Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P ág in a1 De p ar ta m en to p es so al P ág in a2 De p ar ta m en to p es so al Sumário Aula 01........................................................................................................................................... 6 Início das atividades de DP ............................................................................................................ 7 Sistematização das atividades de DP ............................................................................................ 7 Uma nova visão para a área de DP ................................................................................................ 8 Departamento de Recursos Humanos ........................................................................................ 11 Recrutar e selecionar .................................................................................................................. 12 Recrutamento ............................................................................................................................. 13 Seleção ........................................................................................................................................ 14 Entrevista individual .................................................................................................................... 15 Dinâmica de grupo ...................................................................................................................... 16 Recrutamento de Estagiário ........................................................................................................ 16 Agente externo ............................................................................................................................ 17 PROCESSO PRÉ-ADMISSIONAL .................................................................................................... 18 Artigo nº 442-A da Consolidação das Leis do Trabalho .............................................................. 18 Artigo nº 2, inciso I, da Lei nº 9.029 de 1.995 ............................................................................. 18 Artigo nº 1 da Lei nº 9.029 de 1.995 ........................................................................................... 19 Artigo nº 373-A, inciso IV e VI da Consolidação das Leis do Trabalho ........................................ 19 Artigo nº 7, inciso XXX e XXXI da Constituição Federal ............................................................... 19 Lei nº 12.984 de 2.014 ................................................................................................................ 20 LEI Nº 13.271, DE 15 DE ABRIL DE 2016. ..................................................................................... 21 Artigo nº 1 da Portaria do MTe nº 41 de 2.007 .......................................................................... 21 Artigo nº 2 da Portaria do MTe nº 1.246 de 2.010 ..................................................................... 21 CUIDADOS COM OS PRESTADORES DE SERVIÇOS ....................................................................... 22 ..................................................................................................................................................... 22 Recontratação comum ................................................................................................................ 22 Artigo nº 2 da Portaria do MTe nº 384 de 1.992 ........................................................................ 22 Reutilização de trabalhador temporário ..................................................................................... 23 ..................................................................................................................................................... 23 Reutilização de trabalhador terceirizado .................................................................................... 24 ..................................................................................................................................................... 24 Artigo nº 5-C e nº 5-D da Lei nº 6.019 de 1.974 .......................................................................... 25 Aula 02......................................................................................................................................... 26 Exame médico admissional ......................................................................................................... 27 P ág in a3 De p ar ta m en to p es so al Item 7.4.4.2 da Norma Regulamentadora nº 7 do Mte .............................................................. 27 Relação de documentos admissionais ........................................................................................ 28 Aula 03......................................................................................................................................... 29 eSocial e Carteira de Trabalho Digital ......................................................................................... 30 Certificação eletrônica ICP-Brasil ................................................................................................ 30 Sistema informatizado de folha de pagamento .......................................................................... 31 Qualificação cadastral ................................................................................................................. 31 Declaração antes do início da prestação de serviços .................................................................. 31 Estrutura admissional no eSocial ................................................................................................ 33 Dados pessoais (extração de dados) ........................................................................................... 34 Estrutura geral do processo admissional .................................................................................... 35 Passo-a-passo do processo admissional ..................................................................................... 36 Anotações na CTPS ...................................................................................................................... 37 ..................................................................................................................................................... 37 Aula 04......................................................................................................................................... 40 Contrato de trabalho ................................................................................................................... 41 Contrato de experiência .............................................................................................................. 41 Termo de prorrogação ................................................................................................................ 41 Seguridade................................................................................................................................... 42 Rescisão de contrato ................................................................................................................... 42 Direitos do empregado: .............................................................................................................. 42 Rescisão por parte do empregador ............................................................................................. 43 Rescisão por parte do empregado .............................................................................................. 43 Regulamento interno .................................................................................................................. 44 Estágio .........................................................................................................................................45 Regulamentação do estágio ........................................................................................................ 46 Direitos ........................................................................................................................................ 47 Vínculo empregatício .................................................................................................................. 47 Descontos .................................................................................................................................... 48 Fiscalização .................................................................................................................................. 48 Aprendiz ...................................................................................................................................... 49 Prioridade .................................................................................................................................... 