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ATIVIDADE INTEGRADORA - Doença inflamatória intestinal

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
PROBLEMA 3M2 – “QUE DIARREIA HORRÍVEL!” 
Chega ao consultório uma senhora contando a seguinte história: “Minha filha Alana está com diarreia. Tudo começou 
há alguns meses quando parei de lhe dar o peito. Desde então ela parou de crescer e começou a perder peso. A 
diarreia era volumosa e de odor muito ruim, frequente (cinco a sete evacuações/dia), fezes amolecidas, com restos 
alimentares, sem sangue ou muco que persiste até o momento”. Quando fui investigar descobri que ele também 
estava com anemia. Mas há uma semana tudo piorou quando ela começou apresentar lesões pelo corpo que o 
dermatologista disse se tratar de dermatite herpetiforme.” 
A criança foi amamentada até dez meses, quando foi introduzido leite em pó integral no esquema alimentar da 
criança. O trigo vem sendo oferecido para a criança desde os sete meses de idade. Ao exame físico, Alana 
apresentava-se irritada, hipocorada e com abdome distendido. Peso = 7.650g e estatura = 76cm. 
O pediatra explicou para a mãe as principais possibilidades diagnósticas, mas disse que somente com os resultados 
de uma série de exames solicitados, poderia comprovar suas hipóteses. A mãe saiu preocupada, pois acha que terá 
dificuldades, tanto econômicas como na dinâmica familiar para cuidar de sua filha. 
Resultados de exames: 
Pesquisa de substâncias redutoras nas fezes: negativo; Pesquisa de gordura fecal: menor que 3g/24 horas; 
Pesquisa de Alfa-1-antitripsina fecal: menor que 3,0 mg/g fezes secas; Anticorpo anti-endomíseo (EMA) positivo; 
Anticorpo anti-transglutaminase (iTG) – positivo; Teste do suor (Cloretos) – menor que 40 mEq/L. 
Alana tem uma irmã de 23 anos de idade, Janaína, que também procurou atendimento médico por estar 
apresentando diarreia crônica, acompanhada de emagrecimento progressivo. Há 5 meses evacua em média 7 
vezes/dia. As fezes são líquidas e sem sangue. Refere, também, aftas orais de repetição e artralgia. Nesse período, 
já emagreceu 10 Kg, chegando nesta consulta com 56 Kg e muito apática. Ela disse que não consegue trabalhar e 
que está muito preocupada em perder o emprego. 
O médico explica que um diagnóstico provável é doença inflamatória intestinal. Após longa conversa com a paciente, 
ele solicita colonoscopia para a confirmação diagnóstica, bem como para a definição do tipo da doença. Janaína, 
preocupada, perguntou se existem muitos tipos de doenças inflamatórias e se existe cura para todos os tipos. 
Retornou com colonoscopia mostrando úlceras aftóides, ulcerações longitudinais e serpiginosas em toda extensão do 
intestino, poupando reto, com aspecto em "pedra de calçamento". Diante do quadro foi iniciado prednisona 60mg 
pela manhã e messalazina 8/8h. 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
1) Discutir conceito, epidemiologia, fisiopatologia da doença celíaca (DC) e diagnósticos diferenciais de 
diarréia por má absorção. 
2) Compreender quadro clínico, formas de apresentação da DC, o diagnóstico, as principais condições 
associadas e o tratamento não farmacológico de doença celíaca. 
3) Compreender conceito e mecanismos fisiopatológicos da doença inflamatória intestinal (DII). 
4) Discutir quadro clínico, classificação, critérios diagnósticos e diagnóstico diferencial da DII. 
5) Estudar o tratamento da DII, entendendo a farmacologia das drogas utilizadas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: 
- Consenso sobre Tratamento da Doença Inflamatória Intestinal. Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal 
do Brasil (GEDIIB), 2010. 
- Características e diagnóstico diferencial das doenças inflamatórias intestinais. JBM l JANEIRO/FEVEREIRO, 2015 l 
VOL. 103 l No 1 
- Doença inflamatória intestinal: uma perspectiva global. World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines , 
2009 
- Froes RSB. Tratamento convencional na Doença inflamatória intestinal: Revista Hospital Universitário Pedro 
Ernesto. 2012; 11(4):27-32. 
- Goldman et al. Cecil Medicina. Capítulo: Doenças Gastrintestinais 
- Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado. 9ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
- Am J Gastroenterol 2016; 111:12–14; doi: 10.1038/ajg.2015.219; published online 11 August 2015. Gluten 
Introduction, Breastfeeding, and Celiac Disease: Back to the Drawing Board 
- Guia de medicina ambulatorial e hospitalar UNIFESP. Gastroenterologia. 2 edicao. Sender Jankiel Miszputen. 
- Diagnosis of celiac disease in adults - UpToDate 
- http://www.fbg.org.br/Arquivos/Inform_J9JVVS.pdf 
- http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf 
 
IRAT: 
Questão 01 
___________________________________ 
Qual das doenças abaixo está mais associada a 
doença celíaca? 
a)Herpes zoster. 
Pode ocorrer como consequência do comprometimento 
imunológico. 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
b)Dermatite herpetiforme. Não responde a retirada do 
gluten. São vesículas muito pruriginosas. 
c)Dermatite atópica. 
d)Rosácea 
 
A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão 
de glúten – contido em cereais como cevada, centeio, 
trigo e malte – em indivíduos geneticamente 
predispostos. 
É caracterizada por um processo inflamatório que 
envolve a mucosa do intestino delgado, levando a 
atrofia das vilosidades intestinais, má absorção e uma 
variedade de manifestações clínicas. 
As proteínas do glúten são resistentes às enzimas 
digestivas, resultando em derivados peptídeos que 
podem levar à resposta imunogênica em pacientes com 
DC. 
As manifestações clínicas da DC podem envolver: 
• Trato gastrointestinal 
• Pele – a dermatite herpetiforme é uma 
manifestação patognomônica. 
• Fígado 
• Sistema nervoso 
• Sistema reprodutivo 
• Ossos 
• Sistema endócrino 
 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf 
 
Dermatite herpetiforme: 
É uma doença autoimune que provoca aglomerados de 
bolhas avermelhadas e intensamente pruriginosas e 
edemas semelhantes a urticária em pessoas com 
doença celíaca. 
Dermatite herpetiforme é uma erupção cutânea 
crônica, autoimune, papulovesicular e intensamente 
pruriginosa fortemente associada à doença celíaca. Os 
achados típicos são aglomerados de lesões urticárias 
eritematosas e intensamente pruriginosas, bem como 
vesículas, pápulas e bolhas, geralmente distribuídas 
simetricamente nas superfícies extensoras. O 
diagnóstico é por biópsia de pele com teste de 
imunofluorescência direta. Em geral, o tratamento é 
feito com dapsona ou sulfapiridina e dieta sem glúten. 
 
