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FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS EDUCAÇÃO FÍSICA Aps: Prescrição para grupos especiais ALINE DA SILVA BARROS – RA:4767366 TURMA: 14207 B06 Prescrição para grupos especiais Professor Anderson Fonseca Aoki ATIVIDADE: CASO CLÍNICO ESTUDO DE CASO: No início do mês um aluno veio procurar por seus serviços devido a recomendação médica. Ele possui o diagnóstico de Diabetes tipo II (DMII) em estado avançado, entretanto está controlando com medicação, também busca melhorar seu estilo de vida e hábito alimentar. Refere cansaço aos esforços moderados associado a tríade do paciente diabético. Perfil do aluno: Idade: 39a Peso: 97kg Altura: 1,72m IMC: 32 Kg/m2 1- Qual é a definição para Diabetes tipo II? Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. 2- Explique a tríade do paciente diabético O DM pode ser causado por dois mecanismos principais: deficiência na produção ou ação da insulina, sendo classificado em dois grupos principais de acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2, respectivamente. DM tipo 1 No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois mecanismos já estabelecidos: Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas. Idiopática (1B): Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo identificada a sua causa. Ambos levam a destruição gradual das células β pancreáticas. Infecções virais e exposição a antígenos vem sendo associadas, por mimetismo molecular, que em indivíduos com predisposição genética, pode desencadear o processo autoimune. Devido a sua fisiopatologia, os pacientes que recebem o diagnóstico em sua maioria são crianças e adolescentes, sendo uma quantidade muito inferior de adultos DM tipo 2 No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose. A manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas, explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando a doença já está avançada. O hipoinsulinismo relativo, devido a produção insuficiente para a alta demanda sistêmica, não consegue manter os níveis glicêmicos normais e, portanto, há uma hiperglicemia persistente. Outras causas de hipoinsulinismo são descritas, sendo elas a hipossensibilidade das células β pancreáticas à glicose, devido há baixa expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas, sendo a causa de ambas ainda desconhecida. 3- Como a evolução da doença pode influenciar na qualidade de vida do aluno? A incapacidade física, no diabético, decorre do desenvolvimento de lesões crônicas nos vasos sanguíneos e nervos, afetando principalmente rins, retina, artérias, cérebro e nervos periféricos. Além disso, a pessoa diabética está sujeita a complicações de natureza aguda caracterizadas por crises de hipo ou hiperglicemia. Paralelamente, a pessoa diabética pode enfrentar dificuldades econômicas para adquirir alimentos e medicamentos, o que leva a problemas de adesão ao tratamento, bem como apresentar reações adversas à terapêutica adotada, contribuindo para o agravamento da doença. Exercem, também, papel importante no desenvolvimento de complicações a predisposição genética, doenças associadas como a hipertensão arterial e fatores ambientais, refletindo assim a somatória dos fatores psicossociais à própria fisiopatologia da doença. Esses indivíduos parecem ter precursores genéticos da doença, que podem ser ativados pela inatividade ou consumo excessivo de alimentos. Por essas razões, os indivíduos em risco precisam ter um cuidado especial para fazer uma dieta balanceada, fazer exercícios regularmente e consultar um médico para exames frequentes. Se a condição for identificada precocemente, é muito mais tratável. 