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Loren Souza Cardoso Relatório de Estágio: Alimentação Coletiva (UAN) Unidade: GRSA – Komatsu C282 Supervisora: Profª Angelica Freitas SÃO PAULO 2021 ( Universidade da Cidade de São Paulo ) ( Curso de Nutrição ) ( Estágio de Unidade de Alimentação e Nutrição ) ( 10 ) 1. Sumário Introdução 4 Objetivos 5 Sobre a empresa 5 Características da UAN 6 Estrutura organizacional 7 Descrição da área física e das Construções segundo a Literatura 7 Planta física 8 Recebimento 10 Manipulação e armazenamento 10 Coleta de amostras 10 Administração de Pessoal 11 Critérios de recrutamento/ seleção e admissão de funcionários 11 Exames médicos, admissional, periódico e demissional 12 Uniformes 12 Treinamento – integração/ periódico 12 Dimensionamento de pessoal 13 Descrição de tarefas 14 Impressos utilizados 15 Cardápio Semanal 15 Custos 17 Geração de resíduos e ações de sustentabilidade 17 POP - Procedimento Operacional Padrão 17 Descrição da rotina de um dia de estágio 18 Referências 21 Anexo 22 26.1 Check list Roteiro de inspeção das Boas Práticas em Estabelecimentos Comerciais de Alimentos e Serviços de Alimentação 22 2. Introdução Segundo Teixeira (2006), a alimentação coletiva é representada pelas atividades de alimentação e nutrição realizada em Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) que têm como objetivo manter a saúde de sua clientela, através de uma alimentação adequada, equilibrada, segura sob os aspectos dietéticos, de higiene e ajustada à disponibilidade financeira da empresa. Em uma UAN, como todo e qualquer local de trabalho necessita de organização, administração e gerência. Tais critérios para ter suas tarefas executadas de maneira prática e facilitada. A gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) pode ser realizada sob duas modalidades (OLIVEIRA; SILVA, 2016; ABREU et al, 2013): autogestão e concessão (terceirizada). No modelo de autogestão a própria empresa possui e gerencia sua UAN, fornece toda a infraestrutura, contrata funcionários,é responsável por produzir e distribuir as refeições. Na concessão a empresa não tem como atividade a produção de refeições, por isso, contratam uma empresa especializada em administrar serviços de alimentação e concede o espaço e a estrutura. O principal objetivo da UAN é fornecer alimentação segura que possa garantir os nutrientes necessários para manter ou recuperar a saúde de todos aqueles que usufruem do seu serviço. (FONSECA, 2011). 3. Objetivos O presente relatório tem como objetivo relatar a vivência em uma cozinha industrial, explorar os conhecimentos adquiridos durante o curso, relatar conformidades e/ou inconformidades e definir a importância da atuação do nutricionista. 4. Sobre a empresa A empresa GR do Brasil foi criada pelo Grupo Accor em 1977 e tornou-se a primeira empresa da América Latina a receber a certificação ISO 9002 na categoria Gerenciamento do Fornecimento de Refeições. Com mais de 40 anos de história no Brasil, a empresa atende pequenos, médios e grandes clientes contando com a mais alta produtividade de cada um dos profissionais em empresas, indústrias, hospitais, colégios, universidades, shoppings e terminais de passageiros (GRSA COMPASS). Os pilares que regem o grupo GRSA inclui manter os colaboradores motivados e treinados, possuir uma cadeia de suprimentos segura e sustentável, fornecer alimentos de boa qualidade e que promova saúde e reduzir o impacto no meio ambiente. Atualmente a GRSA é referência em serviços de alimentação e suporte em mais de 50 países e no Brasil são mais de 30 mil colaboradores. A GRSA propõe inovação nos cardápios, seleção de alimentos de melhor qualidade e a promoção de experiências que vão além da alimentação. 