O início da dermatite herpetiforme pode ser agudo ou 
gradual. Lesões urticárias, vesículas e pápulas 
distribuem-se simetricamente nas regiões extensoras 
dos cotovelos, joelhos, sacro, glúteos e occipício. 
Lesões coçam e ardem. Como o prurido é intenso e a 
pele é frágil, vesículas tendem a romper-se 
rapidamente, muitas vezes dificultando a detecção de 
vesículas intactas. Lesões orais podem se desenvolver, 
mas elas geralmente são assintomáticas. Iodetos e 
preparações contendo iodo podem exacerbar os 
sintomas cutâneos. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-
bolhosas/dermatite-herpetiforme 
 
Questão 02 
___________________________________ 
Não é característica da doença celíaca: 
a) Aumento dos linfócitos intraepiteliais. 
V - Ocorre um aumento dos linfócitos intraepiteliais e 
de outras células inflamatórias como plasmócitos, os 
quais se infiltram na lâmina própria da mucosa do 
intestino delgado. 
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.
asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_orde
m=2 
b)Presença de anticorpos antiendomisio. 
V - 
c)Atrofia das vilosidades ao nível de íleo terminal. 
F - Na DC o segmento do intestino delgado mais 
afetado é o proximal, principalmente jejuno alto. O 
grau de acometimento decresce à medida em que se 
aproxima do íleo terminal. Este fato pode ser 
explicado, provavelmente porque asfrações tóxicas do 
glúten são inativadas ao longo da luz entérica pelas 
proteases, antes de chegar no íleo terminal. 
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.
asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_orde
m=2 
d)Associação com dermatite herpertiforme. 
V 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-bolhosas/dermatite-herpetiforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-bolhosas/dermatite-herpetiforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-bolhosas/dermatite-herpetiforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-bolhosas/dermatite-herpetiforme
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
e)Clínica de esteatorreia. 
V – Os sinais e sintomas clássicos de má absorção 
consistem em diarréia crônica com fezes de aspecto 
esteatorréico (volumosas, brilhantes, fétidas, coloração 
amarelo-claras ou acinzentadas, que "bóiam" no vaso, 
tendo uma freqüência de 1-5 evacuações diárias), 
desnutrição, edema de membros inferiores, palidez 
cutâneo-mucosa. 
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.
asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_orde
m=2 
 
Os linfócitos intraepiteliais (IEL) são linfócitos T que 
apresentam a função de manter e proteger a barreira 
mucosa, além de regular e manter a home- ostase 
intestinal. 
https://www.sbp.com.br/flip/consenso-alergia-
alimentar-parte-01/6/ 
 
Existem duas principais teorias implicadas na 
fisiopatogênese da Doença Celíaca: 
 
 teoria da deficiência enzimática 
 teoria imunológica. 
 
Segundo a teoria da deficiência enzimática, indivíduos 
geneticamente predispostos teriam redução ou 
ausência de uma peptidase na mucosa intestinal, a qual 
seria responsável pela degradação das frações tóxicas 
do glúten. O glúten é formado por 4 principais classes 
de proteínas: gliadina, gluteína, albumina e globulina. 
A alfa-gliadina parece ser a fração mais tóxica. 
 
A teoria mais aceita é a imunológica, a qual tem um 
maior suporte científico. Segundo esta teoria, 
indivíduos geneticamente predispostos (HLA B8-
DR3), ao entrarem em contato com as frações tóxicas 
do glúten desenvolvem reação antígeno-anticorpo que 
se inicia na mucosa do intestino delgado. 
 
Ocorre um aumento dos linfócitos intraepiteliais e de 
outras células inflamatórias como plasmócitos, os 
quais se infiltram na lâmina própria da mucosa do 
intestino delgado. Esta reação perpetua-se caso não 
seja retirado o glúten da dieta, podendo provocar 
outras alterações histológicas da mucosa intestinal que 
são características da Doença Celíaca, como atrofia das 
vilosidades e hipertrofia das criptas. 
A comprovação científica de que esta teoria 
(imunológica) mais se aproxima da fisiopatologia, para 
explicar a patogênese da Doença Celíaca são: 
 
 Associação entre DC e HLA DR3-/DR7; HLA B8-
DR3 e DQ2 
 Associação com outras Doenças Autoimunes (DA) 
como: DA tipo I, anemia hemolítica autoimune, 
doença inflamatória intestinal, cirrose biliar primária, 
entre outras. 
 Presença de altos títulos de anticorpos, 
especialmente antigliadina, antireticulina e 
antiendomísio. 
 Melhora clínica e histológica com uso de 
corticosteróide, apesar da continuada exposição ao 
glúten. 
 
A lesão histológica típica da DC é atrofia total ou 
subtotal das vilosidades intestinais e hipertrofia de 
criptas. Outras alterações, como redução da altura dos 
enterócitos, aumento dos linfócitos intraepiteliais e 
infiltrado inflamatório predominantemente 
linfoplasmocitário na lâmina própria fazem parte do 
quadro. 
 
A proporção de pacientes com DC apresentando 
sintomas e sinais clássicos de má absorção tem sido 
estimada em 30-40% de todos os pacientes que têm 
intolerância ao glúten. Assim, menos da metade dos 
pacientes com DC terão o quadro clínico clássico de 
má absorção. Contudo, toda má absorção deve ter no 
diagnóstico etiológico a DC como uma das principais 
causas. 
 