49 Deveres da empresa concedente ................................................................................................ 49 Deveres do aprendiz ................................................................................................................... 50 Direitos do aprendiz .................................................................................................................... 50 Descontos .................................................................................................................................... 51 P ág in a4 De p ar ta m en to p es so al Aula 05......................................................................................................................................... 52 Jornada de Trabalho, e conversão de horas ............................................................................... 53 Jornada de trabalho .................................................................................................................... 53 Jornada de trabalho, conversão de horas ................................................................................... 55 Conversão de horas ..................................................................................................................... 55 Somando horas e minutos .......................................................................................................... 56 Registro eletrônico de ponto ...................................................................................................... 58 Espelho de ponto ........................................................................................................................ 59 Compensação de horas ............................................................................................................... 59 Acordo de compensação de horas .............................................................................................. 60 Salário .......................................................................................................................................... 62 Pagamento de salário .................................................................................................................. 64 Cálculos do departamento pessoal ............................................................................................. 65 Cálculos jornada de trabalho x Salário ........................................................................................ 65 Cálculo da jornada de trabalho diária ......................................................................................... 65 Jornada de trabalho mensal ........................................................................................................ 66 Cálculo jornada de trabalho ........................................................................................................ 67 Salário do mensalista .................................................................................................................. 68 Demonstrativo ou recibo de pagamento .................................................................................... 69 Cálculo do salário-hora do mensalista ........................................................................................ 70 Cálculo do salário-dia do mensalista ........................................................................................... 70 Aula 07......................................................................................................................................... 72 Salário proporcional, horista e comissionistas ............................................................................ 73 Salário proporcional .................................................................................................................... 73 Horista ......................................................................................................................................... 74 Empregados comissionistas ........................................................................................................ 77 Aula 8 ........................................................................................................................................... 80 Horas extras, adicional noturno, insalubridade, periculosidade e salário família. ..................... 81 Horas extraordinárias (horas extras) ........................................................................................... 81 Banco de horas x Compensação de horas ................................................................................... 83 Trabalho noturno ........................................................................................................................ 84 Adicional noturno ........................................................................................................................ 84 Insalubridade e periculosidade ................................................................................................... 86 Periculosidade ............................................................................................................................. 88 Salário-família.............................................................................................................................. 89 Aula 09......................................................................................................................................... 91 P ág in a5 De p ar ta m en to p es so al Décimo terceiro salário ............................................................................................................... 92 Pagamento .................................................................................................................................. 92 Base de cálculo ............................................................................................................................ 93 Base de cálculo ............................................................................................................................ 93 Encargos ...................................................................................................................................... 94 Infrações ...................................................................................................................................... 94 Aula 10......................................................................................................................................... 95 Férias parte 1 ............................................................................................................................... 96 Período aquisitivo........................................................................................................................ 96 Período concessivo ......................................................................................................................97 1/3 de férias constitucional ......................................................................................................... 97 Aviso de férias ............................................................................................................................. 97 Pagamento de férias ................................................................................................................... 98 Abono pecuniário ........................................................................................................................ 98 Aula 11......................................................................................................................................... 99 Férias parte 2 ............................................................................................................................. 100 Férias coletivas .......................................................................................................................... 100 Férias proporcionais .................................................................................................................. 101 Férias não concedidas ............................................................................................................... 102 Aula 12....................................................................................................................................... 103 Descontos .................................................................................................................................. 104 Descanso semanal renumerado (DSR) ...................................................................................... 