o Brasil conquistou quatro medalhas no atletismo (3 ouros) e a natação apenas três honrarias, nenhuma dourada. Os Jogos na Espanha também marcaram a despedida de Luiz Cláudio Pereira. Em três edições, o atleta ganhou seis medalhas de ouro e nove de ATUALIDADES 5 prata. O Brasil já começava a despontar como uma das grandes na- ções da competição. CPI da Covid expõe ligação de lobistas a Flávio e Renan Bol- sonaro Marconny Albernaz, que deveria prestar depoimento nesta quinta, ajudou filho ‘04’ a abrir empresa; ‘01’ foi procurado para indicar ao governo intermediário na venda de vacinas BRASÍLIA – Documentos da CPI da Covid no Senado mostram um cerco de lobistas aos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Uma troca de conversa pelo WhatsApp em poder da comissão mostra que Jair Renan, o filho “04” do presidente, recorreu a ajuda de um lobista para abrir sua empresa privada em Brasília. Um outro docu- mento, ao qual o Estadão teve acesso, mostra outro lobista pedin- do ajuda ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho “01”, para conseguir uma agenda no Ministério da Saúde envolvendo compra de vacinas. As mensagens que envolvem Jair Renan foram apreendidas pelo Ministério Público Federal do Pará no celular do lobista Mar- conny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria e repassadas à CPI. O conte- údo do aparelho cita também Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do Bolsonaro e mãe de Jair Renana, e a advogada Karina Kufa, que defende Bolsonaro. As conversas do lobista com Jair Renan foram reveladas pelo jornal O Globo no dia 15 de agosto e confirmadas pelo Estadão. A troca de mensagens, de setembro do ano passado, revelam que Jair Renan recorreu a um lobista para abrir uma produtora de eventos em Brasília, em vez de procurar os caminhos oficiais. “Bora resolver as questões dos seus contratos!! Se preocupe com isso. Como te falei, eu e o William estamos à sua disposição para te ajudar”, escreve Faria ao filho do presidente, citando o advogado William de Araújo Falcomer dos Santos. Jair Renan responde, e cita seu sócio na empresa, Allan Lucena. “Show irmão. Eu vou organizar com Allan a gente se encontrar e organizar tudo”, escreveu. O filho do presidente volta a falar horas mais tarde. Ele escreve que é preciso registrar a marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e abrir um registro de microempreendedor indivi- dual (MEI). Faria, então, sugere a Jair Renan Bolsonaro uma reunião para “dizer o que está precisando”. “Bora marcar na segunda”, afir- ma. O filho do presidente responde com uma expressão usada pelo pai. “Talkey”. As mensagens não deixam claro se o encontro ocorreu e qual foi a ajuda que Faria teria dado ao filho do presidente. As conversas apreendidas no celular do lobista constam de um relatório com milhares de páginas, entregue à CPI. Com Ana Cristina Siqueira Valle,ex-mulher do Bolsonaro, Faria tratou de indicações em órgãos públicos. Segundo as mensagens, reveladas pelo O Glo- bo, o lobista pediu que Ana Cristina atuasse junto a Jorge Oliveira, então ministro de Bolsonaro e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), para que o defensor público Leonardo Cardoso fos- se nomeado como chefe da Defensoria Pública da União (DPU). Car- doso acabou preterido. O escolhido para o cargo foi Daniel Macedo. Faria é alvo da CPI sob suspeita de ter operado em nome da Precisa Medicamentos no Ministério da Saúde e, segundo o vice- -presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), seria “o senhor de todos os lobbies” na pasta. A Precisa Medicamentos intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde. O acordo de R$ 1,6 bilhão foi fechado em 25 de fevereiro e teve o cancelamento oficializado em 26 de agosto, após indícios de irre- gularidades. O telefone de Marconny Faria foi apreendido em uma inves- tigação do Ministério Público Federal, no Pará, no ano passado. Ao se depararem com mensagens que citavam a empresa Precisa Medicamentos, investigada pela CPI, a Procuradoria da República compartilhou o conteúdo com os senadores. A investigação no Pará apura se Faria cobrou propina para in- fluenciar a nomeação do diretor do Instituto Evandro Chagas, ór- gão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Faria tinha depoimento marcado na CPI nesta quinta-feira, 2, mas não compareceu. A comissão já tinha revelado outra troca de mensagens no apa- relho do lobista que citava a advogada Karina Kufa. A CPI já aprovou requerimento para ouvi-la, mas ainda não marcou a data do depoi- mento. Uma conversa entre o lobista e o empresário José Ricardo San- tana, já ouvido pela CPI e amigo do ex-diretor de Logística do Sena- do Roberto Ferreira Dias, registrou um jantar na casa de Karina Kufa em 23 de maio do ano passado. Segundo a comissão, José Ricardo Santana escreveu ao lobista. “Marconny, foi um prazer te conhecer hoje na casa da Karina. Aliás, ela me passou seu telefone. Obrigado pelo bate-papo agradável. Se eu puder te ajudar em algo, conte co- migo. Boa noite”. À CPI, Santana disse que conhece Karina Kufa e tem “espora- dicamente alguns encontros sociais com ela”. O empresário, no en- tanto, afirmou não lembrar quem o apresentou a Faria. José Ricardo Santana teria atuado para destravar a compra de milhares de kits de reagentes para exame de covid-19. A venda, que seria feita pela Precisa ao Ministério da Saúde, não foi adiante. Flávio Bolsonaro A CPI também descobriu o cerco de um lobista ao senador Flá- vio Bolsonaro (Patriota-RJ). Nesse caso, o objetivo era o de abrir as portas e os cofres do Ministério da Saúde. Em junho, uma funcionária do filho do presidente encaminhou à cúpula do ministério pedido de um suposto vendedor, que tenta- va garantir ao governo uma “negociação prioritária” e a “reserva” de lotes da Vaxxinity. Trata-se de uma nova vacina contra o corona- vírus de origem privada, dos Estados Unidos, com pesquisas ainda em fase de desenvolvimento. E-mail Flávio Bolsonaro O e-mail de Stelnio Rosi enviado a Flávio Bolsonaro e encami- nhado pelo gabinete do senador ao Ministério da Saúde Foto: Es- tadão O imunizante UB-612, da Vaxxinity, já foi negociado com o Pa- raguai, na quantia de 1 milhão de doses, e recebeu