5. Características da UAN A UAN está localizada na empresa KOMATSU DO BRASIL, na Rod. Índio Tibiriçá, número 2000, na vila Sol Nascente, na cidade de Suzano, São Paulo. O salão de distribuição ou refeitório está bem localizado entre os setores de operações dos funcionários e apresenta uma estrutura bem aconchegante por meio de decorações, mesas e balcões divididos com dois lugares em cada mesa. O contrato estabelecido entre a empresa contratante (KOMATSU) e a empresa contratada (GRSA/Compass) é no modelo de concessão, sendo assim a empresa contratante fornece a estrutura e a contratada oferece o serviço de administração das refeições. O gerenciamento ocorre de forma centralizada, ou seja, a refeição é produzida e distribuída no mesmo lugar, como é o caso de um refeitório. A parte do Hortifruti é mista, pode ocorrer de alguns produtos serem por fora, como o caso de suco e algumas carnes. O número de refeições servidas/dia são em média 500 no desjejum (das 05h às 08h), em média 780 no almoço (das 11h30 às 13h30), 85 no jantar (dès 17h às 19h30), 150 na ceia (dás 23h30 às 02h20) e são pedidos por fora em média 390 lanches por dia. As refeições são servidas por meio de self-service parcial, apenas o prato principal é servido de forma fracionada (2 unidades por pessoa). 6. Estrutura organizacional ( Confeiteira Estoquista Açougueiro Ajudantes de cozinha Chefe de cozinha Gerente Nutricionista Chefe ) 7. Descrição da área física e das Construções segundo a Literatura O salão de distribuição de refeições ocupa um espaço maior que a cozinha industrial, devido ao fato de ser um restaurante industrial, e ao número elevado de funcionários, possui 2 balcões principais, um balcão destinado às comidas light e outro destinado à coffee. De acordo com SILVA, (1998), apud BRASIL (2011), os espaços devem ser flexíveis, modulares e simples; as circulações e os fluxos (alimentos, funcionários, usuários e lixo) devem ser bem definidos; e os ambientes devem facilitar a supervisão e a integração. Portanto, a sala da nutricionista está bem localizada e possui boa visualização para a área de cocção. O estoque possui um espaço apropriado para o volume de alimentos que são recebidos. A área de recebimento fica próximo ao estoque, portanto, não fica próximo a área de cocção, para evitar contaminações cruzadas. Os materiais recebidos são avaliados quantitativamente e qualitativamente de acordo com a Portaria CVS-5 2013, Art. 23. A área de armazenamento dos alimentos congelados e refrigerados fica próximo ao estoque, para facilitar a reposição rápida, evitando a mudança de temperatura. O açougue possui 2 geladeiras e 2 freezers para pré-preparo do prato principal e opção. A área de pré-preparo e preparo das sobremesas é comum à área de cocção sendo utilizada apenas uma vez ao dia para o preparo de apenas 1 item do cardápio, as sobremesas, que é servida no almoço e jantar. A área pré-preparo e preparo dos lanches é utilizada uma vez ao dia para o preparo dos lanches, sendo em média 390 pedidos. A área de devolução é destinada a higienização de utensílios e panelas está separada da área de cocção. Os lixos são fechados com tampas e sempre que necessário são retirados e levados a uma área exclusiva respeitando o Art. 73 da portaria CVS-5 2013. 8. Planta física A unidade não disponibilizou a planta física, portanto foi feita uma planta meramente ilustrativa. Contendo os principais locais do setor de cozinha industrial e salão de distribuição. A planta mostra os setores como: estoque, cozinha, açougue, sala da nutricionista, sala de devoluções e salão de distribuição das refeições. Na cozinha o espaço é amplo e dividido de acordo com o processo de preparação do cardápio sendo: preparações das saladas, preparação dos lanches, preparação das guarnições e prato principal, preparação das sobremesas. Possui em torno de 3 pias para higienização das mãos na cozinha. No açougue ficam algumas geladeiras e freezers e um balcão para cortes de carnes. No estoque ficam todos os alimentos não perecíveis e embalagens utilizadas. Na sala de devoluções ficam as pias e lava-louças e as prateleiras para os pratos e talheres limpos. Na sala do nutricionista ficam as etiquetas, pastas de controle de temperatura de equipamentos, computadores,entre outras. No salão ficam todas as mesas e balcões self- service. 9. Recebimento No ato do recebimento os alimentos são conferidos e registrados em planilhas, os alimentos devem estar em temperatura adequada, em embalagens protegidas e devidamente identificados de acordo com a legislação nome do produto; lista de ingredientes; conteúdo líquido; razão social, endereço completo e CNPJ do fabricante (ou do produtor, ou do importador, ou do distribuidor); identificação do lote; prazo de validade; instruções sobre a conservação, o preparo e o uso do produto; e número de registro na ANVISA ou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), quando for o caso (CVS-5 2013). 