105 P ág in a6 De p ar ta m en to p es so al P ág in a7 De p ar ta m en to p es so al Aula 01 Você sabe se a atividade de recrutar e selecionar são da área de DP ou de RH? É isso mesmo: para alguns, existe certa dúvida. Para definitivamente sanarmos essa indecisão, vamos iniciar nossos estudos por um breve histórico da área de DP e sua evolução, passando assim pela área de RH. Prontamente, você terá condições de distinguir as atividades relacionadas a cada área e perceberá a interação existente entre elas. Início das atividades de DP Quando falamos de DP nos reportamos aos tempos agrícolas em que existia a necessidade de um encarregado em contratar pessoas para os serviços no campo. Ele ainda as acompanhava, com o intuito de verificar se sua produção estava boa ou não, permitindo a permanência no trabalho. Esse encarregado era conhecido como capataz. Nessa época, a quantidade de horas trabalhadas era excessiva. Com a evolução dos tempos e o surgimento da indústria, esse capataz passou também a fazer parte do processo produtivo, mas desta vez com um pouco mais de responsabilidade: além de contratar, ele tornou-se responsável pela contagem de horas do trabalhador e da produção realizada. É assim que esse capataz se transforma no gerente de DP. Sistematização das atividades de DP Um advento surge no final do século XIX: os estudos de Frederick Winslow Taylor. Em sua abordagem, Taylor verifica que o trabalho é realizado com muito desperdício. Ele então propõe uma divisão, segmentando aqueles que pensam e planejam dos que produzem, e estes que produzem ainda são divididos conforme o seu esforço para fabricar a maior quantidade possível. Com isso, inicia-se uma nova etapa na área de pessoal, em que a gerência passa a pensar e planejar todo o movimento da empresa de forma a aumentar P ág in a8 De p ar ta m en to p es so al a produtividade, e os trabalhadores passam a ser escolhidos por suas habilidades físicas e de manuseio de ferramentas. Isso gera dentro das fábricas a formação de batalhões de pessoas que realizavam exclusivamente uma única atividade, sem ter a visão do todo. Dessa maneira, Taylor instituiu a gerência (pensar e planejar), a supervisão (distribuir os trabalhadores de acordo com suas habilidades físicas para o trabalho e o acompanhamento da produção) e o trabalhador (simplesmente executar a tarefa), para assim aumentar a produtividade e evitar o desperdício. Como consequência, o trabalhador passou a ser mais uma peça da fábrica e não um ser humano pensante, capaz de refletir e de produzir ideias para a melhoria da produção. Essa ideia de Taylor se espalhou pelo mundo, sendo implantada com muito sucesso na área industrial. Uma nova visão para a área de DP Em 1927, surge a preocupação com a fadiga do homem e a queda da produtividade. A partir disso, dá-se início a uma série de levantamentos de dados e de pesquisas sobre o modelo de trabalho de Frederick Winslow Taylor. Essas análises concluíram que os resultados da produtividade são influenciados por fatores psicológicos e não por fatores físicos ambientais. Os trabalhadores movem-se pelo sentimento de participação, de pertencimento aos grupos sociais. O mais reconhecido desses estudos é a chamada Experiência de Hawthorne, realizada em Chicago, Estados Unidos, em uma fábrica da Western Eletric Company e coordenada por Elton Mayo. Esses estudos provocam mudanças no DP, que passa a voltar-se também para as necessidades do trabalhador, observando o que influencia a sua produtividade. Esse é o começo da saída da era mecanicista. Nessa época, aqui no Brasil, os processos trabalhistas começam a ter modificações e os P ág in a9 De p ar ta m en to p es so al trabalhadores passam a se organizar em movimentos reivindicatórios de melhoria das condições de trabalho. Absorvido por esse sentimento social, o então Presidente da República, Getúlio Vargas, promulga o decreto federal que cria a Justiça do trabalho, por volta de 1939. Posteriormente, em 1943, por meio do Decreto-lei nº. 5.452 de 1º de maio de 1943 é criada a CLT, que promulga o relacionamento empregador X empregado. É perceptível como DP foi evoluindo e como ele possuía, nesse momento histórico, uma visão legal e contábil, com acompanhamento dos direitos trabalhistas consolidados em leis publicadas pelo mundo afora. Atuar em movimentos sindicais, buscando a sintonia na relação empregador/ empregado; • Desenvolver perfis de contratação de pessoal; • Manter a hierarquia dos cargos dentro das empresas, efetuando o pagamento da remuneração de acordo com a contribuição para o negócio; • Encontrar soluções para empregar mulheres com crianças menores de idade; • Pensar no aumento da produtividade da empresa sem elevar os custos; • Refletir e propor métodos para se comparar o desempenho entre pessoas de atividades diferentes; • Propor outras iniciativas que tragam a valorização e fidelização do empregado à empresa. É aqui que as grandes empresas começam a perceber a necessidade de separar algumas atividades do atual Departamento de Pessoal. O pensar estratégico e de valorização do ser humano não podem conviver com pensar na legalidade e na burocracia dos pagamentos de direitos e exigências dos deveres. Assim é instituída uma nova modalidade: as atividades de cunho legal, burocrático e previdenciário passam a ser de responsabilidade do Departamento de Pessoal, ou seja, todas as práticas com envolvimento de cálculos que suportam uma gestão financeira de pessoal; e as atividades de P ág in a1 0 De p ar ta m en to p es so al cunho humanista, no que se referem à melhoria da qualidade de vida do trabalhador, e as estratégicas, no sentido de envolver o trabalhador para a obtenção de melhores resultados, passam a ser atribuições do Departamento de Recursos Humanos. Entretanto, essa realidade ainda não chegou para as micros e pequenas empresas, devido às questões de custo – o acréscimo da mantença das duas áreas – e até de cultura do empresariado, que percebe como atividades da área apenas as questões legais,trabalhistas e previdenciárias. Esses empresários enxergam seus funcionários como meros executores de tarefas e não como membros ativos e pensantes que podem contribuir com as estratégias e o crescimento do negócio. Desta forma, o Departamento de Recursos Humanos é pouco desenvolvido nas micro e pequenas empresas e as atividades relacionadas a Recursos Humanos – que são normalmente de recrutamento e de seleção – são assumidas pelo DP, em face da pequena demanda. O Departamento de Pessoal está focado no correto cumprimento das obrigações legais, trabalhistas e previdenciárias, evitando que o empresário seja autuado por descumprimento de alguma lei instituída pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou pela Convenção Coletiva da Categoria. Ressalta- se que nas empresas de pequeno porte e nas microempresas também são agregadas algumas atividades de RH, como: recrutamento, seleção, elaboração de normas e procedimentos operacionais, e outras de menor complexidade. Isso se explica pela pouca pluralidade de atividades, pelo custo de criação de outra área e pela baixa demanda de atividades da área de RH. P ág in a1 1 De p ar ta m en to p es so al Departamento de Recursos Humanos O Departamento de Recursos Humanos está focado no desenvolvimento de políticas institucionais que aliam a estratégia do negócio às pessoas. Ele traz em seu conteúdo de ações a competitividade e a agregação de valor para a empresa e os clientes, e ainda desenvolve ações a serem implantadas. Essas ações visam o desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos operacionais e administrativos do funcionário, aliando a estratégia do negócio à estratégia do funcionário, ou seja, fidelizando o trabalhador pelo alcance das suas satisfações. Quando isso acontece, podemos constatar: os funcionários trabalham melhor e consequentemente atingem mais rápido os objetivos da empresa. Tais ações são desenvolvidas em planos e programas que são acompanhados pelos gestores de área e de Recursos Humanos, para assim avaliarem os resultados obtidos perante a satisfação do funcionário e da empresa. Essas ações certamente exigem um investimento, o custo de cada implantação. É esta parte burocrática e financeira que fica a cargo do Departamento de Pessoal. As ações de Recursos Humanos iniciam-se no momento do recrutamento e da seleção, a busca pelo melhor profissional para a empresa, e continua por meio de todo o interesse e cuidado com o crescimento pessoal e profissional desse trabalhador, o que promove a retenção de talentos. O Departamento de Recursos Humanos hoje é intitulado em algumas empresas por nomenclaturas que expõem mais fortemente a parte holística da gestão de RH. Assim, ele assume as seguintes nomenclaturas: Gestão de Pessoas, Gestão de Talentos, Gestão do Potencial Humano e outras mais. Quem bem caracteriza esta mudança comportamental é Chiavenato (2009), considerado um dos gurus da área. Para ele, a definição de Gestão de Pessoas é: • O conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos P ág in a1 2 De p ar ta m en to p es so al humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e Avaliação de Desempenho; • A Gestão de Pessoas é a função na organização em que existe a relação com