autorização de uso emergencial em Taiwan. Flávio estava numa viagem aos EUA para tratar da tecnologia 5G quando recebeu a mensagem em seu e-mail oficial do Senado. Em 9 de junho, o publicitário Stelvio Bruni Rosi se apresentou dizendo que teria encontrado o senador numa “festa” em Washington. Afirmou que ambos teriam conversado so- bre a Vaxxinity, antes batizada como Covaxx. Rosi pediu, então, que o senador aceitasse uma reunião com representantes da empresa na capital americana para falar sobre as vacinas contra covid-19. “Oportunidade para o governo obter a preferência para solicitar a reserva de lote de vacinas estabelecen- do negociação prioritária com a Vaxxinity”, ofereceu o publicitário na mensagem. No dia seguinte, 10 de junho, uma funcionária do gabinete de Flávio encaminhou o pedido ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz. Na mensagem, ela afirmou ter ordem do senador para repassar o assunto. “De ordem do senador Flávio Bol- sonaro, retransmito a V. Sa. a mensagem (a) seguir, tendo em vista eventual interesse desse ministério em realizar contato e obter in- formações”, diz o texto, ao qual o Estadão teve acesso. Flávio confirma ter encaminhado o pedido de Rosi ao minis- tério, mas nega ter se encontrado com qualquer representante da ATUALIDADES 6 Vaxxinity. “O senador Flávio Bolsonaro não se reuniu com repre- sentantes da Vaxxinity nos Estados Unidos ou no Brasil e nem fez intermediação entre a fabricante e o Ministério da Saúde. Apenas recebeu e-mail de um advogado que representava a empresa e, como a compra de vacinas é de responsabilidade do ministério, respondeu que o advogado deveria procurar a pasta para obter informações”, diz a nota divulgada pela equipe do senador, numa referência a Rosi, que havia enviado e-mail para ele com endereço de um escritório de advocacia no Rio. “O parlamentar não fez nada além de encaminhar a mensagem para o foro correto.” Não há registros públicos, nas agendas do Ministério da Saúde, de que tenha havido alguma reunião com a Vaxxinity após o e-mail encaminhado pelo filho do presidente. Em nota, a pasta disse que mantém diálogo com laboratórios que têm registro de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da vacina no País. “No entanto, cabe esclarecer que o secretário execu- tivo do Ministério, Rodrigo Cruz, não conhece ou esteve em reunião com Stelvio Rosi”, diz a pasta. Um dos focos da CPI da Covid é saber se Flávio intermediou contatos de vendedores de vacina com o governo. As suspeitas sur- giram após a revista Veja revelar, em junho, que o filho do presi- dente levou o empresário Francisco Maximiano, da Precisa Medica- mentos – investigada por denúncia de fraude em contrato da vacina Coxavin –, a uma reunião no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A audiência foi registrada na agenda do presidente do banco, Gustavo Montezano. Flávio negou relações comerciais ou financeiras com o empresário, conhecido como Max, mas admitiu ter “amigos em comum”. Em nota, a defesa de Karina Kufa disse sua convocação na CPI é uma tentativa de “constranger” um advogado. “Toda a menção que tem sido feita a ela vem acompanhada da qualificação ‘advogada do Presidente’. O requerimento de convocação da Dra Karina crimina- liza o próprio exercício da advocacia”, disse. Procurado por meio de seu advogado, Jair Renan não se manifestou. Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cpi-da-covid-ex- poe-ligacao-de-lobistas-a-flavio-e-renan-bolsonaro,70003829335 Museu Nacional lança campanha de doação e prevê abertura de área externa em 2022 Diretor do museu reforça importância de contribuições e par- cerias nacionais e internacionais para que espaço possa reabrir com acervos históricos Três anos após o incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a direção da instituição e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram uma coletiva virtual nesta quinta-feira (2) para anunciar um pacote com novidades, prazos, ações e financiamentos para a reconstrução do local. Foi lançada oficialmente campanha para recomposição do acervo e uma Declaração de Compromisso para a Recomposição das Coleções do Museu Nacional. O custo estimado para a recuperação é de R$ 380 milhões e a reabertura total da instituição está prevista, por enquanto, para 2026. Até o momento, no entanto, a verba para revitalização do local ainda não foi atingida. Faltam cerca de R$ 150 milhões para se chegar ao valor pretendido. Segundo o diretor do Museu Nacional,Alexander Kellner, é ex- tremamente importante que haja iniciativas em prol da recomposi- ção do acervo que, segundo ele, é a razão de ser do museu. Temos total consciência de que não teremos sucesso sem a in- tensa colaboração nacional e internacional. Precisamos de exem- plares de animais e plantas, de fósseis e minerais, objetos etnográ- ficos, históricos, arqueológicos e tantos outros” Kellner disse ainda que as exposições permanentes ficarão em espaço de 5,5 mil m² e serão necessárias 10 mil peças que vão ser apresentadas ao longo de quatro circuitos expositivos. A gestão do museu também informou que, para marcar a ce- lebração do Bicentenário da Independência, o Jardim das Princesas (na área externa do palácio) e ao menos parte da fachada e do te- lhado do bloco 1 serão abertos ao público em setembro de 2022. Algumas doações já foram anunciadas, como a coleção etno- gráfica africana do pesquisador Wilson Savino, a doação do diplo- mata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore, que doou 27 peças Greco-Romanas do Indígena Tonico Benites com Coleção Et- nográfica Indígena, do músico Nando Reis, que doou Coleção de Moluscos, dentre outras diversas doações de objetos de diferentes culturas. A ideia, segundo Kellner, é recompor os quatro circuitos expositivos do Museu Nacional/UFRJ: Histórico (1.000 peças), Uni- verso e Vida (4.500 peças), Diversidade Cultural (2.500 peças) e Am- bientes Brasileiros (2.000 peças). Do acervo original, a maior parte das peças que resistiram fazia parte da coleção de meteorítica. Entre elas, o meteorito do Bende- gó, o maior já encontrado no Brasil, com 5,3 toneladas e localizado no sertão da Bahia em 1784. O Museu Nacional é considerado o maior museu de história natural da América Latina. O local tinha um acervo de 20 milhões de itens, como fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros. Em 2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu grande parte do acervo, que con- tava com peças nacionais e internacionais. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/museu-nacional-lanca- -campanha-de-doacao-e-preve-abertura-de-area-externa-em-2022/ IBGE fará teste para o Censo Demográfico 2022 na Ilha de Pa- quetá Ilha no Rio foi escolhida para o teste, a partir de segunda-feira, porque mais de 85% da população local já recebeu as duas doses da vacina contra a covid RIO - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) con- duzirá a partir de segunda-feira, 6, um teste preparatório para o Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Os recenseadores entrevistarão os moradores dos quase 1.300 domicílios da ilha entre os dias 6 e 24 de setembro, informou o ór- gão em nota. O objetivo é avaliar os aplicativos e os sistemas desen- volvidos para o levantamento censitário, além das três modalidades de coleta de dados: presencial, pela internet e por telefone. Segundo o IBGE, a Ilha de Paquetá foi escolhida para o teste porque mais de 85% da população local já recebeu as duas doses da vacina contra o coronavírus. O órgão afirma que os recenseadores farão as entrevistas domiciliares “seguindo todos os protocolos de saúde, incluindo uso de máscara e protetor facial”. “Os moradores visitados poderão confirmar a identidade dos recenseadores do IBGE pelo site respondendo.ibge.gov.br ou pelo telefone 0800-721-8181, das 8 às 20 horas, todos os dias. O sigilo das informações prestadas ao IBGE é garantido por lei”, ressalta a nota. Na última terça-feira, 31, o IBGE alertou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2022 apresentado pelo governo federal ao Congresso Nacional não traz os recursos necessários para a rea- lização do Censo Demográfico em 2022. Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o go- verno federal tem obrigação de realizar o Censo. Desde então, o IBGE alerta para a necessidade de recomposição do orçamento tan- to para as etapas preparatórias ainda em 2021 quanto para a verba necessária para a operação de coleta em 2022. ATUALIDADES 7 O IBGE informou que elaborou no primeiro semestre deste ano a proposta orçamentária de aproximadamente R$ 2,293 bilhões para a realização do Censo Demográfico em junho de 2022. No en- tanto, o valor destinado no PLOA 2022 ficou em R$ 2 bilhões. “Ao IBGE caberá atuar junto ao Congresso Nacional, num tra- balho de mobilização e convencimento sobre os interesses públicos relacionados ao Censo Demográfico, para que a União assegure o que foi determinado pelo STF, qual seja, as condições necessárias e suficientes para a realização do Censo Demográfico em 2022 (cris- talizadas no valor de R$ 2.292.907.087,00)”, escreveu o órgão em nota divulgada na terça-feira. Na nota, o IBGE lembra ainda que a decisão do STF determinou que o poder executivo, em articulação direta com o Congresso Na- cional, assegurasse “os créditos orçamentários suficientes” para a realização do Censo. Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,ibge-fara-tes- te-para-o-censo-demografico-2022-na-ilha-de-paqueta,70003829501 MP quer proibição expressa de PMs em atos do 7 de Setem- bro em Brasília e mais 6 Estados O Ministério Público do Distrito Federal recomendou que Po- lícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública distritais proíbam expressamente a participação de militares da ativa nos protestos a favor do governo Bolsonaro O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) recomendou nesta quinta-feira, 2, que a Polícia Militar e a Secretaria de Segu- rança Pública distritais proíbam expressamente a participação de militares da ativa nos protestos a favor do governo convocados para o 7 de Setembro. A regra deve valer também para os atos contrários ao presidente Jair Bolsonaro. Além do DF, em ao menos mais seis Estados os Ministérios Pú- blicos tomaram providências para inibir a participação de PMs (Ce- ará, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso e Santa Catari- na). Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira, o presidente criticou o veto aos policiais. “Isso é ditadura. Não pode acontecer isso aqui. É um crime o que os caras estão fazendo. Que- rem esvaziar o movimento. E um policial militar à paisana, de folga, está ajudando na segurança passiva do evento”, afirmou Bolsonaro. Na última semana, a PM do DF informou ao Estadão, em nota, que militares da ativa são cidadãos e podem exercer cidadania nos protestos, “desde que não representem a instituição”. O Ministério Público entende que, mesmo à paisana, a adesão de homens da ativa aos protestos é ilegal. A recomendação das Promotorias de Justiça Militar, do MPDFT, pede ainda a suspensão de qualquer tipo de dispensa de policiais entre os dias 6 e 8 e a colocação do efetivo em condições de pronto emprego. O governo do Distrito Federal informou ao Ministério Público que não identificou manifestações de policiais da ativa sendo pre- paradas. O órgão ministerial havia solicitado relatórios de inteligên- cia que apontassem a movimentação. Questionados pela reporta- gem sobre adoção dos termos da recomendação, o comando da PM e a secretaria de segurança não se manifestaram. Ativismo policial Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou o coronel Aleksander Lacerda do comando de ba- talhões no interior do Estado após o oficial chamá-lo de “cepa in- diana”, ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e con- vocar publicamente colegas para os atos do dia 7. O afastamento foi definido após o Estadão revelar os posicionamentos de Lacerda. Em orientação aos PMs de São Paulo, advogados da associação de oficiais afirmam que manifestações cívicas não seriam restritas a militares, desde que de folga e desarmados. “Entretanto, em caso de comparecimento de policial militar de folga em uma manifes- tação, este deverá ter o caráter cívico, para não recair sobre ele a acusação de ter participado de uma manifestação decunho politi- co-partidário, diz o texto do Departamento Jurídico da associação publicado nesta quinta, 2. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que a adesão às teses mais extremistas do bolsonarismo aumentou 29% nas Polícias Militares, comparando o comportamento dos poli- ciais em redes sociais neste ano com o observado em 2020. Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mp-quer-proibi- cao-expressa-de-pms-em-atos-do-7-de-setembro-em-brasilia-e-mais- -6-estados,70003830432 Capitais registram atos pró e contra o governo no 7 de Setem- bro São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Goi- ânia reuniram milhares de pessoas nas ruas no feriado da Indepen- dência Diversas capitais brasileiras registraram manifestações favorá- veis e contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nesta ter- ça-feira (7), feriado da Independência do Brasil. Até o momento, as manifestações prosseguem de forma pacífica, sem o registro de ocorrências nas principais capitais. São Paulo e Brasília tiveram a participação de Bolsonaro nos atos pró-governo. Pela manhã, o presidente participou do ato programado em Brasília. Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que quem age fora da Constituição Federal deve ser “enquadrado” ou “pedir para sair”. Veja como foram as manifestações em cada capital: Goiânia (GO) Em Goiânia, os protestos pró-Bolsonaro se reuniram no Autó- dromo Internacional. Os participantes saíram em carreata e percor- reram cerca de 20 quilômetros pela capital. A reunião inicial se deu por volta das 9h em frente ao autódromo, que fica na rodovia GO- 120, e de lá saíram pela rodovia. A expectativa é que o protesto termine próximo ao Aeroporto santa Genoveva. A Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Mobili- dade acompanham os manifestantes, monitoram o trânsito e fazem a segurança da cidade. Já os protestos contra o governo Bolsonaro se concentraram na região central de Goiânia. Manifestantes se reuniram na Praça dos Bandeirantes por volta das 9h30; fizeram uma caminhada no centro da capital, e agora continuam reunidos, manifestando e levantando pautas contra a atuação do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi regis- trada nas manifestações. Recife (PE) Três atos ocorrem em Recife desde a manhã desta terça-feira, de forma simultânea, todos com início registrado por volta das 10 horas. São dois atos a favor do presidente Jair Bolsonaro, que ocor- re na Zona Sul do Recife, e um ato que ocorreu na área central e seguiu para o Recife antigo, que é contra o governo Bolsonaro. Um dos atos a favor começou na avenida Boa Viagem; uma multidão estava presente com as cores da bandeira do Brasil. Os participantes percorreram um percurso de cerca de 1,5 km em dire- ção ao jardim de Boa Viagem. Também Às 10h, outra manifestação ocorreu no bairro Imbiri- beira, ainda na Zona Sul de Recife. Nester ato, uma carreta seguiu em direção ao segundo jardim em Boa Viagem, foram cerca de 5 km de percurso. Em Recife também ocorreu a 27ª edição do grito dos excluídos e das excluídas. O movimento, que é contra o governo de Jair Bol- ATUALIDADES 8 sonaro, teve concentração na praça do Dérbi, na região central da cidade. Na manifestação contrária ao governo, muitos participantes portaram faixas pedindo vacina, comida no prato e o Impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Por volta das 11h o grupo de manifestantes saiu da Praça do Dérbi e seguiu em direção ao bairro Boa Vista, ainda na região cen- tral do Recife, em direção ao Pátio do Carmo, onde seria concentra- da a finalização dos atos. Em maio, em uma das manifestações contra o Bolsonaro em Recife, houve ação da Polícia Militar de Pernambuco, e duas pesso- as ficaram parcialmente cegas por causa de disparo de armas não letais. O Ministério Público do estado de Pernambuco recomenda a não utilização de forças letais para os atos. E, de acordo com o governo, qualquer interferência da PM de forma violenta receberá punição. Belo Horizonte (MG) Na capital mineira também há o registro de atos pró e contra o governo federal. Os dois manifestos iniciaram antes das 10h. Os manifestantes do ato pró-bolsonaro começaram a se reunir na esplanada do Mineirão, na região da Pampulha, e saíram por ruas e avenidas em motociata e carreata com destino à Praça da Liberdade, região centro sul da capital mineira. Com isso, os moto- ristas que precisam passar pela Praça da Liberdade devem ter uma rota alternativa, uma vez que o trânsito encontra-se complicado na região. Já o ato contra o governo foi iniciado na região central da ca- pital mineira; os manifestantes carregaram faixas e bandeiras de movimentos sindicais e sociais em direção à praça 7, também Praça da Estação. Rio de Janeiro (RJ) A capital carioca concentra os manifestantes a favor do gover- no desde às 7h na avenida Atlântica, em frente à praia de Copaca- bana. A concentração dos participantes se deu entre os postos 4 e 5 da praia. Pelo menos oito carros de som, grupos de motociclistas, e pes- soas com faixas fecharam as três pistas mais próximas da orla, que ficaram interditadas por toda a extensão da avenida Atlântica. A Guarda Municipal e a Polícia Militar estão no entorno da ma- nifestação para o reforço na segurança. A capital carioca também teve atos contra o governo de Jair Bolsonaro; a concentração foi na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Os manifestantes se reuniram na esquina com a rua Uruguaiana, com carros de som, bandeiras e faixas desde às 8h. A faixa da direita, sentindo igreja da Candelária, foi bloqueada pela Polícia Militar. Os atos pró e contra governo, no Rio de Janeiro, não tiveram o registro de ocorrências. São Paulo (SP) Em São Paulo a segurança foi reforçada e manifestantes pró-go- verno se concentram na Avenida Paulista desde cedo, onde Bolso- naro discursou por volta das 16 horas. “Hoje não é uma data minha ou de qualquer autoridade. É uma data do povo brasileiro”, escre- veu o presidente nas redes sociais. A manifestação contou com a participação de ministros do go- verno Bolsonaro e de membros da equipe do presidente. O efetivo de segurança paulista é de aproximadamente 3.600 policiais e conta com o apoio de mais de 1.400 viaturas, 60 cavalos, 4 drones e 2 helicópteros da Polícia Militar (PM), segundo a Secre- taria de Segurança Pública de SP. Também participam da operação de segurança equipes dos Co- mandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq) e do Corpo de Bombeiros (CCB). Os atos são ainda monitorados por meio de câmeras fixas, mó- veis, câmeras instaladas em motocicletas e as chamadas bodycams, instaladas nas fardas dos policiais. As imagens serão acompanhadas em tempo real direto do Centro de Operações da PM. No Vale do Anhangabaú, aconteceu a manifestação contra o governo. A movimentação aumentou no início da tarde e algumas ruas ao redor do local tiveram que ser bloqueadas para os carros, devido ao movimento dos manifestantes. O público estimado, segundo a Secretaria de Segurança Pública e a PM de São Paulo, é de 125 mil pessoas na avenida Paulista e 15 mil manifestantes no Vale do Anhangabaú Brasília (DF) Manifestantes a favor do governo de Jair Bolsonaro (sem parti- dos) começam a se reunir na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta terça-feira (7). Pela manhã, o presidente Bolsonaro participou de evento re- servado no Palácio da Alvorada, com alguns ministros e comandan- tes das Forças Armadas, para o hasteamento da bandeira nacional. Grupos tentaram furar bloqueios feitos pela Polícia Militar (PM), que reagiu com bombas. Durante a noite desta segunda-feira (6), os manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já estavam no local e chegaram a invadir a Esplanada dos Ministérios. De acordo com a PM, eles pressionaram para que caminhões pudessem passar pelo bloqueio. A Secretaria de Segurança do Dis- trito Federal permitiua passagem de alguns caminhoneiros, junto com manifestantes a pé. Segundo informações oficiais da assessoria de imprensa da PMDF, os manifestantes favoráveis ao presidente derrubaram uma barreira, que ficava na rodoviária do Plano Piloto. Foi assim que eles conseguiram entrar na Esplanada. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/capitais-registram-atos- -pro-e-contra-o-governo-no-7-de-setembro/ Ministros do TSE avaliam hipótese de Bolsonaro ficar inele- gível Magistrados discutem nos bastidores estratégia jurídica que pode tirar presidente da disputa em caso de risco de ruptura; atos do 7 de Setembro podem ser usados como prova BRASÍLIA – Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discu- tem uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente Jair Bol- sonaro inelegível para a eleição de 2022. O cerco judicial está se fechando a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE em resposta a uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente, em julho, acusando o tribunal, sem provas, de fechar os olhos para evidências de manipulação em urnas eletrônicas. Na visão desses magistrados, a depender do que acontecer e o tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra o chefe do Executivo. O entendimento prévio é de que, uma vez configurado algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada pela Justiça Eleitoral no ano que vem. A estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura ins- titucional, uma vez que, na avaliação de políticos, iniciar agora um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, se- ria tão traumático quanto inviável. Na ocasião em que foi aprovada a investigação no TSE, também foi determinado o envio de notícia- -crime contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foi aceita e incorporada ao inquérito das fake news. Apesar de a discussão sobre o cerco jurídico avançar nos basti- dores, a medida que pode dar base a uma eventual inelegibilidade de Bolsonaro é reconhecida pelos próprios ministros como pouco ATUALIDADES 9 convencional. A Justiça Eleitoral nunca havia aberto ação parecida, por isso o discurso adotado é de que a alternativa só seria acionada em caso concreto de risco à ordem constitucional. Por outro lado, um ministro do TSE argumenta, em caráter reservado, que nunca houve um ataque tão frontal ao sistema eleitoral como agora e que, por isso, é preciso reagir. Ameaçados de forma reincidente por Bolsonaro, os integrantes das mais altas Cortes da Justiça brasileira encontraram para pre- parar o contragolpe. “Se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse Bolsonaro na quarta-feira, em cerimônia da Marinha no Rio. Ontem, mantendo o tom de ameaça, o presidente garantiu que os atos de 7 de Setembro serão um “ultimato” a ministros do STF. Os principais alvos de Bolsonaro são Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, autores de decisões re- centes que desagradaram ao Palácio do Planalto, como a prisão de bolsonaristas. Em resposta às ameaças de Bolsonaro, o presidente do STF, Luiz Fux, fez um duro discurso anteontem, ao afirmar que a Corte não vai tolerar ataques à democracia, em referência aos atos do dia 7. “Num ambiente democrático, manifestações públicas são pacíficas; por sua vez, a liberdade de expressão não comporta violências e ameaças”, disse. Bolsonaro pretende discursar no feriado pela ma- nhã, em Brasília, e seguir com comitiva para fazer o mesmo em São Paulo, à tarde. Diferentemente de investigações criminais contra Bolsonaro em curso no Supremo, o inquérito administrativo no TSE é conside- rado uma alternativa mais viável por não depender exclusivamen- te de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras. Neste caso, além do Ministério Público Federal (MPF), partidos políticos possuem legitimidade para oferecer representação con- tra a candidatura do presidente; e será o próprio TSE quem julgará esses pedidos. O único requisito é que apresentem provas de que Bolsonaro cometeu crimes eleitorais. O inquérito administrativo é comandado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luis Felipe Salomão, e atualmente está na fase da coleta de provas. Ele é chamado de “Plano C” por aqueles que conhecem o seu teor, justamente por reunir evidências que podem ser usadas por partidos para contestar o registro da candidatura de Bolsonaro. A apuração compõe o cerco judicial com outras duas ações de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE, além de quatro inquéritos no STF que apuram crimes comuns do presidente. O foco da investigação eleitoral é constatar se Bolsonaro