4- Explique os mecanismos fisiológicos pelo qual o treinamento físico possui um efeito terapêutico nessa patologia. O treinamento resistido, promove um aumento da sensibilidade à insulina, da massa muscular e benefícios cardiovasculares, demonstrando ser um instrumento eficaz no tratamento e prevenção das complicações do diabetes tipo I e II. A prescrição de exercícios para esses indivíduos deve ser individualizada, acompanhada por uma equipe multiprofissional e baseada nos resultados de exames clínicos, físicos, laboratoriais e nutricionais. Ao analisar os efeitos dos exercícios anaeróbios em portadores de Diabetes Mellitus tipo I (DMID) e tipo II (DMNID), a partir dos exercícios resistidos realizados na musculação baseados no treinamento de resistência e no treinamento de força, concluísse que ambos poderão trazer riscos e benefícios aos diabéticos. Dentre os benefícios pode-se destacar, o aumento da massa muscular e a melhor utilização da glicose na melhora do quadro geral do diabetes, assim como a melhora do metabolismo basal desses indivíduos. No entanto, os riscos que podem ser considerados iminentes durante a realização dos exercícios resistidos são: a manobra de valsava, o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, merecendo assim maior atenção dos profissionais envolvidos na elaboração do programa de exercícios. Em linhas gerais pode-se dizer que a prescrição de exercícios para portadores de Diabetes Mellitus é bastante complexa e como em todas as práticas de atividade física, envolve riscos e benefícios que deverão ser controlados pelos profissionais que as prescrevem. Desta forma os riscos podem se tornar mínimos se os programas forem individualizados e bem acompanhado por toda a equipe envolvida no programa. Os estudos que envolvem os efeitos fisiológicos dos exercícios anaeróbios nos portadores de Diabetes Mellitus são ainda, muito escassos, necessitando assim de um maior numero de pesquisas para se chegar a resultados cada vez mais fidedignos. 5- Elabore um programa de treinamento para o aluno de acordo com as recomendações propostas pela literatura. É papel do Educador Físico avaliar as condições destes pacientes, fazer uma anamnese, elaborar um programa de atividades acessíveis ao grupo e assim realizar o seu trabalho de forma permanente e eficaz, visando sempre à melhoria da qualidade de vida. Como os outros elementos do tratamento, a atividade física deve ser prescrita de maneira individual para evitar riscos e otimizar os benefícios. O tipo, frequência, intensidade e duração do exercício recomendado dependerão da idade, do grau de treinamento anterior e do controle metabólico, duração do diabetes, e presença de complicações especificas da doença. Por isso, antes de iniciar a prática sistemática da atividade física, o paciente portador de diabetes deve submeter-se a exame clínico geral (fundo de olho), presença de neuropatia, osteoartrite, e cardiovascular, incluindo na medida do possível prova de esforço (ergometria). O ajuste na prescrição do exercício será mais eficaz se os esforços forem coordenados por: o paciente, a família, o médico, sua equipe e colaboradores. A educação em diabetes, que permite ao paciente combinar corretamentedieta, dosagem de insulina e hipoglicemiantes orais com o exercício, diminui notavelmente os riscos de hipoglicemia e/ou hiperglicemia pós-exercício. Tipo: Atividade Física Aeróbica – ex: nadar, correr, remar, andar de bicicleta, ginástica aeróbica. Características: Intensidade (moderada -50 -80% da frequência Cardíaca Máxima – segundo a condição física, idade e grau de treinamento). Frequência: todos os dias ou 3-4 vezes por semana Duração: 20-30 minutos diários ou 45-60 minutos (3-4 vezes por semana). Recomendações para o paciente: • Escolher uma atividade física a seu gosto e iniciar a prática regular da atividade física escolhida • Evitar metas inatingíveis. Aumentar progressivamente a duração da atividade e a intensidade do esforço • Praticar diariamente pelo menos durante 20-30 minutos, ou 3 a 4 vezes por semana durante 45-60 minutos • Se você nunca praticou atividades física programada, comece por aumentar a atividades diárias que faz habitualmente, correr, caminhada, subir e descer escadas, etc... • Interromper o exercício ante sinais de hipoglicemia, dor no peito ou respiração sibilante. • O sapato utilizado deve ser confortável e as meias de algodão. Examine diariamente os seus pés. • Beber uma quantidade maior de liquido sem calorias nem cafeína, como água, antes, durante e após a atividade física • Se quiser conhecer a intensidade do esforço realizado, controle a sua frequência cardíaca imediatamente após o fim do exercício • Não esqueça de levar açúcar para a sessão de atividade física, pois, pode entrar em um estado de hipoglicemia. • Se você caminha, corre ou anda de bicicleta, evite as interrupções durante o tempo proposto. DM tipo 1 DM tipo 2
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