a provisão, o treinamento, o desenvolvimento, a motivação e a manutenção dos empregados. Agora que você compreendeu os atuais papéis do Departamento de Pessoal e de Recursos Humanos, poderemos falar sobre o recrutamento e a seleção. Nesta competência, você aprenderá os procedimentos de um recrutamento e será capaz de utilizar as principais técnicas de seleção. Vamos lá! Recrutar e selecionar Inicialmente, veremos os conceitos de recrutar e selecionar Recrutar, em uma linguagem simples, é o processo de atrair pessoas com habilidades, atitudes e conhecimentos específicos (competências) para um determinado cargo. Segundo Ribeiro (2012), recrutamento é um sistema de informações que visa atrair candidatos potencialmente qualificados, dos quais serão selecionados os futuros funcionários da organização. A função do recrutamento é suprir a seleção de pessoal de matéria-prima básica, ou seja, candidatos ao emprego. Selecionar, também em linguagem simples, é o processo de escolha do melhor perfil para a vaga. É o indivíduo certo no lugar certo. Conforme Marras (2009, p. 79), a seleção de pessoal é: “uma atividade de responsabilidade do sistema de administração de Recursos Humanos, que tem por finalidade escolher, sob metodologia específica, candidatos a empregos recebidos pelo setor de recrutamento, para o atendimento das necessidades internas da empresa”. P ág in a1 3 De p ar ta m en to p es so al Entendidos os conceitos de recrutamento e de seleção? Vamos à prática! Quando uma empresa necessita de um novo funcionário, normalmente o gerente da área demandante recorre ao Departamento de Recursos Humanos para fazer esta solicitação. O Recursos Humanos, de posse da solicitação, irá escolher o tipo de recrutamento a fazer, de acordo com as necessidades da vaga. Esse recrutamento poderá ser: interno, externo ou misto. Depois, o RH executará os procedimentos de recrutamento, que são: Recrutamento 1. Elaborar, em conjunto com o gestor da área demandante, o perfil funcional do cargo ou aprovar/alterar o já existente; 2. Aprovar a nova contratação junto a Diretoria, em termos de número de vagas, salário e benefícios; 3. Definir o período para o recrutamento. É a definição da data em que os currículos serão entregues; 4. Estabelecer os canais de comunicação, os meios de divulgação da vaga existente; 5. Desenvolver a comunicação, informando o cargo em aberto, número de vagas, salário, benefícios e perfil requerido para o trabalho. Dois pontos são fundamentais no processo de recrutamento: o perfil funcional do cargo/função e os canais de comunicação para a divulgação da existência da vaga. No perfil funcional, você deverá levantar, junto ao gestor solicitante da vaga, os seguintes dados: Competências requeridas e comportamento desejado (conhecimentos, atitudes e habilidades); • Necessidade ou não de experiência; • Comportamento desejado; • Grau de instrução; P ág in a1 4 De p ar ta m en to p es so al • Idade desejada; • Outros, de acordo com o cargo. A divulgação da vaga poderá ser realizada em um ou mais canais de comunicação, a exemplo: jornal, e-mail, site de relacionamento social, site da empresa, redes de relacionamento profissional, universidades, centro de estágio de estudantes, rádio, dentre outros. Seleção 1. Analisar os currículos recebidos da área de recrutamento e selecionar os que se aproximam do perfil funcional do cargo; 2. Agendar entrevistas individuais com os candidatos selecionados no processo de análise curricular; 3. Realizar as entrevistas individuais para levantar os dados do currículo relativos a experiências profissionais, conhecimentos e habilidades. Selecionar os que mais se aproximam do perfil funcional do cargo da empresa; 4. Aplicar um teste escrito para sondagem dos aspectos cognitivos do candidato. Selecionar aqueles mais aderentes às exigências do cargo; 5. Agendar um novo encontro com os candidatos selecionados na fase anterior para aplicação de uma dinâmica de grupo; 6. Escolher uma dinâmica de grupo adequada para o cargo e observar os aspectos comportamentais, atitudinais e de postura dos candidatos, efetuando uma análise comparativa de aderência ao perfil funcional. Aplicar neste mesmo encontro um estudo de caso, para P ág in a1 5 De p ar ta m en to p es so al verificar como os candidatos se desenvolvem perante uma problemática, analisando os aspectos de resolução de problemas,iniciativa, liderança, organização, entre outros. Diante dos dois processos, identificar os candidatos mais aderentes ao perfil; 7. Efetuar um teste psicológico específico para o cargo em seleção, se ainda perdurarem dúvidas quanto ao indicado a assumir o trabalho. O que você observou acima foram as técnicas de seleção mais utilizadas. Existem outras de maiores complexidades que são utilizadas de acordo com a necessidade de escolha para o cargo. Vamos agora entender essas técnicas de seleção. Entrevista individual Para que ela serve? De que forma é realizada? A entrevista individual possibilita ao entrevistador explorar os dados registrados no currículo. É realizada a partir de perguntas sobre as informações que sejam de interesse ao cargo, por exemplo: “você registrou em seu currículo uma experiência internacional. Fale-me sobre o que você vivenciou nessa época.” Com tal pergunta, você poderá ouvir as experiências profissionais e não profissionais vivenciadas pelo pretendente e, com isso, saber se elas são relevantes para o cargo em questão. Repita esse método com todos os dados do currículo os quais você deseje saber mais, independentemente de serem sobre a experiência profissional ou de vida. Você também deverá levantar as habilidades do candidato e solicitar que ele relate algum momento em que tenha utilizado a habilidade que ele diz ter. Aproveite para observar a postura, a forma de se apresentar, a linguagem utilizada e outros aspectos do possível P ág in a1 6 De p ar ta m en to p es so al novo funcionário. Por fim, procure realizar as entrevistas em local silencioso e reservado, de forma que você não seja interrompido pelas suas rotinas do trabalho. Dinâmica de grupo A dinâmica de grupo tem como intuito observar os candidatos em situação de coletividade. Nesses momentos, você deve perceber a iniciativa, a liderança, os comportamentos revelados, os desejados e não desejados, o espírito de colaboração e de equipe. Para a realização da dinâmica de grupo é importante que você solicite a apresentação de cada um dos candidatos em primeiro lugar. Essa apresentação já poderá ser uma dinâmica: divida o grupo em subgrupos, proponha uma conversa e peça posteriormente que um apresente o outro. Nessa fase se inicia o processo de observações sobre os comportamentos, a maneira de se expor (quem é mais desinibido, quem é mais tímido, quem é mais falante e o menos falante?). Depois, você também se apresenta e explica a outra dinâmica de sua escolha, garantindo as informações necessárias do que irá ocorrer e do que eles irão realizar. Observe todo o movimento da sala e anote tudo. Lembre-se de sempre fazer referência sobre quem é a observação e de procurar não escrever muito (para não perder outras observações). Logo, faça registros utilizando palavras- chaves. Não confie em sua cabeça, anote (mesmo!) toda observação, pois são muitos dados observados. Recrutamento de Estagiário Dentro desse contexto de recrutar e selecionar inclui-se também os estagiários. Nesse caso, podem-se realizar os procedimentos já descritos anteriormente ou simplesmente procurar um agente integrador de estágio. E o que é um agente integrador de estágio? É uma organização que promove a interlocução entre as instituições de ensino, o estagiário e a empresa. Essas P ág in a1 7 De p ar ta m en to p es so al organizações têm como papel principal efetuar a seleção para as empresas contratantes de acordo com o perfil das atividades a serem desenvolvidas. Agente externo O agente externo é uma empresa que tem como foco e papel principal atuar nos campos de recrutamento e de seleção, ofertando ao mercado de trabalho pessoas selecionas para contratação de acordo com o perfil do cargo/função. Para trabalhar com essas empresas é preciso atentar aos seguintes detalhes: • O perfil do cargo/função a ser preenchido já está definido? • Quais empresas existem no mercado com essa especialidade? • E qual lhe atenderá? Selecionada a empresa que irá atuar no processo de recrutamento e de seleção, você deverá buscar comunicação com a terceirizada objetivando: • Levantar os processos utilizados para recrutar e selecionar; • Discutir o perfil do cargo/função; • Definir a data de fechamento do processo; • Estabelecer a remuneração pelos serviços prestados. Depois iniciar o processo, esta é a forma de recrutar e selecionar utilizando um agente externo. P ág in a1 8 De p ar ta m en to p es so al PROCESSO PRÉ-ADMISSIONAL De forma geral o empregador não pode fazer uso de atos considerados discriminatórios com relação ao acesso de emprego dos trabalhadores e deste modo alguns