Os sinais e sintomas clássicos de má absorção 
consistem em diarréia crônica com fezes de aspecto 
esteatorréico (volumosas, brilhantes, fétidas, coloração 
amarelo-claras ou acinzentadas, que "bóiam" no vaso, 
tendo uma freqüência de 1-5 evacuações diárias), 
desnutrição, edema de membros inferiores, palidez 
cutâneo-mucosa. Geralmente, os pacientes com este 
quadro apresentam abdome volumoso, distendido e 
referem anorexia e perda de peso acentuada. 
 
Outros sinais e sintomas não tão característicos podem 
indicar Doença Celíaca, como: anemia crônica 
inexplicável, retardo no crescimento e baixa estatura, 
distensão abdominal como único sintoma, fadiga 
crônica, estomatites, úlceras aftóides. Amenorréia, 
infertilidade, dores ósseas e parestesias também podem 
ser sinais indiretos de má absorção e de DC. 
 
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.
asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_orde
m=2 
 
A DC, também conhecida como espru celíaco, 
enteropatia por glúten ou espru não tropical é um 
distúrbio autoimune, caracterizado pela intolerância à 
ingestão de glúten. Para que a doença se expresse é 
necessário que haja susceptibilidade genética, presença 
de fatores imunológicos e ambientais, além do 
consumo de glúten e derivados. 
Esse distúrbio causa o surgimento de um processo 
inflamatório na parede intestinal do indivíduo podendo 
levar à atrofia das vilosidades intestinais. Esta por sua 
vez leva a distúrbios na absorção de nutrientes e outros 
sintomas e complicações frequentemente associados à 
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
https://www.sbp.com.br/flip/consenso-alergia-alimentar-parte-01/6/
https://www.sbp.com.br/flip/consenso-alergia-alimentar-parte-01/6/
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
http://www.fugesp.org.br/nutricao_e_saude_conteudo.asp?id_publicacao=3&edicao_numero=5&menu_ordem=2
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
patologia, como anemia, perda de peso, diarreia entre 
outras. 
A doença celíaca é apenas uma das diversas possíveis 
reações ao glúten. Ela deve ser diferenciada da alergia 
ao trigo e da sensibilidade ao glúten, patologias 
semelhantes e igualmente mediadas por células 
imunes. 
 
Fisiopatologia e etiopatogênese: 
O glúten possui duas frações principais: prolaminas e 
gluteninas. 
As prolaminas que estão presentes no trigo (chamadas 
de gliadina), no centeio (secalinas), na cevada 
(hordeínas) e na aveia (aveninas) são as que possuem 
potencial de causar uma reação imune nos portadores 
da DC. 
As prolaminas do arroz (alanina) e do milho (leucina) 
não demonstram toxicidade para os portadores da 
doença. 
 
Fatores imunológicos: O indivíduo ao ter 
predisposição ao desenvolvimento da patologia e ser 
exposto à proteínahidrossolúvel gliadina, passa a 
desenvolver uma resposta imunológica inespecífica. 
Nesta há o surgimento de células T inespecíficas que 
reconhecem as células induzidas por estresse e 
ocasiona achatamento das mucosas, sobretudo na parte 
proximal do intestino delgado. Nas criptas há um 
aumento de Linfócitos intraepiteliais (principalmente 
LTCD4+ e em menor número LTCD8+) seguida de 
acúmulo de material eosinofílico e hiperplasia celular. 
Pode ocorrer também ativação de mastócitos e 
neutrófilos. Citocinas e outros fatores inflamatórios 
afetam diretamente a integridade das junções epiteliais 
e causam hiperplasia das criptas. 
 
Fatores ambientais: Algumas teorias sugerem que o 
desmame e introdução precoce de alimentos que 
possuem glúten na dieta de lactentes podem predispor 
ao aparecimento da DC. Outros estudos ainda sugerem 
uma reação cruzada entre a proteína alfa-gliadina e a 
infecção por adenovírus sorotipo 12. 
 
O consenso World Gastroenterology Organisation 
Global Guidelines (2012) sugere que há 3 
apresentações principais em pacientes portadores de 
DC: 
Doença celíaca clássica: caracterizada pela presença 
principalmente de sintomas gastrointestinais, como 
diarreia, desnutrição, esteatorreia, emagrecimento e 
edema devido à diminuição dos níveis de albumina. 
Ocorre principalmente na infância entre o primeiro e 
segundo anos de vida, sendo frequentemente 
desencadeada por uma infecção. No caso de uma 
evolução grave se denomina Crise celíaca. 
 
Doença Celíaca não clássica (ou atípica): caracterizada 
por ser oligo ou monossintomática. Nesta categoria, os 
indivíduos podem apresentar sintomas 
gastrointestinais, como dor abdominal, sintomas de 
DRGE, vômitos, alguns sintomas similares à síndrome 
do cólon irritável, distensão abdominal, borborigmos, 
etc. Ainda outros sintomas podem aparecer, como: 
anemia por deficiência de ferro refratária à reposição 
de ferro por via oral, anemia por deficiência de folato e 
vitamina B12, osteoporose, alterações do esmalte 
dentário, artralgias, constipação, irregularidades do 
ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, 
ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação 
cerebral), neuropatia periférica, miopatia, 
manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, 
esquizofrenia), dentre outras. 
 
Doença celíaca assintomática (ou silenciosa): o 
paciente apresenta alterações laboratoriais (sorológicas 
e histológicas), porém não apresenta sintomatologia. 
 