prati- cou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”. A lei que regula os registros de candidatura afirma que serão inelegíveis os candidatos que “tenham contra sua pessoa represen- tação julgada procedente pela Justiça Eleitoral”, com condenação em processo que investigue “abuso de poder econômico e político”. Caso o plano seja colocado em prática, Bolsonaro ficaria impedido de disputar eleições por oito anos. Rubens Beçak, professor de direito constitucional e eleitoral da Universidade de São Paulo (USP), avalia que o teor subjetivo da lei de inelegibilidade ao definir condutas abusivas permite a interpreta- ção formulada por membros do TSE. Ele pondera que sua aplicação é temerária por não haver precedentes e abrir espaço para contes- tações. “Dá muito mais higidez ao processo a participação do PGR, mas existe essa outra interpretação e ela parece muito plausível. Quem está pensando em fazer o inquérito pelo TSE, provavelmen- te, está pensando em dar uma rapidez maior e afastar a influência política do PGR recém reconduzido”, afirmou. “Seria um procedi- mento completamente heterodoxo, porque isso nunca aconteceu dessa forma. Isso vai criar um precedente tremendo para que possa ser usado contra outros presidentes candidatos à reeleição. Dá um poder desproporcional à Justiça Eleitoral.” Fake news Parte dos ministros do STF avalia que o inquérito das fake news também poderia ser um caminho para frear Bolsonaro por possuir amplo potencial incriminatório, mas o entendimento é de que é nula a possibilidade de Aras apresentar denúncia contra o presiden- te. O atual PGR já expressou nos bastidores o desejo de ocupar uma vaga no STF e, caso seja mantida a fidelidade a Bolsonaro, po- derá ser ele o escolhido para substituir o ministro Gilmar Mendes a partir de 2023, na eventual reeleição do presidente. Na vaga aberta neste ano, Aras foi preterido por André Mendonça, que agora en- frenta a resistência de senadores para tomar posse do cargo. Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ministros-tse-a- valiam-hipotese-bolsonaro-inelegivel,70003831145 São Paulo e Rio são os únicos Estados que devem usar Coro- navac como 3ª dose Aplicação da vacina do Butantan é segura e não causa reações graves, mas especialistas criticam decisão de usá-la como reforço porque ela é menos eficaz, especialmente entre idosos Apesar de o Ministério da Saúde ter recomendado o uso das vacinas de Pfizer, AstraZeneca e Janssen como reforço na proteção contra a covid-19, os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo inclu- íram a Coronavac como uma opção para a dose extra. A aplicação de uma terceira dose da vacina do Butantan é segura e não causa reações graves, mas especialistas criticam a decisão de usá-la como dose de reforço porque ela é menos eficaz, especialmente entre os idosos. Em São Paulo, o início da aplicação da chamada “terceira dose” está marcado para a próxima segunda-feira. De acordo com a Se- cretaria de Estado da Saúde, foram distribuídas 380 mil doses e os municípios estão orientados a utilizar todas as vacinas disponíveis.O Ministério da Saúde programou para o dia 15 de setembro o iní- cio dessa nova fase da campanha e, portanto, só deve distribuir as doses da Pfizer na metade do mês. Coronavac Na segunda-feira, mais 10 milhões de doses da Coronavac fo- ram liberadas ao PNI (Programa Nacional de Imunização) Foto: Go- verno do Estado de São Paulo Na capital paulista, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, também disse que entre os dias 6 e 15 de setembro a cidade aplicará “a vacina que estiver disponível na unidade” como reforço. Após o dia 15, com a chegada das doses que devem ser enviadas pelo Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deve ser priorizado. A nota técnica 27/2021 do Ministério da Saúde, que trata do assunto, diz que a dose de reforço deve ser aplicada em imunossu- primidos vacinados há 28 dias e em idosos acima de 70 anos vacina- dos há seis meses. Nesta etapa deve ser aplicada prioritariamente a vacina da Pfizer e, na falta dela, as vacinas da Janssen e da Astra- Zeneca. No Rio de Janeiro, o Estado pretende misturar as vacinas. Quem tomou duas doses de Coronavac deve receber Pfizer, AstraZeneca ou Janssen como reforço. Aqueles que tomaram qualquer outra va- cina contra a covid podem receber uma injeção extra da Coronavac. Já a cidade do Rio disse em nota que usará apenas Pfizer e AstraZe- neca como reforço – a vacina da Janssen não está disponível no País neste momento. Outros 20 Estados e o Distrito Federal disseram à ATUALIDADES 10 reportagem que não vão usar a Coronavac como dose de reforço. Acre, Amapá, Rondônia e Sergipe não responderam. O infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz e ex-mem- bro do Centro de Contingência contra a covid de São Paulo, vê com bons olhos a combinação de vacinas, mas aponta que oferecer a Coronavac como terceira dose para os idosos não é uma boa estra- tégia. “A terceira dose com Coronavac pode ser aplicada em pro- fissionais da saúde jovens, mas não nos grupos de risco. Os idosos estão mais vulneráveis atualmente e continuarão assim se usarmos a Coronavac no reforço.” Para fins de comparação, o infectologista diz que estudos em pré-print, ainda não revisados por pares, mostram que a terceira dose da Coronavac aumenta em dez vezes a proteção contra a co- vid-19. Com a vacina da Pfizer, a eficácia aumenta entre cem e mil vezes. Croda diz que a Coronavac cumpriu um papel fundamental no início da pandemia, principalmente por ser a única vacina disponí- vel em grande quantidade no País, mas fala que agora temos op- ções melhores à disposição. “A Coronavac talvez tenha sido a vacina que mais salvou vidas porque chegou em tempo oportuno. Entre- tanto, neste momento, temos outras opções.” O especialista vê a decisão de São Paulo como um movimento político do governo. “Talvez eles queiram usar a Coronavac porque compraram muitas doses. Dessa vez, quem está fazendo política é o governo de São Paulo”, observa. Ele diz que nenhum outro país que usou a Coronavac em sua campanha de vacinação utilizou o mesmo imunizante como dose de reforço. “Chile, Uruguai, Bahrein, Emirados Árabes Unidos… Todos esses países