cuidados devem ser observados e evitados na admissão e manutenção do contrato de trabalho: • Exigir experiência superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade; • Negar emprego ou trabalho para portadores do vírus HIV ou doentes de AIDS; • Exigir teste ou exame de gravidez na admissão ou para manutenção do contrato de trabalho; • Restringir o acesso à relação de emprego por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade. É proibido ao empregador ou seu preposto proceder à revista íntima nas empregadas ou funcionárias, inclusive suas clientes do sexo feminino. Artigo nº 442-A da Consolidação das Leis do Trabalho Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. (Incluído pela Lei nº 11.644, de 2008). Artigo nº 2, inciso I, da Lei nº 9.029 de 1.995 Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; P ág in a1 9 De p ar ta m en to p es so al Artigo nº 1 da Lei nº 9.029 de 1.995 Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Artigo nº 373-A, inciso IV e VI da Consolidação das Leis do Trabalho Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999) IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999) VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999) Artigo nº 7, inciso XXX e XXXI da Constituição Federal Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; P ág in a2 0 De p ar ta m en to p es so al XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; Lei nº 12.984 de 2.014 Publicada no DOU em 03.06.2014 LEI Nº 12.984, DE 2 JUNHO DE 2014. Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decretae eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias contra o portador do HIV e o doente de aids, em razão da sua condição de portador ou de doente: I - recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado; II - negar emprego ou trabalho; III - exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego; IV - segregar no ambiente de trabalho ou escolar; V - divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, com intuito de ofender lhe a dignidade; VI - recusar ou retardar atendimento de saúde. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 2 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Arthur Chioro Ideli Salvatti Publicado no DOU em 18.04.2016 P ág in a2 1 De p ar ta m en to p es so al LEI Nº 13.271, DE 15 DE ABRIL DE 2016. Dispõe sobre a proibição de revista íntima de funcionárias nos locais de trabalho e trata da revista íntima em ambientes prisionais. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º As empresas privadas, os órgãos e entidades da administração pública, direta e indireta, ficam proibidos de adotar qualquer prática de revista íntima de suas funcionárias e de clientes do sexo feminino. Art. 2º Pelo não cumprimento do art. 1o, ficam os infratores sujeitos a: I - multa de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao empregador, revertidos aos órgãos de proteção dos direitos da mulher; II - multa em dobro do valor estipulado no inciso I, em caso de reincidência, independentemente da indenização por danos morais e materiais e sanções de ordem penal. Art. 3º (VETADO). Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 15 de abril de 2016; 195º da Independência e 128º da República. DILMA ROUSSEFF Eugênio José Guilherme de Aragão Artigo nº 1 da Portaria do MTe nº 41 de 2.007 Art. 1º Proibir ao empregador que, na contratação ou na manutenção do emprego do trabalhador, faça a exigência de quaisquer documentos discriminatórios ou obstativos para a contratação, especialmente certidão negativa de reclamatória trabalhista, teste, exame, perícia, laudo, atestado ou declaração relativos à esterilização ou a estado de gravidez. Artigo nº 2 da Portaria do MTe nº 1.246 de 2.010 Art. 2º Não será permitida, de forma direta ou indireta, nos exames médicos por ocasião da admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno, P ág in a2 2 De p ar ta m en to p es so al demissão ou outros ligados à relação de emprego, a testagem do trabalhador quanto ao HIV. CUIDADOS COM OS PRESTADORES DE SERVIÇOS Recontratação comum O empregador que dispensar sem justa causa o empregado não pode recontratá-lo dentro de 90 (noventa) dias da data em que ocorreu a rescisão de contrato de trabalho por ser considerada uma prática fraudulenta perante o FGTS e o benefício do seguro-desemprego. Artigo nº 2 da Portaria do MTe nº 384 de 1.992 Art. 2° Considera-se fraudulenta a rescisão seguida de recontratação ou de permanência do trabalhador em serviço quando ocorrida dentro dos noventa dias subsequentes à data em que formalmente a rescisão se operou. P ág in a2 3 De p ar ta m en to p es so al Reutilização de trabalhador temporário O empregador, na condição de tomador de serviços de trabalhador temporário por intermédio de empresa de trabalho temporário, não pode usufruir dos serviços deste mesmo trabalhador como temporário dentro de 90 (noventa) dias da cessação do término do contrato de trabalho temporário anterior (desde que esgotado todos os prazos de duração e prorrogação). Artigo nº 10, § 1º, § 2º e § 5º da Lei nº 6.019 de 1.964 § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 5º O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias P ág in a2 4 De p ar ta m en to p es so al do término do contrato anterior. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) Reutilização de trabalhador terceirizado P ág in a2 5 De p ar ta m en to p es so al O empregador, na condição de tomador de serviços de trabalhador terceirizado por intermédio de empresa de terceirização, não pode usufruir dos serviços deste mesmo trabalhador ou da empresa de terceirização nas seguintes condições: • Quando demitido pelo empregador (contratante) dentro de 18 (dezoito) meses da data de demissão desde que o prestador tenha se tornado empregado da empresa de terceirização; • Quando demitido pelo empregador (contratante) dentro de 18 (dezoito) meses da data de demissão desde que o ex-empregado tenha se tornado sócio ou titular de empresa de terceirização, inclusive o trabalhador sem vínculo empregatício. Artigo nº 5-C e nº 5-D da Lei nº 6.019 de 1.974 Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) P ág in a2 6 De p ar ta m en to p es so al P ág in a2 7 De p ar ta m en to p es so al Aula 02 Exame médico admissional O candidato aprovado no processo de recrutamento e seleção de determinado cargo, antes de iniciar a prestação de serviços dentro de uma entidade empresarial, deve realizar o exame médico admissional a fim de que seja constatada sua aptidão ou inaptidão para o exercício de suas funções O atestado de saúde ocupacional deve ser emitido pelo médico em 2 (duas) vias sendo a primeira destinada ao empregador e a segunda via destinada ao empregado. A entrega da segunda via do ASO ao empregado exige recibo de entrega na primeira via. Item 7.4.4.2 da Norma Regulamentadora nº 7 do Mte 7.4.4.2 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via. P ág in a2 8 De p ar ta m en to p es so al O candidato considerado apto através do “atestado de saúde ocupacional – ASO” deve apresentar a empresa os documentos admissionais solicitados para registro da admissão. Normalmente é fornecido ao candidato um documento com a relação de todos os itens solicitados pelo empregador para registro CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL admissional, sejam eles sob a forma original ou fotocópia. Relação de documentos admissionais P ág in a2 9 De p ar ta m en to p es so al P ág in a3 0 De p ar ta m en to p es so al Aula 03 eSocial e Carteira de Trabalho Digital O eSocial é um projeto que integra o SPED – Sistema de Escrituração Pública Digital. Ele foi instituídocom o objetivo de consolidar e simplificar a entrega dos processos trabalhistas, previdenciários e fiscais em todo país. Desta forma, ele irá unificar os bancos de dados entre o Ministério do Trabalho e Emprego, a Seguridade Social, a Caixa Econômica Federal e a Receita Federal. O eSocial foi instituído pelo Decreto 6022, em 22/01/2007, e é regulado pelo Ato Declaratório 5 de 17/07/2013 Este projeto do Governo Federal tem como objetivo principal desenvolver um sistema que simplifica e informatiza o controle das informações empregatícias dos colaboradores. Através dele, será possível assegurar todos os direitos previdenciários e trabalhistas e melhorar a qualidade das informações sobre o trabalho. Ou seja, o objetivo é acabar com envio repetitivo de informação, concentrando todas às informações em um único sistema eletrônico. As empresas poderão simplificar o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, pois as regras não serão modificadas, apenas a forma como os dados serão enviados e armazenados é que irá mudar. Certificação eletrônica ICP-Brasil A utilização da certificação eletrônica ICP-Brasil com relação ao eSocial ocorre para: • Assinar e transmitir eventos; • Acessar o eSocial (via portal – uma das formas); • Acessar o eSocial (via webservice – regra geral); • Outorgar poderes