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-
diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas 
 
Questão 03 
___________________________________ 
A doença celíaca está associada à presença de 
vários auto anticorpos, EXCETO: 
a)Antimitocòndria 
A presença de anticorpos anti-mitocondria está 
associada à cirrose biliar primária. CBP é um distúrbio 
autoimune que leva à inflamação e formação de 
cicatrizes nos dutos biliares dentro do fígado, 
provocando uma destruição hepática progressiva e uma 
obstrução no fluxo da bile. 
https://www.laboratorioconceito.com.br/anti-
mitocondria/ e https://labtestsonline.org.br/tests/ama 
b)Antiendomísio 
c)Antigliadina 
d)Anti-Ttg 
DC é uma doença autoimune que tem que ter 
predisposição genética e o fator ambiental, que é o 
glúten. Alimentos que tem glúten: trigo, aveia, cevada 
e centeio. A maior incidência de DC é em crianças 
(quando começa a comer alimentos – na primeira 
infância) e nos 40 anos de vida. 
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.laboratorioconceito.com.br/anti-mitocondria/
https://www.laboratorioconceito.com.br/anti-mitocondria/
https://labtestsonline.org.br/tests/ama
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
Introduzir o gluten antes dos 3 meses de idade da 
criança ou demorar muito aumenta a chance de ter DC. 
Os marcadores não são diagnósticos, são para 
rastreamento. Para diagnosticar é necessário biopsia. 
Para usar esses marcadores a pessoa precisa estar 
comendo gluten assim como na biopsia – a suspensão 
do gluten faz voltar ao normal. 
 
Há predisposição genética em pacientes com DC, 
caracterizada pelos marcadores de superfície HLA-
DQ2 e HLA-DQ8. 
O glúten interage com os marcadores HLA, causando 
uma resposta imune anormal da mucosa e lesão 
tecidual. 
Sorologia: 
Os marcadores utilizados são os anticorpos 
antiendomísio (EMA) e os anticorpos 
antitransglutaminase tecidual (anti-tTG), pois são 
sensíveis e específicos para o diagnóstico inicial de 
DC. Não é necessária a pesquisa de ambos, pois há alta 
correlação de seus resultados. 
O desempenho da pesquisa de anticorpos antigliadina 
(AGA) não é comparável aos testes supracitados e está 
em desuso. 
Os testes sorológicos são os responsáveis pelo 
reconhecimento de que a DC não é rara. 
Teste sorológico positivo sugere o diagnóstico de DC, 
mas a biópsia duodenal ainda é o padrão-ouro. 
A sorologia positiva pode ficar negativa após 6 a 12 
meses após a introdução de dieta isenta de glúten – por 
isso, a investigação diagnóstica de DC deve ser 
realizada antes da introdução do tratamento que é a 
dieta isenta de glúten, pois a dieta pode alterar 
negativamente os resultados dos testes sorológicos e 
melhorar a histologia. 
É alta a sensibilidade dos testes sorológicos quando 
houver atrofia vilosa total e diminuição progressiva 
desta, à medida que os achados histológicos estão 
menos alterados. Logo, a sorologia negativa não exclui 
o diagnóstico de DC. 
Testes sorológicos podem ser usados para avaliar a 
aderência do paciente à dieta isenta de glúten. 
Anticorpos ficam negativos após 3-12 meses de dieta. 
 
Antitransglutaminase tecidual (anti-tTG IgA): 
O antígeno contra o qual os anticorpos antiendomíseo 
são direcionados é a enzima transglutaminase. O anti-
tTG é o anticorpo contra a transglutaminase tecidual (a 
enzima responsável pela deaminação da gliadina na 
lâmina própria). 
Esse teste é realizado pelo método de ELISA. 
Algumas doenças podem interferir nos resultados, 
levando à falso-positivos, como doença hepática 
crônica, insuficiência cardíaca, artrite, diabetes melito 
e doença inflamatória intestinal. 
Isoladamente, é o mais eficiente teste sorológico para 
detecção de DC. Pode ser realizado com uma pequena 
amostra de sangue retirada do dedo. 
Foi demonstrado recentemente que tTG-Abs RIA pode 
ser detectado na saliva humana, evitando coleta de 
sangue; o que facilita o diagnóstico de DC, 
especialmente em crianças. 
 
Antiendomísio IgA (EMA): 
Anticorpos EMA IgA ligam-se ao endomísio, o tecido 
conjuntivo ao redor do músculo liso, produzindo um 
padrão característico. 
É detectado por imunofluorescência indireta. É um 
método que demanda mais tempo. 
É reconhecido que a presença do EMA é preditiva de 
progressão para atrofia de vilosidades. 
 
Anticorpos Antigliadina (AGA IgA): 
Este é o marcador mais antigo e é determinado pelo 
método ELISA. 
Os valores de referência não são constantes entre os 
laboratórios. Sua eficácia é difícil de definir, pois os 
dados disponíveis na literatura são heterogêneos e não 
permitem a comparação. Sua especificidade é de 
aproximadamente 90%, a sensibilidade em torno de 
85%-90% e baixo valor preditivo positivo. Há outros 
testes com melhor desempenho diagnóstico. 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf 
 
 
Questão 04 
___________________________________ 
Menina de 15 meses de vida recebe aleitamento 
materno e dieta geral adequada para a idade. Há 6 
meses apresenta diarreia sem sangue e sem muco, 
acompanhada por déficit de ganho de peso. Ao 
exame físico: Descorada, apática, com distensão 
abdominal, com hipotrofia da musculatura glútea, 
anus sem anormalidades. Qual o diagnóstico mais 
provável? 
a) Doença celíaca 
b) Alergia a proteína doleite de vaca 
c) Doença de Crohn – não pois a diarreia é pouco 
frequente. 
d) Colite ulcerativa – a diarreia teria sangue. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/98246500/unife
sp-2019 
é uma criança que assim que começou a introdução 
alimentar ela teve diarreia crônica. Uma das causas de 
diarreia crônica é a doença celíaca. A criança não tá 
ganhando peso, não está crescendo, tem hipotrofia da 
musculatura glútea – devido a falta de absorção. 
Criança que não cresce tem que investigar doença 
celíaca. Se não tem sangue não se pode pensar em 
colite ulcerativa e Crohn. Na alergia da proteína de 
vaca também tem rajas de sangue nas fezes. 
Em adulto a clínica é: diarreia crônica com gordura, 
perda de peso, anemia, hipocalcemia (osteoporose), 
deficiência da vitamina K (provoca coagulação 
sanguínea inadequada) e outras vitaminas. 
O diagnóstico geralmente é realizado em crianças com 
a síndrome má absortiva. 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf
https://www.passeidireto.com/arquivo/98246500/unifesp-2019
https://www.passeidireto.com/arquivo/98246500/unifesp-2019
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
O diagnóstico de DC deve ser cogitado em todo 
paciente com diarreia crônica, distensão abdominal, 
flatulência, anemia ferro priva, osteoporose de início 
precoce, elevação de transaminases, familiares de 
primeiro e segundo graus de pacientes com DC, SII, 
hipocalcemia, assim como na deficiência de ácido 
fólico e vitaminas lipossolúveis. 
Além DC está associada a diversas doenças como 
diabetes melito tipo I, hipo e hipertireodismo, 
síndrome de Sjogren, cirrose biliar primária, hepatite 
autoimune, autismo, depressão, epilepsia, ataxia 
cerebelar, infertilidade, puberdade tardia, deficiência 
de IgA seletiva, Síndrome de Turner, Síndrome de 
Down e neuropatia periférica. 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf 
 