10. Manipulação e armazenamento Os manipuladores higienizam as mãos frequentemente e ao manipular alimentos prontos utilizam luvas descartáveis, sendo que para cortes é utilizada obrigatoriamente a luva de aço. Os alimentos prontos para consumo são acondicionados em Pass Through e em temperatura controlada e em recipientes tampados evitando o risco de contaminação cruzada. O técnico geralmente participa deste controle e anota nas planilhas a temperatura dos equipamentos (geladeiras, pass through, freezer, balcões, câmaras), temperatura de cocção (fritos e cozidos) e temperatura dos balcões de servir. 11. Coleta de amostras Para auxiliar a esclarecer a ocorrência de doença transmitida por alimento devem ser guardadas amostras de pratos prontos elaborados em serviços de alimentação, que oferecem refeições prontas para alimentação coletiva, tais como cozinhas industriais de empresas, restaurantes comerciais por quilo, bufê, cozinhas e restaurantes de escolas, creches, asilos, presídios e hospitais (Art. 52 Seção VI - CVS-5 2013). A coleta de amostras ocorre assim que o alimento é distribuído nos balcões. É feita a identificação dos sacos de amostras com: Nome da Unidade, Nome da preparação, temperatura, horário, data da coleta e responsável pela coleta. É coletado no mínimo 100g de cada alimento. O responsável pela coleta anota tudo em uma planilha e deve guardar as amostras dividindo em amostras quentes e frias. Conforme a legislação pede, os alimentos frios são guardados no máximo a quatro graus Celsius por setenta e duas horas, e os quentes sob congelamento a dezoito graus negativos Celsius também por setenta e duas horas. 12. Administração de Pessoal A equipe de funcionários são em 17 pessoas, a UAN conta com: um chefe de cozinha, que é responsável pelo preparo das refeições do cardápio e gerenciamento da equipe da cozinha; um estoquista que é responsável pela compra de insumos e abastecimento do estoque e prateleiras; uma nutricionista, responsável por administrar os pagamentos de funcionários e fornecedores, administrar e controlar os custos e avaliar a rotina de atividades dos funcionários; Uma confeiteira, que é responsável por preparar as sobremesas servidas no almoço e jantar. Os cozinheiros que são responsáveis pela limpeza da cozinha, higienização de vegetais, pré-preparo, preparo e finalização dos pratos, servir os alimentos no balcão e repor. Os ajudantes de cozinha fazem a higienização dos utensílios da cozinha e do salão e auxiliam na limpeza da cozinha e preparo das refeições. No salão, a gerente é responsável por coordenar atividades dos auxiliares para garantir o controle de qualidade e satisfação dos clientes, sendo responsável por resolver qualquer problema que venha a ocorrer. Os estagiários são responsáveis pela coleta de amostras, aferição de temperatura da cocção, ph do cloro das verduras e temperatura dos equipamentos, bem como controlar a validade dos alimentos utilizados diariamente como arroz, sal, pimenta, temperos, entre outros. 13. Critérios de recrutamento/ seleção e admissão de funcionários · Ensino médio completo · Mínimo 6 (seis) meses de experiência · Dependendo do cargo necessário curso superior na área · Pode haver promoção de funcionário a cada 6 (seis) meses 14. Exames médicos, admissional, periódico e demissional O exame admissional é feito antes do funcionário iniciar suas atividades, é realizado para atestar a saúde do trabalhador que deve ser comprovado por meio de um Atestado Médico de Capacidade Funcional. O exame periódico é feito para comprovar que o trabalhador está ou não em condições de saúde adequadas para manter suas atividades. O exame demissional é feito após o desligamento do funcionário, para checar suas condições de saúde e evitar futuras alegações relacionadas às doenças ocupacionais. 15. Uniformes Os uniformes são providenciados pela GRSA de acordo com a ocupação do funcionário e sempre que necessário é realizada a troca. 