vacinaram com a Coronavac e agora estão usando As- traZeneca ou Pfizer no reforço”, cita. O imunologista Jorge Kalil reconhece a importância da tercei- ra dose, mas diz que a Coronavac não deveria ser usada para este fim. “Não acho que vale a pena oferecer a Coronavac como dose de reforço sobretudo para idosos e imunossuprimidos. Eu seguiria o que foi definido no PNI (Programa Nacional de Imunizações).” Para embasar sua posição, o especialista cita que o dado de efetividade da Coronavac em idosos acima de 80 anos é muito baixo. Em ato em Brasília, Bolsonaro faz discurso com ameaças ao Congresso e Judiciário O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso em tom de ame- aça ao Judiciário e ao Congresso para manifestantes que se aglo- meram na Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira, 7. Sem citar diretamente a quem se referia, o presidente disse que “ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”. Ele afirmou que vai convocar o Conselho da República e levar aos presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a “foto” do povo hoje nos atos. Palácio do Planalto O presidente disse que hoje começa um novo momento no País ao fazer um ultimato para os outros poderes. “A partir de hoje, uma nova história começa a ser escrita aqui no Brasil. Peço a Deus mais que sabedoria, força e coragem para bem decidir. Não são fáceis as decisões. Não escolham o lado do confronto. Sempre estarei ao lado do povo brasileiro”, afirmou o presidente, em cima de um car- ro de som. O discurso não foi transmitido ao vivo, mas divulgado no Facebook do presidente pouco tempo depois. O Conselho da República citado pelo presidente é um órgão su- perior de consulta do presidente da República, criado pela Lei 8.041 de 1990 para se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio e questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. O órgão é dirigido pelo presidente da República e composto também pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câ- mara dos Deputados e do Senado, os líderes da maioria e da mino- ria nas duas Casas, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros com idade superior a 35 anos. De acordo com a legislação, o Conse- lho da República se reunirá por convocação do presidente da Repú- blica e suas audiências serão realizadas com o comparecimento da maioria dos conselheiros. A última vez que o órgão se reuniu foi em 2018, quando o en- tão presidente Michel Temer determinou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Procuradas, as assessorias do presidente do Senado, do Supremo e da Câmara, Arthur Lira (Pro- gressistas-AL), afirmaram que não foram convidados para qualquer reunião do conselho até o momento. No discurso que fez a seus apoiadores, Bolsonaro disse que não poderia mais “aceitar que uma pessoa” continuasse “barbarizando nossa população”, mas não citou nominalmente a quem se referia. “Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder vai sofrer aquilo que não queremos. Porque nós valorizamos, reconhecemos e sabe- mos o valor de cada poder da República”, afirmou. “Um ministro do Supremo Tribunal perdeu as condições míni- mas de continuar dentro daquele tribunal”, disse. Manifestantes gritavam de volta “fora, Alexandre” neste momento, em referência a Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de bolsonaristas nos últimos meses. Bolsonaro chegou a ingressar com um pedido de impeachment do ministro no Senado, que nem sequer foi ana- lisado. “Este retrato que estamos tendo neste dia, não é de mim nem de ninguém em cima deste carro de som. Este retrato é de vocês. É um comunicado, é um ‘ultimato’, para todos os que estão na Pra- ça dos Três poderes, inclusive eu, presidente da República, de para onde devemos ir. Cada um de nós deve se curvar à nossa Consti- tuição Federal. Nós temos essa obrigação: se queremos a paz e a harmonia, devemos nos curvar à nossa Constituição.” Nos últimos dias, Bolsonaro e seus apoiadores vinham divul- gando os protestos de 7 de Setembro como manifestações à favor da liberdade de expressão - o tema, no entanto, está praticamente ausente nas faixas dos apoiadores de Bolsonaro, que também estão prometendo tentar invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça. Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/em-ato-em-brasa- -lia-bolsonaro-faz-discurso-com-ameaa-as-ao-congresso-e-judicia-rio- -va-deo/520018 Bolsonaristas hostilizam jornalistas e tentam invadir Ministé- rio da Saúde A informação foi confirmada pela assessoria da pasta ao Esta- dão/Broadcast; grupo foi contido por seguranças Manifestantes bolsonaristas tentaram invadir a sede do Minis- tério da Saúde em Brasília nesta quarta-feira,8, mas foram contidos por seguranças. A assessoria de imprensa da pasta confirmou a in- formação ao Estadão/Broadcast e ressaltou que jornalistas presen- tes no local foram hostilizados. A Polícia Militar chegou a ser acio- nada, mas informou que a confusão já havia sido encerrada quando os policiais chegaram. Pró-governo, o grupo que tentou a invasão está em Brasília desde ontem, quando foi às ruas junto ao presidente Jair Bolsonaro com pautas antidemocráticas. Bolsonaro chegou a dizer que não vai mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supre- mo Tribunal Federal (STF), e pediu ao Judiciário para “enquadrá-lo”. ATUALIDADES 11 Ministério da Saúde O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) publicou no Twitter um vídeo do momento da tentativa de invasão à sede do Ministério da Saúde. Nesta terça-feira, 8, alguns manifestantes ameaçaram invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais al- vos dos atos de 7 de Setembro e dos ataques de Bolsonaro em seu discurso. Diversas faixas pediam o fechamento da Corte. A Polícia Militar, porém, isolou a Praça dos Três Poderes, mantendo o grupo longe da sede do Poder Judiciário. Um início de confusão, logo pela manhã, foi controlado após os policiais usarem spray de pimenta. Na noite de segunda-feira, 6, um grupo de apoiadores do presi- dente chegou a furar o bloqueio de segurança montado pelo gover- no do Distrito Federal, em Brasília, e conseguiu entrar com carros e caminhões na Esplanada dos Ministérios. A circulação de veículos no local estava restrita desde esta madrugada como medida pre- ventiva. Apenas a passagem de pedestres estava permitida. Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaristas- -tentam-invadir-ministerio-da-saude-e-sao-contidos-por-seguran- cas,70003834444 Caminhoneiros processam Bolsonaro e apoiadores em R$ 50 mi pelo 7 de Setembro; há paralisações em 16 cidades Dividida no apoio ao presidente, a categoria realiza paralisa- ções nesta quarta-feira, 8. São 16 cidades de 3 estados, conforme a Polícia Rodoviária Federal. Representantes descartam greve na- cional OConselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CN- TRC), entidade que reúne associações de caminhoneiros, entrou com uma ação civil pública na 20.ª Vara Federal Cível do Distrito Federal contra a União, o presidente Jair Bolsonaro e seus apoia- dores por atos do 7 de Setembro. A investida tem apoio da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas. Já conforme reportagem da Folha S. Paulo, a categoria, dividida no apoio ao presidente, realiza paralisações nesta quarta-feira, 8. São 16 cidades de 3 estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Os bloqueios se dão em Santa Catarina: Garuva, Joinville, Ma- fra, Santa Cecília, Guaramirim e Campos Novos; no Paraná: rodovias federais em Paranavaí e em Maringá; e no Espírito Santo, em 8 cida- des. Porém, a greve nacional é descartada. Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Lo- gística - NTC&Logística se manifestou em “total repúdio às parali- sações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do País, por influência de supostos líderes da categoria”. Assinado por Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística, o documento frisa que se trata de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos. “Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá cau- sar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com graves consequências para o abastecimento de es- tabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamen- tos, combustíveis etc.” A nota acrescenta ainda: “Esperamos que as autoridades do Governo Federal e dos Governos Estaduais adotem as providências indispensáveis para assegurar às empresas de transporte rodoviá- rio de cargas o pleno exercício do seu direito de ir e vir e de livre circulação nas rodovias em todo o território nacional, como pres- suposto indeclinável para o cumprimento da atividade essencial de transporte.” Entenda o processo Sobre o processo, o CNTRC argumenta que a base bolsonarista usou a categoria para angariar apoio político aos atos pró-governo realizados no feriado. A entidade pede indenização de R$ 50 mi- lhões por danos patrimoniais, extrapatrimoniais e morais coletivos. “Apoiadores políticos como cidadãos envolveram a classe dos Caminhoneiros na pseudo-paralisação sem qualquer pauta jurídica por direitos, como se fossem os responsáveis por atos vistos por grande parte do mundo como antidemocráticos. A circunstância afeta a imagem da categoria”, informou ao blog o CNTRC. O conselho se opõe à associação dos caminhoneiros ao discur- so do presidente, classificado na ação como ‘inconstitucional, anti- democrático e antieconômico’. “As condutas do Presidente da República Jair Bolsonaro extra- polam os limites da ofensa individual e específica, já que o discurso proferido consagra afetação à toda a coletividade, transmutando em elemento de autoafirmação atentatória à existência do Estado Democrático de Direito, com todas as consequências jurídicas de responsabilização”, argumenta a entidade. Sob a liderança do cantor sertanejo e ex-deputado Sérgio Reis e do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o ‘Zé Trovão’, uma promessa de paralisação das atividades da categoria ganhou força nas redes sociais às vésperas do feriado. Pelas mensagens postadas, os profissionais cruzariam os braços em 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, em um movimento que engrossaria outras manifestações públicas que já estavam programadas a favor do governo. “O assédio moral pelo abuso estratégico do poder econômico constrangendo o caminhoneiro celetista a agitar a paralisação para manter-se empregado e, quanto ao caminhoneiro autônomo habi- tual, provoca dificuldade artificial de continuidade do frete caso não aceite participar das mobilizações, param as máquinas colheitadei- ras e tratores dificultando a operação de produção, distribuição e transporte”, diz outro trecho da ação. (Com Agência Estado) Fonte: https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2021/09/08/cami- nhoneiros-processam-bolsonaro-e-seus-apoiadores-por-atos-no-7-de- -setembro.html Presidentes de 12 partidos se reúnem para discutir impeach- ment de Bolsonaro Os participantes da reunião repudiam o tom usado por Bolso- naro nos discursos das manifestações de terça-feira (7) Em reação aos discursos de Jair Bolsonaro (sem partido) reali- zados no dia 7 de setembro, dirigentes de doze partidos de centro e de esquerda vão se reunir às 19h desta quarta-feira (8) para discutir o impeachment do presidente. Segundo informações do Estadão, eles também vão discutir como mobilizar as bancadas na Câmara, que votam primeiro o im- pedimento presidencial. Carlos Lupi, do PDT, e Roberto Freire, do Cidadania, defendem o avanço do processo de impeachment. Bruno Araújo, do PSDB, e Gilberto Kassab, do PSD, também estimulam discussões sobre o afastamento de Bolsonaro. Nomes como Carlos Siqueira, do PSB, ACM Neto, do DEM, Ba- leia Rossi, do MDB, Gleisi Hoffmann, do PT, José Luiz Penna, do PV, Luciana Santos, do PCdoB, Paulinho da Força, do Solidariedade, e Juliano Medeiros, do PSOL, também devem participar. Os participantes da reunião repudiam o tom usado por Bolso- naro nos discursos das manifestações de terça-feira (7) e prometem dar uma resposta nesta reunião virtual. Vale lembrar que o encontro virtual acontece horas depois da fala de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que ATUALIDADES 12 ignorou a possibilidade de abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro. Lira pede pacificação entre poderes O discurso em questão foi a respeito dos
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