Introdução alimentar: 
 
Amamentação recomendada pelo MS até 2 anos ou 
mais. 
 
Questão 05 
___________________________________ 
Em crianças com doença celíaca, o tratamento 
dietético está baseado em: 
a) Evitar ingestão de arroz e milho. 
F - As prolaminas do arroz (alanina) e do milho 
(leucina) não demonstram toxicidade para os 
portadores da doença. 
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-
diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas 
b) Evitar ingestão de alimentos que contenham cevada, 
trigo, centelho e aveia. 
V - As prolaminas que estão presentes no trigo 
(chamadas de gliadina), no centeio (secalinas), na 
cevada (hordeínas) e na aveia (aveninas) são as que 
possuem potencial de causar uma reação imune nos 
portadores da DC. https://www.sanarmed.com/doenca-
celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-
colunistas 
c)Suspender o leite de vaca e seus produtos da 
alimentação habitual da criança. 
d)Evitar ingestão de alimentos que contenham cacau. 
O tto do pct é evitar comer o glúten. É dieta, não tem 
remédio mágico. Na crise aguda, além de suspender o 
gluten alguns autores sugerem tirar a lactose (a enzima 
lactase pode estar diminuída devido a atrofia das 
vilosidades). A crise celíaca é quando o pct tem doença 
celíaca de longa duração não tratada, pct chega 
hipotensão e desidratado etc. faz corticoide para tentar 
desinflamar. 
Na biopsia espera-se ver atrofia das vilosidades e as 
criptas estarão hiperplasiada – estarão mais profundas. 
Vai ter ainda aumento de linfócitos na lâmina própria. 
A característica desses achados histológicos é que 
quando para o gluten, eles voltam ao normal. 
 
Questão 06 
___________________________________ 
A doença de CROHN é caracterizada por: 
a) Inflamação aguda da mucosa e submucosa do 
intestino grosso e unicamente do reto. 
F - Afeta predominantemente a parte inferior do 
intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas 
pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. 
https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/ 
b) Associa-se a hábitos alimentares ricos em fibras 
vegetais. 
F – Apesar de a alimentação não ser a causa dessa 
doença, é fato que alimentos suaves e brandos agridem 
menos que os alimentos condimentados ou ricos em 
fibras, principalmente quando a doença está na fase 
ativa. https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/ não 
associa a hábitos ricos e sim pobres. 
c) Inflamação transmural crônica granulomatosa 
fistulizante. 
V/F - Embora patognomônicos quando presentes, os 
granulomas não são detectados em aproximadamente 
metade dos pacientes com doença de Crohn. Sua 
presença parece não ter relação com o curso clínico. 
Transmural pq ultrapassa a mucosa. Forma fístula – é 
uma comunicação entre dois orifícios.começa a soltar 
pum e coco pela vagina. Começa a fazer xixi pelo 
anus. https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/doen%C3%A7a-
inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-
crohn 
d)Apresenta ulcerações superficiais limitadas na 
mucosa do ileoterminal. 
F - Essas lesões da mucosa podem evoluir para úlceras 
profundas transversais e longitudinais com edema 
mucoso entre as úlceras, criando, no intestino, aspecto 
característico de pedra de calçamento. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/doen%C3%A7a-
inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-
crohn 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n1/27.pdf
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://www.sanarmed.com/doenca-celiaca-sintomas-diagnostico-tratamento-e-mais-colunistas
https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/
https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica 
transmural que normalmente afeta o íleo distal e o 
cólon, mas pode ocorrer em qualquer parte do trato 
gastrintestinal. Os sintomas incluem diarreia e dor 
abdominal. Abscessos, fístulas internas e externas e 
obstruções intestinais podem estar presentes. Sintomas 
extraintestinais, particularmente artrite, podem ocorrer. 
O diagnóstico é feito por colonoscopia e exames de 
imagem. O tratamento é feito com 5-AAS, corticoides, 
imunomoduladores, anticitocinas, antibióticos e, com 
frequência, cirurgia.Fisiopatologia: 
A doença começa com inflamação das criptas e dos 
abscessos, que progridem para pequenas úlceras 
aftoides. Essas lesões da mucosa podem evoluir para 
úlceras profundas transversais e longitudinais com 
edema mucoso entre as úlceras, criando, no intestino, 
aspecto característico de pedra de calçamento. 
A disseminação transmural da inflamação causa 
linfedema e espessamento da parede intestinal e do 
mesentério. A gordura mesentérica tipicamente se 
estende à superfície serosa do intestino. Linfonodos 
mesentéricos com frequência aumentam de tamanho. 
Inflamação extensa pode resultar em hipertrofia 
muscular, fibrose e estenose, que podem causar 
obstrução intestinal. 
 
Abscessos são comuns e fístulas frequentemente 
penetram estruturas vizinhas, incluindo outras alças 
intestinais, bexiga ou o músculo psoas. As fístulas 
podem mesmo se estender para a pele do abdome 
anterior ou flancos. Independentemente da atividade da 
doença intra-abdominal, abscessos e fístulas perianais 
ocorrem em 25 a 33% dos casos; essas complicações 
são frequentemente o aspecto mais preocupante da 
doença de Crohn. 
 