16. Treinamento – integração/ periódico É realizada uma Integração, geralmente no horário das 8h às 16h que corresponde também à empresa contratante. Essa integração apresenta normas da empresa, sua visão e valores e um manual que ensina como prevenir riscos de acidentes ocupacionais. Os treinamentos são realizados por funcionários “padrinhos” que têm a responsabilidade de ensinar os procedimentos realizados na rotina de trabalho. 17. Dimensionamento de pessoal ( 780 IPF: X 13 IPD: 365 - 30 )= 21,12 480 = 11,16 30 ISD: 21,12 = 1,89 11, 16 IPT = 21,12 + 1,89 = 23,01. Segundo os cálculos acima, esta unidade necessita de 23 funcionários para o número de refeições servidas. Os parâmetros indicam que uma unidade que produz entre 500 e 1000 refeições pode apresentar IPI de 1/50. Segundo o cálculo: 780 / 17 = 45. Isso significa que o número de refeições por funcionário está adequado, portanto, não gera sobrecarga de serviço. 18. Descrição de tarefas Cargo Tarefas Nutricionista Comandar a equipe e todas as atividades da UAN; Planejar e calcular o cardápio; Preencher formulários e requisições; Responsável Técnica Implantar, monitorar e corrigir os processos de preparação, armazenamento e distribuição dos alimentos; Preencher planilhas de controle; Capacitação dos colaboradores referentes às normas da Vigilância Sanitária; Chefe de cozinha Principal executivo da cozinha; supervisionar o trabalho dos cozinheiros e ajudantes de cozinha; Cozinheiros Preparação das refeições; gerenciar o estoque de produtos; manipulação de utensílios de cozinha; Ajudante de cozinha Preparação de alimentos; realização da limpeza e conservação das dependências do restaurante e cozinha; Distribuição dos alimentos nos balcões; Confeiteiro Preparação das sobremesas; Açougueiro Receber, armazenar e manipular as peças de carnes; Estoquista Recebimento de mercadorias; Preencher formulários e planilhas de controle; Realizar os pedidos; Codificar as mercadorias em estoque; 19. Impressos utilizados · Cartazes com as Normas de Utilização dos EPI’s · Etiquetas com os nomes das preparações de acordo com o cardápio do dia · Etiquetas com o nome dos temperos (vinagre, azeite, shoyu, pimenta,limão) · Etiquetas de validade de alimentos prontos · Etiquetas de validade de produtos abertos 20. Cardápio Semanal O cardápio apresenta ótimos padrões de variedade, visto que os pratos principais não se repetem, as saladas, sobremesa, frutas, molhos são sempre variados. As preparações, quando em conjunto, se apresentam bem coloridas e harmoniosas. O cardápio é de nível médio. Os serviços extras como o coffee break são simples: pão de leite, pão de sal com manteiga e os líquidos (café, chá, leite, achocolatado). Segunda Terça Quarta Quinta Sexta PRATO PRINCIPAL Frango à Pizzaiolo Carne Louca Carne assada ao Molho roty Peixe no fubá Escalope de carne ao molho de ervilha Lasanha à Bolonhesa Frango a milanesa Filé de frango grelhado FEIJOADA Filé de frango grelhado GUARNIÇÃO Macarrão com Brócolis Pirão com ovos Escarola refogada Batata corada Virado de couve SOPA Ervilha Canja Canjiquinha com Bacon Feijão Macarrão com legumes SALADAS Almeirão Ervilha Soja Escarola Ratatouille Trigo em Grão Alface crespa Pepino Ervilha Repolho Abobrinha Grão de bicoAlface crespa Bicolor Soja LIGHT Bife Grelhado Filé de Peixe Grelhado Filé de Frango Grelhado Bife Grelhado Filé de frango grelhado GUARNIÇÃO Legumes refogados Berinjela Refogada Acelga no vapor Cenoura refogada Couve no vapor MOLHO Alho Limão Ervas Vinagrete Apimentad o SUCO Limão/Maracuj á Tangerina/Pêsseg o Abacaxi/Mang a Maçã/Limã o Laranja/Uv a ÁGUA SABORIZAD A Frutas Uva Abacaxi com hortelã Limão com pepino Melancia com abacaxi SOBREMES A Melão Gelatina Pudim de Baunilha Gelatina Melancia Gelatina Creme de chocolate Gelatina Laranja Gelatina 21. Custos É feito a entrada das notas no sistema TecFood e notas de saída, portanto o cálculo é feito sempre no sistema. 22. Geração de resíduos e ações de sustentabilidade Devido a reestruturação da nova unidade ainda em construção, foi orientado pelo responsável da estrutura que aguardasse pela implantação das normas de descarte e separação de resíduos. Portanto, o único que segue são as caixas retiradas do estoque. 