mediante procuração eletrônica; P ág in a3 1 De p ar ta m en to p es so al • Consultar a qualificação cadastral (via arquivo em lote). Sistema informatizado de folha de pagamento Quando a forma de acesso ao eSocial ocorrer via webservice (regra geral) a utilização do sistema informatizado de folha de pagamento se faz necessária para geração (*.xml) e validação (*.xsd) dos eventos de tabelas, não periódicos e periódicos, inclusive os eventos de comunicação. Qualificação cadastral O serviço online (de uso facultativo) disponível no portal eSocial denominado “consulta qualificação cadastral” é destinado a verificar a consistência dos dados cadastrais do empregado no banco de dados da RFB com relação ao CPF e no banco de dados da Previdência Social com relação ao NIS (PIS, NIT ou PASEP) tendo em vista que o identificador do empregado no eSocial ocorre pela combinação do número do CPF e do número do NIS e caso haja inconsistência nestes dados cadastrais o banco de dados do eSocial irá retornar erro quando transmitido o evento “admissão|ingresso do trabalhador”. A consulta da qualificação cadastral é realizada com base no número do CPF e do NIS, data de nascimento e nome do trabalhador através de digitação manual de dados ou através de consulta em lote (arquivo), neste último com a utilização de certificação eletrônica ICPBrasil. Declaração antes do início da prestação de serviços Como regra geral à inclusão do empregado no eSocial é realizada através do evento “admissão|ingresso do trabalhador” e sua transmissão para o banco de dados do eSocial deve ocorrer antes do início da prestação de serviços porém, de forma facultativa, o empregador pode fazer uso do evento “admissão de trabalhador|registro preliminar”, sem dispensar o uso do evento “admissão P ág in a3 2 De p ar ta m en to p es so al ingresso do trabalhador”, para incluir provisoriamente o empregado no banco de dados do eSocial apenas com a declaração do número do CPF, data de admissão e data de nascimento, observado o mesmo prazo de transmissão (antes do início da prestação de serviços). O evento “admissão de trabalhador|registro preliminar” quando transmitido para o banco de dados do eSocial antes do início da prestação de serviços posterga o prazo de envio do evento “admissão|ingresso do trabalhador” para até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da competência. A utilização do evento “convocação para o trabalho intermitente” não dispensa a transmissão do evento “admissão|ingresso do trabalhador” e também deve ser transmitido para o banco de dados do eSocial antes do início da prestação de serviços. P ág in a3 3 De p ar ta m en to p es so al Estrutura admissional no eSocial P ág in a3 4 De p ar ta m en to p es so al Dados pessoais (extração de dados) P ág in a3 5 De p ar ta m en to p es so al Estrutura geral do processo admissional P ág in a3 6 De p ar ta m en to p es so al Passo-a-passo do processo admissional 1º Passo – Registrar o candidato Ficha registro de empregado 2º Passo – Emitir os documentos admissionais - Contrato de experiência - Termo de prorrogação de jornada de trabalho - Termo de compensação de jornada de trabalho - Comprovante de entrega da CTPS - Comprovante de devolução da CTPS - Ficha registro do empregado - Opção do vale-transporte - Autorização para desconto da refeição 3º Passo – Arquivar os documentos • Contrato de experiência • Termo de prorrogação de jornada • Termo de compensação de jornada • Comprovante de entrega da CTPS • Comprovante de devolução da CTPS • Opção do vale-transporte • Autorização para desconto da refeição • Cópia da CTPS • Cópia do histórico escolar P ág in a3 7 De p ar ta m en to p es so al • Cópia do RG e CPF • Cópia do comprovante de endereço Anotações na CTPS Carteira de trabalho em branco; Carteira de T. com registro manual. P ág in a3 8 De p ar ta m en to p es so al P ág in a3 9 De p ar ta m en to p es so al P ág in a4 0 De p ar ta m en to p es so al P ág in a4 1 De p ar ta m en to p es so al Aula 04 Contrato de trabalho Contrato de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego (art.442 da CLT). Embora o contrato individual de trabalho possa ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado, é recomendável que na admissão de um empregado, o empregador faça o contrato por escrito, independente da forma de admissão. Contrato de experiência O contrato de experiência é uma modalidade do contrato por prazo determinado, que tem como finalidade verificar se o empregado tem perfil para exercer o cargo em questão. Em contrapartida, o empregado, na vigência do referido contrato, também deverá verificar se adapta ou não à estrutura e cultura da empresa. O contrato de experiência não poderá exceder 90 dias, conforme evidencia o artigo 445, parágrafo único da CLT. Já no artigo 451 da CLT, consta que o contrato de experiência poderá sofrer apenas uma prorrogação, que ocorrendo automaticamente será considerado contrato por prazo indeterminado. Independentemente de estar em experiência, a permanência do empregado, deve ser registrada em carteira. Termo de prorrogação O termo de prorrogação do contrato de trabalho se dá após 45 dias em que o empregado iniciou suas atividades. No caso de ambas as partes decidirem continuar, o contrato pode ser prorrogado por mais 45 dias, conforme art. 451 CLT. P ág in a4 2 De p ar ta m en to p es so al Passados os 90 dias e não rescindido, o contrato torna-se, automaticamente, prazo indeterminado, ocasionando a contratação efetiva do empregado. Apesar de ser um contrato de experiência, a forma de registro não difere dos outros empregados, devendo haver o registro na carteira de trabalho no prazo máximo de 48 horas, na parte de "anotações gerais". Seguridade Ao empregado que está cumprindo o contrato de experiência, fica garantido, em caso de doença, o benefício de auxílio-doença. Ocorrendo esse fato, o contrato é interrompido após o 16° dia e retomado após o trabalhador receber alta do INSS. Em caso de acidente de trabalho, o contrato será consideradoefetivo por toda sua duração, mesmo que o tempo de afastamento seja superior. Rescisão de contrato Quando uma das partes não tem interesse na prorrogação, algumas situações devem ser consideradas: Direitos do empregado: *Varia de acordo com o tipo de rescisão. • Saldo do salário; • 13° proporcional; • Férias e 1/3 de férias proporcionais; • Saque do FGTS recolhido no período; • Horas extras, adicionais e gratificações, se houver; • O empregado não tem direito: • Multa de 40% sobre o saldo do FGTS; P ág in a4 3 De p ar ta m en to p es so al • Seguro-desemprego; • Aviso prévio; • Indenização. Rescisão por parte do empregador Caso a empresa não esteja satisfeita com o trabalho desenvolvido pelo empregado, ela poderá finalizar o contrato até o último dia previsto para seu término. Se a demissão ocorrer sem justa causa antes do final do período previsto de experiência, a empresa deverá pagar metade de tudo que o trabalhador receberia se cumprisse 100% do contrato. Assim, como exemplo, temos: Caso o empregado começasse a trabalhar em 01/03/15 e o término fosse em 31/05/15. março trabalhou e recebeu = R$ 1.000,00 abril, não trabalhou, porém, terá o direito de receber R$ 500,00 (50% do combinado) a título de indenização. Maio, não trabalhou, porém, terá o direito de receber R$ 500,00 (50% do combinado) a título de indenização. Neste caso, a empresa não tem direito: • Aviso prévio; • 13° Salário; • Férias proporcionais acrescidas de 1/3; • FGTS, acrescidos de 40% (art. 479 CLT). Rescisão por parte do empregado O empregado pode aguardar até o último dia previsto para o encerramento do período de experiência e entregar no último dia um comunicado por escrito dizendo que não tem interesse em permanecer no trabalho, entregando uma via para a empresa e solicitando protocolo do recebimento P ág in a4 4 De p ar ta m en to p es so al em sua via. Dessa forma, ele não terá que cumprir o período de aviso prévio e receberá tanto os dias trabalhados como o 13. proporcional. (art. 480 CLT). Caso o empregado não comunique seu desligamento antes do termino do contra 10, a empresa poderá cobrar multa por rompimento do contrato antes do prazo. Esta multa segue a mesma regra de quando o empregador demite o empregado antes do final do período previsto de experiência, isto é, o empregado deve pagar ao empregador 50% dos dias que faltarem para o seu término, que será descontado dos dias trabalhados e do 13° proporcional. Caso a diferença for negativa, a rescisão será zerada (art. 481 CLT). Regulamento interno Regulamento interno é um documento de ordem particular de cada organização, contendo um conjunto de regras, visando estabelecer ordem e bem-estar a todos os integrantes da empresa, desde que não altere a CLT. Empresas bem estruturadas e organizadas têm sua cultura definida, sendo que um dos meios de manter essa organização é através de regras. O regulamento interno pode ser desenvolvido pela administração da empresa e imposta aos