Granulomas não caseosos podem ocorrer em 
linfonodos, peritônio, fígado e todas as camadas da 
parede intestinal. Embora patognomônicos quando 
presentes, os granulomas não são detectados em 
aproximadamente metade dos pacientes com doença de 
Crohn. Sua presença parece não ter relação com o 
curso clínico. 
 
Os segmentos afetados do intestino são precisamente 
diferenciados das áreas adjacentes normais (chamadas 
áreas poupadas), daí o nome enterite regional. 
 Cerca de 35% dos casos de doença de Crohn 
envolvem apenas o íleo (ileíte). 
 Cerca de 45% envolvem o íleo e colo (ileocolite), 
com uma predileção pelo lado direito do colo. 
 Cerca de 20% envolvem somente o colo (colite 
granulomatosa), a maioria dos quais, ao contrário da 
colite ulcerativa, poupam o reto. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/doen%C3%A7a-
inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-
crohn 
 
Doença de Crohn é uma doença inflamatória do trato 
gastrointestinal. Afeta predominantemente a parte 
inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso 
(cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato 
gastrointestinal. 
A doença de Crohn é crônica e provavelmente 
provocada por desregulação do sistema imunológico, 
ou seja, do sistema de defesa do organismo. 
Sintomas: a doença de Crohn habitualmente causa 
diarréia, cólica abdominal, frequentemente febre e, às 
vezes, sangramento retal. Também podem ocorrer 
perda de apetite e perda de peso subseqüente. A 
diarréia pode se desenvolver lentamente ou começar de 
maneira súbita, podendo haver também dores 
articulares e lesões na pele. Na Doença de Crohn a dor 
abdominal e a diarréia freqüentemente surgem após as 
refeições. São comuns dores nas juntas, falta de 
apetite, perda de peso e febre. Outros sintomas 
precoces da doença de Crohn são lesões da região anal, 
incluindo hemorróidas, fissuras, fístulas e abscessos. 
Diagnóstico: o diagnóstico da Doença de Crohn é 
feito, basicamente, por meio de exames de imagem 
(raio X, endoscopias) e exames de sangue. 
 
Tratamento: o tratamento deve ser feito em etapas. 
Existe um sistema de mensuração da atividade da 
doença baseado no número de evacuações, dor 
abdominal, indisposição geral, ocorrência de fístulas e 
de manifestações patológicas à distância, que permite 
classificar a doença em leve, moderada ou grave. Se a 
doença é leve, o clínico apenas acompanha a evolução 
do paciente. 
Toda a terapêutica, porém, se volta para reprimir o 
processo inflamatório desregulado. Os medicamentos 
disponíveis atualmente reduzem a inflamação e 
controlam os sintomas, mas não curam a doença. 
Dieta na Doença de Crohn 
Apesar de a alimentação não ser a causa dessa doença, 
é fato que alimentos suaves e brandos agridem menos 
que os alimentos condimentados ou ricos em fibras, 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/doen%C3%A7a-de-crohn
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
principalmente quando a doença está na fase ativa. 
Com exceção da restrição ao leite em pacientes com 
intolerância a lactose, muitos gastroenterologistas 
tendem a ser liberais nas dietas de pacientes portadores 
da doença. 
Embora seja uma enfermidade crônica, a Doença de 
Crohn não é considerada doença fatal. Quase todas as 
pessoas que padecem dessa enfermidade mantêm uma 
vida útil e produtiva, apesar de algumas delas 
necessitarem de hospitalização nos períodos de maior 
atividade da doença. Entre os períodos de exacerbação 
da moléstia, a maioria dos pacientes sente-se bem e 
fica relativamente livre de sintomas, levando vida 
normal. 
https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/ 
 
Questão 07 
___________________________________ 
Paciente feminina, 33 anos, apresentando anemia 
associada a queixas de dor abdominal em cólica há 
dois meses, com episódios de diarreia sanguinolenta 
e febre. Em paralelo, refere episódios de 
conjuntivites. O exame físico revela uma paciente 
emagrecida, pele rugosa com palidez 
cutaneomucosae abdome doloroso semirritação 
peritoneal. A região perianal apresenta escoriações. 
Após o primeiro atendimento clínico, a paciente 
referiu melhora tendo sido realizada 
retossigmoidoscopia, seguida de colonoscopia, que 
demonstraram mucosa difusamente friável, edema 
e presença de pseudopólipos. Ambos com biópsia 
sem displasia. Sua principal hipótese diagnóstica é: 
a) Doença de Crohn. Seria se tive fistula, fissuras. 
b) Colite isquêmica. 
c)Colite pseudomembranosa. 
d)Retocolite ulcerativa. 
Diarreia crônica, abdome doloroso, emagracida, febre, 
conjuntivite e Pseudopolipos e sangue nas fezes são 
característico de RCU. 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&
source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhW
XKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2
F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F6393160514
17212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlh
dDio 
a RCU é uma lesão mais superficial por isso é 
sangrante. 
 