23. POP - Procedimento Operacional Padrão Na UAN foi observado que as amostras nem sempre eram guardadas de maneira adequada, portanto se tem a necessidade de implantar um POP para Coleta de Alimentos de forma adequada e de acordo com a CVS-5 2013. O seguinte POP descreve o objetivo, materiais, frequência e técnica adequada para a coleta de alimentos. GRSA C282 Procedimento Operacional Padrão - POP Coleta de Amostras de Alimentos Objetivo A coleta de amostras serve para auxiliar quando houver a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos Materiais necessários Saco coletor, caneta para identificação e etiqueta Frequência A cada refeição preparada e de todos os componentes do cardápio Técnica · Identificar o saco coletor com nome da preparação, data, hora, temperatura e o nome do responsável pela coleta; · Proceder à higienização das mãos; · Abrir a embalagem ou o saco sem tocá-lo internamente nem soprá- lo; · Colocar a amostra do alimento (mínimo de cem gramas); · Retirar o ar, se possível, e fechar a embalagem; Armazenamento Acondicionar por 72h. Alimentos sob refrigeração/líquidos: Câmara de Hortifruti, no máximo 4ºCelsius Alimentos quentes: Câmara de Congelados, sob congelamento a -18º Celsius Importante Não fechar a amostra de forma que tampe a identificação Manter as caixas sempre limpas e organizadas Descartar as amostras após 72h 24. Descrição da rotina de um dia de estágio Checar a temperatura dos líquidos servidos no Desjejum e coletar as amostras Iniciava-se a rotina medindo a temperatura dos líquidos e preenchendo na planilha. Os líquidos deveriam estar no mínimo a 65º Celsius. A coleta era realizada logo após a medição, onde era coletado e armazenado na câmara de hortifruti. Realizar o controle de sanitização Realizava-se o controle de Ph utilizando a fita que mede instantaneamente o resultado do Ph e cloro livre nas hortaliças Medir a temperatura dos equipamentos Realizava-se a medição de temperatura com o termômetro nos respectivos equipamentos: câmaras, freezers, geladeiras, pass through e balcões. Medir a temperatura da cocção Realizava-se a medição de temperatura dos alimentos preparados como os assados e frituras. Etiquetar os produtos abertos Realizava-se a conferência de produtos abertos e identificação da data que o produto foi aberto e validade após aberto. Medir a temperatura das refeições do Almoço e coletar as amostras Realizava-se a medição de temperatura de todos os componentes servidos no almoço e em seguida a coleta dos mesmos. Após era realizado o armazenamento. Verificar os procedimentos de recebimento Verificava-se o processo de recebimento, como a temperatura, embalagem, identificação e como os mesmos eram abastecidos. Identificar os pontos críticos nos processo produtivo Acompanhava o processo de preparação dos alimentos e observava-se possíveis erros como: uso de EPI’s, uniformes, higienização das mãos, cocção, armazenamento. Considerações finais O estágio realizado na UAN proporcionou um vasto aprendizado sobre os processos que envolvem a preparação e distribuição de alimentos e a compreensão do papel do Nutricionista como profissional essencial no gerenciamento pessoal e técnico da cozinha industrial. Dentro das atividades executadas na rotina do estágio, pude conviver com a equipe e entender as principais dificuldades e superações enfrentadas. Os funcionários da UAN demonstraram pró-atividade e bastante autonomia, reflexo da colaboração da nutricionista e gerente da unidade. O ambiente apresentava boas condições higiênico-sanitárias, possuía uma organização bem estruturada e a estrutura física apresentava pequenas inconformidades, porém que já estavam em processo de adequação. De forma geral, conclui-se que o estágio em UAN torna a formação do nutricionista engrandecedora, visto que prepara e possibilita a prática e atuação na área de alimentação coletiva e permite um olhar mais amplo sobre promoção da saúde e qualidade de vida através da alimentação coletiva. 25. Referências ANVISA 2019. http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/4967127/Biblioteca+de+Alimentos_P ortal.pdf/a458826b-f6e9-494c-a45c-4ea1f8a9311d BRASIL. Centro de Vigilância Sanitária - Portaria – CVS 5, 9 DE ABRIL DE 2013. Doe DE 19042013 – Nº. 73 – Poder Executivo – Seção I – Pág. 32 – 35. ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; PINTO A.M. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. São Paulo, Metha, 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha Sobre boas Práticas para Serviços de Alimentação. Resolução RDC n° 216/2004, v. 3. TEIXEIRA, S. M. F. G.; OLIVEIRA, Z. M. C.; REGO, J. C.; BISCONTINI, T. M. B. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo, Atheneu; 1997. ( Universidade da Cidade de São Paulo ) ( Curso de Nutrição ) ( Estágio de Unidade de Alimentação e Nutrição ) ( 21 ) 26. Anexo 26.1 Check list Roteiro de inspeção das Boas Práticas em Estabelecimentos Comerciais de Alimentos e Serviços de Alimentação Artigo ITENS DE AVALIAÇÃO Conformidade CAPÍTULO II - HIGIENE E SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS, RESPONSABILIDADE TÉCNICA E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL S N NA Seção I – Controle de Saúde dos Funcionários Art. 8º 1 - A saúde dos funcionários é comprovada por atestado médico e laudos laboratoriais. X Art. 9º 2 - Os funcionários estão aparentemente saudáveis, observadas as ausências de lesões cutâneas e de sinais e sintomas de infecções respiratórias e oculares. X Seção II – Higiene e Segurança dos Funcionários Art. 10 3 - Os funcionários apresentam-se asseados, com mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte ou adornos. X Art. 11 e 12 4 - Os funcionários encontram-se com uniformes limpos e com os equipamentos de proteção individual, quando necessários. X Art. 12, 13 e 14 5 - Durante as atividades de produção, foram observados hábitos e comportamentos que evitam a contaminação dos alimentos. X Art. 15 6 - Há cartazes educativos sobre a higienização das mãos nas instalações sanitárias e lavatórios. X Seção III – Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal Art. 16, 17 e 18 7 - O estabelecimento possui um responsável técnico comprovadamente capacitado para implantar Boas Práticas. X Art. 19 8 - O estabelecimento possui um programa de capacitação do pessoal em Boas Práticas. X Seção IV - Visitantes Art. 20 9 - Os visitantes apresentam-se devidamente uniformizados X Artigo CAPÍTULO III – QUALIDADE SANITÁRIA DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Conformidade S N NA Seção I – Recepção e Controle de Mercadorias Art. 21, 22, 23, 24 e 25 10 - A recepção de produtos é realizada em local apropriado, com observações sobre a qualidade de: transportadores, embalagens, rotulagens, avaliação sensorial e medições de temperaturas, entre outros. X Seção II – Armazenamento de Produtos Art. 26, 27,28, 30, 32, 34 11 - Embalagens, matérias-primas, ingredientes, alimentos preparados, que necessitam ou não de refrigeração ou congelamento são identificados, protegidos e armazenados adequadamente, de acordo com suas características e necessidades de localização, organização e controle de temperatura. X Art. 29 12 - Produtos reprovados com prazo de validade vencido ou para devolução aos fornecedores estão armazenados adequadamente quanto à organização e ao local. X Art. 31 e 33 13 - Refrigeradores e freezers estão adequados às necessidades, quanto ao estado de conservação, higienização e controle de temperatura, X assim como os volumes e as disposições dos alimentos naqueles equipamentos estão adequados. Seção III – Pré-preparo dos Alimentos Art. 35 e 36 14 - Os procedimentos de pré-preparo evitam a contaminação cruzada entre alimentos crus, semi preparados e prontos ao consumo, e as embalagens dos produtos são higienizadas e adequadas à área de pré- preparo. X Art. 37 e 38 15 - O descongelamento e a retirada do sal de produtos são realizados de maneira adequada. X Art. 39 16 - A higienização de hortifrutícolas é realizada em local adequado e conforme as recomendações desta Portaria. Princípios ativos desinfetantes e a concentração de uso encontram-se adequados. X Art. 40 17 - Há instruções facilmente visíveis e compreensíveis, sobre a higienização dos hortifrutícolas no local dessa operação. X Seção IV – Preparo dos Alimentos Art. 41, 44 e 45 18 - Os procedimentos de cocção, resfriamento e refrigeração dos alimentos são realizados em locais apropriados e sob controles de tempos e temperaturas adequadas. X Art. 42 19 - Existe controle de temperatura do procedimento de fritura e as características sensoriais dos óleos utilizados nesse procedimento encontram-se adequadas. X Art. 43 20 - O estabelecimento não oferece aos consumidores ovos crus, nem preparações onde os ovos permanecem