empregados para que se mantenha um nível de ordem dentro da organização. Segundo o artigo 444 da CLT, as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção do trabalho, dos contratos coletivos que es sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Acordo de compensação de horas P ág in a4 5 De p ar ta m en to p es so al Compensação de horas de trabalho corresponde em acrescer à jornada de determinados dias em função de outro suprimido, sem que essas horas configurem como horas extras. Geralmente, a compensação de horas tem como objetivo a redução do trabalho aos sábados ou compensação de dias para emendas de feriados. Para qualquer ocasião, deve ser redigido um documento onde as duas partes estejam de acordo com a realização dessas horas a serem compensadas. O acordo de compensação de horas é um documento interno, que pode ser redigido pelo departamento pessoal. Estágio Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio faz parte de um processo de formação do futuro profissional. Ao realizar o estágio, o aluno adquire experiência prática de tudo o que aprendeu na teoria, possibilitando melhor entendimento sobre as informações recebidas ao longo de seu curso. A participação de empresas, que deve ter relação de sua atividade com o curso desenvolvido pelo estagiário, é fundamental neste processo, pois ao final do estágio, o estudante estará mais preparado para enfrentar o mundo profissional sem impactos frustrantes. No estágio, são desenvolvidos a consciência da produtividade, a observação e comunicação de ideias, nada que experiências são adquiridas, incentivando e estimulando o senso crítico e a criatividade. P ág in a4 6 De p ar ta m en to p es so al Existem empresas que usam esse processo para se valer da mão de obra mais barata e sem obrigações trabalhistas, uma vez que o estagiário não tem vínculo empregatício. Porém, isso não é bem visto, uma vez que o estágio também tem suas regras e está calçado sob regulamentação. Regulamentação do estágio A Lei 11.788/2008, que revogou a Lei no 6.494/77, estabeleceu novas normas quanto à contratação de estudantes na condição de estagiários. Forme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso, o estágio poderá ser: Obrigatório: é aquele definido como tal no projeto do curso, cujo carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. Não obrigatório: é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Conforme diz a lei, a jornada de atividade em estágio, que poderá ser definida de comum acordo entre a instituição de ensino e o aluno estagiário (se menor de idade, através de seu representante legal), deve constar no termo de compromisso que seja compatível com as atividades escolares não ultrapassando: 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais: no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais: no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. Poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, o estágio referente a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais. Contudo essa informação deverá estar prevista no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. P ág in a4 7 De p ar ta m en to p es so al Direitos A Lei 11.788/2008 acrescentou alguns direitos dos estagiários, que antes não eram previstos, como férias (quando do recesso escolar) remuneradas de 30 dias ou proporcional (se o contrato de estágio for menor que 1 ano), vale- transporte, jornada de trabalho reduzida, reserva de percentual para estagiários portadores de deficiência. A lei do estágio desobriga os empregadores a pagar 1/3 de ferias para seus estagiários. Há, ainda, a possibilidade do estágio não ser remunerado pelo seu trabalho. Nesse caso a empresa fica isenta também dessa obrigação. Vínculo empregatício Sem vínculo empregatício, o estagiário não precisa ser cadastrado no PIS/ PASEP, não precisa ter contrato de experiência, não tem direito al3o salário, aviso prévio,verbas rescisórias, FGTS, entre outros direitos trabalhistas se equiparando aos empregados regidos pela CLT. Da mesma forma, não se estende os benefícios como vale alimentação, assistência médica, odontológica e etc., ficando a critério da empresa conceder ou não tais benefícios. A Lei que regulamenta o estágio define critérios para a empresa formalizá-lo: Verificar matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; Termo de compromisso entre as partes; A empresa concedente deve realizar atividades compatíveis com aquelas desenvolvidas no estágio e previstas no termo de compromisso; P ág in a4 8 De p ar ta m en to p es so al Deve haver orientação e supervisão de funcionário do quadro de pessoal da parte cedente(empresa), que deverá ter formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário; A contratação de estagiários é diretamente relacionada (proporcional) ao número de empregados da empresa, ou seja, o número de estagiários em relação ao quadro de pessoal das empresas concedentes de estágio, tem limites, atendendo às seguintes proporções: Entre 1 até 5 empregados: 1 estagiário; Entre 6 até 10 empregados: até 2 estagiários; Entre 11 até 25 empregados: até 5 estagiários; Mais de 25 empregados, o cálculo é de até 20% (vinte por cento) estagiários. A fração deve ser arredondada para o número inteiro imediatamente superior. A nova lei do estágio determina um limite máximo de vagas para a contratação de estagiários em uma empresa, considerando o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio. No caso de a empresa possuir filiais ou estabelecimentos, as quantidades previstas acima deverão ser aplicadas para cada filial ou estabelecimento separadamente. Descontos O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é o único desconto possível que pode ter da bolsa-estágio, de acordo com a faixa tributável, conforme tabela do IRRF. Fiscalização Compete à Delegacia Regional do Trabalho a fiscalização da lei. Caso apure- se irregularidades, pode ser aplicada uma multa, por estagiário irregular, valor este que poderá ser duplicado em caso de reincidências. P ág in a4 9 De p ar ta m en to p es so al Por isso, é preciso que o empregador esteja atento aos critérios legais relacionados acima, e principalmente, à quantidade de estagiários contratados em relação ao quadro da área ou da empresa, o que pode, muitas vezes, caracterizar a substituição de empregados efetivos por estagiários. Aprendiz Pode ser aprendiz o adolescente ou jovem entre 14 e 24 anos, matriculado e frequentando a escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrito em programa de aprendizagem (art. 428, caput e § 1o, da CLT). Se o aprendiz for pessoa com deficiência, não há limite máximo de idade para a contratação (art. 428, § 5o, da CLT). Prioridade A contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente, aos adolescentes entre quatorze e dezoito anos, exceto quando as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento, sujeitando os aprendizes à insalubridade (risco a saúde) ou à periculosidade (risco a vida). Deveres da empresa concedente Para que o jovem aprendiz desenvolva suas atividades numa empresa de forma legalizada, é necessário que a empresa: • Registre na carteira de trabalho do aprendiz, anotando na parte de "anotações gerais" o contrato especial de trabalho; • Garanta os direitos trabalhistas e previdenciários do trabalhador aprendiz, incluindo a cobertura contra acidentes de trabalho; P ág in a5 0 De p ar ta m en to p es so al • Garanta as férias do trabalhador aprendiz, coincidindo com um dos períodos das férias escolares do ensino regular, sendo vedado o parcelamento das mesmas; • Remunere o aprendiz, tendo como base o salário mínimo, e será a ele proporcional de acordo com o número de horas trabalhadas. Deveres do aprendiz • Cumprimento das tarefas determinadas; • Frequência regular na escola e na empresa e nos horários indicados; • Está sujeito à advertência e punição, inclusive rompimento do contrato por justa causa, no caso do descumprimento do item acima citado. Direitos do aprendiz • Contrato de trabalho especial, por escrito, anotado na carteira de trabalho, em "anotações gerais"; • Garantia de formação técnica e profissional; • Jornada de trabalho máxima de 6 horas, se estiver cursando até o 9° ano; Jornada de trabalho máxima de 8 horas, se estiver cursando o ensino médio; • Proibida a realização de horas extras; • Proibida a compensação de horas; • Certificado de qualificação profissional, dado pelo empregador. • Os demais direitos trabalhistas e previdenciários do empregado aprendiz são os mesmos aplicáveis aos demais empregados, ou seja, 13o salário. repouso semanal remunerado, auxílio-doença, férias, aposentadoria etc. P ág in a5 1 De p ar ta m en to p es so al • A alíquota do FGTS é de 2%, devendo ser recolhida pelo Código no 7 da Caixa Econômica Federal (art. 24, parágrafo único, do Decreto no 5.598/05). Descontos Ocorre o desconto do INSS (contribuição devida à seguridade social), qualificando-o como segurado. O desconto