 
Questão 08 
___________________________________ 
Em relação aos marcadores sorológicos das doenças 
inflamatórias intestinais, pode-se afirmar que: 
a) P-anca encontra-se positivo na Doença de Crohn em 
80% dos casos. 
F - negativo 
b) ASCA é preditor de positividade para RCUI 
c) ASCA encontra-se em níveis elevados em ambas as 
doenças inflamatórias. 
d) P-anca tem forte relação com a positividade para a 
RCUI. 
V - Muito embora não sejam exames sorológicos 
sensíveis, a presença de anticorpos antissaccharomyces 
cerevisiae (ASCA) e antineutrofílico citoplasmático 
perinuclear (p-ANCA) pode ajudar no diagnóstico de 
RCUInespecífica em casos de dúvida. Negatividade 
para ASCA e positividade para p-ANCA fala a favor 
de RCUI. 
https://home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/VIII/8diagnost
ico.htm 
Pct que chega com crhon queixa diarreia crônica há 
mais de um mês. Sangue na diarreia, dor abdominal, 
anemia e afta. Pct hipocorado. O chron vai da boca ao 
anus. A rcu não afeta tanto o anus. Pct pálido, 
emagrecido pois não absorve devido ao afetamento do 
delgado. Rcu normalmente afeta o colon o reto e por 
isso o pct não é tão emagrecido. 
Normalmenteo chron polpa o reto. 
https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-crohn/
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiK_Y3nnuX2AhWXKrkGHdzNAOgQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fstatic.pucpr.br%2F2017%2F11%2F639316051417212765.pdf&usg=AOvVaw1Dy4XVpoAPMFryerlhdDio
https://home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/VIII/8diagnostico.htm
https://home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/VIII/8diagnostico.htm
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
Chron não tem a ver com ciclo gravídico diferente da 
retrocolite. 
No exame físico do chron pode encontrar na vagina e 
anus as fístulas (coco pela vagina – ou até mesmo sem 
secreção). Pode fazer estenose e obstrução. Tem 
ligação com outras doenças autoimunes. 
RCU o pct chega queixando diarreia crônica com 
sangue vivo (pq é lesão em colon), tenesmo, urgência 
evacuatória. Piora na gravidez. Não ultrapassa mucosa. 
Lesões contínuas. Tem lesão no reto. É uma lesão 
ascendente. 
Diagnóstico: marcadores para cron asca. RCU panca. 
O cigarro protege na RCU. 
O anticoncepcional piora Chron. 
Os ANCA (Anti-neutrophil cytoplasmic antibodies) 
são auto-anticorpos dirigidos contra constituintes dos 
grânulos de neutrófilos. São encontrados numa 
variedade de patologias imunes, como a 
Granulomatose de Wegener ou a Artrite Reumatóide, 
bem como na DII. Existem 3 tipos de ANCAs, 
citoplasmáticos (cANCA), perinucleares (pANCA) e 
pANCA atípico, baseados no padrão de coloração dos 
neutrófilos à imunofluorescência e, de entre eles, o 
último parece estar mais associado à doença 
inflamatória crónica intestinal sendo bastante mais 
prevalente na CU. 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&
source=web&cd=&ved=2ahUKEwiSwt6NouX2AhV1
IrkGHRUeClcQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%
2Frepositorio-
aberto.up.pt%2Fbitstream%2F10216%2F71792%2F2
%2F31097.pdf&usg=AOvVaw2ke6sq8ggiVF2VIOw5
oOon 
 
O padrão de associação mais relacionado à retocolite 
ulceratica inespecífica (RCUI) ocorre com ASCA- 
(negativo) e P-ANCA + (positivo). Na doença de 
Crohn (DC) ocorre o contrário, ou seja, ASCA+ e P-
ANCA-. 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-
02082007-081654/pt-br.php 
 
Questão 09 
___________________________________ 
Paciente de 23 anos apresenta doença de Crohn, 
manifesta por íleo-colite direita com ulcerações 
profundas e fístula perianais múltiplas, CDAI de 
250. Não foi ainda submetida a nenhum 
tratamento. Quanto ao diagnóstico e tratamento, 
assinale a assertiva CORRETA para este caso? 
a) Fistulectomias devem ser executadas precocemente 
para controle da sepse anal. 
F – nas fístulas devem-se evitar fistulotomias que 
envolvam o esfíncter anal. Além disso, o processo de 
cicatrização das fistulotomias é lento e suscetível a 
infecções. 
B) O uso da mesalazina é fundamental no controle da 
doença neste caso. 
c) A cirurgia pode ser curativa. 
F – a cirurgia tem papel pequeno no tratamento da DC. 
d) O uso de imunosupressores e/ou medicamentos 
biológicos está indicado. 
V – uso de corticoides e uso de anticorpos (infliximabe 
ou adalimumabe). 
Dci – índice de atividade da doença. Desse pct é 
moderado grave. 
O tratamento começa com salicilatos. Não melhorou 
vai para imunossupressores. Não melhorou vai para os 
imunobiológicos. Nessa questão, devido ao CDI alto já 
vai para o imunossupressor. 
 
Questão 10 
___________________________________ 
Em relação à colite de Crohn e a colite ulcerativa, 
identifique a opção correta. 
a) O sangramento retal ocorre quase sempre na colite 
ulcerativa. 
V – Doença mais distal manifesta-se por sangramento 
retal, mucorreia purulenta, puxos, diarreia de longa 
duração etc. Fonte: medcel 2019 
b) O acometimento do íleo é usual na colite ulcerativa. 
F – mais na doença de Crohn. RCU está restrita ao 
cólon. 
c) Fissura, fístula, abscessos anais são os primeiros 
achados na colite ulcerativa. 
F – na DC 
d) A diarreia só ocorre na colite de Crohn. 
F – na RCU também. 
Lesão do anus é mais no crohn. Fissuras e fistulas é em 
crohn. RCU não afeta o íleo, mas pode ter a ileite de 
refluxo. 
No crohn a cirurgia não é curativa. Na RCU a cirurgia 
é curativa (Se tirar o reto o pct fica curado). 
 
 
A doença de Crohn e retocolite ulcerativa são as 
principais doenças inflamatórias intestinais e ambas 
são crônicas. 
 
Embora elas tenham muitas semelhanças, há 
diferenças grandes entre as duas, principalmente no 
que diz respeito a localização delas no trato 
gastrointestinal. 
 
A doença de Crohn pode ocorrer em qualquer lugar do 
trato digestivo e a inflamação que provoca pode ser em 
algumas partes apenas. A parede das áreas afetadas é 
mais espessa, com o aspecto de rocha, e úlceras que 
podem se estender para todas as camadas da parede do 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiSwt6NouX2AhV1IrkGHRUeClcQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Frepositorio-aberto.up.pt%2Fbitstream%2F10216%2F71792%2F2%2F31097.pdf&usg=AOvVaw2ke6sq8ggiVF2VIOw5oOon
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiSwt6NouX2AhV1IrkGHRUeClcQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Frepositorio-aberto.up.pt%2Fbitstream%2F10216%2F71792%2F2%2F31097.pdf&usg=AOvVaw2ke6sq8ggiVF2VIOw5oOon
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-02082007-081654/pt-br.php
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10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
trato digestivo. Geralmente a dor ocorre no abdômen 
inferior direito. O sangramento não é comum durante a 
evacuação. 
 