crus. O Responsável Técnico conhece as regras sobre a utilização de ovos determinadas nessa Portaria. X Seção V – Distribuição de Alimentos Preparados Art. 46 e 47 21 - Os alimentos expostos ao consumo imediato encontram-se protegidos e sob adequados critérios de tempo e temperatura de exposição. X Art. 48 22 - A água do balcão térmico encontra-se limpa e sua temperatura é controlada. X Art. 49 23 - Os ornamentos e ventiladores da área de consumação encontram-se adequados. X Art. 50 24 - O pagamento de despesas ocorre em local específico e reservado e o funcionário do caixa não manipula os alimentos. X Art. 51 25 - A doação de sobras de alimentos, quando realizada observam-se as Boas Práticas. X Seção VI – Guarda de Amostras em Cozinhas Industriais e Serviços de Alimentação Art. 52 26 - A cozinha industrial ou o serviço de alimentação guarda amostras das refeições preparadas conforme as determinações desta Portaria. X Seção VII – Transporte de Alimentos Art. 53, 54, 55, 56,57,58, 59,60 e 61 27 - Os alimentos são transportados de maneira adequada e identificados, em veículos apropriados e higienizados, e em condições adequadas de tempo e temperatura. X Artigo CAPÍTULO IV – HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E DO AMBIENTE Conformidade S N NA Art. 62 e 63 28 - Os procedimentos de higienização do ambiente e das instalações são adequados e seguem as etapas obrigatórias determinadas nessa Portaria. X Art. 64 29 - Os produtos saneantes são rotulados, adequados e armazenados separadamente dos alimentos. X Art. 65 30 - Os funcionários que realizam as operações de higienização são capacitados para isso e utilizam equipamentos de proteção individual, quando necessário. X Artigo CAPÍTULO V – SUPORTE OPERACIONAL Conformidade S N NA Seção I – Abastecimento de Água Art. 66 e 67 31 - A água utilizada no abastecimento da empresa é adequada e sua qualidade é satisfatória, controlada por análise laboratorial periódica, conforme a legislação em vigor. X Art. 68 32 - O reservatório de água está adequado e sua higienização periódica encontra-se documentada. X Art. 69 33 - O gelo utilizado para entrar em contato com alimentos e bebidas é produzido com água potável e manipulado com higiene. X Art. 70 34 - O vapor em contato com alimentos ou usado para higienização é produzido com água potável, sem produtos químicos que possam provocar contaminação. X Seção II – Esgotamento Sanitário Art. 71 35 - Há um sistema de esgoto adequado. X Art. 72 e 36 - Os despejos das pias de produção passam por caixa de gordura higienizada periodicamente e X 42 instalada fora da área de manipulação e armazenamento dos alimentos. Resíduos de óleo da produção não são descartados na rede de esgoto. Seção III – Materiais Recicláveis e Resíduos Sólidos Art. 73 e 74 37 - Na área de produção, o lixo é depositado em recipientes com tampas acionadas por pedal, sem contato manual e é periodicamente retirado de maneira que não provoca contaminação cruzada com alimentos. Os recicláveis e o lixo encontram-se adequadamente armazenados em local que impossibilita atração de vetores e pragas urbanas. X Seção IV – Abastecimento de Gás Art. 75 38 - A área para armazenamento de gás é instalada em local ventilado e protegido. X Seção V – Controle integrado de vetores e pragas urbanas Art. 76 39 - Existem procedimentos para o controle de pragas e vetores urbanos. Há comprovação dos serviços efetuados por empresa licenciada no órgão competente de vigilância sanitária. X Artigo CAPÍTULO VI – QUALIDADE SANITÁRIA DAS EDIFICAÇÕES E DAS INSTALAÇÕES Conformidade S N NA Seção I – Localização Art. 77 40 - Área externa livre de focos de insalubridade, ausência de lixo e objetos em desuso, livre de focos de vetores, animais domésticos e roedores. Acesso independente, não comum a habitação e outros usos. X Seção II – Instalações Art. 78 e 79 41 - As instalações são separadas por meios físicos que facilitam higienização e a produção ocorre em fluxo contínuo e não promove contaminação cruzada. Existem locais específicos para pré-preparo e para preparo. O x dimensionamento das instalações é proporcional ao volume de produção. Art. 79 42 - As reformas são executadas fora do horário de manipulação dos alimentos. x Art. 80 43 - Existe lavatório exclusivo para