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Fisiopatologia da SepseFisiopatologia da Sepse Infecção é definida como a invasão de um patógeno a um tecido estéril que desencadeia uma resposta do hospedeiro para eliminar um invasor. Normal ➜ Estímulo de células da imunidade inata ➜ cascata de eventos bioquímicos e celulares que vão resultar na contenção daquele agente infeccioso ➜ Liberação de citocinas anti inflamatórias e citocinas que vão iniciar a cicatrização e o reparo tecidual. Paciente faz sepse ➜ germe invasor penetra no tecido estéril ➜ resposta imune inicial começa de forma exacerbada ➜ mediadores humorais e citocinas pró inflamatórias. acentuadas ➜ vazamento para a circulação sistêmica ➜ inflamação intravascular maligna ➜ afeta órgãos e tecidos a distância. Como os eventos se desenrolam? Primeira resposta vem da imunidade inata (células fagociticas - macrofagos) ➜ Macrofagos fagocitam o patogeno invasor e começa a reconhecer o antígeno através de seus padrões moleculares ➜ Resposta inflamatória inespecífica ➜ NF-kb ativado na membrana ➜ IL 1, ICAM, VCAM, Óxido nítrico ➜ Efeito na microcirculação local, aumentando a aporte de sangue, fazendo com que mais leucócitos cheguem ali ➜ Atrair polimorfonuclear ➜ secreta citocinas pró inflamatórias e fagocitose ➜ Atrai e ativam Linfócitos T helper (CD4 +). ⚠ Transição de uma resposta local para resposta sistêmica - fenômeno multifatorial ➜ Tamanho do inóculo ➜ Superantígenos (resposta mais intensa) ➜ Ativação do complemento ➜ Predisposição genética. choque e sepsechoque e sepse bianca oliveira maniçoba ferreira Efeitos Sistêmicos da SepseEfeitos Sistêmicos da Sepse Isquemia Tecidual (Lesão Microvascular) Lesão Citopática (Mitocôndria) ➜ Mitocôndrias são responsáveis pelo metabolismo anaeróbio, mesmo sem ter isquemia tecidual, o tecido entra em anaerobiose por causa de um envenenamento mitocondrial. Apoptose Excesso de citocinas pró e anti inflamatórias Efeitos dependem da lesão celular Imunodepressão secundária Sepse IntroduçãoSepse Introdução Resposta inflamatória desregulada a uma infecção, promovendo disfunção orgânica. Maior incidência nos últimos anos ➜ Envelhecimento, imunossupressão, germes MDR, conscientização dos médicos em relação ao diagnóstico. 60-85% tem idade maior ou igual 65 anos ➜ Pico no inverno: Principais causas de sepse é a pneumonia. Principal patógeno: bactérias, mas pode acontecer por outros agentes (fungos, vírus). Dentre as bactérias (EUA), predomínio de bactérias Gram-positivo. Epidemiologia Novas definições SepseNovas definições Sepse Infecção + SOFA maior ou igual a 2 SOFA maior que 2 ➜ mortalidade maior ou igual 10%. O conceito de SIRS, e sepse grave saíram das definições. Novas definições Choque sépticoNovas definições Choque séptico Sepse com anomalias circulatórias, celulares e metabólicas que acarretam maior risco de morte ➜ Mortalidade maior ou igual 40%. Sepse + Vasopressores para manter PAM > ou igual 65 mmHg E presença de lactato arterial > 2 mmol/l (> 18mg/dl). ➜ Desde que o paciente já tenha feito uma estabilização volêmica, mas o paciente ainda precisa desses dois fatores. qSOFA alterado ➜ chance de sepse inicial em pacientes fora da UTI ➜ Ponto de corte > ou igual a 2. Fatores de risco para sepseFatores de risco para sepse PNM comunitária Admissão na UTI Bacteremia Idade maior ou igual 65 anos Imunossupressão DM e câncer Hospitalização nos últimos 90 dias ➜ Maior chance de germe MDR Fatores genéticos Introdução ao atendimentoIntrodução ao atendimento Emergência médica: ABC da ressuscitação Olhar as vias aéreas do paciente, constatar se o paciente é capaz de proteger as vias da broncoaspiração ➜ IR? ➜ Sim, intubação. Acesso venoso periférico Em até 45 minutos ➜ Labs rotina, gasometria arterial, lactato arterial, 2 hemocultura (periférico, catéter), culturas específicas, imagem. ATB precoce e controle do foco (se for o caso) ➜ Iniciada durante a primeira hora do atendimento ➜ Controle do foco infeccioso nas primeira 6-12 horas - tirar pus ➜ Duração ATB (7-10 média). Ressucitação volêmicaRessucitação volêmica A terapia de ressuscitação volêmica tem primariamente o objetivo de obter um débito cardíaco ideal, pressupondo que o aumento macro do fluxo sanguíneo pode incrementar o transporte convectivo de oxigênio para os tecidos, para, assim, manter a respiração celular e, consequentemente, a função dos órgãos. Dar volume de forma emergencial para salvar a vida dele naquele momento, sendo uma conduta mais agressiva em relação a volume e velocidade. Paciente com sepse tem que receber ressucitação volêmica! Solução cristaloide isotônica (SF, RL). Os colóides sintéticos não devem ser usados ➜ Morte! Bolus IV 500-1000 ml (30-50 ml/kg em 3h). Cuidado com os excessos ➜ sempre reavaliar o paciente! Se não melhorar ➜ pode iniciar amina vasoativa. Metas ➜ PAM > ou igual 65 mmHg, DU > 0,5 ml/kg/h, normalização do lactato ➜ Em 3h Paciente não respondeu somente a solução salina isotônico ➜ Refratário? ➜ Noradrenalina, adrenalina/vasopressina. ⚠ Adrenalina aumenta metabolismo da gliconeogênese ➜ aumenta lactato! Avaliar inotrópicos, corticoide ➜ Fazer inotrópico caso demonstrar existência de disfunção miocárdica. Hb < 7g/dl Manter > 7 g/d (10 g/dl cardio/pneumopatas) Transfusão?
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