Na retocolite ulcerativa, a área afetada é tipicamente 
no cólon e a inflamação é contínua ao longo das áreas 
afetadas. É comum surgir dor na parte inferior 
esquerdado abdômen. Pode haver sangramento 
durante a evacuação. 
 
Tipos 
A colite é classificada de acordo com sua localização: 
• Proctite ulcerativa: a inflamação está situada na área 
mais próxima do ânus (reto), e o sangramento retal 
pode ser o único sinal da doença. Esta forma de colite 
ulcerativa tende a ser a mais suave 
• Proctosigmoidite: a inflamação envolve o reto e o 
cólon sigmóide (extremidade inferior do cólon). Os 
principais sinais são diarreia com sangue, cólicas 
abdominais e dor abdominal 
• Colite do lado esquerdo: a inflamação se estende do 
reto até o cólon sigmóide e descendente. Os sintomas 
incluem diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e 
dor no lado esquerdo e perda de peso não intencional 
• Pancolite: geralmente afeta todo o cólon e causa 
episódios de diarreia sanguinolenta que podem ser 
graves, cólicas abdominais, fadiga e perda de peso 
significativa 
• Colite ulcerativa severa aguda: essa forma rara de 
colite afeta todo o cólon e causa dor intensa, diarreia 
abundante, sangramento, febre e incapacidade de 
comer. 
https://www.santapaula.com.br/blog/retocolite-
ulcerativa-o-que-e-sintomas-tratamentos-e-causas/ 
 
 
AULA – DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
INTESTINAL: 
• Crohn 
• Reto colite ulcerativa 
 
DII FISIOPATO: 
Fatores genéticos e ambientais: 
• Modificação das bactérias luminais 
• Aumento da permeabilidade intestinal 
• Resposta imunológica anormal à microbiota bacteriana 
da luz intestinal 
 
Não é bem definida – algumas teorias trazem que a 
microbiota do pct é diferente. Algumas pessoas fazem 
transplante fecal. 
Algumas teorias falam que o corpo não reconhece a 
microbiota. 
 
CROHN: 
• Dor abdominal 
• Diarreia crônica 
• Fadiga. 
• Perda de peso 
• Sangramento intestinal 
• Febre baixa 
• Retardo de crescimento 
• Úlceras aftoides 
• Polpa reto 
• Independente do ciclo gravídico 
 
 
Exame físico: 
• Emagrecido 
• Dor em FID 
• Plastrão no QID (alça intestinal inflamadas e aderidas) 
• Fissura, fistula e plicoma perianal 
 
 
RCU: 
• Hematoquezia 
• Diarreia 
• Tenesmo 
• Muco nas fezes 
• Urgência evacuatória 
• Esvaziamento retal incompleto 
• Dor abdominal 
• Erosões sangrantes 
• Pseudo pólipos 
• Piora na gravidez 
• Limitado a mucosa 
https://www.santapaula.com.br/blog/retocolite-ulcerativa-o-que-e-sintomas-tratamentos-e-causas/
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11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
 
Exame físico: 
• Sangue ao toque retal 
• Dor em FIE e hipogástrio 
 
 
FATORES DE RISCO: 
• HF 
• S. genéticas ( Turner, imunodeficiências primarias ) 
• Tabagismo piora o Crohn e melhora a RCU 
• ACO aumenta risco de crohn, mas não interfere na 
RCU 
• Fatores psicossociais pioram os sintomas 
 
 
 
 
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS: 
Crohn: 
• Dor articular: 
• Relaciona com atividade da doença 
• Espondilite anquilosante: 
• Não relaciona com atividade da doença 
• Cálculo renal 
RCU: 
• Colangite esclerosante: 
• Estreitamento dos ductus biliares 
• Eritema nodoso: 
• Relaciona com atividade da doença 
• Pioderma gangrenoso: 
• Não relaciona com atividade da doença 
• Uveíte e episclerite 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
Crohn: 
• Ileonoscopia 
• Biopsia 
• ASCA 
RCU: 
• Colonoscopia 
• Biopsia 
• P-ANCA 
 
 
TRATAMENTO: 
Acréscimo de drogas cada vez mais potentes: 
Primeira linha de tratamento para RCUI e DC colônica: 
Aminosalicilatos: 
• 4g e metade desta dose para manutenção da remissão. 
EX: 
• Sulfassalazina (SSZ) e mesalazina (5-ASA). 
• ácido fólico em conjunto com a SSZ : 5mg/dia - risco 
de anemia macrocítica 
Não compensação clínica com doses máximas de salicilatos 
orais e tópicos: 
• Imunossupressores: azatioprina 2mg/kg. 
DC de delgado: 
• Não se beneficia da ação dos salicilatos 
• Imunossupressores no início do tratamento. 
• Azatioprina: Otimização com 3 a 4 meses 
Início simultâneo de corticoide oral: 
• Prednisona 1mg/kg (máx 80mg/d) ) por 30 a 60 dias 
• Diminuição gradativa das doses devido ao risco de 
insuficiência adrenal. 
Em casos de reposta insuficiente com imunossupressores: 
Terapia biológica: 
• EX: INFLIXIMABE, AMALIZUMAB 
 
RCU: 
• COLECTOMIA: CURA 
• Indicações: 
• Megacolon toxico sem melhora após 48-72 horas 
tratamento clinico 
• Perfuração do colon 
• Hemorragia gastrointestinal maciça 
• Colite aguda fulminante refrataria a tratamento clinico 
• Não responde ao tratamento medicamentoso 
• Rico de neoplasia ou neoplasia 
• Diminuição do crescimento

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