higiene das mãos, com um cartaz educativo sobre isso, em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos. x Art. 81 44 - A higienização de materiais de limpeza, tais como baldes, vassouras, pano de chão, entre outros, ocorre em local exclusivo, fora da área de preparo de alimentos. x Seção III – Equipamentos, Utensílios e Móveis Art. 82 e 83 45 - Equipamentos, utensílios e móveis são de fácil higienização, não transmitem substâncias tóxicas, odores ou sabores aos alimentos e têm as partes de maior risco protegidas, tais como motor, prensa, peça cortante, sucção, correia e outros. x Art. 84 46 - As câmaras frigoríficas encontram-se adequadas. x Seção IV – Piso Art. 85 47 - O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamento e infiltrações. Os ralos são sifonados com dispositivos que permitem seu fechamento. x Seção V – Paredes, Tetos e Forros Art. 86 e 48 - As paredes e divisórias, assim como tetos e forros são sólidos, com acabamento liso e impermeável. x 87 Não possuem vazamentos, umidade, bolores, infiltrações, trincas, rachaduras, descascamento, goteiras, dentre outros. x Seção VI – Portas e Janelas Art. 88 e 89 49 - As portas são ajustadas aos batentes, de fácil limpeza, possuem mecanismo de fechamento automático e proteção na parte inferior contra insetos e roedores. As janelas são ajustadas aos batentes e protegidas com telas milimétricasremovíveis para limpeza. x Seção VII – Iluminação Art. 90 50 - As lâmpadas e luminárias encontram-se protegidas contra quedas acidentais ou explosão. As instalações elétricas são embutidas ou encontram-se protegidas por tubulações presas e distantes das paredes e teto. x Seção VIII – Ventilação Art. 91 e 92 51 - O sistema de ventilação da edificação garante conforto térmico, renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores, dentre outros. A ventilação/exaustão do ar é direcionada da área limpa para a suja. Os exaustores possuem telas milimétricas removíveis para impedir a entrada de vetores e pragas urbanas. Os equipamentos e filtros são higienizados. x Art. 93 52 - Não são utilizados ventiladores nem climatizadores com aspersão de neblina sobre os alimentos, ou nas áreas de manipulação e armazenamento. x Seção IX – Vestiários e Instalações Sanitárias Art. 94 53 - Os vestiários dos funcionários não se comunicam diretamente com a área de armazenamento, manipulação de alimentos e refeitórios. São separados por gênero, possuem armários individuais, chuveiros e as portas externas são dotadas de fechamento automático. Os banheiros dispõem de bacia sifonada com tampa e descarga, mictório com descarga, papel higiênico, lixeira x com tampa acionada por pedal, pias com sabonete ou produto anti-séptico, toalha de papel não reciclado ou outro método de secagem higiênico e seguro. Seção X – Área de Distribuição e Consumo dos Alimentos Art.95 54 - As instalações sanitárias de clientes dispõem de bacia sifonada com tampa e descarga, mictório com descarga, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, lavatórios com sabonete ou produto anti séptico, toalha de papel não reciclado ou outro método de secagem higiênico e seguro. x Artigo CAPÍTULO VII – DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO DAS INFORMAÇÕES Conformidade S N NA Seção I – Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados Art. 96 55 - O estabelecimento possui um manual de Boas Práticas e os POPs estabelecidos nesta Portaria, que encontram-se disponíveis aos funcionários e à fiscalização sanitária. x ( DIRETRIZES PARA A DECISÃO SOBRE A QUALIDADE SANITÁRIA DO ESTABELECIMENTO ) ( O Roteiro de Inspeção é um instrumento que auxilia no raciocínio sobre o risco sanitário que pode existir num determinado estabelecimento. Os itens de avaliação do Roteiro de Inspeção são quesitos de Boas Práticas, que devem ser cumpridos pelos estabelecimentos comerciais de alimentos e serviços de alimentação. A autoridade sanitária se fundamenta no conhecimento científico e utiliza o Roteiro de Inspeção para fazer a avaliação do risco sanitário. A autoridade sanitária deve empregar o seu poder discricionário para concluir sobre a condição de funcionamento do estabelecimento inspecionado: SATISFATÓRIO [x ] INSATISFATÓRIO [ ] )
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