é aplicado como dos demais empregados, conforme tabela de contribuição do INSS. P ág in a5 2 De p ar ta m en to p es so al P ág in a5 3 De p ar ta m en to p es so al Aula 05 Jornada de Trabalho, e conversão de horas Jornada de trabalho Quando um funcionário é contratado por uma empresa, deve saber qual o horário de trabalho, em qual setor realizará suas atividades e o valor que recebe rá. Determinar o período é definir a jornada de trabalho. Jornada é o período de tempo que o empregado permanecerá disponível para o empregador. Define o artigo 4o da CLT que: "Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada". O período normal de tempo diário e semanal que um empregado ficará disponível para a empresa é definido por lei. A legislação trabalhista estabelece que a jornada de trabalho normal deve ser de até 8 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais. Isso é válido, tanto para os funcionários urbanos quanto para os rurais. Veja o que diz a lei no artigo 7°, inciso XIII da constituição federal de 1988: "Duração do trabalho normalmente não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Contudo, empresas em que o funcionamento é contínuo, ou seja, que não interrompem suas atividades, os colaboradores trocam de turno para os respectivos descansos, podendo variar inclusive o período de trabalho, e a jornada diária. Podemos citar como exemplo, profissionais de hospitais e montadora de automóveis, para os quais a lei determina que: "Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva", conforme o artigo 7o, inciso XIV da CLT. P ág in a5 4 De p ar ta m en to p es so al Existem funções especiais em que a jornada diária é reduzida, como ocorre com telefonistas, que segundo o artigo 227 da CLT: "Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de 6 horas contínuas de trabalho por diaou 36 horas semanais". Conforme a jornada diária de trabalho, é de direito do colaborador um intervalo para refeição ou repouso, assim como entre uma jornada e outra ele deverá descansar uma quantidade mínima de horas. A legislação trabalhista determina, também, que o empregado tenha um dia de descanso durante a semana. Descanso intra-jornada: Estabelece o artigo 66 da CLT que: “Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso, ou seja, entre o final de uma jornada diária de trabalho e o início da próxima jornada, o funcionário deverá ter um intervalo para descanso de no mínimo 11 horas". Repouso semanal: Estabelece o artigo 67 da CLT que: “Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte". Parágrafo único: "Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização". Em outras palavras, a lei determina que o trabalhador tenha uma folga semanal e que, de preferência, esse dia seja aos domingos. Para o empregado ou grupo de empregados que trabalham aos domingos, deve haver P ág in a5 5 De p ar ta m en to p es so al revezamento de trabalho, assim todos os funcionários têm a possibilidade de descanso pelo menos um domingo durante o mês. A contagem semanalmente se dá: sete dias, sendo seis dias normais de trabalho (de segunda a sábado) e um de descanso (domingo). Os feriados serão, também, considerados dias de descanso. Em uma jornada diária de trabalho contínua, o empregado necessita de um intervalo para alimentação e repouso, conforme diz o artigo 71 da CLT: Para uma jornada diária de trabalho acima de seis horas, deverá ser concedido ao colaborador no mínimo uma hora e no máximo duas horas para repouso ou alimentação; Jornada de trabalho, conversão de horas Em uma jornada diária acima de quatro e menor ou igual colaborador deverá fazer 15 minutos de intervalo; Para jornadas diárias menores que 4 horas, não há intervalo; Quando não são concedidas as pausas acima referidas, o empregador ficará obrigado a remunerar como hora extra o período correspondente. Conversão de horas Para controlar jornadas diárias, semanais, horas extras, e ao somar ou subtrair períodos de horas, os minutos podem ultrapassar ou serem iguais a 60. Quando isso ocorre, é necessário a transformação deles. Por exemplo, 01:80, mas sim 02:20. Para realizar esse cálculo é preciso saber que: 1 hora = 60 minutos 1 minuto = 60 segundos P ág in a5 6 De p ar ta m en to p es so al Se a cada uma hora temos 60 minutos, 4 horas é igual a 240 minutos. Para obter este resultado, é preciso multiplicar quatro horas por 60 minutos. Para transformar horas em minutos, é necessário multiplicar as horas por 60 minutos. Como transformar minutos em horas? Divisão dos minutos por 60, por exemplo: 30 minutos transformados em hora é = 30 / 60 = 12 hora (0,5 hora) 30 minutos = 0,5 hora (representada em decimal) Para transformarmos minutos em horas, dividimos os minutos por 60. Assim, 150 minutos correspondem a quantas horas? Encontramos 2 horas inteiras + 0,5, em que lemos 5 décimos desta hora. Podemos transformar os decimais em minutos multiplicando-os por 60. 0,5 X 60 = 30, então: 2, 5 horas é igual a 02:30. As horas representadas pelo relógio horas-minutos-segundos (entre um e outro há os dois pontos) são chamadas de sexagesimais e quando a hora inteira é acompanhada por um valor centesimal ou decimal, chamamos centésimos (duas casas depois da vírgula) ou décimos de horas (1 casa depois da vírgula) Somando horas e minutos Muitos cálculos realizados no setor de departamento pessoal envolveram horas. Por isso é preciso saber a jornada de trabalho dos trabalhadores, horário de entrada, saída e refeição. Esse trabalho ficará um pouco mais fácil se houver softwares, sistemas ou planilhas eletrônicas. Porém, ainda assim, é necessário que saibamos fazer os cálculos. Somados horas e minutos manualmente: P ág in a5 7 De p ar ta m en to p es so al Quando houver horas e minutos, somam-se em primeiro lugar os minutos. Iniciaremos com a soma dos minutos: 59 minutos + 59 minutos = 118 minutos Vamos transformar 118 minutos em horas: O resultado da divisão de 118 minutos por 60 minutos foi 1,96666... Temos 1 hora inteira + 0,97. Para encontrar os minutos, multiplicaremos os centésimos por 60. O resultado será 58 minutos. Portanto, 118 minutos correspondem a 01:58. Arredondamento de valores Home Não há a necessidade de representar os centésimos de horas com vários algarismos, podemos arredondar para dois dígitos, usando a seguinte regra: Para apenas dois dígitos após a vírgula, o 3o número e os demais após ele serão descartados, mas antes disso observamos se este 3 número é maior ou menor que 5. Se for maior, será acrescido 1 unidade ao 2 número. No exemplo abaixo, como o 7 é maior que 5, será adicionada uma unidade ao número 3 (2° número). Logo, ele passará a ser quatro e os demais números na sequência serão descartados. Vejamos: 6,737272 6,74 E se o 7 fosse um número menor que 5, como ficaria? 6,733333 O terceiro número é menor que 5. Neste caso, o anterior a ele não será alterado, e os demais a partir do 3° serão descartados, ficando assim: O terceiro número é menor que 5. Neste caso, o anterior a ele não será alterado, e os demais a partir do 3° serão descartados, ficando assim: 6,73 P ág in a5 8 De p ar ta m en to p es so al Registro eletrônico de ponto O parágrafo 2o do artigo 74 da CLT prevê que: "Para os estabelecimentos de mais de 10 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso". Como se vê, segundo a CLT, a jornada diária dos trabalhadores das empresas com mais de 10 empregados deve ser registrada diariamente, inclusive constatando-se o período de alimentação ou repouso. Estas anotações podem ser feitas manualmente (livros e fichas), ou em equipamentos eletrônicos ou mecânicos. Os registros das entradas e saídas chamamos de marcação de ponto ou controle de ponto. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determinou através da portaria 1510/2009 regras para os equipamentos eletrônicos que fazem a marcação da jornada de trabalho diária dos empregados. São várias exigências, dentre elas, a emissão de um comprovante de cada entrada e saída do trabalhador. O equipamento eletrônico é chamado REP (registro eletrônico de ponto). O aparelho coleta as informações através de cartões magnéticos ou pelas digitais dos funcionários e as armazena em um software conectado a ele. Estas informações podem ser consultadas e impressas sempre que necessário. Observações: As empresas que já usam o registro de ponto manual ou mecânico não precisam migrar para o eletrônico. Porém se for adotado o controle das jornadas através do eletrônico, este obrigatoriamente deve estar em conformidade com as especificações determinadas pela portaria 1510/2009 MTE. A lei determina a obrigatoriedade do registro das horas trabalhadas para as empresas com mais de 10 funcionários; porém, é sugerido que as P ág in a5 9 De p ar ta m en to p es so al organizações com o número inferior a 10 trabalhadores também façam a marcação mesmo que manualmente. Espelho de ponto Diariamente o colaborador registra o horário de sua entrada e saída para o descanso, assim como
Compartilhar